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A N NO.
rio de janeiro
NUM.' 1
1 - agesto - 1927
Nós temos uma visão clara desta hora.
Sabemos que'é de tumulto e de incerteza.
I: d^.- confusão de valores.
P. de víctoria do arrinsmo.
K de grades ameaças para o homem.
Mas sabemos, também, que não ê esta a primeira
hora de agonia e inquietude que a humanidade vive.
A humanidade dansa a sua dansa eterna num velho
rythmo em dois tempos
Quando todas as forças inferiores se equilibram, os
gestos são luminosamente serenos.
Mas o que nesses gestos parecia um esplendor su-
premo de belleza
ou de verdade
não era senão um momento ephemero da escalada.
Então exstirgem das profundezas do ser ímpetos
bruscos e imprevistos,
que trazem, a insatisfação,
a angustia,
a febre,
e quebram os compassos harmoniosos,
e fazem pensar, aos que se esqueceram de Deus, que
tudo esta perdido,
— mas que são, em verdade, ondas desconhecidas de
energia
para a criação de um equilíbrio novo
e de outra mais alia serenidade...
Nos lemos a compreliensuo nítida deste momenio.
Deste momento no mundo
e deste momento no Brasil.
Vemos, lã írtra e aqui dentro, o rodopio dos senti-
mentos cm torvelinho trágico.
B as investidas reivindicadoras
dos nppetifes que se disfarçavam
e agora se desencadeinm em fúria.
I: ouvimos o suspiro de allivio
da mediocridade finalmente desopprimida:
da mediocridade que, aproveitando o desequilíbrio de
um instante,
ergueu também a sua voz em falsete,
e encheu o ar de gestos desarticulados,
e proclamou-se vencedora,
na ingénua illusão de que as barreiras que a cor.
tinham tombaram para sempre.
Mas vemos igualmente os espíritos Kwitimos no ser
posto immutavel.
E apuramos o ouvido ao brado de alerla das ser.-
tinellas perdidas.
E sentimos á flor do solo o frémito das subter-
râneas correntes de força viva,
que serão captadas pela sabedoria divina na hora pró-
xima das constrncções admiráveis.
A arte é sempre a primeira que fala para annun-
ciar o que virá.
E a arte deste momento é um canto de alegria,
uma reiniciacão na esperança,
uma promessa de esplendor.
Passou o profundo desconsolo romântico.
Passou o estéril scepficismo parnasiano.
Passou a angustia das incertezas symbolisfas.
O artista canta agora a realidade totaJ:
a do corpo e a do espirito,
a da natureza e a do sonho,
a do homem e a de Deus,
canta-a, porém, porque a percebe e compreende
em toda a sua múltipla belieza,
em sua .profundidade e infjnitude.
E por isto o seu canto
6 feito de intelligencia c de instincto
(porque também deve ser total)
e 6 feito de ryfhmos livres
elásticos e ágeis como músculos de athleías
velozes e altos como subtilissinios pensamentos
e sobretudo palpitantes
do triumpho interior
que nasce das adivinhações maravilhosas...
O artista voltou a ter os olhos adolescentes
e encantou-se.novamente com a Vida:
todos os Homens o

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  • 1. A N NO. rio de janeiro NUM.' 1 1 - agesto - 1927 Nós temos uma visão clara desta hora. Sabemos que'é de tumulto e de incerteza. I: d^.- confusão de valores. P. de víctoria do arrinsmo. K de grades ameaças para o homem. Mas sabemos, também, que não ê esta a primeira hora de agonia e inquietude que a humanidade vive. A humanidade dansa a sua dansa eterna num velho rythmo em dois tempos Quando todas as forças inferiores se equilibram, os gestos são luminosamente serenos. Mas o que nesses gestos parecia um esplendor su- premo de belleza ou de verdade não era senão um momento ephemero da escalada. Então exstirgem das profundezas do ser ímpetos bruscos e imprevistos, que trazem, a insatisfação, a angustia, a febre, e quebram os compassos harmoniosos, e fazem pensar, aos que se esqueceram de Deus, que tudo esta perdido, — mas que são, em verdade, ondas desconhecidas de energia para a criação de um equilíbrio novo e de outra mais alia serenidade... Nos lemos a compreliensuo nítida deste momenio. Deste momento no mundo e deste momento no Brasil. Vemos, lã írtra e aqui dentro, o rodopio dos senti- mentos cm torvelinho trágico. B as investidas reivindicadoras dos nppetifes que se disfarçavam e agora se desencadeinm em fúria. I: ouvimos o suspiro de allivio da mediocridade finalmente desopprimida: da mediocridade que, aproveitando o desequilíbrio de um instante, ergueu também a sua voz em falsete, e encheu o ar de gestos desarticulados, e proclamou-se vencedora, na ingénua illusão de que as barreiras que a cor. tinham tombaram para sempre. Mas vemos igualmente os espíritos Kwitimos no ser posto immutavel. E apuramos o ouvido ao brado de alerla das ser.- tinellas perdidas. E sentimos á flor do solo o frémito das subter- râneas correntes de força viva, que serão captadas pela sabedoria divina na hora pró- xima das constrncções admiráveis. A arte é sempre a primeira que fala para annun- ciar o que virá. E a arte deste momento é um canto de alegria, uma reiniciacão na esperança, uma promessa de esplendor. Passou o profundo desconsolo romântico. Passou o estéril scepficismo parnasiano. Passou a angustia das incertezas symbolisfas. O artista canta agora a realidade totaJ: a do corpo e a do espirito, a da natureza e a do sonho, a do homem e a de Deus, canta-a, porém, porque a percebe e compreende em toda a sua múltipla belieza, em sua .profundidade e infjnitude. E por isto o seu canto 6 feito de intelligencia c de instincto (porque também deve ser total) e 6 feito de ryfhmos livres elásticos e ágeis como músculos de athleías velozes e altos como subtilissinios pensamentos e sobretudo palpitantes do triumpho interior que nasce das adivinhações maravilhosas... O artista voltou a ter os olhos adolescentes e encantou-se.novamente com a Vida: todos os Homens o