2. CONTRACULTURA
Surgida nos Estados Unidos
na década de 1960, a
contracultura pode ser
entendida como um
movimento de contestação
de caráter social e cultural.
Nasceu e ganhou força,
principalmente entre os
jovens desta década,
seguindo pelas décadas
posteriores até os dias
atuais.
3. CONTRACULTURA
Jovens inovando estilos, voltando-se
mais para o anti-social aos olhos
das famílias mais conservadoras, com
um espírito mais libertário, resumido
como uma cultura alternativa ou
cultura marginal, focada principalmente
nas transformações da consciência,
dos valores e do comportamento, na
busca de outros espaços e novos canais
de expressão para o indivíduo e
pequenas realidades do cotidiano,
embora o movimento Hippie, que
representa esse auge, almejasse a
transformação da sociedade como um
todo, através da tomada de consciência,
da mudança de atitude e do protesto
político.
4. CONTRACULTURA
Os precursores da revolução
contracultural foram os
chamados beatniks, cuja
característica mais importante
foi o inconformismo com a
realidade do começo da década
de 1960. Os líderes do
movimento beatnik, que serviu
de base para o movimento
hippie, foram Jack Kerouac,
Allen Ginsberg e William
Burroughs.
5. CONTRACULTURA
Com relação ao mundo musical,
podemos citar a cantora Janis
Joplin como o símbolo deste
movimento na década de 1960.
As letras de suas canções e seu
estilo fugiam do convencional,
criticando, muitas vezes, o
padrão musical estabelecido
pela cultura de massa. Os
músicos Jim Morrison e Jimi
Rendrix também se encaixam
neste contexto cultural.
6. CONTRACULTURA
Atualmente a contracultura ainda vive, porém
esta preservada em pequenos grupos sociais e
artísticos que contestam alguns parâmetros
estabelecidos pelo mercado cultural, governos e
movimentos tradicionalistas.
7. CONTRACULTURA
- valorização da natureza;
- vida comunitária;
- luta pela paz (contra as guerras,
conflitos e qualquer tipo de repressão);
- vegetarianismo: busca de uma
alimentação natural;
- respeito às minorias raciais e culturais;
- experiência com drogas psicodélicas,
- liberdade nos relacionamentos sexuais
e amorosos,
- anticonsumismo
- aproximação das práticas religiosas
orientais, principalmente do budismo;
- crítica aos meios de comunicação de
massa como, por exemplo, a televisão;
- discordância com os princípios
do capitalismo e economia de mercado
8. CONTRACULTURA NO BRASIL
A cultura jovem brasileira dos anos
50 sofreu uma influencia direta dos
Estados Unidos, pois nessa época o
Brasil havia entrado na onda da
industrialização permitindo, com a
política desenvolvimentista de
Juscelino Kubitschek, que a cultura
estrangeira se incorporasse à
cultura nacional, propiciando o
surgimento de novos movimentos
como a bossa nova. O rock’n’roll
também chegou ao Brasil através do
cinema e seus sucessos foram
regravados por cantores e cantoras
brasileiras.
9. CONTRACULTURA NO BRASIL
Foi somente a partir dos anos
60 que a juventude se mostrou
mais engajada e politizada. A
guerra do Vietnã e os
movimentos negros motivaram
os jovens a lutar pela
transformação da sociedade.
Esse quadro político e social
propiciou o aparecimento da
canção de protesto, mas, ao
mesmo tempo houve a ascensão
do rock britânico através de
bandas como os Beatles e os
Rolling Stones.
10. CONTRACULTURA NO BRASIL
Na segunda metade dos anos 60, houve
uma radicalização dos movimentos
jovens, foi um período marcado pela
contracultura, fenômeno no qual o jovem
passava a se conduzir de forma
contrária os valores estabelecidos pela
sociedade. Os movimentos de
contracultura, como por exemplo o
hippie, nasceram do desejo de uma
felicidade individual, simples, distante
da sociedade de consumo e do
moralismo. Daí veio o culto à paz,
harmonia, o amor livre o misticismo e o
uso de drogas como o LSD.
11. CONTRACULTURA NO BRASIL
No Brasil, a década de 60 foi marcada por uma
profunda agitação política e diversas correntes
culturais. Havia a cultura engajada dos Centros
Populares de Cultura que continha uma intensa
militância política na qual uma parte do movimento
da bossa nova evoluiu para as canções de protesto
com o objetivo de conscientizar as classes
populares. Por outro lado, havia a cultura de
consumo, representada pela Jovem Guarda e
baseada na cultura do rock cujos maiores
representantes eram Roberto Carlos, Erasmo
Carlos e Wanderléia. No meio do caminho entre
essas duas correntes surgiu o Tropicalismo,
movimento liderado por Caetano Veloso, Gilberto
Gil e inspirado no antropofagismo das vanguardas
modernistas brasileiras dos anos 20. Por não se
encaixar nem nos padrões estéticos da cultura
engajada esquerdista nem no padrão de consumo
industrial, o Tropicalismo teve curta duração.
12. CONTRACULTURA NO BRASIL
Quando falamos do movimento de
contracultura no Brasil, não podemos
esquecer de grandes nomes como Raul
Seixas e Paulo Coelho, dois artistas
intelectualizados, adotaram gestos e
gírias contraculturais, lançaram um
manifesto, e começaram a fazer
sucesso com músicas e alguns textos
em que narravam experiências,
atitudes e indagações que marcaram o
período, especialmente a
transformação de valores que o fim da
década de 60 assistiu, quem não se
lembra da sociedade alternativa.
13. MOVIMENTO HIPPIE
Os hippies eram parte do que se convencionou
chamar movimento de contracultura dos anos
60. Adotavam um modo de vida comunitário ou
estilo de vida nômade, negavam o nacionalismo e
a Guerra do Vietnã, abraçavam aspectos de
religiões como o budismo, hinduísmo, e/ou as
religiões das culturas nativas norte-americanas
e estavam em desacordo com valores
tradicionais da classe média americana. Eles
enxergavam o paternalismo governamental, as
corporações industriais e os valores sociais
tradicionais como parte de um establishment
único, e que não tinha legitimidade. O termo
derivou da palavra em inglês hipster, que
designava as pessoas nos EUA que se envolviam
com a cultura negra. O termo hippie foi
utilizado pela primeira vez, em um jornal de São
Francisco, um artigo do jornalista Michael
Smith.
14. MOVIMENTO HIPPIE
Por volta de 1970, muito do estilo
hippie se tornou parte da cultura
principal, porém pouco se sabe da sua
essência. A grande imprensa perdeu
seu interesse na subcultura hippie
como tal, apesar de muitos hippies
terem continuado a manter uma
profunda ligação com a mesma. Como
os hippies tenderam a evitar
publicidade após a era do Verão do
Amor e de Woodstock, surgiu um
mito popular de que o movimento
hippie não mais existia. De fato, ele
continuou a existir em comunidades
mundo afora, como andarilhos que
acompanhavam suas bandas
preferidas, ou às vezes nos
interstícios da economia global. Ainda
hoje, muitos se encontram em
festivais e encontros para celebrar a
vida e o amor, como no Peace Fest.
15. FESTIVAL DE WOODSTOCK
Com o final da década de 60, o período
histórico mais conturbado do mundo em
consequência das guerras mundiais, de
repente a população percebeu-se em paz,
mas sentido como se não tivesse novos
objetivos, novo rumos para seguir.
O movimento Hippie nasceu nas ruas de
São Francisco, Califórnia, mais
precisamente na esquina das ruas Haight
e Ashbury. Mas a maior celebração desse
movimento de contracultura ocorreu em
uma fazenda a alguns quilômetros de
Nova York, perto da cidade de
Woodstock (na verdade, o festival de
musica aconteceu numa cidadezinha
vizinha, Bethel, mas Woodstock levou a
fama).
16. FESTIVAL DE WOODSTOCK
Nos dias 15, 16 e 17 de
agosto de 1969, 450 mil
jovens se reuniram para uma
celebração de paz, amor e
musica: o Woodstock
Festival. Todas as estradas
de acesso a fazenda da
Woodstock ficaram
congestionadas, no maior
engarrafamento registrado
na historia de Nova York.
17. FESTIVAL DE WOODSTOCK
A maior importância desse evento
não e simplesmente musical, pois
marcou também o encerramento de
uma década em que o jovem
americano convivia com a Guerra
do Vietnã e quebrava valores da
sociedade. O protesto era feito
com flores, musica e drogas, e a
influencia de Woodstock passou a
ser sentida na década seguinte, em
que uma serie de tabus e
preconceitos da conservadora
sociedade americana foram
quebrados.
18. FESTIVAL DE WOODSTOCK
Hoje o festival é tido como o
protagonista de tantos shows
de rock que reúnem vários
artistas e grupos musicais
além de servir como exemplo
aos jovens de hoje que utopia
e idealismo podem ser postas
no plano da realidade.
19. GRANDES NOMES DA MUSICA
CONTRACULTURAL
Janis Joplin
Janis Lyn Joplin nasceu em 19 de
janeiro de 1943, e até hoje é
reconhecida como uma das vozes mais
marcantes do blues, sob influência do
rock, que já passou pelo nosso
planeta. Nasceu na cidade de Port
Arthur, estado do Texas, EUA. Nos
tempos de universidade iniciou uma
postura rebelde cantando blues e
folk. Em 1963, foi morar em San
Francisco, onde trabalhou como
cantora. Nesta época já era usuária
de drogas e bebidas, o que logo
comprometeria a sua vida.
20. GRANDES NOMES DA MUSICA
CONTRACULTURAL
Janis Joplin
O sucesso levou a banda para a Columbia
Records, que lançou o álbum “Cheap
Thrills” em 1968, consagrando a cantora.
A carreira solo de Janis Joplin foi
iniciada em 1969, sua fama só aumentava
sobre uma personalidade instável e
dependente das drogas. Quando veio ao
Brasil, na época em plena ditadura militar,
Janis aprontou todas: fez um topless na
praia de Copacabana, foi expulsa do
Copacabana Palace por ficar nua na
piscina e desfilou na Sapucaí. Joplin
morreu em 4 de outubro de 1970, na
cidade de Los Angeles, Califórnia, aos 27
anos de idade, de overdose de heroína. A
cantora foi homenageada de várias
formas, as cinzas de seu corpo cremado
foram jogadas no Oceano Pacífico.
21. GRANDES NOMES DA MUSICA
CONTRACULTURAL
John Lennon
Nascido no dia 9 de outubro de 1940, em
Liverpool, Inglaterra, John Winston Ono
Lennon foi cantor, guitarrista e compositor
dos Beatles, além de ter uma carreira solo de
sucesso. Com Paul McCartney formou um das
duplas mais criativas da história da música.
Com a explosão do fenômeno Beatles no início
dos anos 60, a banda chamava a atenção de
multidões por onde passava. Com os Beatles
seguiu até 1970, quando a banda e o sonho
para os fãs acabou oficialmente. Porém,
Lennon continuou fazendo grande sucesso
pelo planeta com álbuns e canções de impacto,
em sua carreira solo. Porém, no dia 8 de
dezembro de 1980, Lennon foi morto a tiros
quando saia de seu apartamento em Nova
Iorque, Estados Unidos. Por sua carreira solo
e com os Beatles, John Lennon é reverenciado
até hoje como uma das lendas da história da
música.
22. GRANDES NOMES DA MUSICA
CONTRACULTURAL
Jim Morrison
James "Jim" Douglas Morrison foi
um cantor, compositor e poeta
norte-americano, mais conhecido
como o vocalista da banda de rock
The Doors. Foi o autor da maior
parte das letras da banda. Após
aumento explosivo da fama do The
Doors em 1967, Morrison
desenvolveu uma grave dependência
de drogas e do álcool que culminou na
sua morte com 27 anos de idade em
Paris. Ele é acusado de ter morrido
de uma overdose de heroína, mas
como não foi realizada autópsia, a
causa exata de sua morte ainda é
contestada.
23. GRANDES NOMES DA MUSICA CONTRACULTURAL
Jimi Hendrix
James Marshall “Jimi” Hendrix, (27 de
novembro de 1942; 18 de setembro de 1970)
foi um guitarrista estadunidense, cantor,
compositor e produtor que é amplamente
considerado um dos mais importantes
guitarristas da história do rock. Um momento
marcante na carreira de Hendrix foi sua
apresentação no Festival de Woodstock em
1969, quando ele fez a interpretação mais
enlouquecida que se conhece do hino
americano, tirando ruídos industriais de sua
guitarra e imitando metralhadoras em
protesto a Guerra do Vietnã. As mudanças de
formação e a inconstância foram fatores
importantes no controverso e trágico final da
carreira de Hendrix, que morreu em 1970.
24. TROPICALIA
A tropicália foi um movimento
musical e cultural que aconteceu na
musica brasileira a partir de 1967.
O nome foi extraído por Caetano
Veloso de uma instalação do artista
plástico Hélio Oiticica, participante
ativo da consolidação do movimento,
que incorporava elementos da
contracultura dos hippies
americanos e foi inspirada na tese
antropofágica da Semana da Arte
Moderna. O movimento foi chamado
de Tropicalista a partir de
fevereiro de 1968.
25. TROPICALIA
Inconformados com o que acontecia
na musica brasileira naquela época,
Caetano Veloso e Gilberto Gil e se
uniram a Tom Zé, Maria Bethânia,
Gal Costa, Nara Leão, o grupo Os
Mutantes e mais outros artistas, e
resolveram começar um movimento
musical que fosse o avesso da Bossa
Nova. O que eles queriam era criar
um som que fugisse da mesmice e
ingenuidade da Jovem Guarda, algo
que mesclasse a musica pop da
época, nacional e estrangeira, com
ritmos mais tradicionais do Brasil,
como Baião e Samba.
26. TROPICALIA
O movimento desagradou
algumas correntes da MPB, que
preferiam se manter fieis as
raízes e a musica de protesto da
época. O Tropicalismo também
teve dificuldade em ser aceito
pelas forcas estudantis, que
preferiam o lado de raiz ou de
protesto da musica brasileira e
achavam que as guitarras
influenciadas pela musica dos
Beatles deviam ser eliminadas
da face da Terra.
27. TROPICALIA
Durante o III Festival de Canção,
Caetano e Os Mutantes foram
vaiados pela plateia repleta de
estudantes, que atiravam tomates
e ovos no palco. Caetano fez um
discurso irado que ficou na
historia. O cantor foi
desclassificado do festival e as
perseguições continuaram.
28. TROPICALIA
Discurso historico de Caetano Veloso
“Mas e isso que e a juventude que diz que
quer tomar o poder? Vocês tem coragem de
aplaudir, este ano, uma musica, um tipo de
musica que vocês não teriam coragem de
aplaudir no ano passado. São a mesma
juventude que vão sempre, sempre, matar o
amanha o velhote inimigo que morreu ontem.
Vocês não estão entendendo nada. Nada!
Nada! Absolutamente nada! Eu hoje vim
dizer aqui que quem teve coragem de
assumir a estrutura do Festival- não com o
medo que o senhor Chico de Assis pediu, mas
com a coragem-, quem teve essa coragem de
assumir essa estrutura e faze-la explodir foi
Gilberto Gil e fui eu. Não foi ninguém! Foi
Gilberto Gil e fui eu! Vocês estão por fora!
Vocês não dão pra entender. Mas que
juventude e essa? Que juventude e essa?”
29. TROPICALIA
Caetano Veloso
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso nasceu
na Bahia no dia 7 de agosto de 1942, mais
conhecido como Caetano Veloso, é
um músico, produtor, arranjador e escritor
brasileiro. Com uma carreira que já
ultrapassa quatro décadas, Caetano
construiu uma obra musical marcada pela
releitura e renovação e considerada
amplamente como possuidora de grande
valor intelectual e poético. Em 1968, face
ao endurecimento do regime militar no
Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir",
que foi desclassificado e amplamente
vaiado durante o III Festival Internacional
da Canção.
30. TROPICALIA
Gilberto Gil
Gilberto Gil (1942) é um músico brasileiro
e um dos criadores do movimento
tropicalista nos anos 60.
Gilberto Gil nasceu em Salvador. Filho de
médico, viveu durante um tempo no
interior da Bahia, onde recebeu grande
influência da música popular. Ainda na
infância, ganhou um violão de presente da
mãe e conheceu a música de João
Gilberto, o que lhe deu grande impulso
para se tornar músico.
Na faculdade, conheceu Caetano Veloso,
Tom Zé, Gal Costa e Maria Bethânia.
Posteriormente, realizaram a primeira
apresentação no teatro Vila Velha, em
1964, com o Show intitulado "Nós, Por
Exemplo".
31. TROPICALIA
Os Mutantes
Os Mutantes é uma banda brasileira de rock
psicodélico formada no ano de 1966, em São Paulo,
por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita
Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais).
Também participaram do grupo Liminha (baixista) e
Dinho Leme (bateria). A banda é considerada um dos
principais grupos do rock brasileiro. Os Mutantes
iniciou suas atividades em 1966, como um trio,
quando se apresentaram em um programa da TV
Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio
Dias como integrante original. Ao longo destes doze
anos, foram gravados nove álbuns - sendo que dois
deles, O A e o Z e Tecnicolor, foram lançados
apenas na década de 1990. Foi nessa década que foi
reconhecida no cenário do rock nacional e
internacional a importância dos Mutantes como um
dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e
talentosos da era psicodélica e da história da música
brasileira e mundial.