1. Curso Profissional de Secretariado
MÓDULO 10
Texto de Apoio
Técnicas de Secretariado 2013/2014
A Comunicação e a Informação
Este módulo tem como objectivos fundamentais:
•
Compreender a importância da Comunicação numa
organização.
•
Reconhecer os diversos tipos de comunicação.
•
Compreender as questões relacionadas com a comunicação
oral e escrita.
•
Reconhecer a importância de uma comunicação eficaz.
•
Conhecer os requisitos das diferentes comunicações.
•
Ter conhecimento de algumas nacionais e internacionais
relativas à normalização do trabalho administrativo.
•
Ter conhecimento acerca de todo o processo de recepção,
transmissão e registo da informação numa organização.
•
Conhecer os serviços dos correios e outros meios associados
à expedição da documentação.
A
comunicação
tem
sido
fundamental
no
quotidiano
das
populações. Contudo, é sem dúvida, hoje que ela se torna indispensável.
Estamos de facto na era da comunicação
Comunicar será, o processo de conseguir que a pessoa ou entidade
com quem estabelecemos a comunicação fique em sintonia connosco.
1
2. Quando comunicamos com alguém, pretendemos transmitir uma
ideia ou uma informação que seja realmente recebida. Portanto, é
indispensável que entre os dois protagonistas do acto comunicativo
exista algo em comum que permita entender aquilo que é transmitido.
Comunicar é o acto através do qual se transforma o individual em
colectivo. Ao comunicarmos, iniciamos um processo, de transmissão e
recolha de informações, ideias e atitudes.
ELEMENTOS-BASE DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A – O emissor, a Fonte e o Codificador
O emissor é o indivíduo ou conjunto de indivíduos que quiseram
transmitir a mensagem. Assim será emissor cada um de nós, quando
transmitimos algo a outrem.
Ao interpelarmos um amigo, somos o emissor. Naturalmente os
papéis invertem-se logo que ele nos responde, pois neste caso ele será o
emissor e nós seremos o receptor.
A Fonte e o Codificador
Num processo de comunicação mais complexo, não será de todo
abusivo relacionar a fonte e o codificador ao emissor. Assim, acontece
por exemplo com a publicação de um jornal. Quando um repórter colhe
uma notícia e a transmite ao corpo redactorial, do seu jornal, age como
fonte. Como codificadores irão funcionar o corpo redactorial, os
revisores, os linotipistas, etc., em resumo todos aqueles que irão permitir
a transformação da ideia da fonte numa notícia impressa no jornal.
Contudo, o repórter, foi também codificador, quando ao transmitir
a sua ideia foi forçado a ditá-la ou a escrevê-la de forma a construir uma
mensagem devidamente codificada.
O emissor e a fidelidade da comunicação
Ao
comunicarmos
é
indispensável
que
a
mensagem
traduza
fielmente a ideia do emissor.
Para que esta fidelidade se mantenha, e assim, minimizar as
hipóteses de elaboração e de interpretação incorrectas da mensagem, há
que, entre outros procedimentos, eliminar todos os elementos que a
poderão afectar, designados, de uma maneira geral por ruídos.
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3. Estes ruídos ou interferências são variados e podem ser exteriores
ao processo de codificação e de transmissão da mensagem como por
exemplo: o toque do telefone ou o barulho produzido pelo escape de um
carro que passa na rua e nos impede de ouvir o amigo ou o comentador
da rádio ou da TV, a mancha no écran da televisão ou as más condições
atmosféricas que inviabilizam uma boa recepção do programa televisivo,
etc. – ou relacionarem-se mesmo com os intervenientes no processo de
codificação
e
de
descodificação
da
mensagem
–
palavras
mal
pronunciadas, entoação errada, confusão de sentidos para a palavra dita
ou escrita, erros ortográficos etc.
Os
factores
que
determinam
a
fidelidade
da
comunicação,
distinguem-se do lado do emissor.
- As habilidades comunicadoras;
- As atitudes;
- O nível de conhecimentos;
- A posição social e o sistema sociocultural.
•
As habilidades comunicadoras
São cinco as habilidades verbais da comunicação: codificadoras, a
escrita e a palavra; descodificadoras, a leitura e a audição; indispensável
é o pensamento ou raciocínio.
3
4. Efectivamente para construirmos uma mensagem, precisamos de
conhecer o vocabulário adequado às ideias que pretendemos transmitir.
Quantas vezes surgem situações embaraçosas, e até litigiosas, por se
desconhecer a palavra mais adequada à nossa ideia, impedindo ou
falseando a comunicação. Para além do vocabulário, também devemos
conhecer as regras gramaticais necessárias á construção da frase.
•
As atitudes
As atitudes do emissor afectam, decisivamente, a comunicação.
Tais atitudes podem dizer respeito ao destinatário, ao próprio emissor ou
ao assunto objecto da comunicação. Quando cumprimentamos o amigo
com quem nos cruzamos podemos fazê-lo de forma efusiva, revelando
efectivo prazer, ou de má vontade, quase à força.
O assunto a comunicar também é determinante na comunicação.
Todos sabemos como é agradável contar uma anedota, ou lembrar um
acontecimento engraçado de que temos conhecimento, ao contrário do
esforço que se faz quando abordamos um tema menos agradável.
•
O nível de conhecimentos
O nível de conhecimentos sobre um determinado assunto irá afectar
a comunicação. Pois, ninguém pode comunicar acerca daquilo que não
sabe, logo a ignorância ou o desconhecimento impede a comunicação.
Por outro lado, o elevado nível de conhecimentos sobre um
determinado assunto, não basta para que haja comunicação. É preciso,
também, que a linguagem utilizada seja a mais conveniente para os
destinatários. Por vezes isto não acontece, em virtude de a linguagem
utilizada assumir um cariz acentuadamente técnico e especializado, só
perceptível pelos indivíduos que já têm conhecimentos dessa matéria.
4
5. •
A posição social e o sistema sociocultural
O sistema sociocultural a que pertence o emissor irá condicionar a
comunicação a vários níveis. A comunicação é afectada pelos padrões
culturais do grupo. Por esse motivo é natural que um europeu comunique
de forma diferente da utilizada, nomeadamente por um asiático. Tais
diferenças prendem-se não só com a linguagem, mas também com o
significado dos gestos (o aperto de mão, o aceno de cabeça, a vénia e
outros).
Estes factores influenciam, também, a comunicação entre os
diferentes povos de um mesmo continente, ou até, entre os indivíduos de
um mesmo país. De facto, a comunicação entre populações montanhosas
e ribeirinhas, por exemplo, é por vezes afectada, não só por utilizarem
palavras iguais mas com sentidos diferentes, adaptados ao seu estilo de
vida, mas também porque a sua actividade económica, os seus interesses,
a sua atitude perante as condições atmosféricas são muito diferentes.
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6. B – O Descodificador e o Receptor
É designado por receptor o destinatário, individual ou colectivo,
das mensagens transmitidas pelo emissor.
Quer na comunicação interpessoal, ou noutro tipo de comunicação
quem recebe a comunicação é sempre descodificador. Quando lemos um
jornal, ouvimos um programa radiofónico ou escutamos um amigo, é o
nosso
mecanismo
nervoso
que
comanda
os
nossos
mecanismos
descodificadores, no sentido de compreendermos a mensagem.
C – A Mensagem
A ideia que se quer comunicar, tem de ser transmitida em signos
compreensíveis pelo receptor. Tal ideia, assim codificada, constitui a
mensagem.
Quando emitimos a mensagem, devemos dar especial atenção ao
código utilizado, ao seu conteúdo e ao respectivo tratamento.
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7. COMUNICAÇÕES HUMANAS
Consideram-se
Comunicações
Humanas
todo
o
intercâmbio
compreensivo de símbolos. Sempre que existir uma troca de conceitos
capazes de serem percebidos pela inteligência através de qualquer tipo de
sinais, estamos perante o fenómeno fascinante da Comunicação. Os seres
humanos comunicam entre si, e aí reside a base da vida em sociedade: o
homem é um animal social.
Para essa Comunicação, o homem é naturalmente bem equipado
pela natureza, através dos seus sentidos. Cada sentido é uma porta aberta
para o mundo exterior. É uma ponte entre dois mundos: o que existe
dentro e o que existe fora do homem.
Cada ser humano dispõe assim dos seus instrumentos naturais de
Comunicação.
É
capaz
de
ver,
ouvir,
de
falar,
de
escrever.
A
personalidade individual, por si mesma, é uma forma dinâmica de
Comunicação Humana: é uma projecção da individualidade, que produz
determinado impacto no meio ou ambiente.
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8. O estudo das Comunicações Humanas adquire sempre maior
importância, na medida em que se considera cada vez mais indispensável
chegar-se à compreensão entre os homens. No âmbito das empresas, essa
compreensão é o fundamento da integração que leva às Relações
Humanas efectivas.
Assim,
podemos
considerar
três
grandes
divisões
das
Comunicações Humanas:
1ª – Os instrumentos de Comunicações Individuais;
2ª – Os instrumentos de Comunicações nas empresas;
3ª – Os instrumentos de Comunicações de Massas.
Os principais instrumentos de Comunicação Individuais são os
seguintes:
1. A fala
3 – A audição
2. A escrita
4 – A leitura
A estes quatro instrumentos, pode-se acrescentar outro: a maneira
de
ser,
cuja
caracterização
é
feita
através
de
uma
série
quase
interminável de gestos que podem ser espontâneos ou mais ou menos
cuidadosamente elaborados.
Os instrumentos de Comunicação nas empresas são os seguintes entre
outros:
1. Reuniões
6. Circulares
2. Entrevistas
7. Ordens de serviço
3. Cartas
8. Relatórios
4. Memorandos
9. E-mails
5. Relatórios
10. Telefone, etc
Os instrumentos de Comunicação de Massas são os seguintes:
1. Jornais
2. Revistas
3. Rádio
4. Cinema
5. Televisão
8
11. •
Memorando
•
Currículo
•
Cartas comerciais e ofícios
•
Circulares
•
Requerimento
•
Acta
•
Relatório
•
Etc…
A linguagem escrita surgiu como subsidiária da linguagem falada.
Apareceu inicialmente sob a forma figurativa e só muito mais tarde
alfabética, para registar de modo indelével (na pedra, no barro, no
bronze, no papiro e no papel…) aquilo que se pretendia conservar e
passar à posteridade: ideias, crenças, factos importantes. Caracterizam-se
a precisão e a imutabilidade, embora sujeita a atropelos interpretativos e
à corrosão pelo tempo dos seus materiais de suporte.
Outra vantagem da linguagem escrita é a de fazer chegar uma
mensagem a destinatários diversos, em número praticamente ilimitado,
com o privilégio de cada um receber a mensagem segundo o seu próprio
ritmo
de apreensão (leitura mais
apressada ou mais
lenta), com
possibilidade de paragens para reflexão.
Em oposição tem de se reconhecer o seu maior inconveniente: a
ausência de feedback . O leitor é apenas o receptor, sem poder estabelecer
diálogo com o emissor. Pela via escrita a comunicação é unidireccional.
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12. Assim,
a
linguagem
escrita
não
tem,
sob
o
ponto
de
vista
psicossociológico, a importância da falada, mas protagoniza um papel
ímpar no desenvolvimento do indivíduo e no progresso da sociedade. A
linguagem escrita não conhece barreiras em termos de conteúdo da
informação veiculada. É a garantia da preservação do património cultural
de toda a humanidade.
Nenhum homem, considerado na individualidade do seu ser, por
muito sábio que seja, possui um saber perfeito e exaustivo relativamente
a seja o que for. O saber da humanidade resulta dos saberes individuais
reunidos e sistematizados. Esse saber não é propriedade exclusiva… é um
saber organizado, registado e conservado através da comunicação escrita.
Com o aparecimento do papel e a invenção dos caracteres móveis,
a
linguagem
escrita
iniciou
um
período
de
desenvolvimento
incessantemente alimentado pelas modernas tecnologias…
Profissionalmente:
Exige esta forma de comunicação a aplicação do chamado método
dos três C’s – Clareza, Concisão e Cortesia.
Deve-se optar por um estilo claro, preciso e cortês acompanhado
por uma apresentação sóbria e sem excessos.
O sublinhado, o cheio, o sombreado, relevo ou enquadramento em
exagero tornam-se inestéticos.
O espaçamento deve ser suficiente para que cada linha esteja bem
separada da precedente, sem exagerar para não tornar difícil a
leitura.
Deve-se evitar sublinhar no processador de texto; o sublinhado
torna-se pouco estético, porque fica muito colado à palavra. Neste
caso deve-se utilizar o negro.
Não se devem misturar estilos de caracteres. O clássico Times New
Roman é o ideal.
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13. Quanto ao tamanho, o12 é o mais perceptível e usual.
Quanto ao conteúdo, deve-se estruturar mentalmente as ideias para
não fazer afirmações irreflectidamente.
Deve-se ter presente que qualquer comunicação escrita bem
estruturada deve ser composta por introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Acima de tudo deve-se ser cortês. O polimento profissional e a
educação
comunicacional
escrita
permitem
transmitir
aos
receptores um estilo correcto do Saber Estar na vida em qualquer
local de trabalho.
SOCIALMENTE
A comunicação manuscrita é, sem dúvida, a forma mais pessoal e indicia
respeito pelo receptor. Obviamente porque é o próprio que transmite a sua mensagem,
logo, torna o ambiente comunicacional mais envolvente, mais próximo e mais correcto.
Nos contactos sociais, via escrita, deve-se esquecer a facilidade e a frieza dos
processadores de textos e numa folha de papel, com sobriedade e elegância, devemos
escrever P.M.P. (por mão própria), embora cumprindo algumas regras como a
legibilidade, respeito pelas margens e parágrafos, atendendo à pontuação e correcção da
escrita.
Tradicionalmente a tinta azul é a mais utilizada, embora possa ser substituída,
em alguns casos, pela tinta preta. Não se devem usar outras cores de tinta, por mais
moderno que nos possa parecer.
A sobriedade ainda é uma regra geral no contexto social.
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14. Na comunicação escrita temos a destacar:
O MEMORANDO
O memorando é uma forma de comunicação escrita que dispensa
determinados formalismos e que procura ser o mais objectiva possível.
Normalmente
tem,
como
suporte,
documento
próprio
com
alguns
elementos já impressos.
CURRÍCULO
Os currículos são respostas, normalmente simples, objectivas,
sintetizadas embora completas, a ofertas de emprego que, quando
considerados, dão lugar à entrevista.
Podem ser analíticos, sintéticos e mistos.
•
A forma de elaboração de um currículo deverá ser de acordo com as:
- Condições definidas na oferta de emprego (normalmente recolhida
em jornais)
- Características e condições oferecidas pelo candidato
•
A escolha da forma para apresentação da resposta terá de ser
inteligente .
Na elaboração do currículo analítico é notória a preocupação de,
em cada período ou em cada parágrafo, esgotar de forma clara, objectiva
e lógica, cada questão.
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15. As questões devem ser satisfeitas tendo em conta a necessidade do
esclarecimento ser capaz, mas havendo sempre o cuidado de não incluir
na resposta detalhes que possam funcionar contra o candidato.
Se,
por
exemplo,
o
candidato
só
permaneceu
dois
meses
empregado, o tempo de experiência profissional não deve, em princípio,
ser incluído no currículo. A justificação para tão pouco tempo de serviço
é normalmente longa através de carta. É mais fácil esclarecer a situação
durante a entrevista.
O currículo, mesmo o analítico, não deve ser muito longo, na
medida em que o seleccionador dos candidatos não dispõe de tempo
suficiente para ler pormenores.
CARTAS COMERCIAIS E
As
Cartas
OFÍCIOS
Comerciais
permitem às empresas estabelecer comunicações entre elas ou, então,
estabelecer comunicações com o público em geral (organismos públicos,
particulares, etc).
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16. Os Ofícios são iniciativas de comunicação que têm como emissores
os organismos públicos ou parapúblicos, dispensando a forma de cortesia
inicial (vocativo).
CIRCULARES
São cartas, normalmente de texto impresso, elaboradas com o
objectivo de atingir um grande número de destinatários (receptores),
fornecendo informações de carácter genérico sobre determinado assunto.
O emissor, na elaboração do texto, procura muitas vezes utilizar
uma linguagem aparentemente personalizada.
A circular, para além de ter um carácter informativo, deve ser
construída numa linguagem adaptável a um universo de receptores, dando
a entender a quem a recebe que ele é o único receptor.
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17. REQUERIMENTO
O requerimento é uma forma de comunicação dirigida a um órgão
ou a um titular de um cargo, em que o requerente (emissor) pretende ver
satisfeita a pretensão que apresenta.
A
elaboração
de
um
requerimento
obedece
a
determinados
formalismos.
•
Inicia-se com a designação da entidade a quem é dirigido.
•
Segue-se o corpo, separado da designação por uma linha de intervalo
e constituído por duas partes:
- a parte inicial, com os elementos que identificam o requerente
- a parte seguinte, indicando o motivo que justifica tal iniciativa.
•
Finaliza com a expressão “Pede deferimento”, separada do corpo por
uma linha de intervalo.
•
A data é colocada com o espaço de uma linha em relação à expressão
anterior.
•
A assinatura do requerente é posta imediatamente a seguir à data.
REUNIÕES
As reuniões, são uma forma de comunicação oral directa. Contudo,
surgem através de uma comunicação escrita –
Convocatória . As
ocorrências e os resultados são também registados em documento escrito
– acta.
De um modo geral, podemos classificar as reuniões em dois
grandes grupos – ordinárias e extraordinárias .
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18. •
As ordinárias, exigidas por lei ou definidas nos estatutos das
instituições, são periódicas (semanais, quinzenais, mensais,
trimestrais, anuais, etc).
•
As extraordinárias, também definidas por lei e previstas nos
estatutos, só têm lugar em situações excepcionais.
Imposições legais e/ou os estatutos de determinadas instituições
obrigam a que o registo dos factos se faça habitualmente em livros
próprios. Esses livros próprios são autenticados, indicando o número de
folhas. As folhas são numeradas e, por vezes, também rubricadas.
PREPARAÇÃO DAS REUNIÕES
É da responsabilidade do Secretário/a a preparação das condições
para a reunião se realizar e obter sucesso.
A preparação das condições físicas, tem a ver com a escolha da
sala, atendendo ao número de pessoas e ao seu posicionamento na
estrutura da empresa, sem nunca esquecer a finalidade da reunião.
Por vezes, torna-se necessário encontrar um local adequado, fora
das
instalações
da
empresa.
Neste
caso,
irão
primeiramente
ser
analisadas diversas hipóteses de espaços, atendendo-se às diferentes
condições oferecidas (localização, qualidade, área, preço, etc.).
Feita a opção, será, com antecedência, concretizada a marcação
que deverá ser sempre confirmada dois ou três dias antes da data da
reunião.
Tratando-se de instalações próprias, outras providências terão de
ser tomadas. Se o espaço não estiver preparado para o fim em vista,
haverá necessidade de o adaptar e de o equipar.
Seja qual for a situação, terá de haver uma atenção prévia e uma
tomada de medidas adequadas para que as condições de limpeza sejam
observadas e ao mesmo tempo garantidas durante a reunião. Com esta
preocupação serão colocadas garrafas de água, papel, canetas, cesto de
papeis, etc..
No aspecto estético, as flores e outros pequenos pormenores são
indispensáveis para tornar o ambiente agradável.
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19. Quando se prevê uma reunião com duração longa, justifica-se a
efectuação de diligências no sentido de os participantes poderem fazer
uma pausa para tomar café, comer uns bolinhos, conviver, etc..
Se as instalações tiverem de ser adaptadas, o estudo dos espaços e
a distribuição do mobiliário terá de ser cuidado, ou seja, os princípios
fundamentais da Ergonomia têm que ser bem aplicados.
A preparação da reunião também exige, muitas vezes, a recolha de
informação e a elaboração de dossiers que apoiem o desenvolvimento dos
trabalhos.
ELABORAÇÃO DE CONVOCATÓRIAS
A convocatória é elaborada com uma certa antecedência em relação
à data da reunião, de forma a dar a possibilidade de os participantes
tomarem conhecimento da ordem de trabalhos, prepararem-se para os
assuntos a debater e terem ainda a possibilidade de uma atempada
libertação de outros compromissos para a data.
Na convocatória, para além da ordem de trabalhos ou agenda de
trabalhos é bastante útil, na medida em que obriga os participantes a
prepararem e autodisciplinarem
as intervenções. Também é muito útil
para o Presidente da Mesa, dado que lhe é possível controlar melhor o
desenrolar dos trabalhos, dando eficácia à reunião.
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20. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS – ACTA
As actas são documentos que registam os factos relevantes
ocorridos numa reunião, sem que sejam feitas interpretações, dadas
opiniões ou apresentadas propostas de solução por parte daqueles a quem
compete fazer esses registos.
O registo obedece ao cumprimento das seguintes normas:
•
A escrita de números deve ser por extenso;
•
Não devem ser deixados espaços em branco (todas as
alterações devem ser ressalvadas no fim ou, se detectadas
atempadamente, colocando-se a palavra “digo” à frente da
palavra a alterar e a seguir a palavra rectificada).
A acta é essencialmente constituída por três partes distintas:
•
A parte inicial terá de conter os elementos que constam da
convocatória;
•
Na segunda parte deverão descrever-se os factos relevantes
ocorridos, de forma clara e objectiva;
•
A terceira parte é um parágrafo final elaborado nos seguintes
moldes:
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21. “E nada mais havendo a tratar foi encerrada a sessão da qual se
lavrou a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser
assinada pelo presidente e por mim que a elaborei”.
NAS REUNIÕES
•
O Presidente da Mesa controla o desenrolar dos trabalhos;
•
O Secretário procede ao registo dos factos e, para o
conseguir, deve:
- Registar o número de presenças e, se for caso disso, o nome
dos ausentes.
- Estar sempre atento e fazer as anotações devidas
(distinguir as intervenções relevantes das que não o são).
- Registar as propostas.
- Contar e registar, nas votações, o número de votos a
favor, contra e as abstenções.
- Solicitar, sempre que necessário, que as intervenções,
consideradas como polémicas, sejam reduzidas a escrito pelo próprio
interveniente.
Este último aspecto é de extrema importância pois, a “quente”, são
feitas intervenções que, mais tarde, quando a acta for lida para
aprovação, não são admitidas na íntegra pelos intervenientes.
Este facto origina que muitas vezes sejam feitas adendas, em que são
procurados termos mais “suaves” para aliviar o impacto negativo dos
excessos.
A prática é importante para o secretário distinguir o essencial do
supérfluo e, ao mesmo tempo, ter poder de síntese, de forma a evitar
longas descrições.
O RELATÓRIO
O relatório é uma descrição de factos, tal como a acta, mas
distingue-se essencialmente desta, em virtude de, na descrição, haver
uma nítida preocupação de se chegar a uma conclusão que incluirá
necessariamente a opinião do relator.
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22. MODO DE APRESENTAÇÃO
A forma como é apresentado o relatório depende não só da
natureza e volume do seu conteúdo, como também do posicionamento
hierárquico do destinatário na estrutura da empresa.
Se o relatório for dirigido a hierarquias superiores, quanto mais
próximo o nível hierárquico estiver da cúpula, maior terá de ser o poder
de síntese de quem o redige.
É muito importante referir este aspecto porque os titulares de
cargos
cuja
função
é
essencialmente
decidir,
para
exercerem
convenientemente as suas atribuições, não podem perder tempo com
pormenores.
Um relatório de poucas folhas (2,3) não necessita de ter página de
rosto, ou seja, uma página completa com a palavra “relatório” e
indicações sobre:
- O assunto
- O período a que diz respeito e/ou a data em que foi elaborado
- O nome e/ou o cargo da pessoa a quem é dirigido
- O nome da pessoa que o elabora
Neste caso, os elementos acima referidos serão integrados em
apenas cerca de um terço da primeira página.
Num relatório, o aspecto gráfico é muito importante, quer se trate
da página de rosto quer do próprio arranjo gráfico do corpo.
Se o relatório tiver muitas folhas, deve haver a preocupação de
criar capítulos em maior número e de menor extensão, de forma a evitar
uma quantidade, exagerada de subtítulos.
Os títulos e os subtítulos são a maior parte das vezes necessários
para melhor apresentação das ideias e evitar uma grande densidade de
texto.
As imagens também se tornam de extrema importância para melhor
documentarem os factos.
O espaçamento a utilizar depende não só da extensão do relatório
como também da sua finalidade.
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23. É frequentemente usado o espaçamento simples em relatórios
extensos, e o duplo, em relatórios mais encurtados.
Estes trabalhos devem ser feitos em computador, e com boa
apresentação.
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