O documento discute a linguagem sob diferentes perspectivas: (1) A força criadora da linguagem é evidenciada nos mitos e religiões que narram a origem do mundo. (2) Existem quatro teorias sobre a origem da linguagem: imitação de sons da natureza, gestos, necessidades básicas e emoções. (3) Enquanto empiristas veem a linguagem como associação de sensações, racionalistas a veem como fato de inteligência para comunicar pensamentos.
2. A FORÇA DA LINGUAGEM
Podemos avaliar a força da linguagem tomando como exemplo os mitos e as
religiões. A palavra grega mythos, como vimos, significa “narrativa” e, portanto,
“linguagem”. Essa palavra narra a origem dos deuses, do mundo, dos seres
humanos.
O melhor exemplo da força criadora da palavra encontra-se na abertura do
Gênesis, na Bíblia, judaico-cristã.
E Deus disse: “Faça-se a luz e a luz foi feita”.
Rousseau considera que a linguagem nasce de uma profunda necessidade de
comunicação. Linguagem é, assim, a forma propriamente humana de comunicação,
da relação com o mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento
e das artes.
3. A ORIGEM DA LINGUAGEM
Perguntar pela origem da linguagem levou a quatro tipos de respostas:
1- a linguagem nasce por imitação: os humanos imitam, pela voz, os sons da
natureza. A origem da linguagem seria,
portanto, a onomatopeia.
2. A linguagem nasce por imitação dos gestos. Pouco a pouco o gesto passou
a se acompanhar com os sons, e estes foram se tornando palavras.
3. A linguagem nasce da necessidade, fome, sede, e outros.
4. A linguagem nasce das emoções: o grito (medo, surpresa ou alegria).
4. EMPIRISTAS E RACIONALISTAS
DIANTE DA LINGUAGEM
Para os empiristas, uma imagem é a associação, pela mente do sujeito,
de vários elementos independentes que provêm da sensação e dos
movimentos corporais. Se, para um empirista, uma é uma síntese de
sensações e movimentos, consequentemente a linguagem é um
conjunto de imagens corporais e mentais formadas por associação e
repetição e que constituem imagens verbais, isto é, palavras.
Assim dizem os racionalistas, a linguagem, longe de ser um mecanismo
instintivo e biológico, é um fato puro de inteligência e de compreensão,
uma pura tradução dos pensamentos.
5. O QUE É LINGUAGEM?
•A linguagem é um instrumento que nos
permite pensar e comunicar o pensamento,
estabelecer diálogos com nossos
semelhantes e dar sentido á realidade que
nos cerca.
6. ESTRUTURA DA LINGUAGEM
A linguagem é um sistema de signos. O signo, segundo definição do
filósofo Charles Sanders Peirce, é uma coisa que está no lugar de outra
sob algum aspecto, Por exemplo, o choro de uma criança pode estar no
lugar do aviso de desconforto, de fome, frio ou de dor; ou pode estar
simplesmente na frustração de não conseguir algo.
Os números também são tipos de linguagem, são signos, isto é, estão
nos lugares das quantidades reais de objetos ou do próprio objeto.
7. TIPOS DE SIGNOS
Outros exemplos:
Chuva – nuvem, ou chão molhado
Sinais de matemática (+,-,x e %)
8. OUTROS ELEMENTOS DA LINGUAGEM
Precisamente por ser um sistema de signos, toda linguagem possui um repertório, ou seja, uma
relação de signos que o compõe.
Exemplo, uma foto, o repertório da linguagem da foto é diversificada, como: iluminação, posição,
plano, textura de imagem e movimentos
• A construção da significação
Discutimos a questão da linguagem e dos signos como se a construção da significação fosse um
assunto pacífico, como se todas as pessoas usassem da mesma maneira e todos compreendessem
iguais, infelizmente, isso não acontece.
Uma palavra pode ter diversos significados, o seu uso muitas vezes só pode ser compreendido
dependendo da contextualização que foi utilizada.
Ex. a palavra manga.
Ás vezes até mesmo uma palavra empregada corretamente, causa distorção de significado, seja por
pontuação, seja por uma má interpretação, seja por distorção do seu sentido real.
9. TIPOS DE LINGUAGEM
• O ser humano criou e continua criando vários tipos de linguagem que lhes
permitem pensar as diversas facetas da realidade e, também, se expressar e se
comunicar com seus semelhantes. Temos a linguagem matemática, a da
informática; linguagens artísticas e gestuais.
Há signos que caem em desuso, como o espartilho, e há outros que são
introduzidos a cada nova estação, como as sandálias abotinadas.
Palavras também caem em desuso, como novas são introduzidas a sociedade.
Exemplos:
Desuso: Vosso. Introduzida: Selfie.