2. O que é Dadaísmo?
• O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi um
movimento artístico da chamada vanguarda artística
moderna iniciado em Zurique, em 1916, durante a
Primeira Guerra Mundial, no chamado Cabaret Voltaire.
Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas
plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão,
liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.
3. Significado?
• Embora a palavra dada em francês signifique "cavalo de
madeira", sua utilização marca o non-sense ou falta de
sentido que pode ter a linguagem (como na fala de um
bebê). Para reforçar esta ideia foi estabelecido o mito de
que o nome foi escolhido aleatoriamente, desta forma,
abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se
um estilete sobre ela.
4. • Isso foi feito para simbolizar o caráter antirracional do
movimento, claramente contrário à Primeira Guerra
Mundial e aos padrões da arte estabelecida na época. Em
poucos anos o movimento alcançou, além de Zurique, as
cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, Nova
York e Paris. Muitos de seus seguidores deram início
posteriormente ao surrealismo e seus parâmetros
influenciam a arte até hoje.
5. • Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo
portanto certas coisas e sou por princípios contra
manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que
é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa
única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua
contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para
nem contra e não explico por que odeio o bom-senso
• —Tristan Tzara3
6. O impacto?
• O impacto causado pelo Dadaísmo justifica-se
plenamente pela atmosfera de confusão e desafio à lógica
por ele desencadeado. Tzara opta por expressar de modo
inconfundível suas opiniões acerca da arte oficial, e
também das próprias vanguardas("sou por princípio
contra o manifestos, como sou também contra
princípios"). Dada vem para abolir de vez a lógica, a
organização, a postura racional, trazendo para arte um
caráter de espontaneísmo e gratuidade total. A falta de
sentido, aliás presente no nome escolhido para a
vanguarda.
7. Segundo o próprio Tzara:
• Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros
Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe
em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-
de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios
jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus
chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e
barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a
sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge
para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um
pântano dourado, relativo ao produto humano.
• —Tristan Tzara4
8. • O principal problema de todas as manifestações artísticas
estava, segundo os dadaístas, em almejar algo que era
impossível: explicar o ser humano. Na esteira de todas as
outras afirmações retumbantes, Tzara decreta: "A obra de
arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está
morta".
• No seu esforço para expressar a negação de todos os valores
estéticos e artísticos correntes, os dadaístas usaram, com
frequência, métodos deliberadamente incompreensíveis. Nas
pinturas e esculturas, por exemplo, tinham por hábito
aproveitar pedaços de materiais encontrados pelas ruas ou
objetos que haviam sido jogados fora.
9. • Foi na literatura, porém que a, ilogicidade e o
espontaneísmo alcançaram sua expressão máxima. No
último manifesto que divulgou, Tzara disse que o grande
segredo da poesia é que "o pensamento se faz na boca".
Como uma afirmação desse tipo é evidentemente
incompreensível, ele procurou orientar melhor os seus
seguidores dando uma receita para fazer um poema
dadaísta.