Sociologia um ciência muito nova, tratando de problemas amplos dos quais não são fácil assumir atitudes objetivas, a Sociologia se encontra em fase de arriscadas hipóteses e acaloradas conversas e debates. A diversidade entre as interpretações e doutrinas compreende à própria linguagem empregada pelos autores mais acatados. E daí as constantes confusões e dúvidas experimentadas pelos que começam no conhecimento das questões.
Palavras chaves: Cultura, etnocentrismo, relativismo, subcultura, aculturação, difusão cultural, e endoculturação.
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
SOCIOLOGIA E EDUCAÇÃO - CULTURA E SOCIEDADE
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
UNIDADE CAMPANHA
CULTURA E SOCIEDADE
Alan Lucas, Caroline, Crisley,
Marina e Raphaela Morais
Profª Ms. Solange Rodriguez
Campanha, Minas Gerais
2016
2. 2
Alan Lucas, Caroline, Crisley, Marina e Raphaela Morais
CULTURA E SOCIEDADE
Seminário apresentado pelos
acadêmicos Alan Lucas,
Caroline, Crisley, Marina e
Raphaela Morais como
exigência do curso de
licenciatura em Pedagogia da
Universidade do Estado de
Minas Gerais sob a orientação
da Professora Ms. Solange
Rodriguez.
Campanha, Minas Gerais
2016
3. 3
Resumo
Sociologia um ciência muito nova, tratando de problemas amplos dos
quais não são fácil assumir atitudes objetivas, a Sociologia se encontra em fase
de arriscadas hipóteses e acaloradas conversas e debates. A diversidade entre
as interpretações e doutrinas compreende à própria linguagem empregada
pelos autores mais acatados. E daí as constantes confusões e dúvidas
experimentadas pelos que começam no conhecimento das questões.
Palavras chaves: Cultura, etnocentrismo, relativismo, subcultura,
aculturação, difusão cultural, e endoculturação.
Abstract
Sociology a very new science dealing with large problems which are not
easy to take objective attitudes, sociology is undergoing risky assumptions and
heated conversations and debates. The diversity of interpretations and
doctrines comprises the very language used by most authors heeded. So the
constant confusion and doubts experienced by beginning the knowledge of the
issues.
Keywords: culture, ethnocentrism, relativism, subculture, acculturation,
cultural diffusion, and endoculturação.
4. 4
SUMÁRIO
Introdução ...............................................................................................................................05
1. Estudando a Cultura .........................................................................................................06
2. Cultura .................................................................................................................................06
3. Componentes da Cultura .................................................................................................06
4. A Importância da Cultura..................................................................................................07
4.1 Cultura Humana ...........................................................................................07
4.2 Os Sentidos da Palavra Cultura ................................................................07
4.3 O conceito científico de cultura na antropologia ..............................................07
4.4 A essência da cultura .......................................................................................08
4.5 Relativismo Cultural.....................................................................................08
5. Etnocentrismo Cultural .....................................................................................................09
6. Traços Culturais.................................................................................................................09
7. Componentes da Cultura .................................................................................................09
8. Padrões culturais..................................................................................................................10
9. Mudança cultural ..................................................................................................................11
10. Difusão culturaI...................................................................................................................12
11. Aculturação.......................................................................................................................12
12. Endoculturação................................................................................................................12
13. Cultura e Sociedade .......................................................................................................12
Conclusão ...............................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas ....................................................................................................14
5. 5
Introdução
Falaremos sobre configuração cultural que é uma qualidade específica que
caracteriza uma cultura, sobre áreas culturais que são territórios de culturas
semelhantes, subcultura e contracultura, folkways: mores e leis. Em termos
sociológicos e antropológicos, o conteúdo e a estrutura da cultura em diferentes
conceitos, o significado da cultura, a análise da cultura material, imaterial, real e ideal,
o relativismo cultural e o etnocentrismo, sua função e estrutura na cultura, facilitando a
descrição da mesma. Os processos culturais, que possibilitam a compreensão de
como se forma, se estrutura e se difundi a cultura.
A importância do contato entre os indivíduos e sociedade na transmissão da
cultura. As crenças, os valores, as tradições, os costumes, a linguagem, a
comunicação, a organização social, a ciência, e a tecnologia e arte nas suas mais
variadas formas de expressar, constituem um amplo acervo de manifestações
culturais. Nos tópicos a seguir iremos tratar de temas dentro de cultura e sociedade.
6. 6
1. Estudando a cultura
Sociólogos, antropólogos, etnólogos, historiadores, psicólogos, biólogos e
linguistas dedicam estudar o surgimento da cultura, a forma peculiar dos seres
humanos se relacionarem, se expressarem, refletir sobre o mundo, criarem hábitos e
costumes diferenciados. Todos buscam responder às perguntas que estão na origem
nas ciências humanas: como nos diferenciamos dos demais animais? Como
desenvolvemos formas tão peculiares de existir?
2. Cultura
Toda sociedade possui um modo de vida ou, de acordo com nossa
terminologia, uma cultura, define os modos apropriados ou necessários de pensar, agir
e sentir. Usada dessa maneira na pesquisa sociológica, a cultura tem um significado
muito mais amplo do que habitualmente se dá. Por ser nossa cultura de tal maneira
parte de nós mesmos, considerado como já estabelecida, supondo de uma
característica normal, inevitável e inerente a todos os seres humanos.
Os antropólogos têm referido muitas vezes que ao perguntarem a membros de
pequenos grupos pré-letrados que agem de determinadas maneira, recebem uma
resposta equivalente a: “E assim que se faz” ou “É o costume”. A importância da
cultura reside no fato de que ela proporciona o conhecimento e as técnicas que
permitem o homem sobreviver, fisicamente e socialmente, e dominar e controlar, na
medida do possível, o mundo que o rodeia.
Entretanto, o homem não é o único animal que aprende a agir em vez de
responder automaticamente aos estímulos. Podem-se ensinar muitas coisas aos
cachorros e estes são capazes de aprender através da experiência, como acontece
com os cavalos e gatos, macacos e bugios, ratazana e ratos brancos. Mas em razão
de sua maior força cerebral e de sua capacidade de linguagem, o homem aprende
mais e possui, portanto, maior flexibilidade de ação do que outros animais. Transmite
grande parte do que aprende aos outros, inclusive aos filhos, e controla, em parte, o
mundo à sua volta – a ponto de transformá-lo consideravelmente. O homem é o único
animal que possui cultura, de fato, nisto resume uma das distinções cruciais entre o
homem e outros animais.
De importância central, na definição cultural é o fato de ser ela, ao mesmo
tempo, aprendida e partilhada. O homem já o disse, não herdam seus hábitos e
crenças, suas habilidades e conhecimentos: adquirem durante o transcurso de suas
vidas. O que aprendem lhes vem de grupos em que nasceram e nos quais vivem. Os
hábitos adquiridos por uma criança serão provavelmente colocados sobre os de sua
família e os de outras pessoas que lhes estejam próximas.
3. Componentes da cultura
A cultura é a manifestação de um conceito tão inclusivo que seus principais
componentes devem ser identificados, rotulados, analisados e relacionados uns aos
outros. Esses componentes podem ser agrupados, em linhas gerais, em três grandes
categorias: as instituições, a saber, as regras e normas que governam o
comportamento; ideias, isto é, toda variedade de conhecimento e crenças – morais,
7. 7
teológicas, filosóficas, cientificas, tecnológica, históricas, sociológicas, e assim por
diante; e os produtos ou artefatos materiais que os homens produzem e usam no
curso de sua existência.
4. A importância da cultura
4.1 Cultura humana
O resultado desses estudos permite comparar cultura e formular hipóteses para
melhor compreender como os grupos estão organizados internamente. Tão logo o
individuo tomou consciência de si viu-se sujeito aos imperativos da vida social e das
expectativas em relação ao seu comportamento e suas ideias.
A educação ou socialização é o processo que adapta o individuo a essas
expectativas, transformando em membro de um grupo. Inicia-se na família, depois se
se estende às instituições educacionais e formativas, como a escola, e aos grupos
com os quais o individuo se relaciona. Assim, o individuo desenvolve atitudes e formas
de comportamentos que são determinadas por princípios anteriores a ele e o integram
à vida e a sociedade. Os estímulos externos e as respostas internas são os elementos
formadores do individuo. Entretanto, a cultura não é um conjunto de determinações
rígido e acabado; ao contrario, ela integra de maneira dinâmica os padrões das ações
e reações humanas.
4.2 Os sentidos da palavra cultura
A palavra cultura veio do latim é empregada para indicar o desenvolvimento do
indivíduo por meio da educação, da instrução. Originariamente designava ao mesmo
tempo cerimônia religiosa de homenagem a uma divindade e cultivo da terra.
Com o tempo, porém, a cultura passou a ser entendida não só como o
resultado do plantio, mas também, de forma metafórica, como aquilo que se obtém
com esforço, cuidado e determinação. Cultivar passou a significar o aperfeiçoamento
em relação a uma ação. Assim, o termo cultura popularizou-se como o conjunto de
princípios, conhecimentos e saberes que os homens são capazes de acumular.
4.3 O conceito científico de cultura na antropologia
Desde o final do século passado os antropólogos vêm elaborando inúmeros
conceitos sobre cultura. Embora filósofos, sociólogos e historiadores tenham se
dedicado ao estudo da cultura humana, foi na antropologia que o conceito de cultura
adquiriu cientificidade, tendo se tornado ferramenta essencial para o estudo das
sociedades.
Mas também se encontra estudiosos que entendem por cultura tanto as coisas
matérias quanto não materiais. Alguns conceitos, para melhor esclarecimento,
apresentamos aqui, alguns conceitos com diferentes abordagens:
O mais breve dos conceitos foi formulado por Herskovits
(1948), embora este não seja o único: “a parte do ambiente
feita pelo homem” (1963: 31) (Sociologia Geral, 2014, p. 132).
8. 8
Para Ralph Linton (1936), a cultura de qualquer sociedade
“consiste na soma total de ideias, reações emocionais
condicionadas a padrões de comportamentos habituais que
seus membros adquiriram por meio da instrução ou imitação e
de que todos, em maior ou menor grau, participam” (1959:
316). Este autor atribui dois sentidos ao termo de cultura: um,
geral, significando “a herança social total da humanidade”;
outro, especifico, referindo-se a “uma determinada variante da
herança social” (Sociologia Geral, 2014, p. 131).
Portanto, a cultura, pode ser analisada, ao mesmo tempo, sobre vários
enfoques: ideias, crenças, valores, normas, atitudes, padrões de conduta, abstração
de comportamento, e artefatos.
4.4 A essência da cultura
Para os antropólogos, a cultura, de uma forma geral, consiste como já
mencionada, em ideias, abstrações e comportamento.
Ideia: são concepções mentais de coisas concretas ou abstratas,
ou seja, toda variedade de conhecimento e crenças teológicas, filosóficas,
científicas, tecnológicas, históricas e entre outras.
Abstrações: consiste apenas no domínio das ideias da mente,
excluindo-se totalmente das coisas materiais.
Comportamentos: modos de agir comuns dos grupos humanos
ou em conjuntos de atitudes e reações dos indivíduos face ao meio social.
Por fim, cultura resulta na invenção social; é aprendida e transmitida por meio
da aprendizagem e da comunicação.
4.5 Relativismo Cultural
O relativismo cultural é a visão de que todas as crenças, costumes e ética são
relativas ao indivíduo dentro do seu próprio contexto social. Em outras palavras,
"certo" e "errado" dependem de cada cultura; o que é considerado moral em uma
sociedade pode ser considerado imoral em outra, e, uma vez que não existe um
padrão universal de moralidade, ninguém tem o direito de julgar os costumes de outra
sociedade.
O relativismo cultural é amplamente aceito na antropologia moderna. Os
relativistas culturais acreditam que todas as culturas são igualmente dignas e de igual
valor. A diversidade de culturas, mesmo aquelas com crenças morais conflitantes, não
deve ser considerado em termos de certo e errado ou bom e ruim. O antropólogo de
hoje considera todas as culturas como expressões igualmente legítimas da existência
humana que devem ser estudadas a partir de uma perspectiva puramente neutra.
O relativismo cultural está intimamente relacionado ao relativismo ético, que vê
a verdade como variável e não absoluta. O que constitui o certo e o errado é
determinado unicamente pelo indivíduo ou pela sociedade. Já que a verdade não é
objetiva, não pode haver nenhum padrão objetivo que se aplique a todas as culturas.
9. 9
Ninguém pode dizer se alguém está certo ou errado; é uma questão de opinião
pessoal, e nenhuma sociedade pode julgar outra sociedade.
O relativismo cultural não vê nada intrinsecamente errado (e nada
intrinsecamente bom) com qualquer expressão cultural. Assim, as práticas dos antigos
maias de automutilação e sacrifícios humanos não são nem bons nem maus; elas são
simplesmente distinções culturais semelhantes ao costume de disparar fogos de
artifício para comemorar o ano novo. O sacrifício humano e fogos de artifício – ambos
são simplesmente diferentes produtos de distintas sociedades.
5. Etnocentrismo
Etnocentrismo é um preconceito que cada sociedade ou cada cultura produz ao
mesmo tempo em que procura incutir, em seus membros, normas e valores
peculiares. Se sua maneira de for e proceder é a certa, então as outras estão erradas,
e as sociedades que as adotam constituem “aberrações”. Assim o etnocentrismo julga
os outros povos e culturas pelos padrões da própria sociedade, que servem para aferir
até que ponto é corretos e humanos os costumes alheios. Desse modo, a identificação
de um indivíduo com sua sociedade induzem à rejeição das outras. O idioma
estrangeiro parece “enrolado” e ridículo; seus alimentos, asquerosos; sua maneira de
trajar, extravagante ou indecente; seus deuses, demônios; seus cultos, abominações;
sua moral, uma perversão etc.
Portanto, o etnocentrismo, se manifesta num comportamento agressivo e com
atitudes de superioridade e até mesmo de hostilidade. A discriminação, o proselitismo,
a violência, a agressividade verbal e outras maneiras e formas de expressar o
etnocentrismo.
6. Traços culturais
Quando lembramos cultura, lembramo-nos da música, arte, dança etc. A
combinação de traços culturais como carnaval, forma um complexo cultural. A cultura
é chamada de herança social, pois a sociedade transmite as novas gerações o
patrimônio cultural de seus antepassados. Os traços culturais como o menor elemento
que permitem a descrição de uma cultura.
7. Componentes cultura
Complexos culturais consistem no conjunto de traços ou um grupo de traços
associados, formando um todo funcional, ou ainda um grupo de características
culturais interligadas, que encontram em uma área cultural.
O complexo de cultura é constituído, portanto de um sistema interligado,
interdependente e harmônico, organizado em torno de um foco de interesse central.
Cada cultura engloba um número grande e variável de complexos inter-relacionados.
Dessa maneira, os complexos culturais englobam todas as atividades relacionadas
com o traço cultural.
10. 10
Exemplos:
O carnaval brasileiro, que reúne um
grupo ou elemento relacionados entre si, ou seja,
carros alegóricos, músicas, danças, instrumentos
musicais, desfile, organização etc;
A cultura do café, que abrange
técnicas agrícolas, instrumentos, meio de
transporte, máquinas.
Os complexos do fumo, entre
sociedades tribais, envolvendo cultivo, produto, e
os mais variados usos sociais e cerimoniais. Os
complexos do casamento, da tecelagem etc.
8. Padrões culturais
As pessoas agem de acordo com as normas de comportamentos
estabelecidos pela sociedade dessa forma estão expressando os padrões culturais do
grupo. Como as pessoas: comer três vezes ao dia, assistir futebol, participar do
carnaval, ir aos domingos na igreja etc. Isso são alguns costumes culturais padrão que
consiste em uma cultura total.
“A configuração cultural é uma qualidade específica que caracteriza uma
cultura. Tem sua origem no inter-relacionamento de suas partes. Desse modo, a
cultura deve ser vista como um todo, cujas partes estão de tal modo entrelaçadas, que
a mudança em uma das partes afetará as demais.”
Áreas Culturais são territórios onde os indivíduos de culturas semelhantes
compartilham o mesmo padrão de comportamento. O estudo das áreas é importante
para o conhecimento, análise histórica sobre origem e difusão dos traços culturais.
Entende-se por subcultura um grupo de pessoas, geralmente uma minoria, com
características próprias, com comportamentos e crenças em comum que representam
uma subdivisão dentro de uma cultura dominante. Alguns grupos dentro da subcultura
se definem como uma oposição a cultura dominante (Contracultura). Os membros de
determinada subcultura usam roupas, penteados, gírias que os identificam entre si.
Para se viver em sociedade é necessário ter normas de comportamento. Essas
normas podem ser classificadas em duas categorias: os folkways e mores.
Folkways são padrões não obrigatórios de comportamento, reagem ao cotidiano sem
serem impostos. Indicam o que é socialmente correto.
Exemplos: convenções, formas de etiqueta, celebração da puberdade, estilos de
construções, maneiras de cortejar, vestir etc.
“Mores são padrões essenciais para a boa convivência em sociedade. São
invioláveis e indiscutíveis, como o patriotismo, a monogamia, entre outros. Os
costumes podem transformar-se em leis e vice-versa. Os usos ou folkways consistem
em padrões desejáveis de comportamento. Não têm, portanto, a mesma
obrigatoriedade dos costumes”.
11. 11
9. Mudança cultural
A Mudança Cultural em uma sociedade ocorre sempre que há uma alteração
em maior ou menor grau de profundidade em traços, complexos ou padrões desta.
Pode ocorrer devido a mudanças de governo, na densidade populacional, influência de
outras culturas, questões econômicas, de saúde, enfim, qualquer alteração na
realidade de uma sociedade pode trazer mudanças a sua cultura.
Essas mudanças podem ocorrer mais rapidamente ou de maneira mais
gradual. As mudanças culturais advindas da tecnologia e dos meios de comunicação
de hoje em dia, são exemplos de mudanças culturais que acontecem com maior
velocidade, enquanto a introdução do uso dessas tecnologias é um exemplo de uma
mudança cultural que ocorreu de forma mais lenta.
Lakatos e Marconi (2014:144) citando Shapiro (1996) afirma que as
modificações na cultura estão relacionadas a quatro fatores: Inovação, Aceitação
Social, Eliminação Seletiva e Integração.
Inovação: Há cinco maneiras pelas quais a Inovação pode ser efetuada e
sempre se inicia pela ação de alguém. Pode ser caracterizada apenas por uma
pequena mudança na forma de comportamento o que seria a Variação da Inovação,
ou podem ainda advir da criatividade de alguém em descobrir ou inventar algo que
seja necessário ou interessante para o meio (local, mais comum ou não), o que seria a
Invenção ou Descoberta.
A Descoberta trata-se de adquirir um elemento já existente para a cultura
enquanto que a Invenção diz do uso dessas descobertas, sejam elas materiais ou
comportamentais e/ou alcançadas de maneira acidental – não volativa – ou volativa,
intencional, pensada.
Na dinâmica da cultura, novos traços culturais são criados e (re) inventados
com base em elementos antigos e heranças culturais. Mesmo parecendo totalmente
autênticos, dificilmente um traço cultural é uma invenção local.
A Tentativa é o contato da cultura com elementos pouco ou não ligados ao
passado histórico local
Ao se relacionar com diferentes culturas, o homem adquire elementos que ao
levar para sua própria cultura, surgem como inovadores, seja por necessidade, desejo,
ou melhor, adequação a esta. Este intercâmbio de elemento entre culturas é chamado
Empréstimo Cultural.
Quando um elemento chega de fora, atendendo às necessidades locais, este é
um Incentivo. São exemplos os meios de comunicação.
Aceitação Social: Quando um indivíduo de uma determinada cultura traz à sua
própria, elemento copiado ou imitado de outra cultura, esse elemento é avaliado,
modificado e/ou rejeitado pelos demais indivíduos, de acordo com sua utilidade ou
forma de utilização. Pode encontrar preconceitos e mais ou menos aceitação para sua
inserção.
12. 12
Eliminação Seletiva: De acordo com que a sociedade vai mudando, sua forma
de funcionamento, interesses e/ou influencias culturais, os elementos de cultura já
existentes passam a competir com novos padrões inseridos e, de acordo com sua
satisfação às necessidades do grupo, apenas o mais adequado perdura, vindo o outro
a ser eliminado seletivamente.
Integração Cultural: É quando elementos de culturas diferentes se ajustam
reciprocamente e de maneira progressiva, integrando-se. Essa integração sempre traz
alguma alteração na cultura.
10. Difusão culturaI
Quando culturas diferentes tem contato entre si, seja por imitação ou
incentivos, seus elementos se somam e/ou se misturam difundindo-se. Essa difusão
ocorre por via de três processos culturais – a apresentação do elemento novo a uma
sociedade; a aceitação deste elemento por ela e, após interpretá-lo de acordo com sua
realidade, a integração deste (como um todo ou parte) nessa cultura.
11. Aculturação
Do contato íntimo entre culturas, da troca recíproca de elementos entre elas,
pode haver a fusão destas culturas e independentemente de quem doou ou recebeu
mais, surge dessa aproximação uma nova cultura ou sociedade ou a fusão de
subculturas dentro de uma mesma sociedade.
Seja por Sincretismo (fusão de mais de um elemento) ou Transculturação
(troca de elemento entre sociedades), a sociedade dominada pela nova cultura se
altera, adapta-se e seleciona elementos a conservar de sua cultura, enquanto a cultura
imposta é assimilada e introduzida na outra sociedade, mas, naturalmente modificada
pela sociedade que a recebe.
A Aculturação acontece sempre de maneira gradual e nunca de forma integral,
mas, quando um traço cultural se mostra mais eficiente, o traço cultural anterior entra
em desuso e é desaculturado.
12. Endoculturação
Todo indivíduo que vive em uma determinada sociedade é criado de acordo
com os padrões que essa sociedade impõe e, consequentemente, adquiri para si,
comportamentos, crenças, hábitos e modo de vida dessa sociedade. Esses traços
adquiridos condicionam sua forma de ser e agir, é uma forma de controle da
sociedade e de estabilização da Cultura, mas não a própria cultura.
13. Cultura e sociedade
A Sociedade é um grupo de pessoas ligadas entre si que compartilham de uma
mesma cultura, sendo Cultura, a forma como essas pessoas se comportam de acordo
com as variáveis comuns ao grupo. Lakatos e Marconi (2014:148) afirmam que
“ambas estão intimamente relacionadas: não há sociedade sem cultura assim como
não há cultura sem sociedade (homem)”.
13. 13
Conclusão
A essência do homem é não ter essência, a essência do homem é algo que ele
próprio constrói, ou seja, a sua cultura dentro de uma sociedade. "A existência
precede a essência"; nenhum ser humano nasce pronto, mas o homem é, em sua
essência, produto do meio em que vive que é construído a partir de suas relações
sociais em que cada pessoa se encontra. Assim como o homem produz o seu próprio
ambiente, por outro lado, esta produção da condição de existência não é livremente
escolhida, mas sim, previamente determinada. O homem pode fazer a sua história,
mas não pode fazer nas condições por ele escolhidas. O homem é historicamente
determinado pelas condições, logo é responsável por todos os seus atos, pois ele é
livre para escolher.
As relações sociais do homem são tidas pelas relações que o homem mantém
com a natureza, onde desenvolve suas práticas, ou seja, o homem se constitui a partir
de seu próprio trabalho, e sua sociedade se constitui a partir de suas condições
materiais de produção, que dependem de fatores naturais (clima, biologia,
geografia...), ou seja, relação homem-natureza, assim como da divisão social do
trabalho.
14. 14
Referencias bibliográficas
CHINOY, Ely. Sociedade: Uma Introdução à Sociologia. 4ª Ed. São Paulo, 1975.
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 4ª Ed. Moderna,
2010.
Contracultura, O que é Complexo cultural? Disponível
em:<http://contraculturacm.blogspot.com.br/p/complexo-cultural.html>. Acesso em 2
de abril de 2016.
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia Geral. 7ª Ed. Atlas,
2014.