3. Introdução
No século XVI, a Igreja Católica estava passando
por uma forte crise. Neste contexto, ganhou força
o protestantismo e as novas religiões surgidas
na Europa como, por exemplo, o calvinismo e o
luteranismo.
Para tentar barrar o avanço do protestantismo,
após a Reforma Protestante, o Papa Paulo III
convocou um concílio para a cidade italiana de
Trento. O Concílio de Trento foi realizado entre
os anos de 1545 e 1563. Vários assuntos foram
discutidos e várias ações entraram em execução.
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5. Contra - Reforma Religiosa
A Contra - Reforma, ou Reforma
católica, foi uma barreira colocada pela
Igreja contra a crescente onda
do protestantismo. Para enfrentar as novas
doutrinas, a igreja católica lançou mão de
uma arma muito antiga: a Santa Inquisição.
O Tribunal da Inquisição foi muito poderoso
na Europa nos séculos XIII e XIV, No
decorrer do século XV, porém, perdeu sua
força. Entretanto, em 1542 este tribunal foi
reativado para julgar e perseguir indivíduos
acusados de praticar ou difundir as novas
doutrinas protestantes.
6. Percebendo que os livros e impressos tinham sido
muito importantes para a difusão da ideologia
protestante, o papado instituiu, em 1564, o Index
Libro rum Prohibitorum, uma lista de livros
elaborada pelo Santo Ofício, cuja leitura era
proibida aos fiéis católicos.
A Igreja perdia adeptos e assistia à contestação e
rejeição de seus dogmas, mas demonstrou no
Concílio de Trento que ainda era muito poderosa e
tinha capacidade de reação.
Estas duas medidas detiveram o avanço do
protestantismo, principalmente na Itália, na
Espanha e em Portugal.
7. Protestantismo
Protestantismo é, ao lado do Catolicismo, um dos grandes
ramos do Cristianismo. O nome “protestante” provém dos
protestos dos cristãos do século XVI contra as práticas da
Igreja Católica. Em alguns países, especialmente no Brasil,
o termo “protestante” é substituído por “evangélico”,
retirando a conotação polêmica da palavra e dando uma
característica mais positiva e universal.
O movimento protestante surgiu na tentativa de Reforma
da Igreja Católica iniciada pelo monge agostiniano
Martinho Lutero, no século XVI. Os motivos para esse
rompimento incluíram principalmente as práticas
ilegítimas da Igreja Católica, além da divergência em
relação a outros princípios católicos, como a adoração de
imagens, o celibato, as missas em latim, a autoridade do
Papa, entre outros.
8. Para os protestantes, a salvação é dada através da graça e
bondade de Deus, na qual cada pessoa pode se relacionar
diretamente com seu Criador, sem a necessidade de um
intermediário; diferentemente da fé católica, a qual diz que o
único método de se obter a salvação é através dos sacramentos
e rituais para purificação da alma feita através de pessoas
santificadas (padres, bispos, etc.).
Os protestantes defendem a crença de que a única autoridade a
ser seguida é a Palavra de Deus, presente na Bíblia Sagrada.
Desta forma, através da ação do Espírito Santo, os cristãos, ao
lerem a Bíblia, têm uma maior harmonia com Deus. Por esse
motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida
para diversas línguas e distribuída sem restrições para as
pessoas.
O protestantismo pode ser subdividido em ramos, como o
luteranismo, calvinismo, anglicanismo, etc.
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12. A Santa Inquisição
A Inquisição, ou Santa Inquisição foi uma
espécie de tribunal religioso criado na Idade
Média para condenar todos àqueles que eram
contra os dogmas pregados pela Igreja Católica.
Fundado pelo Papa Gregório IX, o Tribunal do
Santo Ofício da Inquisição mandou para a
fogueira milhares de pessoas que eram
consideradas hereges (praticante de heresias;
doutrinas ou práticas contrárias ao que é
definido pela Igreja Católica) por praticarem
atos considerados bruxaria, heresia ou
simplesmente por serem praticantes de outra
religião que não o catolicismo.
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21. Companhia de Jesus
Em 1534, o cavaleiro espanhol Inácio
de Loyola criou a Companhia de
Jesus. Seu objetivo principal era
combater o protestantismo através do
ensino religioso dirigido; a influência
crescente da Reforma preocupava
cada vez mais a Igreja católica e a
aristocracia europeia.
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29. Concílio de Trento
Concílio de Trento é o nome de uma reunião de
cunho religioso (tecnicamente
denominado concílio ecumênico) convocada pelo
papa Paulo III em 1546 na cidade de Trento, na
área do Tirol italiano. Com o surgimento e
consequente expansão do protestantismo
profundas modificações atingiram a Igreja
Católica. Uma reação a tal expansão,
vulgarmente denominada “Contrarreforma" foi
guiada pelos papas Paulo III, Júlio III, Paulo IV,
Pio V, Gregório XIII e Sisto V, buscando
combater a expansão da Reforma Protestante.
Além da reorganização de várias comunidades
religiosas já existentes, outras foram criadas,
dentre as quais a Companhia de Jesus ou Ordem
dos Jesuítas, tendo como fundador Santo Inácio
de Loyola.
30. Objetivo
O Concílio tinha como objetivo estreitar a
união da Igreja e reprimir os abusos. Em tal
concílio, os teólogos mais famosos da época
elaboraram os decretos, que depois foram
discutidos pelos bispos em sessões privadas.
Interrompido diversas vezes, o concílio durou
18 anos e seu trabalho foi concluído somente
em 1562, tendo realizado 25 sessões plenárias
em três períodos diferentes (1545 a 1547; 1551
a 1552; 1562 a 1563), quando afinal suas
sessões foram solenemente promulgadas em
sessão pública.
31. O Concilio tomou uma série de medidas,
entre as quais citamos:
-Organizou a disciplina do clero: os padres
deveriam estudar e formar-se em seminários. Não
poderiam ser padres antes dos 25 anos, nem bispos
antes dos 30 anos.
-Estabeleceu que as crenças católicas poderiam ter
dupla origem: as Sagradas Escrituras (Bíblia) ou
as tradições transmitidas pela Igreja; apenas esta
estava autorizada a interpretar a Bíblia.
Mantinham-se os princípios de valia das obras, o
culto da Virgem Maria e das imagens.
-Reafirmava a infalibilidade do papa e o dogma da
transubstanciação.
32. A consequência mais importante deste Concilio foi o
fortalecimento da autoridade do papa, que, a partir de então,
passou a ter a palavra final sobre os dogmas defendidos pela
igreja católica.