3. GRUPO DE PESQUISA E O APL
CIS
O GET, pelo lado do IF Sul, foi um dos primeiros grupos
de pesquisa a se agregar ao Arranjo Produtivo Local
Complexo Industrial da Saúde de Pelotas (Convênio
Lifemed/IFSul – 2012).
4. CAVEAT EMPTOR
A partir da margem acadêmica do debate
Foco na questão: “Como estabelecer um grupo de pesquisa bem
sucedido em incentivar o desenvolvimento tecnológico na área?”
É um dialogo e não uma tese estabelecida
Tenho meus
vieses:
7. O QUE SÃO SISTEMAS
EMBARCADOS
Sistemas aerosespaciais, telecomunicações (satélites )e
defesa
Primeiras menções a “Eletrônica Embarcada” (~95)
Eletrônica automotiva: ... adquirida pela Continental
Introdução dos carros com injeção eletrônica
Primeiros microcontroladores ultra compactos com flash (famílias
ATMEL e PIC)
8. O QUE SÃO SISTEMAS
EMBARCADOS
Outras aplicações já eram comuns no parque industrial da
RMPA:
Transportes:
Elevadores Sur, Aeromot Aeroeletrônica
Automação industrial:
Altus, BCM, Novus
Automação Comercial/Bancária:
Digicon/Perto, Shelter
Telecomunicações:
Digitel Parks
Instrumentação:
Elo, Embrasul
Biomédica:
Instramed
9. CARACTERISTICAS
Computação não é o objetivo final do dispositivo
(firmware/IP-core)
Desempenho crítico de interfaces
Interfaces analógico-digitais (aquisição, acionamento, controle)
Interfaces de comunicação (barramentos, redes e sem fio)
Alto grau de fragmentação de tecnologias de
implementação
Elevado volume de NRE (Non Recurrent Engineering)
Forte dependência de soluções sob medida e
proprietárias
No Brasil, por questões de escala, ASICs sempre estiverem fora do
espaço de projeto.
12. UMA NOTA HISTÓRICA
No início da década de noventa
Sistemas mínimos, arquitetura Z80, x85 e 8051
Implementação em assembly
Hardware digital discreto e módulos analógicos ídem
IHM muito simples
Ao final da década (e do milênio)
Microcontroladores compactos (PIC, ATMEL)
Implementação predominantemente em C
Implementação de hardware digital em FPGA
1992 Duas licenças Altera Maxplus I no estado (UFRGS)
Uso de PC para IHM (PC+VB ou Pascal PowerPC+Linux)
Módulos de interface
13. A PESQUISA EM SISTEMAS
EMBARCADOS
Inicialmente pesquisa em microeletrônica
Muitos Sistemas Embarcados eram efetivamente ASICs
Problema econômico (escala)
Desenvolvimento de ferramentas e tecnologias de substrato.
Pesquisa em prototipação rápida: chegar o mais rápido
possível ao primeiro protótipo funcional
Ex.: Lockhead RASSP – Rapid Prototyping of Application Specific
Signal Processors (~1995)
Grupo Silex (prof. Luigi Carro e Altamiro Susin, em 1995
)
“E se no futuro o hardware digital for uma commoditie, para onde se
desloca o valor agregado?”
14. QUESTÃO DA PLATAFORMA
Em Sistemas Embarcados
o firmware legado é
fundamental.
A plataforma ajuda e ao mesmo
tempo limita os
desenvolvimentos.
Diversos esforços em
colocar uma camada
flexibilizando a interface
software-hardware
Inicialmente na interface
de arquitetura:
RISCO e 8051 configuráveis,
SASHIMI. Microtradução, etc.
Mais recentemente no
sistema:
Model-based development, etc.
Legado
•Aplicações pré-
existentes
Sistema
•Compatibilidade
de mapeamento
e periféricos
Arquitetura •Compatibilidade de código
Hardware •Ligação física flexível
P/Ex:
Ito, S.A. ; CARRO, L. ; Jacobi, R.P. . Making Java work for
microcontroller applications. IEEE Design and Test of Computers,
Estados Unidos, v. 18, p. 100-110, 2001.
15. CASOS SOBRE PLATAFORMAS
Caso 1: Empresa de automação de equipamentos
pneumáticos usava PC e Visual Basic no
desenvolvimento. Encomendou projeto compacto usando
DSP C25 TI a UFRGS. Projeto foi bem sucedido mas
tiveram de subcontratar a manutenção do software.
Caso 2: Pequena empresa de equipamentos de
telecomunicação realizava todos os projetos em
esquemático (projetos legados). Entendeu o potencial de
síntese lógica sobre FPGA, contratou equipe e substituiu
chips israelenses. Em poucos anos chegou a +200
engenheiros e linha de produção.
16. QUESTÃO DAS INTERFACES
EXTERNAS
Alguns elementos de um
Sistema Embarcado tem de
ser analógicos:
Conversores AD e DA;
Filtros anti-alias
Tranceivers de corrente
Interfaces de RF
Lei de Moore não se aplica
a interfaces AD
ADC ganho linear
Processamento exponencial
O que fazer com o
processamento sobrando?
Murmann, Boris. "Digitally assisted
analog circuits." IEEE Micro 26.2 (2006):
38-47.
17. COMPENSAÇÃO DIGITAL
DE NÃO IDEALIDADES
ANALÓGICAS
Usar a capacidade
digital ociosa para
aumentar a
flexibilidade dos
blocos externos de
interface.
CARRO ; NEGREIROS ; JAHN ; SOUZA JUNIOR, A. A. ; FRANCO . Circuit-Level Considerations for Mixed-Signals
Programmable Components. IEEE Design & Test of Computers (Print), v. 20, p. 76-84, 2003.
18. EXEMPLO DE
APLICAÇÃO: GERAÇÃO
DIGITAL DE TOM DE RF
Possível gerar tons na
faixa de GHz para
testar transceivers de
RF usando saídas
digitais diretas.
Negreiros, M.; Souza, A.; Carro, L.; Susin, A.A., "RF Digital Signal Generation Beyond Nyquist," VLSI Test Symposium, 2007. 25th
IEEE , vol., no., pp.15,22, 6-10 May 2007
19. NOVO GRUPO DE PESQUISA:
VISÃO
Projetos devem ser realizados top-down, para
garantir o máximo de espaço para se flexibilizar o
hardware.
Projeto baseado em modelagem.
Processamento digital ultrapassa a capacidade das
interfaces
Sempre que possível usar modelagem para simplificar blocos
analógicos.
Projeto de sistema híbrido começa no modelo do canal com o
mundo físico.
Uso de sistemas adaptativos e inteligentes (Instrumentação
Inteligente)
Aplicações padrão na época do ingresso no IF (2005)
21. VERTICALIZAÇÃO DA ETFPEL
Em 2000 é transforma-se em CEFET-RS e passa a ofertar
graduações tecnológicas em Pelotas e Sapucaia do Sul.
Grande esforço é feito na qualificação do quadro docente
com mestres e doutores.
Em 2005 se fazem os primeiros concursos para mestres
e doutores.
Também em 2005 é lançado o Núcleo de Pesquisas
(NUPES)
Em 2006 são registrados os Grupos de Pesquisa
Surge o Grupo de Eletrônica e Telecomunicações
Em 2007 dois cursos de tecnologia originam a
Engenharia Elétrica.
23. DESAFIOS DA
FRAGMENTAÇÃO
De uma dúzia de campus para mais de quarenta no
estado.
De quatro campus industriais para mais de vinte.
De único e maior CEFET do estado para segundo maior
entre três (IFRS com sede em Bento Gonçalves é o maior).
Importante focar nos pontos fortes:
Segunda mais alta avaliação de graduações (IGC 3.5829) entre
25a posição entre todas as instituições federais, incluindo uni
4ª posição entre as federais no estado.
Grande rede de contatos técnicos e de chão de fábrica.
26. INSTITUTOS FEDERAIS:
PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
Compromisso com a
Educação Profissional
50% Cursos técnicos
Verticalização do ensino
Engenharias
Graduações Tecnológicas
Déficit de qualificação
Entrosamento com a rede de
ensino
Entrosamento com o mundo do
trabalho
Pesquisa aplicada e
inovação
Ligação aos arranjos locais de
produção
27. PROBLEMAS ...
No Brasil, apesar de os
CEFETs existirem desde a
década de setenta, o modelo
é pouco assimilado.
Todos somos oriundos de
universidades.
Pesquisas são ligadas
genealogicamente:
Instituições novas tem muitos
pesquisadores sem ligações
comuns
No nosso caso temos o mesmo
perfil de pesquisa de nossos
orientadores.
Não conhecemos a realidade
das empresas.
O marco legal é ruim.
28. O GRUPO DE
PESQUISA
O inicio da formação
de grupos de
pesquisa se dá na
época da transição
entre CEFET e IF
Inicio
dos
grupos
Formaturas
29. A PRIMEIRA VERSÃO DO
GRUPO
Grupo com professores ligados a três cursos:
Automação Industrial
Telecomunicações
Especialização em Microeletrônica
Linhas de pesquisa ligadas as áreas de cada um:
Sistemas para TV Digital
Prototipação e Teste de Circuitos Analógicos e Digitais
Processamento de Sinais e Imagem
Métodos Matemáticos para Eletromagnetismo
Projeto Transpetro
Primeiras bolsas de IC
30. LINHAS DE PESQUISA,
PROJETOS E
CONVÊNIOS (GET)
Inicialmente seguiu-
se a tradição de
manter linhas de
pesquisa ligadas a
alma mater.
31. ALGUNS RESULTADOS
Indicadores começaram positivos
Dezenove artigos em eventos de níveis variados.
Sete orientações de TCC e uma de especialização.
Nove orientações de IC concluídas.
1 Projeto com Empresa
Porém:
Artigos ligados as instituições de origem de cada um
Nenhuma colaboração entre membros
Temas locais não se aprofundaram
Produção caiu rapidamente
Hiato de alunos encerrou essa fase
Uma boa experiência (Transpetro)
32. O CASO DO PROJETO
TRANSPETRO
Prova de conceito de
tecnologias de baixo
custo para berthing
system
33. PORQUE FUNCIONOU
Monitoramento de atracação
Sistemas usando radar
Sistemas usando laser
Acionado manualmente a 20m
Problema compartilhado
Uso de plataforma comum de desenvolvimento
Análise dos sistemas in loco
Garantias de proteção intelectual e baixo compromisso financeiro
inicial
Resultados:
Prova de conceito inovadora a baixo custo
Bolsas de IC, diárias e transporte.
Aprovação para fase 2
34. O QUE FAZ UM GRUPO DE
PESQUISA
Bons problemas comuns
Inovação: Conhecimento tanto do estado da arte quanto da realidade
produtiva
Ferramentas compartilhadas:
Modelagem e linguagem matemática de representação
Plataformas de desenvolvimento
Fluxo contínuo de bolsistas
Transmissão de know-how tem de ser entre bolsistas
O que é e como trabalhar a questão da inovação e do desenvolvimento tec
35. ASPECTOS
ECONÔMICOS DA
ÁREA DE PESQUISA
Conhecer a realidade
industrial é
importante para se
saber onde e como é
possível inovar.
Hausmann, Ricardo, and César A. Hidalgo. The atlas of economic complexity: Mapping paths to prosperity. MIT Press,
36. DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO
Pesquisa é uma forma de poupança de risco.
A opção pela pesquisa será feita se for a melhor
estratégia de sobrevivência para a empresa.
O que leva ao desenvolvimento econômico?
Governança e boas instituições
Educação e capacitação tecnológica
Capacidade competitiva
Hidalgo, C. A.; Hausmann, R.. “The building blocks of
economic complexity”. PNAS 2009. 106 (26) 10570-
10575; published ahead of print June 22, 2009.
37. CADEIAS DE RELAÇÃO
ENTRE PRODUTOS E
TECNOLOGIAS
Desenvolve-se
tecnologia de forma
bem sucedida pela
incorporação de nós
adjacentes.
38. COMO SE AGREGA NOVAS
CAPACIDADES?
Combinando capacidades previamente existentes
na solução de novos problemas.
39. COMO SE AGREGA NOVAS
CAPACIDADES?
Agregando novas tecnologias chave que se
combinam com as pré-existentes na solução de
novos problemas.
40. COMO SE AGREGA NOVAS
CAPACIDADES?
A tecnologia chave muitas vezes envolve o domínio
de uma nova plataforma de desenvolvimento.
41. SISTEMAS EMBARCADOS NO
ESTADO
Ranking 500 Maiores + 500 Emergentes, Revista Amanhã
Informática e Automação
Eletroeletrônicos
Máquinas e Equipamentos
No Rio Grande do Sul
165º Grupo Digicon (Gravataí) – Automação Comercial
191º Stara (Não-me-toque) – Agricultura de Precisão *
412º AEL Sistemas (Porto Alegre) – Aeroeletrônica e Defesa
477º Lifemed Ind. Eq. Médicos (Pelotas) – Equipamentos Médicos
526ª Altus Sistemas de Automação (São Leopoldo) – Automação Industrial
634º Parks S/A (Cachoeirinha) – Equipamentos de Telecomunicações.
636º Digitel S/A Industria Eletrônica (Alvorada) – Equipamentos de
Telecomunicações.
43. IFES
• Alunos e docentes
• Ensino
• Pesquisa
• Temas inovadores
• Indicadores de impacto
acadêmico
• Reconhecimento
Empresas
• Funcionários e associados
• Produção
• Desenvolvimento
• Inovação
• Indicadores econômicos
• Relevância produtiva
Como equacionar essa relação de forma produ
≠
44. IFES
• Alunos e docentes
• Ensino
• Pesquisa
• Temas inovadores
• Indicadores de impacto
acadêmico
• Reconhecimento
Empresas
• Funcionários e associados
• Produção
• Desenvolvimento
• Inovação
• Indicadores econômicos
• Relevância produtiva
Muitos alunos irão trabalhar em ou criar emprO que ensinamos irá afetar o que será produzCurrículo não é nem pode ser treinamento tec
(10/20 anos de formação x mudança tecnológica a cada 3/5)
45. IFES
• Alunos e docentes
• Ensino
• Pesquisa
• Temas inovadores
• Indicadores de impacto
acadêmico
• Reconhecimento
Empresas
• Funcionários e associados
• Produção
• Desenvolvimento
• Inovação
• Indicadores econômicos
• Relevância produtiva
O que é inovador para uma empresa pode não
gerar pesquisa original
≠
46. IFES
• Alunos e docentes
• Ensino
• Pesquisa
• Temas inovadores
• Indicadores de impacto
acadêmico
• Reconhecimento
Empresas
• Funcionários e associados
• Produção
• Desenvolvimento
• Inovação
• Indicadores econômicos
• Relevância produtiva
Uma instituição de ensino não deve desenvolv
produto (nem se presta bem a tarefa).
≠
47. ETAPAS DE PESQUISA E
DESENVOLVIMENTO
Modelo de P&D com seis
etapas e três ciclos:
Ciclo conceitual: Desenvolve
módulos ou elementos chave a
partir do estado da arte
(Pesquisa).
Ciclo de protótipo: Desenvolve,
valida e testa protótipo de
prova de conceito.
Ciclo de produto: Desenvolve,
valida e testa protótipo de linha
de produção.
52. SITUAÇÃO IDEAL
IFES mantém linha constante de pesquisa conceitual
Aprofunda qualificação de corpo docente e dos cursos.
Foco é sincronizar a pesquisa com temas de relevância para a
realidade local.
Utilizam-se editais de pesquisa pura e IC.
Projetos com empresas expandem know-how do grupo
Foco em desenvolver RH e manter novas plataformas
Ecossistema de inovação (incubadoras, empresas de P&D, startups,
pesquisadores associados)
Produto é a propriedade intelectual (projetos ‘blue sky’).
Projetos de transferência
Editais de pesquisador na empresa
Projetos de desenvolvimento de produto
53. RETOMADA DO GRUPO
DE PESQUISA
1. Convênio para
temas conjuntos e
PI.
2. Editais IF/Empresa
3. Empresa/IF (RHAE)
54. AÇÕES DE RETOMADA
Onde está nosso valor agregado?
Resolução de problemas de instrumentação aplicando
técnicas de modelagem, controle e compensação adaptativas
a plataformas embarcadas.
Duas linhas de pesquisa permanentes
Prototipação de Sistemas Embarcados
Aplicação de Sistemas Adaptativos
Linhas de pesquisa específicas por convênio
Acréscimo de colaboradores eventuais
Marco legal para propriedade intelectual
Convênio GMC Fluído
55. AÇÕES DE RETOMADA
Qualificação dos membros orientadores do grupo
Dois mestrados concluídos, um doutorado em andamento
Novos membros em modelagem, controle e processamento de
sinais
Desenvolvimento de ferramentas comuns
Plataformas ARM/FPGA
Sistemas de aquisição e prototipação
Processamento de imagem e de sinal
Parcerias para prototipação de sistemas
Projetos de IC conjuntos com LAB14TRO
56. ALGUNS RESULTADOS
Dois projetos de inovação e transferência no convênio
em andamento com empresa (Lifemed/GMC Fluído). Final
em 2016.
Nove projetos de IC e IT concluídos.
Três projetos de IC em andamento.
Nove bolsistas atuais (SET, ITI, IC).
Seis orientadores (1 afastado).
4 PFC´s concluídos (3 convênio), 5 PFC´s em
andamento (2 convênio)
Novo convênio firmado e projeto submetido (Contronic).
57. ALGUNS BONS PROBLEMAS
DE MODELAGEM APLICADA
Compensação de
reverberação em
aparelhos auditivos
E outros...
Fusão de dados de
múltiplos sensores para
estimativa de pressão e
pulsação.
Novas técnicas de
detecção e separação de
sinais biomédicos (HHT,
CWT, ...)
58. BONS PROBLEMAS DE
INTERFACE EM QUE SE PODE
DIGITALIZAR O
CONDICIONAMENTO
Correlação de imagem e
deformação
E outros...
Aquisição compressiva
para redução de
throughput em arranjos
conversores
Digitalização de sensores
baseados em impedância
Aplicação de DDS e
Processamento estocástico.
59. MOMENTO IMPORTANTE DE
TRANSIÇÃO DE
PLATAFORMAS DE
DESENVOLVIMENTOMigração para plataformas
móveis
Processamento
Conectividade
Interfaces
acessíveis:
Câmeras
Transceivers de RF
Gargalos...
Como contornar?
63. DESAFIOS E MUDANÇAS
RELEVANTES RECENTES
Um dos maiores sistemas públicos de saúde e
problemas de financiamento a vista (horizonte de vinte a
trinta anos)