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O D E IA S
    A s s o c ia ç ã o d e E st u d a n t e s d a
    E s c o l a Su pe r io r d e G e s t ã o d e Sa n t a r é m
    Dir ect o r a: LuziaV le
                         a ntim    Red acçã o : JoséLuísC rvalho
                                                         a
    Mo n t ag em:     Ru C taeI rinaV ira
                        i os         ie




                                                                                                    COPIMODEL
                                                                                                   Fotocópia - Modelismo
                                                                                                      e Serviços, Lda.




                                                                  FOT OCÓP IAS A P RET O E BRANCO
                                                                    FOT OCÓP IAS A CORES (LASER)
                                                                FOT OCÓP IAS DE GRANDES FORMAT OS
                                                                  FOT OCÓP IAS EM P AP EL ESP ECIAL
                                                                     ENCADERNAÇÕES T ÉRMICAS
                                                                  ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS
                                                                          P LAST IFICAÇÕES
                                                                      IMP RESSÃO EM T -SHIRT S

                                                                   Rua Pedro de Santarém, Lj. 120
                                                                     Tel (043) 23401   -   2000
                                                                              SANTARÉM

EDIÇÃO DE ABRIL DE 1996                                                                                     Preço: 25$00
                                                               tudo o jornal cresceu, não só em dimensão mas também
                                                               nos âmbitos que o determinam, lembro-me que na primeira
                   Editorial                                   edição o jornal foi escrito quase totalmente pela equipa que
Decidir fazer este mês um editorial diferente para v os        o dirigia e nesta edição a participação da equipa com
comunicar que o v osso jornal "O IDEIAS" completa um ano       artigos é quase simbólica. Hav eria tanto para v os contar
de ex istência. Quando há uma ano atrás três                   sobre a fundação do jornal, mas o espaço escasseia e
"Cav alheiros" me conv idaram para fundar um jornal na         ainda gostaria de deix ar aqui uma palav ra de
nossa escola eu não pensei duas v ezes e aceitei, e ainda      agradecimento a todos os colaboradores d' O IDEIAS que
bem que assim foi porque fazer parte da equipa d'O IDEIAS      com os seus artigos tornam possív el cada edição, e um
terá sido uma das ex periências mais marcantes por que         repto a toda a escola para que participem no jornal, para
passei nesta escola, nem sempre foi fácil trabalhar o jornal   que este tenha um balanço ainda mais positiv o na data do
de forma a estar tudo pronto para a data do lançamento;        seu segundo aniv ersário. Para já estão todos conv idados
surgiam sempre dificuldades que mal ou bem foram               a celebrar connosco o aniv ersário d' O IDEIAS no próx imo
ultrapassadas, mas que se acabaram sempre por                  dia 7 de Maio, no bar CHARLOT, esperamos por v ós.
repercutir na qualidade da edição. Contudo se me
permitem fazer aqui um balanço eu diria que apesar de
Luz ia Vale ntim
                                               Sumário
                                     Embaixada de D. Guterres I ao Brasil

                                           Vale 1 Imperial Grátis aos
                                         primeiros 25 leitores a chegar
                                         ao bar CHARLOT na noite do
                                             dia 7 de Maio de 1996

                                                   Pág. 4

                                             A Fronteira Virtual
                                                   Pág. 8

                                    Haverá Semana Académica; Sim ou Não?
                                                   Pág. 9

                                             Momentos de Poesia
                                                  Pág13




     CHARLOT
                     BAR
   Agora de Segunda a Sábado
        Das 14 às 20 H.
     A PREÇOS REDUZIDOS
  Aos domingos Abrimos às 21H


    Av . Madre Andaluz, nº14B
Telef.:(043)23415 - 2000 Santarém
Pág. 3                                                                                                O IDEIAS
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                                                ”Carta de uma Mãe Alentejana
                                               para um Filho que está na Bósnia”

                                                      Mê Querido Filho,
                                                      Escrevo-te algumas linhas apenas para saberes que tou
                                              viva.
                                               Estou-te a escrever devagar, pois sei que não sabes ler
                                        depressa.
                                               Nã vais reconhecer a nossa casa quando voltares, pois
                                        nós mudamo-nos.
        Temos uma máquina de lavar rôpa, mas nã trabalha muito bem, a semana passada pus lá 14
camisas, puxei a corrente e nunca mais as vi.
        Acerca do tê pai, ele arranjou um bom emprego, tem 1500 homens de baixo dele, pois agora está
cortando a relva do cemitério.
        A Magana da tua irmã Maria teve um bébé esta semana, mas sabes, ê na consegui saber sé
menino ô menina, portanto nã sé sés Tio ô Tia.
        O tê Ti Patrício afogô-se na semana passada num depósito de vinho, lá n’ adega cuprativa, algus
compádris tentaram salvá-lo más sabes, ele lutou bravamente conta eles, o corpo foi cremado mas levou
três dias pra apagar o incêndio. Na quinta-fêra fui ao médico e tê Pai foi comigo, o médico pôs-me um
pequeno tubo na boca e disse-me pra nã falari durante 10 minutes. Atão nã sabes que o tê Pai ofereceu-
se logo pra comprari o tubo ao médico!
        Esta semana só choveu duas vezes, na primeira choveu durante três dias, na segunda duranti
quatro dias.
        Na segunda-fêra teve tante vento que uma das galinhas pôs o mesmo ovo quatro vezes.
        Recebemos uma carta do cangalheiro que informava que se o último pagamento do enterro da tua
Avó nã fôr fêto no prazo de sete dias dévolvem-na.
        Estava pra te mandar cinco contos mas já tinha celado a carta.


                                                                                              Olha m ê Flho, cuda-te,
                                                                                                            Tua Mãe




                                         Nota de Redacção
Na edição de Abril o jornal “O Ideias” completa o seu primeiro aniv ersário. Assim sendo gostaríamos de aprov eitar esta
ocasião para agradecer a todos os nossos colaboradores e anunciantes as respectiv as prestações. Gostaríamos no
entanto de referenciar em especial a Comissão Instaladora da nossa escola pelas facilidades concedidas ao nív el da
impressão do jornal na impressora a laser, sem a qual a qualidade de impressão de “O Ideias” teria um nív el inferior.

Gostaríamos também de aprov eitar este espaço para div ulgar em primeira mão que o Jornal está a organizar uma festa de
aniv ersário que dev erá realizar-se no bar “O Charlot” no dia 7 de Maio em que os primeiros 25 leitores a chegar à festa
com a edição de Abril terão direito a uma imperial grátis.



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Finalmente gostaríamos de aprov eitar a ocasião para pedir aos nossos professores que se dignem a participar um pouco
mais connnosco, pois as suas participações são essenciais para promov er a imagem e a qualidade do nossso jornal.
O IDEIAS                                                                                                    Pág. 5
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                                         Atlântida 30/03/96
           Meu caro João do Telhado,                             ESGS da Assembleia do IPS, contribuiu para uma
           Antes de mais considerações, tenho que te             campanha publicitária da Telecel”.
agradecer a atenção que tiv este para com a minha                          No “Faca e Garfo”, aparece-nos uma reportagem
pessoa; no entanto, permite-me uma pequena correcção:            onde nos “conv idam” a tomar uma refeição no refeitório do
Não ando desaparecido; estou ex ilado. Não que seja de           Complex o Andaluz e apreciar as qualidades
liv re v ontade, mas infelizmente a isso fui obrigado.           gastronómicas de um bom arroz de cabeleira,
           Porquê? - Podes questionar, mas no fundo,( e          acompanhado com um jotav ial serv ido em copos sujos.
espero que não se faça o                                                   No “Transparências”, aparece-nos uma crónica
que se fazia antes do 25 de                                      dedicada à grande participação do corpo docente da
Abril de 1974, onde o lápis                                      ESGS, na última edição de “O IDEIAS”, motiv ada
azul ditav a a lei), estou a pagar a factura pelo facto de ter   possiv elmente pela publicação, na edição de Janeiro, do
sido uma pessoa frontal, directa e objectiv a.                   “Top-Professor”.
           Atlântida, porque foi o único local onde as pessoas             Enfim, caro Primo, como podes v erificar, aqui, na
são liv res de ex pressarem todos os seus pensamentos,           Atlântida estamos muito bem informados sobre o que se
os jornalistas têm toda a liberdade para ex por todos os         passa em todo o mundo, e particularmente, aí na ESGS. É
factos e acontecimentos, o que, como sabes, não                  notáv el.
acontece por aí.                                                           Estas minhas palav ras já v ão muito ex tensas,
           Depois destas brev es considerações, não resisto      resta-me pedir-te que apresentes os meus v otos de
a rev elar-te os grandes destaques da imprensa deste mês         parabéns ao corpo redactorial do jornal “O IDEIAS” pelo
- claro está, relacionados com a v ida académica de              seu primeiro aniv ersário.
Santarém.                                                                  Um abraço de teu primo que, embora ausente,
           Assim, no “Vontade de Trabalho” pode ler-se em        muito te admira e também te estima.
letras gordas “Desaparecimento súbito das funcionárias da
                                                                                                          Zé do Telhado
                                     Ao Jornal “O Ideias”
    Havia a necessidade de algo que fizesse a ligação entre todos os corpos
desta escola. Nasceste tu.
    Começámos por ser quatro carolas. Não tirando o mérito aos quatro,
parece-me lógico destacar uma pessoa: Celso Costa, o teu “pai”.
    Bom, depois, Tu (Ideias), foste crescendo, talvez de uma forma lenta, mas
cresceste.
    Por diversos motivos, o teu primeiro director teve que te abandonar, no
entanto, entrou o Costa para fazer a montagem e tu continuaste.
    Começou um novo ano lectivo e tu lá estavas, a trazer as novas; mais tarde,
também fui obrigado a abandonar-te, mas tu, claro, prosseguiste.
    Chegaste ao primeiro ano de aniversário. Para ti, Ideias, muitos parabéns.
Faço, no entanto, votos para que continues a crescer, para que de futuro sejas
um símbolo para todos os que andamos na E.S.G.S.
    No entanto, não seria correcto da minha parte estar a elevar o teu nome
sem referir alguém que, desde o primeiro momento, lutou por ti e, se existes, em
grande parte a ela o deves: Luzia Valentim.
    Se atrás considerei Celso Costa, o teu “pai” e talvez porque foi ele a dar o
primeiro passo para a tua existência, Luzia Valentim é, com certeza, a tua
grande “Mãe” . Talvez sem ela já não existisses e, se atrás te dei os parabéns,
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não me leves a mal, mas estes terão de ser extensivos também, à tua “Mãe”.
                                                 Um amigo do Ideias
                                                 Bruno Ribeiro, Seu fundador
Pág. 7                                                                                           O IDEIAS
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  EMBAIXADA DE D. GUTERRES I AO BRASIL
         Aos 14 dias do mês de Abril do ano da graça de      ingleses, que, tendo com o nosso reino a mais velha
1996, iniciou D. Guterres I uma sumptuosa embaixada ao       aliança, sempre se revelaram uns grandes amigos da
Brasil, com o objectivo claro de impressionar aquele povo    onça. Correm rumores e o povo sente-se inseguro com o
e cativar a sua atenção. Todos os arautos foram              desgoverno da situação, receando pela sua vida.
mobilizados para espalhar aos quatro ventos esta viagem      Desgoverno que se estende à Educação dos jovens, que
de D. Guterres I.          A comitiva, de tão majestosa e    não vislumbram a prometida paixão. E perfilam-se até
exótica, envolveu um tal aparato que até ao alegre e         outras facções da aristocracia desejosas de tomar o poder
brando povo deste nosso reino causou enorme surpresa e       e, para conseguir apoio,
espanto, fazendo lembrar a de um seu antecessor. Para
além de sua majestade e seus pares da Ordem da Rosa,         multiplicam-se em campanhas junto do povo, com
eles são mercadores às dúzias, agiotas, artesãos e           promessas de o ouvir, afirmando querer fazer a vontade
mesteirais, bobos, jograis, almocreves, mestres de outras    ao (do) povo.(?)
artes e ofícios, com intenções de deixar boa imagem por               O tempo está soalheiro mas promete
terras de Vera Cruz, mostrando a florescente cultura do      turbulência...
reino e espalhando o seu perfume inebriante para seduzir
                                                                                        Crónicas de D. Guterres I
os nossos irmãos de além mar e trazer muitos e bons
acordos, alianças e contratos.
                                                                                              por Fernão Lápis
         É sabido que outra das intenções desta
embaixada é a de apaziguar os ânimos dos muitos
Físicos brasileiros que querem em Portugal tratar das
nossas dentaduras mas cujo mester não é reconhecido
pelos nossos. Também a vinda, de terras de Vera Cruz,
de inúmeros romeiros, jogadores de pêla, jograis e bobos
mestres na representação de Cantigas de Amor e
Escárnio e Maldizer e outros mesteirais, que nos últimos
anos têm assomado este nosso reino para aqui se
estabelecerem sem prévia autorização da Coroa, se
procura resolver com esta embaixada.
         A dita embaixada também busca uma aliança
entre escribas e copistas de ambos os reinos, com o
propósito de se conseguir um acordo em relação à língua
de tal sorte que não se ache necessário fazer uso de
intérpretes, como começa a acontecer actualmente, nem
que para tal se tenha de mutilar a língua, esquecendo a
sua raiz etimológica, pois é mister que se coloquem de
feição condições para melhor comerciar nos países por
nós descobertos.
         Toda a plebe aguarda que a comitiva regresse a
Portugal com as arcas cheias de tratados que
compensem a sumptuosa embaixada financiada à custa
do erário público.
         Há também quem receie que a ida de toda esta
elite para o Brasil seja uma fuga à praga das vacas loucas
que grassa pelo reino e pela Europa, deixando o povo à
sua sorte, perante esta peste trazida pelo gado dos

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O IDEIAS                                                                                                   Pág. 8
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                                     REGIONALIZAÇÃO
O artigo que a seguir apresento nada tem a v er com a              perder alguns concelhos e será que esses concelhos
minha opinião pessoal do tema focado, apenas é o                  estarão dispostos a ligarem-se a outras regiões?
lev antar de uma questão.                                               Será que Santarém, capital de Distrito não se
Desde 1143, com o Tratado de Zamora que somos                     importará de passar a ser uma cidade de segundo plano
independentes (1179 reconhecimento Papal) e desde 1267,           numa futura região?
com o Tratado de Badajoz, que temos as nossas fronteiras                Que terá Santarém a ganhar com a Regionalização?
definidas por completo. Desde então (salv o uma ou outra                E do que é que v ai ter que abdicar?
ex epção) que somos um Pov o unido e uma Nação única,                   E será que Santarém cidade, Santarém população,
nos bons e nos maus momentos.                                     está disposta a mudanças, a perder uma série de usos e
       Portugal está div idido por Distritos, cada qual com sua   costumes, a ter que alterar uma série de hábitos e a
história, tradições, hábitos e costumes. Mas isso não             sujeitar-se?
impede que não sejamos um país forte e coeso. E                         E quando se fala em Santarém fala-se em Braga, ou
infelizmente, não faltam ex emplos de países que são              Év ora, Bragança, Viseu e todo um País.
mantas de retalhos e que têm sérios problemas e div isões               Independentemente de todas estas questões e de
internas. Mas nós não.                                            todas as outras que este tema suscita, há ainda que v er
       Como todos nós sabemos hoje em dia um dos temas            um ponto muito importante e delicado.
mais quentes da actualidade nacional é a Regionalização.                Nós somos um Pov o pacífico, que v iv e em harmonia
E não passa um dia que não ouçamos nada relativ amente            e em conjunto. Desde o tempo de Viriato que resistimos a
a este assunto.                                                   inv asões, lutámos contra o inimigo, combatemos juntos
       Muito agitada com esta questão anda a nossa classe         contra tudo e contra todos, sempre defendendo o nosso
política e todos nós v emos quão mov imentados andam,             País e a nossa Pátria.
com reuniões, com pareceres, com debates entrev istas,                  É claro que há sempre riv alidades entre Alfacinhas e
etc....                                                           Tripeiros e quem não se ri das anedotas dos Alentejanos.
       Ou seja está na moda falar-se da Regionalização!           Todos nós pux amos a brasa à nossa sardinha mas tudo
       Como se sabe, esta ideia de div idir o País já não é       não passa de bairrismo. Mas no fundo somos todos
nov a e v em inclusiv amente consignada na Constituição.          Portugueses.
Mais concretamente, esta ideia da Regionalização consiste               Felizmente não temos nenhuma E.T.A. ou I.R.A. e
na div isão do País em regiões específicas, com o intuito         julgo que nenhum de nós ouv iu ainda falar na A.I.R.
de Descentralizar e de Desburocratizar. Há quem diga que          (Acção Independentista Ribatejana) ou no E.L.M. (Ex ército
na prática a Regionalização é para acabar com aquela              de Libertação do Minho).
ideia de que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”                   Por isso há que pensar. E há que colocar a questão:
       Pretende-se com isto que as futuras Regiões sejam          será que não são perigosas todas estas div isões, estas
mais autónomas, mais independentes, mais capazes de               separações?
enfrentarem as questões por elas próprias (sem estarem                  Não será a Regionalização a semente da div isão, da
tão dependentes do Poder Central) e de proporcionarem             separação e do ódio?
melhores condições de v ida aos seus habitantes.                        Há que v er que estamos no presente e é agora que
       Todos falam nas v antagens que ex istem, no que as         temos que agir e pensar nas questões, para que no futuro
regiões v ão ganhar, o progresso adjacente, a maior               não se transformem os bairrismos em algo assustador e
autonomia em relação ao Poder Central, o poder de                 de consequências imprev isív eis!
decisão, etc..., etc... Porém há que analisar a questão
                                                                                                           Luís Caetano
cuidadosamente e v er na prática como é que será.
       Por ex emplo, será que Santarém não se importará de



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P.S. - Parabéns ao N.A.G.A.- Núcleo de Alunos de Gestão Autárquica pela sua iniciativ a e por todo o trabalho que têm tido.
Pág. 10                                                                                             O IDEIAS
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  Pentium Video e Placas de PRO
       Caros Leitores, a mudança de preços no mercado informático, foi menos
acentuada neste mês de Abril.
                                                                                          CHARLOT
       Os preços desceram menos do que no mês anterior, e o mercado da
RAM(memórias) estabilizou, após descidas na ordem dos 50%(aprx .).
                                                                                               Bar
       Os processadores mantiv eram os preços, pois a procura de sistemas           Promoções/ MAIO 96
                                                                                    Dia
Pentium 100 Mhz continua a ser bastante elev ada.        No entanto, a quebra
                                                                                     1 - Vodka
de preços parece aprox imar-se de nov o, com o lançamento em grande escala
                                                                                     2 - Batida de Coco
dos processadores Pentium Pro 150Mhz e 200Mhz, a preços mais acessív eis. O
                                                                                     3 - Caipiroska
Pentium Pro não é, como alguns de v ocês possam pensar, um Pentium
                                                                                     4 e 5 Black Russino
“melhorado”. Pelo contrário, este representa mais um passo na construção de
                                                                                     6 - Super Bock (imperial)
processadores baseados no conceito de “ex ecução dinâmica” com cache de
                                                                                     7 - Creme de Whisky
Niv el 2(L2) de 256Kb integrada no processador. É sem duv ída o processador Pc
                                                                                     8 - Cuba Liv re
Intel mais rápido do mercado, mas não compensa quando se utiliza um sistema
                                                                                     9 - Safari
operativ o como o Window s 95, pois neste sistema ainda são utilizadas rotinas de
                                                                                    10 e 11 - Tequila Sunrise
acesso a 16Bits. As suas v erdadeiras capacidades são demonstradas em
                                                                                    13 - Sangria
sistemas operativ os 32Bit puros, como o Window s NT 3.51, o OS/2 e Unix , nos
                                                                                    14 - Gim
quais se têm ganhos na ordem dos 30 a 40% em performance.
                                                                                    15 - Amêndoa Amarga
       Como conclusão deste ponto, penso não ser v antajosa nem barata a
                                                                                    16 - Absinto
compra de um Pentium Pro, que, para além de tudo, é apenas mais rápido 1-2%
                                                                                    17 - Caipiroska
em Window s 95 que um Pentium à mesma v elocidade(Mhz). A minha escolha
                                                                                    18 e 19 - Pina Cola
recai ainda nos sistemas Pentium 120-166Mhz, que v alem não só pelo preço,
                                                                                    20 - Super Bock (imperial)
como pela performance que ainda demonstram ter.
                                                                                    21 - w hisky
      Placas de Video
                                                                                    22 - Ginja
        Fiquei de esclarecer um pouco sobre placas de v ídeo, pois bem a placa
                                                                                    23 - Pisang Ambom
de v ídeo é por si, o componente de Hardw are que “produz” a imagem que
                                                                                    24 - Caipirinha
v isualizamos no ecrã do monitor. É importante não confundir a placa de v ídeo
                                                                                    25 e 26 Green Coconut
com uma placa TV. A placa TV serv e para conectar directamente o computador a
                                                                                    27 - Sangria
uma telev isão, ou v ídeo, e v ermos a imagem no monitor como se de uma
                                                                                    28 - Vodka
telev isão se tratasse. Em suma a placa de v ídeo “produz“ e processa imagem,
                                                                                    29 - Super Bock (imperial)
ao passo que a placa TV capta um sinal v ídeo e torna-o compatív el de modo a
                                                                                    30 - Tequila
que possamos v isualizá-lo no monitor.
                                                                                    31 - Caipiroska
        Assim, a placa de v ídeo não capta imagem, mas sim “produz” e
processa-a, env iando a informação ao monitor.
        A escolha de uma placa de v ídeo, não é difícil, mas tem algumas rasteiras...
        Primeiro que tudo, dev erá ser uma placa PCI(tipo de conex ão). Além de PCI, dev erá conter no mínimo um chip de
acelaração v ideo (Ex : chip de aceleração S3 da Vision).
        A escolha mínima recai numa placa de v ídeo S3 868 64Bit com descompressão MPEG (formato de ficheiros de
v ídeo).
        Mas as placas S3 poderão ser de v árias marcas e preços, estes diferem, pelo fabricante da estrutura da placa e/ou
pela DRAM (memória da placa) com que estas possam v ir equipadas. O normal é v irem equipadas com 1Mb de Dram.
Estas placas podem ex pandir a sua DRAM, podendo por isso acrescentar mais memória à placa, libertando por isso a
memória do computador que por v ezes é utilizada pelas placas de v ídeo.
        Algumas do mesmo modelo poderão ser mais rápidas que outras, dependendo do fabricante em questão e da sua
compatibilidade com o Sistema Operativ o(Ex : Window s 95).


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Os driv ers que v êm com a placa, são de ex trema importância para o bom funcionamento destas em ambientes de
alta resolução gráfica com o Window s 95.
        As placas de v ídeo S3 poderão ser encontradas a partir dos 12 000$...
        Ex istem placas bastante melhores, que poderei falar noutra altura e que de certeza serão muito mais rápidas , com
muito mais qualidade e v iradas para as centenas de contos.
        Marcas mais conhecidas : Genoa, Diamond, Matrox , Number Line, Trident e Ex pert Média.

                                                                                                       Sérgio Crespo
O IDEIAS                                                                                                 Pág. 12
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Subject: Regionalização
From: pico@mailtelepac.pt (João Paulo Goulart),
Hoje (2 de Abril de 1996) , ao ouv ir a TSF, falav a-se de regionalização. É um tema do qual não ouv i ainda ecos aqui
dev íamos ser capazes de saber responder a muitas perguntas antes de nos decidirmos. Vejamos por ex emplo estas que
eu aqui deix o:

•   O que pensar relativ amente à regionalização?
•   Vai melhorar a eficiência dos gastos públicos?
•   Vai aumentar a democracia e a forma como as populações podem interv ir nos seus destinos?
•   Vai permitir um desenv olv imento regional mais acentuado?
•   Quais são os resultados práticos dos países onde ex iste regionalização? Quais os países da Europa que têm
    regionalização?
•   Qual é a razão de nº de habitantes/quilómetro quadrado nesses países?
•   Vai implicar um aumento de bairrismo entre regiões e, logo, problemas internos nacionais?
•   Vai ser muito caro? Mas esse dinheiro inv estido será mais tarde recuperado, ou não será nunca?
•   Qual a orientação dos div ersos partidos políticos e porquê? Eles não são anjinhos de coro, têm sempre outras razões
    por debaix o daquelas razões.
•   Estas e outras perguntas dev eriam ter respostas, mas quem é que as sabe dar? E baseado em quê? Não serão
    apenas especulações de um lado e do outro? A quem interessa e a quem não interessa a regionalização?
•   Falemos de regionalização, é o desafio que eu aqui deix o.

                                                                                                  João Paulo Goulart

                                       NEGE Em Actividade
Como todos sabem, o Núcleo de Estudantes de Gestão de Empresas da Escola Superior de Gestão de Santarém
(N.E.G.E./E.S.G.S.) é um organismo recentemente formado na referida Escola. Este Núcleo v isa a defesa dos interesses
dos Estudantes de Gestão de Empresas bem como a promoção e div ulgação da nossa Escola e do nosso curso na região
onde estamos inseridos.
         Após atribulada campanha eleitoral, em que estiv eram duas listas env olv idas, a lista A e a lista B, acabando por
v encer a lista B.
         Tal como foi prometido cá estamos nós, prontos para trabalhar e cumprir assim os objectiv os a que nos
propusémos.
         Mas, antes demais apresentamos em seguida o Núcleo de Estudantes de Gestão de Empresas: Anabela Silv a 2º
ano; António Pacheco 1º ano; Carla Rosa 1º ano;Catarina Branco 3º ano; Catarina Gonçalv es 2º ano; Cláudia Neto 3º ano;
Júlia Figueiredo 1º ano; Luís Caetano 2º ano; Nelson Carv alhinho 2º ano; Paula Ferreira 1º ano; Paulo Domingos        2º
ano;Sandra Santos 3º ano; Susana Reis 1º ano.




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Tendo em conta o anteriormente referido estamos já empenhados na realização de v árias activ idades. Assim
sendo:
        • tiv émos uma reunião com a Comissão Instaladora, para dar a conhecer o N.E.G.E e debatermos questões
           ligadas ao Núcleo;
        • foram realizadas as mini-conferências, no passado dia 23 de Abril, no auditório da nossa Escola;
        • v ai-se realizar o primeiro jantar do Curso de Gestão de Empresas no próx imo dia 30 de Abril;
        • o N.E.G.E., em colaboração com a Associação de Estudantes e com os alunos do curso de Informática de
           Gestão, v ai, no seguimento dos anos anteriores, lev ar a cabo a realização dos quartos Ciclos de Conferência
           de Gestão de Empresas e de Informática de Gestão;
        • já abrimos inscrições para os alunos do 3º ano que estejam interessados, para apresentação dos seus
           respectiv os currículos, com o intuito de serem div ulgados junto das empresas da região;
        Além de tudo isto, estamos neste momento a desenv olv er v árias activ idades, das quais brev emente v os daremos
conhecimento.
        Por agora é tudo, mas já sabem que estamos presentes e que podem contar connosco! Esperamos contar com
v ocês!

                                                                                                O N.E.G.E./E.S.G.S.
Pág. 14                                                                                               O IDEIAS
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                                      A Fronteira Virtual
          Este é sem dúv ida o local apropriado para          Mas nem por isso deix am de se manifestar, quais
div agações angustiadas sobre o rumo da A.E. e                reflex os de Pav lov .
quejandos. A forma de hoje serenamente se gerir não só a                A gente já se habituou a um nív el razoáv el de
complex idade das sociedades como também a fragilidade        bandalheira, mas mesmo assim há coisas que pensa que
ideológica que resulta da queda dos v ários muros de          são sagradas. Nesta fase toda a gente julga que tem
Berlim assenta no recurso à cordialidade como v ia para       opiniões e, de facto tem opiniões: opiniões incoerentes,
ultrapassar as conflitualidades que inev itav elmente         opiniões iletradas, opiniões superficiais, opiniões
ex istem e continuarão a ex istir.                            perv ersas e, sobretudo, opiniões alheias. Daí que
          Isto lev a a concluir que o que está em causa não   qualquer tentativ a de inv ocar essas opiniões se esboroe
é tanto e só o fundo da questão como sobretudo o juízo de     com o tempo, porque tal inv ocação é artificial. Não se
oportunidade        sobre    a sua conv eniência ou           pode transformar em ex istencial o que é corporativ o só
inconv eniência, de acordo com interesses de v ária           porque alguém repete essa mentira muitas v ezes.
ordem.                                                                  Há na nossa v ida estudantil, alguns mistérios
          Por isso, as questões não só não são de ev itar     pessoais que me intrigam Pessoas que nunca fizeram
como até o seu tratamento, a partir desta atitude de          nada que os distinguisse; nunca produziram pensamentos
espírito, se torna sinal de                                                                    ou      ideias      que se
v igilância cultural e de                                                                      aprov eitassem.           Mas
v ontade de progredir. O                                                                       quando abrem a boca são
silêncio,       imposto     ou                                                                 notícia infalív el. Realizou-
condicionado, acaba por se                                                                     se há algum tempo uma
tornar hoje a grande barreira                                                                  R.G.A., em tom soturno,
a v encer e o perigo maior a                                                                   de farsa com retoques de
ev itar e os responsáv eis                                                                     um “kitsch” dúbio, onde
que de tal se não derem                                                                        aquelas              ex celsas
conta estarão, sem o saber                                                                     inteligências puseram a
e talv ez com a melhor das                                                                     nu todas as suas
intenções, a colher aplausos apenas e só dos que nesse        dificuldades em conv iv er com a realidade. Eles foram
silenciamento estiv erem interessados.                        grev es ao refeitório, eles foram av aliações de
          Talv ez a questão pudesse e dev esse ter sido       professores, eles foram equív ocos estatutários, etc...
suscitada mais cedo, mas também aqui mais v aleria tarde                Mas será que esta gente tem uma v isão tão
que nunca, já que a oportunidade, em termos de opinião ,      homocrómica da realidade, que procure contribuir para
não se decreta mas aprov eita-se e suscita-se e prepara-      uma melhoria do ensino partindo das questões menores
se . A questão tratada com elev ação, sim e sempre. O         como estas. Transformar a escola numa feira de
silêncio e o escondimento, por decreto e cúmplice e           v aidades, nunca pensei que conseguissem chegar tão
interesseiro, não.                                            longe. Então mas nós ainda não temos cursos
          O erro essencial das pessoas que dirigem a A.E.,    estruturados com qualidade suficiente, e já v amos
consiste em pensar que uma sobreposição de “causas”           começar a produzir “boas americanadas”, quem sabe
substitui uma “causa” ou equiv ale a uma “causa” e que        com um pouco de música “pimba” ficasse melhor, e
nada impede portanto, que a essa “causa” se dê uma            descobrir os Mega-professores desta escola, com base
única etiqueta. Na ausência de ideias nítidas e no            em critérios, no mínimo aberrantes. Esta reunião foi um
borbulhar de afectos difusos em que se tornou o hipotético    ex emplo do abusiv o e sucessiv o equiv oco, que têm sido
“programa nacional de educação”, as incompatibilidades e      desde o início esta associação; atropelos, v ários;
contradições entre desv airados propósitos, alegremente       imbróglios, outros tantos; sobreposição de competências,
arrolados no mesmo saco, não merecem consideração.            ainda mais.

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É grav e quando numa desenfreada busca de          grandeza, ubíqua, mestre de ligações perigosas e incapaz
protagonismo e sabe-se lá de mais o quê, pessoas desta      de assumir publicamente as suas opiniões ou intenções.
A.E. v inculam outras instituições por serem incapazes de          Decididamente é mau de mais, mas é v erdade,
assumir uma posição pessoal, responsáv el. Aquela           por isso, e como consequência disso, obv iamente:
personagem egocentrada, obcecada, os seus tiques de         demitam-se!
                                                                Nuno Miguel Castelbranco, G.E:, nº 1303
O IDEIAS                                                                                             Pág. 16
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                Haverá Semana Académica; Sim ou Não!?
                       Com     o    intuito  de     acabar     que me lev a a dizer que se fizeram as coisas sem antes
            definitiv amente com todas as dúv idas àcerca      se ter as estruturas básicas constituídas.
            da FAS e da organização da Semana                           No caso da nossa escola hav ia problemas
            Académica, o IDEIAS procurou uma das
pessoas que mais entende sobre os problemas da FAS -
Duarte Silv estre -, que numa mini-entrev ista nos
respondeu; ou melhor: deu resposta ás seguintes
questões:
      IDEIAS: Faça uma brev e alusão à história da FAS
(Federação Académica de Santarém).
      Duarte Silvestre: No decorrer do ano lectiv o 91/92
surgiu a ideia da criação de uma associação entre as AEs
das escolas do IPS, com a intenção de unirem esforços na
defesa dos interesses dos alunos. Inicialmente era para se
chamar Associação Académica, mas já ex istia uma
organização na cidade com esta designação constituída
pelas AEs da Escola Superior Agrária e da Escola
Secundária Sá da Bandeira, com cêrca de 65 anos. Na
altura chegou a hav er conv ersações com a Associação
Académica para que esta fosse representativ a da toda a
v ida estudantil de Santarém. Mas esta ideia não foi bem
aceite pela Associação Académica, porque os estudantes
queriam dominar toda a sua gestão e administração; com
estas incompatibilidades partiu-se para uma nov a solução:
criar uma nov a estrutura a partir da raiz - a Federação
Académica de Santarém, foi então que surgiu a ideia de se
organizar algo de carácter recreativ o, para que os
estudantes se unissem num interesse comum; e foi assim
que surgiram as Semanas Académicas, embora antes já
se tiv esse realizado algo semelhante que foi o desfile do
caloiro - com a organização conjunta entre a Associação
Académica e as AEs das escolas o IPS.
      IDEIAS: Quando começaram a surgir os problemas
com a FAS?
      D.S.: Os problemas surgiram porque a FAS se
afastou um pouco dos seus principais objectiv os, o que
lev ou a uma desmotiv ação por parte dos seus elementos,
que se v eio a repercutir nas reuniões que passaram a ser
mais escassas e menos concorridas, e as que se
chegav am a realizar-se não corriam da melhor forma
porque não hav ia uma metodologia pré-definida, isto é não
hav ia uma modelo administrativ o criado. Em parte dev ido
ao facto de não ex istir uma sede que se pudesse identificar
com a FAS, para dar v azão aos processos burocráticos, o

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relacionados com a falta de estruturas administrativ as que         D.S.: No meu entender a Semana Académica não
nos apoiassem a um nív el mais acima, e pensou-se que a        dev eria ser organizada pela FAS, mas sim dev eria
FAS v iria colmatar essa necessidade. Mas a FAS apenas         constituir-se uma comissão com pessoas fora da FAS, que
estav a v irada para a organização da Semana Académica         elaborassem planos da Semana Académica para a
e de festas similares, e não ligou aos aspectos                aprov ação da FAS, permitindo que esta se concentrasse
representativ os dos problemas dos estudantes. Chegando        mais nos problemas institucionais que afectam os alunos;
a ser conhecida pela Federação das Festas.                     esta comissão dev eria ser constituída logo em Outubro,
          Um outro problema está relacionado com o facto       para não hav er concentração de tarefas.
de só poderem pertencer aos órgãos da FAS elementos                      Quanto ao facto de não hav er Semana Académica
associativ os, aspecto que era fortemente protestado pelos     este ano, são v árias as razões: Primeiro - Não houv e
elementos observ adores, que queriam ter direito a             reuniões, consequentemente não houv e planeamento para
manifestar a sua opinião e até achav am que dev eriam ter      a Semana Académica; segundo - Este ano houv e
direito de v oto, utilizando como argumento a sua              demasiadas activ idades (As Isliadas, a Taça da Agrária, o
ex periência, e foi então que começaram a monopolizar as       Debate da Regionalização, os Ciclos de Conferências,
reuniões, liv rando-se das responsabilidades que               etc...) que mov imentaram as pessoas, separando as AEs
logisticamente recaíam sobre os elementos associativ os.       e não houv e tempo para discutir a Semana Académica,
          Na minha opinião para hav er Semana Académica        com grande pena minha, porque a nossa Semana
e Santafashion não era necessário hav er FAS, para tal         Académica já chegou a estar classificada como a quarta
bastaria que as AEs se reunissem e neste contex to a FAS       melhor do país. Quarta razão - As dív idas que foram
deix aria de ter utilidade.                                    herdadas do ano anterior, resultantes de um planeamento
      IDEIAS: Quais as razões que justificam o facto de        deficiente das activ idades.
não haver Semana Académica este ano?
                                                                                                     Luzia Valentim
Pág. 18                                                                                                O IDEIAS
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                                    OSCARES À PORTUGUESA
                                 Tív emos o prazer de v er há algum tempo na SIC uma transmissão especial - GLOBOS DE
                       OURO - que premiav a as figuras mais destacadas nos v ários campos, nas v árias áreas da v ida
                       portuguesa. Figuras que tiv essem contribuído para o engrandecimento de Portugal aquém e além
                       fronteiras.
          Esta ideia, que surgiu do canal telev isiv o com maior audiência em Portugal (segundo as sondagens), foi uma ideia
original, nunca antes realizada em Portugal e como tal tev e honras especiais e um acompanhamento especial.
          O seu desenv olv imento foi marcado por uma campanha de marketing e publicidade medonha e feroz. Meses
antes já se ouv ia falar dos globos de ouro, era globos de ouro para aqui, era globos de ouro para acolá, era globos de ouro
para toda a parte. Afinal de contas ia ser um acontecimento importante.
          Como espectáculo que era para o público em geral, a este coube-lhe o grande e decisiv o papel - O JÚRI. Ou
seja, estav a nas nossas mãos a decisão. Todos nós poderíamos participar e, caso a nossa escolha ganhasse, termos
orgulho e pensarmos “Eu contribui para a v itória de X”.
          Com o passar do tempo a campanha de marketing foi aumentando de intensidade e tornav a-se cada v ez mais
agressiv a chegando finalmente o grande dia. Honras telev isiv as, destaques principais, transmissão em directo. Afinal era a
primeira v ez que se fazia algo do género a nív el telev isiv o em Portugal.
          Pode v er-se a fina flor da nossa cultura, das nossas artes, da nossa música, do nosso desporto, conv idados
especiais, políticos, enfim a nata da sociedade, os melhores. Também quiseram dar um ar da sua graça. “Olha ali toda a
nossa cultura” disse alguém.
          Com a ajuda de cantores internacionais, belas manequins e os nossos irmãos brasileiros o espectáculo decorre
pelo melhor, muita emoção e alegria. À medida que se encaminha para o fim, os nerv os aumentam, a tensão é maior, o
suspanse cresce. Quem irá v encer, quem será melhor?
          Depois de uma noite bem passada, alegrias, emoções, frustrações e tristezas, atingiram-se os objectiv os, a
audiência está ganha, as pessoas estão contentes. Resumindo, foi tudo um grande sucesso ($$$$$)!
          E assim foi mais uma noite de glória para a telev isão e para a cultura portuguesa!

          Com a entrada da SIC no mercado, a situação deu uma grande v olta e este canal telev isiv o v eio dar um grande
safanão na nossa telev isão. E ainda bem para todos nós, estamos todos agradecidos. OBRIGADO SIC!
          Não se compreende é como é que um espectáculo feito por portugueses e para portugueses conv ida bandas e
cantores estrangeiros (não desfazendo), quando todos nós sabemos que hoje em dia há grandes músicos em Portugal. E
por que razão se conv idam modelos estrangeiras quando temos tão belas mulheres? E será que os nossos actores são
inferiores em algo, relativ amente aos outros? Já agora, se se abrangiam todas as áreas e tudo se incluía porque é que
não se incluiu a TVI e apenas se limitaram aos dois canais estatais.
          Por último, porque é que um espectáculo que tem por objectiv o homenagear grandes figuras portuguesas não
homenageia duas grandes personagens portuguesas, Dr. Mário Soares, por tudo aquilo que ele fez pela democracia, pelo
país e pela nação e Mário Viegas, (infelizmente já desaparecido), pela postura, pela maneira de encarar a v ida e pela mais
v alia que deix ou ao mundo do espectáculo português?
          A SIC é um grande Canal de Telev isão e toda a gente o reconhece. Como tal não necessita destes espectáculos
mediáticos, que acabam por ser medíocres, para se ex ibir e para mostra a sua superioridade. As audiências não o
justificam.
          Basta-lhe ser natural e continuar a dar-nos o que de melhor tem. É por isso que é a primeira!
                                                                                                           Luís Caetano


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P.S. - Uma referência a Herman José, única pessoa que referiu o Dr. Mário Soares e Mário Viegas. Realmente outra
grande figura do espectáculo Português!

                                       Quanto à v otação do júri... sem comentários!
O IDEIAS                                                                                                 Pág. 20
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                               Associação em Actividade
         A nossa AE parece estar a        conhecer o seu curso aos                  participou no campeonato mundial
v iv er um importante momento desde       participantes do ciclo, e chamar a        pela selecção Portuguesa que
a sua tomada de posse, apesar da          atenção aos autarcas presentes; uma       decorreu nas Açoteias e brev emente
aparente normalidade, nada será           v ez que o curso de Gestão Autárquica     participará no campeonato nacional de
como dantes. Podemos até falar da         é único em todo o país e os finalistas    pista na prov a dos 1500m femininos,
AE a.p. (antes de Páscoa) e d.p.          deste ano são os primeiros, sendo por     no próx imo dia 17 deste mês.
(depois de Páscoa), mas para não          isso natural a ex pectativ a em relação            Já      foi    div ulgada     a
fazer mais especulação prefiro ficar      à sua aceitação no mercado de             classificação        do     Campeonato
por aqui aguardando a ev olução dos       trabalho.                                 Nacional Univ ersitário de Voleibol
acontecimentos         para      depois             Depois dos ciclos de            Masculino, no qual participou uma
esclarecer com precisão todos os          conferências mantenham-se atentos,        equipa do nosso Instituto que se
interessados; se me permitem,             porque a AE pretende organizar um         classificou na 4ª posição, que não lhe
apenas recomendo a todos um pouco         concurso      de    cultura     geral     dá o direito de passar à final.
de tolerância e força de v ontade.        (semelhante ao Triv ial), onde poderão             Os        nossos        colegas
         À parte deste “pormenor” a       participar todas as turmas da nossa       concorrentes este ano ao programa
AE está no auge das suas funções,         escola em grupos de 4 elementos           ERASMUS continuam em Inglaterra e
organizando, com o apoio dos seus         efectiv os, 2 suplentes e um professor.   certamente já alguém reparou que
associados,       os    Ciclos      de              Sobre lazer, a nossa AE         ultimamente a nossa escola está a ser
Conferências            de       Gestão   organiza festas semanais a ter lugar      “inv adida” por alunos estrangeiros,
Autárquica, Informática de Gestão (14     no bar Xantarim todas as quartas-         também eles candidatos ao programa
de Abril) e Gestão de Empresas (15        feiras, serão sorteadas garrafas e        ERASMUS, que ao que parece
de Abril). O primeiro decorrerá já no     hav erá bebidas grátis nos dias de        adoram Portugal e a pacatez da
fim deste mês no grande auditório do      lançamento.                               cidade de Santarém , sem falar no
CNEMA; as inscrições já estão                       Desporto: estão a decorrer      ex celente sol, o que os enche de
abertas na AE.                            os torneios de Snooker e de ténis de      alegria por poderem v oltar aos seus
         Paralelamente ao ciclo de        mesa, promov idos pelo departamento       países com um inv ejáv el bronze, se
conferências,               denominado    desportiv o da nossa AE, enquanto         os v irem por aí em dificuldades façam
“ Regionalização          Como        e   que o torneio de futebol aguarda até      v aler a nossa reputação de país
porquê ”, decorrerá no espaço             que se disponibilizem espaços para a      hospitaleiro.
adjacente ao auditório uma ex posição     sua realização.                                             Luzia Valentim
realizada também pelos alunos de                    Como noticiámos na última
Gestão Autárquica que v isa dar a         edição a nossa colega Ângela Reis



                                   Escola em Actividade:
28/03 - Realizou-se na nossa escola a eleição da Assembleia Estatutária. Para a qual v otaram alunos, funcionários,
       Docentes e Assistentes com o intuito de elegerem os seus representantes naquele órgão.
17/04 - Decorreu no auditório da ESAS, uma sessão de esclarecimento para a comunidade do IPS, protagonizada pelos
       quatro candidatos á eleição para presidente do IPS.
18/04 - A Assembleia Geral reuniu á porta fechada para uma sessão de esclarecimentos dada pelos quatro candidatos à
       presidência do IPS, à semelhança do que hav ia sido feito no dia anterior.



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22/04 - Decorreu durante todo o dia, numa sala dos serv iços centrais a eleição para o futuro Presidente do nosso
        politécnico. Depois do escortínio chegou-se à conclusão que se teria de proceder a um segundo acto eleitoral,
        entre os dois candidatos mais v otados (Dr. Fé de Pinho e Eng.º Justino).
24/04 - Realizou-se a primeira reunião da Assembleia Estatutária, órgão que tem como função a aprov ação dos estatutos
        da nossa escola.
29/04 - Decorrerá a segunda v olta do processo eleitoral para a Presidência do IPS.
                                                                                                  Luzia Valentim
Pág. 22                                                                                                O IDEIAS
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                           CARTA Aberta ao “Crítico”
    Quem v os escrev e, é um aluno do 1º ano do Curso de        podemos esquecer de tudo aquilo que é feito na escola e
I.G., que por pensar que se dev ia manifestar, v em por         que estranhamente nunca ninguém refere. Olhem à v ossa
este meio fazê-lo. Assim sendo, e como até dizem que            v olta e av aliem quanto trabalho e meios monetários estão
sou bom rapaz, e como até os bons samaritanos,                  a ser despendidos no actual momento a fim de melhorar a
necessitam por v ezes de alguns conselhos, dirijo-me            escola.
especialmente ao personagem que dá por sua graça ‘O                  Não consideram o trabalho lev ado a cabo pelo v osso
Crítico’.                                                       professor v álido ? Peguem nas pernas e depois de as
    A sugestão que eu faço a este personagem, surge no          usar falem com o professor em causa (Já que quando fui
contex to das inúmeras críticas que faz, críticas estas que     consultar no dicionário o significado da palav ra, não hav ia
inv ariav elmente dizem menos bem de toda a gente ou dos        nada que se referisse a animal irracional que tiv esse por
v ários órgãos relacionados com a Escola Superior de            hábito morder nos alunos), e até pode ser que o v osso
Santarém.                                                       problema desapareça. Antes de finalizar , não me
    Assim sendo, quando se faz uma crítica, dev e-se v er o     poderia despedir sem deix ar uma palav ra de apreço a
rev erso da moeda , não sendo possív el e minimamente           todos os alunos que lev am a cabo uma activ idade em prol
justo que não se v eja determinado problema por v ários         de outros alunos, pois em v ez de andarem a criticar o
prismas. Refiro-me aos constantes ataques feitos aos            trabalho e ideias dos outros, lev am a cabo as suas.
professores, ao estado da escola, aos membros da tuna,               Finalizando, despeço-me de todos v ós, env iando um
às pessoas que dirigem a escola, etc...                         abraço ao crítico.
    Quando algo não é feito, dev e-se av eriguar a fundo a
                                                                                                            Afonso Silva
razão de tal ter acontecido. Para além disso, não nos


                               Quem conta um CONTO
                                A VOZ do SILÊNCIO
          (Continuação da última Edição)
          Entrav a pela frecha da janela um foragido raio de Sol que despertou Daniela. Tentou controlar o seu cérebro
atordoado. Pôr em dia os últimos acontecimentos, tentar recordar-se de onde estav a. Recordav a-se de ter saído da escola
com os seus amigos. De combinar com a Magda e o Celso uma ida ao cinema nessa noite. De prometer à Marta que ia
fazer os trabalhos de inglês, de jurar ao Pedro que não lhe tinha chamado preguiçoso com intenção.
          Tudo isto na habitual barafunda de fim de aulas cheirando já a fim de semana. Depois... Sentiu um arrepio pela
coluna acima que lhe pôs todos os cabelos em pé. Não conseguiu controlar a emoção de recordar o que tinha v isto e
sentido a seguir. Inconscientemente, enquanto continuav a a restaurar as suas ideias, não conseguiu abafar um grito há
tanto tempo reprimido:
- Bia!! - Gritou com força como se fosse a única palav ra que alguma v ez soube pronunciar...
          Recordav a agora o quarto. Era o seu quarto. Decerto teriam ouv ido o seu grito e não dev ia tardar a aparecer
gente. Iriam ex igir que ela falasse. Lev antou-se e foi até à janela. Abriu-a. Deix ou o sol entrar. A Primav era estav a a
chegar. Tempo de começo. Decidiu então. Iria falar. Tinha de descobrir a sua irmã.
          Segunda-feira, 8h 30m da manhã. As aulas começaram alv oraçadas pela nov idade. Daniela falav a. Sentiu-se
nov amente como nos primeiros dias de aulas onde todos a rodeav am como se ela fosse um animal de circo, uma
hesitante nov idade. Só que desta v ez isso já não lhe causou qualquer impacto. Ela sabia que hav ia qualquer coisa no ar...
Chegou há tarde. Num carro preto. Foi ajudada a descer pelo motorista. Daniela estav a de costas, mas sabia que ela era
aquela que há tanto tempo esperav a. Sabia já também que não era a sua Bia.



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Foi ao v oltar-se, ao encará-la nos olhos, ao impressionar-se com a frieza dos mesmos, ao aperceber-se da distância da
infância apreciar a já desfigurada ex istência na memória, que finalmente Daniela enterrou Bia no seu sepulcro de Paz
eterna.
         Esta que chegav a, que a arrancou do inocente silêncio de luto em que se deleitou de dor, era Bruna sua prima.
Nada mais. Nem sabia que Daniela ex istia, que Daniela sofria, que Bia há muito pertencia ao mundo sem dor. Sempre
sentada no seu trono, também não queria v ir a saber.
                                                         Continua...
                                                                                                       Sílvia Inácio
O IDEIAS                                                                                             Pág. 24
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                            Momentos de Poesia
                                                           Tocada por talento, cantada em dó.
LIBERDADE!                                                 Adorada pela sensibilidade, odiada pela indiferença...
    POR TIMOR...                                                                   Chamam-te Música
                                                                                                     Sílvia Mateus
         Pomba branca, sem asas para v oar!
         Ecos de dor, ressoando!
         Vozes caladas, gritando!
         Alertas chegados, env oltos nas ondas do mar!

         Represálias humanas:
         Que roubam a ex istência,
         Assaltam a clemência.
         Burguesias de um poder: Tiranas!

         Ser eu. Não ex iste.
         Pensar. Proibido.
         Orgulho. Ferido.
         Essência de pov o: persiste!

         É esta essência que é luta.
         A sobrev iv ência da liberdade.
         O apelo a nós humanidade,
         Para que a v erdade se discuta!

                                              96/04/16
                                           Sílvia Inácio




É   s o bálsamo relax ante da alma
Amiga que consola, a cúmplice que div erte
Refugias o espírito amargurado
És a razão de v iv er daquele que te tem
Como companheira.
Guias aquele que v iaja no seu imaginário infinito
Aqueces o frio nas gélidas noites de Inv erno
Embalas o ser na profundeza do seu sono merecido
Fazes suspirar o coração apaix onado
Adquires forma com palav ras,
És moldada por frases,
Melodiosa por clav es de sol,

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Quando a solidão é minha dama de companhia, o                    Dediquemos um minuto do nosso tempo para
meu pensamento div aga e eu perco-me.                           contemplar aquilo que quotidianamente desprezamos. Por
         Valerá a pena?                                         ser feio!
         A v ida pode ser tão bela, mas ao mesmo tempo                                               Sílvia Mateus
sufocante. Nascer. Nascer para quê? Para sofrer? Será
que os momentos bons irão superar um dia todas as
tristezas desta v ida ingrata?
         Será que esta ingratidão v ai ser superada?
         Aonde é que nós v amos parar? Qual será o
nosso destino.
         Por mais quanto tempo é que iremos ser infelizes,
por mais quanto tempo é que nos andaremos a enganar, a
tentar disfarçar uma realidade, afogar os nossos
ressentimentos, as nossas angústias. Qual será o dia em
que iremos enfrentar tanta loucura?
         Se calhar tarde de mais e aí já não irá dar para
consertar o mal feito. Só nos restará sobrev iv er, até um
dia tudo acabar!
         Viv er para sofrer. Sobrev iv er para prolongar uma
ex istência arrastada pela miséria!
         Oh. v ida cruel!
                                          Sílvia Mateus

          Olhamos em nosso redor e v imos uma plenitude
bela, fruto de uma criação.
          Os nossos olhos também v êem o outro lado
dessa beleza, o lado ofuscado por tamanha grandeza
puritana.
          Vimos algo feio inestético, defeituoso. Todav ia só
enx ergamos o belo, porque só ele nos interessa,
desprezamos o outro lado, com uma ex plicação: é feio!
          Mas porquê? Qual a razão para tal atitude?
          Afinal, é tudo fruto da mesma criação. No entanto
por algum motiv o não saíram da forma pretendida. São
diferentes, mas no fundo iguais, apesar de uma aparência
menos bela, tem direito à v ida.
          Nada disto importa, porque o que este ser mortal
quer na realidade é estar rodeado por toda a beleza
possív el e imaginária. Não sejamos cínicos, nem
andemos a enganar o próx imo.
          “– A beleza não conta. O que importa é o interior”.
          Palav ras são só palav ras. Lev adas pelo v ento.
Afogadas pelo mar brav io.
          É a realidade nua e crua.
          Este ser que se diz humano tem que aprender a
dar v alor às pequenas coisas, às mais insignificantes.
          A chuv a quando cai molha-nos a todos!
Pág. 26                                                                                                O IDEIAS
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                                COBRAS E LAGARTOS
          O Sr. Joaquim Letria é uma grande figura nacional      usurpação e v iolação do seu espaço, destruição do seu
 e até há pouco tempo trabalhav a na R.D.P. - Rádio Difusão      modo de v ida, ex ploração, escrav idão, é racista?
 Portuguesa, Rádio Estatal. Neste órgão de comunicação                    Será que um homem acusa o gov erno de um país
 tinha um programa diário denominado Cobras e Lagartos,          - Angola - de ter av iões de lux o, frotas de automóv eis, de
 que como o próprio nome indica, era um programa de má           se pav onear pelo estrangeiro e v iv er desfrutando o prazer
 língua que dizia as v erdades nuas e cruas, doesse a que        da v ida, enquanto que o país está destruído pela guerra e
 doesse. O seu programa sempre foi duro e toda a gente           pela fome, onde só há miséria e onde morrem milhares de
 era alv o do Cobras e Lagartos independentemente do             crianças, é racista?
 nome, cargo ou importância.                                              Não há dúv ida que o Sr. se ex cedeu e muito na
          Porém há não muito tempo, o Sr. Joaquim Letria         linguagem utilizada. Foi ex agerado e ultrapassou certos
 aprov eitando um telefonema de um ouv inte, proferiu certas     limites poderia e dev eria ter sido mais moderado. Mas o
 declarações menos suav es que soaram mal aos ouv idos           programa intitulav a-se Cobras e Lagartos e o objectiv o era
 de muita gente. A partir daí toda a gente sabe a história e     chocar e lançar a confusão.
 rebentou o escândalo.                                                    Só que por causa deste incidente, deste desabafo,
          O que nós ouv imos nos noticiários foram apenas        (juntando-se a muitos outros desabafos) reuniram-se
 ex ertos de toda a conv ersa e para, quem ouv iu toda a sua     direcções, secretários de estado, ministros, pediram-se
 interv enção apercebe-se que há algo errado.                    desculpas ao gov erno angolano, que ficou muito ofendido e
          Será v erdade que um homem que lutou pela              desmentiram-se as afirmações de racismo e x enofobia - É
 independência de Angola mostrou ser racista?                    TUDO MENTIRA! EM PORTUGAL NÃO HÁ RACISMO!
          Será que um homem que diz que: a maior parte                    E no fim, apresentou-se a cabeça do racista em
 dos africanos, os angolanos no caso particular da               bandeja de prata ao dito gov erno, mostrou-se que o Estado
 interv enção, que v êm para Portugal para fugir à miséria e     português não é racista e acabou-se um programa que
 em busca de melhores condições de v ida (à semelhança           incomodav a muita gente!
 dos portugueses nos anos 60 e 70) são ex plorados em                     E depois fala-se na liberdade de ex pressão e
 Portugal, toda a gente faz pouco deles, sofrem                  democracia em que v iv emos!
 humilhações e são alv o de racismo e x enofobia, não têm
                                                                                                            Luís Caetano
 nenhum apoio por parte do Estado português, é racista?
          Será que um homem que diz que: os pov os
                                                                 P.S. - No fim-de-semana passado, ocorreu mais um
 africanos estão como estão por culpa dos portugueses e
                                                                 incidente com um jov em negro, que foi baleado por um
 dos pov os europeus e dos 500 anos de colonização,
                                                                 jov em branco!



                   REGIONALIZAÇÃO: COMO E
                          PORQUÊ?
                                      Santarém, 30 de Abril de 1996
                         Auditório do Centro Nacional de Exposições - Santarém
                                                     Organização:
                       Núcleo de Alunos do Curso Superior de Gestão Autárquica
                                                  da
  Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão de Santarém (Instituto Politécnico de Santarém)
09.45H. - Ex periências Europeias de Regionalização. Orador: Prof. António Cov as, do Ministério da Agricultura
11.00H.- Regionalização e Globalização: o modelo administrativ o e a competitiv idade de Portugal. Orador: Dr. Carlos
Zorrinho, da Univ ersidade de Év ora
12.00H. - Consequências Sócio-Económicas da Regionalização. Orador: Prof. Rogério Roque Amaro, do ISCTE
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14.30H. - Mesa 2 - Debate sobre o Processo Político da Regionalização
Interv enientes:
O IDEIAS                                                                                                     Pág. 27
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   TECNOLOGIA VERSUS RECURSOS HUMANOS
      Actualmente coex istem, pelo menos duas fortes             tendência acaba por ser mais académica, ou seja, mais
tendências ao mais alto nív el da gestão. Uma baseia-se no       teórica do que prática, uma v ez que, em certa medida, a
pressuposto de que o futuro do mundo empresarial assenta         gestão de recursos humanos é ainda um continente por
no desenv olv imento tecnológico, a tal ponto que a lei dos      ex plorar no mundo da gestão empresarial, nomeadamente
rendimentos decrescentes postulada por Dav id Ricardo já         em países como o nosso.
foi posta em causa. Esta lei diz que sempre que se faz                 Os adeptos desta tendência defendem que a
corresponder sucessiv amente uma quantidade crescente            tecnologia não é em si uma fonte de v antagem competitiv a
de recursos com outro factor produtiv o fix o os acréscimos      porque está ao alcance de todas as empresas. Além disso
de produção tendem a diminuir a partir de dada altura. Ora,      a inov ação tecnológica requer uma melhor preparação dos
esta lei considera apenas dois factores produtiv os: o capital   recursos humanos e a sua constante actualização, pelo
e o trabalho. Ao considerar-se a tecnologia esta lei é posta     que são as pessoas que saem v alorizadas.
em causa e mais que isso v em ex plicar, pelo menos em                 Finalmente há que ter em linha de conta que as
parte, segundo alguns teóricos, porque é que alguns países       v antagens que o inv estimento traz na inov ação tecnológica
desenv olv idos apresentam tax as de crescimento                 são limitadas porque, em última análise, quem realiza as
económico crescentes. Assim tal facto fica a dev er-se ao        tarefas são as pessoas e não as máquinas. Desta forma o
esforço de inv estimento feito nesses países que é               capital v ai perdendo a sua supremacia como fonte de
canalizado para a inov ação tecnológica.                         v antagem competitiv a a fav or do trabalho. Nesta
      Muitos gestores parece terem-se apaix onado por esta       perspectiv a os salários, que do ponto de v ista contabilístico
corrente de opinião, prov av elmente porque entendem que a       continuam a ser v istos como um custo, ao nív el da gestão
tecnologia pode ser a principal fonte de competitiv idade, daí   passarão a ser entendidos mais como um inv estimento.
que a inv estigação tenha v indo a ganhar cada v ez mais         Mas para que esta tendência se afirme no mundo
terreno na estrutura económica dos países mais                   empresarial muita coisa terá que mudar no campo de
desenv olv idos e de muitas empresas líderes nos                 acção da gestão.
mercados internacionais. A companhia que melhor ilustra                Em primeiro lugar as empresas têm que saber
esta tendência no mundo da gestão é, prov av elmente, a          ex actamente qual o perfil que os seus trabalhadores têm
Microsoft, na qual a parte de inv estimento e de                 que ter, adoptando critérios mais precisos aquando do
trabalhadores afectos ao desenv olv imento dum softw are é       recrutamento de pessoal. Além disso têm que oferecer
significativ amente superior à parte afecta à produção.          segurança de emprego, praticar o empow erment, adoptar a
Assim a v erificar-se esta tendência as empresas do futuro       promoção interna, av aliar o desempenho dos
serão neste aspecto semelhantes à Microsoft.                     trabalhadores, fomentar as suas relações pessoais, adoptar
      Desta forma, considerando que o crescimento                uma política de motiv ação coerente, fazer com que o
económico é sustentado fundamentalmente pelo                     trabalhador sinta orgulho da companhia de que faz parte
desenv olv imento tecnológico, aquilo que os estados têm         etc.
que fazer, ao nív el da macroeconomia, e as empresas ao                Mas independentemente da principal fonte de
nív el da microeconomia, é precisamente inv estir na             v antagem competitiv a ser a tecnologia ou os recursos
inv estigação, uma v ez que se forem sempre surgindo             humanos, num ponto todos os teóricos estão de acordo: a
nov as ideias e cada v ez mais inov adoras o crescimento         fonte de v antagem competitiv a nasce nas ideias. Desta
não terá limites.                                                forma o sucesso será alcançado pelos mais críticos, pelos
      A outra forte tendência que se pode identificar neste      mais inov adores e pelos mais criativ os.
momento ao nív el da gestão é precisamente a v alorização                                            José Luís Carvalho
dos recursos humanos para a obtenção de ganhos de
produtiv idade. Cuido, desde já, de salientar que esta

                                    SANTAFASHION
                                    SANTAFASHI ON
Moda. Beleza. Magia. Cor. Espaço.
Enfim CNEMA. Enfim estudantes. Enfim m úsica.
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Precisarei de dizer mais... A esta palav ra ocorre-nos tudo isto, num relâmpago de imaginação.
Santarém precisa de mais iniciativ as como esta. Precisa de mostrar como se agarra um touro pelos chifres. Afinal é o
que sempre caracterizou as gentes que aqui habitam, o seu destemido prazer em conseguir realizar os seus objectiv os.
Lev antem esta camada de név oa que nos caracteriza de inactiv os.
Para aqueles que criticam, um desafio: Façam melhor! Isso mesmo. Saiam das cascas. Mostrem quem são. São
melhores!? Santarém, nós, a comunidade estudantil, merece mais!! E somos capazes disso. Libertem esses complex os,
lutem para tornar o que v os rodeia activ o. Enquanto não o fazem, participem. Onde houv er estudantes hav erá sempre:
M oda, B eleza, M agia, Cor, Espaço!!
                                                                                                      S ílvia Inácio
Pág. 29                                                                                        O IDEIAS
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  • 1. O D E IA S A s s o c ia ç ã o d e E st u d a n t e s d a E s c o l a Su pe r io r d e G e s t ã o d e Sa n t a r é m Dir ect o r a: LuziaV le a ntim Red acçã o : JoséLuísC rvalho a Mo n t ag em: Ru C taeI rinaV ira i os ie COPIMODEL Fotocópia - Modelismo e Serviços, Lda. FOT OCÓP IAS A P RET O E BRANCO FOT OCÓP IAS A CORES (LASER) FOT OCÓP IAS DE GRANDES FORMAT OS FOT OCÓP IAS EM P AP EL ESP ECIAL ENCADERNAÇÕES T ÉRMICAS ENCADERNAÇÕES COM ARGOLAS P LAST IFICAÇÕES IMP RESSÃO EM T -SHIRT S Rua Pedro de Santarém, Lj. 120 Tel (043) 23401 - 2000 SANTARÉM EDIÇÃO DE ABRIL DE 1996 Preço: 25$00 tudo o jornal cresceu, não só em dimensão mas também nos âmbitos que o determinam, lembro-me que na primeira Editorial edição o jornal foi escrito quase totalmente pela equipa que Decidir fazer este mês um editorial diferente para v os o dirigia e nesta edição a participação da equipa com comunicar que o v osso jornal "O IDEIAS" completa um ano artigos é quase simbólica. Hav eria tanto para v os contar de ex istência. Quando há uma ano atrás três sobre a fundação do jornal, mas o espaço escasseia e "Cav alheiros" me conv idaram para fundar um jornal na ainda gostaria de deix ar aqui uma palav ra de nossa escola eu não pensei duas v ezes e aceitei, e ainda agradecimento a todos os colaboradores d' O IDEIAS que bem que assim foi porque fazer parte da equipa d'O IDEIAS com os seus artigos tornam possív el cada edição, e um terá sido uma das ex periências mais marcantes por que repto a toda a escola para que participem no jornal, para passei nesta escola, nem sempre foi fácil trabalhar o jornal que este tenha um balanço ainda mais positiv o na data do de forma a estar tudo pronto para a data do lançamento; seu segundo aniv ersário. Para já estão todos conv idados surgiam sempre dificuldades que mal ou bem foram a celebrar connosco o aniv ersário d' O IDEIAS no próx imo ultrapassadas, mas que se acabaram sempre por dia 7 de Maio, no bar CHARLOT, esperamos por v ós. repercutir na qualidade da edição. Contudo se me permitem fazer aqui um balanço eu diria que apesar de
  • 2. Luz ia Vale ntim Sumário Embaixada de D. Guterres I ao Brasil Vale 1 Imperial Grátis aos primeiros 25 leitores a chegar ao bar CHARLOT na noite do dia 7 de Maio de 1996 Pág. 4 A Fronteira Virtual Pág. 8 Haverá Semana Académica; Sim ou Não? Pág. 9 Momentos de Poesia Pág13 CHARLOT BAR Agora de Segunda a Sábado Das 14 às 20 H. A PREÇOS REDUZIDOS Aos domingos Abrimos às 21H Av . Madre Andaluz, nº14B Telef.:(043)23415 - 2000 Santarém
  • 3. Pág. 3 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ ”Carta de uma Mãe Alentejana para um Filho que está na Bósnia” Mê Querido Filho, Escrevo-te algumas linhas apenas para saberes que tou viva. Estou-te a escrever devagar, pois sei que não sabes ler depressa. Nã vais reconhecer a nossa casa quando voltares, pois nós mudamo-nos. Temos uma máquina de lavar rôpa, mas nã trabalha muito bem, a semana passada pus lá 14 camisas, puxei a corrente e nunca mais as vi. Acerca do tê pai, ele arranjou um bom emprego, tem 1500 homens de baixo dele, pois agora está cortando a relva do cemitério. A Magana da tua irmã Maria teve um bébé esta semana, mas sabes, ê na consegui saber sé menino ô menina, portanto nã sé sés Tio ô Tia. O tê Ti Patrício afogô-se na semana passada num depósito de vinho, lá n’ adega cuprativa, algus compádris tentaram salvá-lo más sabes, ele lutou bravamente conta eles, o corpo foi cremado mas levou três dias pra apagar o incêndio. Na quinta-fêra fui ao médico e tê Pai foi comigo, o médico pôs-me um pequeno tubo na boca e disse-me pra nã falari durante 10 minutes. Atão nã sabes que o tê Pai ofereceu- se logo pra comprari o tubo ao médico! Esta semana só choveu duas vezes, na primeira choveu durante três dias, na segunda duranti quatro dias. Na segunda-fêra teve tante vento que uma das galinhas pôs o mesmo ovo quatro vezes. Recebemos uma carta do cangalheiro que informava que se o último pagamento do enterro da tua Avó nã fôr fêto no prazo de sete dias dévolvem-na. Estava pra te mandar cinco contos mas já tinha celado a carta. Olha m ê Flho, cuda-te, Tua Mãe Nota de Redacção Na edição de Abril o jornal “O Ideias” completa o seu primeiro aniv ersário. Assim sendo gostaríamos de aprov eitar esta ocasião para agradecer a todos os nossos colaboradores e anunciantes as respectiv as prestações. Gostaríamos no entanto de referenciar em especial a Comissão Instaladora da nossa escola pelas facilidades concedidas ao nív el da impressão do jornal na impressora a laser, sem a qual a qualidade de impressão de “O Ideias” teria um nív el inferior. Gostaríamos também de aprov eitar este espaço para div ulgar em primeira mão que o Jornal está a organizar uma festa de aniv ersário que dev erá realizar-se no bar “O Charlot” no dia 7 de Maio em que os primeiros 25 leitores a chegar à festa com a edição de Abril terão direito a uma imperial grátis. /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 4. Finalmente gostaríamos de aprov eitar a ocasião para pedir aos nossos professores que se dignem a participar um pouco mais connnosco, pois as suas participações são essenciais para promov er a imagem e a qualidade do nossso jornal.
  • 5. O IDEIAS Pág. 5 ________________________________________________________________________________________________////// //////// Atlântida 30/03/96 Meu caro João do Telhado, ESGS da Assembleia do IPS, contribuiu para uma Antes de mais considerações, tenho que te campanha publicitária da Telecel”. agradecer a atenção que tiv este para com a minha No “Faca e Garfo”, aparece-nos uma reportagem pessoa; no entanto, permite-me uma pequena correcção: onde nos “conv idam” a tomar uma refeição no refeitório do Não ando desaparecido; estou ex ilado. Não que seja de Complex o Andaluz e apreciar as qualidades liv re v ontade, mas infelizmente a isso fui obrigado. gastronómicas de um bom arroz de cabeleira, Porquê? - Podes questionar, mas no fundo,( e acompanhado com um jotav ial serv ido em copos sujos. espero que não se faça o No “Transparências”, aparece-nos uma crónica que se fazia antes do 25 de dedicada à grande participação do corpo docente da Abril de 1974, onde o lápis ESGS, na última edição de “O IDEIAS”, motiv ada azul ditav a a lei), estou a pagar a factura pelo facto de ter possiv elmente pela publicação, na edição de Janeiro, do sido uma pessoa frontal, directa e objectiv a. “Top-Professor”. Atlântida, porque foi o único local onde as pessoas Enfim, caro Primo, como podes v erificar, aqui, na são liv res de ex pressarem todos os seus pensamentos, Atlântida estamos muito bem informados sobre o que se os jornalistas têm toda a liberdade para ex por todos os passa em todo o mundo, e particularmente, aí na ESGS. É factos e acontecimentos, o que, como sabes, não notáv el. acontece por aí. Estas minhas palav ras já v ão muito ex tensas, Depois destas brev es considerações, não resisto resta-me pedir-te que apresentes os meus v otos de a rev elar-te os grandes destaques da imprensa deste mês parabéns ao corpo redactorial do jornal “O IDEIAS” pelo - claro está, relacionados com a v ida académica de seu primeiro aniv ersário. Santarém. Um abraço de teu primo que, embora ausente, Assim, no “Vontade de Trabalho” pode ler-se em muito te admira e também te estima. letras gordas “Desaparecimento súbito das funcionárias da Zé do Telhado Ao Jornal “O Ideias” Havia a necessidade de algo que fizesse a ligação entre todos os corpos desta escola. Nasceste tu. Começámos por ser quatro carolas. Não tirando o mérito aos quatro, parece-me lógico destacar uma pessoa: Celso Costa, o teu “pai”. Bom, depois, Tu (Ideias), foste crescendo, talvez de uma forma lenta, mas cresceste. Por diversos motivos, o teu primeiro director teve que te abandonar, no entanto, entrou o Costa para fazer a montagem e tu continuaste. Começou um novo ano lectivo e tu lá estavas, a trazer as novas; mais tarde, também fui obrigado a abandonar-te, mas tu, claro, prosseguiste. Chegaste ao primeiro ano de aniversário. Para ti, Ideias, muitos parabéns. Faço, no entanto, votos para que continues a crescer, para que de futuro sejas um símbolo para todos os que andamos na E.S.G.S. No entanto, não seria correcto da minha parte estar a elevar o teu nome sem referir alguém que, desde o primeiro momento, lutou por ti e, se existes, em grande parte a ela o deves: Luzia Valentim. Se atrás considerei Celso Costa, o teu “pai” e talvez porque foi ele a dar o primeiro passo para a tua existência, Luzia Valentim é, com certeza, a tua grande “Mãe” . Talvez sem ela já não existisses e, se atrás te dei os parabéns, ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 6. não me leves a mal, mas estes terão de ser extensivos também, à tua “Mãe”. Um amigo do Ideias Bruno Ribeiro, Seu fundador
  • 7. Pág. 7 O IDEIAS /////////////_________________________________________________________________________________________ ________ EMBAIXADA DE D. GUTERRES I AO BRASIL Aos 14 dias do mês de Abril do ano da graça de ingleses, que, tendo com o nosso reino a mais velha 1996, iniciou D. Guterres I uma sumptuosa embaixada ao aliança, sempre se revelaram uns grandes amigos da Brasil, com o objectivo claro de impressionar aquele povo onça. Correm rumores e o povo sente-se inseguro com o e cativar a sua atenção. Todos os arautos foram desgoverno da situação, receando pela sua vida. mobilizados para espalhar aos quatro ventos esta viagem Desgoverno que se estende à Educação dos jovens, que de D. Guterres I. A comitiva, de tão majestosa e não vislumbram a prometida paixão. E perfilam-se até exótica, envolveu um tal aparato que até ao alegre e outras facções da aristocracia desejosas de tomar o poder brando povo deste nosso reino causou enorme surpresa e e, para conseguir apoio, espanto, fazendo lembrar a de um seu antecessor. Para além de sua majestade e seus pares da Ordem da Rosa, multiplicam-se em campanhas junto do povo, com eles são mercadores às dúzias, agiotas, artesãos e promessas de o ouvir, afirmando querer fazer a vontade mesteirais, bobos, jograis, almocreves, mestres de outras ao (do) povo.(?) artes e ofícios, com intenções de deixar boa imagem por O tempo está soalheiro mas promete terras de Vera Cruz, mostrando a florescente cultura do turbulência... reino e espalhando o seu perfume inebriante para seduzir Crónicas de D. Guterres I os nossos irmãos de além mar e trazer muitos e bons acordos, alianças e contratos. por Fernão Lápis É sabido que outra das intenções desta embaixada é a de apaziguar os ânimos dos muitos Físicos brasileiros que querem em Portugal tratar das nossas dentaduras mas cujo mester não é reconhecido pelos nossos. Também a vinda, de terras de Vera Cruz, de inúmeros romeiros, jogadores de pêla, jograis e bobos mestres na representação de Cantigas de Amor e Escárnio e Maldizer e outros mesteirais, que nos últimos anos têm assomado este nosso reino para aqui se estabelecerem sem prévia autorização da Coroa, se procura resolver com esta embaixada. A dita embaixada também busca uma aliança entre escribas e copistas de ambos os reinos, com o propósito de se conseguir um acordo em relação à língua de tal sorte que não se ache necessário fazer uso de intérpretes, como começa a acontecer actualmente, nem que para tal se tenha de mutilar a língua, esquecendo a sua raiz etimológica, pois é mister que se coloquem de feição condições para melhor comerciar nos países por nós descobertos. Toda a plebe aguarda que a comitiva regresse a Portugal com as arcas cheias de tratados que compensem a sumptuosa embaixada financiada à custa do erário público. Há também quem receie que a ida de toda esta elite para o Brasil seja uma fuga à praga das vacas loucas que grassa pelo reino e pela Europa, deixando o povo à sua sorte, perante esta peste trazida pelo gado dos /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 8. O IDEIAS Pág. 8 ________________________________________________________________________________________________////// //////// REGIONALIZAÇÃO O artigo que a seguir apresento nada tem a v er com a perder alguns concelhos e será que esses concelhos minha opinião pessoal do tema focado, apenas é o estarão dispostos a ligarem-se a outras regiões? lev antar de uma questão. Será que Santarém, capital de Distrito não se Desde 1143, com o Tratado de Zamora que somos importará de passar a ser uma cidade de segundo plano independentes (1179 reconhecimento Papal) e desde 1267, numa futura região? com o Tratado de Badajoz, que temos as nossas fronteiras Que terá Santarém a ganhar com a Regionalização? definidas por completo. Desde então (salv o uma ou outra E do que é que v ai ter que abdicar? ex epção) que somos um Pov o unido e uma Nação única, E será que Santarém cidade, Santarém população, nos bons e nos maus momentos. está disposta a mudanças, a perder uma série de usos e Portugal está div idido por Distritos, cada qual com sua costumes, a ter que alterar uma série de hábitos e a história, tradições, hábitos e costumes. Mas isso não sujeitar-se? impede que não sejamos um país forte e coeso. E E quando se fala em Santarém fala-se em Braga, ou infelizmente, não faltam ex emplos de países que são Év ora, Bragança, Viseu e todo um País. mantas de retalhos e que têm sérios problemas e div isões Independentemente de todas estas questões e de internas. Mas nós não. todas as outras que este tema suscita, há ainda que v er Como todos nós sabemos hoje em dia um dos temas um ponto muito importante e delicado. mais quentes da actualidade nacional é a Regionalização. Nós somos um Pov o pacífico, que v iv e em harmonia E não passa um dia que não ouçamos nada relativ amente e em conjunto. Desde o tempo de Viriato que resistimos a a este assunto. inv asões, lutámos contra o inimigo, combatemos juntos Muito agitada com esta questão anda a nossa classe contra tudo e contra todos, sempre defendendo o nosso política e todos nós v emos quão mov imentados andam, País e a nossa Pátria. com reuniões, com pareceres, com debates entrev istas, É claro que há sempre riv alidades entre Alfacinhas e etc.... Tripeiros e quem não se ri das anedotas dos Alentejanos. Ou seja está na moda falar-se da Regionalização! Todos nós pux amos a brasa à nossa sardinha mas tudo Como se sabe, esta ideia de div idir o País já não é não passa de bairrismo. Mas no fundo somos todos nov a e v em inclusiv amente consignada na Constituição. Portugueses. Mais concretamente, esta ideia da Regionalização consiste Felizmente não temos nenhuma E.T.A. ou I.R.A. e na div isão do País em regiões específicas, com o intuito julgo que nenhum de nós ouv iu ainda falar na A.I.R. de Descentralizar e de Desburocratizar. Há quem diga que (Acção Independentista Ribatejana) ou no E.L.M. (Ex ército na prática a Regionalização é para acabar com aquela de Libertação do Minho). ideia de que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem” Por isso há que pensar. E há que colocar a questão: Pretende-se com isto que as futuras Regiões sejam será que não são perigosas todas estas div isões, estas mais autónomas, mais independentes, mais capazes de separações? enfrentarem as questões por elas próprias (sem estarem Não será a Regionalização a semente da div isão, da tão dependentes do Poder Central) e de proporcionarem separação e do ódio? melhores condições de v ida aos seus habitantes. Há que v er que estamos no presente e é agora que Todos falam nas v antagens que ex istem, no que as temos que agir e pensar nas questões, para que no futuro regiões v ão ganhar, o progresso adjacente, a maior não se transformem os bairrismos em algo assustador e autonomia em relação ao Poder Central, o poder de de consequências imprev isív eis! decisão, etc..., etc... Porém há que analisar a questão Luís Caetano cuidadosamente e v er na prática como é que será. Por ex emplo, será que Santarém não se importará de ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 9. P.S. - Parabéns ao N.A.G.A.- Núcleo de Alunos de Gestão Autárquica pela sua iniciativ a e por todo o trabalho que têm tido.
  • 10. Pág. 10 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ Pentium Video e Placas de PRO Caros Leitores, a mudança de preços no mercado informático, foi menos acentuada neste mês de Abril. CHARLOT Os preços desceram menos do que no mês anterior, e o mercado da RAM(memórias) estabilizou, após descidas na ordem dos 50%(aprx .). Bar Os processadores mantiv eram os preços, pois a procura de sistemas Promoções/ MAIO 96 Dia Pentium 100 Mhz continua a ser bastante elev ada. No entanto, a quebra 1 - Vodka de preços parece aprox imar-se de nov o, com o lançamento em grande escala 2 - Batida de Coco dos processadores Pentium Pro 150Mhz e 200Mhz, a preços mais acessív eis. O 3 - Caipiroska Pentium Pro não é, como alguns de v ocês possam pensar, um Pentium 4 e 5 Black Russino “melhorado”. Pelo contrário, este representa mais um passo na construção de 6 - Super Bock (imperial) processadores baseados no conceito de “ex ecução dinâmica” com cache de 7 - Creme de Whisky Niv el 2(L2) de 256Kb integrada no processador. É sem duv ída o processador Pc 8 - Cuba Liv re Intel mais rápido do mercado, mas não compensa quando se utiliza um sistema 9 - Safari operativ o como o Window s 95, pois neste sistema ainda são utilizadas rotinas de 10 e 11 - Tequila Sunrise acesso a 16Bits. As suas v erdadeiras capacidades são demonstradas em 13 - Sangria sistemas operativ os 32Bit puros, como o Window s NT 3.51, o OS/2 e Unix , nos 14 - Gim quais se têm ganhos na ordem dos 30 a 40% em performance. 15 - Amêndoa Amarga Como conclusão deste ponto, penso não ser v antajosa nem barata a 16 - Absinto compra de um Pentium Pro, que, para além de tudo, é apenas mais rápido 1-2% 17 - Caipiroska em Window s 95 que um Pentium à mesma v elocidade(Mhz). A minha escolha 18 e 19 - Pina Cola recai ainda nos sistemas Pentium 120-166Mhz, que v alem não só pelo preço, 20 - Super Bock (imperial) como pela performance que ainda demonstram ter. 21 - w hisky Placas de Video 22 - Ginja Fiquei de esclarecer um pouco sobre placas de v ídeo, pois bem a placa 23 - Pisang Ambom de v ídeo é por si, o componente de Hardw are que “produz” a imagem que 24 - Caipirinha v isualizamos no ecrã do monitor. É importante não confundir a placa de v ídeo 25 e 26 Green Coconut com uma placa TV. A placa TV serv e para conectar directamente o computador a 27 - Sangria uma telev isão, ou v ídeo, e v ermos a imagem no monitor como se de uma 28 - Vodka telev isão se tratasse. Em suma a placa de v ídeo “produz“ e processa imagem, 29 - Super Bock (imperial) ao passo que a placa TV capta um sinal v ídeo e torna-o compatív el de modo a 30 - Tequila que possamos v isualizá-lo no monitor. 31 - Caipiroska Assim, a placa de v ídeo não capta imagem, mas sim “produz” e processa-a, env iando a informação ao monitor. A escolha de uma placa de v ídeo, não é difícil, mas tem algumas rasteiras... Primeiro que tudo, dev erá ser uma placa PCI(tipo de conex ão). Além de PCI, dev erá conter no mínimo um chip de acelaração v ideo (Ex : chip de aceleração S3 da Vision). A escolha mínima recai numa placa de v ídeo S3 868 64Bit com descompressão MPEG (formato de ficheiros de v ídeo). Mas as placas S3 poderão ser de v árias marcas e preços, estes diferem, pelo fabricante da estrutura da placa e/ou pela DRAM (memória da placa) com que estas possam v ir equipadas. O normal é v irem equipadas com 1Mb de Dram. Estas placas podem ex pandir a sua DRAM, podendo por isso acrescentar mais memória à placa, libertando por isso a memória do computador que por v ezes é utilizada pelas placas de v ídeo. Algumas do mesmo modelo poderão ser mais rápidas que outras, dependendo do fabricante em questão e da sua compatibilidade com o Sistema Operativ o(Ex : Window s 95). /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 11. Os driv ers que v êm com a placa, são de ex trema importância para o bom funcionamento destas em ambientes de alta resolução gráfica com o Window s 95. As placas de v ídeo S3 poderão ser encontradas a partir dos 12 000$... Ex istem placas bastante melhores, que poderei falar noutra altura e que de certeza serão muito mais rápidas , com muito mais qualidade e v iradas para as centenas de contos. Marcas mais conhecidas : Genoa, Diamond, Matrox , Number Line, Trident e Ex pert Média. Sérgio Crespo
  • 12. O IDEIAS Pág. 12 ________________________________________________________________________________________________////// //////// Subject: Regionalização From: pico@mailtelepac.pt (João Paulo Goulart), Hoje (2 de Abril de 1996) , ao ouv ir a TSF, falav a-se de regionalização. É um tema do qual não ouv i ainda ecos aqui dev íamos ser capazes de saber responder a muitas perguntas antes de nos decidirmos. Vejamos por ex emplo estas que eu aqui deix o: • O que pensar relativ amente à regionalização? • Vai melhorar a eficiência dos gastos públicos? • Vai aumentar a democracia e a forma como as populações podem interv ir nos seus destinos? • Vai permitir um desenv olv imento regional mais acentuado? • Quais são os resultados práticos dos países onde ex iste regionalização? Quais os países da Europa que têm regionalização? • Qual é a razão de nº de habitantes/quilómetro quadrado nesses países? • Vai implicar um aumento de bairrismo entre regiões e, logo, problemas internos nacionais? • Vai ser muito caro? Mas esse dinheiro inv estido será mais tarde recuperado, ou não será nunca? • Qual a orientação dos div ersos partidos políticos e porquê? Eles não são anjinhos de coro, têm sempre outras razões por debaix o daquelas razões. • Estas e outras perguntas dev eriam ter respostas, mas quem é que as sabe dar? E baseado em quê? Não serão apenas especulações de um lado e do outro? A quem interessa e a quem não interessa a regionalização? • Falemos de regionalização, é o desafio que eu aqui deix o. João Paulo Goulart NEGE Em Actividade Como todos sabem, o Núcleo de Estudantes de Gestão de Empresas da Escola Superior de Gestão de Santarém (N.E.G.E./E.S.G.S.) é um organismo recentemente formado na referida Escola. Este Núcleo v isa a defesa dos interesses dos Estudantes de Gestão de Empresas bem como a promoção e div ulgação da nossa Escola e do nosso curso na região onde estamos inseridos. Após atribulada campanha eleitoral, em que estiv eram duas listas env olv idas, a lista A e a lista B, acabando por v encer a lista B. Tal como foi prometido cá estamos nós, prontos para trabalhar e cumprir assim os objectiv os a que nos propusémos. Mas, antes demais apresentamos em seguida o Núcleo de Estudantes de Gestão de Empresas: Anabela Silv a 2º ano; António Pacheco 1º ano; Carla Rosa 1º ano;Catarina Branco 3º ano; Catarina Gonçalv es 2º ano; Cláudia Neto 3º ano; Júlia Figueiredo 1º ano; Luís Caetano 2º ano; Nelson Carv alhinho 2º ano; Paula Ferreira 1º ano; Paulo Domingos 2º ano;Sandra Santos 3º ano; Susana Reis 1º ano. ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 13. Tendo em conta o anteriormente referido estamos já empenhados na realização de v árias activ idades. Assim sendo: • tiv émos uma reunião com a Comissão Instaladora, para dar a conhecer o N.E.G.E e debatermos questões ligadas ao Núcleo; • foram realizadas as mini-conferências, no passado dia 23 de Abril, no auditório da nossa Escola; • v ai-se realizar o primeiro jantar do Curso de Gestão de Empresas no próx imo dia 30 de Abril; • o N.E.G.E., em colaboração com a Associação de Estudantes e com os alunos do curso de Informática de Gestão, v ai, no seguimento dos anos anteriores, lev ar a cabo a realização dos quartos Ciclos de Conferência de Gestão de Empresas e de Informática de Gestão; • já abrimos inscrições para os alunos do 3º ano que estejam interessados, para apresentação dos seus respectiv os currículos, com o intuito de serem div ulgados junto das empresas da região; Além de tudo isto, estamos neste momento a desenv olv er v árias activ idades, das quais brev emente v os daremos conhecimento. Por agora é tudo, mas já sabem que estamos presentes e que podem contar connosco! Esperamos contar com v ocês! O N.E.G.E./E.S.G.S.
  • 14. Pág. 14 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ A Fronteira Virtual Este é sem dúv ida o local apropriado para Mas nem por isso deix am de se manifestar, quais div agações angustiadas sobre o rumo da A.E. e reflex os de Pav lov . quejandos. A forma de hoje serenamente se gerir não só a A gente já se habituou a um nív el razoáv el de complex idade das sociedades como também a fragilidade bandalheira, mas mesmo assim há coisas que pensa que ideológica que resulta da queda dos v ários muros de são sagradas. Nesta fase toda a gente julga que tem Berlim assenta no recurso à cordialidade como v ia para opiniões e, de facto tem opiniões: opiniões incoerentes, ultrapassar as conflitualidades que inev itav elmente opiniões iletradas, opiniões superficiais, opiniões ex istem e continuarão a ex istir. perv ersas e, sobretudo, opiniões alheias. Daí que Isto lev a a concluir que o que está em causa não qualquer tentativ a de inv ocar essas opiniões se esboroe é tanto e só o fundo da questão como sobretudo o juízo de com o tempo, porque tal inv ocação é artificial. Não se oportunidade sobre a sua conv eniência ou pode transformar em ex istencial o que é corporativ o só inconv eniência, de acordo com interesses de v ária porque alguém repete essa mentira muitas v ezes. ordem. Há na nossa v ida estudantil, alguns mistérios Por isso, as questões não só não são de ev itar pessoais que me intrigam Pessoas que nunca fizeram como até o seu tratamento, a partir desta atitude de nada que os distinguisse; nunca produziram pensamentos espírito, se torna sinal de ou ideias que se v igilância cultural e de aprov eitassem. Mas v ontade de progredir. O quando abrem a boca são silêncio, imposto ou notícia infalív el. Realizou- condicionado, acaba por se se há algum tempo uma tornar hoje a grande barreira R.G.A., em tom soturno, a v encer e o perigo maior a de farsa com retoques de ev itar e os responsáv eis um “kitsch” dúbio, onde que de tal se não derem aquelas ex celsas conta estarão, sem o saber inteligências puseram a e talv ez com a melhor das nu todas as suas intenções, a colher aplausos apenas e só dos que nesse dificuldades em conv iv er com a realidade. Eles foram silenciamento estiv erem interessados. grev es ao refeitório, eles foram av aliações de Talv ez a questão pudesse e dev esse ter sido professores, eles foram equív ocos estatutários, etc... suscitada mais cedo, mas também aqui mais v aleria tarde Mas será que esta gente tem uma v isão tão que nunca, já que a oportunidade, em termos de opinião , homocrómica da realidade, que procure contribuir para não se decreta mas aprov eita-se e suscita-se e prepara- uma melhoria do ensino partindo das questões menores se . A questão tratada com elev ação, sim e sempre. O como estas. Transformar a escola numa feira de silêncio e o escondimento, por decreto e cúmplice e v aidades, nunca pensei que conseguissem chegar tão interesseiro, não. longe. Então mas nós ainda não temos cursos O erro essencial das pessoas que dirigem a A.E., estruturados com qualidade suficiente, e já v amos consiste em pensar que uma sobreposição de “causas” começar a produzir “boas americanadas”, quem sabe substitui uma “causa” ou equiv ale a uma “causa” e que com um pouco de música “pimba” ficasse melhor, e nada impede portanto, que a essa “causa” se dê uma descobrir os Mega-professores desta escola, com base única etiqueta. Na ausência de ideias nítidas e no em critérios, no mínimo aberrantes. Esta reunião foi um borbulhar de afectos difusos em que se tornou o hipotético ex emplo do abusiv o e sucessiv o equiv oco, que têm sido “programa nacional de educação”, as incompatibilidades e desde o início esta associação; atropelos, v ários; contradições entre desv airados propósitos, alegremente imbróglios, outros tantos; sobreposição de competências, arrolados no mesmo saco, não merecem consideração. ainda mais. /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 15. É grav e quando numa desenfreada busca de grandeza, ubíqua, mestre de ligações perigosas e incapaz protagonismo e sabe-se lá de mais o quê, pessoas desta de assumir publicamente as suas opiniões ou intenções. A.E. v inculam outras instituições por serem incapazes de Decididamente é mau de mais, mas é v erdade, assumir uma posição pessoal, responsáv el. Aquela por isso, e como consequência disso, obv iamente: personagem egocentrada, obcecada, os seus tiques de demitam-se! Nuno Miguel Castelbranco, G.E:, nº 1303
  • 16. O IDEIAS Pág. 16 ________________________________________________________________________________________________////// //////// Haverá Semana Académica; Sim ou Não!? Com o intuito de acabar que me lev a a dizer que se fizeram as coisas sem antes definitiv amente com todas as dúv idas àcerca se ter as estruturas básicas constituídas. da FAS e da organização da Semana No caso da nossa escola hav ia problemas Académica, o IDEIAS procurou uma das pessoas que mais entende sobre os problemas da FAS - Duarte Silv estre -, que numa mini-entrev ista nos respondeu; ou melhor: deu resposta ás seguintes questões: IDEIAS: Faça uma brev e alusão à história da FAS (Federação Académica de Santarém). Duarte Silvestre: No decorrer do ano lectiv o 91/92 surgiu a ideia da criação de uma associação entre as AEs das escolas do IPS, com a intenção de unirem esforços na defesa dos interesses dos alunos. Inicialmente era para se chamar Associação Académica, mas já ex istia uma organização na cidade com esta designação constituída pelas AEs da Escola Superior Agrária e da Escola Secundária Sá da Bandeira, com cêrca de 65 anos. Na altura chegou a hav er conv ersações com a Associação Académica para que esta fosse representativ a da toda a v ida estudantil de Santarém. Mas esta ideia não foi bem aceite pela Associação Académica, porque os estudantes queriam dominar toda a sua gestão e administração; com estas incompatibilidades partiu-se para uma nov a solução: criar uma nov a estrutura a partir da raiz - a Federação Académica de Santarém, foi então que surgiu a ideia de se organizar algo de carácter recreativ o, para que os estudantes se unissem num interesse comum; e foi assim que surgiram as Semanas Académicas, embora antes já se tiv esse realizado algo semelhante que foi o desfile do caloiro - com a organização conjunta entre a Associação Académica e as AEs das escolas o IPS. IDEIAS: Quando começaram a surgir os problemas com a FAS? D.S.: Os problemas surgiram porque a FAS se afastou um pouco dos seus principais objectiv os, o que lev ou a uma desmotiv ação por parte dos seus elementos, que se v eio a repercutir nas reuniões que passaram a ser mais escassas e menos concorridas, e as que se chegav am a realizar-se não corriam da melhor forma porque não hav ia uma metodologia pré-definida, isto é não hav ia uma modelo administrativ o criado. Em parte dev ido ao facto de não ex istir uma sede que se pudesse identificar com a FAS, para dar v azão aos processos burocráticos, o ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 17. relacionados com a falta de estruturas administrativ as que D.S.: No meu entender a Semana Académica não nos apoiassem a um nív el mais acima, e pensou-se que a dev eria ser organizada pela FAS, mas sim dev eria FAS v iria colmatar essa necessidade. Mas a FAS apenas constituir-se uma comissão com pessoas fora da FAS, que estav a v irada para a organização da Semana Académica elaborassem planos da Semana Académica para a e de festas similares, e não ligou aos aspectos aprov ação da FAS, permitindo que esta se concentrasse representativ os dos problemas dos estudantes. Chegando mais nos problemas institucionais que afectam os alunos; a ser conhecida pela Federação das Festas. esta comissão dev eria ser constituída logo em Outubro, Um outro problema está relacionado com o facto para não hav er concentração de tarefas. de só poderem pertencer aos órgãos da FAS elementos Quanto ao facto de não hav er Semana Académica associativ os, aspecto que era fortemente protestado pelos este ano, são v árias as razões: Primeiro - Não houv e elementos observ adores, que queriam ter direito a reuniões, consequentemente não houv e planeamento para manifestar a sua opinião e até achav am que dev eriam ter a Semana Académica; segundo - Este ano houv e direito de v oto, utilizando como argumento a sua demasiadas activ idades (As Isliadas, a Taça da Agrária, o ex periência, e foi então que começaram a monopolizar as Debate da Regionalização, os Ciclos de Conferências, reuniões, liv rando-se das responsabilidades que etc...) que mov imentaram as pessoas, separando as AEs logisticamente recaíam sobre os elementos associativ os. e não houv e tempo para discutir a Semana Académica, Na minha opinião para hav er Semana Académica com grande pena minha, porque a nossa Semana e Santafashion não era necessário hav er FAS, para tal Académica já chegou a estar classificada como a quarta bastaria que as AEs se reunissem e neste contex to a FAS melhor do país. Quarta razão - As dív idas que foram deix aria de ter utilidade. herdadas do ano anterior, resultantes de um planeamento IDEIAS: Quais as razões que justificam o facto de deficiente das activ idades. não haver Semana Académica este ano? Luzia Valentim
  • 18. Pág. 18 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ OSCARES À PORTUGUESA Tív emos o prazer de v er há algum tempo na SIC uma transmissão especial - GLOBOS DE OURO - que premiav a as figuras mais destacadas nos v ários campos, nas v árias áreas da v ida portuguesa. Figuras que tiv essem contribuído para o engrandecimento de Portugal aquém e além fronteiras. Esta ideia, que surgiu do canal telev isiv o com maior audiência em Portugal (segundo as sondagens), foi uma ideia original, nunca antes realizada em Portugal e como tal tev e honras especiais e um acompanhamento especial. O seu desenv olv imento foi marcado por uma campanha de marketing e publicidade medonha e feroz. Meses antes já se ouv ia falar dos globos de ouro, era globos de ouro para aqui, era globos de ouro para acolá, era globos de ouro para toda a parte. Afinal de contas ia ser um acontecimento importante. Como espectáculo que era para o público em geral, a este coube-lhe o grande e decisiv o papel - O JÚRI. Ou seja, estav a nas nossas mãos a decisão. Todos nós poderíamos participar e, caso a nossa escolha ganhasse, termos orgulho e pensarmos “Eu contribui para a v itória de X”. Com o passar do tempo a campanha de marketing foi aumentando de intensidade e tornav a-se cada v ez mais agressiv a chegando finalmente o grande dia. Honras telev isiv as, destaques principais, transmissão em directo. Afinal era a primeira v ez que se fazia algo do género a nív el telev isiv o em Portugal. Pode v er-se a fina flor da nossa cultura, das nossas artes, da nossa música, do nosso desporto, conv idados especiais, políticos, enfim a nata da sociedade, os melhores. Também quiseram dar um ar da sua graça. “Olha ali toda a nossa cultura” disse alguém. Com a ajuda de cantores internacionais, belas manequins e os nossos irmãos brasileiros o espectáculo decorre pelo melhor, muita emoção e alegria. À medida que se encaminha para o fim, os nerv os aumentam, a tensão é maior, o suspanse cresce. Quem irá v encer, quem será melhor? Depois de uma noite bem passada, alegrias, emoções, frustrações e tristezas, atingiram-se os objectiv os, a audiência está ganha, as pessoas estão contentes. Resumindo, foi tudo um grande sucesso ($$$$$)! E assim foi mais uma noite de glória para a telev isão e para a cultura portuguesa! Com a entrada da SIC no mercado, a situação deu uma grande v olta e este canal telev isiv o v eio dar um grande safanão na nossa telev isão. E ainda bem para todos nós, estamos todos agradecidos. OBRIGADO SIC! Não se compreende é como é que um espectáculo feito por portugueses e para portugueses conv ida bandas e cantores estrangeiros (não desfazendo), quando todos nós sabemos que hoje em dia há grandes músicos em Portugal. E por que razão se conv idam modelos estrangeiras quando temos tão belas mulheres? E será que os nossos actores são inferiores em algo, relativ amente aos outros? Já agora, se se abrangiam todas as áreas e tudo se incluía porque é que não se incluiu a TVI e apenas se limitaram aos dois canais estatais. Por último, porque é que um espectáculo que tem por objectiv o homenagear grandes figuras portuguesas não homenageia duas grandes personagens portuguesas, Dr. Mário Soares, por tudo aquilo que ele fez pela democracia, pelo país e pela nação e Mário Viegas, (infelizmente já desaparecido), pela postura, pela maneira de encarar a v ida e pela mais v alia que deix ou ao mundo do espectáculo português? A SIC é um grande Canal de Telev isão e toda a gente o reconhece. Como tal não necessita destes espectáculos mediáticos, que acabam por ser medíocres, para se ex ibir e para mostra a sua superioridade. As audiências não o justificam. Basta-lhe ser natural e continuar a dar-nos o que de melhor tem. É por isso que é a primeira! Luís Caetano /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 19. P.S. - Uma referência a Herman José, única pessoa que referiu o Dr. Mário Soares e Mário Viegas. Realmente outra grande figura do espectáculo Português! Quanto à v otação do júri... sem comentários!
  • 20. O IDEIAS Pág. 20 ________________________________________________________________________________________________////// //////// Associação em Actividade A nossa AE parece estar a conhecer o seu curso aos participou no campeonato mundial v iv er um importante momento desde participantes do ciclo, e chamar a pela selecção Portuguesa que a sua tomada de posse, apesar da atenção aos autarcas presentes; uma decorreu nas Açoteias e brev emente aparente normalidade, nada será v ez que o curso de Gestão Autárquica participará no campeonato nacional de como dantes. Podemos até falar da é único em todo o país e os finalistas pista na prov a dos 1500m femininos, AE a.p. (antes de Páscoa) e d.p. deste ano são os primeiros, sendo por no próx imo dia 17 deste mês. (depois de Páscoa), mas para não isso natural a ex pectativ a em relação Já foi div ulgada a fazer mais especulação prefiro ficar à sua aceitação no mercado de classificação do Campeonato por aqui aguardando a ev olução dos trabalho. Nacional Univ ersitário de Voleibol acontecimentos para depois Depois dos ciclos de Masculino, no qual participou uma esclarecer com precisão todos os conferências mantenham-se atentos, equipa do nosso Instituto que se interessados; se me permitem, porque a AE pretende organizar um classificou na 4ª posição, que não lhe apenas recomendo a todos um pouco concurso de cultura geral dá o direito de passar à final. de tolerância e força de v ontade. (semelhante ao Triv ial), onde poderão Os nossos colegas À parte deste “pormenor” a participar todas as turmas da nossa concorrentes este ano ao programa AE está no auge das suas funções, escola em grupos de 4 elementos ERASMUS continuam em Inglaterra e organizando, com o apoio dos seus efectiv os, 2 suplentes e um professor. certamente já alguém reparou que associados, os Ciclos de Sobre lazer, a nossa AE ultimamente a nossa escola está a ser Conferências de Gestão organiza festas semanais a ter lugar “inv adida” por alunos estrangeiros, Autárquica, Informática de Gestão (14 no bar Xantarim todas as quartas- também eles candidatos ao programa de Abril) e Gestão de Empresas (15 feiras, serão sorteadas garrafas e ERASMUS, que ao que parece de Abril). O primeiro decorrerá já no hav erá bebidas grátis nos dias de adoram Portugal e a pacatez da fim deste mês no grande auditório do lançamento. cidade de Santarém , sem falar no CNEMA; as inscrições já estão Desporto: estão a decorrer ex celente sol, o que os enche de abertas na AE. os torneios de Snooker e de ténis de alegria por poderem v oltar aos seus Paralelamente ao ciclo de mesa, promov idos pelo departamento países com um inv ejáv el bronze, se conferências, denominado desportiv o da nossa AE, enquanto os v irem por aí em dificuldades façam “ Regionalização Como e que o torneio de futebol aguarda até v aler a nossa reputação de país porquê ”, decorrerá no espaço que se disponibilizem espaços para a hospitaleiro. adjacente ao auditório uma ex posição sua realização. Luzia Valentim realizada também pelos alunos de Como noticiámos na última Gestão Autárquica que v isa dar a edição a nossa colega Ângela Reis Escola em Actividade: 28/03 - Realizou-se na nossa escola a eleição da Assembleia Estatutária. Para a qual v otaram alunos, funcionários, Docentes e Assistentes com o intuito de elegerem os seus representantes naquele órgão. 17/04 - Decorreu no auditório da ESAS, uma sessão de esclarecimento para a comunidade do IPS, protagonizada pelos quatro candidatos á eleição para presidente do IPS. 18/04 - A Assembleia Geral reuniu á porta fechada para uma sessão de esclarecimentos dada pelos quatro candidatos à presidência do IPS, à semelhança do que hav ia sido feito no dia anterior. ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 21. 22/04 - Decorreu durante todo o dia, numa sala dos serv iços centrais a eleição para o futuro Presidente do nosso politécnico. Depois do escortínio chegou-se à conclusão que se teria de proceder a um segundo acto eleitoral, entre os dois candidatos mais v otados (Dr. Fé de Pinho e Eng.º Justino). 24/04 - Realizou-se a primeira reunião da Assembleia Estatutária, órgão que tem como função a aprov ação dos estatutos da nossa escola. 29/04 - Decorrerá a segunda v olta do processo eleitoral para a Presidência do IPS. Luzia Valentim
  • 22. Pág. 22 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ CARTA Aberta ao “Crítico” Quem v os escrev e, é um aluno do 1º ano do Curso de podemos esquecer de tudo aquilo que é feito na escola e I.G., que por pensar que se dev ia manifestar, v em por que estranhamente nunca ninguém refere. Olhem à v ossa este meio fazê-lo. Assim sendo, e como até dizem que v olta e av aliem quanto trabalho e meios monetários estão sou bom rapaz, e como até os bons samaritanos, a ser despendidos no actual momento a fim de melhorar a necessitam por v ezes de alguns conselhos, dirijo-me escola. especialmente ao personagem que dá por sua graça ‘O Não consideram o trabalho lev ado a cabo pelo v osso Crítico’. professor v álido ? Peguem nas pernas e depois de as A sugestão que eu faço a este personagem, surge no usar falem com o professor em causa (Já que quando fui contex to das inúmeras críticas que faz, críticas estas que consultar no dicionário o significado da palav ra, não hav ia inv ariav elmente dizem menos bem de toda a gente ou dos nada que se referisse a animal irracional que tiv esse por v ários órgãos relacionados com a Escola Superior de hábito morder nos alunos), e até pode ser que o v osso Santarém. problema desapareça. Antes de finalizar , não me Assim sendo, quando se faz uma crítica, dev e-se v er o poderia despedir sem deix ar uma palav ra de apreço a rev erso da moeda , não sendo possív el e minimamente todos os alunos que lev am a cabo uma activ idade em prol justo que não se v eja determinado problema por v ários de outros alunos, pois em v ez de andarem a criticar o prismas. Refiro-me aos constantes ataques feitos aos trabalho e ideias dos outros, lev am a cabo as suas. professores, ao estado da escola, aos membros da tuna, Finalizando, despeço-me de todos v ós, env iando um às pessoas que dirigem a escola, etc... abraço ao crítico. Quando algo não é feito, dev e-se av eriguar a fundo a Afonso Silva razão de tal ter acontecido. Para além disso, não nos Quem conta um CONTO A VOZ do SILÊNCIO (Continuação da última Edição) Entrav a pela frecha da janela um foragido raio de Sol que despertou Daniela. Tentou controlar o seu cérebro atordoado. Pôr em dia os últimos acontecimentos, tentar recordar-se de onde estav a. Recordav a-se de ter saído da escola com os seus amigos. De combinar com a Magda e o Celso uma ida ao cinema nessa noite. De prometer à Marta que ia fazer os trabalhos de inglês, de jurar ao Pedro que não lhe tinha chamado preguiçoso com intenção. Tudo isto na habitual barafunda de fim de aulas cheirando já a fim de semana. Depois... Sentiu um arrepio pela coluna acima que lhe pôs todos os cabelos em pé. Não conseguiu controlar a emoção de recordar o que tinha v isto e sentido a seguir. Inconscientemente, enquanto continuav a a restaurar as suas ideias, não conseguiu abafar um grito há tanto tempo reprimido: - Bia!! - Gritou com força como se fosse a única palav ra que alguma v ez soube pronunciar... Recordav a agora o quarto. Era o seu quarto. Decerto teriam ouv ido o seu grito e não dev ia tardar a aparecer gente. Iriam ex igir que ela falasse. Lev antou-se e foi até à janela. Abriu-a. Deix ou o sol entrar. A Primav era estav a a chegar. Tempo de começo. Decidiu então. Iria falar. Tinha de descobrir a sua irmã. Segunda-feira, 8h 30m da manhã. As aulas começaram alv oraçadas pela nov idade. Daniela falav a. Sentiu-se nov amente como nos primeiros dias de aulas onde todos a rodeav am como se ela fosse um animal de circo, uma hesitante nov idade. Só que desta v ez isso já não lhe causou qualquer impacto. Ela sabia que hav ia qualquer coisa no ar... Chegou há tarde. Num carro preto. Foi ajudada a descer pelo motorista. Daniela estav a de costas, mas sabia que ela era aquela que há tanto tempo esperav a. Sabia já também que não era a sua Bia. /////////////________________________________________________________________________________________ _________
  • 23. Foi ao v oltar-se, ao encará-la nos olhos, ao impressionar-se com a frieza dos mesmos, ao aperceber-se da distância da infância apreciar a já desfigurada ex istência na memória, que finalmente Daniela enterrou Bia no seu sepulcro de Paz eterna. Esta que chegav a, que a arrancou do inocente silêncio de luto em que se deleitou de dor, era Bruna sua prima. Nada mais. Nem sabia que Daniela ex istia, que Daniela sofria, que Bia há muito pertencia ao mundo sem dor. Sempre sentada no seu trono, também não queria v ir a saber. Continua... Sílvia Inácio
  • 24. O IDEIAS Pág. 24 ________________________________________________________________________________________________////// //////// Momentos de Poesia Tocada por talento, cantada em dó. LIBERDADE! Adorada pela sensibilidade, odiada pela indiferença... POR TIMOR... Chamam-te Música Sílvia Mateus Pomba branca, sem asas para v oar! Ecos de dor, ressoando! Vozes caladas, gritando! Alertas chegados, env oltos nas ondas do mar! Represálias humanas: Que roubam a ex istência, Assaltam a clemência. Burguesias de um poder: Tiranas! Ser eu. Não ex iste. Pensar. Proibido. Orgulho. Ferido. Essência de pov o: persiste! É esta essência que é luta. A sobrev iv ência da liberdade. O apelo a nós humanidade, Para que a v erdade se discuta! 96/04/16 Sílvia Inácio É s o bálsamo relax ante da alma Amiga que consola, a cúmplice que div erte Refugias o espírito amargurado És a razão de v iv er daquele que te tem Como companheira. Guias aquele que v iaja no seu imaginário infinito Aqueces o frio nas gélidas noites de Inv erno Embalas o ser na profundeza do seu sono merecido Fazes suspirar o coração apaix onado Adquires forma com palav ras, És moldada por frases, Melodiosa por clav es de sol, ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 25. Quando a solidão é minha dama de companhia, o Dediquemos um minuto do nosso tempo para meu pensamento div aga e eu perco-me. contemplar aquilo que quotidianamente desprezamos. Por Valerá a pena? ser feio! A v ida pode ser tão bela, mas ao mesmo tempo Sílvia Mateus sufocante. Nascer. Nascer para quê? Para sofrer? Será que os momentos bons irão superar um dia todas as tristezas desta v ida ingrata? Será que esta ingratidão v ai ser superada? Aonde é que nós v amos parar? Qual será o nosso destino. Por mais quanto tempo é que iremos ser infelizes, por mais quanto tempo é que nos andaremos a enganar, a tentar disfarçar uma realidade, afogar os nossos ressentimentos, as nossas angústias. Qual será o dia em que iremos enfrentar tanta loucura? Se calhar tarde de mais e aí já não irá dar para consertar o mal feito. Só nos restará sobrev iv er, até um dia tudo acabar! Viv er para sofrer. Sobrev iv er para prolongar uma ex istência arrastada pela miséria! Oh. v ida cruel! Sílvia Mateus Olhamos em nosso redor e v imos uma plenitude bela, fruto de uma criação. Os nossos olhos também v êem o outro lado dessa beleza, o lado ofuscado por tamanha grandeza puritana. Vimos algo feio inestético, defeituoso. Todav ia só enx ergamos o belo, porque só ele nos interessa, desprezamos o outro lado, com uma ex plicação: é feio! Mas porquê? Qual a razão para tal atitude? Afinal, é tudo fruto da mesma criação. No entanto por algum motiv o não saíram da forma pretendida. São diferentes, mas no fundo iguais, apesar de uma aparência menos bela, tem direito à v ida. Nada disto importa, porque o que este ser mortal quer na realidade é estar rodeado por toda a beleza possív el e imaginária. Não sejamos cínicos, nem andemos a enganar o próx imo. “– A beleza não conta. O que importa é o interior”. Palav ras são só palav ras. Lev adas pelo v ento. Afogadas pelo mar brav io. É a realidade nua e crua. Este ser que se diz humano tem que aprender a dar v alor às pequenas coisas, às mais insignificantes. A chuv a quando cai molha-nos a todos!
  • 26. Pág. 26 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ COBRAS E LAGARTOS O Sr. Joaquim Letria é uma grande figura nacional usurpação e v iolação do seu espaço, destruição do seu e até há pouco tempo trabalhav a na R.D.P. - Rádio Difusão modo de v ida, ex ploração, escrav idão, é racista? Portuguesa, Rádio Estatal. Neste órgão de comunicação Será que um homem acusa o gov erno de um país tinha um programa diário denominado Cobras e Lagartos, - Angola - de ter av iões de lux o, frotas de automóv eis, de que como o próprio nome indica, era um programa de má se pav onear pelo estrangeiro e v iv er desfrutando o prazer língua que dizia as v erdades nuas e cruas, doesse a que da v ida, enquanto que o país está destruído pela guerra e doesse. O seu programa sempre foi duro e toda a gente pela fome, onde só há miséria e onde morrem milhares de era alv o do Cobras e Lagartos independentemente do crianças, é racista? nome, cargo ou importância. Não há dúv ida que o Sr. se ex cedeu e muito na Porém há não muito tempo, o Sr. Joaquim Letria linguagem utilizada. Foi ex agerado e ultrapassou certos aprov eitando um telefonema de um ouv inte, proferiu certas limites poderia e dev eria ter sido mais moderado. Mas o declarações menos suav es que soaram mal aos ouv idos programa intitulav a-se Cobras e Lagartos e o objectiv o era de muita gente. A partir daí toda a gente sabe a história e chocar e lançar a confusão. rebentou o escândalo. Só que por causa deste incidente, deste desabafo, O que nós ouv imos nos noticiários foram apenas (juntando-se a muitos outros desabafos) reuniram-se ex ertos de toda a conv ersa e para, quem ouv iu toda a sua direcções, secretários de estado, ministros, pediram-se interv enção apercebe-se que há algo errado. desculpas ao gov erno angolano, que ficou muito ofendido e Será v erdade que um homem que lutou pela desmentiram-se as afirmações de racismo e x enofobia - É independência de Angola mostrou ser racista? TUDO MENTIRA! EM PORTUGAL NÃO HÁ RACISMO! Será que um homem que diz que: a maior parte E no fim, apresentou-se a cabeça do racista em dos africanos, os angolanos no caso particular da bandeja de prata ao dito gov erno, mostrou-se que o Estado interv enção, que v êm para Portugal para fugir à miséria e português não é racista e acabou-se um programa que em busca de melhores condições de v ida (à semelhança incomodav a muita gente! dos portugueses nos anos 60 e 70) são ex plorados em E depois fala-se na liberdade de ex pressão e Portugal, toda a gente faz pouco deles, sofrem democracia em que v iv emos! humilhações e são alv o de racismo e x enofobia, não têm Luís Caetano nenhum apoio por parte do Estado português, é racista? Será que um homem que diz que: os pov os P.S. - No fim-de-semana passado, ocorreu mais um africanos estão como estão por culpa dos portugueses e incidente com um jov em negro, que foi baleado por um dos pov os europeus e dos 500 anos de colonização, jov em branco! REGIONALIZAÇÃO: COMO E PORQUÊ? Santarém, 30 de Abril de 1996 Auditório do Centro Nacional de Exposições - Santarém Organização: Núcleo de Alunos do Curso Superior de Gestão Autárquica da Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão de Santarém (Instituto Politécnico de Santarém) 09.45H. - Ex periências Europeias de Regionalização. Orador: Prof. António Cov as, do Ministério da Agricultura 11.00H.- Regionalização e Globalização: o modelo administrativ o e a competitiv idade de Portugal. Orador: Dr. Carlos Zorrinho, da Univ ersidade de Év ora 12.00H. - Consequências Sócio-Económicas da Regionalização. Orador: Prof. Rogério Roque Amaro, do ISCTE /////////////________________________________________________________________________________________ _________ 14.30H. - Mesa 2 - Debate sobre o Processo Político da Regionalização Interv enientes:
  • 27. O IDEIAS Pág. 27 ________________________________________________________________________________________________////// //////// TECNOLOGIA VERSUS RECURSOS HUMANOS Actualmente coex istem, pelo menos duas fortes tendência acaba por ser mais académica, ou seja, mais tendências ao mais alto nív el da gestão. Uma baseia-se no teórica do que prática, uma v ez que, em certa medida, a pressuposto de que o futuro do mundo empresarial assenta gestão de recursos humanos é ainda um continente por no desenv olv imento tecnológico, a tal ponto que a lei dos ex plorar no mundo da gestão empresarial, nomeadamente rendimentos decrescentes postulada por Dav id Ricardo já em países como o nosso. foi posta em causa. Esta lei diz que sempre que se faz Os adeptos desta tendência defendem que a corresponder sucessiv amente uma quantidade crescente tecnologia não é em si uma fonte de v antagem competitiv a de recursos com outro factor produtiv o fix o os acréscimos porque está ao alcance de todas as empresas. Além disso de produção tendem a diminuir a partir de dada altura. Ora, a inov ação tecnológica requer uma melhor preparação dos esta lei considera apenas dois factores produtiv os: o capital recursos humanos e a sua constante actualização, pelo e o trabalho. Ao considerar-se a tecnologia esta lei é posta que são as pessoas que saem v alorizadas. em causa e mais que isso v em ex plicar, pelo menos em Finalmente há que ter em linha de conta que as parte, segundo alguns teóricos, porque é que alguns países v antagens que o inv estimento traz na inov ação tecnológica desenv olv idos apresentam tax as de crescimento são limitadas porque, em última análise, quem realiza as económico crescentes. Assim tal facto fica a dev er-se ao tarefas são as pessoas e não as máquinas. Desta forma o esforço de inv estimento feito nesses países que é capital v ai perdendo a sua supremacia como fonte de canalizado para a inov ação tecnológica. v antagem competitiv a a fav or do trabalho. Nesta Muitos gestores parece terem-se apaix onado por esta perspectiv a os salários, que do ponto de v ista contabilístico corrente de opinião, prov av elmente porque entendem que a continuam a ser v istos como um custo, ao nív el da gestão tecnologia pode ser a principal fonte de competitiv idade, daí passarão a ser entendidos mais como um inv estimento. que a inv estigação tenha v indo a ganhar cada v ez mais Mas para que esta tendência se afirme no mundo terreno na estrutura económica dos países mais empresarial muita coisa terá que mudar no campo de desenv olv idos e de muitas empresas líderes nos acção da gestão. mercados internacionais. A companhia que melhor ilustra Em primeiro lugar as empresas têm que saber esta tendência no mundo da gestão é, prov av elmente, a ex actamente qual o perfil que os seus trabalhadores têm Microsoft, na qual a parte de inv estimento e de que ter, adoptando critérios mais precisos aquando do trabalhadores afectos ao desenv olv imento dum softw are é recrutamento de pessoal. Além disso têm que oferecer significativ amente superior à parte afecta à produção. segurança de emprego, praticar o empow erment, adoptar a Assim a v erificar-se esta tendência as empresas do futuro promoção interna, av aliar o desempenho dos serão neste aspecto semelhantes à Microsoft. trabalhadores, fomentar as suas relações pessoais, adoptar Desta forma, considerando que o crescimento uma política de motiv ação coerente, fazer com que o económico é sustentado fundamentalmente pelo trabalhador sinta orgulho da companhia de que faz parte desenv olv imento tecnológico, aquilo que os estados têm etc. que fazer, ao nív el da macroeconomia, e as empresas ao Mas independentemente da principal fonte de nív el da microeconomia, é precisamente inv estir na v antagem competitiv a ser a tecnologia ou os recursos inv estigação, uma v ez que se forem sempre surgindo humanos, num ponto todos os teóricos estão de acordo: a nov as ideias e cada v ez mais inov adoras o crescimento fonte de v antagem competitiv a nasce nas ideias. Desta não terá limites. forma o sucesso será alcançado pelos mais críticos, pelos A outra forte tendência que se pode identificar neste mais inov adores e pelos mais criativ os. momento ao nív el da gestão é precisamente a v alorização José Luís Carvalho dos recursos humanos para a obtenção de ganhos de produtiv idade. Cuido, desde já, de salientar que esta SANTAFASHION SANTAFASHI ON Moda. Beleza. Magia. Cor. Espaço. Enfim CNEMA. Enfim estudantes. Enfim m úsica. ________________________________________________________________________________________________////// ////////
  • 28. Precisarei de dizer mais... A esta palav ra ocorre-nos tudo isto, num relâmpago de imaginação. Santarém precisa de mais iniciativ as como esta. Precisa de mostrar como se agarra um touro pelos chifres. Afinal é o que sempre caracterizou as gentes que aqui habitam, o seu destemido prazer em conseguir realizar os seus objectiv os. Lev antem esta camada de név oa que nos caracteriza de inactiv os. Para aqueles que criticam, um desafio: Façam melhor! Isso mesmo. Saiam das cascas. Mostrem quem são. São melhores!? Santarém, nós, a comunidade estudantil, merece mais!! E somos capazes disso. Libertem esses complex os, lutem para tornar o que v os rodeia activ o. Enquanto não o fazem, participem. Onde houv er estudantes hav erá sempre: M oda, B eleza, M agia, Cor, Espaço!! S ílvia Inácio
  • 29. Pág. 29 O IDEIAS /////////////________________________________________________________________________________________ _________ /////////////________________________________________________________________________________________ _________