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HÉLICE TRÍPLICE

Univer sidade – Indústria – Gover no
     Inovação em Movimento
           Henr y Etzkowitz
Henry     Ph.D., é professor do “Centre for
            Innovation and Communication,
Etzkowitz   Human           Sciences           and
            Technology Advanced Research
            Institute     (H-STAR)”,      Stanford
            University,    professor      visitante
            do “Centre for Entrepreneurship
            Research”, Edinburgh University
            Business School” e da “Kennedy
            School, Harvard University”. Ele
            é   presidente    da   Triple    Helix
            Association      e     membro       do
            “Advisory            Board”         da
            International        Science      Park
Capítulo 1
Caminhos que levam à hélice
         tríplice
A abordagem da Hélice Tríplice, desenvolvida por
Henry Etzkowitz é baseada na perspectiva da
Universidade como indutora das relações com as
Empresas (setor produtivo de bens e serviços) e o
Governo     (setor   regulador   e   fomentador     da
atividade   econômica),   visando    à   produção   de
novos conhecimentos, a inovação tecnológica e ao
desenvolvimento econômico.
• Os papéis científicos estão em fluxo

•   Cientistas acadêmicos e industriais              Cientistas
empr eendedor es

• Gover no como par ceir o nas pesquisas (pesquisa da UNAM)

           Tem papel-chave no estabelecimento do palco par a
as inter ações entr e univer sidades e indústrias.



       Universidade + Indústria + Governo = Hélice
                         tríplice
A inovação da hélice tríplice

• O pr ocesso de inovação é compr eendido como r esultante de
um   pr ocesso    complexo      e   dinâmico   de    experiências    nas
r elações     entr e     ciência,      tecnologia,      pesquisa       e
desenvolvimento        nas   univer sidades,   nas   empr esas   e   nos
gover nos, em uma espir al de “tr ansições sem fim”.

• A hélice tríplice é uma platafor ma par a a for mação de novas
instituições ( star t-up )
O ímpeto da hélice tríplice


                                       Colaboração para realização
   1º passo                                   de um objetivo




                        Mudança no efeito da hélice
Assunção de novos
                        tríplice com a produção de
     papéis
                          novos conhecimentos
Assumir o papel do outr o


• Impor tante par a o desenvolvimento da hélice tríplice,

uma vez que cada esfer a tor na-se uma fonte criativa de
inovação auxiliando à emer gência da criatividade que
sur ge em outr os espir ais.

• Atividade de inovação (atividade secundária)
Das inter ações bilater ais e
                            trilater ais

•   As   interações   crescem       por   meio      da
tomada de papéis e a identidade de cada
esfera é ampliada com essa relação




                                d
                            e ida




                                               G
                                               G
                                               ov
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                                                   no
                                                   no
                          Un



                                    Indústri
                                       a
Em dir eção à hélice tríplice por
        difer entes r otas
 Modelo Estatista   Modelo laissez-faire
A teoria da Hélice Tríplice pode ser utilizada par a
compr eender os pr ocessos de inovação que estão em
constante desenvolvimento, como também par a pr opor
   a implementação de políticas públicas voltadas,
especialmente, par a as ár eas de ciência, tecnologia e
                       inovação.
Sociedade estatista

•Jor ge Sabato (modelo triangular de política votada à ciência
e tecnologia aplicando um modelo estatista).

•Nos países da América Latina uma infr a-estr utur a científica
e tecnológica ar ticulada com o setor pr odutivo e com o
gover no.
Projeto   Manhattan   (concentração   de   recursos   científicos   e
indústrias, sobre o controle dos militares). Brasil anos 70 e começo
da 80. (inspirados em Jorge Sabato)
Sociedade laissez-faire




            Empr esa → pr odução

     Gover no → r e gulamentação

Univer sidade → pesquisa básica.
Teoria do campo da hélice tríplice




Uma gener alização do "Triângulo de Sábato" foi pr oposta em
      1996 conhecido como modelo da Hélice Tripla.
Sociedade laissez-faire

• Laissez-faire : (língua francesa – deixar fazer)
• Criar   uma ordem espontâneo ou Mão invisível que
beneficiaria a sociedade.
• Liberalismo   econômico     foi   criado    para   combater    o
mercantilismo    que   já   não     atendia   aos    anseios    do
capitalismo.
• Os economistas do século XVIII eram contrários à
intervenção do Estado. Porém, o movimento perde força
nos meados dos séculos XIX e XX, devido aos problemas
econômicos, com destaque para a crise de 1929. Welfare
state (Estado de bem estar social, ou Estado-providência)
Sociedade laissez-faire


Neoliberalismo: O termo foi cunhado em 1938 no encontro
de Colloque Walter Lippmann pelo sociologista Alemão e
 economista Alexander Rüstow. Inexiste no entanto uma
 escola neoliberal. Segundo os liberias e libertários, o
    neoliberalismo é uma forma de social-democracia
         transvestida de Liberalismo clássico.


 Pela década de 1970, porém, a lentidão do crescimento
  econômico, níveis cada vez maiores de impostos e a
 dívida governamental causou uma volta do liberalismo
clássico nos EUA e no Reino Unido no inicio da década de
                         1980.
Sociedade laissez-faire

●
    Ordoliberalismo       ou   Ordoliberalismo    alemão,      é    uma
escola   que     enfatiza      a   necessidade   do   Estado       (mais
intervencionista) assegurar a correção das imperfeições
dos livre-mercados para permitir que se aproximem dos
níveis de eficiência segundo o seu potencial teórico. Se
autodenomina de "terceira via" entre o socialismo e o
capitalismo. Criada entre 1930 e 1950.
●
    Existem      três     pontos     fundamentais     no    conceito
ordoliberal:
    ●
     criar uma "ordem" (ordo) que remedie as falhas dos
    mercados;
    ●
     organizar    a     economia     com   mercados    eficientes      e
    competitivos;
Sociedade laissez-faire

•Outro ponto de partida é a separação entre as esferas institucionais.
Ideologia e realidade podem divergir operando com proximidade. Nos
EUA, tem-se a crença de que a hélice tríplice (governo, indústria e
academia) operam sem conexões próximas.
•E no Brasil como é esta conexão?
•Universidade:   mera    fornecedora   de   pesquisa   básica     e   pessoas
treinadas.
•Indústria/Empresa:     (produção),encontrar       talentos   vindos      das
faculdades, sem esperar auxílio, operando sozinha pelas relações de
compra e venda.
•Governo: regulador, compra de produtos e serviços, e ficar limitado à
esclarecer casos da chamada “falha de mercado”.
•Espera-se uma competição intensa sem colaboração – fusões são
ruim   necessitando     da   intervenção    do   governo   para   não   criar
monopólio.
•Espera-se uma atuação maior do governo quando não poder ser
oferecida pelo mercado.
Sociedade laissez-faire


  Ter cuidado com os conflitos de interesses,
    provindos principalmente do financeiros,
 principalmente no campo da pesquisa, onde se
estuda apenas o que é de interesse da indústria e
não da universidade (ciência). Porém, se não há
          conflitos, não há interesses.
Teoria do campo da hélice
                          tríplice




  A figura ajuda a explicar por que as três esferas mantêm
um status relativamente independente e distinto, podendo
ser   formada   com   graduações   entre   independência   e
interdependência, conflitos e confluência de interesses.
Porém, pode ocorrer uma troca de missão.
Teoria do campo da hélice
                         tríplice




 Ilustra a importância de limitar a transformação do
   laissez-faire a esferas sobrepostas ou de reduzir de
forma não muito acentuada um modelo estatista, para
    manter a independência de cada esfera ao mesmo
          tempo em que se facilita a interação.
Cir culação da Hélice Tríplice
                                              Macrocirculaçã
                                                      o
C                                             (Mobilidade social)
R
E
S                            U                Microcirculaç
C                                                  ão
I
M
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N
T
O

I
N
           I                              G
T
E
R
N
O

                CIRCULAÇÃO
    (UNIVERSIDADE ATRAVÉS DA SUA FUNÇÃO
               EDUCACIONAL)
Cir culação
• A circulação de informação dá
através das redes de inovação


      •   A    circulação     das    pessoas   ao
      r edor    da   hélice      é   chamada   de
      por ta gir atória



      Tipos de circulação:
                                                    • A   circulação   de
      4. Movimento          unidirecional      ou
                                                    produção     ocorre
      per manente                               –
                                                    através            da
      Univer sidade/Indústria
                                                    reciprocidade
      5. Vida dupla
                                                    entre os atores e a
      6. Alter nância       ou       período   de
      tempos significativos em mais de              igualdade
      uma esfer a
Inovação não linear


                 C




  M                            T




          P             P&D


Modelo pentagonal em rede e não linear da
          inovação tecnológica
Capítulo 2
             A Universidade
             Empreendedora


 É importante que uma faculdade de medicina esteja cercada
 por uma infraestrutura adequada, representada por empresas
que estabeleçam aplicações para suas pesquisas, de forma que
 tais pesquisas possam beneficiar a comunidade. O contrário
também é importante, ou seja, a universidade deve responder a
    questões comerciais e utilizara a expertise comercial.
O que é uma Univer sidade
                      Empr eendedor a par a?
                                          a
• Uma incubador a natur al;
• O tempo e espaço, físico e social estão disponíveis para for necer
base a“novos empreendimentos”;
• É também um campo fér til para novos campos científicos e novos
setor es industriais (a biotecnologia é um exemplo deste fenômeno);
• Toma a fr ente ao colocar o conhecimento em uso e à ampliar a
contribuição à criação do conhecimento acadêmico;
• Identifica as ár eas que irão se concentr ar nos pontos for tes de
excelência;
• Entende e abor da pr oblemas de uma sociedade mais ampla;
• Criando um cir culo vir tuoso com o desenvolvimento intelectual
inter no;
• Cria uma cultura que incentiva o cor po docente a obser var os
resultados de suas pesquisas.
• Acr edita-se que ao invés das empr esas multinacionais ou “líder es
A univer sidade empr eendedor a
       apoia-se em 04 pilar es básicos

Liderança       Controle         Capacidad           Ethos
                Jurídico             e              Empreend
                                 Organizaci           edor
                                    onal




  Capaz de      Sobre recursos   Para transferir        Entre
 formular e      acadêmicos,       tecnologia      administradores,
implementar       incluindo      (patenteamento,   corpo docente e
 uma visão       propriedade     licenciamento e     estudantes
 estratégica;       física;        incubação);
As r evoluções acadêmicas

• A univer sidade empr eendedor a é uma antítese do modelo
acadêmico tor r e de marfim;

• A primeir a r evolução acadêmica foi a tr ansição de uma
instituição de ensino par a uma de pesquisa, ou r efor ma
humboldtiana, metade século XIX;

• A se gunda r evolução é a univer sidade atual assumindo a
missão     de   desenvolvimento      econômico       e    social   com
sustentabilidade.

•   A   univer sidade   não   é   mais   a   da   Idade   Média,   uma
comunidade isolados de er uditos, nem a univer sidade do final
do século XIX;
A origem e a univer salização da
        univer sidade empr eendedor a
• Século XIX nos Estados Unidos e Alemanha, em alguns
casos vistos pela academia como anomalias;

• V isão r evista há algumas décadas atrás;

• Nos EUA uma ampla variedade de univer sidades estão
tr ansitando par a o modo empr eendedor ;

• Na África, o modelo empr eendedor sur giu par a r esolver
crises tecnológicas nacionais;

• No Br asil, espalhou-se como par te de um esforço par a
incentivar os alunos à inovação;

• Na Eur opa, é intr oduzido pelo tr einamento de estudantes
par a r ealizar em atividades de for mação de empr esas.
O DESENVOLVIMENTO DAS
           RELAÇÕES ENTRE
      UNIVERSIDADE E INDÚSTRIA
1) Interesses ligados à pesquisa básica e financiados por
     conselhos de pesquisa e órgãos similares.

2)    Um   projeto   industrial   para   o   qual   a   contribuição
     acadêmica é solicitada.

3) A formulação conjunta de programas de pesquisa com
     metas básicas e aplicadas conjuntas e múltiplas fontes

     de financiamento .
• Cada um possui seu correlato organizacional.
• A universidade integra uma terceira missão
• Onde pode ser traçada a fonte dessa mudança???
• Há impulsos internos e externos.
• Direção a um ethos empreendedor.
•   A   universidade   empreendedora   se   une   a   uma
dinâmica linear reversa.
• Como começa essa transferência de tecnologia?
EVOLUÇÃ0 DAS CAPACIDADES DE
TRANSFERÊNCIAS DE TECNOLOGIA
A UNIVERSIDADE COMO
                  EMPREENDEDORA


• Formulação de problemas e pesquisa, como
  processos internos.

• O que difere???
UNIVERSIDADE
          EMPREENDEDORA MADURA

•   Definição de problema-pesquisa

•   Fronteiras reduzidas
•   Direitos em relação a propriedade intelectual
•   Organizado sobre a base de um parque de ciência,
    um instituto de pesquisa ou um grupo de empresas

•   Interação   das   atividades   empreendedoras      ao
    trabalho acadêmico regular da universidade.
A LEGITIMAÇÃO DO
                     EMPREENDEDORISMO
                              ACADÊMICO
•   A lei Bayl-dole, de 1980.

• Não apenas fornece uma base de transferência
    de tecnologia.

    TRANSFORMAÇÃ0 E CONTINUIDADE
                      ACADÊMICA

• Custo-benefício

• Relevância e vitalidade ao seu ensino

• Os escritórios de transferência de tecnologia sabem
    que precisam expandir seu papel
AS NORMAS DA UNIVERSIDADE
               EMPREENDEDORA


•   Capitalização
•   Interdependência
•   Independência
•   Hibridização
•   Reflexividade
CONCLUSÃO



• Secundária                           primária



• A   maior   produção   do   conhecimento   não   se
 traduz   prontamente     em   maior   produtividade
 econômica



• Países em desenvolvimento
O papel ideal do
   gover no
O papel ideal do governo



          Foco do capítulo: discutir o papel
            do governo na hélice tríplice
             através de experiências em
             sociedades com Políticas de
            Inovação Diretas e Indiretas



                Objetivo comum
           DESENVOLVIMENTO SOCIAL E
             ECONÔMICO baseado no
                CONHECIMENTO
Papel do Governo na Hélice Tríplice



                              Modelo
                           tradicional
                           (sociedade
                            industrial)




Estado Forte Sociedade Estatista          Relações top down
Estado Fraco   Sociedade laissez faire    Relações de mercado
Papel do Governo na Hélice Tríplice



                            Modelo da
                            inovação
                           (sociedade
                          pós-industrial)
        
 


•Iniciativas de baixo para cima (regiões e sociedade civil)
•Fortalecimento do papel do Estado junto com                  a
Universidade e a Indústria
Política de Inovação Direta



  •   Sociedade Estatista → modelo “cima para baixo”

  •   Inovação sob controle do governo → modelo exitoso nas
      áreas militares e espaciais em regimes capitalistas e
      socialistas

  •   Na URSS e Europa Oriental → Institutos de Pesquisa →
      concentração nos problemas da indústria → foco na
      quantidade produzida e NÃO em inovação qualitativa

  •   Na era Pós-Socialista → redução de recursos do Estado →
      os Institutos foram deixados a própria sorte → contratos
      no exterior, incubadoras, centros de pesquisa científica,
      empresas de alta tecnologia
A sociedade civil e a hélice
tríplice

  •   HT   =   só Estado → limite de ideias e iniciativas de inovação


  •   Participação dos outros          níveis (regional e local),
      universidades e indústria        = ideias criativas para a
      inovação

  •   Sociedade Civil organizada e ativa → incentiva fontes de
      inovação

  •   HT que inclua iniciativas de ↓ e ↑ ex: Brasil na déc. 70 →
      incorporação da pesquisa como uma grande missão da
      Universidade → vinculada ás prioridades nacionais

  •   1980 → conceito de incubadora (EUA) pelos pesquisadores
      universitários de C & T → adoção pelas universidades e
      associações civis com apoio do governo
Política Industrial Indireta
(EUA)


  •   Uma PII e descentralizada pode ser mais EFICAZ      →
      maior capacidade de considerar as diferenças regionais e
      incorporar iniciativas de “baixo para cima”



  •   O governo lidera o papel da inovação → promovendo a
      interação universidade X indústria



  •   Governo = capitalista de risco público
Política Industrial Indireta
(EUA)




         Transformação da pesquisa avançada

             em ATIVIDADE ECONÔMICA
Política de inovação norte-
americana


 •   Ensino superior nos EUA

 •   Os fundos fornecidos para pesquisa pré II Guerra Mundial

 •   Pós II Guerra Mundial

 •   Os professores universitários que tinham colocado de lado
     seus interesses de pesquisa básica para trabalhar como
     engenheiros em projetos práticos, logo descobriram que
     eles tinham ideias para pesquisa que eles praticariam
     após a guerra.
Relações entre governo e
indústria


  •   A maior parte dos financiamentos foram para a pesquisa
      considerada pelo governo de seu interesse.

  •   O sistema de patentes foi reorganizado para dar direitos
      de propriedade intelectual a partir das pesquisas
      financiadas pelo governo federal para as universidades.

  •   Uma parcela relativamente pequena das despesas em
      pesquisa estava realmente sendo traduzida em produtos,
      mesmo considerando-se um período de tempo prolongado.

  •   Small Business Innovation Research (SBIR)
O papel ampliado do governo em
uma sociedade laissez-faire


  •   Além de criar seus próprios programas de C&T, os estados
      tornaram-se defensores, junto com suas universidades, de
      aumentos nos orçamentos federais de P&D.

  •   Programa    de   Tecnologia   Avançada   (ATP)   atuou
      principalmente através de um “programa focado” dirigido
      a um problema fundamental da indústria.

  •   O corporativismo, a doutrina europeia de cooperação
      entre governo, indústria e mão de obra, é substituído por
      uma “hélice tríplice” de relações acadêmicas, industriais e
      governamentais.
O estado de inovação



 •   Regenerar as fontes de produtividade em C&T através de
     novas formas de relações de cooperação.

 3. Garantias governamentais ao capital privado
 4. Créditos fiscais de P&D e menores impostos sobre o ganho
    de capital
 5. Novas agencias são criadas para promover a inovação
 6. Utilização do sistema jurídico para criar direitos especiais
 7. Oferta de financiamento para pesquisa básica
Conclusão: o papel ideal do
governo na inovação?


  •   “Por que uma hélice tríplice? Por que não uma hélice
      dupla, entre universidade e industria?”
  •   Sociedade civil
  •   Embora uma hélice tríplice limitada possa existir em
      condições autoritárias, uma hélice tríplice completa ocorre
      em uma sociedade democrática onde as iniciativas
      possam ser livremente formuladas.
  •   Dinâmicas de inovação em uma hélice tríplice são
      normalmente desenvolvidas em nível regional.
Inovação Re gional
O Papel da universidade no
    desenvolvimento econômico
             regional


•   Inovação regional: relevância para o desenvolvimento

•   Identidade     regional: influência do conhecimento e
    transformação regional

•   Conhecimento     e    inovação:    a   importância     da
    universidade
O Papel da universidade no
    desenvolvimento econômico
             regional


•   Universidade e os outros atores: hélice tríplice

•   Espaços da hélice tríplice: conhecimento, consenso e
    inovação

•   Universidade e desenvolvimento regional: papel de
    liderança para o processo de inovação regional.
A demanda local no processo
    de inovação regional

                   Governo




    Universidade             Indústria
A demanda local no processo
    de inovação regional


 •   Espaços de Conhecimento
 •   Espaços de Consenso
 •   Espaços de Inovação
 •   Participação Local e Inovação Regional
Constituição do Espaço
      Regional e Rearranjos


•   Espaço regional consiste em:
   Organizações políticas
   Entidades empresariais
   Instituições acadêmicas

•   Trabalhando em conjunto para melhorar as condições
    locais

• Papéis especializados no processo de organização regional
 Se um deles faltar, outro pode assumir a sua parte
O Organizador do Processo


  •   Quem deve ser o impulsionador do processo de inovação?
     Universidade
     Empresas
     Governo

  •   A organização que consiga identificar e apontar a meta
      desenvolvimento e coordenar a cooperação entre as
      demais organizações

  •   Dependerá do nível de competência acumulada por cada
      agente no contexto local

  •   O importante é não haver um vácuo de liderança
A Criação de uma região de
      Tríplice Hélice

•   A valorização da atitude de colaboração e o
    compartilhamento das experiências de cada participante
    propicia um ambiente favorável ao florescimento de
    estratégias que permitam a inovação.
•   O desenvolvimento local como ponto comum.
•   Condições necessárias para a criação de uma região de
    tríplice hélice:
   Capacidade de criar empresas de tecnologia
   Capacidade de renovação baseada no conhecimento
   Presença de uma universidade empreendedora (como fonte
    ou consequência)
   Surgimento como consequência involuntária de outras
    políticas
Exemplo de Hélice
    Tríplice:




            Por to Digital de
             Per nambuco
Porto Digital de Pernambuco




•   Criado em Julho de 2000 como resposta ao atrativo de TIC
    e desenvolvimento de software, que se consolidou no
    estado, fomentando a criação de um APL neste setor .
    Dados de 2005 do CONDEPE (Agência de Planejamentos e
    Pesquisas    de  Pernambuco)   apontaram     para   uma
    participação de 3.63% do PIB pernambucano no setor de
    TIC.
Instituições participantes




•   Governo: Aporte de R$ 33 milhões para o projeto inicial de
    infra-estrutura e implantação do Porto digital.
•   Iniciativa privada: Compõem um sistema local de inovação
    que conta com 200 empresas de TIC, serviços
    especializados e órgãos de fomento.
•   Universidades: Atuam em parceria no fornecimento de
    capital intelectual e fomentando projetos.
Resultados no decênio




1. Em dez anos de operação, o Porto Digital já transferiu para
   o Bairro do Recife 6.000 postos de trabalho, atraindo 10
   empresas     de   outras  regiões   do   País   e    quatro
   multinacionais, abrigando, ainda, quatro centros de
   tecnologia.
2. Territorialmente, o Porto Digital está situado no sítio
   histórico do Bairro do Recife, acrescentando ao projeto a
   componente de revitalização urbana.
Resultados no decênio




1. O bairro possui infra-estrutura adequada para a instalação
   de empresas de TIC por dispor de excelente estrutura de
   serviços e de telecomunicações. Em 100 hectares, são 8
   Km de fibra ótica instalados e 26Km de dutos, tornando a
   região uma das mais modernas do país.
Parcerias institucionais




Softex Recife
Assespro Pernambuco
SEBRAE Pernambuco
Itep - Instituto de Tecnologia de Pernambuco
CIn-UFPE - Centro de Informática
C.E.S.A.R - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife
Fiepe - Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco
IEL - Instituto Euvaldo Lodi
FCAP/UPE - Faculdade de Ciências de Administração de Pernambuco
Iaupe - Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco
Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos
Bancada Federal de Pernambuco

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Hélice Tríplice

  • 1. HÉLICE TRÍPLICE Univer sidade – Indústria – Gover no Inovação em Movimento Henr y Etzkowitz
  • 2. Henry Ph.D., é professor do “Centre for Innovation and Communication, Etzkowitz Human Sciences and Technology Advanced Research Institute (H-STAR)”, Stanford University, professor visitante do “Centre for Entrepreneurship Research”, Edinburgh University Business School” e da “Kennedy School, Harvard University”. Ele é presidente da Triple Helix Association e membro do “Advisory Board” da International Science Park
  • 3. Capítulo 1 Caminhos que levam à hélice tríplice
  • 4. A abordagem da Hélice Tríplice, desenvolvida por Henry Etzkowitz é baseada na perspectiva da Universidade como indutora das relações com as Empresas (setor produtivo de bens e serviços) e o Governo (setor regulador e fomentador da atividade econômica), visando à produção de novos conhecimentos, a inovação tecnológica e ao desenvolvimento econômico.
  • 5. • Os papéis científicos estão em fluxo • Cientistas acadêmicos e industriais Cientistas empr eendedor es • Gover no como par ceir o nas pesquisas (pesquisa da UNAM) Tem papel-chave no estabelecimento do palco par a as inter ações entr e univer sidades e indústrias. Universidade + Indústria + Governo = Hélice tríplice
  • 6. A inovação da hélice tríplice • O pr ocesso de inovação é compr eendido como r esultante de um pr ocesso complexo e dinâmico de experiências nas r elações entr e ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento nas univer sidades, nas empr esas e nos gover nos, em uma espir al de “tr ansições sem fim”. • A hélice tríplice é uma platafor ma par a a for mação de novas instituições ( star t-up )
  • 7. O ímpeto da hélice tríplice Colaboração para realização 1º passo de um objetivo Mudança no efeito da hélice Assunção de novos tríplice com a produção de papéis novos conhecimentos
  • 8. Assumir o papel do outr o • Impor tante par a o desenvolvimento da hélice tríplice, uma vez que cada esfer a tor na-se uma fonte criativa de inovação auxiliando à emer gência da criatividade que sur ge em outr os espir ais. • Atividade de inovação (atividade secundária)
  • 9. Das inter ações bilater ais e trilater ais • As interações crescem por meio da tomada de papéis e a identidade de cada esfera é ampliada com essa relação d e ida G G ov ov s er er er iv no no Un Indústri a
  • 10. Em dir eção à hélice tríplice por difer entes r otas Modelo Estatista Modelo laissez-faire
  • 11. A teoria da Hélice Tríplice pode ser utilizada par a compr eender os pr ocessos de inovação que estão em constante desenvolvimento, como também par a pr opor a implementação de políticas públicas voltadas, especialmente, par a as ár eas de ciência, tecnologia e inovação.
  • 12. Sociedade estatista •Jor ge Sabato (modelo triangular de política votada à ciência e tecnologia aplicando um modelo estatista). •Nos países da América Latina uma infr a-estr utur a científica e tecnológica ar ticulada com o setor pr odutivo e com o gover no.
  • 13. Projeto Manhattan (concentração de recursos científicos e indústrias, sobre o controle dos militares). Brasil anos 70 e começo da 80. (inspirados em Jorge Sabato)
  • 14. Sociedade laissez-faire Empr esa → pr odução Gover no → r e gulamentação Univer sidade → pesquisa básica.
  • 15. Teoria do campo da hélice tríplice Uma gener alização do "Triângulo de Sábato" foi pr oposta em 1996 conhecido como modelo da Hélice Tripla.
  • 16. Sociedade laissez-faire • Laissez-faire : (língua francesa – deixar fazer) • Criar uma ordem espontâneo ou Mão invisível que beneficiaria a sociedade. • Liberalismo econômico foi criado para combater o mercantilismo que já não atendia aos anseios do capitalismo. • Os economistas do século XVIII eram contrários à intervenção do Estado. Porém, o movimento perde força nos meados dos séculos XIX e XX, devido aos problemas econômicos, com destaque para a crise de 1929. Welfare state (Estado de bem estar social, ou Estado-providência)
  • 17. Sociedade laissez-faire Neoliberalismo: O termo foi cunhado em 1938 no encontro de Colloque Walter Lippmann pelo sociologista Alemão e economista Alexander Rüstow. Inexiste no entanto uma escola neoliberal. Segundo os liberias e libertários, o neoliberalismo é uma forma de social-democracia transvestida de Liberalismo clássico. Pela década de 1970, porém, a lentidão do crescimento econômico, níveis cada vez maiores de impostos e a dívida governamental causou uma volta do liberalismo clássico nos EUA e no Reino Unido no inicio da década de 1980.
  • 18. Sociedade laissez-faire ● Ordoliberalismo ou Ordoliberalismo alemão, é uma escola que enfatiza a necessidade do Estado (mais intervencionista) assegurar a correção das imperfeições dos livre-mercados para permitir que se aproximem dos níveis de eficiência segundo o seu potencial teórico. Se autodenomina de "terceira via" entre o socialismo e o capitalismo. Criada entre 1930 e 1950. ● Existem três pontos fundamentais no conceito ordoliberal: ● criar uma "ordem" (ordo) que remedie as falhas dos mercados; ● organizar a economia com mercados eficientes e competitivos;
  • 19. Sociedade laissez-faire •Outro ponto de partida é a separação entre as esferas institucionais. Ideologia e realidade podem divergir operando com proximidade. Nos EUA, tem-se a crença de que a hélice tríplice (governo, indústria e academia) operam sem conexões próximas. •E no Brasil como é esta conexão? •Universidade: mera fornecedora de pesquisa básica e pessoas treinadas. •Indústria/Empresa: (produção),encontrar talentos vindos das faculdades, sem esperar auxílio, operando sozinha pelas relações de compra e venda. •Governo: regulador, compra de produtos e serviços, e ficar limitado à esclarecer casos da chamada “falha de mercado”. •Espera-se uma competição intensa sem colaboração – fusões são ruim necessitando da intervenção do governo para não criar monopólio. •Espera-se uma atuação maior do governo quando não poder ser oferecida pelo mercado.
  • 20. Sociedade laissez-faire Ter cuidado com os conflitos de interesses, provindos principalmente do financeiros, principalmente no campo da pesquisa, onde se estuda apenas o que é de interesse da indústria e não da universidade (ciência). Porém, se não há conflitos, não há interesses.
  • 21. Teoria do campo da hélice tríplice A figura ajuda a explicar por que as três esferas mantêm um status relativamente independente e distinto, podendo ser formada com graduações entre independência e interdependência, conflitos e confluência de interesses. Porém, pode ocorrer uma troca de missão.
  • 22. Teoria do campo da hélice tríplice Ilustra a importância de limitar a transformação do laissez-faire a esferas sobrepostas ou de reduzir de forma não muito acentuada um modelo estatista, para manter a independência de cada esfera ao mesmo tempo em que se facilita a interação.
  • 23. Cir culação da Hélice Tríplice Macrocirculaçã o C (Mobilidade social) R E S U Microcirculaç C ão I M E N T O I N I G T E R N O CIRCULAÇÃO (UNIVERSIDADE ATRAVÉS DA SUA FUNÇÃO EDUCACIONAL)
  • 24. Cir culação • A circulação de informação dá através das redes de inovação • A circulação das pessoas ao r edor da hélice é chamada de por ta gir atória Tipos de circulação: • A circulação de 4. Movimento unidirecional ou produção ocorre per manente – através da Univer sidade/Indústria reciprocidade 5. Vida dupla entre os atores e a 6. Alter nância ou período de tempos significativos em mais de igualdade uma esfer a
  • 25. Inovação não linear C M T P P&D Modelo pentagonal em rede e não linear da inovação tecnológica
  • 26. Capítulo 2 A Universidade Empreendedora É importante que uma faculdade de medicina esteja cercada por uma infraestrutura adequada, representada por empresas que estabeleçam aplicações para suas pesquisas, de forma que tais pesquisas possam beneficiar a comunidade. O contrário também é importante, ou seja, a universidade deve responder a questões comerciais e utilizara a expertise comercial.
  • 27. O que é uma Univer sidade Empr eendedor a par a? a • Uma incubador a natur al; • O tempo e espaço, físico e social estão disponíveis para for necer base a“novos empreendimentos”; • É também um campo fér til para novos campos científicos e novos setor es industriais (a biotecnologia é um exemplo deste fenômeno); • Toma a fr ente ao colocar o conhecimento em uso e à ampliar a contribuição à criação do conhecimento acadêmico; • Identifica as ár eas que irão se concentr ar nos pontos for tes de excelência; • Entende e abor da pr oblemas de uma sociedade mais ampla; • Criando um cir culo vir tuoso com o desenvolvimento intelectual inter no; • Cria uma cultura que incentiva o cor po docente a obser var os resultados de suas pesquisas. • Acr edita-se que ao invés das empr esas multinacionais ou “líder es
  • 28. A univer sidade empr eendedor a apoia-se em 04 pilar es básicos Liderança Controle Capacidad Ethos Jurídico e Empreend Organizaci edor onal Capaz de Sobre recursos Para transferir Entre formular e acadêmicos, tecnologia administradores, implementar incluindo (patenteamento, corpo docente e uma visão propriedade licenciamento e estudantes estratégica; física; incubação);
  • 29. As r evoluções acadêmicas • A univer sidade empr eendedor a é uma antítese do modelo acadêmico tor r e de marfim; • A primeir a r evolução acadêmica foi a tr ansição de uma instituição de ensino par a uma de pesquisa, ou r efor ma humboldtiana, metade século XIX; • A se gunda r evolução é a univer sidade atual assumindo a missão de desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade. • A univer sidade não é mais a da Idade Média, uma comunidade isolados de er uditos, nem a univer sidade do final do século XIX;
  • 30. A origem e a univer salização da univer sidade empr eendedor a • Século XIX nos Estados Unidos e Alemanha, em alguns casos vistos pela academia como anomalias; • V isão r evista há algumas décadas atrás; • Nos EUA uma ampla variedade de univer sidades estão tr ansitando par a o modo empr eendedor ; • Na África, o modelo empr eendedor sur giu par a r esolver crises tecnológicas nacionais; • No Br asil, espalhou-se como par te de um esforço par a incentivar os alunos à inovação; • Na Eur opa, é intr oduzido pelo tr einamento de estudantes par a r ealizar em atividades de for mação de empr esas.
  • 31. O DESENVOLVIMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE UNIVERSIDADE E INDÚSTRIA 1) Interesses ligados à pesquisa básica e financiados por conselhos de pesquisa e órgãos similares. 2) Um projeto industrial para o qual a contribuição acadêmica é solicitada. 3) A formulação conjunta de programas de pesquisa com metas básicas e aplicadas conjuntas e múltiplas fontes de financiamento .
  • 32. • Cada um possui seu correlato organizacional. • A universidade integra uma terceira missão • Onde pode ser traçada a fonte dessa mudança??? • Há impulsos internos e externos. • Direção a um ethos empreendedor. • A universidade empreendedora se une a uma dinâmica linear reversa. • Como começa essa transferência de tecnologia?
  • 33. EVOLUÇÃ0 DAS CAPACIDADES DE TRANSFERÊNCIAS DE TECNOLOGIA
  • 34. A UNIVERSIDADE COMO EMPREENDEDORA • Formulação de problemas e pesquisa, como processos internos. • O que difere???
  • 35. UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA MADURA • Definição de problema-pesquisa • Fronteiras reduzidas • Direitos em relação a propriedade intelectual • Organizado sobre a base de um parque de ciência, um instituto de pesquisa ou um grupo de empresas • Interação das atividades empreendedoras ao trabalho acadêmico regular da universidade.
  • 36. A LEGITIMAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO ACADÊMICO • A lei Bayl-dole, de 1980. • Não apenas fornece uma base de transferência de tecnologia. TRANSFORMAÇÃ0 E CONTINUIDADE ACADÊMICA • Custo-benefício • Relevância e vitalidade ao seu ensino • Os escritórios de transferência de tecnologia sabem que precisam expandir seu papel
  • 37. AS NORMAS DA UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA • Capitalização • Interdependência • Independência • Hibridização • Reflexividade
  • 38. CONCLUSÃO • Secundária primária • A maior produção do conhecimento não se traduz prontamente em maior produtividade econômica • Países em desenvolvimento
  • 39. O papel ideal do gover no
  • 40. O papel ideal do governo Foco do capítulo: discutir o papel do governo na hélice tríplice através de experiências em sociedades com Políticas de Inovação Diretas e Indiretas Objetivo comum DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO baseado no CONHECIMENTO
  • 41. Papel do Governo na Hélice Tríplice Modelo tradicional (sociedade industrial) Estado Forte Sociedade Estatista Relações top down Estado Fraco Sociedade laissez faire Relações de mercado
  • 42. Papel do Governo na Hélice Tríplice Modelo da inovação (sociedade   pós-industrial)     •Iniciativas de baixo para cima (regiões e sociedade civil) •Fortalecimento do papel do Estado junto com a Universidade e a Indústria
  • 43. Política de Inovação Direta • Sociedade Estatista → modelo “cima para baixo” • Inovação sob controle do governo → modelo exitoso nas áreas militares e espaciais em regimes capitalistas e socialistas • Na URSS e Europa Oriental → Institutos de Pesquisa → concentração nos problemas da indústria → foco na quantidade produzida e NÃO em inovação qualitativa • Na era Pós-Socialista → redução de recursos do Estado → os Institutos foram deixados a própria sorte → contratos no exterior, incubadoras, centros de pesquisa científica, empresas de alta tecnologia
  • 44. A sociedade civil e a hélice tríplice • HT = só Estado → limite de ideias e iniciativas de inovação • Participação dos outros níveis (regional e local), universidades e indústria = ideias criativas para a inovação • Sociedade Civil organizada e ativa → incentiva fontes de inovação • HT que inclua iniciativas de ↓ e ↑ ex: Brasil na déc. 70 → incorporação da pesquisa como uma grande missão da Universidade → vinculada ás prioridades nacionais • 1980 → conceito de incubadora (EUA) pelos pesquisadores universitários de C & T → adoção pelas universidades e associações civis com apoio do governo
  • 45. Política Industrial Indireta (EUA) • Uma PII e descentralizada pode ser mais EFICAZ → maior capacidade de considerar as diferenças regionais e incorporar iniciativas de “baixo para cima” • O governo lidera o papel da inovação → promovendo a interação universidade X indústria • Governo = capitalista de risco público
  • 46. Política Industrial Indireta (EUA) Transformação da pesquisa avançada em ATIVIDADE ECONÔMICA
  • 47. Política de inovação norte- americana • Ensino superior nos EUA • Os fundos fornecidos para pesquisa pré II Guerra Mundial • Pós II Guerra Mundial • Os professores universitários que tinham colocado de lado seus interesses de pesquisa básica para trabalhar como engenheiros em projetos práticos, logo descobriram que eles tinham ideias para pesquisa que eles praticariam após a guerra.
  • 48. Relações entre governo e indústria • A maior parte dos financiamentos foram para a pesquisa considerada pelo governo de seu interesse. • O sistema de patentes foi reorganizado para dar direitos de propriedade intelectual a partir das pesquisas financiadas pelo governo federal para as universidades. • Uma parcela relativamente pequena das despesas em pesquisa estava realmente sendo traduzida em produtos, mesmo considerando-se um período de tempo prolongado. • Small Business Innovation Research (SBIR)
  • 49. O papel ampliado do governo em uma sociedade laissez-faire • Além de criar seus próprios programas de C&T, os estados tornaram-se defensores, junto com suas universidades, de aumentos nos orçamentos federais de P&D. • Programa de Tecnologia Avançada (ATP) atuou principalmente através de um “programa focado” dirigido a um problema fundamental da indústria. • O corporativismo, a doutrina europeia de cooperação entre governo, indústria e mão de obra, é substituído por uma “hélice tríplice” de relações acadêmicas, industriais e governamentais.
  • 50. O estado de inovação • Regenerar as fontes de produtividade em C&T através de novas formas de relações de cooperação. 3. Garantias governamentais ao capital privado 4. Créditos fiscais de P&D e menores impostos sobre o ganho de capital 5. Novas agencias são criadas para promover a inovação 6. Utilização do sistema jurídico para criar direitos especiais 7. Oferta de financiamento para pesquisa básica
  • 51. Conclusão: o papel ideal do governo na inovação? • “Por que uma hélice tríplice? Por que não uma hélice dupla, entre universidade e industria?” • Sociedade civil • Embora uma hélice tríplice limitada possa existir em condições autoritárias, uma hélice tríplice completa ocorre em uma sociedade democrática onde as iniciativas possam ser livremente formuladas. • Dinâmicas de inovação em uma hélice tríplice são normalmente desenvolvidas em nível regional.
  • 53. O Papel da universidade no desenvolvimento econômico regional • Inovação regional: relevância para o desenvolvimento • Identidade regional: influência do conhecimento e transformação regional • Conhecimento e inovação: a importância da universidade
  • 54. O Papel da universidade no desenvolvimento econômico regional • Universidade e os outros atores: hélice tríplice • Espaços da hélice tríplice: conhecimento, consenso e inovação • Universidade e desenvolvimento regional: papel de liderança para o processo de inovação regional.
  • 55. A demanda local no processo de inovação regional Governo Universidade Indústria
  • 56. A demanda local no processo de inovação regional • Espaços de Conhecimento • Espaços de Consenso • Espaços de Inovação • Participação Local e Inovação Regional
  • 57. Constituição do Espaço Regional e Rearranjos • Espaço regional consiste em:  Organizações políticas  Entidades empresariais  Instituições acadêmicas • Trabalhando em conjunto para melhorar as condições locais • Papéis especializados no processo de organização regional  Se um deles faltar, outro pode assumir a sua parte
  • 58. O Organizador do Processo • Quem deve ser o impulsionador do processo de inovação?  Universidade  Empresas  Governo • A organização que consiga identificar e apontar a meta desenvolvimento e coordenar a cooperação entre as demais organizações • Dependerá do nível de competência acumulada por cada agente no contexto local • O importante é não haver um vácuo de liderança
  • 59. A Criação de uma região de Tríplice Hélice • A valorização da atitude de colaboração e o compartilhamento das experiências de cada participante propicia um ambiente favorável ao florescimento de estratégias que permitam a inovação. • O desenvolvimento local como ponto comum. • Condições necessárias para a criação de uma região de tríplice hélice:  Capacidade de criar empresas de tecnologia  Capacidade de renovação baseada no conhecimento  Presença de uma universidade empreendedora (como fonte ou consequência)  Surgimento como consequência involuntária de outras políticas
  • 60. Exemplo de Hélice Tríplice: Por to Digital de Per nambuco
  • 61. Porto Digital de Pernambuco • Criado em Julho de 2000 como resposta ao atrativo de TIC e desenvolvimento de software, que se consolidou no estado, fomentando a criação de um APL neste setor . Dados de 2005 do CONDEPE (Agência de Planejamentos e Pesquisas de Pernambuco) apontaram para uma participação de 3.63% do PIB pernambucano no setor de TIC.
  • 62. Instituições participantes • Governo: Aporte de R$ 33 milhões para o projeto inicial de infra-estrutura e implantação do Porto digital. • Iniciativa privada: Compõem um sistema local de inovação que conta com 200 empresas de TIC, serviços especializados e órgãos de fomento. • Universidades: Atuam em parceria no fornecimento de capital intelectual e fomentando projetos.
  • 63. Resultados no decênio 1. Em dez anos de operação, o Porto Digital já transferiu para o Bairro do Recife 6.000 postos de trabalho, atraindo 10 empresas de outras regiões do País e quatro multinacionais, abrigando, ainda, quatro centros de tecnologia. 2. Territorialmente, o Porto Digital está situado no sítio histórico do Bairro do Recife, acrescentando ao projeto a componente de revitalização urbana.
  • 64. Resultados no decênio 1. O bairro possui infra-estrutura adequada para a instalação de empresas de TIC por dispor de excelente estrutura de serviços e de telecomunicações. Em 100 hectares, são 8 Km de fibra ótica instalados e 26Km de dutos, tornando a região uma das mais modernas do país.
  • 65. Parcerias institucionais Softex Recife Assespro Pernambuco SEBRAE Pernambuco Itep - Instituto de Tecnologia de Pernambuco CIn-UFPE - Centro de Informática C.E.S.A.R - Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife Fiepe - Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco IEL - Instituto Euvaldo Lodi FCAP/UPE - Faculdade de Ciências de Administração de Pernambuco Iaupe - Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco Apex - Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos Bancada Federal de Pernambuco