SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
O bolero é o ritmo musical adaptado da clássica balada
às raízes afro-espanholas, que se desenvolveu em Cuba, Porto
Rico, República Dominicana e México. O nascimento do gênero
foi na cidade de Santiago de Cuba, em Cuba, provavelmente em
1885.
É uma dança agradável e elegante com música
romântica com letras sentimentais e por isso permanece até
nossos dias.
Sua origem é discutida: uma versão diz que se surgiu
na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes
variados (dança e contradança); outra versão, diz que veio
do fandango - dança espanhola de origem árabe - muito
popular, desde o século XVII.
Ao longo do tempo, Surgiram dezenas de grandes
compositores e intérpretes latino-americanos como, por
exemplo, Oswaldo Farrés e Gonzalo Roig (Cuba), Rafael
Hernández e Pedro Flores (Porto Rico), Agustín Lara, María
Grever e Consuelo Velasquez (México), Lucho Gatica (Chile),
Mario Clavell e Gregorio Barrios (Argentina) e tantos outros.
Bolero em Cuba
Trazido pelos espanhóis para suas colônias na America, ele
foi se modificando pelas influencias locais e recebendo
contribuições, em especial, de ritmos vindos da áfrica, assim
como da “contradanza francesa”. Analisando a Cuba do século XIX
e de fins do XVIII, detecta-se a atuante presença inglesa desde que
barcos tomaram La Habana em 1972. Logo depois, no final do
século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos
chegaram a Cuba, fugidos dos rebeldes haitianos, trazendo para a
burguesia e a aristocracia cubana, a contradanza e a novidade do
casal dançar entrelaçado, que gerou grande rebuliço na burguesia
e aristocracia cubana,
fazendo com que o pais orientassem suas filhas a dançarem com os
quadris afastados, somente a parte de cima teria contato,
característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado
com movimentos semelhantes aos da Rumba, porém mais lentos e
com poucas variações, mas que ainda permanece em muitos
dançarinos de Son e Salsa.
Na década de 40 o bolero já havia se imposto em Cuba e
nesta época destacaram vários compositores como Oswaldo
Farrés, Bobby Collazo e Isolina Carrillo.
Bolero em Porto Rico
O bolero porto-riquenho se diferencia por ser
fundamentalmente descritivo/narrativo. Talvez Rafael Hernández e
Pedro Flores, grandes compositores de Porto Rico, foram
influenciados pelo estilo do aquinaldo, villancico e plena, três
gêneros musicais porto-riquenhos que usavam frequentemente a
narração e a descrição.
Finalmente o bolero havia procurado usar uma linguagem
culta para merecer a atenção da classe alta.
Não é de estranhar então que o bolero também se aproprie
de certos rasgos do estilo modernista. Isso se demonstra com um
grupo de talentosos compositores porto-riquenhos que abriram
essa tendência, enriquecendo o bolero com a técnica narrativo-
descritiva.
Bolero no México
No final do século XIX, através da península de Yacatán,
chegou ao México um ritmo de dança chamado habanera e com ele
a canção La paloma muito popular . A partir desta canção se
desenvolveria a dança mexicana de cadência inconfundível e dela foi
fácil passar ao ritmo de bolero. Na década de 20 aparece em cena
o compositor mexicano Agustín Lara, cujas composições levará o
bolero ao auge. Compõe cerca de 500 canções das quais se estima
162 foram boleros. Com eles estabeleceu a norma clássica do
bolero, a qual consiste em 32 compassos divididos em duas partes,
os primeiros 16 em tom menor e os outros 16 em tom maior. A
mulher foi uma fonte de inspiração importantíssima em sua obra.
O desenvolvimento do bolero no México também foi
impulsionado por influências estrangeiras, como o compositor
porto-riquenho Rafael Hernández, que permaneceu neste país
durante 16 anos em que compôs uma boa parte de sua obra
musical, e também da visita do Trío los Panchos, no final dos anos
40, criadores de um estilo brilhante imitado por milhares de trios
no mundo inteiro.
O mais célebre bolero mexicano é Bésame mucho,composto
por Consuelo Velásquez (1941), e interpretado por muitos cantores
em vários paises.
Bolero no Brasil
Curiosamente, só no Brasil, em especial no Rio de Janeiro,
essa dança adquire uma estrutura mais complexa incorporando
movimentos do Tango, como trocadilhos, esses, caminhadas,
cruzados e giros, Nos demais estados, até o inicio da década de 90,
restringia-se praticamente a base do “dois pra cá, dois pra lá” ou
mesmo ao “um pra lá e dois pra cá” dos dançarinos mais antigos.
O Bolero só se reformula, no Brasil, para a forma como é
dançada hoje, quando sua Academia, a Strapolos, contrata em 1994,
os professores cariocas João Carlos Ramos e Elaine Delatorre para
introduzirem em São Pauloo Samba de Gafieira, o Bolero e o
Soltinho, ainda inéditos no meio acadêmico da dança de salão
paulistana.
O Bolero é fácil, é bonito, é gostoso, e temos orgulho de ter
criado a maioria dos passos que são feitos hoje no Brasil,
principalmente porque o Brasil é o país onde mais se dança
Bolero.
Esta tarde vi llover
Trio Los Panchos
Esta tarde vi llover
vi gente correr y no estabas tu
la otra noche vi brillar
un lucero azul y no estabas tu
la otra tarde vi que un ave enamorada
daba besos a su amor ilusionada y no estabas
Esta tarde vi llover
vi gente correr y no estabas tu
el otoño vi llegar al mar oi cantar
y no estabas tu
yo no se cuanto me quieres si me
extrañas o me engañas solo se que vi llover
vi gente correr y no estabas tu
Esta tarde vi llover
vi gente correr y no estabas tu
el otoño vi llegar al mar oi cantar
y no estabas tu
yo no se cuanto me quieres si me
extrañas o me engañas solo se que vi llover
vi gente correr y no estabas tu

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (20)

Danças de salão
Danças de salãoDanças de salão
Danças de salão
 
Dança
DançaDança
Dança
 
dança de salão
dança de salãodança de salão
dança de salão
 
O que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporâneaO que é a dança contemporânea
O que é a dança contemporânea
 
A História da Capoeira
A História da CapoeiraA História da Capoeira
A História da Capoeira
 
Hip Hop
Hip HopHip Hop
Hip Hop
 
A Dança e seus elementos
A Dança e seus elementosA Dança e seus elementos
A Dança e seus elementos
 
Dança moderna
Dança modernaDança moderna
Dança moderna
 
Samba
SambaSamba
Samba
 
Dancas Folclóricas
Dancas FolclóricasDancas Folclóricas
Dancas Folclóricas
 
Hip hop
Hip hopHip hop
Hip hop
 
Danças brasileiras
Danças brasileirasDanças brasileiras
Danças brasileiras
 
Dança da cultura Afro-brasileira
Dança da cultura Afro-brasileiraDança da cultura Afro-brasileira
Dança da cultura Afro-brasileira
 
Danças existentes
Danças existentesDanças existentes
Danças existentes
 
Trabalho de artes danças
Trabalho de artes dançasTrabalho de artes danças
Trabalho de artes danças
 
Padroes de beleza
Padroes de belezaPadroes de beleza
Padroes de beleza
 
Samba além do carnaval
Samba além do carnavalSamba além do carnaval
Samba além do carnaval
 
Dança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acçãoDança ,corpo em acção
Dança ,corpo em acção
 
Dança de rua
Dança de ruaDança de rua
Dança de rua
 
Mulheres artistas
Mulheres artistasMulheres artistas
Mulheres artistas
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (11)

Isto é Bolero
Isto é BoleroIsto é Bolero
Isto é Bolero
 
Apresentação de slides pronto
Apresentação de slides prontoApresentação de slides pronto
Apresentação de slides pronto
 
20.baiao
20.baiao20.baiao
20.baiao
 
Presentacion boleros.
Presentacion boleros.Presentacion boleros.
Presentacion boleros.
 
Luiz,aline,paulo,joão paulo,fernando,ketthlen
Luiz,aline,paulo,joão paulo,fernando,ketthlenLuiz,aline,paulo,joão paulo,fernando,ketthlen
Luiz,aline,paulo,joão paulo,fernando,ketthlen
 
Bolero
BoleroBolero
Bolero
 
03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego03 educação física danças-diego
03 educação física danças-diego
 
Alemanha
AlemanhaAlemanha
Alemanha
 
Alemanha
AlemanhaAlemanha
Alemanha
 
Dança
DançaDança
Dança
 
esquema eletrico do Renault clio-1-0-16
esquema eletrico do Renault clio-1-0-16esquema eletrico do Renault clio-1-0-16
esquema eletrico do Renault clio-1-0-16
 

Ähnlich wie O bolero, um ritmo musical adaptado da balada às raízes afro-espanholas

Estilos Musicais
Estilos MusicaisEstilos Musicais
Estilos MusicaisMarilia
 
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...Manoel Augusto
 
Origem dos generos musicais
Origem dos generos musicaisOrigem dos generos musicais
Origem dos generos musicaisEralda Cruz
 
A Evolução dos Ritmos Musicais
A Evolução dos Ritmos Musicais A Evolução dos Ritmos Musicais
A Evolução dos Ritmos Musicais eercavalcanti
 
Manifestações rítmicas internacionais aula 9º ano
Manifestações rítmicas internacionais  aula 9º anoManifestações rítmicas internacionais  aula 9º ano
Manifestações rítmicas internacionais aula 9º anoAbmael Rocha Junior
 
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptx
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptxhistmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptx
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptxMariaMarques385773
 
História da Música Brasileira
História da Música BrasileiraHistória da Música Brasileira
História da Música BrasileiraCarlos Zaranza
 
Danças existentes no brasil
Danças existentes no brasilDanças existentes no brasil
Danças existentes no brasilAtylla Maria
 
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.ppt
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.pptMÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.ppt
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.pptFernandaBorges359180
 

Ähnlich wie O bolero, um ritmo musical adaptado da balada às raízes afro-espanholas (20)

Estilos Musicais
Estilos MusicaisEstilos Musicais
Estilos Musicais
 
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...
Patryck gonçalves, Daniel lucas, Warley kassio, Manoel augusto,Lucas ramon e ...
 
Origem dos generos musicais
Origem dos generos musicaisOrigem dos generos musicais
Origem dos generos musicais
 
Roteiro de estudo ARTE - Ensino Fundamental
Roteiro de estudo ARTE - Ensino FundamentalRoteiro de estudo ARTE - Ensino Fundamental
Roteiro de estudo ARTE - Ensino Fundamental
 
Bolero
BoleroBolero
Bolero
 
Samba e a mpb
Samba e a mpbSamba e a mpb
Samba e a mpb
 
Flamenco 3º manhã
Flamenco 3º  manhãFlamenco 3º  manhã
Flamenco 3º manhã
 
GENEROS.pptx
GENEROS.pptxGENEROS.pptx
GENEROS.pptx
 
Historia dos ritmos
Historia dos ritmosHistoria dos ritmos
Historia dos ritmos
 
A Evolução dos Ritmos Musicais
A Evolução dos Ritmos Musicais A Evolução dos Ritmos Musicais
A Evolução dos Ritmos Musicais
 
Manifestações rítmicas internacionais aula 9º ano
Manifestações rítmicas internacionais  aula 9º anoManifestações rítmicas internacionais  aula 9º ano
Manifestações rítmicas internacionais aula 9º ano
 
Musica brasileira
Musica brasileiraMusica brasileira
Musica brasileira
 
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptx
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptxhistmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptx
histmusicabras-21maio-140528150704-phpapp02.pptx
 
História da Música Brasileira
História da Música BrasileiraHistória da Música Brasileira
História da Música Brasileira
 
Danças existentes no brasil
Danças existentes no brasilDanças existentes no brasil
Danças existentes no brasil
 
Música estilo musical
Música   estilo musicalMúsica   estilo musical
Música estilo musical
 
Danças brasileiras
Danças brasileirasDanças brasileiras
Danças brasileiras
 
SAMBA- TURMA 3003
SAMBA- TURMA 3003SAMBA- TURMA 3003
SAMBA- TURMA 3003
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.ppt
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.pptMÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.ppt
MÚSICA – Gêneros e movimentos diversos da música brasileira.ppt
 

Mehr von Alanna Alexandre

Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticos
Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticosManejo da dor e anestesia em pacientes asmáticos
Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticosAlanna Alexandre
 
Politica de saude nacional da mulher
Politica de saude nacional da mulherPolitica de saude nacional da mulher
Politica de saude nacional da mulherAlanna Alexandre
 
Os meios de comunicação e o massacre da cultura
Os meios de comunicação e o massacre da culturaOs meios de comunicação e o massacre da cultura
Os meios de comunicação e o massacre da culturaAlanna Alexandre
 
Ginástica laboralapresentação
Ginástica laboralapresentaçãoGinástica laboralapresentação
Ginástica laboralapresentaçãoAlanna Alexandre
 

Mehr von Alanna Alexandre (8)

Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticos
Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticosManejo da dor e anestesia em pacientes asmáticos
Manejo da dor e anestesia em pacientes asmáticos
 
Politica de saude nacional da mulher
Politica de saude nacional da mulherPolitica de saude nacional da mulher
Politica de saude nacional da mulher
 
Perdas Reprodutivas
Perdas ReprodutivasPerdas Reprodutivas
Perdas Reprodutivas
 
Os meios de comunicação e o massacre da cultura
Os meios de comunicação e o massacre da culturaOs meios de comunicação e o massacre da cultura
Os meios de comunicação e o massacre da cultura
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaral Tarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Natação
NataçãoNatação
Natação
 
Sudeste
SudesteSudeste
Sudeste
 
Ginástica laboralapresentação
Ginástica laboralapresentaçãoGinástica laboralapresentação
Ginástica laboralapresentação
 

Kürzlich hochgeladen

Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 

O bolero, um ritmo musical adaptado da balada às raízes afro-espanholas

  • 1.
  • 2. O bolero é o ritmo musical adaptado da clássica balada às raízes afro-espanholas, que se desenvolveu em Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México. O nascimento do gênero foi na cidade de Santiago de Cuba, em Cuba, provavelmente em 1885. É uma dança agradável e elegante com música romântica com letras sentimentais e por isso permanece até nossos dias.
  • 3. Sua origem é discutida: uma versão diz que se surgiu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados (dança e contradança); outra versão, diz que veio do fandango - dança espanhola de origem árabe - muito popular, desde o século XVII. Ao longo do tempo, Surgiram dezenas de grandes compositores e intérpretes latino-americanos como, por exemplo, Oswaldo Farrés e Gonzalo Roig (Cuba), Rafael Hernández e Pedro Flores (Porto Rico), Agustín Lara, María Grever e Consuelo Velasquez (México), Lucho Gatica (Chile), Mario Clavell e Gregorio Barrios (Argentina) e tantos outros.
  • 4. Bolero em Cuba Trazido pelos espanhóis para suas colônias na America, ele foi se modificando pelas influencias locais e recebendo contribuições, em especial, de ritmos vindos da áfrica, assim como da “contradanza francesa”. Analisando a Cuba do século XIX e de fins do XVIII, detecta-se a atuante presença inglesa desde que barcos tomaram La Habana em 1972. Logo depois, no final do século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos chegaram a Cuba, fugidos dos rebeldes haitianos, trazendo para a burguesia e a aristocracia cubana, a contradanza e a novidade do casal dançar entrelaçado, que gerou grande rebuliço na burguesia e aristocracia cubana,
  • 5. fazendo com que o pais orientassem suas filhas a dançarem com os quadris afastados, somente a parte de cima teria contato, característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado com movimentos semelhantes aos da Rumba, porém mais lentos e com poucas variações, mas que ainda permanece em muitos dançarinos de Son e Salsa. Na década de 40 o bolero já havia se imposto em Cuba e nesta época destacaram vários compositores como Oswaldo Farrés, Bobby Collazo e Isolina Carrillo.
  • 6. Bolero em Porto Rico O bolero porto-riquenho se diferencia por ser fundamentalmente descritivo/narrativo. Talvez Rafael Hernández e Pedro Flores, grandes compositores de Porto Rico, foram influenciados pelo estilo do aquinaldo, villancico e plena, três gêneros musicais porto-riquenhos que usavam frequentemente a narração e a descrição. Finalmente o bolero havia procurado usar uma linguagem culta para merecer a atenção da classe alta. Não é de estranhar então que o bolero também se aproprie de certos rasgos do estilo modernista. Isso se demonstra com um grupo de talentosos compositores porto-riquenhos que abriram essa tendência, enriquecendo o bolero com a técnica narrativo- descritiva.
  • 7. Bolero no México No final do século XIX, através da península de Yacatán, chegou ao México um ritmo de dança chamado habanera e com ele a canção La paloma muito popular . A partir desta canção se desenvolveria a dança mexicana de cadência inconfundível e dela foi fácil passar ao ritmo de bolero. Na década de 20 aparece em cena o compositor mexicano Agustín Lara, cujas composições levará o bolero ao auge. Compõe cerca de 500 canções das quais se estima 162 foram boleros. Com eles estabeleceu a norma clássica do bolero, a qual consiste em 32 compassos divididos em duas partes, os primeiros 16 em tom menor e os outros 16 em tom maior. A mulher foi uma fonte de inspiração importantíssima em sua obra.
  • 8. O desenvolvimento do bolero no México também foi impulsionado por influências estrangeiras, como o compositor porto-riquenho Rafael Hernández, que permaneceu neste país durante 16 anos em que compôs uma boa parte de sua obra musical, e também da visita do Trío los Panchos, no final dos anos 40, criadores de um estilo brilhante imitado por milhares de trios no mundo inteiro. O mais célebre bolero mexicano é Bésame mucho,composto por Consuelo Velásquez (1941), e interpretado por muitos cantores em vários paises.
  • 9. Bolero no Brasil Curiosamente, só no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, essa dança adquire uma estrutura mais complexa incorporando movimentos do Tango, como trocadilhos, esses, caminhadas, cruzados e giros, Nos demais estados, até o inicio da década de 90, restringia-se praticamente a base do “dois pra cá, dois pra lá” ou mesmo ao “um pra lá e dois pra cá” dos dançarinos mais antigos. O Bolero só se reformula, no Brasil, para a forma como é dançada hoje, quando sua Academia, a Strapolos, contrata em 1994, os professores cariocas João Carlos Ramos e Elaine Delatorre para introduzirem em São Pauloo Samba de Gafieira, o Bolero e o Soltinho, ainda inéditos no meio acadêmico da dança de salão paulistana.
  • 10. O Bolero é fácil, é bonito, é gostoso, e temos orgulho de ter criado a maioria dos passos que são feitos hoje no Brasil, principalmente porque o Brasil é o país onde mais se dança Bolero.
  • 11. Esta tarde vi llover Trio Los Panchos Esta tarde vi llover vi gente correr y no estabas tu la otra noche vi brillar un lucero azul y no estabas tu la otra tarde vi que un ave enamorada daba besos a su amor ilusionada y no estabas Esta tarde vi llover vi gente correr y no estabas tu el otoño vi llegar al mar oi cantar y no estabas tu yo no se cuanto me quieres si me extrañas o me engañas solo se que vi llover vi gente correr y no estabas tu Esta tarde vi llover vi gente correr y no estabas tu el otoño vi llegar al mar oi cantar y no estabas tu yo no se cuanto me quieres si me extrañas o me engañas solo se que vi llover vi gente correr y no estabas tu