1. UNIVALI – UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CECIESA- CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS
DISCIPLINA: CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA
PERÍODO: 3º
PROFESSORA: FABIANA CRISTINA TAVARES
DATA: 13 de Abril de 2008
ACADÊMICOS: Luciane Regina Patrício
Vivian Deitos Bernardo
PATRIMÔMIO LÍQUIDO: É UMA EXIGIBILIDADE?
Para que possamos discutir sobre o assunto, devemos primeiramente entender os
conceitos. O que é exigibilidade?
No dicionário, exigibilidade significa reclamar em função de direito fundado ou
suposto. Para a Contabilidade, exigibilidade são obrigações assumidas por uma entidade
(ou indivíduo), de entregar a terceiros, parte do seu ativo, ou lhes prestar serviços. O
Patrimônio líquido representa os valores que os sócios têm na empresa, num
determinado momento. É resultante do ativo menos o passivo e representado pelo
capital social e pelos lucros acumulados.
O capital social abrange os valores que os sócios investiram na empresa. Já os
Lucros Acumulados são lucros que foram reinvestidos pelos sócios na empresa.
Deve-se ter em mente a distinção contábil entre Passivo, Patrimônio Líquido e
exigibilidades. O Passivo representa as fontes dos ativos de uma entidade. Essas fontes
são representadas por direitos de acionistas (Patrimônio Líquido) ou de direitos de
terceiros exigíveis contra a entidade (exigibilidades). Patrimônio Líquido não é uma
exigibilidade, pois ele é formado de capital próprio
Enquanto as exigibilidades devem ser liquidadas, sem o risco de a entidade ter o
título protestado ou sua falência decretada, não há obrigação previamente definida de
devolver aos investidores o Patrimônio líquido a menos que, por exemplo, a entidade
seja liquidada. Como cita o Professor Rodrigo Antônio Chaves da Silva, Contador
analista e especialista em gestão econômica das empresas, tendo seu artigo publicado no
Instituto de Contabilidade do Brasil, em 9 de Abril de 2008.
2. “Ainda, no Patrimônio Líquido temos três grupos principais: o capital social – quotas
ou riquezas dos sócios - as reservas – guardas ou destinações dos resultados – e os
resultados – lucros ou prejuízos. Estes seriam itens que subdividem o patrimônio
líquido. Muito similares por sinal ao “Capital Próprio” no aspecto qualitativo.
Portanto, no Passivo temos o “Circulante” ou “Exigível a Curto Prazo”, o “Exigível a
Longo Prazo”, o “Resultado dos Exercícios Futuros”( pouquíssimo utilizado e muito
carente de interpretação),e o “Patrimônio Líquido” ou “Passivo não-exigível” por
não ser necessariamente uma dívida.”
Portanto, Patrimônio Líquido não é uma exigibilidade, pois ele é formado de capital
próprio e não de capital de terceiros.
REFERÊNCIAS
SILVA, Rodrigo Antônio Chaves Da. O patrimônio como objeto da contabilidade.
Disponível em <http://www.icbrasil.com.br/doutrina/ver.asp?art_id=1064&categoria=
Contabilidade Geral > Acesso em :13 de maio de 2008
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens.Manual de
Contabilidade das Sociedades Por Ações. Sétima edição. São Paulo: 2007. p.312.
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de
Janeiro: Delta, 1980. 5 v.
3. professor Rodrigo Antônio Chaves da Silva
Contador-Analista e especialista em gestão econômica das empresas pelas
faculdades integradas de Caratinga
Membro da Escola do Neopatrimonialismo
Ganhador da Menção de Honra do prêmio Internacional de História da
Contabilidade, professor Martim Noel Monteiro – Edição 2007.
Sobre o texto:
Texto inserido no Instituto de Contabilidade do Brasil em 9 de abril de 2008.
Bibliografia:
Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), o texto científico publicado em periódico
eletrônico deve ser citado da seguinte forma:
SILVA, Rodrigo Antônio Chaves da. O patrimônio como objeto da
contabilidade. Disponível em
<http://www.icbrasil.com.br/doutrina/ver.asp?
art_id=1064&categoria= Contabilidade Geral > Acesso em :13 de
maio de 2008