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Toda corrente de água
desliza entre duas margens.
Margens que detêm e ordenam.
Que a impedem de invadir os campos.
    Que lhe traçam um caminho.
Duas margens que permitem a essas águas
  formar um todo e realizar sua tarefa:




regar as planícies através das quais desliza.
E as margens ficam distantes
      uma da outra…
Elas, porém, podem unir-se,
               aproximar-se,
              fundir-se quase,
quando sobre as águas se estende uma ponte.
Olhando a ponte
    sente-se a tarefa imensa
e, ao mesmo tempo agradável,
       executada por ela.
Como um abraço amigo
que aproxima duas separações.


          Como um diálogo silencioso
        faz conversarem duas solidões.



            Como a mão estendida
          fraterniza dois estranhos.
Se a ponte pudesse sentir,
       poderíamos, sem dúvida,
          qualificá-la de feliz.


Feliz por ser capaz de tornar o outro feliz.
E nunca se colhe felicidade maior
          do que quando
      se semeia a felicidade.
A ponte tem, para cada um de nós,
um profundo e significativo simbolismo.
É a lição perene, silenciosa e rica,
             no dia a dia,
da sua missão de ligar e aproximar,

        de encurtar distâncias,
         de separar abismos.
Diante de uma ponte
         nos ocorrem reflexões
         que alguém escreveu:




"Em êxtase contemplativo olho a ponte,
            admiro a ponte,
     escuto a linguagem da ponte…
…Sou forte, terrivelmente forte.

Resisto a tudo e permaneço sempre estática,

mas perseverante em meu posto de serviço.
O segredo da minha força?

De minha perseverança?

  De minha grandeza?
Nasci para unir!

Vivo para unir!

Sirvo para unir!"
Como gostaria de ser também uma ponte!




    Para unir a terra aos céus!
Unir os desunidos…
Unir os desencontrados…
Unir os corações!
Texto de Hugo Di Baggio

        Música: Barcarole
           Offenbach

Formatação: Maria Estela Barbosa

   estelabarbosa@terra.com.br

           24 / 05 / 2011

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A ponte

  • 1.
  • 2. Toda corrente de água desliza entre duas margens.
  • 3. Margens que detêm e ordenam. Que a impedem de invadir os campos. Que lhe traçam um caminho.
  • 4. Duas margens que permitem a essas águas formar um todo e realizar sua tarefa: regar as planícies através das quais desliza.
  • 5. E as margens ficam distantes uma da outra…
  • 6. Elas, porém, podem unir-se, aproximar-se, fundir-se quase, quando sobre as águas se estende uma ponte.
  • 7. Olhando a ponte sente-se a tarefa imensa e, ao mesmo tempo agradável, executada por ela.
  • 8. Como um abraço amigo que aproxima duas separações. Como um diálogo silencioso faz conversarem duas solidões. Como a mão estendida fraterniza dois estranhos.
  • 9. Se a ponte pudesse sentir, poderíamos, sem dúvida, qualificá-la de feliz. Feliz por ser capaz de tornar o outro feliz.
  • 10. E nunca se colhe felicidade maior do que quando se semeia a felicidade.
  • 11. A ponte tem, para cada um de nós, um profundo e significativo simbolismo.
  • 12. É a lição perene, silenciosa e rica, no dia a dia, da sua missão de ligar e aproximar, de encurtar distâncias, de separar abismos.
  • 13. Diante de uma ponte nos ocorrem reflexões que alguém escreveu: "Em êxtase contemplativo olho a ponte, admiro a ponte, escuto a linguagem da ponte…
  • 14. …Sou forte, terrivelmente forte. Resisto a tudo e permaneço sempre estática, mas perseverante em meu posto de serviço.
  • 15. O segredo da minha força? De minha perseverança? De minha grandeza?
  • 16. Nasci para unir! Vivo para unir! Sirvo para unir!"
  • 17. Como gostaria de ser também uma ponte! Para unir a terra aos céus!
  • 21. Texto de Hugo Di Baggio Música: Barcarole Offenbach Formatação: Maria Estela Barbosa estelabarbosa@terra.com.br 24 / 05 / 2011