Kofi Annan discursa sobre as políticas da globalização em um momento de turbulência global e crise econômica. Ele reconhece as reações negativas de nacionalismo, soluções iliberais e populismo à globalização, mas argumenta que a globalização só terá sucesso se beneficiar tanto os pobres quanto os ricos através da justiça social e equidade, não apenas da prosperidade econômica. Políticas responsáveis e inclusivas são necessárias para tratar essas reações e assegurar que a globalização sirva a todos.
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As politicas da globalização apresentação-final1
1. As politicas da globalização(ThepoliticsofGlobalization) Kofi Annan Discurso Universidade de Harvard, 17 de Setembro 1998
2. O discurso foi efectuado num momento de turbulência global, de crise económica, de mudanças politicas e de conflitos na generalidade do mundo. A década de 1990 foi um período de crise económica e de conflitos políticos que foi ridicularizado, com crueldade, pela arrogância política presente no apogeu da globalização.
3. Globalização Para muitos é o fenómeno que distingue a nossa época de qualquer outra. É geralmente entendida por descrever avanços na tecnologia e nas comunicações, que tornaram possível um grau de crescimento e de interdependência económica e financeira sem precedentes.
4. Os pilares universais do pluralismo democrático (sociedade baseada no primado da Lei; responsabilidade legitima dos governos; liberdade de expressão, respeito pelos direitos humanos e das minorias; direito a um julgamento justo), foram em muitos casos ignorados. A política e o desenvolvimento político como um todo sofreu uma forma de negligência benigna durante os anos de glória da globalização. A paz e a prosperidade dependem da legitimidade, e de políticas responsáveis.
5. “Em algumas zonas do mundo, a globalização está rapidamente a perder o seu brilho “; Porque ela é vista “não como uma realidade objectiva , mas como uma ideologia do capitalismo predatório “.
6. Três categorias de reacções contra a globalização: O nacionalismo; Recurso a soluções iliberais; Política de populismo.
7. O nacionalismo Os líderes em busca de legitimidade estão a começar a ver a globalização pelo seu lado negativo: Como um processo que enfraquece os seus rivais e diminui-os aos olhos dos seus aliados. Como uma invasão estrangeira que irá destruir as culturas locais, sabores regionais e tradições nacionais. Face as condições económicas adversas, estão a procurar o apoio popular através da exploração de inimizades históricas e a fomentar conflitos transfronteiriços.
8. A ironia, é a promessa de que a globalização era baseada na noção de que a interdependência económica eliminaria o potencial de conflito político e militar; A política de poder, interesses hegemónicos, a desconfiança, a rivalidade, a ganância e a corrupção não são menos decisivas nos assuntos de estado do que o racional do interesse económico. O nacionalismo
9. O líder forte que num momento de crise pode agir de forma resoluta nos interesses da nação. Enquanto o poder central se desintegra, há uma tentação crescente para esquecer que a democracia é condição para o desenvolvimento - e não a sua recompensa. Recurso a soluções iliberais
10. Política de populismo Líderes em apuros , podem começar a propor formas de proteccionismo como forma de compensar as perdas incorridas , por supostamente terem um país demasiado aberto à concorrência. Nesta reacção, a globalização é o bode expiatório dos males que mais frequentemente têm raízes nacionais de natureza política.
11. Política de populismo Aqueles que defendem as políticas de abertura, transparência e boa governação devem encontrar formas de responder a essas críticas a dois níveis: Ao nível de princípio ; E ao nível de soluções práticas , que podem proporcionar algum tipo de segurança económica , em relação ao desespero social e instabilidade. Caso contrário, os populistas e proteccionistas irão vencer a discussão entre o isolamento e a abertura, entre o particular e o universal, entre o imaginário e um futuro próspero. E eles não devem ganhar.
12. Globalização – Argumentos do autor Se tiver êxito, ela deve ter êxito para pobres e ricos. Deve entregar direitos não inferiores às riquezas. Deve proporcionar a justiça social e a equidade não inferior a prosperidade económica e o reforço da comunicação. Ela deve ser aproveitada não só para a causa do capital, mas para o desenvolvimento e prosperidade dos mais pobres do mundo.
13. Globalização – Argumento do autor É preciso tratar as reacções de nacionalismo, iliberalismo, e de populismo político expresso em termos políticos. Esta é uma tarefa difícil. Mas ela deve ser cumprida, se a globalização não é para ser recordada como simplesmente uma ilusão do poder do comércio sobre a política, e das riquezas humanas sobre os direitos humanos.
14. Metodologia Análise da conjuntura politica, económica e social internacional; Experiência profissional e pessoal.
15. Avaliação dos argumentos O discurso de Kofi Annan, consiste num equilíbrio entre uma interpretação crítica da globalização e a busca de uma solução construtiva. É necessário combinar mercado global e equidade; O sucesso da globalização exige a inclusão social; É necessário colocar a globalização ao serviço de todos, se não no final não funcionará para ninguém.