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Guia de Plantas
VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA
       Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva,
      Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz
          e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca
Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva,
                                                                         Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz
                                                                             e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca




                                                                     Guia de Plantas
                                                                     VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA

Dados   Internacionais de Catalogação na Publicação          (CIP)
         (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
                                                                                       1ª Edição
        Guia de plantas : visitadas por abelhas na
           Caatinga / Camila Maia-Silva...[et al.]. --
           1. ed. -- Fortaleza, CE : Editora Fundação
           Brasil Cidadão, 2012.

           Outros autores: Cláudia Inês da Silva, Michael
        Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia
        Imperatriz-Fonseca
           ISBN 978-85-98564-05-0


           1. Abelhas 2. Biodiversidade - Brasil 3. Biomas
        4. Caatinga - Brasil, Nordeste 5. Caatinga -
                                                                                    Fortaleza - CE
        Plantas - Brasil, Nordeste 6. Ecossistemas -
        Brasil 7. Plantas com flores 8. Plantas - Guias
        I. Maia-Silva, Camila. II. Silva, Cláudia Inês da.
        III. Hrncir, Michael. IV. Queiroz, Rubens Teixeira
                                                                                         2012
        de. V. Imperatriz-Fonseca, Vera Lucia.




12-03658                                   CDD-581.9813

            Índices para catálogo sistemático:

        1. Caatinga : Brasil, Região Nordeste : Bioma
              brasileiro : Plantas visitadas por abelhas :
              Guias   581.9813
Copyright C 2012 Editora Fundação Brasil Cidadão                                          Conteúdo
Editor responsável                                                                        Apresentação                  7   Mimosa caesalpinifolia
	          João Bosco Priamo Carbogim                                                                                       Sabiá                      55
Coordenação Geral do Projeto De Olho na Água                                              ÁRVORES                      12   Mimosa paraibana
	        Maria Leinad Vasconcelos Carbogim                                                                                  Cerrador                   57
                                                                                          Anacardium occidentale            Mimosa tenuiflora
Autores                                                                                   Cajueiro                     15   Jurema-preta               59
	         Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva,
                                                                                          Myracrodruon urundeuva            Senegalia polyphylla
	         Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz
	         e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca                                                 Aroeira                      17   Espinheiro                 61
                                                                                          Spondias tuberosa                 Amburana cearensis
Projeto apoiado                                                                           Umbuzeiro                    19   Cumaru                     63
	CAPES                                                                                    Copernicia prunifera              Luetzelburgia auriculata
	CNPq
                                                                                          Carnaubeira                  21   Pau-mocó                   65
Conteúdo científico                                                                       Handroanthus impetiginosus        Ziziphus joazeiro
	UFERSA                                                                                   Pau-d’arco-roxo              23   Juazeiro                   67
	USP                                                                                      Cochlospermum vitifolium          Referências                68
                                                                                          Pacoté                       25
Colaboração
	CETAPIS                                                                                  Cordia oncocalyx                  ARBUSTOS E SUBARBUSTOS     70
                                                                                          Pau-branco                   27
Projeto Gráfico e Direção de Arte                                                         Commiphora leptophloeos           Allamanda blanchetii
	          Mauri de Sousa                                                                 Imburana                     29   Sete-patacas-roxa          73
Apoio Institucional                                                                       Cynophalla flexuosa               Varronia globosa
	Petrobras                                                                                Feijão-bravo                 31   Moleque-duro               75
	USP                                                                                      Crateva tapia                     Varronia leucocephala
	UFERSA                                                                                   Trapiá                       33   Buquê-de-noiva             77
                                                                                          Combretum leprosum                Tarenaya spinosa
Apoio técnico
	         Promosell Comunicação                                                           Mofumbo                      35   Mussambê                   79
                                                                                          Cnidoscolus quercifolius          Cnidoscolus urens
Michael Hrncir      Fotos capa, Fotos plantas e Fotos de abelhas nas flores:              Faveleira                    37   Urtiga                     81
                    Melipona subnitida e Tarenaya spinosa; Exomalopsis sp. e Senna        Jatropha mollissima               Chamaecrista duckeana
                    obtusifolia; Macho de abelha solitária dormindo na flor Turnera
                    subulata; Trigona spinipes e Waltheria rotundifolia; Xylocopa         Pinhão-bravo                 39   Palma-do-campo             83
                    sp. e Libidibia ferrea; Plebeia sp. e Cereus jamacaru; Plebeia        Croton sonderianus                Senna uniflora
                    sp. e Croton sonderianus; Xylocopa grisensis e Libidibia ferrea;      Marmeleiro                   41   Matapasto-cabeludo         85
                    Melipona subnitida e Senna obtusifolia; Ceratina sp. e Turnera
                    subulata; Abelha (família Halictidae), Jacquemontia multiflora,       Libidibia ferrea                  Senna obtusifolia
                    Apis mellifera e Senegalia polyphylla.                                Jucazeiro                    43   Matapasto                  87
Dirk Koedam         Fotos de abelhas nas flores: Frieseomelitta sp. e Libidibia ferrea.   Poincianella bracteosa            Senna occidentalis
                                                                                          Catingueira                  45   Fedegoso                   89
Camila Maia-Silva   Fotos de abelhas nas flores: Ceblurgus longipalpis e Varronia         Senna macranthera                 Senna trachypus
                    leucocephala.
                                                                                          São-joão                     47   Canafístula                91
Agradecimentos                                                                            Anadenanthera colubrina           Mimosa invisa
	        Os autores agradecem ao CNPq pelo apoio financeiro                               Angico                       49   Calumbi-miúdo              93
	        (Processos: 304722/2010-3 e 482218/2010-0);                                      Pityrocarpa moniliformis          Solanum paniculatum
	        ao Prof. Dr. Fernando C. V. Zanella pela identificação das abelhas, 		           Catanduva                    51   Jurubeba                   95
	        e ao Reitor da UFERSA, Dr. Josivan Barbosa Menezes Feitoza, 		
                                                                                          Mimosa arenosa                    Hyptis suaveolens
	        pelo apoio incondicional ao projeto; à Universidade de São Paulo pelo 	
	        apoio científico, e à Petrobras que patrocinou a publicação desse Guia.          Calumbi                      53   Bamburral                  97
ÁRVORES 07




                                                                 Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga
Sida cordifolia                  Boerhavia diffusa
Malva-branca               101   Pega-pinto                147   Apresentação
Sida galheirensis                Oxalis divaricata
                                                                 O “Guia de plantas da caatinga visitadas por abelhas” insere-se nos
Ervaço                     103   Trevo                     149
                                                                 objetivos do Projeto “De Olho na Água” como parte das ações integradas e
Triumfetta rhomboidea            Oxalis glaucescens
                                                                 participativas, fundamentadas em pesquisas científicas e na aplicação de
Carrapicho-de-bode         105   Trevo                     151
                                                                 técnicas ecossustentáveis.
Waltheria americana              Scoparia dulcis
                                                                 A longo prazo, o manejo de abelhas nativas tem um propósito maior
Malva-branca               107   Vassourinha-de-botão      153
                                                                 além da geração de renda suplementar que a produção de mel pode
Waltheria bracteosa              Polygala violacea         155
                                                                 proporcionar. O ganho maior é a conservação da flora nativa, que tem
Malva                      109   Portulaca oleracea
                                                                 nesses polinizadores um dos vetores mais importantes para a manutenção
Lantana camara                   Beldroega                 157
                                                                 da qualidade dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida
Cambará                    111   Talinum triangulare
                                                                 de todas as espécies.
Referências                112   Beldroega-graúda          159
                                                                 Patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental,
                                 Borreria verticillata
                                                                 o Projeto “De Olho na Água” apresenta esse Guia como o resultado da
HERBÁCEAS                  114   Cabeça-de-velho           161
                                                                 articulação entre o saber científico e a prática sustentável dos recursos
                                 Diodella teres
                                                                 naturais. Daí sua importância num momento crucial em que a humanidade
Alternanthera tenella            Mata-pasto                163
                                                                 discute em fóruns internacionals a necessidade de um novo paradigma na
Quebra-panela              117   Richardia grandiflora
                                                                 relação do homem com a natureza.
Froelichia humboldtiana          Asa-de-pato               165
                                                                 A escolha de implementar este trabalho de plantas visitadas pelas abelhas
Ervaço                     119   Turnera subulata
                                                                 no Projeto “De Olho na Água” , com a Fundação Brasil Cidadão, foi pelo
Stilpnopappus pratensis    121   Chanana                   167
                                                                 excelente trabalho de conservação da natureza, em especial do manguezal,
Euploca polyphyllum              Referências               168
                                                                 desenvolvido em Icapuí, a valorização local do capital natural e a formação
Sete-sangrias              123
                                                                 de uma nova geração que vai fazer a diferença na gestão dos recursos
Commelina erecta                 TREPADEIRAS               170
                                                                 naturais.
Santa-Luzia                125
                                                                 Este Guia é útil para o reconhecimento destas plantas essenciais para as
Ipomoea asarifolia               Ipomoea bahiensis
                                                                 abelhas que estão na caatinga. Foi construído baseado em trabalhos de
Salsa                      127   Jetirana                  173
                                                                 campo de teses de doutoramento e projetos de pesquisa desenvolvidos
Jacquemontia gracillima          Ipomoea nil
                                                                 por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal
Jetirana                   129   Corda-de-viola            175
                                                                 Rural do Semi-Árido, com apoio das agências financiadoras de pesquisa
Chamaecrista calycioides         Jacquemontia montana      177
                                                                 CAPES e CNPq. O estudo identificou as plantas com flores da caatinga e a
Palma-do-campo             131   Jacquemontia multiflora
                                                                 utilização destes recursos florais pelas abelhas. Temos árvores, arbustos,
Chamaecrista pilosa              Jetirana-branca           179
                                                                 herbáceas e trepadeiras importantes para as abelhas da caatinga. Os ramos
Palma-do-campo             133   Merremia aegyptia
                                                                 floridos foram coletados para identificação por especialistas e depositados
Chamaecrista supplex             Jetirana-de-mocó          181
                                                                 no Herbário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Palma-do-campo             135   Canavalia brasiliensis
                                                                 Desta forma, temos à disposição informações úteis para a população em
Mimosa modesta                   Feijão-de-porco           183
                                                                 geral, assim como para aqueles que se dedicam à jardinagem e paisagismo
Malícia                    137   Centrosema brasilianum
                                                                 com plantas nativas da caatinga, pois falamos sobre as flores observadas,
Mimosa quadrivalvis              Jequitirana               185
                                                                 suas formas, tamanhos, cores e época de florescimento. As fotografias
Malícia                    139   Chaetocalyx scandens
                                                                 foram feitas especialmente para este guia.
Stylosanthes viscosa             Rama-amarela              187
                                                                 Uma aplicação importante deste conhecimento é o incentivo à construção
Melosa                     141   Cardiospermum corindum
                                                                 de jardins para polinizadores, uma ação que já é implementada em várias
Marsypianthes chamaedrys         Chocalho-de-vaqueiro      189
                                                                 partes do mundo, para conservar as abelhas. Esses jardins podem ter
Amargosa                   143   Referências               190
                                                                 tamanhos variados e são utilizados em residências, escolas, ruas, praças e
Pavonia cancellata
                                                                 parques.
Corda-de-viola             145
ÁRVORES 08                                                                                                   ÁRVORES 09



      Biodiversidade de flores e abelhas
                                                                                      Melipona subnitida e
                                                                                      Tarenaya spinosa


                     Apis mellifera
             e Senegalia polyphylla




                                       Trigona spinipes e
                                       Waltheria rotundifolia
                                                                Frieseomelitta sp.
                                                                 e Libidibia ferrea




                                                                                      Plebeia sp. e
                                                                                      Croton sonderianus

                  Exomalopsis sp. e
                  Senna obtusifolia




                                       Plebeia sp. e
                                       Cereus jamacaru

                                                                   Xylocopa sp. e
                                                                  Libidibia ferrea




                                                                                      Macho de abelha solitária
                                                                                      dormindo na flor Turnera
                                                                                      subulata
             Ceblurgus longipalpis e
              Varronia leucocephala
ÁRVORES 10                                                                                                                                                                                                ÁRVORES 11




         As flores e as abelhas                                                                       vivos, os locais onde moram, as interações entre eles (o que comem,
                                                                                                      como obtêm este alimento, como se reproduzem). Estas interações são
         As plantas com flores são muito antigas, surgiram na Terra há mais de 120                    muito importantes para a manutenção da vida.
         milhões de anos. Desde o início ofereceram recursos alimentares abundantes,                  Biodiversidade de flores e abelhas, aparentemente um assunto tão
         utilizados por visitantes florais (insetos, geralmente), os quais, por sua vez,              simples e fácil de observar, formam a base da vida na Terra. As flores
         buscando este alimento de flor em flor, as polinizavam. O nectar da flor é                   produzem frutos que são utilizados por toda a cadeia alimentar. Preservar
         uma fonte açucarada de alimento, e os grãos de pólen, fonte de proteínas .                   estes recursos, e restaurá-los onde desapareceram, faz parte das
         Uma revisão recente1 sobre a importância da polinização por animais,                         responsabilidades sociais da atualidade.
         mostrou que este processo é utilizado por 87,5% de todas as espécies de                      A jandaíra é uma das abelhas nativas do semi-árido mais utilizadas pelo
         plantas com flores conhecidas até o momento. Insetos e flores coevoluíram,                   homem da caatinga. O Padre Bruening, que escreveu sobre ela3, dizia
         com benefícios para os dois lados. No caso das abelhas, visitantes florais                   que Sempre houve mais jandaíras que nordestinos, mais casas de abelhas
         especializados, essa troca é obrigatória, pois as abelhas obtêm todo o seu                   indígenas que casas de aborígenes na caatinga. O corte indiscriminado
         alimento nas flores, as quais se beneficiam desta interação produzindo frutos                de árvores, por exemplo, a imburana, a catingueira, o angico, a baraúna,
         com maior diversidade genética. Este fenômeno, esquematizado na figura                       que servem como local de nidificação para estas abelhas, ameaça a
         abaixo, é conhecido como polinização.                                                        sobrevivência da jandaíra, adaptada às condições climáticas locais. Assim,
                                                                                                      também, interfere nesse processo a ausência das árvores cujas florações
                                                                                                      no período da seca alimentam as abelhas, dentre elas, 
o angico, a aroeira,
                                                                                                      o cajueiro, o umbuzeiro, a carnaubeira, o juazeiro. Para produzir o mel, o
                                                                                                      meliponicultor precisa cuidar das plantas que servem de alimento para as
                                                                                                      abelhas, e das que são usadas como moradia.
                                                                                                      Com o trabalho das comunidades no plantio de árvores para as
                                                                                                      abelhas, estaremos formando cidadania e redesenhando o caminho da
                                                                                                      sustentabilidade local, com foco em um futuro melhor. Cada vez mais
                                                                                                      é necessária uma ação combinada de boa governança, bom manejo
                                                                                                      e participação popular, com o vigor das interações entre os vários
                                                                                                      segmentos da sociedade, para a valorização do conhecimento. Um novo
                                                                                                      modelo de desenvolvimento vai estimular o ciclo da vida, em vez de
                                                                                                      impedi-lo. Afinal, a biodiversidade está no coração do desenvolvimento
                                                                                                      econômico e social.
         Esquema da polinização: os grãos de pólen (contêm os gametas masculinos) de uma flor são
         transportados para o estigma (parte feminina) de outra flor. Esquema de Bruno Nunes Silva.
                                                                                                      Vera Lucia Imperatriz Fonseca é bióloga, Professora Titular de Ecologia
                                                                                                      da Universidade de São Paulo (USP) e Professora Visitante Sênior da
         Na caatinga brasileira são conhecidas 187 espécies de abelhas, a maioria                     CAPES na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), no Rio
         delas considerada como espécies raras2. Entretanto, as mais abundantes                       Grande do Norte (RN).
         são as abelhas sociais nativas sem ferrão, como a jandaíra, a jati, a amarela,
         a moça-branca, a irapuá, a cupira, a mandaçaia, a remela, a canudo, a limão,
         a munduri e a introduzida Apis mellifera, também conhecida como abelha
         de mel, abelha europa, abelha africanizada. Outras espécies de abelhas
         de hábitos solitários também são abundantes e de grande importância
         ecológica.                                                                                   1Ollerton, J., Winfree, R. & Tarrant, S. 2011 . How many flowering plants are pollinated by
                                                                                                      animals? Oikos, 120: 321-326.
                                                                                                      2Zanella, F.C.V. & Martins, C.F. 2003. Abelhas da caatinga: biogeografia, ecologia e conservação.

         Biodiversidade de flores e abelhas                                                           In: Leal, I.R., Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. eds. Ecologia e Conservação da caatinga, p. 75-134.
                                                                                                      Editora Universitária da UFPE, Recife, Brasil.
                                                                                                      3Bruening, H. 1990. A abelha Jandaíra. Coleção Mossoroense. Serie C. Vol 557, 181p.
         Biodiversidade é a palavra que usamos para descrever a variedade de seres
ÁRVORES 12                                                                                                                                                ÁRVORES 13




    ÁRVORES




                                                                                               Luetzelburgia auriculata



                                                                                               Forma de crescimento comum em plantas terrestres
                                                                                               lenhosas, onde o vegetal cresce de forma monopodial
                                                                                               (com um ápice principal sobrepondo os demais, com
                                                                                               poucas ramificações) até atingir cerca de dois metros de
                                                                                               altura e depois ramifica-se. Planta com um tronco não
       Xylocopa grisensis (mamangava-de-toco) visitando flor de Libidibia ferrea (jucazeiro)
                                                                                               ramificado na base.
ÁRVORES 14                                                                         ÁRVORES 15




             CAJUEIRO
             Anacardiaceae
             Anacardium occidentale L.

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Pampa, Pantanal, Amazônia
             Período de floração: estação seca

                Anacardium occidentale




             O cajueiro é uma árvore comum em        gênero Centris, também conhecidas
             pequenos pomares, nas cidades e         como abelhas coletoras de óleos,
             também muito cultivada em quase         são os principais polinizadores
             todo o país. O seu fruto verdadeiro     do caju. Espécies de abelhas sem
             é a castanha, um fruto seco muito       ferrão como a abelha jandaíra
             apreciado no Brasil e no exterior.      (Melipona subnitida) também
             O “caju” é um pseudofruto,              coletam néctar nas flores do
             carnoso, suculento e muito rico         cajueiro.
             em fonte de vitamina C, utilizado       As abelhas do gênero Centris
             principalmente na produção de           necessitam de óleo para
             sucos e doces.                          construírem seus ninhos e
             Suas inflorescências são formadas       alimentarem suas crias. Portanto,
             por flores vermelhas, pequenas e        para garantir a presença dessas
             perfumadas. O néctar é o recurso        abelhas em grandes áreas de
             mais atrativo para os polinizadores,    cultivo de caju, recomenda-se o
             embora o pólen também seja              plantio de espécies fontes de óleos
             coletado por algumas espécies           florais como a acerola (Malpighia
             de abelhas. Abelhas solitárias do       emarginata).

             Referências bibliográficas: 8,9,13,15
ÁRVORES 16                                                                               ÁRVORES 17




             AROEIRA
             Anacardiaceae
             Myracrodruon urundeuva Allemão

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação seca




             No nordeste do Brasil, a aroeira             todos. Além do néctar, as flores
             é uma árvore muito conhecida                 masculinas possuem anteras
             devido às suas propriedades                  vistosas que disponibilizam
             farmacológicas, sendo considerada            pólen para as abelhas. A resina,
             uma das principais plantas                   proveniente das lesões das cascas,
             medicinais da região.                        também é coletada pelas abelhas.
             Durante o período de floração sua            Na estação seca, período
             copa encontra-se completamente               com poucos recursos florais
             sem folhas, coberta apenas por               na caatinga, plantas como a
             flores. Suas inflorescências formam          aroeira são fundamentais para a
             cachos com flores amarelas,                  alimentação das abelhas. Devido
             pequenas e perfumadas. Suas flores           às suas características melíferas é
             produzem néctar em abundância                indicado o plantio de mudas em
             que atraem muitas espécies de                áreas de conservação e criação de
             abelhas nativas. O mel produzido             abelhas. Além disso, essa espécie
             através do néctar de aroeira é               pode ser utilizada em projetos de
             saboroso e muito apreciado por               arborização e paisagismo.


             Referências bibliográficas: 5,9,1315,16,17
ÁRVORES 18                                                                              ÁRVORES 19




             UMBUZEIRO
             Anacardiaceae
             Spondias tuberosa Arruda

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação seca




             O umbuzeiro produz frutos                     polinizadores do umbuzeiro são
             comestíveis muito apreciados                  espécies de abelhas sem ferrão dos
             na região nordeste do Brasil. Em              gêneros Scaptotrigona, Trigona
             geral, seus frutos são consumidos             e Frieseomelitta. Por fornecer
             ao natural, misturados ao leite               néctar durante a estação seca, o
             e principalmente utilizados na                umbuzeiro é um recurso muito
             produção de doces.                            importante para a manutenção das
             As suas raízes tuberosas, capazes             espécies de abelhas sem ferrão na
             de armazenar água, permitem                   caatinga
             que o umbuzeiro resista a longos              As flores do umbuzeiro são
             períodos de seca. Durante a                   importantes para fortalecer a
             estação seca, suas flores surgem              conservação e a criação de abelhas
             quando a copa ainda está                      sem ferrão. Além disso, sua copa
             completamente sem folhas. Suas                ampla fornece sombra agradável
             flores são pequenas, brancas,                 favorecendo a utilização dessa
             cheirosas e muito atrativas para              espécie no paisagismo urbano.
             as abelhas nativas. Os principais


             Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,20
ÁRVORES 20                                                                       ÁRVORES 21




             CARNAUBEIRA
             Arecaceae (Palmae)
             Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
             Período de floração: estação seca




             A carnaubeira é uma palmeira          Suas inflorescências formam
             muito comum no nordeste do Brasil     cachos pendentes compostos
             e ocorre principalmente nos           por flores amarelas e pequenas.
             vales inundáveis dos estados          Estas disponibilizam néctar e
             do Ceará, Piauí e Rio Grande do       pólen, recursos que atraem
             Norte. Essa espécie possui folhas     muitas espécies de insetos e
             grandes das quais é extraída a        principalmente as abelhas
             cera de carnaubeira, um produto       nativas. A beleza exuberante
             de grande importância industrial      dessa palmeira também favorece
             para a produção de acessórios de      sua utilização em projetos
             informática, tintas, cosméticos,      de paisagismo. O plantio de
             entre outros. Além disso, a madeira   carnaubeira fortalece a criação de
             da carnaubeira pode ser utilizada     abelhas nativas, pois essa espécie
             para construção de casas e móveis     é uma excelente fonte de recursos
             rústicos.                             florais.




             Referências bibliográficas: 5,9,13
ÁRVORES 22                                                                              ÁRVORES 23




             PAU-D’ARCO-ROXO
             Bignoniaceae
             Handroanthus impetiginosus Mattos

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Pantanal, Amazônia
             Período de floração: estação seca




             O pau-d’arco-roxo ou ipê-roxo é              porte, as quais são os principais
             muito conhecido por apresentar               polinizadores dessa espécie.
             uma copa exuberante durante o                O pau-d’arco-roxo também é fonte
             seu período de floração. Sua copa            de resina para as abelhas.
             desprovida de folhas e coberta por           Na estação seca suas flores
             muitas flores chama a atenção a              fornecem néctar para muitas
             longas distâncias.                           espécies de abelhas. Recomenda-
              Suas inflorescências são compostas          se o plantio dessa espécie para
             por flores grandes, de cor roxa              fortalecer a conservação de abelhas
             e com odor suave. Suas flores                nativas. Além disso, devido à
             produzem grande quantidade de                beleza de suas inflorescências o
             néctar atraindo muitos visitantes            pau-d’arco-roxo pode ser utilizado
             florais como mariposas, morcegos,            no paisagismo urbano e também
             beija-flores e principalmente                em reflorestamentos.
             abelhas de médio e grande




             Referências bibliográficas: 5,7,9,13,15,17
ÁRVORES 24                                                                                 ÁRVORES 25




             PACOTÉ
             Bixaceae
             Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Amazônia
             Período de floração: estação seca




             O pacoté ou algodão-do-mato é                  nativas. Os principais polinizadores
             uma árvore de pequeno porte que                dessa planta são abelhas de médio
             perde todas as folhas na estação               ou grande porte, as quais vibram
             seca. No entanto, durante a floração           nas anteras para retirar o pólen
             sua copa é formada apenas por                  como, por exemplo, as abelhas
             flores amarelas e grandes que                  mamangavas-de-toco (gênero
             enfeitam a paisagem da caatinga.               Xylocopa) e as abelhas do gênero
             Suas flores não produzem néctar,               Centris.
             mas suas anteras poricidas, cujos              Essa espécie é ornamental, possui
             grãos de pólen são liberados por               crescimento rápido, é indicada
             vibração, disponibilizam grandes               para a construção de jardins
             quantidades de pólen aos visitantes            com flora melífera e também
             florais. Durante a estação seca suas           pode ser utilizada em áreas de
             flores constituem uma importante               reflorestamentos.
             fonte de pólen para as abelhas




             Referências bibliográficas: 7, 9, 13, 17, 23
ÁRVORES 26                                                                            ÁRVORES 27




             PAU-BRANCO
             Boraginaceae
             Cordia oncocalyx Allemão

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação chuvosa




             O pau-branco é uma espécie                   A madeira do pau-branco é muito
             arbórea de médio porte que                   explorada para construção civil.
             possui tronco de cor clara e ocorre          Devido ao corte indiscriminado,
             principalmente no Ceará e no                 essa espécie necessita
             Rio Grande do Norte.                         urgentemente de planos de manejo
             Suas inflorescências são grandes,            e conservação para a recomposição
             compostas por flores brancas,                de áreas exploradas.
             pequenas e suavemente                        O pau-branco pode ser utilizado
             perfumadas. Suas flores são                  em áreas de criação e conservação
             frequentemente visitadas e                   de abelhas e também devido ao
             polinizadas por espécies de moscas           seu belo aspecto paisagístico e
             da família Syrphidae. Outros insetos         ornamental pode ser utilizado em
             como mariposas, vespas e algumas             projetos de arborização urbana.
             espécies de abelhas nativas
             também visitam suas flores para
             coletar principalmente néctar.



             Referências bibliográficas: 2,3,9,13,15,17
ÁRVORES 28                                                                                  ÁRVORES 29




             IMBURANA
             Burseraceae
             Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
             Período de floração: estação chuvosa




             A imburana possui uma copa                      pólen e néctar para as abelhas.
             exuberante e um tronco que é                    Suas flores são amarelas, pequenas,
             facilmente reconhecido devido à                 isoladas ou formam pequenos
             sua cor avermelhada e suas cascas               grupos. Os frutos comestíveis
             esfoliantes que se desprendem em                servem de alimento para muitas
             lâminas.                                        espécies de animais silvestres.
             Essa árvore é considerada uma                   O uso da imburana para a
             espécie chave para a manutenção                 recomposição de áreas degradadas
             das abelhas nativas. Várias espécies            favorece a meliponicultura
             de abelhas sociais e também                     do nordeste, aumentando a
             solitárias constroem seus ninhos                disponibilidade de fontes de
             em ocos dos seus troncos. Ninhos                alimento e de locais de nidificação
             de abelhas sem ferrão, como                     para as abelhas nativas. Antes
             da espécie Melipona subnitida                   do início das chuvas, estacas de
             (jandaíra), são frequentemente                  imburana podem ser facilmente
             encontrados nessas árvores.                     plantadas e o seu brotamento é
             As flores de imburana fornecem                  rápido.


             Referências bibliográficas: 9, 13, 14, 17, 19
ÁRVORES 30                                                                                ÁRVORES 31




             FEIJÃO-BRAVO
             Capparaceae
             Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica
             Período de floração: estação seca




             Cynophalla flexuosa, conhecida                Durante a estação seca, período com
             popularmente como feijão-bravo,               poucos recursos florais na caatinga,
             é uma espécie de porte pequeno                suas flores fornecem néctar para
             que possui folhas perenes e ocorre            muitas espécies de abelhas nativas.
             em muitas áreas da região semi-               Devido à sua importância melífera
             árida brasileira.                             recomenda-se o plantio de feijão-
             Suas flores são grandes, de                   bravo em áreas de conservação e
             coloração branca e tons                       criação de abelhas.
             avermelhados, com estames longos
             e anteras amarelas.
             O néctar é principal recurso floral,
             produzido em grandes quantidades
             e responsável por atrair muitas
             espécies de abelhas nativas.
             Além das abelhas, outros insetos
             e também morcegos visitam suas
             flores.


             Referências bibliográficas: 5, 6, 9, 13, 17
ÁRVORES 32                                                                                ÁRVORES 33




             TRAPIÁ
             Capparaceae
             Crateva tapia L

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Amazônia
             Período de floração: estação seca




             O trapiá ocorre principalmente               Os frutos de trapiá são carnosos,
             próximo a locais úmidos e em                 adocicados e servem como fonte
             beira de rios. Essa planta é                 de alimento para muitos animais
             muito conhecida pelo seu odor                silvestres como macacos, aves e
             característico de alho.                      peixes.
             As inflorescências do trapiá são             Essa espécie é muito importante
             compostas por muitas flores de               para aumentar a disponibilidade
             pétalas brancas e estames longos             de recursos alimentares utilizados
             com tons avermelhados. Suas                  pelas abelhas. Além disso, o trapiá é
             flores produzem néctar em grande             ideal para o paisagismo urbano, pois
             quantidade atraindo muitos                   sua copa mantém as folhas durante
             animais como morcegos, mariposas             a maior parte do ano fornecendo
             e abelhas nativas. As abelhas sem            sombra agradável.
             ferrão do gênero Plebeia (jati ou
             mosquito) e do gênero Trigona
             (arapuá) visitam suas flores para
             coletar néctar e pólen.


             Referências bibliográficas: 6,7,9,13,14,17
ÁRVORES 34                                                                                ÁRVORES 35




             MOFUMBO
             Combretaceae
             Combretum leprosum Mart

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Amazônia
             Período de floração: estação chuvosa




             Combretum leprosum, conhecido                 O mofumbo é uma espécie pioneira,
             popularmente como mofumbo, é                  muito resistente e de crescimento
             uma espécie arbustiva ou arvoreta,            rápido. Recomenda-se o seu uso
             com 2 - 3 m de altura.                        em programas de recomposição
             Suas inflorescências são grandes,             de áreas degradadas e também em
             compostas por muitas flores                   arborização paisagística. O plantio
             amareladas, pequenas e muito                  de mudas dessa espécie é muito
             perfumadas. Na base da flor                   importante para fortalecer a criação
             forma um pequeno tubo onde é                  e a conservação de abelhas.
             produzido e armazenado o néctar,
             é o principal recurso coletado
             pelas abelhas nativas. Além disso,
             suas flores são muito atrativas para
             outros insetos como borboletas,
             mariposas e vespas.




             Referências bibliográficas: 2,9,13,14,17,21
ÁRVORES 36                                                                                   ÁRVORES 37




             FAVELEIRA
             Euphorbiaceae
             Cnidoscolus quercifolius Pohl

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação seca




             A faveleira é uma árvore de                     O pólen e principalmente o néctar
             porte pequeno, muito conhecida                  atraem muitos insetos, entre eles
             por possuir tricomas urticantes                 algumas espécies de abelhas
             distribuídos por toda a planta.                 nativas. A resina produzida pela
             Essa espécie produz látex o                     faveleira, presente em toda a planta,
             qual é muito utilizado para fins                também é um recurso coletado
             medicinais. A faveleira destaca-se              pelas abelhas.
             por sua grande capacidade de                    Essa espécie possui
             tolerância à seca. Suas raízes são              desenvolvimento e crescimento
             tuberosas e armazenam nutrientes,               rápidos, tais características
             utilizados durante a estação seca,              favorecem o uso de faveleira em
             período em que ocorre a floração e              áreas de criação e conservação de
             a frutificação dessa espécie.                   abelhas nativas, em programas de
             Suas inflorescências são compostas              reflorestamentos e também em
             por flores pequenas e brancas.                  projetos de paisagismo urbano.




             Referências bibliográficas: 2,5,9,13,14,17,25
ÁRVORES 38                                                                                 ÁRVORES 39




             PINHÃO-BRAVO
             Euphorbiaceae
             Jatropha mollissima (Pohl) Baill

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
             Período de floração: estação seca e chuvosa




             O pinhão-bravo é uma pequena                  Os principais polinizadores do
             árvore ou arbusto que pode atingir            pinhão-bravo são as abelhas sem
             até 3,0 m de altura. Essa planta              ferrão Trigona spinipes (arapuá) e as
             possui folhas grandes e caule de cor          abelhas da tribo Euglossini (Eulaema
             clara com cascas finas e esfoliantes.         nigrita). O látex dessa planta é
             Suas inflorescências são compostas            utilizado como fonte de resina pelas
             por flores amarelas com manchas               abelhas.
             avermelhadas. Essa espécie                    Recomenda-se o plantio dessa
             possui flores masculinas que                  espécie para complementar a
             disponibilizam pólen e néctar                 quantidade de recursos florais
             para os visitantes florais e flores           disponíveis às abelhas. Além disso,
             femininas que disponibilizam                  o pinhão-bravo é ornamental e
             apenas néctar. Os nectários                   pode ser utilizado no paisagismo
             presentes nas flores femininas                urbano.
             formam um disco que é facilmente
             acessado por muitos insetos como
             abelhas, vespas e borboletas.


             Referências bibliográficas: 5,9,13,17,24,25
ÁRVORES 40                                                                               ÁRVORES 41




             MARMELEIRO
             Euphorbiaceae
             Croton sonderianus Müll. Arg

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação chuvosa




             O marmeleiro é uma árvore de                  mel com sabor muito apreciado e
             porte pequeno ou arbusto que                  com alto valor comercial para os
             pode atingir até 4,0 m de altura.             criadores de abelhas do nordeste,
             Essa planta chama muita atenção               sendo considerada uma das
             durante o seu período de floração.            principais fontes de néctar da
             Após as primeiras chuvas na                   caatinga.
             caatinga o marmeleiro fica repleto            Essas características favorecem a
             de flores pequenas, com coloração             utilização dessa espécie em locais
             branca e muito perfumadas. Muitos             de criação e conservação de abelhas
             insetos como vespas, mariposas,               sem ferrão. Devido à sua grande
             moscas e principalmente as abelhas            capacidade de rebrota e o seu
             nativas visitam suas flores para              rápido crescimento, o marmeleiro
             coletar pólen e néctar.                       é uma espécie potencial para
             O néctar das flores do marmeleiro             restauração de áreas degradadas.
             é responsável pela produção de




             Referências bibliográficas: 2,3,13,17,21,25
ÁRVORES 42                                                                                 ÁRVORES 43




             JUCAZEIRO
             Fabaceae - Caesalpinioideae
             Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação chuvosa




             O jucazeiro, conhecido também                 (gênero Xylocopa) são os principais
             como pau-ferro, é uma árvore                  polinizadores do jucazeiro. Outras
             de porte pequeno a médio, com                 espécies como a abelha jandaíra
             tronco claro, liso e descamante.              (Melipona subnitida) e as abelhas do
             Essa espécie possui copa ampla                gênero Plebeia (jati ou mosquito)
             e floração exuberante, sendo                  também visitam suas flores.
             muito utilizado em arborização                Para complementar a quantidade
             ornamental de ruas e avenidas.                de fontes de néctar disponíveis
             Suas inflorescências são compostas            às abelhas nativas, recomenda-
             por flores vistosas, com pétalas              se o plantio de jucazeiros em
             amarelas e uma pétala central com             áreas de criação e conservação
             pontuações avermelhadas que                   de abelhas nativas. Além disso,
             representam guias de néctar.                  essa planta pode ser utilizada em
             O néctar é o principal recurso floral         reflorestamentos e em projetos de
             coletado por vespas, borboletas               paisagismo urbano.
             e abelhas nativas. Abelhas de
             médio e grande porte como as
             abelhas mamangavas-de-toco

             Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,22
ÁRVORES 44                                                                                    ÁRVORES 45




             CATINGUEIRA
             Fabaceae - Caesalpinioideae
             Poincianella bracteosa (Tul.) L.P.Queiroz

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
             Período de floração: estação chuvosa




             A catingueira é uma árvore                     Trigona, Frieseomelitta e Melipona.
             de pequeno porte que ocorre                    Muitas espécies de abelhas sociais
             principalmente em solos arenosos.              e de abelhas solitárias utilizam
             Essa espécie possui tronco de                  os troncos de catingueira para
             coloração acinzentado.                         construírem seus ninhos.
             Suas flores emitem leve odor                   Recomenda-se o plantio de
             adocicado, possuem pétalas                     mudas de catingueira em áreas
             amarelas e uma pétala central                  de criação e conservação de
             com pontuações avermelhadas                    abelhas nativas. Além disso,
             que representam guias de                       devido ao seu crescimento rápido,
             néctar. As abelhas dos gêneros                 essa espécie pode ser utilizada
             Xylocopa e Centris são os principais           em reflorestamentos de áreas
             polinizadores de plantas do gênero             degradadas e também em projetos
             Poincianella. Outros visitantes                de paisagismo urbano.
             florais também coletam néctar das
             flores de catingueira como, por
             exemplo, borboletas, beija-flores
             e abelhas sem ferrão dos gêneros

             Referências bibliográficas: 9,10,11,13,19,22
ÁRVORES 46                                                                          ÁRVORES 47




             SÃO-JOÃO
             Fabaceae - Caesalpinioideae
             Senna macranthera (DC. ex Collad.) Irwin & Barneby

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação chuvosa




             A espécie Senna macranthera é            vibrar nas anteras e retirar os
             uma árvore de porte pequeno,             grãos de pólen. Os principais
             conhecida em algumas regiões do          polinizadores dessa planta
             Brasil como são-joão ou pau-de-          são espécies de abelhas com
             besouro.                                 médio e grande porte como as
             A floração dessa espécie tem             mamangavas-de-toco (gênero
             uma beleza exuberante, pois              Xylocopa) e as mamangavas-de-
             suas flores amarelas e grandes           chão (gênero Bombus).
             destacam-se entre as folhas. Suas        Essa espécie possui crescimento
             flores não produzem néctar, mas          rápido, pode ser utilizada em
             suas anteras poricidas, cujos            áreas próximas aos locais de
             grãos de pólen são liberados por         criação de abelhas nativas
             vibração, disponibilizam grandes         e também em projetos de
             quantidades de pólen para as             restauração de áreas degradadas.
             abelhas nativas. Apenas algumas
             espécies de abelhas conseguem



             Referências bibliográficas: 9,13,15,22
ÁRVORES 48                                                                                    ÁRVORES 49




             ANGICO
             Fabaceae - Mimosoideae
             Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenam

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação seca




             O angico possui muitas                            angico libera uma resina amarelada
             características que facilitam                     muito utilizada para fins medicinais,
             localizá-lo entre outras árvores                  na culinária e também coletada
             como, por exemplo, tronco                         pelas abelhas nativas.
             acinzentado, rugoso e com                         Durante a estação seca, período
             projeções cônicas. A floração dessa               com poucos recursos florais na
             espécie ocorre em massa e sua                     caatinga, as flores do angico
             copa tem uma beleza exuberante                    fornecem pólen e néctar para
             durante a estação seca.                           muitas espécies de abelhas sem
             Suas inflorescências são formadas                 ferrão, como por exemplo, a abelha
             por flores pequenas, brancas e                    jandaíra (Melipona subnitida).
             com odor agradável. Os recursos                   O angico possui crescimento rápido,
             florais, pólen e néctar, atraem                   pode ser utilizado para fortalecer
             muitas espécies de insetos e                      a criação de abelhas, em áreas de
             principalmente as abelhas nativas,                reflorestamento e também em áreas
             as quais são responsáveis por                     urbanas.
             polinizar suas flores. O tronco do


             Referências bibliográficas: 2,5,9, 12,13,15,16,17,22
ÁRVORES 50                                                                                   ÁRVORES 51




             CATANDUVA
             Fabaceae - Mimosoideae
             Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica
             Período de floração: transição entre a estação seca e a chuvosa




             A catanduva é uma espécie                       quais são responsáveis por atrair
             pioneira, de porte médio e                      vespas, moscas e principalmente
             no nordeste do Brasil ocorre                    abelhas. Durante o período de
             principalmente em solos arenosos.               transição entre a estação seca e a
             Suas inflorescências são reunidas               estação chuvosa, a catanduva é a
             em espigas, formadas por                        principal fonte de pólen utilizada
             flores pequenas, perfumadas e                   pela abelha jandaíra (Melipona
             com coloração amarelo claro.                    subnitida).
             Sua floração em massa ocorre                    Devido às suas características
             principalmente entre os meses                   melíferas, recomenda-se o
             de dezembro e abril, esse período               plantio de catanduva em áreas de
             é caracterizado pela transição                  criação e conservação de abelhas
             da estação seca para a chuvosa.                 nativas. Além disso, essa espécie
             Durante esse período ainda ocorre               possui crescimento rápido e
             muita carência de recursos florais              pode ser utilizada em projetos de
             na caatinga. Suas flores produzem               recuperação de áreas degradadas.
             néctar e pólen em abundância, os


             Referências bibliográficas: 12,13,14,17,18,21
ÁRVORES 52                                                                          ÁRVORES 53




             CALUMBI
             Fabaceae - Mimosoideae
             Mimosa arenosa (Willd.) Poir

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação chuvosa




             O calumbi ou jurema-branca é uma        Segundo alguns meliponicultores,
             árvore de porte médio que ocorre        o calumbi é uma espécie de
             em solos arenosos e em locais           grande importância para a criação
             abertos. Seu tronco é acinzentado,      de abelhas sem ferrão, sendo
             possui ramos com espinhos               fundamental para a produção de
             esparsos e copa bem aberta que          mel.
             durante a estação seca encontra-se      Pela notável oferta de recursos às
             completamente sem folhas.               abelhas, recomenda-se o plantio
             Suas inflorescências são reunidas       de calumbi em áreas de criação
             em espigas, compostas por               de abelhas nativas. Por ser uma
             flores muito pequenas, brancas          espécie adaptada a locais abertos e
             e suavemente perfumadas. Suas           de crescimento rápido, o calumbi é
             flores fornecem néctar e pólen          ideal para reflorestamentos de áreas
             para muitos insetos como moscas,        degradadas.
             besouros e principalmente abelhas
             nativas.



             Referências bibliográficas: 1,9,13,22
ÁRVORES 54                                                                                  ÁRVORES 55




             SABIÁ
             Fabaceae - Mimosoideae
             Mimosa caesalpinifolia Benth

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação chuvosa




             Mimosa caesalpinifolia, conhecida                O mel de sabiá é muito saboroso e
             popularmente como sabiá, é uma                   em algumas regiões do nordeste
             árvore de porte médio que possui                 essa planta é responsável por
             tronco escamoso, ramos com                       aumentar consideravelmente a
             espinhos e perda de folhagem                     produção anual de mel.
             durante a estação seca.                          Em toda a região nordeste a
             Sua floração ocorre em massa                     madeira do sábia é muito explorada
             durante a maior parte da estação                 principalmente para a construção de
             chuvosa disponibilizando recursos                cercas. Programas de preservação
             florais fundamentais para a                      e manejo dessa espécie são
             manutenção de muitos insetos,                    extremamente necessários, pois sua
             entre eles as abelhas nativas.                   intensa utilização ameaça a flora e
             Suas inflorescências são reunidas                a fauna da caatinga. O sabiá é uma
             em espigas, formadas por flores                  espécie de crescimento rápido e
             pequenas, brancas e suavemente                   com alta capacidade de rebrota
             perfumadas. A abelha jandaíra                    podendo ser facilmente plantado
             (Melipona subnitida) coleta pólen e              em áreas de criação e conservação
             néctar das suas flores.                          de abelhas nativas.

             Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,21,22
ÁRVORES 56                                                                    ÁRVORES 57




             CERRADOR
             Fabaceae - Mimosoideae
             Mimosa paraibana Barneby

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica (nordeste)
             Período de floração: estação chuvosa




             O cerrador é uma árvore de porte     Recomenda-se o plantio de mudas
             médio, possui ramos cobertos por de cerrador em áreas de criação e
             espinhos e ocorre principalmente     conservação de abelhas nativas.
             em solos arenosos e pedregosos.
             A floração dessa espécie ocorre
             em massa e suas inflorescências
             são compostas por flores com
             coloração rosa que se destacam
             entre a folhagem. Suas flores
             fornecem pólen e néctar para as
             muitas espécies de abelhas da
             caatinga.
             As flores dessa espécie aumentam a
             oferta de recursos para as abelhas e
             também para outros insetos.




             Referências bibliográficas: 5,13,22
ÁRVORES 58                                                                               ÁRVORES 59




             JUREMA-PRETA
             Fabaceae - Mimosoideae
             Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
             Período de floração: estação seca e chuvosa




             Mimosa tenuiflora, conhecida                   abelhas, vespas, moscas e outros
             popularmente por jurema-preta,                 insetos.
             é uma árvore de porte pequeno                  A jurema-preta é uma espécie muito
             muito conhecida pelos espinhos                 importante para a manutenção da
             que cobrem os seus ramos. Possui               biodiversidade e funcionamento
             tronco com casca de cor castanho               do ecossistema. Além disso, devido
             escuro e ramos de cor castanho                 ao seu crescimento rápido e a
             avermelhada.                                   sua capacidade de rebrota essa
             Essa espécie floresce durante um               espécie é muito importante para a
             longo período do ano, porém                    restauração de áreas degradadas.
             predominantemente durante a
             estação seca. Suas inflorescências
             são reunidas em espigas, formadas
             por flores brancas, pequenas, e
             suavemente perfumadas, que
             fornecem recursos florais, pólen
             e néctar, para muitas espécies de


             Referências bibliográficas: 9,13,14,17,21,22
ÁRVORES 60                                                                            ÁRVORES 61




             ESPINHEIRO
             Fabaceae - Mimosoideae
             Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
             Pantanal, Amazônia
             Período de floração: estação chuvosa




             Em algumas regiões do Brasil a            O espinheiro é uma espécie pioneira
             espécie Senegalia polyphylla é            muito indicada para projetos de
             conhecida popularmente como               recuperação de áreas degradadas e
             espinheiro ou unha-de-gato                principalmente para a manutenção
             devido à presença de espinhos             e criação de abelhas nativas.
             que revestem o seu caule,
             principalmente nos indivíduos
             jovens. Essa espécie é uma árvore
             de porte médio e copa ampla.
             Suas inflorescências são formadas
             por flores brancas, pequenas e
             perfumadas. Sua floração ocorre
             em massa, atraindo muitas espécies
             de insetos como, por exemplo,
             moscas, borboletas e abelhas
             nativas, os quais visitam suas flores
             para coletar néctar e pólen.


             Referências bibliográficas: 13,15,17,22
ÁRVORES 62                                                                                  ÁRVORES 63




             CUMARU
             Fabaceae - Papilionoideae
             Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm

             Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
             Período de floração: estação chuvosa




             Amburana cearensis, conhecido                   muito importante para as abelhas.
             popularmente como cumaru, é                     O cumaru é uma espécie
             uma árvore de porte médio. Uma                  ornamental, com floração vistosa
             característica marcante dessa                   e suas flores fornecem recursos
             espécie é o seu tronco avermelhado              fundamentais para a manutenção
             revestido por uma casca esfoliante              das populações de abelhas nativas.
             que se destaca em lâminas finas.                Além disso, o cumaru é uma
             A floração dessa espécie ocorre em              espécie pioneira muito importante
             massa e sua copa proporciona uma                em reflorestamentos de áreas
             beleza exuberante. Suas flores são              degradadas.
             pequenas, aromáticas e possuem
             apenas uma pétala (estandarte)
             com coloração branca e tons
             róseos. O néctar de suas flores é
             uma fonte de carboidrato, energia,




             Referências bibliográficas: 2,4,9,13,15,17,22
ÁRVORES 64                                                                                 ÁRVORES 65




             PAU-MOCÓ
             Fabaceae - Papilionoideae
             Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação seca




             O pau-mocó é uma árvore de porte            massa disponibiliza néctar e pólen
             médio e com tronco acinzentado.             em grande quantidade às abelhas
             Suas raízes são tuberosas capazes           nativas. As abelhas do gênero
             de acumular água e amido, essa              Xylocopa (mamangavas-de-toco)
             característica permite a ocorrência         são os principais visitantes das flores
             dessa espécie em solos secos e              do pau-mocó.
             pedregosos.                                 O pau-mocó é uma espécie
             Durante o período de floração sua           ornamental, possui floração vistosa
             copa encontra-se completamente              e suas flores fornecem recursos
             sem folhas, coberta apenas por              fundamentais para abelhas durante
             muitas flores. Suas flores possuem          a estação seca. Essas características
             pétalas de cor branca com mancha            favorecem o plantio dessa espécie
             mediana esverdeada ou roxa e                em áreas de criação e conservação
             uma pétala externa no botão                 de abelhas nativas.
             (estandarte). Sua floração em




             Referências bibliográficas: 4,13,15,17,22
ÁRVORES 66                                                                                ÁRVORES 67




             JUAZEIRO
             Rhamnaceae
             Ziziphus joazeiro Mart

             Biomas de ocorrência: Caatinga
             Período de floração: estação seca




             O juazeiro é uma árvore de porte               manutenção das abelhas durante
             médio, possui ramos tortuosos com              a estação seca.
             espinhos e copa verde durante                  Por manter sua folhagem verde
             o ano inteiro. Essa espécie é                  durante o ano inteiro, o juazeiro
             muito conhecida pelos seus frutos              é muito utilizado em projetos
             comestíveis e também devido às                 de arborização visando o
             suas propriedades farmacológicas.              sombreamento. Para complementar
             Suas inflorescências surgem nas                a quantidade de fontes de néctar
             axilas foliares, sendo compostas por           disponíveis às abelhas, recomenda-
             muitas flores amarelas e pequenas.             se o plantio de mudas em áreas
             O néctar é o principal recurso                 próximas a meliponários.
             coletado pelos visitantes florais,
             entre eles vespas e abelhas nativas.
             As flores do juazeiro fornecem
             principalmente néctar para a




             Referências bibliográficas: 9,13,15,16,17,20
ÁRVORES 68                                                                                                                                                                  ÁRVORES 69




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ARBUSTOS 70                                                                                                                                     ARBUSTOS 71




    ARBUSTOS E SUBARBUSTOS




                                                                                       Sida cordifolia


                                                                                       Arbusto: Forma de vida definida pela presença de caule
                                                                                       lenhoso ramificado desde a base não formando um fuste
                                                                                       (tronco) definido. Começa a ramificar na base.

                                                                                       Subarbusto: Planta intermediaria entre erva e arbusto,
                                                                                       apresenta porte reduzido, mas seu caule apresenta
       Melipona subnitida (jandaíra) visitando flor de Senna obtusifolia (matapasto)
                                                                                       lenhosidade.
ARBUSTOS 72                                                                     ARBUSTOS 73




              SETE-PATACAS-ROXA
              Apocynaceae
              Allamanda blanchetii A.DC.

              Biomas de ocorrência: Caatinga
              Período de floração: estação chuvosa




              Allamanda blanchetii, conhecida       A sete-patacas-roxa é uma
              popularmente como sete-patacas-       planta muito importante para a
              roxa, é uma espécie arbustiva.        manutenção e a conservação das
              Suas flores são grandes, com          espécies de abelhas nativas, além
              coloração rosa e enfeitam a           disso, pode ser utilizada como
              paisagem da caatinga. O néctar        planta ornamental em projetos de
              é principal recurso para a atração    jardinagem.
              dos visitantes florais. Suas flores
              possuem um tubo delgado na
              base que limita o acesso durante
              a coleta de néctar. As abelhas de
              língua longa da tribo Euglossini
              conseguem acessar o néctar
              localizado na base do tubo
              floral, atuando como o principal
              polinizador dessa planta.



              Referências bibliográficas: 2,7
ARBUSTOS 74                                                                        ARBUSTOS 75




              MOLEQUE-DURO
              Boraginaceae
              Varronia globosa Jacq.

              Biomas de ocorrência: Caatinga
              Período de floração: estação chuvosa




              Varronia globosa, conhecida            arbustos em áreas próximas a
              popularmente como moleque-             meliponários. Essa espécie é ideal
              duro, é uma espécie arbustiva.         para a construção de jardins com
              Suas inflorescências são compostas     flora melífera.
              por flores delicadas, brancas e
              pequenas. O néctar floral atrai
              espécies de abelhas nativas como,
              por exemplo, a abelha sem ferrão
              Trigona spinipes e as abelhas do
              gênero Xylocopa (mamangavas-
              de-toco). Outros insetos como
              borboletas e besouros também
              visitam suas flores.
              Para fortalecer a criação de abelhas
              nativas é importante manter esses




              Referências bibliográficas: 4,7,10
ARBUSTOS 76                                                                        ARBUSTOS 77




                BUQUÊ-DE-NOIVA
                Boraginaceae
                Varronia leucocephala (Moric.) J.S.Mill

                Biomas de ocorrência: Caatinga
                Período de floração: estação chuvosa




                Varronia leucocephala, conhecida       melífera, sendo o seu cultivo
                popularmente como buquê-de-            fundamental para a conservação da
                noiva, é uma espécie arbustiva.        abelha Ceblurgus longipalpis.
                Suas inflorescências são densas
                e compostas por flores brancas,
                grandes e muito vistosas. Suas
                flores disponibilizam pólen e néctar
                aos visitantes florais. A abelha
                Ceblurgus longipalpis (família
                Halictidae), uma espécie de abelha
                solitária, é o principal polinizador
                dessa planta.
                A beleza de suas inflorescências
                é uma característica importante
                dessa espécie, a qual pode ser
                utilizada em jardins de flora


              Referências bibliográficas: 4,7,10,11
ARBUSTOS 78                                                                       ARBUSTOS 79




              MUSSAMBÊ
              Capparaceae
              Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf.

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
              Pampa, Pantanal, Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa e seca




              O mussambê é um subarbusto             ornamentais podendo ser utilizada
              perene que possui odor forte e         em jardins de flora melífera com a
              ocorre principalmente em áreas         finalidade de fornecer néctar para
              inundadas com solos arenosos.          as abelhas.
              As flores de mussambê apresentam
              características relacionadas
              à atração principalmente de
              morcegos, tais como pétalas
              pouco vistosas, abertura das flores
              crepuscular e grande produção de
              néctar. No entanto, muitas espécies
              de abelhas nativas visitam suas
              flores como, por exemplo, a abelha
              jandaíra (Melipona subnitida) e
              também as abelhas do gênero
              Bombus (mamangavas-de-chão).
              Essa planta possui características


              Referências bibliográficas: 4,7,9,12
ARBUSTOS 80                                                                           ARBUSTOS 81




              URTIGA
              Euphorbiaceae
              Cnidoscolus urens L. Arthur

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
              Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Cnidoscolus urens, conhecida             abelhas. A urtiga pode ser utilizada
              popularmente como urtiga, é              como fonte alternativa de néctar
              uma espécie arbustiva, perene e          pelas abelhas nativas.
              ocorre principalmente em áreas
              abertas da caatinga. Essa planta é
              revestida por pêlos urticantes cujo
              contato com a pele pode provocar
              queimaduras.
              Suas flores são pequenas, tubulares
              e brancas. O néctar é o principal
              recurso coletado pelos visitantes
              florais.
              Por ser uma espécie adaptada a
              ambientes abertos, é importante
              manter esses arbustos em áreas em
              áreas de conservação e criação de



              Referências bibliográficas: 4,6,7,8,15
ARBUSTOS 82                                                                      ARBUSTOS 83




              PALMA-DO-CAMPO
              Fabaceae - Caesalpinioideae
              Chamaecrista duckeana (P.Bezerra & Afr.Fern.) H.S.Irwin &
              Barneby

              Biomas de ocorrência: Caatinga
              Período de floração: estação chuvosa




              Chamaecrista duckeana, conhecida      Melipona, as abelhas do gênero
              popularmente como palma-do-           Xylocopa (mamangavas-de-toco)
              campo, é uma espécie subarbustiva     e as abelhas do gênero Bombus
              que pode atingir até 1 m de altura.   (mamangavas-de-chão).
              Suas flores são de tamanho            Essa planta é muito importante
              médio, amarelas com manchas           para a manutenção e conservação
              avermelhadas e possuem anteras        das abelhas e pode ser utilizada em
              poricidas. O pólen é único recurso    jardins de flora melífera.
              disponível para os visitantes
              florais. Somente algumas
              espécies de abelhas adaptadas
              à realização de vibração coletam
              pólen de anteras poricidas. Seus
              principais visitantes florais são
              as abelhas sem ferrão do gênero




              Referênciasa bibliográficas: 7,14
ARBUSTOS 84                                                                       ARBUSTOS 85




              MATAPASTO-CABELUDO
              Fabaceae - Caesalpinioideae
              Senna uniflora (Mill.) H.S.Irwin & Barneby

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Senna uniflora é uma espécie          a abelha jandaíra (Melipona
              subarbustiva, anual e muito comum     subnitida).
              em áreas abertas. Essa espécie é      Muitas espécies consideradas
              conhecida popularmente como           plantas invasoras podem ser
              matapasto-cabeludo, pois suas         utilizadas em jardins com flora
              inflorescências são revestidas por    melífera, pois elas são fontes
              tricomas longos.                      alternativas de recursos alimentares
              Suas flores são pequenas, amarelas    para as abelhas e além disso, são
              e possuem anteras poricidas. Assim    adaptadas a ambientes abertos.
              como as demais espécies desse
              gênero, o pólen é o único recurso
              floral coletado apenas por espécies
              de abelhas adaptadas à realização
              de vibração, como por exemplo,




              Referências bibliográficas: 7,9,14
ARBUSTOS 86                                                                         ARBUSTOS 87




              MATAPASTO
              Fabaceae - Caesalpinioideae
              Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal,
              Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Senna obtusifolia é uma espécie         Bombus (mamangavas-de-chão)
              subarbustiva, anual e frequente         e as abelhas da família Halictidae.
              em áreas abertas. Essa espécie é        Essa planta é fonte de pólen para as
              conhecida popularmente como             abelhas nativas, principalmente no
              matapasto ou matapasto-liso. Suas       período das chuvas e na transição
              flores são amarelas, de tamanho         da estação chuvosa para a seca.
              médio e possuem anteras poricidas.      Para fortalecer a criação de abelhas
              O pólen é o único recurso floral,       nativas é importante manter esses
              porém, produzido em grande              arbustos em áreas de conservação
              quantidade. Algumas espécies de         e criação de abelhas.
              abelhas nativas coletam o pólen
              por meio de vibrações como,
              por exemplo, a abelha jandaíra
              (Melipona subnitida), as abelhas do
              gênero Xylocopa (mamangavas-
              de-toco) e as abelhas do gênero



              Referências bibliográficas: 7,9,14,16
ARBUSTOS 88                                                                         ARBUSTOS 89




              FEDEGOSO
              Fabaceae - Caesalpinioideae
              Senna occidentalis (L.) Link

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal,
              Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Senna occidentalis é um subarbusto        Devido à sua importância como
              ou pequeno arbusto, anual e muito         fonte de pólen para as abelhas
              comum em áreas abertas.                   nativas é recomendado manter essa
              O fedegoso também conhecido               planta em áreas de conservação e
              como manjerioba possui um odor            criação de abelhas.
              forte muito característico dessa
              espécie.
              Suas flores são amarelas, de
              tamanho médio e possuem anteras
              poricidas. O pólen é único recurso
              floral oferecido aos visitantes. Assim
              como as demais espécies desse
              gênero, suas flores são visitadas
              principalmente por abelhas que
              coletam o pólen por meio de
              vibrações.



              Referências bibliográficas: 6,7,9,14,16
ARBUSTOS 90                                                                   ARBUSTOS 91




              CANAFÍSTULA
              Fabaceae - Caesalpinioideae
              Senna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
              Período de floração: estação chuvosa




              Senna trachypus, conhecida          melífera, sendo o seu cultivo
              popularmente como canafístula,      fundamental para a manutenção e
              é um arbusto perene e de porte      conservação das abelhas nativas.
              médio.
              Suas inflorescências são formadas
              por flores amarelas, grandes e com
              anteras poricidas. Assim como as
              demais espécies desse gênero, suas
              flores são visitadas principalmente
              por abelhas que coletam o pólen
              por meio de vibrações.
              A beleza de suas inflorescências
              é uma característica importante
              dessa espécie, a qual pode ser
              utilizada em jardins de flora




              Referências bibliográficas: 7,14
ARBUSTOS 92                                             ARBUSTOS 93




              CALUMBI-MIÚDO
              Fabaceae - Mimosoideae
              Mimosa invisa Mart. ex Colla

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado
              Período de floração: estação chuvosa




              Mimosa invisa, conhecida
              popularmente como calumbi-
              miúdo, é uma espécie perene,
              arbustiva e possui caule revestido
              por muitos espinhos.
              Suas inflorescências são formadas
              por flores pequenas e de coloração
              rosa. Suas flores produzem néctar
              e pólen, os quais atraem muitas
              espécies de abelhas nativas.
              As flores de calumbi-miúdo
              aumentam a oferta de recursos
              para as abelhas e também para
              outros insetos e essa planta deve
              ser utilizada em jardins de flora
              melífera.



              Referências bibliográficas: 4,7,9,14
ARBUSTOS 94                                                                         ARBUSTOS 95




              JURUBEBA
              Solanaceae
              Solanum paniculatum L.

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
              Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Solanum paniculatum, conhecido          (mamangavas-de-chão) e do gênero
              popularmente como jurubeba, é           Melipona.
              um arbusto perene e comumente           Seus frutos são comercializados
              encontrado em solos arenosos da         em forma de conserva e também
              caatinga.                               são empregados na medicina
              Suas inflorescências são formadas       caseira. Para fortalecer a criação de
              por flores de cor roxa e com            abelhas nativas é importante utilizar
              anteras poricidas. Este tipo            esses arbustos em jardins de flora
              de antera necessita de abelhas          melífera.
              capazes de realizar vibrações,
              promovendo a liberação dos
              grãos de pólen contidos no seu
              interior. Os principais polinizadores
              são as abelhas da família Halictidae,
              do gênero Xylocopa (mamangavas-
              de-toco), do gênero Bombus



              Referências bibliográficas: 1,4,7,9
ARBUSTOS 96                                                              ARBUSTOS 97




              BAMBURRAL
              Lamiaceae
              Hyptis suaveolens Poit.

              Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
              Pantanal, Amazônia
              Período de floração: estação chuvosa




              Hyptis suaveolens, conhecida
              popularmente como bamburral,
              é uma espécie subarbustiva,
              anual e pode atingir até 1,3 m de
              altura. Ocorre principalmente em
              áreas abertas, formando grandes
              manchas uniformes.
              Suas flores são pequenas e com
              coloração lilás. Muitas espécies
              de insetos, e principalmente as
              abelhas, visitam suas flores para
              coletar néctar.
              O bamburral pode ser utilizado
              para aumentar a disponibilidade
              de recursos alimentares utilizados
              pelas abelhas.



              Referências bibliográficas: 4,5,7,8,9,13
Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga
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  • 1. Guia de Plantas VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca
  • 2. Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca Guia de Plantas VISITADAS POR ABELHAS NA CAATINGA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 1ª Edição Guia de plantas : visitadas por abelhas na Caatinga / Camila Maia-Silva...[et al.]. -- 1. ed. -- Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012. Outros autores: Cláudia Inês da Silva, Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca ISBN 978-85-98564-05-0 1. Abelhas 2. Biodiversidade - Brasil 3. Biomas 4. Caatinga - Brasil, Nordeste 5. Caatinga - Fortaleza - CE Plantas - Brasil, Nordeste 6. Ecossistemas - Brasil 7. Plantas com flores 8. Plantas - Guias I. Maia-Silva, Camila. II. Silva, Cláudia Inês da. III. Hrncir, Michael. IV. Queiroz, Rubens Teixeira 2012 de. V. Imperatriz-Fonseca, Vera Lucia. 12-03658 CDD-581.9813 Índices para catálogo sistemático: 1. Caatinga : Brasil, Região Nordeste : Bioma brasileiro : Plantas visitadas por abelhas : Guias 581.9813
  • 3. Copyright C 2012 Editora Fundação Brasil Cidadão Conteúdo Editor responsável Apresentação 7 Mimosa caesalpinifolia João Bosco Priamo Carbogim Sabiá 55 Coordenação Geral do Projeto De Olho na Água ÁRVORES 12 Mimosa paraibana Maria Leinad Vasconcelos Carbogim Cerrador 57 Anacardium occidentale Mimosa tenuiflora Autores Cajueiro 15 Jurema-preta 59 Camila Maia-Silva, Cláudia Inês da Silva, Myracrodruon urundeuva Senegalia polyphylla Michael Hrncir, Rubens Teixeira de Queiroz e Vera Lucia Imperatriz-Fonseca Aroeira 17 Espinheiro 61 Spondias tuberosa Amburana cearensis Projeto apoiado Umbuzeiro 19 Cumaru 63 CAPES Copernicia prunifera Luetzelburgia auriculata CNPq Carnaubeira 21 Pau-mocó 65 Conteúdo científico Handroanthus impetiginosus Ziziphus joazeiro UFERSA Pau-d’arco-roxo 23 Juazeiro 67 USP Cochlospermum vitifolium Referências 68 Pacoté 25 Colaboração CETAPIS Cordia oncocalyx ARBUSTOS E SUBARBUSTOS 70 Pau-branco 27 Projeto Gráfico e Direção de Arte Commiphora leptophloeos Allamanda blanchetii Mauri de Sousa Imburana 29 Sete-patacas-roxa 73 Apoio Institucional Cynophalla flexuosa Varronia globosa Petrobras Feijão-bravo 31 Moleque-duro 75 USP Crateva tapia Varronia leucocephala UFERSA Trapiá 33 Buquê-de-noiva 77 Combretum leprosum Tarenaya spinosa Apoio técnico Promosell Comunicação Mofumbo 35 Mussambê 79 Cnidoscolus quercifolius Cnidoscolus urens Michael Hrncir Fotos capa, Fotos plantas e Fotos de abelhas nas flores: Faveleira 37 Urtiga 81 Melipona subnitida e Tarenaya spinosa; Exomalopsis sp. e Senna Jatropha mollissima Chamaecrista duckeana obtusifolia; Macho de abelha solitária dormindo na flor Turnera subulata; Trigona spinipes e Waltheria rotundifolia; Xylocopa Pinhão-bravo 39 Palma-do-campo 83 sp. e Libidibia ferrea; Plebeia sp. e Cereus jamacaru; Plebeia Croton sonderianus Senna uniflora sp. e Croton sonderianus; Xylocopa grisensis e Libidibia ferrea; Marmeleiro 41 Matapasto-cabeludo 85 Melipona subnitida e Senna obtusifolia; Ceratina sp. e Turnera subulata; Abelha (família Halictidae), Jacquemontia multiflora, Libidibia ferrea Senna obtusifolia Apis mellifera e Senegalia polyphylla. Jucazeiro 43 Matapasto 87 Dirk Koedam Fotos de abelhas nas flores: Frieseomelitta sp. e Libidibia ferrea. Poincianella bracteosa Senna occidentalis Catingueira 45 Fedegoso 89 Camila Maia-Silva Fotos de abelhas nas flores: Ceblurgus longipalpis e Varronia Senna macranthera Senna trachypus leucocephala. São-joão 47 Canafístula 91 Agradecimentos Anadenanthera colubrina Mimosa invisa Os autores agradecem ao CNPq pelo apoio financeiro Angico 49 Calumbi-miúdo 93 (Processos: 304722/2010-3 e 482218/2010-0); Pityrocarpa moniliformis Solanum paniculatum ao Prof. Dr. Fernando C. V. Zanella pela identificação das abelhas, Catanduva 51 Jurubeba 95 e ao Reitor da UFERSA, Dr. Josivan Barbosa Menezes Feitoza, Mimosa arenosa Hyptis suaveolens pelo apoio incondicional ao projeto; à Universidade de São Paulo pelo apoio científico, e à Petrobras que patrocinou a publicação desse Guia. Calumbi 53 Bamburral 97
  • 4. ÁRVORES 07 Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga Sida cordifolia Boerhavia diffusa Malva-branca 101 Pega-pinto 147 Apresentação Sida galheirensis Oxalis divaricata O “Guia de plantas da caatinga visitadas por abelhas” insere-se nos Ervaço 103 Trevo 149 objetivos do Projeto “De Olho na Água” como parte das ações integradas e Triumfetta rhomboidea Oxalis glaucescens participativas, fundamentadas em pesquisas científicas e na aplicação de Carrapicho-de-bode 105 Trevo 151 técnicas ecossustentáveis. Waltheria americana Scoparia dulcis A longo prazo, o manejo de abelhas nativas tem um propósito maior Malva-branca 107 Vassourinha-de-botão 153 além da geração de renda suplementar que a produção de mel pode Waltheria bracteosa Polygala violacea 155 proporcionar. O ganho maior é a conservação da flora nativa, que tem Malva 109 Portulaca oleracea nesses polinizadores um dos vetores mais importantes para a manutenção Lantana camara Beldroega 157 da qualidade dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida Cambará 111 Talinum triangulare de todas as espécies. Referências 112 Beldroega-graúda 159 Patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, Borreria verticillata o Projeto “De Olho na Água” apresenta esse Guia como o resultado da HERBÁCEAS 114 Cabeça-de-velho 161 articulação entre o saber científico e a prática sustentável dos recursos Diodella teres naturais. Daí sua importância num momento crucial em que a humanidade Alternanthera tenella Mata-pasto 163 discute em fóruns internacionals a necessidade de um novo paradigma na Quebra-panela 117 Richardia grandiflora relação do homem com a natureza. Froelichia humboldtiana Asa-de-pato 165 A escolha de implementar este trabalho de plantas visitadas pelas abelhas Ervaço 119 Turnera subulata no Projeto “De Olho na Água” , com a Fundação Brasil Cidadão, foi pelo Stilpnopappus pratensis 121 Chanana 167 excelente trabalho de conservação da natureza, em especial do manguezal, Euploca polyphyllum Referências 168 desenvolvido em Icapuí, a valorização local do capital natural e a formação Sete-sangrias 123 de uma nova geração que vai fazer a diferença na gestão dos recursos Commelina erecta TREPADEIRAS 170 naturais. Santa-Luzia 125 Este Guia é útil para o reconhecimento destas plantas essenciais para as Ipomoea asarifolia Ipomoea bahiensis abelhas que estão na caatinga. Foi construído baseado em trabalhos de Salsa 127 Jetirana 173 campo de teses de doutoramento e projetos de pesquisa desenvolvidos Jacquemontia gracillima Ipomoea nil por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal Jetirana 129 Corda-de-viola 175 Rural do Semi-Árido, com apoio das agências financiadoras de pesquisa Chamaecrista calycioides Jacquemontia montana 177 CAPES e CNPq. O estudo identificou as plantas com flores da caatinga e a Palma-do-campo 131 Jacquemontia multiflora utilização destes recursos florais pelas abelhas. Temos árvores, arbustos, Chamaecrista pilosa Jetirana-branca 179 herbáceas e trepadeiras importantes para as abelhas da caatinga. Os ramos Palma-do-campo 133 Merremia aegyptia floridos foram coletados para identificação por especialistas e depositados Chamaecrista supplex Jetirana-de-mocó 181 no Herbário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Palma-do-campo 135 Canavalia brasiliensis Desta forma, temos à disposição informações úteis para a população em Mimosa modesta Feijão-de-porco 183 geral, assim como para aqueles que se dedicam à jardinagem e paisagismo Malícia 137 Centrosema brasilianum com plantas nativas da caatinga, pois falamos sobre as flores observadas, Mimosa quadrivalvis Jequitirana 185 suas formas, tamanhos, cores e época de florescimento. As fotografias Malícia 139 Chaetocalyx scandens foram feitas especialmente para este guia. Stylosanthes viscosa Rama-amarela 187 Uma aplicação importante deste conhecimento é o incentivo à construção Melosa 141 Cardiospermum corindum de jardins para polinizadores, uma ação que já é implementada em várias Marsypianthes chamaedrys Chocalho-de-vaqueiro 189 partes do mundo, para conservar as abelhas. Esses jardins podem ter Amargosa 143 Referências 190 tamanhos variados e são utilizados em residências, escolas, ruas, praças e Pavonia cancellata parques. Corda-de-viola 145
  • 5. ÁRVORES 08 ÁRVORES 09 Biodiversidade de flores e abelhas Melipona subnitida e Tarenaya spinosa Apis mellifera e Senegalia polyphylla Trigona spinipes e Waltheria rotundifolia Frieseomelitta sp. e Libidibia ferrea Plebeia sp. e Croton sonderianus Exomalopsis sp. e Senna obtusifolia Plebeia sp. e Cereus jamacaru Xylocopa sp. e Libidibia ferrea Macho de abelha solitária dormindo na flor Turnera subulata Ceblurgus longipalpis e Varronia leucocephala
  • 6. ÁRVORES 10 ÁRVORES 11 As flores e as abelhas vivos, os locais onde moram, as interações entre eles (o que comem, como obtêm este alimento, como se reproduzem). Estas interações são As plantas com flores são muito antigas, surgiram na Terra há mais de 120 muito importantes para a manutenção da vida. milhões de anos. Desde o início ofereceram recursos alimentares abundantes, Biodiversidade de flores e abelhas, aparentemente um assunto tão utilizados por visitantes florais (insetos, geralmente), os quais, por sua vez, simples e fácil de observar, formam a base da vida na Terra. As flores buscando este alimento de flor em flor, as polinizavam. O nectar da flor é produzem frutos que são utilizados por toda a cadeia alimentar. Preservar uma fonte açucarada de alimento, e os grãos de pólen, fonte de proteínas . estes recursos, e restaurá-los onde desapareceram, faz parte das Uma revisão recente1 sobre a importância da polinização por animais, responsabilidades sociais da atualidade. mostrou que este processo é utilizado por 87,5% de todas as espécies de A jandaíra é uma das abelhas nativas do semi-árido mais utilizadas pelo plantas com flores conhecidas até o momento. Insetos e flores coevoluíram, homem da caatinga. O Padre Bruening, que escreveu sobre ela3, dizia com benefícios para os dois lados. No caso das abelhas, visitantes florais que Sempre houve mais jandaíras que nordestinos, mais casas de abelhas especializados, essa troca é obrigatória, pois as abelhas obtêm todo o seu indígenas que casas de aborígenes na caatinga. O corte indiscriminado alimento nas flores, as quais se beneficiam desta interação produzindo frutos de árvores, por exemplo, a imburana, a catingueira, o angico, a baraúna, com maior diversidade genética. Este fenômeno, esquematizado na figura que servem como local de nidificação para estas abelhas, ameaça a abaixo, é conhecido como polinização. sobrevivência da jandaíra, adaptada às condições climáticas locais. Assim, também, interfere nesse processo a ausência das árvores cujas florações no período da seca alimentam as abelhas, dentre elas, 
o angico, a aroeira, o cajueiro, o umbuzeiro, a carnaubeira, o juazeiro. Para produzir o mel, o meliponicultor precisa cuidar das plantas que servem de alimento para as abelhas, e das que são usadas como moradia. Com o trabalho das comunidades no plantio de árvores para as abelhas, estaremos formando cidadania e redesenhando o caminho da sustentabilidade local, com foco em um futuro melhor. Cada vez mais é necessária uma ação combinada de boa governança, bom manejo e participação popular, com o vigor das interações entre os vários segmentos da sociedade, para a valorização do conhecimento. Um novo modelo de desenvolvimento vai estimular o ciclo da vida, em vez de impedi-lo. Afinal, a biodiversidade está no coração do desenvolvimento econômico e social. Esquema da polinização: os grãos de pólen (contêm os gametas masculinos) de uma flor são transportados para o estigma (parte feminina) de outra flor. Esquema de Bruno Nunes Silva. Vera Lucia Imperatriz Fonseca é bióloga, Professora Titular de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) e Professora Visitante Sênior da Na caatinga brasileira são conhecidas 187 espécies de abelhas, a maioria CAPES na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), no Rio delas considerada como espécies raras2. Entretanto, as mais abundantes Grande do Norte (RN). são as abelhas sociais nativas sem ferrão, como a jandaíra, a jati, a amarela, a moça-branca, a irapuá, a cupira, a mandaçaia, a remela, a canudo, a limão, a munduri e a introduzida Apis mellifera, também conhecida como abelha de mel, abelha europa, abelha africanizada. Outras espécies de abelhas de hábitos solitários também são abundantes e de grande importância ecológica. 1Ollerton, J., Winfree, R. & Tarrant, S. 2011 . How many flowering plants are pollinated by animals? Oikos, 120: 321-326. 2Zanella, F.C.V. & Martins, C.F. 2003. Abelhas da caatinga: biogeografia, ecologia e conservação. Biodiversidade de flores e abelhas In: Leal, I.R., Tabarelli, M. & Silva, J.M.C. eds. Ecologia e Conservação da caatinga, p. 75-134. Editora Universitária da UFPE, Recife, Brasil. 3Bruening, H. 1990. A abelha Jandaíra. Coleção Mossoroense. Serie C. Vol 557, 181p. Biodiversidade é a palavra que usamos para descrever a variedade de seres
  • 7. ÁRVORES 12 ÁRVORES 13 ÁRVORES Luetzelburgia auriculata Forma de crescimento comum em plantas terrestres lenhosas, onde o vegetal cresce de forma monopodial (com um ápice principal sobrepondo os demais, com poucas ramificações) até atingir cerca de dois metros de altura e depois ramifica-se. Planta com um tronco não Xylocopa grisensis (mamangava-de-toco) visitando flor de Libidibia ferrea (jucazeiro) ramificado na base.
  • 8. ÁRVORES 14 ÁRVORES 15 CAJUEIRO Anacardiaceae Anacardium occidentale L. Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação seca Anacardium occidentale O cajueiro é uma árvore comum em gênero Centris, também conhecidas pequenos pomares, nas cidades e como abelhas coletoras de óleos, também muito cultivada em quase são os principais polinizadores todo o país. O seu fruto verdadeiro do caju. Espécies de abelhas sem é a castanha, um fruto seco muito ferrão como a abelha jandaíra apreciado no Brasil e no exterior. (Melipona subnitida) também O “caju” é um pseudofruto, coletam néctar nas flores do carnoso, suculento e muito rico cajueiro. em fonte de vitamina C, utilizado As abelhas do gênero Centris principalmente na produção de necessitam de óleo para sucos e doces. construírem seus ninhos e Suas inflorescências são formadas alimentarem suas crias. Portanto, por flores vermelhas, pequenas e para garantir a presença dessas perfumadas. O néctar é o recurso abelhas em grandes áreas de mais atrativo para os polinizadores, cultivo de caju, recomenda-se o embora o pólen também seja plantio de espécies fontes de óleos coletado por algumas espécies florais como a acerola (Malpighia de abelhas. Abelhas solitárias do emarginata). Referências bibliográficas: 8,9,13,15
  • 9. ÁRVORES 16 ÁRVORES 17 AROEIRA Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação seca No nordeste do Brasil, a aroeira todos. Além do néctar, as flores é uma árvore muito conhecida masculinas possuem anteras devido às suas propriedades vistosas que disponibilizam farmacológicas, sendo considerada pólen para as abelhas. A resina, uma das principais plantas proveniente das lesões das cascas, medicinais da região. também é coletada pelas abelhas. Durante o período de floração sua Na estação seca, período copa encontra-se completamente com poucos recursos florais sem folhas, coberta apenas por na caatinga, plantas como a flores. Suas inflorescências formam aroeira são fundamentais para a cachos com flores amarelas, alimentação das abelhas. Devido pequenas e perfumadas. Suas flores às suas características melíferas é produzem néctar em abundância indicado o plantio de mudas em que atraem muitas espécies de áreas de conservação e criação de abelhas nativas. O mel produzido abelhas. Além disso, essa espécie através do néctar de aroeira é pode ser utilizada em projetos de saboroso e muito apreciado por arborização e paisagismo. Referências bibliográficas: 5,9,1315,16,17
  • 10. ÁRVORES 18 ÁRVORES 19 UMBUZEIRO Anacardiaceae Spondias tuberosa Arruda Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação seca O umbuzeiro produz frutos polinizadores do umbuzeiro são comestíveis muito apreciados espécies de abelhas sem ferrão dos na região nordeste do Brasil. Em gêneros Scaptotrigona, Trigona geral, seus frutos são consumidos e Frieseomelitta. Por fornecer ao natural, misturados ao leite néctar durante a estação seca, o e principalmente utilizados na umbuzeiro é um recurso muito produção de doces. importante para a manutenção das As suas raízes tuberosas, capazes espécies de abelhas sem ferrão na de armazenar água, permitem caatinga que o umbuzeiro resista a longos As flores do umbuzeiro são períodos de seca. Durante a importantes para fortalecer a estação seca, suas flores surgem conservação e a criação de abelhas quando a copa ainda está sem ferrão. Além disso, sua copa completamente sem folhas. Suas ampla fornece sombra agradável flores são pequenas, brancas, favorecendo a utilização dessa cheirosas e muito atrativas para espécie no paisagismo urbano. as abelhas nativas. Os principais Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,20
  • 11. ÁRVORES 20 ÁRVORES 21 CARNAUBEIRA Arecaceae (Palmae) Copernicia prunifera (Mill.) H.E. Moore Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação seca A carnaubeira é uma palmeira Suas inflorescências formam muito comum no nordeste do Brasil cachos pendentes compostos e ocorre principalmente nos por flores amarelas e pequenas. vales inundáveis dos estados Estas disponibilizam néctar e do Ceará, Piauí e Rio Grande do pólen, recursos que atraem Norte. Essa espécie possui folhas muitas espécies de insetos e grandes das quais é extraída a principalmente as abelhas cera de carnaubeira, um produto nativas. A beleza exuberante de grande importância industrial dessa palmeira também favorece para a produção de acessórios de sua utilização em projetos informática, tintas, cosméticos, de paisagismo. O plantio de entre outros. Além disso, a madeira carnaubeira fortalece a criação de da carnaubeira pode ser utilizada abelhas nativas, pois essa espécie para construção de casas e móveis é uma excelente fonte de recursos rústicos. florais. Referências bibliográficas: 5,9,13
  • 12. ÁRVORES 22 ÁRVORES 23 PAU-D’ARCO-ROXO Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus Mattos Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação seca O pau-d’arco-roxo ou ipê-roxo é porte, as quais são os principais muito conhecido por apresentar polinizadores dessa espécie. uma copa exuberante durante o O pau-d’arco-roxo também é fonte seu período de floração. Sua copa de resina para as abelhas. desprovida de folhas e coberta por Na estação seca suas flores muitas flores chama a atenção a fornecem néctar para muitas longas distâncias. espécies de abelhas. Recomenda- Suas inflorescências são compostas se o plantio dessa espécie para por flores grandes, de cor roxa fortalecer a conservação de abelhas e com odor suave. Suas flores nativas. Além disso, devido à produzem grande quantidade de beleza de suas inflorescências o néctar atraindo muitos visitantes pau-d’arco-roxo pode ser utilizado florais como mariposas, morcegos, no paisagismo urbano e também beija-flores e principalmente em reflorestamentos. abelhas de médio e grande Referências bibliográficas: 5,7,9,13,15,17
  • 13. ÁRVORES 24 ÁRVORES 25 PACOTÉ Bixaceae Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia Período de floração: estação seca O pacoté ou algodão-do-mato é nativas. Os principais polinizadores uma árvore de pequeno porte que dessa planta são abelhas de médio perde todas as folhas na estação ou grande porte, as quais vibram seca. No entanto, durante a floração nas anteras para retirar o pólen sua copa é formada apenas por como, por exemplo, as abelhas flores amarelas e grandes que mamangavas-de-toco (gênero enfeitam a paisagem da caatinga. Xylocopa) e as abelhas do gênero Suas flores não produzem néctar, Centris. mas suas anteras poricidas, cujos Essa espécie é ornamental, possui grãos de pólen são liberados por crescimento rápido, é indicada vibração, disponibilizam grandes para a construção de jardins quantidades de pólen aos visitantes com flora melífera e também florais. Durante a estação seca suas pode ser utilizada em áreas de flores constituem uma importante reflorestamentos. fonte de pólen para as abelhas Referências bibliográficas: 7, 9, 13, 17, 23
  • 14. ÁRVORES 26 ÁRVORES 27 PAU-BRANCO Boraginaceae Cordia oncocalyx Allemão Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa O pau-branco é uma espécie A madeira do pau-branco é muito arbórea de médio porte que explorada para construção civil. possui tronco de cor clara e ocorre Devido ao corte indiscriminado, principalmente no Ceará e no essa espécie necessita Rio Grande do Norte. urgentemente de planos de manejo Suas inflorescências são grandes, e conservação para a recomposição compostas por flores brancas, de áreas exploradas. pequenas e suavemente O pau-branco pode ser utilizado perfumadas. Suas flores são em áreas de criação e conservação frequentemente visitadas e de abelhas e também devido ao polinizadas por espécies de moscas seu belo aspecto paisagístico e da família Syrphidae. Outros insetos ornamental pode ser utilizado em como mariposas, vespas e algumas projetos de arborização urbana. espécies de abelhas nativas também visitam suas flores para coletar principalmente néctar. Referências bibliográficas: 2,3,9,13,15,17
  • 15. ÁRVORES 28 ÁRVORES 29 IMBURANA Burseraceae Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação chuvosa A imburana possui uma copa pólen e néctar para as abelhas. exuberante e um tronco que é Suas flores são amarelas, pequenas, facilmente reconhecido devido à isoladas ou formam pequenos sua cor avermelhada e suas cascas grupos. Os frutos comestíveis esfoliantes que se desprendem em servem de alimento para muitas lâminas. espécies de animais silvestres. Essa árvore é considerada uma O uso da imburana para a espécie chave para a manutenção recomposição de áreas degradadas das abelhas nativas. Várias espécies favorece a meliponicultura de abelhas sociais e também do nordeste, aumentando a solitárias constroem seus ninhos disponibilidade de fontes de em ocos dos seus troncos. Ninhos alimento e de locais de nidificação de abelhas sem ferrão, como para as abelhas nativas. Antes da espécie Melipona subnitida do início das chuvas, estacas de (jandaíra), são frequentemente imburana podem ser facilmente encontrados nessas árvores. plantadas e o seu brotamento é As flores de imburana fornecem rápido. Referências bibliográficas: 9, 13, 14, 17, 19
  • 16. ÁRVORES 30 ÁRVORES 31 FEIJÃO-BRAVO Capparaceae Cynophalla flexuosa (L.) J.Presl Biomas de ocorrência: Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica Período de floração: estação seca Cynophalla flexuosa, conhecida Durante a estação seca, período com popularmente como feijão-bravo, poucos recursos florais na caatinga, é uma espécie de porte pequeno suas flores fornecem néctar para que possui folhas perenes e ocorre muitas espécies de abelhas nativas. em muitas áreas da região semi- Devido à sua importância melífera árida brasileira. recomenda-se o plantio de feijão- Suas flores são grandes, de bravo em áreas de conservação e coloração branca e tons criação de abelhas. avermelhados, com estames longos e anteras amarelas. O néctar é principal recurso floral, produzido em grandes quantidades e responsável por atrair muitas espécies de abelhas nativas. Além das abelhas, outros insetos e também morcegos visitam suas flores. Referências bibliográficas: 5, 6, 9, 13, 17
  • 17. ÁRVORES 32 ÁRVORES 33 TRAPIÁ Capparaceae Crateva tapia L Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia Período de floração: estação seca O trapiá ocorre principalmente Os frutos de trapiá são carnosos, próximo a locais úmidos e em adocicados e servem como fonte beira de rios. Essa planta é de alimento para muitos animais muito conhecida pelo seu odor silvestres como macacos, aves e característico de alho. peixes. As inflorescências do trapiá são Essa espécie é muito importante compostas por muitas flores de para aumentar a disponibilidade pétalas brancas e estames longos de recursos alimentares utilizados com tons avermelhados. Suas pelas abelhas. Além disso, o trapiá é flores produzem néctar em grande ideal para o paisagismo urbano, pois quantidade atraindo muitos sua copa mantém as folhas durante animais como morcegos, mariposas a maior parte do ano fornecendo e abelhas nativas. As abelhas sem sombra agradável. ferrão do gênero Plebeia (jati ou mosquito) e do gênero Trigona (arapuá) visitam suas flores para coletar néctar e pólen. Referências bibliográficas: 6,7,9,13,14,17
  • 18. ÁRVORES 34 ÁRVORES 35 MOFUMBO Combretaceae Combretum leprosum Mart Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Combretum leprosum, conhecido O mofumbo é uma espécie pioneira, popularmente como mofumbo, é muito resistente e de crescimento uma espécie arbustiva ou arvoreta, rápido. Recomenda-se o seu uso com 2 - 3 m de altura. em programas de recomposição Suas inflorescências são grandes, de áreas degradadas e também em compostas por muitas flores arborização paisagística. O plantio amareladas, pequenas e muito de mudas dessa espécie é muito perfumadas. Na base da flor importante para fortalecer a criação forma um pequeno tubo onde é e a conservação de abelhas. produzido e armazenado o néctar, é o principal recurso coletado pelas abelhas nativas. Além disso, suas flores são muito atrativas para outros insetos como borboletas, mariposas e vespas. Referências bibliográficas: 2,9,13,14,17,21
  • 19. ÁRVORES 36 ÁRVORES 37 FAVELEIRA Euphorbiaceae Cnidoscolus quercifolius Pohl Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação seca A faveleira é uma árvore de O pólen e principalmente o néctar porte pequeno, muito conhecida atraem muitos insetos, entre eles por possuir tricomas urticantes algumas espécies de abelhas distribuídos por toda a planta. nativas. A resina produzida pela Essa espécie produz látex o faveleira, presente em toda a planta, qual é muito utilizado para fins também é um recurso coletado medicinais. A faveleira destaca-se pelas abelhas. por sua grande capacidade de Essa espécie possui tolerância à seca. Suas raízes são desenvolvimento e crescimento tuberosas e armazenam nutrientes, rápidos, tais características utilizados durante a estação seca, favorecem o uso de faveleira em período em que ocorre a floração e áreas de criação e conservação de a frutificação dessa espécie. abelhas nativas, em programas de Suas inflorescências são compostas reflorestamentos e também em por flores pequenas e brancas. projetos de paisagismo urbano. Referências bibliográficas: 2,5,9,13,14,17,25
  • 20. ÁRVORES 38 ÁRVORES 39 PINHÃO-BRAVO Euphorbiaceae Jatropha mollissima (Pohl) Baill Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação seca e chuvosa O pinhão-bravo é uma pequena Os principais polinizadores do árvore ou arbusto que pode atingir pinhão-bravo são as abelhas sem até 3,0 m de altura. Essa planta ferrão Trigona spinipes (arapuá) e as possui folhas grandes e caule de cor abelhas da tribo Euglossini (Eulaema clara com cascas finas e esfoliantes. nigrita). O látex dessa planta é Suas inflorescências são compostas utilizado como fonte de resina pelas por flores amarelas com manchas abelhas. avermelhadas. Essa espécie Recomenda-se o plantio dessa possui flores masculinas que espécie para complementar a disponibilizam pólen e néctar quantidade de recursos florais para os visitantes florais e flores disponíveis às abelhas. Além disso, femininas que disponibilizam o pinhão-bravo é ornamental e apenas néctar. Os nectários pode ser utilizado no paisagismo presentes nas flores femininas urbano. formam um disco que é facilmente acessado por muitos insetos como abelhas, vespas e borboletas. Referências bibliográficas: 5,9,13,17,24,25
  • 21. ÁRVORES 40 ÁRVORES 41 MARMELEIRO Euphorbiaceae Croton sonderianus Müll. Arg Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa O marmeleiro é uma árvore de mel com sabor muito apreciado e porte pequeno ou arbusto que com alto valor comercial para os pode atingir até 4,0 m de altura. criadores de abelhas do nordeste, Essa planta chama muita atenção sendo considerada uma das durante o seu período de floração. principais fontes de néctar da Após as primeiras chuvas na caatinga. caatinga o marmeleiro fica repleto Essas características favorecem a de flores pequenas, com coloração utilização dessa espécie em locais branca e muito perfumadas. Muitos de criação e conservação de abelhas insetos como vespas, mariposas, sem ferrão. Devido à sua grande moscas e principalmente as abelhas capacidade de rebrota e o seu nativas visitam suas flores para rápido crescimento, o marmeleiro coletar pólen e néctar. é uma espécie potencial para O néctar das flores do marmeleiro restauração de áreas degradadas. é responsável pela produção de Referências bibliográficas: 2,3,13,17,21,25
  • 22. ÁRVORES 42 ÁRVORES 43 JUCAZEIRO Fabaceae - Caesalpinioideae Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação chuvosa O jucazeiro, conhecido também (gênero Xylocopa) são os principais como pau-ferro, é uma árvore polinizadores do jucazeiro. Outras de porte pequeno a médio, com espécies como a abelha jandaíra tronco claro, liso e descamante. (Melipona subnitida) e as abelhas do Essa espécie possui copa ampla gênero Plebeia (jati ou mosquito) e floração exuberante, sendo também visitam suas flores. muito utilizado em arborização Para complementar a quantidade ornamental de ruas e avenidas. de fontes de néctar disponíveis Suas inflorescências são compostas às abelhas nativas, recomenda- por flores vistosas, com pétalas se o plantio de jucazeiros em amarelas e uma pétala central com áreas de criação e conservação pontuações avermelhadas que de abelhas nativas. Além disso, representam guias de néctar. essa planta pode ser utilizada em O néctar é o principal recurso floral reflorestamentos e em projetos de coletado por vespas, borboletas paisagismo urbano. e abelhas nativas. Abelhas de médio e grande porte como as abelhas mamangavas-de-toco Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,22
  • 23. ÁRVORES 44 ÁRVORES 45 CATINGUEIRA Fabaceae - Caesalpinioideae Poincianella bracteosa (Tul.) L.P.Queiroz Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação chuvosa A catingueira é uma árvore Trigona, Frieseomelitta e Melipona. de pequeno porte que ocorre Muitas espécies de abelhas sociais principalmente em solos arenosos. e de abelhas solitárias utilizam Essa espécie possui tronco de os troncos de catingueira para coloração acinzentado. construírem seus ninhos. Suas flores emitem leve odor Recomenda-se o plantio de adocicado, possuem pétalas mudas de catingueira em áreas amarelas e uma pétala central de criação e conservação de com pontuações avermelhadas abelhas nativas. Além disso, que representam guias de devido ao seu crescimento rápido, néctar. As abelhas dos gêneros essa espécie pode ser utilizada Xylocopa e Centris são os principais em reflorestamentos de áreas polinizadores de plantas do gênero degradadas e também em projetos Poincianella. Outros visitantes de paisagismo urbano. florais também coletam néctar das flores de catingueira como, por exemplo, borboletas, beija-flores e abelhas sem ferrão dos gêneros Referências bibliográficas: 9,10,11,13,19,22
  • 24. ÁRVORES 46 ÁRVORES 47 SÃO-JOÃO Fabaceae - Caesalpinioideae Senna macranthera (DC. ex Collad.) Irwin & Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação chuvosa A espécie Senna macranthera é vibrar nas anteras e retirar os uma árvore de porte pequeno, grãos de pólen. Os principais conhecida em algumas regiões do polinizadores dessa planta Brasil como são-joão ou pau-de- são espécies de abelhas com besouro. médio e grande porte como as A floração dessa espécie tem mamangavas-de-toco (gênero uma beleza exuberante, pois Xylocopa) e as mamangavas-de- suas flores amarelas e grandes chão (gênero Bombus). destacam-se entre as folhas. Suas Essa espécie possui crescimento flores não produzem néctar, mas rápido, pode ser utilizada em suas anteras poricidas, cujos áreas próximas aos locais de grãos de pólen são liberados por criação de abelhas nativas vibração, disponibilizam grandes e também em projetos de quantidades de pólen para as restauração de áreas degradadas. abelhas nativas. Apenas algumas espécies de abelhas conseguem Referências bibliográficas: 9,13,15,22
  • 25. ÁRVORES 48 ÁRVORES 49 ANGICO Fabaceae - Mimosoideae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenam Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação seca O angico possui muitas angico libera uma resina amarelada características que facilitam muito utilizada para fins medicinais, localizá-lo entre outras árvores na culinária e também coletada como, por exemplo, tronco pelas abelhas nativas. acinzentado, rugoso e com Durante a estação seca, período projeções cônicas. A floração dessa com poucos recursos florais na espécie ocorre em massa e sua caatinga, as flores do angico copa tem uma beleza exuberante fornecem pólen e néctar para durante a estação seca. muitas espécies de abelhas sem Suas inflorescências são formadas ferrão, como por exemplo, a abelha por flores pequenas, brancas e jandaíra (Melipona subnitida). com odor agradável. Os recursos O angico possui crescimento rápido, florais, pólen e néctar, atraem pode ser utilizado para fortalecer muitas espécies de insetos e a criação de abelhas, em áreas de principalmente as abelhas nativas, reflorestamento e também em áreas as quais são responsáveis por urbanas. polinizar suas flores. O tronco do Referências bibliográficas: 2,5,9, 12,13,15,16,17,22
  • 26. ÁRVORES 50 ÁRVORES 51 CATANDUVA Fabaceae - Mimosoideae Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Luckow & R.W.Jobson Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica Período de floração: transição entre a estação seca e a chuvosa A catanduva é uma espécie quais são responsáveis por atrair pioneira, de porte médio e vespas, moscas e principalmente no nordeste do Brasil ocorre abelhas. Durante o período de principalmente em solos arenosos. transição entre a estação seca e a Suas inflorescências são reunidas estação chuvosa, a catanduva é a em espigas, formadas por principal fonte de pólen utilizada flores pequenas, perfumadas e pela abelha jandaíra (Melipona com coloração amarelo claro. subnitida). Sua floração em massa ocorre Devido às suas características principalmente entre os meses melíferas, recomenda-se o de dezembro e abril, esse período plantio de catanduva em áreas de é caracterizado pela transição criação e conservação de abelhas da estação seca para a chuvosa. nativas. Além disso, essa espécie Durante esse período ainda ocorre possui crescimento rápido e muita carência de recursos florais pode ser utilizada em projetos de na caatinga. Suas flores produzem recuperação de áreas degradadas. néctar e pólen em abundância, os Referências bibliográficas: 12,13,14,17,18,21
  • 27. ÁRVORES 52 ÁRVORES 53 CALUMBI Fabaceae - Mimosoideae Mimosa arenosa (Willd.) Poir Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação chuvosa O calumbi ou jurema-branca é uma Segundo alguns meliponicultores, árvore de porte médio que ocorre o calumbi é uma espécie de em solos arenosos e em locais grande importância para a criação abertos. Seu tronco é acinzentado, de abelhas sem ferrão, sendo possui ramos com espinhos fundamental para a produção de esparsos e copa bem aberta que mel. durante a estação seca encontra-se Pela notável oferta de recursos às completamente sem folhas. abelhas, recomenda-se o plantio Suas inflorescências são reunidas de calumbi em áreas de criação em espigas, compostas por de abelhas nativas. Por ser uma flores muito pequenas, brancas espécie adaptada a locais abertos e e suavemente perfumadas. Suas de crescimento rápido, o calumbi é flores fornecem néctar e pólen ideal para reflorestamentos de áreas para muitos insetos como moscas, degradadas. besouros e principalmente abelhas nativas. Referências bibliográficas: 1,9,13,22
  • 28. ÁRVORES 54 ÁRVORES 55 SABIÁ Fabaceae - Mimosoideae Mimosa caesalpinifolia Benth Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa Mimosa caesalpinifolia, conhecida O mel de sabiá é muito saboroso e popularmente como sabiá, é uma em algumas regiões do nordeste árvore de porte médio que possui essa planta é responsável por tronco escamoso, ramos com aumentar consideravelmente a espinhos e perda de folhagem produção anual de mel. durante a estação seca. Em toda a região nordeste a Sua floração ocorre em massa madeira do sábia é muito explorada durante a maior parte da estação principalmente para a construção de chuvosa disponibilizando recursos cercas. Programas de preservação florais fundamentais para a e manejo dessa espécie são manutenção de muitos insetos, extremamente necessários, pois sua entre eles as abelhas nativas. intensa utilização ameaça a flora e Suas inflorescências são reunidas a fauna da caatinga. O sabiá é uma em espigas, formadas por flores espécie de crescimento rápido e pequenas, brancas e suavemente com alta capacidade de rebrota perfumadas. A abelha jandaíra podendo ser facilmente plantado (Melipona subnitida) coleta pólen e em áreas de criação e conservação néctar das suas flores. de abelhas nativas. Referências bibliográficas: 2,9,13,15,17,21,22
  • 29. ÁRVORES 56 ÁRVORES 57 CERRADOR Fabaceae - Mimosoideae Mimosa paraibana Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica (nordeste) Período de floração: estação chuvosa O cerrador é uma árvore de porte Recomenda-se o plantio de mudas médio, possui ramos cobertos por de cerrador em áreas de criação e espinhos e ocorre principalmente conservação de abelhas nativas. em solos arenosos e pedregosos. A floração dessa espécie ocorre em massa e suas inflorescências são compostas por flores com coloração rosa que se destacam entre a folhagem. Suas flores fornecem pólen e néctar para as muitas espécies de abelhas da caatinga. As flores dessa espécie aumentam a oferta de recursos para as abelhas e também para outros insetos. Referências bibliográficas: 5,13,22
  • 30. ÁRVORES 58 ÁRVORES 59 JUREMA-PRETA Fabaceae - Mimosoideae Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação seca e chuvosa Mimosa tenuiflora, conhecida abelhas, vespas, moscas e outros popularmente por jurema-preta, insetos. é uma árvore de porte pequeno A jurema-preta é uma espécie muito muito conhecida pelos espinhos importante para a manutenção da que cobrem os seus ramos. Possui biodiversidade e funcionamento tronco com casca de cor castanho do ecossistema. Além disso, devido escuro e ramos de cor castanho ao seu crescimento rápido e a avermelhada. sua capacidade de rebrota essa Essa espécie floresce durante um espécie é muito importante para a longo período do ano, porém restauração de áreas degradadas. predominantemente durante a estação seca. Suas inflorescências são reunidas em espigas, formadas por flores brancas, pequenas, e suavemente perfumadas, que fornecem recursos florais, pólen e néctar, para muitas espécies de Referências bibliográficas: 9,13,14,17,21,22
  • 31. ÁRVORES 60 ÁRVORES 61 ESPINHEIRO Fabaceae - Mimosoideae Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Em algumas regiões do Brasil a O espinheiro é uma espécie pioneira espécie Senegalia polyphylla é muito indicada para projetos de conhecida popularmente como recuperação de áreas degradadas e espinheiro ou unha-de-gato principalmente para a manutenção devido à presença de espinhos e criação de abelhas nativas. que revestem o seu caule, principalmente nos indivíduos jovens. Essa espécie é uma árvore de porte médio e copa ampla. Suas inflorescências são formadas por flores brancas, pequenas e perfumadas. Sua floração ocorre em massa, atraindo muitas espécies de insetos como, por exemplo, moscas, borboletas e abelhas nativas, os quais visitam suas flores para coletar néctar e pólen. Referências bibliográficas: 13,15,17,22
  • 32. ÁRVORES 62 ÁRVORES 63 CUMARU Fabaceae - Papilionoideae Amburana cearensis (Allemão) A.C.Sm Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Período de floração: estação chuvosa Amburana cearensis, conhecido muito importante para as abelhas. popularmente como cumaru, é O cumaru é uma espécie uma árvore de porte médio. Uma ornamental, com floração vistosa característica marcante dessa e suas flores fornecem recursos espécie é o seu tronco avermelhado fundamentais para a manutenção revestido por uma casca esfoliante das populações de abelhas nativas. que se destaca em lâminas finas. Além disso, o cumaru é uma A floração dessa espécie ocorre em espécie pioneira muito importante massa e sua copa proporciona uma em reflorestamentos de áreas beleza exuberante. Suas flores são degradadas. pequenas, aromáticas e possuem apenas uma pétala (estandarte) com coloração branca e tons róseos. O néctar de suas flores é uma fonte de carboidrato, energia, Referências bibliográficas: 2,4,9,13,15,17,22
  • 33. ÁRVORES 64 ÁRVORES 65 PAU-MOCÓ Fabaceae - Papilionoideae Luetzelburgia auriculata (Allemão) Ducke Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação seca O pau-mocó é uma árvore de porte massa disponibiliza néctar e pólen médio e com tronco acinzentado. em grande quantidade às abelhas Suas raízes são tuberosas capazes nativas. As abelhas do gênero de acumular água e amido, essa Xylocopa (mamangavas-de-toco) característica permite a ocorrência são os principais visitantes das flores dessa espécie em solos secos e do pau-mocó. pedregosos. O pau-mocó é uma espécie Durante o período de floração sua ornamental, possui floração vistosa copa encontra-se completamente e suas flores fornecem recursos sem folhas, coberta apenas por fundamentais para abelhas durante muitas flores. Suas flores possuem a estação seca. Essas características pétalas de cor branca com mancha favorecem o plantio dessa espécie mediana esverdeada ou roxa e em áreas de criação e conservação uma pétala externa no botão de abelhas nativas. (estandarte). Sua floração em Referências bibliográficas: 4,13,15,17,22
  • 34. ÁRVORES 66 ÁRVORES 67 JUAZEIRO Rhamnaceae Ziziphus joazeiro Mart Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação seca O juazeiro é uma árvore de porte manutenção das abelhas durante médio, possui ramos tortuosos com a estação seca. espinhos e copa verde durante Por manter sua folhagem verde o ano inteiro. Essa espécie é durante o ano inteiro, o juazeiro muito conhecida pelos seus frutos é muito utilizado em projetos comestíveis e também devido às de arborização visando o suas propriedades farmacológicas. sombreamento. Para complementar Suas inflorescências surgem nas a quantidade de fontes de néctar axilas foliares, sendo compostas por disponíveis às abelhas, recomenda- muitas flores amarelas e pequenas. se o plantio de mudas em áreas O néctar é o principal recurso próximas a meliponários. coletado pelos visitantes florais, entre eles vespas e abelhas nativas. As flores do juazeiro fornecem principalmente néctar para a Referências bibliográficas: 9,13,15,16,17,20
  • 35. ÁRVORES 68 ÁRVORES 69 REFERÊNCIAS 1. Alves, R.M.O., Carvalho, C.A.L. & Souza, B.A. 2006. Espectro 13. Lista de Espécies da Flora do Brasil 2011 in http://floradobrasil.jbrj. polínico de amostras de mel de Melipona mandacaia Smith, gov.br/2011. 1863 (Hymenoptera: Apidae). Acta Scientiarum Biological 14. Lorenzi, H. 2009. Árvores brasileiras: manual de identificação e Sciences, 28: 65-70. cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 3. ed. Nova Odessa: 2. Andrade-Lima, D. de. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Instituto Plantarum, v. 2, 384 p. Academia Brasileira de Ciência, 243 p. 15. Lorenzi, H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e 3. Carvalho, P.E.R. 2006. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa: Embrapa Informação Tecnológica, Colombo: Embrapa Florestas, v. Instituto Plantarum, v. 1, 384 p. 2, 627 p. 16. Lorenzi, H. & Matos, F.J.A. 2002. Plantas medicinais no Brasil. Nova 4. Cardoso, D.B.O.S. 2008. Taxonomia da tribo Sophoreae s.l. Odessa, SP: Instituto Plantarum, 576 p. (Leguminosae, Papilionoideae) na Bahia, Brasil. Dissertação 17. Maia, G.N. 2004. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Botânica da Paulo: Leitura & Arte, 413 p. Universidade Estadual de Feira de Santana-BA, 209 p. 18. Maia-Silva, C., Hrncir, M., Silva, C.I. & Imperatriz-Fonseca, V.L. 2010. 5. CNIP - Centro Nordestino de Informações sobre Plantas. [on Estratégias de forrageamento de Melipona subnitida na Caatinga: line] Disponível na internet via www.url: http:///www.cnip.org.br. a coleta de pólen em fontes lucrativas. In: X Congresso Íberolatino (Acesso: 04/outubro/2011).      Americano de Apicultura, Natal-RN. 6. Fleming, T.H., Geiselman, C. & Kress, W.J. 2009. The evolution of 19. Martins, C.F., Cortopassi-Laurino, M., Koedam, D. & Imperatriz- bat pollination: a phylogenetic perspective. Annals of Botany, 104: Fonseca, V.L. 2004. Tree species used for nidification by stingless 1017–1043. bees in the Brazilian Caatinga (Seridó, PB, João Câmara, RN). Biota 7. Frankie, G.W., Haber, W.A., Opler, P.A. & Bawa, K.S. 1983. Neotropica, 4: 1-8.  Characteristics and organization of the large bee pollination system 20. Nadia, T.L., Machado, I.C. & Lopes, A.V. 2007. Polinização de in the Costa Rican dry forest. pp. 411-447. In: Jones, C.E. & Little, R.J., Spondias tuberosa Arruda (Anacardiaceae) e análise da partilha de eds. Handbook of Experimental Pollination Biology. Van Nostrand polinizadores com Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae), espécies Reinhold Company Inc., New York-NY, USA, 558 p. frutíferas e endêmicas da caatinga. Revista Brasileira de Botânica, 30: 8. Freitas, B.M., Martins, C.F., Schlindwein, C.P., Wittman, D., Alves- 89-100. dos-Santos, I., Cane, J.H., Ribeiro, M.F. & Gaglianone, M.C. 2006. Bee 21. Pereira, F.M., Freitas, B.M., Alves, J.E., Camargo, R.C.R., Lopes, M.T.R., management for pollination purposes – bumble bees and solitary Neto, J.M.V. & Rocha, R.S. 2004. Flora apícola no Nordeste. (Embrapa bees. pp. 55-62. In: Imperatriz-Fonseca, V. L., Saraiva, A. M. & De Meio-Norte. Documentos, 104) Teresina: Embrapa Meio-Norte, 40 p. Jong, D., eds. Bee as pollinators in Brazil - assessing the status and 22. Queiroz, L.P. de. 2009. Leguminosas da caatinga. Feira de Santana: suggesting best practices. Ribeirão Preto: Holos Editora, 112p. Universidade Estadual de Feira de Santana, 467 p. 9. Giullieti, A.M., Queiroz, L.P. & Santos, F.A.R. 2006. Apium Plantae. 23. Roubik, D.W., Ackerman, J.D., Copenhaver, C. & Smith, B.H. 1982. Recife: Associação Plantas do Nordeste, 130 p. Stratum, tree, and flower selection by tropical bees: Implications for 10. Leite, A.V. & Machado, I.C. 2009. Biologia reprodutiva da the reproductive biology outcrossing Cochlospermum vitifolium in “catingueira” (Caesalpinia pyramidalis Tul., Leguminosae- Panama. Ecology, 63: 712-720.  Caesalpinioideae), uma espécie endêmica da Caatinga. Revista 24. Santos, M.J., Machado, I.C. & Lopes, A.V. 2005. Biologia reprodutiva Brasileira de Botânica, 32: 79-88. de duas espécies de Jatropha L. (Euphorbiaceae) em Caatinga, 11. Lewis, G. & Gibbs, P. 1999. Reproductive biology of Caesalpinia Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 28: 361-373. calycina and C. pluviosa (Leguminosae) of the Caatinga of north- 25. Sátiro, L.N. & Roque, N. 2008. A família Euphorbiaceae nas eastern Brazil. Plant Systematics and Evolution, 217: 43–53. caatingas arenosas do médio rio São Francisco, BA, Brasil. Acta 12. Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Kew: Royal Botanic Gardens, Botanica Brasilica, 22: 99-118. 369 p.
  • 36. ARBUSTOS 70 ARBUSTOS 71 ARBUSTOS E SUBARBUSTOS Sida cordifolia Arbusto: Forma de vida definida pela presença de caule lenhoso ramificado desde a base não formando um fuste (tronco) definido. Começa a ramificar na base. Subarbusto: Planta intermediaria entre erva e arbusto, apresenta porte reduzido, mas seu caule apresenta Melipona subnitida (jandaíra) visitando flor de Senna obtusifolia (matapasto) lenhosidade.
  • 37. ARBUSTOS 72 ARBUSTOS 73 SETE-PATACAS-ROXA Apocynaceae Allamanda blanchetii A.DC. Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa Allamanda blanchetii, conhecida A sete-patacas-roxa é uma popularmente como sete-patacas- planta muito importante para a roxa, é uma espécie arbustiva. manutenção e a conservação das Suas flores são grandes, com espécies de abelhas nativas, além coloração rosa e enfeitam a disso, pode ser utilizada como paisagem da caatinga. O néctar planta ornamental em projetos de é principal recurso para a atração jardinagem. dos visitantes florais. Suas flores possuem um tubo delgado na base que limita o acesso durante a coleta de néctar. As abelhas de língua longa da tribo Euglossini conseguem acessar o néctar localizado na base do tubo floral, atuando como o principal polinizador dessa planta. Referências bibliográficas: 2,7
  • 38. ARBUSTOS 74 ARBUSTOS 75 MOLEQUE-DURO Boraginaceae Varronia globosa Jacq. Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa Varronia globosa, conhecida arbustos em áreas próximas a popularmente como moleque- meliponários. Essa espécie é ideal duro, é uma espécie arbustiva. para a construção de jardins com Suas inflorescências são compostas flora melífera. por flores delicadas, brancas e pequenas. O néctar floral atrai espécies de abelhas nativas como, por exemplo, a abelha sem ferrão Trigona spinipes e as abelhas do gênero Xylocopa (mamangavas- de-toco). Outros insetos como borboletas e besouros também visitam suas flores. Para fortalecer a criação de abelhas nativas é importante manter esses Referências bibliográficas: 4,7,10
  • 39. ARBUSTOS 76 ARBUSTOS 77 BUQUÊ-DE-NOIVA Boraginaceae Varronia leucocephala (Moric.) J.S.Mill Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa Varronia leucocephala, conhecida melífera, sendo o seu cultivo popularmente como buquê-de- fundamental para a conservação da noiva, é uma espécie arbustiva. abelha Ceblurgus longipalpis. Suas inflorescências são densas e compostas por flores brancas, grandes e muito vistosas. Suas flores disponibilizam pólen e néctar aos visitantes florais. A abelha Ceblurgus longipalpis (família Halictidae), uma espécie de abelha solitária, é o principal polinizador dessa planta. A beleza de suas inflorescências é uma característica importante dessa espécie, a qual pode ser utilizada em jardins de flora Referências bibliográficas: 4,7,10,11
  • 40. ARBUSTOS 78 ARBUSTOS 79 MUSSAMBÊ Capparaceae Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação chuvosa e seca O mussambê é um subarbusto ornamentais podendo ser utilizada perene que possui odor forte e em jardins de flora melífera com a ocorre principalmente em áreas finalidade de fornecer néctar para inundadas com solos arenosos. as abelhas. As flores de mussambê apresentam características relacionadas à atração principalmente de morcegos, tais como pétalas pouco vistosas, abertura das flores crepuscular e grande produção de néctar. No entanto, muitas espécies de abelhas nativas visitam suas flores como, por exemplo, a abelha jandaíra (Melipona subnitida) e também as abelhas do gênero Bombus (mamangavas-de-chão). Essa planta possui características Referências bibliográficas: 4,7,9,12
  • 41. ARBUSTOS 80 ARBUSTOS 81 URTIGA Euphorbiaceae Cnidoscolus urens L. Arthur Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Cnidoscolus urens, conhecida abelhas. A urtiga pode ser utilizada popularmente como urtiga, é como fonte alternativa de néctar uma espécie arbustiva, perene e pelas abelhas nativas. ocorre principalmente em áreas abertas da caatinga. Essa planta é revestida por pêlos urticantes cujo contato com a pele pode provocar queimaduras. Suas flores são pequenas, tubulares e brancas. O néctar é o principal recurso coletado pelos visitantes florais. Por ser uma espécie adaptada a ambientes abertos, é importante manter esses arbustos em áreas em áreas de conservação e criação de Referências bibliográficas: 4,6,7,8,15
  • 42. ARBUSTOS 82 ARBUSTOS 83 PALMA-DO-CAMPO Fabaceae - Caesalpinioideae Chamaecrista duckeana (P.Bezerra & Afr.Fern.) H.S.Irwin & Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga Período de floração: estação chuvosa Chamaecrista duckeana, conhecida Melipona, as abelhas do gênero popularmente como palma-do- Xylocopa (mamangavas-de-toco) campo, é uma espécie subarbustiva e as abelhas do gênero Bombus que pode atingir até 1 m de altura. (mamangavas-de-chão). Suas flores são de tamanho Essa planta é muito importante médio, amarelas com manchas para a manutenção e conservação avermelhadas e possuem anteras das abelhas e pode ser utilizada em poricidas. O pólen é único recurso jardins de flora melífera. disponível para os visitantes florais. Somente algumas espécies de abelhas adaptadas à realização de vibração coletam pólen de anteras poricidas. Seus principais visitantes florais são as abelhas sem ferrão do gênero Referênciasa bibliográficas: 7,14
  • 43. ARBUSTOS 84 ARBUSTOS 85 MATAPASTO-CABELUDO Fabaceae - Caesalpinioideae Senna uniflora (Mill.) H.S.Irwin & Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Senna uniflora é uma espécie a abelha jandaíra (Melipona subarbustiva, anual e muito comum subnitida). em áreas abertas. Essa espécie é Muitas espécies consideradas conhecida popularmente como plantas invasoras podem ser matapasto-cabeludo, pois suas utilizadas em jardins com flora inflorescências são revestidas por melífera, pois elas são fontes tricomas longos. alternativas de recursos alimentares Suas flores são pequenas, amarelas para as abelhas e além disso, são e possuem anteras poricidas. Assim adaptadas a ambientes abertos. como as demais espécies desse gênero, o pólen é o único recurso floral coletado apenas por espécies de abelhas adaptadas à realização de vibração, como por exemplo, Referências bibliográficas: 7,9,14
  • 44. ARBUSTOS 86 ARBUSTOS 87 MATAPASTO Fabaceae - Caesalpinioideae Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Senna obtusifolia é uma espécie Bombus (mamangavas-de-chão) subarbustiva, anual e frequente e as abelhas da família Halictidae. em áreas abertas. Essa espécie é Essa planta é fonte de pólen para as conhecida popularmente como abelhas nativas, principalmente no matapasto ou matapasto-liso. Suas período das chuvas e na transição flores são amarelas, de tamanho da estação chuvosa para a seca. médio e possuem anteras poricidas. Para fortalecer a criação de abelhas O pólen é o único recurso floral, nativas é importante manter esses porém, produzido em grande arbustos em áreas de conservação quantidade. Algumas espécies de e criação de abelhas. abelhas nativas coletam o pólen por meio de vibrações como, por exemplo, a abelha jandaíra (Melipona subnitida), as abelhas do gênero Xylocopa (mamangavas- de-toco) e as abelhas do gênero Referências bibliográficas: 7,9,14,16
  • 45. ARBUSTOS 88 ARBUSTOS 89 FEDEGOSO Fabaceae - Caesalpinioideae Senna occidentalis (L.) Link Biomas de ocorrência: Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Senna occidentalis é um subarbusto Devido à sua importância como ou pequeno arbusto, anual e muito fonte de pólen para as abelhas comum em áreas abertas. nativas é recomendado manter essa O fedegoso também conhecido planta em áreas de conservação e como manjerioba possui um odor criação de abelhas. forte muito característico dessa espécie. Suas flores são amarelas, de tamanho médio e possuem anteras poricidas. O pólen é único recurso floral oferecido aos visitantes. Assim como as demais espécies desse gênero, suas flores são visitadas principalmente por abelhas que coletam o pólen por meio de vibrações. Referências bibliográficas: 6,7,9,14,16
  • 46. ARBUSTOS 90 ARBUSTOS 91 CANAFÍSTULA Fabaceae - Caesalpinioideae Senna trachypus (Benth.) H.S.Irwin & Barneby Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação chuvosa Senna trachypus, conhecida melífera, sendo o seu cultivo popularmente como canafístula, fundamental para a manutenção e é um arbusto perene e de porte conservação das abelhas nativas. médio. Suas inflorescências são formadas por flores amarelas, grandes e com anteras poricidas. Assim como as demais espécies desse gênero, suas flores são visitadas principalmente por abelhas que coletam o pólen por meio de vibrações. A beleza de suas inflorescências é uma característica importante dessa espécie, a qual pode ser utilizada em jardins de flora Referências bibliográficas: 7,14
  • 47. ARBUSTOS 92 ARBUSTOS 93 CALUMBI-MIÚDO Fabaceae - Mimosoideae Mimosa invisa Mart. ex Colla Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado Período de floração: estação chuvosa Mimosa invisa, conhecida popularmente como calumbi- miúdo, é uma espécie perene, arbustiva e possui caule revestido por muitos espinhos. Suas inflorescências são formadas por flores pequenas e de coloração rosa. Suas flores produzem néctar e pólen, os quais atraem muitas espécies de abelhas nativas. As flores de calumbi-miúdo aumentam a oferta de recursos para as abelhas e também para outros insetos e essa planta deve ser utilizada em jardins de flora melífera. Referências bibliográficas: 4,7,9,14
  • 48. ARBUSTOS 94 ARBUSTOS 95 JURUBEBA Solanaceae Solanum paniculatum L. Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Solanum paniculatum, conhecido (mamangavas-de-chão) e do gênero popularmente como jurubeba, é Melipona. um arbusto perene e comumente Seus frutos são comercializados encontrado em solos arenosos da em forma de conserva e também caatinga. são empregados na medicina Suas inflorescências são formadas caseira. Para fortalecer a criação de por flores de cor roxa e com abelhas nativas é importante utilizar anteras poricidas. Este tipo esses arbustos em jardins de flora de antera necessita de abelhas melífera. capazes de realizar vibrações, promovendo a liberação dos grãos de pólen contidos no seu interior. Os principais polinizadores são as abelhas da família Halictidae, do gênero Xylocopa (mamangavas- de-toco), do gênero Bombus Referências bibliográficas: 1,4,7,9
  • 49. ARBUSTOS 96 ARBUSTOS 97 BAMBURRAL Lamiaceae Hyptis suaveolens Poit. Biomas de ocorrência: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia Período de floração: estação chuvosa Hyptis suaveolens, conhecida popularmente como bamburral, é uma espécie subarbustiva, anual e pode atingir até 1,3 m de altura. Ocorre principalmente em áreas abertas, formando grandes manchas uniformes. Suas flores são pequenas e com coloração lilás. Muitas espécies de insetos, e principalmente as abelhas, visitam suas flores para coletar néctar. O bamburral pode ser utilizado para aumentar a disponibilidade de recursos alimentares utilizados pelas abelhas. Referências bibliográficas: 4,5,7,8,9,13