SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 13
bbmmm   2008



           FUNDAMENTOS
           FILOSÓFICOS E
           SOCIOLÓGICOS DA
           ARTE
           AVALIAÇÃO FINAL DA DISCIPLINA JUNTO
           AO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
           METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE
           Trabalho composto por três textos que discorrem as várias
           conceituações que a Arte tem vivenviado ao longo do tempo
           histórico. Retrata ainda a origem de várias concepções artísticas e
           também as leituras que o fazer arte assume nos dias atuais.




                                                              Henrique
                                                          Gomes de Lima
                                                             18/3/2008
HENRIQUE GOMES DE LIMA




                 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
                       CENTRO DE EDUCAÇÃO
  CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE
  DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA ARTE
                 PROFESSOR: Dr. DILMAR S. MIRANDA
                  ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA

                        AVALIAÇÃO FINAL DA DISCIPLINA

                  QUESTÕES PROPOSTAS PARA DISCUSSÃO

   1. Durante todo o curso deparamo-nos com vários conceitos a respeito da arte.
      Discorra sobre esta questão, desenvolvendo sua própria concepção.
   2. São várias as hipóteses que apontam e sugerem as origens das artes. Analise-as.
   3. Destaque e analise os cânone(s) relevante(s) das diferentes doutrinas de cada
      momento da história da arte ocidental.
   4. Em vários momentos do curso, refletimos sobre o processo de efetivação da obra
      de arte na sociabilidade. Qual sua opinião sobre este tema?
   5. A arte ocidental sempre tendeu ao processo de autonomização. Analise os tipos de
      autonomia que ela buscou.
   6. Qual a diferença entre o conceito de belo-em-si e o ideal de belo, e quando, na
      história do pensamento estético ocidental, se processou tal distinção?
   7. Em que o movimento artístico-cultural Renascimento tem, paradoxalmente, de
      retomada e/ou ruptura com a tradição clássica grega.
   8. O que é arte hoje?


Questão alternativa - Desenvolva a seguinte proposta de trabalho do seguimento
Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Arte:
    Considerando todo o teor visto e analisado durante o curso e os debates em sala de
aula, a bibliografia indicada, os diversos vídeos apresentados, o filme exibido (Agonia e
Êxtase) bem como trechos de outros filmes, problematize uma questão e desenvolva-a.




                                           2
HENRIQUE GOMES DE LIMA



                                  QUESTÃO 01.

                             CONCEITUANDO ARTE

        A Arte é a expressão do belo. Esta definição, comum até há algumas
décadas, conduz a outra questão: O que é belo? Aí, a resposta se torna bem mais
complicada. O que é motivo de escárnio para uns, transforma-se em emoção para
outros. Arte é contradição. O artista interpreta o mundo em que vive e não pode
estar alheio às mudanças da própria sociedade. Caminha com elas e até adiante
delas, provocando escândalo e reações iradas dos mais conservadores. O artista
não busca a unanimidade; não é um copista, é um desbravador: busca o diferente
onde todo mundo só vê o igual.
        Estudiosos da questão afirmam que e vivência em arte requer um saber
historicamente construído, um fazer consciente e um sentir subjetivo. Cabe
portanto, aos indivíduos buscar tais experiências, perceber e sentir o que se
convencionou chamar de experiência estética. Diante disso, o expectador tem que
perceber que o artista é, acima de tudo, um inconformado. Não segue a corrente,
mas luta contra ela. É um visionário, que almeja dar à sociedade onde vive um
enfoque que nem ela consegue, ainda ver. E é por isso que os movimentos, via de
regra, sofrem forte oposição em seu início, para serem compreendidos bem mais
tarde, quando a idealização artística passa a ser assimilada. Compreender as
manifestações artísticas é a nosso ver um dos caminhos para a construção do
conceito de Arte.
        A enciclopédia Encarta (edição em inglês) define, a seu modo, o que é arte:
"Arte é uma atividade regular e disciplinada, que pode estar limitada à habilidade,
como pode também se expandir, criando uma visão distinta e peculiar do mundo. A
palavra arte é derivada do latim ars, significando habilidade. A arte é, pois, a
habilidade de desenvolver um conjunto de ações especializadas, desde a
jardinagem ao jogo de xadrez. Entretanto, dentro de um entendimento mais
específico, arte envolve não apenas habilidade mas sobretudo imaginação, seja na
música, na literatura, na apresentação visual ou na interpretação."
        Com o passar do tempo histórico e de suas impressões materiais e
imateriais no espaço geográfico, percebe-se que nos tempos atuais há uma
tendência de levar em consideração a esperiência estética do apreciador e
chegamos a uma conclusão de que arte é a interpretação peculiar de alguém,



                                         3
HENRIQUE GOMES DE LIMA
diante dos acontecimentos passados, ou diante do comportamento social hoje e de
seus supostos desdobramentos futuros, que anunciam modificações significativas
no mundo todo ou em regiões específicas, despercebidas, por ora, ao cidadão
comum, mas que são captadas e materializadas na pauta de um compositor, na
pena de um poeta, nos pincéis de um pintor, no cinzel de um escultor ou ainda na
expressividade de um ator.
          Se tal não acontecer, então não estamos mais diante de uma manifestação
artística, mas de artesanato, também uma expressão do belo mas sem a
mensagem profunda que só o artista verdadeiro consegue transmitir. Mas se, por
um lado, o artista é único e insubstituível na interpretação do seu universo, por
outro, ele é em muito o produto da sociedade em que vive. É a sociedade que lhe
proporciona conhecimento, visão de conjunto e toda uma infra-estrutura que lhe
permite expressar seus sentimentos. É ela, a sociedade, que chancela sua criação,
aprovando ou reprovando, mas sempre reagindo, de alguma forma, frente à obra
criada.
   Então, arte implica na interação contínua e constante entre o artista e a
sociedade. Não importa qual a reação do público, se positiva ou negativa, o que
importa é que o artista conseguiu "incomodar", provocando um retorno diante de
seu trabalho. O inconformismo do artista diante do mundo, traduzido em sua obra,
só é válido na medida em que desperta sentimentos em quem contempla o
trabalho. A apatia é a inimiga número um da arte.
          Nossa reflexão enquanto profissionais da educação e que vivemos o dia-a-
dia das relações concretas com estudantes vem no sentido de nos colocarmos
como provocadores dessa discussão. Fornecer os elementos subjetivos e práticos
para que nossos educandos possam vivenciar experiencias estéticas de forma
consciente e assim ter a oprtunidade de criar sua conceituação. Claro que antes se
faz necessário que o educador também tenha passado por esse processo de
sedimentação para que seu labor se torne significante e verdadeiro.




                                         4
HENRIQUE GOMES DE LIMA



                                   QUESTÃO 02.


                              HISTORIANDO A ARTE


        Conforme afirmamos no texto anterior a Arte é normalmente é entendida
como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética (beleza,
equilíbrio, harmonia, revolta) por parte do ser humano, feita com a intenção de
estimular os sentidos, bem como transmitir emoções e/ou idéias. A definição de
arte, no entanto, é fruto de um processo sócio-cultural e depende do momento
histórico em questão, variando bastante ao longo do tempo.
        Originalmente, a arte poderia ser entendida como o produto ou processo
em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades. Esse é o
sentido usado em termos como "artes marciais". Este era o sentido que os gregos,
na época clássica (séc. V a.C.), entendiam a arte: não existia a palavra arte no
sentido que empregamos hoje, e sim "tekné", da qual originou-se a palavra
"técnica" nas línguas neo-latinas. Para eles, havia a arte, ou técnica, de se fazer
esculturas, pinturas, sapatos ou navios. No sentido moderno, também podemos
incluir o termo arte como a atividade artística ou o produto da atividade artística.
Tradicionalmente, o termo arte foi utilizado para se referir a qualquer perícia ou
maestria, um conceito que terminou durante o período romântico, quando arte
passou a ser visto como "uma faculdade especial da mente humana para ser
classificada no meio da religião e da ciência".
        A arte existe desde que há indícios do ser humano na Terra. Mesmo
sabendo que nesse período, ainda não houvesse o despertar da fruição. Ao longo
do tempo, a função da arte tem sido vista como um meio de espelhar nosso mundo
(naturalismo), para decorar o dia-a-dia e para explicar e descrever a história e os
diversos eus que existem dentro de um só ser (como pode ser visto na literatura), e
para ajudar a explorar o mundo e o próprio homem.
        Percebe-se portanto que o processo artístico, contribuiu de forma
expressiva para o caminho civilizatório dos diversos grupos humanos em todos os
cantos do planeta. Entedemos aqui “ processo civilizatório” como a construção de
identidades e de consciência.
        Os historiadores de arte buscam determinar os períodos que empregam
certo estilo estético, denominando-os por 'movimentos artísticos'. A arte registra as


                                          5
HENRIQUE GOMES DE LIMA
idéias e os ideais das culturas e etnias, sendo assim, importante para a
compreensão da história do Homem e do mundo.
       Formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerar coisas aceitas ou
simplesmente criar novas formas de se perceber a realidade. Em algumas
sociedades, as pessoas consideram que a arte pertence à pessoa que a criou.
Geralmente consideram que o artista usou o seu talento intrínseco na sua criação.
Essa visão (geralmente da maior parte da cultura ocidental) reza que um trabalho
artístico é propriedade do artista. Outra maneira de se pensar sobre talento é como
se fosse um dom individual do artista. Os povos judeus, cristãos e muçulmanos
possuem esta visão sobre a arte.
       Outras sociedades consideram que o trabalho artístico pertence à
comunidade. O pensamento é levado de acordo com a convicção de que a
comunidade deu ao artista o capital social para o seu trabalho. Nessa visão, a
sociedade é um coletivo que produz a arte através do artista, que apesar de não
possuir a propriedade da arte, é visto com importância para sua concepção.
Existem contradições quanto à honra ou ao gosto pela arte, indicando assim o tipo
de moral que a sociedade exerce.
       Analisar as origens das Artes torna-se muito delicado, uma vez que cada
grupo de estudiosos procura associá-las a determinados parâmetros temporais e
interpretativos. Julgamos procedente utilizar métodos ou proposições de acordo
com o enfoque espacial que se quer dá.
       O método formalista mais antigo, entende que a obra de arte se dá pelas
formas e sua compreensão também. O método histórico entende que a obra de
arte é um fato histórico, portanto reflexo e ação em um determinado contexto
histórico. O 'método sociológico entende a obra de acordo com o estudo da
sociedade a qual ela pertence. O método iconográfico entende a obra pelos ícones
e símbolos que ela carrega.
       Se formos analisar a arte ao longo da história, podemos começar pela Arte
da Pré-História, que é o período onde se mostram as primeiras demonstrações de
arte que se tem notícia na história humana. Retratavam animais, pessoas, e até
sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões.
Apesar do desenvolvimentos primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como
pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno
contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de
serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas


                                         6
HENRIQUE GOMES DE LIMA
um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem
muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso
deles é o das cavernas de Lascaux, na França.
        Se dermos um grande salto no tempo, chegaremos à Arte do Antigo Egito,
o palco para uma das mais interessantes descobertas do ser humano. A arte
egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o
interior do templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a
passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as
superfícies dos objetos e das estruturas.
        Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anônimos, sendo
que só em poucos casos se conhece efetivamente o nome do artista.
        As grandes tradições na arte têm um fundamento na arte de uma das
grandes civilizações antigas: Antigo Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Índia, China,
Grécia Antiga, Roma, ou Arábia (antigo Iêmen e Omã). Cada um destes centros de
início civilização desenvolveu um estilo único e característico de fazer arte. Dada a
dimensão e duração dessas civilizações, suas obras de arte têm sobrevivido e
pode ainda influênciar e ser foi transmitida a outras culturas e tempos mais tarde.
        Outro grande salto no tempo, nos leva a europa ocidental. Lá vemos surgir
a arte gótica, já na Arte pré-românica. Os monumentos construídos nessa época
marcaram todo um modo especial de criar arquitetura e desenvolveu métodos
preciosos e estilos definidos como sombrios e macabros. A Arte Bizantina e a
gótica da Idade Média ocidental, mostraram uma arte que centrou-se na expressão
das verdades bíblicas e não na materialidade. Além disto, enfatizou métodos que
mostram a glória em mundos celestes, utiliando o uso de ouro em pinturas, ou
mosaicos.
        A Renascença ocidental deu um retorno à valorização do mundo material,
bem como o local de seres humanos, e mesmo essa mudança paradigmática é
refletida nessa arte, o que mostra a corporalidade do corpo humano, bem como a
realidade tridimensional da paisagem. O que se classificou como da Arte Moderna
surge desde a Grécia Antiga até meados do século XIX, todas as correntes de
pensamentos artístico e filosófico trouxeram questões novas acima de seu estilo
antecessor, de maneira formal em todos os casos, isto é, o debate sobre a Arte não
tocava o conteúdo da representação, o que ela queria dizer, mas sim a maneira
como se apresentava e os novos cânones a serem seguidos (cânones são mestres
do ofício, como Leonardo Da Vince, por exemplo). Em todas as correntes manteve-


                                            7
HENRIQUE GOMES DE LIMA
se um vínculo com o status-quo, ou seja, a Arte sempre era tratada como um
deleite de uma pequena elite econômica dominante, seja a nobreza ou o alto clero.
Mudava-se a forma da Arte, mas mantinha-se seu vínculo com o poder.
        Os ocidentais do Iluminismo no século XVIII faziam representações
artísticas de modo físico e racional sobre o Universo, bem como visões de um
mundo pós-monarquista. Isto reforçou a atenção ao lado emocional e à
individualidade dos seres. O século XIX, em seguida, viu uma série de movimentos
artísticos, tais como arte acadêmica, simbolismo, impressionismo, entre outros.
O aumento de interação global durante este tempo fez uma grande influência de
outras culturas na arte ocidental. Do mesmo modo, o Ocidente tem tido enorme
impacto sobre arte oriental no século XIX e no século XX, com idéias ocidentais
originalmente como comunismo e Pós-Modernismo exercendo forte influência
sobre estilos artísticos.
        O Modernismo baseou-se na idéia de que as formas "tradicionais" das
artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-
se ultrapassados, e que fazia-se fundamental deixá-los de lado e criar no lugar uma
nova cultura. Esta constatação apoiou a idéia de re-examinar cada aspecto da
existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as
"marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se
chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as
novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas
deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo
era também bom e belo. No modernismo, surgiu vários estilos, os mais destacados
são   Expressionismo,       Simbolismo,   Impressionismo,   Realismo,    Naturalismo,
Cubismo e Futurismo, embora tenham sido desenvolvidos diversos outros.
Atualmente, na Arte Contemporânea (surgida na segunda metade do século XX e
que se alonga até os dias atuais), encontramos, entre outros estilos secundários,
como a Pop Art. A pop art é completamente caracterizada como algo de humor e
muito diferente da arte antiga, pois retrata, de maneira irônica, o que utilizamos nos
dias de hoje, só que com outros tamanhos, ambientes e formas.
        Trabalhar portanto, com as origens da Arte, requer a análise dos espaços e
dos tempos históricos. O apanhado que ora fizemos mostra apenas um corte, um
lado “ conhecido” do mundo, cabe então a cada um de nós investigar outras
realidades durante muito tempo escondidas e que com certeza possuem sua
própria história e sua própria magnitude.


                                            8
HENRIQUE GOMES DE LIMA


                                  QUESTÃO 08.

                         CONCEITUANDO ARTE HOJE.


       Pois é... O que é arte? Esta frase sempre nos acompanha. Uma peça de
arte pode ser linda pra alguém e ser um horror para um outro. Observar o
performático artista panamenho (Exposição MAC;Dragão do Mar-2007) fotografado
como um morto nas rochas da praia de Iracema ou lambedo um prato sujo, como
um cacchorro abandonado, pode ser instigador e questionador da realidade urbana
ou um exemplo de banalização da vida.
       Penso que quando é arte pura, não “enrolação”, quando o artista é dotado
de dom, de excelente técnica, de bom gosto e de espírito crítico sempre algo de
bom estará a caminho. Jamais será um horror.
       A Arte é um caminho para comunicar a emoção. A arte pode despertar
sentimentos morais ou estéticos, e pode ser entendida como uma forma de
comunicar esses sentimentos. Artistas expressam algo seu público e esse público
é despertado, em certa medida, mas eles não têm de fazê-lo conscientemente. Arte
explora aquilo que é vulgarmente designado como a condição humana que é
essencialmente o que é ser humano. Frequentemente traz qualquer nova visão
relativa à condição humana individualmente ou em massa, o que não é
necessariamente sempre positiva, ou necessariamente amplia os limites de
capacidade humana. O grau de habilidade que o artista tem, irá afetar a sua
capacidade de desencadear uma reação emocional e, assim, proporcionar novos
conhecimentos, a capacidade de manipulá-las à vontade, mostra habilidade e
determinação.
       A Arte tende a facilitar a compreensão intuitiva, em vez de racional, e
normalmente é, conscientemente, criada com esta intenção. As obras de arte são
imperceptíveis, escapam de classificação, porque elas podem ser apreciadas por
mais de uma interpretação. Tradicionalmente, os maiores sucessos artísticos
demonstram um alto nível de capacidade ou fluência dentro de outras obras, por
isso se destacam. A arte pode utilizar a imagem para comover, emocionar,
conscientizar; ou palavras profundas para se apaixonar por um certo poema ou
livro. Basicamente, a arte é um ato de expressar nossos sentimentos, pensamentos
e observações. Existe um entendimento de que é alcançado com o material, como
resultado do tratamento, o que facilita o seu processo de entendimento.


                                        9
HENRIQUE GOMES DE LIMA
        A opinião comum diz que para se fazer uma arte que tenha como resultado
uma obra de qualidade, é preciso uma especialização do artista, para ele alcançar
um nível de conhecimento sobre a demonstração da capacidade técnica ou de uma
originalidade na abordagem estilística.
        As críticas quanto à algumas obras, deve-se muitas vezes, segundo o
crítico, à falta de habilidade ou capacidade necessária para a produção do objeto
artístico. Habilidade e capacidade necessária para a produção do tal objeto são
dois itens completamente importantes. No entanto, é importante definir que nem
toda obra de arte vale através da arte. A montagem dos materiais de uma obra
requer técnica e criatividade e também conhecimento. Um exemplo é um
dramaturgo ter em mente que o material que usará para criar sua peça de teatro
será a palavra e um aprofundamento sobre as personagens, o enredo e etc. Depois
disto, basta usar toda sua criatividade e conhecimento para ir moldando o texto da
peça.
        É importante então que se analise as conceituações e definições a partir de
alguns referenciais. Há quem defenda que definir um conceito é dizer em que
consiste e caso não saibamos defini-lo dessa maneira também não estamos em
condições de o utilizar adequadamente. Defender isto é o mesmo que dizer que há
apenas uma forma de definir conceitos, o que não é o caso. Ao contrário do que é
vulgar pensar-se, não existe apenas um tipo de definições. Sabemos utilizar
perfeitamente o conceito «azul» sem que, no entanto, o possamos definir dessa
maneira. Não o saber definir dessa maneira não é o mesmo que o não poder
definir. Para compreendermos isso é preciso distinguir dois tipos de definições:
definições explícitas e definições implícitas.
        Para fundamentar mais ainda tal discussão nos remetemos ao conceito de
estética. E o que viria a ser estética? O ramo da filosofia a que se dá o nome de
estética inclui um conjunto de conceitos e de problemas tão variado que, aos olhos
daquele que se inicia no seu estudo, pode parecer uma matéria demasiado
dispersa e     inacessível. Essa     primeira    impressão é   compreensível, mas
ultrapassável. Uma maneira de desfazer tal impressão é começar por esclarecer
que a estética é a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas, teorias e
argumentos acerca da arte. A estética é, portanto, o mesmo que filosofia da arte.
Mas há um problema com esta forma de apresentar a estética: o termo estética não
tem sido sempre utilizado nesse sentido. E isso não ocorre apenas em relação ao




                                          10
HENRIQUE GOMES DE LIMA
uso comum da palavra estética; ocorre também no interior da própria tradição
filosófica.
         Na tentativa de desfazer essa dificuldade, a estética é muitas vezes
apresentada como a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas e dos
conceitos que utilizamos quando nos referimos a objetos estéticos. Só que isso
pouco adianta se não soubermos antes o que se entende por objetos estéticos.
Podemos, contudo, acrescentar que os objetos estéticos são os objetos que
provocam em nós uma experiência estética. Mas, uma vez mais, ficamos
insatisfeitos, pois teremos agora de saber o que é uma experiência estética. Resta-
nos insistir e perguntar: - O que é uma experiência estética? Uma resposta
possível, mas sem ser circular ― sem voltar ao princípio e afirmar que uma
experiência estética é o que resulta da contemplação de objetos estéticos ―, é
apresentar alguns exemplos daquilo que consideramos ser juízos estéticos, isto é,
juízos acerca de objetos estéticos e que, portanto, exprimem experiências
estéticas.
         A estética é fundamental numa obra de arte. Vemos como exemplo a
arquitetura com seus edifícios majestosos, grandes, esbeltos, o que faz com que as
pessoas admirem. Assim é também com um bom conto, em questão de literatura, e
com uma boa pintura. Como já foi falado, o material usado é o que irá mostrar a
beleza da arte. É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética.
Conseguimos isso separando quais conceitos formam a estética, a começar pela
beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é
agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo
cognitivo do indivíduo que a observa. O belo depende muito da sociedade e de
suas crenças. Um exemplo disto é o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral. Para
ela, a figura do quadro era um monstro e para a maioria das pessoas. Mas por
quê? Será que por que não corresponde ao padrão de beleza da nossa sociedade?
Na época de Leonardo da Vinci, as mulheres eram tidas bonitas quando eram
rechonchudas. Exemplo disto é a Mona Lisa.
         Outro aspecto da estética é o equilíbrio. O equilibrio se encontra quando
todos os elementos que compõe a imagem estão organizados de tal forma que
nada é enfatizado, todos passando uma sensação de equilíbrio visual. O equilibrio
é mais utilizado nas pinturas. O que influencia o equilibrio são as cores, as
imagens, as superfícies, os tamanhos e as posições dos itens presentes na pintura,
ou numa outra arte plástica.


                                        11
HENRIQUE GOMES DE LIMA
        Muitos são os elementos usados atualmente para não somente entender,
mas também buscar uma conceituação. A harmonia por exemplo, é relacionada à
beleza, à proporção e também à ordem. Um exemplo, é a música: todos os ritmos
precisam estar bem delineados, bem ordenados para que haja uma harmonia, uma
beleza no som. Quanto ao design, podemos definir harmonia como efeito da
composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que contornos e
enchimentos sejam bem definidos, variando segundo um grau de importância pré-
estabelecido e se relacionando ao esquema geral da organização do objeto. Este
objeto pode ser um quadro, um site, enfim, qualquer entidade que esteja sendo
composta por partes (engrenagens) menores.
        Na escultura e na arquitetura, a forma também é uma das coisas mais
importantes. Nas esculturas de Michelangelo, ou nas de Rodin, como, por exemplo,
Davi, notamos que é um ser ali esculpido e este ser possui um corpo. Portanto, a
forma do corpo precisa ser bem definida, bem adquirida para que se assemelhe a
um corpo humano. No entanto, se o escultor for esculpir um monstro, como
exemplo, é preciso haver a mesma coisa, embora ele tenha em mente um corpo
totalmente diferente do comum. O que define uma obra como estéticamente bonita
e importante, além dos recursos que fora usado nela e de suas técnicas, é também
seu valor.
        Uma outra característica da arte é o valor. Esta vem depois de sua
realização pelo artista. É quando já está exposta ao público. Aqui, não é discutido
especialmente a estética, e sim o valor relacionado a importância da obra, segundo
a maioria. Podemos exemplificar esse raciocinio com a seguinte pergunta: por qual
motivo o quadro Mona Lisa tem um grande valor? Ou até mesmo: por que as obras
de Shakespeare são tão famosas e tidas como as melhores do mundo? E até: por
que várias músicas do Beatles são tão prestigiadas? Para começar, é importante
relacionar quais elementos tornam uma obra de arte tão glamurosa. Quanto à
Mona Lisa e as peças de Shakespeare, podemos notar algo semelhante: um
elemento novo até então. Por exemplo: na Mona Lisa, há o sfumato. Nas peças
mais famosas de Shakespeare, há técnicas ímpares para o teatro, como, p.
exemplo, em Hamlet: o teatro no teatro. As músicas dos Beatles possuem ritmos e
melodias pioneiros. Mas será que é apenas um elemento novo que faz uma obra
ficar em destaque?
        Além da distribuição e divulgação de uma obra, coisas que contribuem
bastante para a sua fama, há também um outro item: a forma como a obra é criada


                                        12
HENRIQUE GOMES DE LIMA
e, assim, como ela sobrevive depois de anos. Este item é mais aplicado na
literatura, onde diversos romances permanecem prestigiados mesmo depois de
muito tempo escritos, por terem um valor social e emocional ainda muito presente
no ser humano, como as peças de Shakespeare. Além disto tudo, quando uma
obra influencia outras por conter coisas novas e quando essa mesma obra possui
aspectos que atraiam o espectador por algum motivo (seja motivacional, de
reflexão, ou outro), ela então se torna valiosa pelos que gostaram.
        Voltamos então ao início de nossa conversa. O que é arte? E no nosso
caso de educadores qua atuamos na escola básica? Como trabalhar tais
fundamentos com a realidade social que vivenciamos? Acredito que um dos
caminhos é a reflexão. Refletir sobre nossas práticas. Refletir sobre nossas
convicções e crenças. Refletir sobre nossa postura política. Vivenciar experiências
estéticas.




                                        13

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (17)

Plano de aula curso proinfo sobre O Belo na Arte
Plano de aula curso proinfo sobre O Belo na ArtePlano de aula curso proinfo sobre O Belo na Arte
Plano de aula curso proinfo sobre O Belo na Arte
 
Filosofia estética
Filosofia   estéticaFilosofia   estética
Filosofia estética
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
Apostila de-artes-visuais
Apostila de-artes-visuais Apostila de-artes-visuais
Apostila de-artes-visuais
 
Conceito de arte
Conceito de arteConceito de arte
Conceito de arte
 
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
 
A ARTE
A ARTEA ARTE
A ARTE
 
Aula 01 introdução a arte como experiência
Aula 01 introdução a arte como experiênciaAula 01 introdução a arte como experiência
Aula 01 introdução a arte como experiência
 
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAISARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
 
Comunicação, arte e cultura contemporânea
Comunicação, arte e cultura contemporâneaComunicação, arte e cultura contemporânea
Comunicação, arte e cultura contemporânea
 
Entendendo a arte
Entendendo a arteEntendendo a arte
Entendendo a arte
 
AINT - Trabalho
AINT - TrabalhoAINT - Trabalho
AINT - Trabalho
 
Eja arte
Eja arteEja arte
Eja arte
 
Obra aberta
Obra aberta Obra aberta
Obra aberta
 
Jorge coli - o que é arte
Jorge coli - o que é arteJorge coli - o que é arte
Jorge coli - o que é arte
 
Apostila de arte
Apostila de arteApostila de arte
Apostila de arte
 
O que é a arte (1)
O que é a arte (1)O que é a arte (1)
O que é a arte (1)
 

Andere mochten auch

Tp asosofinal finalmesmo
Tp asosofinal finalmesmoTp asosofinal finalmesmo
Tp asosofinal finalmesmodsdreis
 
Slide share
Slide shareSlide share
Slide sharearla_ley
 
Midias socias metodologia
Midias socias metodologiaMidias socias metodologia
Midias socias metodologiaBruno Porto
 
Francisco freitas dll 2010.2
Francisco freitas dll 2010.2Francisco freitas dll 2010.2
Francisco freitas dll 2010.2DLLURCA
 
Presentación2 diapositivas tecnologia
Presentación2 diapositivas tecnologiaPresentación2 diapositivas tecnologia
Presentación2 diapositivas tecnologiaJohana Mayorga
 
planodeaula afra
planodeaula afraplanodeaula afra
planodeaula afraafrinha
 
Lembrancinha Violão
Lembrancinha ViolãoLembrancinha Violão
Lembrancinha Violãoandreaassis
 
Cárdapio Doces e Salgados
Cárdapio Doces e SalgadosCárdapio Doces e Salgados
Cárdapio Doces e Salgadosbarbaramas
 
Desenhodo Joaozinho
Desenhodo JoaozinhoDesenhodo Joaozinho
Desenhodo Joaozinhoandrept
 
Perolas De Luz
Perolas De LuzPerolas De Luz
Perolas De Luzmantelli
 
Logística de cobertura em mídias
Logística de cobertura em mídiasLogística de cobertura em mídias
Logística de cobertura em mídiasAtitude Digital
 
Glosario de términos desconocido
Glosario de términos desconocidoGlosario de términos desconocido
Glosario de términos desconocidoGrupo6ma
 
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   msPesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados msPaulo Lima
 
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados Unidos
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados UnidosPrograma de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados Unidos
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados UnidosYázigi Travel
 
Salida tutorial 2010 parte 5
Salida tutorial 2010 parte 5Salida tutorial 2010 parte 5
Salida tutorial 2010 parte 5homelink
 

Andere mochten auch (20)

Tp asosofinal finalmesmo
Tp asosofinal finalmesmoTp asosofinal finalmesmo
Tp asosofinal finalmesmo
 
Slide share
Slide shareSlide share
Slide share
 
Midias socias metodologia
Midias socias metodologiaMidias socias metodologia
Midias socias metodologia
 
11. panorama comex mg nov2010
11. panorama comex mg nov201011. panorama comex mg nov2010
11. panorama comex mg nov2010
 
Francisco freitas dll 2010.2
Francisco freitas dll 2010.2Francisco freitas dll 2010.2
Francisco freitas dll 2010.2
 
Presentación2 diapositivas tecnologia
Presentación2 diapositivas tecnologiaPresentación2 diapositivas tecnologia
Presentación2 diapositivas tecnologia
 
planodeaula afra
planodeaula afraplanodeaula afra
planodeaula afra
 
Apresentação liu pic
Apresentação liu picApresentação liu pic
Apresentação liu pic
 
Lembrancinha Violão
Lembrancinha ViolãoLembrancinha Violão
Lembrancinha Violão
 
Cárdapio Doces e Salgados
Cárdapio Doces e SalgadosCárdapio Doces e Salgados
Cárdapio Doces e Salgados
 
Desenhodo Joaozinho
Desenhodo JoaozinhoDesenhodo Joaozinho
Desenhodo Joaozinho
 
Perolas De Luz
Perolas De LuzPerolas De Luz
Perolas De Luz
 
Logística de cobertura em mídias
Logística de cobertura em mídiasLogística de cobertura em mídias
Logística de cobertura em mídias
 
Glosario de términos desconocido
Glosario de términos desconocidoGlosario de términos desconocido
Glosario de términos desconocido
 
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   msPesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados   ms
Pesquisa exploratória das políticas curriculares em dourados ms
 
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados Unidos
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados UnidosPrograma de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados Unidos
Programa de Férias em Salt Lake City + Califórnia, Estados Unidos
 
Fuentes
Fuentes Fuentes
Fuentes
 
Camille
CamilleCamille
Camille
 
Carl philipp
Carl philippCarl philipp
Carl philipp
 
Salida tutorial 2010 parte 5
Salida tutorial 2010 parte 5Salida tutorial 2010 parte 5
Salida tutorial 2010 parte 5
 

Ähnlich wie Fund. filosóficos e sociológicos da arte nota 10,0

O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...grupointerartes
 
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a serie
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a seriePCN Ensino Fundamental - 1a a 4a serie
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a seriecorescolar
 
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdf
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdfRevista_Poiesis_TradAntropologia.pdf
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdfRicardoReis819162
 
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdf
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdfDidática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdf
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdfSEBASTIAO1
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdfLinguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdfGernciadeProduodeMat
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdfLinguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdfGernciadeProduodeMat
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdfGernciadeProduodeMat
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdfGernciadeProduodeMat
 
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclos
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclosPCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclos
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 cicloscorescolar
 
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpogrupointerartes
 

Ähnlich wie Fund. filosóficos e sociológicos da arte nota 10,0 (20)

Arte
ArteArte
Arte
 
Arte (Academia ENEM).pptx
Arte (Academia ENEM).pptxArte (Academia ENEM).pptx
Arte (Academia ENEM).pptx
 
O que é arte?
O que é arte?O que é arte?
O que é arte?
 
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...
 
O que é a arte
O que é a arteO que é a arte
O que é a arte
 
Arte
ArteArte
Arte
 
Arte
ArteArte
Arte
 
Eliana zaroni
Eliana zaroniEliana zaroni
Eliana zaroni
 
Páginas amarelas
Páginas amarelasPáginas amarelas
Páginas amarelas
 
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a serie
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a seriePCN Ensino Fundamental - 1a a 4a serie
PCN Ensino Fundamental - 1a a 4a serie
 
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdf
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdfRevista_Poiesis_TradAntropologia.pdf
Revista_Poiesis_TradAntropologia.pdf
 
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdf
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdfDidática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdf
Didática-sobre-Arte-e-arte_PDF.pdf
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdfLinguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdfLinguagens  1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE - Estudante.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE - Estudante.pdf
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
 
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdfLinguagens 1ª SÉRIE -  3º BIMESTRE Professor.pdf
Linguagens 1ª SÉRIE - 3º BIMESTRE Professor.pdf
 
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclos
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclosPCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclos
PCN Ensino Fundamental - 3 e 4 ciclos
 
Ana paula albuquerque
Ana paula albuquerqueAna paula albuquerque
Ana paula albuquerque
 
Aula 1 (1)
Aula 1 (1)Aula 1 (1)
Aula 1 (1)
 
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo
32 luciana ribeiro_desejodecriacaocorpo
 

Mehr von HENRIQUE GOMES DE LIMA

Mehr von HENRIQUE GOMES DE LIMA (13)

Desafio National Geographic 2009 1ª fase
Desafio National Geographic  2009   1ª faseDesafio National Geographic  2009   1ª fase
Desafio National Geographic 2009 1ª fase
 
Desafio national geographic 2010 prova 1ª fase
Desafio national geographic 2010 prova 1ª faseDesafio national geographic 2010 prova 1ª fase
Desafio national geographic 2010 prova 1ª fase
 
Projeto gema
Projeto gema Projeto gema
Projeto gema
 
Fund. antropológicos da arte nota 9,5
Fund. antropológicos da arte   nota 9,5Fund. antropológicos da arte   nota 9,5
Fund. antropológicos da arte nota 9,5
 
Geografia cultural
Geografia culturalGeografia cultural
Geografia cultural
 
Resumos sobre urbanização
Resumos sobre urbanizaçãoResumos sobre urbanização
Resumos sobre urbanização
 
Metodologia de aula de campo
Metodologia de aula de campoMetodologia de aula de campo
Metodologia de aula de campo
 
Análise ambiental
Análise ambientalAnálise ambiental
Análise ambiental
 
Seminários história da arte nota 10,0
Seminários história da arte   nota 10,0Seminários história da arte   nota 10,0
Seminários história da arte nota 10,0
 
Metodologia do ensino das artes visuais
Metodologia do ensino das artes visuais   Metodologia do ensino das artes visuais
Metodologia do ensino das artes visuais
 
Cultura popular uma reflexão necessária
Cultura popular uma reflexão necessáriaCultura popular uma reflexão necessária
Cultura popular uma reflexão necessária
 
Teorias da criatividade
Teorias da criatividade Teorias da criatividade
Teorias da criatividade
 
Curriculo Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
Curriculo  Breve HistóRico Na Prefeitura De FortalezaCurriculo  Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
Curriculo Breve HistóRico Na Prefeitura De Fortaleza
 

Kürzlich hochgeladen

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Kürzlich hochgeladen (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

Fund. filosóficos e sociológicos da arte nota 10,0

  • 1. bbmmm 2008 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA ARTE AVALIAÇÃO FINAL DA DISCIPLINA JUNTO AO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE Trabalho composto por três textos que discorrem as várias conceituações que a Arte tem vivenviado ao longo do tempo histórico. Retrata ainda a origem de várias concepções artísticas e também as leituras que o fazer arte assume nos dias atuais. Henrique Gomes de Lima 18/3/2008
  • 2. HENRIQUE GOMES DE LIMA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA ARTE PROFESSOR: Dr. DILMAR S. MIRANDA ALUNO: HENRIQUE GOMES DE LIMA AVALIAÇÃO FINAL DA DISCIPLINA QUESTÕES PROPOSTAS PARA DISCUSSÃO 1. Durante todo o curso deparamo-nos com vários conceitos a respeito da arte. Discorra sobre esta questão, desenvolvendo sua própria concepção. 2. São várias as hipóteses que apontam e sugerem as origens das artes. Analise-as. 3. Destaque e analise os cânone(s) relevante(s) das diferentes doutrinas de cada momento da história da arte ocidental. 4. Em vários momentos do curso, refletimos sobre o processo de efetivação da obra de arte na sociabilidade. Qual sua opinião sobre este tema? 5. A arte ocidental sempre tendeu ao processo de autonomização. Analise os tipos de autonomia que ela buscou. 6. Qual a diferença entre o conceito de belo-em-si e o ideal de belo, e quando, na história do pensamento estético ocidental, se processou tal distinção? 7. Em que o movimento artístico-cultural Renascimento tem, paradoxalmente, de retomada e/ou ruptura com a tradição clássica grega. 8. O que é arte hoje? Questão alternativa - Desenvolva a seguinte proposta de trabalho do seguimento Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Arte: Considerando todo o teor visto e analisado durante o curso e os debates em sala de aula, a bibliografia indicada, os diversos vídeos apresentados, o filme exibido (Agonia e Êxtase) bem como trechos de outros filmes, problematize uma questão e desenvolva-a. 2
  • 3. HENRIQUE GOMES DE LIMA QUESTÃO 01. CONCEITUANDO ARTE A Arte é a expressão do belo. Esta definição, comum até há algumas décadas, conduz a outra questão: O que é belo? Aí, a resposta se torna bem mais complicada. O que é motivo de escárnio para uns, transforma-se em emoção para outros. Arte é contradição. O artista interpreta o mundo em que vive e não pode estar alheio às mudanças da própria sociedade. Caminha com elas e até adiante delas, provocando escândalo e reações iradas dos mais conservadores. O artista não busca a unanimidade; não é um copista, é um desbravador: busca o diferente onde todo mundo só vê o igual. Estudiosos da questão afirmam que e vivência em arte requer um saber historicamente construído, um fazer consciente e um sentir subjetivo. Cabe portanto, aos indivíduos buscar tais experiências, perceber e sentir o que se convencionou chamar de experiência estética. Diante disso, o expectador tem que perceber que o artista é, acima de tudo, um inconformado. Não segue a corrente, mas luta contra ela. É um visionário, que almeja dar à sociedade onde vive um enfoque que nem ela consegue, ainda ver. E é por isso que os movimentos, via de regra, sofrem forte oposição em seu início, para serem compreendidos bem mais tarde, quando a idealização artística passa a ser assimilada. Compreender as manifestações artísticas é a nosso ver um dos caminhos para a construção do conceito de Arte. A enciclopédia Encarta (edição em inglês) define, a seu modo, o que é arte: "Arte é uma atividade regular e disciplinada, que pode estar limitada à habilidade, como pode também se expandir, criando uma visão distinta e peculiar do mundo. A palavra arte é derivada do latim ars, significando habilidade. A arte é, pois, a habilidade de desenvolver um conjunto de ações especializadas, desde a jardinagem ao jogo de xadrez. Entretanto, dentro de um entendimento mais específico, arte envolve não apenas habilidade mas sobretudo imaginação, seja na música, na literatura, na apresentação visual ou na interpretação." Com o passar do tempo histórico e de suas impressões materiais e imateriais no espaço geográfico, percebe-se que nos tempos atuais há uma tendência de levar em consideração a esperiência estética do apreciador e chegamos a uma conclusão de que arte é a interpretação peculiar de alguém, 3
  • 4. HENRIQUE GOMES DE LIMA diante dos acontecimentos passados, ou diante do comportamento social hoje e de seus supostos desdobramentos futuros, que anunciam modificações significativas no mundo todo ou em regiões específicas, despercebidas, por ora, ao cidadão comum, mas que são captadas e materializadas na pauta de um compositor, na pena de um poeta, nos pincéis de um pintor, no cinzel de um escultor ou ainda na expressividade de um ator. Se tal não acontecer, então não estamos mais diante de uma manifestação artística, mas de artesanato, também uma expressão do belo mas sem a mensagem profunda que só o artista verdadeiro consegue transmitir. Mas se, por um lado, o artista é único e insubstituível na interpretação do seu universo, por outro, ele é em muito o produto da sociedade em que vive. É a sociedade que lhe proporciona conhecimento, visão de conjunto e toda uma infra-estrutura que lhe permite expressar seus sentimentos. É ela, a sociedade, que chancela sua criação, aprovando ou reprovando, mas sempre reagindo, de alguma forma, frente à obra criada. Então, arte implica na interação contínua e constante entre o artista e a sociedade. Não importa qual a reação do público, se positiva ou negativa, o que importa é que o artista conseguiu "incomodar", provocando um retorno diante de seu trabalho. O inconformismo do artista diante do mundo, traduzido em sua obra, só é válido na medida em que desperta sentimentos em quem contempla o trabalho. A apatia é a inimiga número um da arte. Nossa reflexão enquanto profissionais da educação e que vivemos o dia-a- dia das relações concretas com estudantes vem no sentido de nos colocarmos como provocadores dessa discussão. Fornecer os elementos subjetivos e práticos para que nossos educandos possam vivenciar experiencias estéticas de forma consciente e assim ter a oprtunidade de criar sua conceituação. Claro que antes se faz necessário que o educador também tenha passado por esse processo de sedimentação para que seu labor se torne significante e verdadeiro. 4
  • 5. HENRIQUE GOMES DE LIMA QUESTÃO 02. HISTORIANDO A ARTE Conforme afirmamos no texto anterior a Arte é normalmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) por parte do ser humano, feita com a intenção de estimular os sentidos, bem como transmitir emoções e/ou idéias. A definição de arte, no entanto, é fruto de um processo sócio-cultural e depende do momento histórico em questão, variando bastante ao longo do tempo. Originalmente, a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades. Esse é o sentido usado em termos como "artes marciais". Este era o sentido que os gregos, na época clássica (séc. V a.C.), entendiam a arte: não existia a palavra arte no sentido que empregamos hoje, e sim "tekné", da qual originou-se a palavra "técnica" nas línguas neo-latinas. Para eles, havia a arte, ou técnica, de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios. No sentido moderno, também podemos incluir o termo arte como a atividade artística ou o produto da atividade artística. Tradicionalmente, o termo arte foi utilizado para se referir a qualquer perícia ou maestria, um conceito que terminou durante o período romântico, quando arte passou a ser visto como "uma faculdade especial da mente humana para ser classificada no meio da religião e da ciência". A arte existe desde que há indícios do ser humano na Terra. Mesmo sabendo que nesse período, ainda não houvesse o despertar da fruição. Ao longo do tempo, a função da arte tem sido vista como um meio de espelhar nosso mundo (naturalismo), para decorar o dia-a-dia e para explicar e descrever a história e os diversos eus que existem dentro de um só ser (como pode ser visto na literatura), e para ajudar a explorar o mundo e o próprio homem. Percebe-se portanto que o processo artístico, contribuiu de forma expressiva para o caminho civilizatório dos diversos grupos humanos em todos os cantos do planeta. Entedemos aqui “ processo civilizatório” como a construção de identidades e de consciência. Os historiadores de arte buscam determinar os períodos que empregam certo estilo estético, denominando-os por 'movimentos artísticos'. A arte registra as 5
  • 6. HENRIQUE GOMES DE LIMA idéias e os ideais das culturas e etnias, sendo assim, importante para a compreensão da história do Homem e do mundo. Formas artísticas podem extrapolar a realidade, exagerar coisas aceitas ou simplesmente criar novas formas de se perceber a realidade. Em algumas sociedades, as pessoas consideram que a arte pertence à pessoa que a criou. Geralmente consideram que o artista usou o seu talento intrínseco na sua criação. Essa visão (geralmente da maior parte da cultura ocidental) reza que um trabalho artístico é propriedade do artista. Outra maneira de se pensar sobre talento é como se fosse um dom individual do artista. Os povos judeus, cristãos e muçulmanos possuem esta visão sobre a arte. Outras sociedades consideram que o trabalho artístico pertence à comunidade. O pensamento é levado de acordo com a convicção de que a comunidade deu ao artista o capital social para o seu trabalho. Nessa visão, a sociedade é um coletivo que produz a arte através do artista, que apesar de não possuir a propriedade da arte, é visto com importância para sua concepção. Existem contradições quanto à honra ou ao gosto pela arte, indicando assim o tipo de moral que a sociedade exerce. Analisar as origens das Artes torna-se muito delicado, uma vez que cada grupo de estudiosos procura associá-las a determinados parâmetros temporais e interpretativos. Julgamos procedente utilizar métodos ou proposições de acordo com o enfoque espacial que se quer dá. O método formalista mais antigo, entende que a obra de arte se dá pelas formas e sua compreensão também. O método histórico entende que a obra de arte é um fato histórico, portanto reflexo e ação em um determinado contexto histórico. O 'método sociológico entende a obra de acordo com o estudo da sociedade a qual ela pertence. O método iconográfico entende a obra pelos ícones e símbolos que ela carrega. Se formos analisar a arte ao longo da história, podemos começar pela Arte da Pré-História, que é o período onde se mostram as primeiras demonstrações de arte que se tem notícia na história humana. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimentos primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas 6
  • 7. HENRIQUE GOMES DE LIMA um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França. Se dermos um grande salto no tempo, chegaremos à Arte do Antigo Egito, o palco para uma das mais interessantes descobertas do ser humano. A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior do templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas. Os criadores do legado egípcio chegam aos nossos dias anônimos, sendo que só em poucos casos se conhece efetivamente o nome do artista. As grandes tradições na arte têm um fundamento na arte de uma das grandes civilizações antigas: Antigo Egito, Mesopotâmia, Pérsia, Índia, China, Grécia Antiga, Roma, ou Arábia (antigo Iêmen e Omã). Cada um destes centros de início civilização desenvolveu um estilo único e característico de fazer arte. Dada a dimensão e duração dessas civilizações, suas obras de arte têm sobrevivido e pode ainda influênciar e ser foi transmitida a outras culturas e tempos mais tarde. Outro grande salto no tempo, nos leva a europa ocidental. Lá vemos surgir a arte gótica, já na Arte pré-românica. Os monumentos construídos nessa época marcaram todo um modo especial de criar arquitetura e desenvolveu métodos preciosos e estilos definidos como sombrios e macabros. A Arte Bizantina e a gótica da Idade Média ocidental, mostraram uma arte que centrou-se na expressão das verdades bíblicas e não na materialidade. Além disto, enfatizou métodos que mostram a glória em mundos celestes, utiliando o uso de ouro em pinturas, ou mosaicos. A Renascença ocidental deu um retorno à valorização do mundo material, bem como o local de seres humanos, e mesmo essa mudança paradigmática é refletida nessa arte, o que mostra a corporalidade do corpo humano, bem como a realidade tridimensional da paisagem. O que se classificou como da Arte Moderna surge desde a Grécia Antiga até meados do século XIX, todas as correntes de pensamentos artístico e filosófico trouxeram questões novas acima de seu estilo antecessor, de maneira formal em todos os casos, isto é, o debate sobre a Arte não tocava o conteúdo da representação, o que ela queria dizer, mas sim a maneira como se apresentava e os novos cânones a serem seguidos (cânones são mestres do ofício, como Leonardo Da Vince, por exemplo). Em todas as correntes manteve- 7
  • 8. HENRIQUE GOMES DE LIMA se um vínculo com o status-quo, ou seja, a Arte sempre era tratada como um deleite de uma pequena elite econômica dominante, seja a nobreza ou o alto clero. Mudava-se a forma da Arte, mas mantinha-se seu vínculo com o poder. Os ocidentais do Iluminismo no século XVIII faziam representações artísticas de modo físico e racional sobre o Universo, bem como visões de um mundo pós-monarquista. Isto reforçou a atenção ao lado emocional e à individualidade dos seres. O século XIX, em seguida, viu uma série de movimentos artísticos, tais como arte acadêmica, simbolismo, impressionismo, entre outros. O aumento de interação global durante este tempo fez uma grande influência de outras culturas na arte ocidental. Do mesmo modo, o Ocidente tem tido enorme impacto sobre arte oriental no século XIX e no século XX, com idéias ocidentais originalmente como comunismo e Pós-Modernismo exercendo forte influência sobre estilos artísticos. O Modernismo baseou-se na idéia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram- se ultrapassados, e que fazia-se fundamental deixá-los de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a idéia de re-examinar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e iminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar as suas visões-de-mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo. No modernismo, surgiu vários estilos, os mais destacados são Expressionismo, Simbolismo, Impressionismo, Realismo, Naturalismo, Cubismo e Futurismo, embora tenham sido desenvolvidos diversos outros. Atualmente, na Arte Contemporânea (surgida na segunda metade do século XX e que se alonga até os dias atuais), encontramos, entre outros estilos secundários, como a Pop Art. A pop art é completamente caracterizada como algo de humor e muito diferente da arte antiga, pois retrata, de maneira irônica, o que utilizamos nos dias de hoje, só que com outros tamanhos, ambientes e formas. Trabalhar portanto, com as origens da Arte, requer a análise dos espaços e dos tempos históricos. O apanhado que ora fizemos mostra apenas um corte, um lado “ conhecido” do mundo, cabe então a cada um de nós investigar outras realidades durante muito tempo escondidas e que com certeza possuem sua própria história e sua própria magnitude. 8
  • 9. HENRIQUE GOMES DE LIMA QUESTÃO 08. CONCEITUANDO ARTE HOJE. Pois é... O que é arte? Esta frase sempre nos acompanha. Uma peça de arte pode ser linda pra alguém e ser um horror para um outro. Observar o performático artista panamenho (Exposição MAC;Dragão do Mar-2007) fotografado como um morto nas rochas da praia de Iracema ou lambedo um prato sujo, como um cacchorro abandonado, pode ser instigador e questionador da realidade urbana ou um exemplo de banalização da vida. Penso que quando é arte pura, não “enrolação”, quando o artista é dotado de dom, de excelente técnica, de bom gosto e de espírito crítico sempre algo de bom estará a caminho. Jamais será um horror. A Arte é um caminho para comunicar a emoção. A arte pode despertar sentimentos morais ou estéticos, e pode ser entendida como uma forma de comunicar esses sentimentos. Artistas expressam algo seu público e esse público é despertado, em certa medida, mas eles não têm de fazê-lo conscientemente. Arte explora aquilo que é vulgarmente designado como a condição humana que é essencialmente o que é ser humano. Frequentemente traz qualquer nova visão relativa à condição humana individualmente ou em massa, o que não é necessariamente sempre positiva, ou necessariamente amplia os limites de capacidade humana. O grau de habilidade que o artista tem, irá afetar a sua capacidade de desencadear uma reação emocional e, assim, proporcionar novos conhecimentos, a capacidade de manipulá-las à vontade, mostra habilidade e determinação. A Arte tende a facilitar a compreensão intuitiva, em vez de racional, e normalmente é, conscientemente, criada com esta intenção. As obras de arte são imperceptíveis, escapam de classificação, porque elas podem ser apreciadas por mais de uma interpretação. Tradicionalmente, os maiores sucessos artísticos demonstram um alto nível de capacidade ou fluência dentro de outras obras, por isso se destacam. A arte pode utilizar a imagem para comover, emocionar, conscientizar; ou palavras profundas para se apaixonar por um certo poema ou livro. Basicamente, a arte é um ato de expressar nossos sentimentos, pensamentos e observações. Existe um entendimento de que é alcançado com o material, como resultado do tratamento, o que facilita o seu processo de entendimento. 9
  • 10. HENRIQUE GOMES DE LIMA A opinião comum diz que para se fazer uma arte que tenha como resultado uma obra de qualidade, é preciso uma especialização do artista, para ele alcançar um nível de conhecimento sobre a demonstração da capacidade técnica ou de uma originalidade na abordagem estilística. As críticas quanto à algumas obras, deve-se muitas vezes, segundo o crítico, à falta de habilidade ou capacidade necessária para a produção do objeto artístico. Habilidade e capacidade necessária para a produção do tal objeto são dois itens completamente importantes. No entanto, é importante definir que nem toda obra de arte vale através da arte. A montagem dos materiais de uma obra requer técnica e criatividade e também conhecimento. Um exemplo é um dramaturgo ter em mente que o material que usará para criar sua peça de teatro será a palavra e um aprofundamento sobre as personagens, o enredo e etc. Depois disto, basta usar toda sua criatividade e conhecimento para ir moldando o texto da peça. É importante então que se analise as conceituações e definições a partir de alguns referenciais. Há quem defenda que definir um conceito é dizer em que consiste e caso não saibamos defini-lo dessa maneira também não estamos em condições de o utilizar adequadamente. Defender isto é o mesmo que dizer que há apenas uma forma de definir conceitos, o que não é o caso. Ao contrário do que é vulgar pensar-se, não existe apenas um tipo de definições. Sabemos utilizar perfeitamente o conceito «azul» sem que, no entanto, o possamos definir dessa maneira. Não o saber definir dessa maneira não é o mesmo que o não poder definir. Para compreendermos isso é preciso distinguir dois tipos de definições: definições explícitas e definições implícitas. Para fundamentar mais ainda tal discussão nos remetemos ao conceito de estética. E o que viria a ser estética? O ramo da filosofia a que se dá o nome de estética inclui um conjunto de conceitos e de problemas tão variado que, aos olhos daquele que se inicia no seu estudo, pode parecer uma matéria demasiado dispersa e inacessível. Essa primeira impressão é compreensível, mas ultrapassável. Uma maneira de desfazer tal impressão é começar por esclarecer que a estética é a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas, teorias e argumentos acerca da arte. A estética é, portanto, o mesmo que filosofia da arte. Mas há um problema com esta forma de apresentar a estética: o termo estética não tem sido sempre utilizado nesse sentido. E isso não ocorre apenas em relação ao 10
  • 11. HENRIQUE GOMES DE LIMA uso comum da palavra estética; ocorre também no interior da própria tradição filosófica. Na tentativa de desfazer essa dificuldade, a estética é muitas vezes apresentada como a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas e dos conceitos que utilizamos quando nos referimos a objetos estéticos. Só que isso pouco adianta se não soubermos antes o que se entende por objetos estéticos. Podemos, contudo, acrescentar que os objetos estéticos são os objetos que provocam em nós uma experiência estética. Mas, uma vez mais, ficamos insatisfeitos, pois teremos agora de saber o que é uma experiência estética. Resta- nos insistir e perguntar: - O que é uma experiência estética? Uma resposta possível, mas sem ser circular ― sem voltar ao princípio e afirmar que uma experiência estética é o que resulta da contemplação de objetos estéticos ―, é apresentar alguns exemplos daquilo que consideramos ser juízos estéticos, isto é, juízos acerca de objetos estéticos e que, portanto, exprimem experiências estéticas. A estética é fundamental numa obra de arte. Vemos como exemplo a arquitetura com seus edifícios majestosos, grandes, esbeltos, o que faz com que as pessoas admirem. Assim é também com um bom conto, em questão de literatura, e com uma boa pintura. Como já foi falado, o material usado é o que irá mostrar a beleza da arte. É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética. Conseguimos isso separando quais conceitos formam a estética, a começar pela beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo cognitivo do indivíduo que a observa. O belo depende muito da sociedade e de suas crenças. Um exemplo disto é o quadro Abaporu, de Tarsila do Amaral. Para ela, a figura do quadro era um monstro e para a maioria das pessoas. Mas por quê? Será que por que não corresponde ao padrão de beleza da nossa sociedade? Na época de Leonardo da Vinci, as mulheres eram tidas bonitas quando eram rechonchudas. Exemplo disto é a Mona Lisa. Outro aspecto da estética é o equilíbrio. O equilibrio se encontra quando todos os elementos que compõe a imagem estão organizados de tal forma que nada é enfatizado, todos passando uma sensação de equilíbrio visual. O equilibrio é mais utilizado nas pinturas. O que influencia o equilibrio são as cores, as imagens, as superfícies, os tamanhos e as posições dos itens presentes na pintura, ou numa outra arte plástica. 11
  • 12. HENRIQUE GOMES DE LIMA Muitos são os elementos usados atualmente para não somente entender, mas também buscar uma conceituação. A harmonia por exemplo, é relacionada à beleza, à proporção e também à ordem. Um exemplo, é a música: todos os ritmos precisam estar bem delineados, bem ordenados para que haja uma harmonia, uma beleza no som. Quanto ao design, podemos definir harmonia como efeito da composição de formas, não de maneira aleatória, mas de modo que contornos e enchimentos sejam bem definidos, variando segundo um grau de importância pré- estabelecido e se relacionando ao esquema geral da organização do objeto. Este objeto pode ser um quadro, um site, enfim, qualquer entidade que esteja sendo composta por partes (engrenagens) menores. Na escultura e na arquitetura, a forma também é uma das coisas mais importantes. Nas esculturas de Michelangelo, ou nas de Rodin, como, por exemplo, Davi, notamos que é um ser ali esculpido e este ser possui um corpo. Portanto, a forma do corpo precisa ser bem definida, bem adquirida para que se assemelhe a um corpo humano. No entanto, se o escultor for esculpir um monstro, como exemplo, é preciso haver a mesma coisa, embora ele tenha em mente um corpo totalmente diferente do comum. O que define uma obra como estéticamente bonita e importante, além dos recursos que fora usado nela e de suas técnicas, é também seu valor. Uma outra característica da arte é o valor. Esta vem depois de sua realização pelo artista. É quando já está exposta ao público. Aqui, não é discutido especialmente a estética, e sim o valor relacionado a importância da obra, segundo a maioria. Podemos exemplificar esse raciocinio com a seguinte pergunta: por qual motivo o quadro Mona Lisa tem um grande valor? Ou até mesmo: por que as obras de Shakespeare são tão famosas e tidas como as melhores do mundo? E até: por que várias músicas do Beatles são tão prestigiadas? Para começar, é importante relacionar quais elementos tornam uma obra de arte tão glamurosa. Quanto à Mona Lisa e as peças de Shakespeare, podemos notar algo semelhante: um elemento novo até então. Por exemplo: na Mona Lisa, há o sfumato. Nas peças mais famosas de Shakespeare, há técnicas ímpares para o teatro, como, p. exemplo, em Hamlet: o teatro no teatro. As músicas dos Beatles possuem ritmos e melodias pioneiros. Mas será que é apenas um elemento novo que faz uma obra ficar em destaque? Além da distribuição e divulgação de uma obra, coisas que contribuem bastante para a sua fama, há também um outro item: a forma como a obra é criada 12
  • 13. HENRIQUE GOMES DE LIMA e, assim, como ela sobrevive depois de anos. Este item é mais aplicado na literatura, onde diversos romances permanecem prestigiados mesmo depois de muito tempo escritos, por terem um valor social e emocional ainda muito presente no ser humano, como as peças de Shakespeare. Além disto tudo, quando uma obra influencia outras por conter coisas novas e quando essa mesma obra possui aspectos que atraiam o espectador por algum motivo (seja motivacional, de reflexão, ou outro), ela então se torna valiosa pelos que gostaram. Voltamos então ao início de nossa conversa. O que é arte? E no nosso caso de educadores qua atuamos na escola básica? Como trabalhar tais fundamentos com a realidade social que vivenciamos? Acredito que um dos caminhos é a reflexão. Refletir sobre nossas práticas. Refletir sobre nossas convicções e crenças. Refletir sobre nossa postura política. Vivenciar experiências estéticas. 13