SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 3
Lei Maria da Penha
Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Nacional e
sancionada pelo ex-presidente doBrasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as
várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra
a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de
setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar
estrangular a ex-esposa.
A introdução da lei diz:
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de
Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. —Lei
11.340
O nome
O caso nº 12.051/OEA, de Maria da Penha Maia Fernandes, foi o caso homenagem à lei 11.340. Ela
foi espancada de forma brutal e violenta diariamente pelo marido durante seis anos de casamento.
Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la, tamanho o ciúme doentio que ele sentia. Na
primeira vez, com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda, por eletrocussão e
afogamento. Após essa tentativa de homicídio ela tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria
da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime
fechado, para revolta de Maria com o poder público.
Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional e o Comitê Latino-Americano
de Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que é um órgão internacional responsável
pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais.
Essa lei foi criada com os objetivos de impedir que os homens assassinem ou batam nas suas
esposas, e proteger os direitos da mulher. Segundo a relatora da lei Jandira Feghali “Lei é lei. Da
mesma forma que decisão judicial não se discute e se cumpre, essa lei é para que a gente levante
um estandarte dizendo: Cumpra-se! A Lei Maria da Penha é para ser cumprida. Ela não é uma lei
que responde por crimes de menor potencial ofensivo. Não é uma lei que se restringe a uma
agressão física. Ela é muito mais abrangente e por isso, hoje, vemos que vários tipos de violência
são denunciados e as respostas da Justiça têm sido mais ágeis.
A lei
A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito
doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes
agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também
aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê
medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da
mulher agredida.
Críticas positivas
A juíza Andréia Pachá considera a lei um marco na história da luta contra a violência doméstica,
segundo ela: " A Lei Maria da Penha foi um passo importante para enfrentar violência contra
mulheres [...]" Acessado em 10 de setembro de 2008. A maioria dos segmentos da sociedade,
incluindo a Igreja Católica, consideraram a lei muito bem-vinda. Inclusive em 1990 a Campanha da
Fraternidade, instituída pela CNBB, escolheu o tema “Mulher e Homem — Imagem de Deus”,
fazendo clara referência a igualdade de gêneros.1
Na Câmara, a deputada representante da
bancada feminina Sandra Rosado do PSB, chamou a atenção de suas companheiras para a
aplicação da lei com rigor e prioridade.2
Os Evangélicos também consideram a lei importante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil (IECLB), por exemplo, elaborou uma cartilha3
onde condena severamente a violência
praticada contra a mulher, “Temas e conversas – pelo encontro da paz e superação da violência
doméstica”.
A mudança mais considerável da Lei Maria da Penha com a introdução do parágrafo 9º, do Art. 129,
do Código Penal Brasileiro.
Críticas negativas
Alguns críticos alegam que, embora mais rara, a violência contra o homem também é um problema
sério, minorizado pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofridas por parte de
companheiras agressivas.4
É caracterizada pela coação psicológica, estelionato (como casamentos
por interesse), arremesso de objetos e facadas.
Um dos pontos chave é que o artigo 5º da constituição garante direitos iguais a todos, portanto o
termo "violência contra a mulher" é incompleto, pois separa a violência "[...] contra as mulheres dos
demais".5
Um caso típico, foi a série de críticas propugnadas por um juiz de Sete Lagoas, Edilson
Rumbelsperger Rodrigues, contra a lei, segundo ele, entre argumentos a respeito de Adão e Eva, "A
vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está:
desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado."6
Uma outra crítica vem do delegado Rafael Ferreira de Souza, ele afirma "Quantas vezes presenciei
a própria mulher, vítima de uma ameaça ou de uma lesão corporal, desesperada (literalmente)
porque seu companheiro ficaria preso [...]".
O uso abusivo da lei também foi apontado algumas vezes. A jornalista Ligia Martins de Almeida
afirmou que lei pode se tornar "desacreditada" se for usada de forma excessiva. Ligia apontou num
artigo ao Observatório da Imprensa que a lei foi usada duas vezes numa mesma semana para tentar
livrar homicidas de punição. No caso mais conhecido, os advogados de Elize Matsunaga, que matou
seu marido, apresentaram a tese de que ela "agiu sob forte emoção" e de que sofria maus tratos
para justificar o crime invocando a lei Maria da Penha.7

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMP
Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMPAna Paula de Oliveira IX Congresso LMP
Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMPAtualidades Do Direito
 
Legislação penal especial L 11340 Maria da Penha
Legislação penal especial   L 11340 Maria da PenhaLegislação penal especial   L 11340 Maria da Penha
Legislação penal especial L 11340 Maria da Penhathiago sturmer
 
DPP - juizados especiais criminais
DPP -  juizados especiais criminaisDPP -  juizados especiais criminais
DPP - juizados especiais criminaisdireitoturmamanha
 
Peticao publica-contra-o-impeachment
Peticao publica-contra-o-impeachmentPeticao publica-contra-o-impeachment
Peticao publica-contra-o-impeachmentPaulo Souza
 
Defesa de Dilma na comissão do impeachment
Defesa de Dilma na comissão do impeachmentDefesa de Dilma na comissão do impeachment
Defesa de Dilma na comissão do impeachmentLuiz Carlos Azenha
 
Juizados Especiais Criminais
Juizados Especiais CriminaisJuizados Especiais Criminais
Juizados Especiais CriminaisAntonio Pereira
 
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07José Sabe-Tudo
 
Stf e lei maria da penha lamentável decisão revista jus navigandi - doutri...
Stf e lei maria da penha  lamentável decisão   revista jus navigandi - doutri...Stf e lei maria da penha  lamentável decisão   revista jus navigandi - doutri...
Stf e lei maria da penha lamentável decisão revista jus navigandi - doutri...fabio-basilio
 
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucesso
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucessoQuem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucesso
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucessoJesus Rios
 
Lava Jato: Reclamação Constitucional
Lava Jato: Reclamação ConstitucionalLava Jato: Reclamação Constitucional
Lava Jato: Reclamação ConstitucionalLuiz Carlos Azenha
 
Juizados especiais criminais – lei 9099
Juizados especiais criminais – lei 9099Juizados especiais criminais – lei 9099
Juizados especiais criminais – lei 9099thiago sturmer
 
Tópicos aulas 03 e 04 - lei de drogas
Tópicos   aulas 03 e 04 - lei de drogasTópicos   aulas 03 e 04 - lei de drogas
Tópicos aulas 03 e 04 - lei de drogascrisdupret
 
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...José Ripardo
 
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...Antonio Inácio Ferraz
 
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Palácio do Planalto
 

Was ist angesagt? (18)

Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMP
Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMPAna Paula de Oliveira IX Congresso LMP
Ana Paula de Oliveira IX Congresso LMP
 
Legislação penal especial L 11340 Maria da Penha
Legislação penal especial   L 11340 Maria da PenhaLegislação penal especial   L 11340 Maria da Penha
Legislação penal especial L 11340 Maria da Penha
 
DPP - juizados especiais criminais
DPP -  juizados especiais criminaisDPP -  juizados especiais criminais
DPP - juizados especiais criminais
 
Peticao publica-contra-o-impeachment
Peticao publica-contra-o-impeachmentPeticao publica-contra-o-impeachment
Peticao publica-contra-o-impeachment
 
Defesa de Dilma na comissão do impeachment
Defesa de Dilma na comissão do impeachmentDefesa de Dilma na comissão do impeachment
Defesa de Dilma na comissão do impeachment
 
Juizados Especiais Criminais
Juizados Especiais CriminaisJuizados Especiais Criminais
Juizados Especiais Criminais
 
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07
S. Gurgel - Processual Penal e Legislação Especial 19/07
 
Stf e lei maria da penha lamentável decisão revista jus navigandi - doutri...
Stf e lei maria da penha  lamentável decisão   revista jus navigandi - doutri...Stf e lei maria da penha  lamentável decisão   revista jus navigandi - doutri...
Stf e lei maria da penha lamentável decisão revista jus navigandi - doutri...
 
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucesso
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucessoQuem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucesso
Quem disse que não existe pena de morte no brasil matéria realizada com sucesso
 
Lava Jato: Reclamação Constitucional
Lava Jato: Reclamação ConstitucionalLava Jato: Reclamação Constitucional
Lava Jato: Reclamação Constitucional
 
Direito penal oab
Direito penal   oabDireito penal   oab
Direito penal oab
 
O impeachment
O impeachmentO impeachment
O impeachment
 
Juizados especiais criminais – lei 9099
Juizados especiais criminais – lei 9099Juizados especiais criminais – lei 9099
Juizados especiais criminais – lei 9099
 
Tópicos aulas 03 e 04 - lei de drogas
Tópicos   aulas 03 e 04 - lei de drogasTópicos   aulas 03 e 04 - lei de drogas
Tópicos aulas 03 e 04 - lei de drogas
 
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...
Senador aloysio nunes, relator da proposta, defende a inconstitucionalidade d...
 
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
DEFESA DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO NA CAMARA REFERENTE A PRESIDENTE DILMA -ANTONI...
 
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
 
Lei 11.343.2006
Lei 11.343.2006Lei 11.343.2006
Lei 11.343.2006
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (12)

«Violência»
«Violência»«Violência»
«Violência»
 
Maus tratos
Maus tratosMaus tratos
Maus tratos
 
Violencia contra Idosos
Violencia contra IdososViolencia contra Idosos
Violencia contra Idosos
 
Pesquisa - Tipos de Violência
Pesquisa - Tipos de ViolênciaPesquisa - Tipos de Violência
Pesquisa - Tipos de Violência
 
Slide sobre violencia
Slide sobre violenciaSlide sobre violencia
Slide sobre violencia
 
ViolêNcia
ViolêNciaViolêNcia
ViolêNcia
 
Slide violência contra o idoso
Slide violência contra o idosoSlide violência contra o idoso
Slide violência contra o idoso
 
Diversos tipos de violência
Diversos tipos de violênciaDiversos tipos de violência
Diversos tipos de violência
 
Violência
ViolênciaViolência
Violência
 
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
ViolêNcias Contra Mulheres(Slides)
 
Violencia Doméstica
Violencia DomésticaViolencia Doméstica
Violencia Doméstica
 
Violência contra a Mulher
Violência contra a MulherViolência contra a Mulher
Violência contra a Mulher
 

Ähnlich wie Lei maria da penha

Lei maria da penha (11
Lei maria da penha (11Lei maria da penha (11
Lei maria da penha (11Silvio Candido
 
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptx
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptxDIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptx
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptxLamarck4
 
Lei maria da penha de uma forma resumida slide
Lei maria da penha de uma forma resumida slideLei maria da penha de uma forma resumida slide
Lei maria da penha de uma forma resumida slideLeandro Corrêa
 
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima Badan
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima BadanLei Maria da Penha 3 anos depois - Mima Badan
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima BadanMima Badan
 
Lei Maria da Penha e seus efeitos.
Lei Maria da Penha e seus efeitos.Lei Maria da Penha e seus efeitos.
Lei Maria da Penha e seus efeitos.Julia Evellin
 
Cartilha combate á violência contra a mulher
Cartilha combate  á  violência contra a mulherCartilha combate  á  violência contra a mulher
Cartilha combate á violência contra a mulherCEDDHSC-ESTADUAL-RJ
 
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – Fonavid
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – FonavidVI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – Fonavid
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – FonavidAtualidades Do Direito
 
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da Penha
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da PenhaViolencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da Penha
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da PenhaGizele Lopes
 
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHADA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHAEdson Knippel II
 

Ähnlich wie Lei maria da penha (20)

Lei maria da penha (11
Lei maria da penha (11Lei maria da penha (11
Lei maria da penha (11
 
Lei Maria da Penha.
Lei Maria da Penha.Lei Maria da Penha.
Lei Maria da Penha.
 
Lei Maria da Penha
Lei Maria da Penha Lei Maria da Penha
Lei Maria da Penha
 
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptx
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptxDIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptx
DIREITO-DAS-MULHERES 00000000000001.pptx
 
Lei
LeiLei
Lei
 
Lei maria da penha de uma forma resumida slide
Lei maria da penha de uma forma resumida slideLei maria da penha de uma forma resumida slide
Lei maria da penha de uma forma resumida slide
 
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima Badan
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima BadanLei Maria da Penha 3 anos depois - Mima Badan
Lei Maria da Penha 3 anos depois - Mima Badan
 
Lei Maria da Penha e seus efeitos.
Lei Maria da Penha e seus efeitos.Lei Maria da Penha e seus efeitos.
Lei Maria da Penha e seus efeitos.
 
Lei Maria da Penha
Lei Maria da PenhaLei Maria da Penha
Lei Maria da Penha
 
Lei Maria Da Penha
Lei Maria Da PenhaLei Maria Da Penha
Lei Maria Da Penha
 
Lei Maria da Penha
Lei Maria da PenhaLei Maria da Penha
Lei Maria da Penha
 
Cartilha combate á violência contra a mulher
Cartilha combate  á  violência contra a mulherCartilha combate  á  violência contra a mulher
Cartilha combate á violência contra a mulher
 
Lmp web
Lmp webLmp web
Lmp web
 
Violência – lei maria da pena – 10 anos.
Violência – lei maria da pena – 10 anos.Violência – lei maria da pena – 10 anos.
Violência – lei maria da pena – 10 anos.
 
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – Fonavid
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – FonavidVI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – Fonavid
VI Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar – Fonavid
 
7º ano reda cem - 7.24 - jpa
7º ano   reda cem - 7.24 - jpa7º ano   reda cem - 7.24 - jpa
7º ano reda cem - 7.24 - jpa
 
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da Penha
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da PenhaViolencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da Penha
Violencia Domestica contra a Mulher - Lei Maria da Penha
 
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHADA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA
DA CONSTITUCIONALIDADE DA LEI MARIA DA PENHA
 
Lei Maria da Penha
Lei Maria da PenhaLei Maria da Penha
Lei Maria da Penha
 
Lmp 1
Lmp 1Lmp 1
Lmp 1
 

Mehr von Adriani Brandão

Mehr von Adriani Brandão (9)

Pcrn 4-simulado-delegado-complete
Pcrn 4-simulado-delegado-completePcrn 4-simulado-delegado-complete
Pcrn 4-simulado-delegado-complete
 
Prvport108
Prvport108Prvport108
Prvport108
 
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
 
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
Material estudo 6anos-portugues_1tri_2012
 
1prportugues1ano (1)
1prportugues1ano (1)1prportugues1ano (1)
1prportugues1ano (1)
 
1prportugues1ano
1prportugues1ano1prportugues1ano
1prportugues1ano
 
Lei maria da penha
Lei maria da penhaLei maria da penha
Lei maria da penha
 
Modelo de-curriculum-4-1
Modelo de-curriculum-4-1Modelo de-curriculum-4-1
Modelo de-curriculum-4-1
 
Modelo de-curriculum-4-1
Modelo de-curriculum-4-1Modelo de-curriculum-4-1
Modelo de-curriculum-4-1
 

Kürzlich hochgeladen

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 

Lei maria da penha

  • 1. Lei Maria da Penha Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente doBrasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa. A introdução da lei diz: Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. —Lei 11.340 O nome O caso nº 12.051/OEA, de Maria da Penha Maia Fernandes, foi o caso homenagem à lei 11.340. Ela foi espancada de forma brutal e violenta diariamente pelo marido durante seis anos de casamento. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la, tamanho o ciúme doentio que ele sentia. Na primeira vez, com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda, por eletrocussão e afogamento. Após essa tentativa de homicídio ela tomou coragem e o denunciou. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado, para revolta de Maria com o poder público. Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que é um órgão internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais. Essa lei foi criada com os objetivos de impedir que os homens assassinem ou batam nas suas esposas, e proteger os direitos da mulher. Segundo a relatora da lei Jandira Feghali “Lei é lei. Da mesma forma que decisão judicial não se discute e se cumpre, essa lei é para que a gente levante um estandarte dizendo: Cumpra-se! A Lei Maria da Penha é para ser cumprida. Ela não é uma lei que responde por crimes de menor potencial ofensivo. Não é uma lei que se restringe a uma agressão física. Ela é muito mais abrangente e por isso, hoje, vemos que vários tipos de violência são denunciados e as respostas da Justiça têm sido mais ágeis. A lei
  • 2. A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida. Críticas positivas A juíza Andréia Pachá considera a lei um marco na história da luta contra a violência doméstica, segundo ela: " A Lei Maria da Penha foi um passo importante para enfrentar violência contra mulheres [...]" Acessado em 10 de setembro de 2008. A maioria dos segmentos da sociedade, incluindo a Igreja Católica, consideraram a lei muito bem-vinda. Inclusive em 1990 a Campanha da Fraternidade, instituída pela CNBB, escolheu o tema “Mulher e Homem — Imagem de Deus”, fazendo clara referência a igualdade de gêneros.1 Na Câmara, a deputada representante da bancada feminina Sandra Rosado do PSB, chamou a atenção de suas companheiras para a aplicação da lei com rigor e prioridade.2 Os Evangélicos também consideram a lei importante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), por exemplo, elaborou uma cartilha3 onde condena severamente a violência praticada contra a mulher, “Temas e conversas – pelo encontro da paz e superação da violência doméstica”. A mudança mais considerável da Lei Maria da Penha com a introdução do parágrafo 9º, do Art. 129, do Código Penal Brasileiro. Críticas negativas Alguns críticos alegam que, embora mais rara, a violência contra o homem também é um problema sério, minorizado pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofridas por parte de companheiras agressivas.4 É caracterizada pela coação psicológica, estelionato (como casamentos por interesse), arremesso de objetos e facadas. Um dos pontos chave é que o artigo 5º da constituição garante direitos iguais a todos, portanto o termo "violência contra a mulher" é incompleto, pois separa a violência "[...] contra as mulheres dos demais".5 Um caso típico, foi a série de críticas propugnadas por um juiz de Sete Lagoas, Edilson Rumbelsperger Rodrigues, contra a lei, segundo ele, entre argumentos a respeito de Adão e Eva, "A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado."6 Uma outra crítica vem do delegado Rafael Ferreira de Souza, ele afirma "Quantas vezes presenciei a própria mulher, vítima de uma ameaça ou de uma lesão corporal, desesperada (literalmente) porque seu companheiro ficaria preso [...]".
  • 3. O uso abusivo da lei também foi apontado algumas vezes. A jornalista Ligia Martins de Almeida afirmou que lei pode se tornar "desacreditada" se for usada de forma excessiva. Ligia apontou num artigo ao Observatório da Imprensa que a lei foi usada duas vezes numa mesma semana para tentar livrar homicidas de punição. No caso mais conhecido, os advogados de Elize Matsunaga, que matou seu marido, apresentaram a tese de que ela "agiu sob forte emoção" e de que sofria maus tratos para justificar o crime invocando a lei Maria da Penha.7