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Modelo
Pedagógico
Metodologias de Êxito da
Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
Propriedade de:
Data:
Anotações:
Modelo
Pedagógico
Metodologias de Êxito da
Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
Neste Caderno você conhecerá as Metodologias de Êxito da
Escola da Escolha, o que são, para que servem e uma introdu-
ção sobre como colocá-las em prática.
As práticas educativas deste caderno estão organizadas da
seguinte forma:
• Acolhimento
• Tutoria
Bom trabalho!
Olá Educador
©iStock.com/fotostorm
É uma metodologia desenvolvida pelo
Modelo Escola da Escolha que ob-
jetiva apresentar as bases do projeto
escolar para diferentes públicos. É a
porta de entrada dessa forma inovado-
ra de conceber a educação e de trans-
formar a escola. Uma ação deliberada e
intencionada, destinada a quatro situa-
ções distintas:
• Acolhimento dos estudantes
• Acolhimento diário
• Acolhimento da equipe escolar
• Acolhimento dos pais ou responsáveis
Assim como todas as outras metodo-
logias desenvolvidas, o Acolhimento
se integra ao currículo como uma das
práticas e vivências oportunizadas pelo
projeto escolar, a fim de criar as con-
dições essenciais para a realização da
sua tarefa mais importante: o Projeto
de Vida dos estudantes por meio de
uma formação integral.
No Acolhimento, os estudantes
iniciam as primeiras práticas como
protagonistas em atividades cuja pro-
gramação é considerada o “marco
zero” do Projeto de Vida.
Práticas Educativas
ACOLHIMENTO
O Acolhimento é a estratégia por meio
da qual são apresentadas aos novos
estudantes as bases do projeto es-
colar, para que eles percebam de que
maneira essa estrutura se colocará
à disposição da construção do seu
Projeto de Vida.
E o que é o Acolhimento
dos Estudantes?
Afinal de Contas, o que é
o Acolhimento?
Por que fazer o Acolhimento
dos Estudantes na escola?
Por meio dessa metodologia, os
estudantes terão a oportunidade de
estabelecer os primeiros vínculos, sen-
tindo-se recebidos e pertencentes à
escola desde os primeiros dias do ano
letivo. É um momento também para
que vivenciem situações nas quais se-
rão conduzidos à reflexão sobre os seus
sonhos e sobre as expectativas em tor-
no da sua realização, a partir do apoio
deste novo tempo, nesta nova escola.
6
É realizado pelos estudantes da
própria escola, sem interferência da
equipe escolar, que os apoia nas ne-
cessidades que eventualmente pos-
sam encontrar na sua execução. Seu
foco principal é provocar os estudantes
a refletirem sobre seus sonhos, seus
valores e o que pensam sobre o futuro
que cada um poderá construir. Essa
metodologia busca despertar o desejo
de conhecer e de fazer parte da vida
do outro e da escola e a confiança no
projeto escolar.
Um aspecto muito importante a ser
considerado nos Anos Finais do Ensino
Fundamental é a condição dos estudan-
tes dos 6º anos. Por volta dos 11 anos,
eles ingressam em um mundo cheio de
mudanças, seja do ponto de vista bio-
lógico, por meio das transformações
do corpo com a chegada da puberda-
de, seja psíquico, pois estão saindo
do mundo infantil e entrando na ado-
lescência. Nesse ritual de passagem é
cobrado um conjunto de adaptações
às quais, muitas vezes, eles ainda não
estão preparados para responder. Se-
gundo Costa (2000), a adolescência
pode ser encarada, do ponto de vista
do desenvolvimento pessoal e social,
como uma transição da heteronomia da
infância à autonomia do mundo adulto.
“Na implantação do Programa,
o ICE realiza o Acolhimento dos
estudantes por intermédio dos
Jovens Protagonistas – jovens
egressosde escolas onde o Mode-
lo foi implantado e que hoje já
se encontram em plena execu-
ção dos seus Projeto de Vida.”
Perante tudo isso, é esperado que
as famílias se preocupem com o Aco-
lhimento a ser realizado nessa nova
fase escolar. Ciente dessa realidade e
de todas as mudanças que ocorrerão
com os estudantes na dinâmica da
Escola da Escolha, é preciso que a equipe
escolar se planeje para esse momento,
para que todos, família e estudantes,
sintam-se acolhidos e compreendam a
proposta do Projeto escolar.
Esse planejamento deve estar per-
meado pela presença pedagógica. Na
Escola da Escolha, a Pedagogia da
Presença deve ser vivenciada todos os
dias, em pequenos gestos, de forma a
estar presente na vida do educando de
maneira construtiva, por um relaciona-
mento respeitoso e de muita reciproci-
dade entre ambos.
O Acolhimento no início do ano letivo:
marco “0” do Projeto de Vida!
O Acolhimento é um marco na vida dos
estudantes que ingressam na escola
por demonstrar, desde os primeiros
dias do ano letivo, a importância de
cada pessoa no processo de constru-
ção, autodesenvolvimento e de reali-
zação do seu Projeto de Vida, além de
garantir a troca de experiências e inte-
gração entre todos da escola.
Para a escola, o Acolhimento tem
grande importância, pois é por meio
dele que toda a equipe escolar tem
contato com os primeiros registros
dos sonhos dos estudantes, apresen-
tados ao final das atividades. É por
meio da sistematização desses regis-
tros que a escola traça as suas princi-
pais metas de trabalho para o ano leti-
vo, fazendo com que o projeto escolar
esteja alinhado com os projetos de vida
dos estudantes.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
7
“Questionários socioeconômicos
e de expectativas são aplicados
no início do ano e servem de
referência para a definição de
estratégias no Plano de Ação.”
O produto do Acolhimento, alinhado
aos resultados da análise dos questioná-
rios socioeconômicos dos estudantes,
apontará diretrizes importantes para
o planejamento e para a execução do
Plano de Ação da escola.
Possíveis respostas a essas perguntas
poderão ser encontradas após a siste-
matização do material proveniente do
Acolhimento. Os sonhos dos estudan-
tes estão alinhados às expectativas
que seus pais têm em relação à escola
e ao seu futuro? São muito díspares ou
convergentes? É possível vislumbrar
quais ações poderão ser desenvolvidas
para apoiar os pais na crença no poten-
cial sonhador de seus filhos? Mais uma
vez, são muitos os questionamentos
que esta ação demanda no sentido
de garantir o direito ao sonho de seus
estudantes.
Essas respostas, refletidas no Plano
de Ação da escola, serão um importan-
te “sinalizador” para que as equipes
escolares se mobilizem e organizem
as metodologias do Modelo, tendo
em vista o foco no jovem e no seu Pro-
jeto de Vida.
Quantos dos nossos
estudantes sonham?
Quantos não sonham?
Com o que sonham?
Desde o Acolhimento, os estudantes
são estimulados a pensar sobre o pa-
pel que lhes cabe como protagonistas
de suas vidas, como agentes ativos de
transformação e renovação da socie-
dade, sobre a necessidade de deixar de
ser expectador da vida para ser promo-
tor das próprias ações e a se perceber
como fonte de iniciativa, de liberdade e
de compromisso.
Uma das atividades propostas e que
possibilita essa reflexão é a Oficina
“Varal dos Sonhos”. Nela, os estu-
dantes expõem seus sonhos e traçam
várias etapas numa escala, projetando
o que é preciso para a sua realização.
Assim como as aulas de
Projeto de Vida, as ati-
vidades do Acolhimento
abordam questões sobre
a construção da identi-
dade dos estudantes e
do seu universo de
valores na relação
consigo mesmo, bem
como estimula a refle-
xão sobre a importância
de ter planos e sonhar.
ATIVIDADES
PROPOSTAS NO
ACOLHIMENTO
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
8
“O detalhamento sobre as atividades
desenvolvidas durante o Acolhi-
mento, bem como todo o material
necessário, encontra-se na Cartilha
do Acolhimento - material encami-
nhado à equipe da Secretaria de
Educação durante o planejamento
da implantação o Programa.”
PLANEJAMENTO
DO ACOLHIMENTO
O Acolhimento realizado no pri-
meiro ano de funcionamento da es-
cola e de implantação do Programa é
executado por Jovens Protagonistas,
egressos de escolas que já operam no
Modelo Escola da Escolha, sob a coor-
denação do ICE.
A partir do ano seguinte, o Acolhi-
mento dos novos estudantes será rea-
lizado pelos próprios estudantes da es-
cola (9º anos) e estudantes que tenham
concluído no ano anterior, replicando
o conceito de corresponsabilidade e
exercitando diversas competências
importantíssimas como planejamento,
capacidade de execução, resolução de
problemas etc.
A seleção, tanto dos atuais estudan-
tes como dos egressos (ainda estu-
dantes), deve considerar aqueles
que, ao longo de sua experiência esco-
lar, desenvolveram algumas competên-
cias cognitivas, pessoais e sociais que
os colocam na posição de protagonis-
tas na experiência escolar como, por
exemplo, bom relacionamento com
os colegas e equipe escolar, efetiva
participação nas atividades propostas
e executadas pela escola, bons resulta-
dos tanto acadêmicos como comporta-
mentais, entre outros.
Uma questão de máxima importân-
cia para o Acolhimento é identificar se
nas turmas haverá estudantes com
alguma deficiência. Nesse caso, as
especificidades e necessidades des-
ses estudantes devem ser levadas em
conta durante o planejamento do Aco-
lhimento para que, verdadeiramente,
todos participem da ação. Presença de
intérprete de libras para o dia e horário
em que um estudante com deficiência
auditiva estiver participando da ação,
material em braille para estudantes
com deficiência visual, consideração
da presença do cuidador durante o
Acolhimento são exemplos de atitudes
que garantirão a plena participação e
protagonismo de todos os educandos.
Para tanto, os profissionais da esco-
la que conhecem o tema da deficiência
(professores de sala de recursos, pro-
fessores de atendimento educacional
especializado, professores itinerantes
ou outros profissionais da própria equi-
pe escolar ou de apoio da Secretaria
de Educação, por exemplo) devem
orientar os Jovens Protagonistas, ofe-
recendo informações básicas de como
proceder junto a esses estudantes e se
colocando à disposição, caso seja ne-
cessário algum apoio durante a ação
de Acolhimento.
“É preciso apostar nos jovens!
Orientá-los adequadamente e
investir na sua ação protagonista.
Porém, sabe-se que algumas pessoas
com deficiência podem, durante
a ação, necessitar de apoios para
os quais os jovens que realizam
o Acolhimento não dispõem de
repertório. Por isso, recomendamos
que esses profissionais estejam de
sobreaviso para apoiar os Jovens
Protagonistas caso necessário.”
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
9
(...) Educar é criar espaços. Essa afir-
mação nos remete à visão do educador
como criador de condições para que
a educação aconteça. Criar espaços,
nesse sentido, não é apenas a atuação
do educador na escolha e estruturação
do lugar em que o processo educati-
vo vai se desenvolver. Criar espaços
é criar acontecimentos. É articular
espaço, tempo, coisas e pessoas para
produzir momentos que possibilitem
ao educando ir, cada vez mais, assu-
mindo-se como sujeito, ou seja, como
fonte de iniciativa, responsabilidade
e compromisso (...).
– Antônio Carlos Gomes da Costa.
Durante o Acolhimento, a participa-
ção da equipe escolar consiste exclu-
sivamente em fornecer apoio relativo
aos espaços, materiais, condições de
acessibilidade física e atitudinal, se for
necessário, além de recursos físicos.
Não atua, portanto, na execução e nem
na definição dos trabalhos.
O Acolhimento é encerrado com as
apresentações dos estudantes, atra-
vés das estratégias definidas por eles
próprios (dramatizações, coreografias
etc), comunicam suas mensagens para
toda a equipe escolar como declaração
de confiança de que contam com todos
para realizarem os seus sonhos.
O QUE É
• Estudantes e jovens protagonistas
integrados em todas as atividades
propostas, contribuindo para a instalação
de um clima escolar harmonioso e de
trocas de experiências.
• Sentimento de pertencimento dos
estudantes em relação à escola desde
os primeiros dias do ano letivo e
confiança no apoio oferecido pela
equipe escolar na construção de
seus Projetos de Vida.
• Apoio da equipe escolar em todas
as direções para assegurar o sucesso
das atividades.
• Incentivo à participação dos estu-
dantes nas atividades desenvolvidas,
respeitando suas possibilidades
de engajamento.
• Ter como foco de todas as ações
do Acolhimento os estudantes e seus
Projetos de Vida.
• Valorização e respeito a todas as
formas de expressão dos estudantes
sobre seus sonhos.
O QUE NÃO É
• Atividade recreativa para entreteni-
mento dos estudantes.
• Interferência da equipe escolar no
desenvolvimento das atividades
dos Jovens Protagonistas durante
o Acolhimento.
• O impedimento dos espaços e
recursos necessários para a
realização das atividades.
• A desvalorização da experiência e
capacidade dos Jovens Protagonistas
na liderança dos estudantes.
• A ausência de estímulo e motivação
para a idealização do futuro e das
perspectivas positivas a respeito dele.
• A imposição da participação de todos
os estudantes nas apresentações de
Culminância do Acolhimento.	
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
10
ACOLHIMENTO DIÁRIO DOS ESTUDANTES
Os conceitos subjacentes ao Acolhi-
mento se estendem do início do ano
letivo para o cotidiano escolar. O
Acolhimento Diário deve ser realizado
de forma planejada, intencional e
fundamentado nos princípios da Peda-
gogia da Presença.
O Acolhimento Diário deve ser en-
tendido como algo além do ato de re-
ceber os estudantes. É, para muitos, a
primeira oportunidade da escola come-
çar a fazer sentido e de ser o lugar onde
finalmente ele é reconhecido, visto,
ouvido, respeitado e acolhido.
Trata-se daquele momento em que
a equipe escolar, responsabiliza-se
pelo acompanhamento da chegada dos
estudantes. É o momento da primei-
ra troca do dia, de pequenos, porém
fundamentais gestos: o sorriso que
acolhe, o bom dia verdadeiro, a busca
pela compreensão de possíveis embo-
tamentos, a percepção de que algum
estudante chegou de forma diferente
do trivial para a jornada escolar. O
compartilhamento desse olhar sobre o
estudante, de modo que ele possa real-
mente ser visto em sua interdimensio-
nalidade, fará com que essa informa-
ção circule de forma ética pela equipe
escolar de modo que seu tutor possa se
aproximar, acolher o estudante e exer-
cer a esperada e necessária presença
pedagógica, capaz de proporcionar um
dia de aula mais tranquilo e produtivo
ou a tomada de novos encaminhamen-
tos, se for o caso.
Essa primeira hora do dia servirá
para afinar a comunicação entre todos
da equipe escolar, sendo que o foco
é esse “bem vindo”, comunicado por
palavras e gestos.
O Acolhimento Diário também é
momento de “recados” da gestão
escolar ou dos educadores, em geral.
Nele, ocorrem as celebrações das con-
quistas dos estudantes ou da equipe de
educadores por algum resultado alcan-
çado. Também é momento para refle-
xão coletiva sobre algum episódio que
necessite da consideração por parte
de todos.
O ambiente escolar é alimentado
pelo envolvimento dos estudantes, que
podem ser responsáveis pela “sono-
rização do dia” por meio das músicas,
da leitura de mensagens, cantos, ou seja,
aqueles devem ser envolvidos no plane-
jamento e execução da acolhida diária.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
11
ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR
O Acolhimento da equipe escolar é uma metodologia executada pelos pró-
prios estudantes e/ou Jovens Protagonistas com o objetivo de sensibili-
zá-la frente aos novos desafios de ver, sentir e cuidar do estudante, a partir de
novas perspectivas conceituais e práticas trazidas pelo Modelo da Escola da
Escolha. É realizado durante um dia, na própria escola, e deve ter a presença de
toda a equipe escolar: professores e demais profissionais.
Por que realizar o Acolhimento
da Equipe Escolar?
O Acolhimento cria espaços para a
reflexão da equipe escolar sobre a ne-
cessidade e as oportunidades educa-
tivas que atendam às expectativas de
desenvolvimento dos estudantes.
É no Acolhimento que todos os in-
tegrantes da equipe escolar falam so-
bre suas experiências profissionais e
expectativas diante dos desafios do
Modelo Escola da Escolha, refletindo
sobre a necessidade de não apenas
compreenderem do que se trata o Mo-
delo, mas efetivamente refletindo so-
bre aceitá-lo, assumindo a correspon-
sabilidade pela sua execução.
O Acolhimento da equipe escolar é,
portanto, um espaço para refletir e ex-
plicitar a imprescindibilidade de novas
O Acolhimento estabelece um “elo” en-
tre os educadores, os estudantes e a es-
cola. É por ele que toda a equipe escolar
pactua, junto aos Jovens Protagonistas,
o compromisso com a formação e cons-
trução dos Projetos de Vida dos estu-
dantes. Assim como no Acolhimento
dos Estudantes, a partir do segundo ano
de funcionamento da escola, o Acolhi-
mento dos Educadores é realizado por
uma equipe composta pelos estudantes
da escola (9º ano) e estudantes que o
tenham concluído o ano anterior.
E como o Acolhimento da equi-
pe escolar acontece na escola?
posturas de seus educadores no exer-
cício de suas funções, sempre na pers-
pectiva de serem influências constru-
tivas na vida dos seus estudantes.
O QUE É
• Momento de integração da equipe
escolar a favor do novo projeto escolar.
• Momento de reflexão sobre a impor-
tância de estarem ali, envolvidos
e comprometidos com a realização
dos Projetos de Vida dos estudantes
e sobre os mecanismos necessários
para sua contribuição, no plano
coletivo e individual.
O QUE NÃO É
• Reunião para informes gerais
sobre a escola.
• Momento para discussão sobre as
dificuldades de trabalho ou problemas
da educação em geral.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
12
ACOLHIMENTO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS
É uma metodologia que tem como obje-
tivo orientar as famílias e sensibilizá-las
em torno dos mecanismos de apoio e
acompanhamento do Projeto de Vida
dos estudantes.
A ação de acolher os pais tem dois
objetivos principais: apresentar o pro-
jeto escolar e refletir, por meio da
experiência de Jovens Protagonis-
tas, sobre a importância de apoiar os
estudantes na construção dos seus
Projetos de Vida, provendo as condi-
ções necessárias para isso. Ou seja,
o acolhimento permite que os pais e
responsáveis desenvolvam ações/
estratégias que contribuam para a
formação dos estudantes em todas as
suas dimensões.
Partimos do pressuposto que é impor-
tante que pais e responsáveis conhe-
çam o projeto escolar para que possam
oferecer apoio necessário ao pleno
desenvolvimentodoestudante.Afamília
viabiliza e potencializa a aprendizagem
dos estudantes quando entende os
objetivos educativos da escola e se tor-
na sua parceira.
É fundamental orientar os pais e res-
ponsáveis sobre como podem prover
meios, estimular e orientar estudantes
no estabelecimento de sua rotina e con-
dições de estudos. Ter apoio da família é
imprecindível e isso não significa trans-
ferir para os pais e/ou responsáveis as
tarefas inerentes à escola. Há muitas
maneiras de apoiá-los e não são neces-
sários recursos para isso se conside-
rarmos, por exemplo, que os filhos não
faltem às aulas nem cheguem atrasados
por que dormiram em horário inadequa-
do; que não deixem de realizar seus es-
tudos por que priorizaram as brincadei-
ras ou porque foram mobilizados para
executar as tarefas domésticas.
Por que fazer o Acolhimento dos pais ou responsáveis na escola?
Assim como a escola, a família pos-
sui um contexto de conhecimentos,
atividades, regras e valores apren-
didos pelos estudantes. Por isso, é
importante que cada uma das partes
tenha clareza sobre as suas funções
no processo de desenvolvimento dos
estudantes. O pais não realizam as
tarefas e nem os estudos dos seus
filhos, mas criam condições para
que eles os façam, os estimulam e
demonstram interesse pelas suas rea-
lizações e conquistas, bem como pre-
ocupações pelas suas dificuldades.
Além do Acolhimento, há outras
formas de interação da escola junto
aos pais/responsáveis, por exemplo,
Culminância das Disciplinas Eletivas,
festasculturais,datascomemorativas,
reuniões bimestrais, associação de pais,
estudantes e mestres etc. Cabe à escola
oportunizar espaços para a participação
das famílias e criar as condições para o
seu engajamento, estabelecendo relações
de qualidade nessa convivência.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
13
O Acolhimento dos pais e responsáveis
acontece, geralmente, no turno da noi-
te e tem duração máxima de 2 horas.
Por meio de slides e vídeos, os Jovens
Protagonistas apresentam às famílias,
aos professores e aos funcionários da
escola suas experiências de vida como
jovens egressos de escolas que ope-
ram do Modelo da Escola da Escolha e a
forma como foram apoiados pelos seus
pais e famílias em geral. Muitos relatam
que encontraram em casa o estímulo
necessário para continuar os estudos
e construir seus projetos ou descrevem
um pouco do que precisaram vencer
para não deixar que seus sonhos e
estudos fossem interrompidos.
O Acolhimento é encerrado com a
distribuição de uma cartilha intitulada:
Pais, escola e filhos, dez atitudes que
favorecem o sucesso dos filhos na sala
de aula e na vida, elaborada por Antônio
Carlos Gomes da Costa.
E como o Acolhimento
dos pais ou responsáveis
acontece na escola?
É preciso, também,
avaliar a presença
de pais de estudantes
com deficiência na
escola e buscar adaptar/
acessibilizar a atividade
da mesma forma pro-
posta para os estudantes
sem deficiência. Tal
atitude revela zelo,
cuidado e empatia no
que se refere à presença
desses pais na escola.
O QUE É
• Momento de compartilhamento da
visão e missão da escola. Estratégia
para estimular o engajamento dos pais
e responsáveis no seu desenvolvimento.
• Oportunidade para os pais e respon-
sáveis conhecerem outras maneiras
de apoiar os seus filhos.
O QUE NÃO É
• Momento para questionamentos
acerca dos problemas dos pais no
processo educacional dos filhos ou
da própria organização familiar.
• Oportunidade para os pais criarem
situações de ingerência sobre
o projeto escolar.
Da mesma forma que no Acolhi-
mento dos Estudantes e das Equipes
Escolares, a partir do segundo ano
de funcionamento da escola, o Aco-
lhimento dos Pais ou Responsáveis
é realizado por uma equipe (Equipe
de Jovens Protagonistas) composta
pelos próprios estudantes da esco-
la (9º ano) e estudantes que tenham
concluído o ano anterior.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
14
De acordo com a literatura, usa-se a
palavra tutoria para intervenções tão
diversas quanto exercer tutela, ampa-
rar, proteger, monitorar, supervisionar,
dirigir, representar, governar, orientar,
incentivar, educar, ensinar, dar aulas
particulares... Um ponto, porém, é co-
mum a todas essas acepções: a palavra
tutoria se refere a uma situação de in-
teração, em que uma pessoa dá apoio
a outra para tornar possível que ela
desenvolva e/ou ponha em ação algum
direito, dever, conhecimento, compe-
tência ou habilidade.
Segundo Antônio Carlos Gomes da
Costa, a capacidade de se fazer presen-
te na realidade do educando de forma
construtiva não é, como muitos pre-
TUTORIA
Afinal de contas, o que é Tutoria?
ferem pensar, um dom, uma caracte-
rística pessoal intransferível, algo pro-
fundo e incomunicável. Ao contrário, é
uma aptidão possível de ser aprendida
desde que haja, da parte de quem se
propõe a aprender, disposição interior,
abertura, sensibilidade e compromisso.
Tutoria e Pedagogia da Presença
são pares indissociáveis no Modelo
Escola da Escolha. Tutoria é um
método para realizar uma interação
pedagógica em que o educador (tutor)
acompanha e se comunica com os estu-
dantes de forma sistemática, planejan-
do seu desenvolvimento e avaliando a
eficiência de suas orientações de modo
a resolver problemas que possam ocor-
rer durante o processo educativo.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
15
Intuição e Tutoria:
o que isso tem a ver?
As palavras “intuição” e “tutoria” nas-
ceram da mesma semente (ou raiz,
como diz a gramática): a palavra latina
tueri, que significa olhar, vigiar. Intueri,
de onde vem o verbo intuir, é “olhar
para, considerar, avaliar”. Tutore, que
originou tutor, é “guarda defensor,
protetor”. Também é “aquele que
ampara e protege”, assim como os
“tutores” usados em agricultura –
estacas ou varas cravadas no chão para
dar apoio, amparo e orientação a plan-
tas com caules muito frágeis e flexíveis.
Os tipos de Tutoria
Tutoria individual: o educador/
tutor procura conhecer a situação de
cada estudante/tutorado e ajudá-lo
pessoalmente. Essa ajuda envolve
orientação no planejamento e na exe-
cução de tarefas, na escolha de estudos
e profissões, segundo suas capacida-
des e interesses. A tutoria individual
tem forte potencial de impacto positivo
sobre a autoestima do estudante e sua
percepção de si mesmo. Consequente-
mente, o educando tenderá a respon-
der com mais independência, autono-
mia, responsabilidade, disposição para
enfrentar desafios, maior tolerância a
frustrações e segurança. A Tutoria indi-
vidual favorece e reforça o Protagonismo.
Tutoria de grupo: o educador/
tutor trabalha com um grupo de edu-
candos (em geral, a classe), ajudá-os
na orientação do currículo e na partici-
pação ativa na vida escolar. Faz parte
de suas atribuições interagir com outros
educadores que trabalham com o gru-
po, fornecendo-lhes as informações
necessárias sobre cada estudante,
assim como com as famílias. Numa
situação ideal, o tutor é chamado a par-
ticipar e a se manifestar em tudo o que
diz respeito a esse grupo. Com relação
ao contato com os pais/responsáveis,
tem um papel de mediação na troca
de informações entre eles e a escola e
de incentivar e favorecer a participa-
ção familiar nos processos de decisão
do educando.
Tutorias técnicas: a equipe ges-
tora atribui a um docente, que não é
tutor de um grupo, responsabilidades
como coordenação de experiências
pedagógicas, atividades de formação
permanente, reforço de planos de ação
de Tutoria, organização e manutenção
de laboratórios, bibliotecas, recursos
audiovisuais e outros.
Tutoria da diversidade: esse é um
dos maiores desafios da educação
atual, em razão da pluralidade presente
no ambiente educativo. A ênfase está
nos dispositivos de comunicação e
métodos pedagógicos, ajudas e méto-
dos de aprofundamento. Na Tutoria da
diversidade, é preciso levar em consi-
deração que não existe uma pedago-
gia do estudante médio ou “padrão”: é
indispensável considerar cada educando
emseuritmo,estilosdeaprendizageme
em suas potencialidades, necessida-
des e capacidades.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
16
Quando falamos de diversidade é
necessário recortarmos a presença
dos estudantes com deficiência nas
escolas. Esses meninos e meninas
ainda são invisíveis nos sistemas edu-
cacionais. Para esse grupo, a Tutoria
deve considerar estratégias e ações
a serem feitas “com” os estudantes e
não “para” os estudantes. Essa pos-
tura do tutor (e de todos na escola)
contribuirá para que os estudantes
com deficiência também sejam pro-
tagonistas de suas histórias.
Seus estudantes conhecem o tema
da diversidade?
Recomenda-se trabalhar em sala
de aula com histórias infantis, usar
músicas e brincadeiras da região,
encenar peças teatrais com seus
estudantes e assistir a filmes que dis-
cutamotemadadiversidade.Aincor-
poração desse tema ao currículo es-
colar pode contribuir para o apren-
dizado dos estudantes e também
para construção de sua cidadania.
Ao discutir temas como o da acessi-
bilidade física nas cidades (melhoria
das calçadas, necessidade de ram-
pas, respeito às vagas de estaciona-
mento reservadas etc.), o professor
contribui para uma maior consciên-
cia sobre o tema, quebra preconcei-
tos e traz informações sobre a defi-
ciência. A diversidade é um assunto
muitoamploeabrangeadeficiência,
a pobreza, as questões raciais e ou-
tras. É preciso trabalhar todos es-
ses aspectos com os estudantes.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
17
Tutoria empresarial: este tipo de
Tutoriaocorredentrodadinâmicaorgani-
zacional, na qual, em geral, é chamada
mentoring. Quando funciona da ma-
neira esperada, permite reconhecer,
prestigiar, potencializar e disponibilizar
a sabedoria que um profissional acu-
mulou ao longo do tempo, com base
numa relação de confiança mútua.
Os efeitos podem ser muito positivos
para o desenvolvimento do profissional
que é tutorado e também para o clima
da organização.
Tutoria intercultural: o incremento
das migrações e dos deslocamentos
favorecidos pela globalização ou pro-
vocados por conflitos e catástrofes na-
turais resultou em um aumento signi-
ficativo de grupos sociais minoritários
em muitos países e regiões. No âmbi-
to da educação, essa modalidade de
Tutoria se mostrou uma das iniciativas
mais adequadas para facilitar a integra-
ção social e cultural, favorecer relações
entre diferentes etnias, evitar conflitos
entre maiorias e minorias, combater a
segregação e tornar o ensino universi-
tário mais igualitário.
Tutoria em EAD: na educação a
distância (EAD), que, graças à Internet
e ao desenvolvimento de novas ferra-
mentas de informação e comunicação,
hoje abarca todos os níveis de forma-
ção e se desenvolve cada vez mais no
Brasil e no mundo todo, um tutor pode
acompanhar o desenvolvimento e a
aprendizagem de cada estudante e lhe
dar um retorno pertinente em termos
de orientação, estímulo e percepção a
partir do que dele recebe.
Tutoria de resiliência: a escola
pode proporcionar uma barreira
de proteção para os estudantes em
contextos vulneráveis. Na visão de
Barudy (psiquiatrachilenoespecializado
emresiliência),oseducadorespodemas-
sumiropapelde“tutores de resiliência”
e atuar como pessoas capazes de inte-
grar e otimizar o desenvolvimento dos
estudantes, apesar dos eventuais trau-
mas ou condições de vida difíceis por
eles enfrentados.
A Tutoria é adequada a qualquer nível
de ensino, pois o tutor é quem assu-
me a sua condução como articulador
do trabalho pedagógico. Todo profes-
sor tem ou deveria ter algo de tutor. O
próprio estudante pode exercer uma
função tutorial, com acompanhamento
esupervisãodoprofessor.Éoqueocorre,
por exemplo, quando o professor con-
ta com a ajuda de estudantes-tutores
para apoiar o ensino formal. Nas
universidades e em aulas de comple-
mentação de atividades ou em labora-
tórios, a presença do tutor-estudante é
comum. O estudante que se encontra
em nível mais avançado auxilia os nova-
tos, esclarecendo dúvidas e reforçando
a aprendizagem.
No Modelo da Escola da Escolha, a
tutoria acadêmica, com características
de monitoria, tanto ocorre nos Anos
Finais do Ensino Fundamenal quan-
to no Ensino Médio. É um exercício de
protagonismo juvenil, no qual o estu-
dante é parte da solução do problema
do seu colega, porque naquele mo-
mento domina um conhecimento que o
outro ainda não domina e se coloca à
sua disposição para ajudá-lo.
Por que desenvolver
Tutoria na escola?
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
18
Segundo o Relatório Warnock, publi-
cado em Londres em 1978, 20% dos
jovens em algum momento de sua vida
escolar têm necessidade de educação
especial. O conceito de necessidade
de educação especial foi adotado pela
Unesco em 1994 e é bastante amplo.
Seu grande mérito é se afastar das
noções exclusivamente centradas em
deficiência e recuperação, passando
a englobar todas as crianças e jovens
cujas necessidades envolvem deficiência
ou dificuldades de aprendizagem de
qualquer natureza (os menores em si-
tuação de desvantagem, os chamados
superdotados, os moradores de rua ou
em situação de risco, os menores que
trabalham, os que pertencem a grupos
nômades ou populações remotas, as
Os pontos nos iii sobre
“educação especial”
e “necessidades especiais”
Mas o trabalho de Tutoria é muito
mais amplo do que a busca de melho-
res resultados escolares e o apoio para
alcançá-los. Como autêntico apoio na
construção do Projeto de Vida do estu-
dante, cabe ao professor/tutor auxiliá-lo
a descobrir as direções que quer tomar
e a fazer o necessário para concreti-
zar suas intenções em cada etapa de
seu desenvolvimento. A Tutoria torna
possível ao estudante ampliar a visão
que tem de si mesmo, do mundo, das
oportunidades, das estratégias e pos-
sibilidades para tomar em suas mãos
sua própria vida. No Modelo Escola da
Escolha, o estudante dos Anos Finais
do Ensino Fundamental registra essas
descobertas no Diário de Vivências.
“Entretanto, o avanço da luta
das pessoas com deficiência no
mundo todo evidenciaram que
essa não é a melhor forma de se
referir a esse grupo populacional,
a maior minoria do mundo.
O Brasil, signatário da Convenção
Internacional dos Direitos da Pessoa
com Deficiência, passou a adotar
o termo ‘pessoa com deficiência’
ao se referir a esse contingente da
população. ‘Necessidades especiais’
todos e qualquer um de nós tem/
teve ou mesmo poderá vir a ter em
algum momento da vida, porém,
características singulares que
advindas da presença de uma
deficiência e constitutivas da
identidade do sujeito é algo bem
diferente disso. É exatamente isso
que deve ser levado em conta ao se
trabalhar com essas singularidades
em qualquer ação educacional,
inclusive na ação tutorial.”
minorias culturais ou étnicas, os des-
favorecidos ou marginais, os que apre-
sentam problemas de conduta ou de
ordem emocional).
Essa abrangência mostra que as
dificuldades decorrentes do desen-
volvimento na adolescência também
justificam um trabalho “especial”. É
nesse contexto que a Tutoria se revela
especialmente adequada e coerente.
E. Erikson, em seu livro Identidade,
juventude e crise (1968), destaca como
as duas principais tarefas evolutivas
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
19
da adolescência na busca de integra-
ção do eu: a formulação de perguntas
sobre si mesmo e sua relação com os
outros e o desenvolvimento de relações
satisfatórias com seus pares, temas
fundamentais que atravessam todo o
processo de construção do Projeto de
Vida do estudante.
A estratégia de Tutoria adotada no
Modelo Escola da Escolha é um método
para efetivar uma interação pedagógi-
ca. Tutores acompanham e se comu-
nicam com seus estudantes de forma
sistemática, planejando o seu desen-
volvimento e avaliando a eficiência de
suas orientações com vistas ao desen-
volvimento do Projeto de Vida, nos âm-
bitos pessoal, acadêmico e produtivo.
A depender da estrutura adotada
pela Secretaria de Educação, a Tutoria
será adequada para o modelo que me-
lhor responder às suas condições.
Operacionalmente, a Tutoria não
demanda tempo específico definido
na matriz curricular da escola e pode
ser realizada em diversos momentos
em que haja disponibilidade do tutor
e necessidade do tutorado. Isso signi-
fica que a ação tutorial pode ser ajus-
tada em virtude dos horários possíveis
e das demandas existentes, podendo
ocorrer, por exemplo, mediante con-
cordância das partes antes do início
das aulas, no horário do intervalo,
após o almoço (e mesmo durante) e
após o final das aulas.
O especialista em Recursos Humanos,
Jair Moggi, considera que a Tutoria,
pode ser descrita como uma ativida-
de próxima à do professor: um bom
professor é alguém reconhecido pela
comunidade como uma pessoa com
conhecimentos, habilidades e atitudes
coerentes e diferenciadas numa deter-
minada área. Logo em seguida, o tutor/
mentor que é quase um professor, é
comparado a um mestre: quando uma
pessoa tem necessidade de aprender
ou se desenvolver, procura um mestre,
procura alguém com um passado irrefu-
tável, apaixonado pelo que faz, que sou-
be transformar seus conhecimentos e
experiências em sabedoria e que esteja
disposto a compartilhar tudo isso.
E o que caracteriza, então, um tutor
ou mentor? Para Moggi, é:
• alguém que tem disponibilidade
para servir;
• alguém desprendido, que tem
genuíno interesse em ver o próximo
atingir seus objetivos.
São pessoas que conseguem co-
locar os outros à vontade, a partir de
E como desenvolver Tutoria?
Perfil do tutor
O modelo adotado deverá ser
objeto de discussão e definição em
virtude das condições existentes, ou
seja, se será adotado o modelo de um
Tutor para determinado número de es-
tudantes, de um Tutor para cada turma
ou ainda se a Tutoria ocorrerá entre
aqueles que desejarem ser tutorados e
os que desejarem ser tutores.
Para qual quer que seja a defini-
ção, é fundamental assegurar que os
estudantes tenham a liberdade de fa-
zer a escolha sobre aquele que será o
seu tutor.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
20
Arnaiz sintetiza em três tipos as quali-
dades que um tutor deve ter:
Qualidades humanas (o ser do tutor):
empatia, maturidade intelectual e afe-
tiva, sociabilidade, responsabilidade e
capacidade de aceitação.
Qualidades científicas (o saber do tu-
tor): conhecimento da maneira de ser
do estudante e dos elementos pedagó-
gicos que tornam possível conhecê-lo e
ajudá-lo.
Qualidades técnicas (o saber fazer
do tutor): capacidade de trabalhar
com eficácia e em equipe, participando
de projetos e programas estabelecidos
de comum acordo para a formação dos
estudantes.
Esse conjunto de qualidades parece
suficientemente abrangente e aberto
para que se perceba que não se trata
de algo irrealizável.
A oferta de Tutoria junto ao estudante
o apoiará nas seguintes dimensões:
Orientação pessoal: para propor-
cionar ao educando uma formação
integral e facilitar seu autoconheci-
mento, sua adaptação e a tomada de
decisões, apoiando e orientando as
mudanças advindas da evolução do seu
Projeto de Vida.
Orientação escolar ou acadêmica:
para ajudar o educando a superar suas
dificuldades quanto a hábitos e méto-
dos de estudo, integração com o grupo,
mediação junto aos professores etc.
Orientação profissional: para aju-
dar o educando a conhecer melhor
a si mesmo e as opções de estudos e
oportunidades existentes no âmbito
profissional; para favorecer escolhas
acadêmicas e profissionais coerentes
com sua personalidade, suas aptidões
e seus interesses.
Entre as inúmeras definições do papel
do Tutor e da Tutoria encontradas na
literatura especializada nos parece
especialmente clara e suficientemente
abrangente para ser usada como refe-
rência a que nos inspira Arnaiz:
“Tutor é um orientador da aprendi-
zagem, dinamizador da vida socioafe-
tiva do grupo-classe e orientador pes-
soal, escolar e profissional dos alunos.”
Elementos fundamentais para o exer-
cício do Tutor, segundo Polly Lowe,
com estudantes adolescentes da faixa
etária que corresponde aos Anos Finais
do Ensino Fundamental e ao Ensino
Médio:
• criação de um ambiente tutorial orga-
nizado, que possibilite que a aprendiza-
gem aconteça;
• uso de várias estratégias de observa-
ção para acompanhamento e monito-
ração dos estudantes;
• identificação de necessidades;
• registro de realizações e progressos;
• registro e comparação de informações
As qualidades de um Tutor
Finalidades da Tutoria
junto ao estudante e
ao seu Projeto de Vida
O papel de tutor
O exercício do Tutor
uma relação de confiança mútua e de
afinidade com foco na ampliação da
consciência das pessoas com as quais
interage, numa relação caracterizada
pelo ‘mestre que caminha ao lado do
aprendiz’ e não pelo ‘mestre que fica
no alto da cátedra’.”
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
Práticas Educativas
21
relevantes sobre os estudantes;
• tradução das solicitações externas
feitas aos estudantes, tais como uma
escolha entre opções, a interpretação
das normas escolares e o esclareci-
mento de situações negativas envol-
vendo um estudante;
• participação no assessoramento indi-
vidual e de grupo;
• estímulo à resolução de problemas;
• ampliação da experiência tutorial
mediante o emprego de destrezas de
Tutoria no contexto educativo.
Uma das consequências mais interes-
santes da Tutoria é a existência de
um efeito-tutor. Ao praticá-la, o tutor
também aprende e se desenvolve.
Ajudando alguém a melhorar sua prá-
tica, o tutor melhora a sua própria.
O tipo de interação tutorial e seu nível
de estruturação determinam o efei-
to-tutor: quanto mais estruturada a
• o estado “adolescente” e as muitas
“juventudes”;
• o mundo em permanente estado
de mudanças;
• a velocidade do mundo do trabalho
e suas rápidas e profundas transfor-
mações;
• a identidade na sua singularidade;
• os muitos paradoxos da juventude;
• os tempos internos e próprios de cada
um (biológico, psíquico, cognitivo e
emocional) X o mundo em movimento;
• os naturais conflitos intergeracionais;
• a permanente crença na potencialida-
de do tutorado.
O Efeito Tutor
Na Tutoria, considerar:
Tutoria, mais possibilidades há de que
o efeito-tutor se manifeste. Já o efeito
sobre o tutorado funciona segundo o
princípio oposto: quanto mais espon-
tâneo o modo de funcionamento da
Tutoria, mais a aprendizagem do tuto-
rado é facilitada.
O QUE É
• Oferta de apoio para reflexão e orien-
tação das múltiplas aprendizagens
do estudante.
• Atuação generosa com claros limites
de atuação pautada pela ética
profissional.
O QUE NÃO É
• Estabelecimento de uma relação
familiar entre tutor e tutorado.
• Julgamento das escolhas, dos
valores e das decisões do tutorado,
nem da sua família.
• Sessão psicoterápica.
• Convivência confusa e desordenada
em que não há respeito à territorialida-
de do tutor e do tutorado.
MODELO PEDAGÓGICO
Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo
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- Site: www.icebrasil.org.br
REALIZAÇÃO
Instituto de Corresponsabilidade pela Educação
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
EQUIPE DE DIREÇÃO
Alberto Chinen
Juliana Zimmerman
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Juliana Zimmerman
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Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia
Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano,
Romilda Santana, Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena,
Reni Adriano, Maria Helena Braga
Edição de texto: Leandro Nomura
Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho,
Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento
Projeto Gráfico: Axis Idea
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1ª Edição | 2015
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Modelos Pedagógicos: Acolhimento e Práticas Educativas

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Modelos Pedagógicos: Acolhimento e Práticas Educativas

  • 1. Modelo Pedagógico Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 3. Modelo Pedagógico Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 4.
  • 5. Neste Caderno você conhecerá as Metodologias de Êxito da Escola da Escolha, o que são, para que servem e uma introdu- ção sobre como colocá-las em prática. As práticas educativas deste caderno estão organizadas da seguinte forma: • Acolhimento • Tutoria Bom trabalho! Olá Educador
  • 7. É uma metodologia desenvolvida pelo Modelo Escola da Escolha que ob- jetiva apresentar as bases do projeto escolar para diferentes públicos. É a porta de entrada dessa forma inovado- ra de conceber a educação e de trans- formar a escola. Uma ação deliberada e intencionada, destinada a quatro situa- ções distintas: • Acolhimento dos estudantes • Acolhimento diário • Acolhimento da equipe escolar • Acolhimento dos pais ou responsáveis Assim como todas as outras metodo- logias desenvolvidas, o Acolhimento se integra ao currículo como uma das práticas e vivências oportunizadas pelo projeto escolar, a fim de criar as con- dições essenciais para a realização da sua tarefa mais importante: o Projeto de Vida dos estudantes por meio de uma formação integral. No Acolhimento, os estudantes iniciam as primeiras práticas como protagonistas em atividades cuja pro- gramação é considerada o “marco zero” do Projeto de Vida. Práticas Educativas ACOLHIMENTO O Acolhimento é a estratégia por meio da qual são apresentadas aos novos estudantes as bases do projeto es- colar, para que eles percebam de que maneira essa estrutura se colocará à disposição da construção do seu Projeto de Vida. E o que é o Acolhimento dos Estudantes? Afinal de Contas, o que é o Acolhimento? Por que fazer o Acolhimento dos Estudantes na escola? Por meio dessa metodologia, os estudantes terão a oportunidade de estabelecer os primeiros vínculos, sen- tindo-se recebidos e pertencentes à escola desde os primeiros dias do ano letivo. É um momento também para que vivenciem situações nas quais se- rão conduzidos à reflexão sobre os seus sonhos e sobre as expectativas em tor- no da sua realização, a partir do apoio deste novo tempo, nesta nova escola.
  • 8. 6 É realizado pelos estudantes da própria escola, sem interferência da equipe escolar, que os apoia nas ne- cessidades que eventualmente pos- sam encontrar na sua execução. Seu foco principal é provocar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos, seus valores e o que pensam sobre o futuro que cada um poderá construir. Essa metodologia busca despertar o desejo de conhecer e de fazer parte da vida do outro e da escola e a confiança no projeto escolar. Um aspecto muito importante a ser considerado nos Anos Finais do Ensino Fundamental é a condição dos estudan- tes dos 6º anos. Por volta dos 11 anos, eles ingressam em um mundo cheio de mudanças, seja do ponto de vista bio- lógico, por meio das transformações do corpo com a chegada da puberda- de, seja psíquico, pois estão saindo do mundo infantil e entrando na ado- lescência. Nesse ritual de passagem é cobrado um conjunto de adaptações às quais, muitas vezes, eles ainda não estão preparados para responder. Se- gundo Costa (2000), a adolescência pode ser encarada, do ponto de vista do desenvolvimento pessoal e social, como uma transição da heteronomia da infância à autonomia do mundo adulto. “Na implantação do Programa, o ICE realiza o Acolhimento dos estudantes por intermédio dos Jovens Protagonistas – jovens egressosde escolas onde o Mode- lo foi implantado e que hoje já se encontram em plena execu- ção dos seus Projeto de Vida.” Perante tudo isso, é esperado que as famílias se preocupem com o Aco- lhimento a ser realizado nessa nova fase escolar. Ciente dessa realidade e de todas as mudanças que ocorrerão com os estudantes na dinâmica da Escola da Escolha, é preciso que a equipe escolar se planeje para esse momento, para que todos, família e estudantes, sintam-se acolhidos e compreendam a proposta do Projeto escolar. Esse planejamento deve estar per- meado pela presença pedagógica. Na Escola da Escolha, a Pedagogia da Presença deve ser vivenciada todos os dias, em pequenos gestos, de forma a estar presente na vida do educando de maneira construtiva, por um relaciona- mento respeitoso e de muita reciproci- dade entre ambos. O Acolhimento no início do ano letivo: marco “0” do Projeto de Vida! O Acolhimento é um marco na vida dos estudantes que ingressam na escola por demonstrar, desde os primeiros dias do ano letivo, a importância de cada pessoa no processo de constru- ção, autodesenvolvimento e de reali- zação do seu Projeto de Vida, além de garantir a troca de experiências e inte- gração entre todos da escola. Para a escola, o Acolhimento tem grande importância, pois é por meio dele que toda a equipe escolar tem contato com os primeiros registros dos sonhos dos estudantes, apresen- tados ao final das atividades. É por meio da sistematização desses regis- tros que a escola traça as suas princi- pais metas de trabalho para o ano leti- vo, fazendo com que o projeto escolar esteja alinhado com os projetos de vida dos estudantes. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 9. 7 “Questionários socioeconômicos e de expectativas são aplicados no início do ano e servem de referência para a definição de estratégias no Plano de Ação.” O produto do Acolhimento, alinhado aos resultados da análise dos questioná- rios socioeconômicos dos estudantes, apontará diretrizes importantes para o planejamento e para a execução do Plano de Ação da escola. Possíveis respostas a essas perguntas poderão ser encontradas após a siste- matização do material proveniente do Acolhimento. Os sonhos dos estudan- tes estão alinhados às expectativas que seus pais têm em relação à escola e ao seu futuro? São muito díspares ou convergentes? É possível vislumbrar quais ações poderão ser desenvolvidas para apoiar os pais na crença no poten- cial sonhador de seus filhos? Mais uma vez, são muitos os questionamentos que esta ação demanda no sentido de garantir o direito ao sonho de seus estudantes. Essas respostas, refletidas no Plano de Ação da escola, serão um importan- te “sinalizador” para que as equipes escolares se mobilizem e organizem as metodologias do Modelo, tendo em vista o foco no jovem e no seu Pro- jeto de Vida. Quantos dos nossos estudantes sonham? Quantos não sonham? Com o que sonham? Desde o Acolhimento, os estudantes são estimulados a pensar sobre o pa- pel que lhes cabe como protagonistas de suas vidas, como agentes ativos de transformação e renovação da socie- dade, sobre a necessidade de deixar de ser expectador da vida para ser promo- tor das próprias ações e a se perceber como fonte de iniciativa, de liberdade e de compromisso. Uma das atividades propostas e que possibilita essa reflexão é a Oficina “Varal dos Sonhos”. Nela, os estu- dantes expõem seus sonhos e traçam várias etapas numa escala, projetando o que é preciso para a sua realização. Assim como as aulas de Projeto de Vida, as ati- vidades do Acolhimento abordam questões sobre a construção da identi- dade dos estudantes e do seu universo de valores na relação consigo mesmo, bem como estimula a refle- xão sobre a importância de ter planos e sonhar. ATIVIDADES PROPOSTAS NO ACOLHIMENTO MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 10. 8 “O detalhamento sobre as atividades desenvolvidas durante o Acolhi- mento, bem como todo o material necessário, encontra-se na Cartilha do Acolhimento - material encami- nhado à equipe da Secretaria de Educação durante o planejamento da implantação o Programa.” PLANEJAMENTO DO ACOLHIMENTO O Acolhimento realizado no pri- meiro ano de funcionamento da es- cola e de implantação do Programa é executado por Jovens Protagonistas, egressos de escolas que já operam no Modelo Escola da Escolha, sob a coor- denação do ICE. A partir do ano seguinte, o Acolhi- mento dos novos estudantes será rea- lizado pelos próprios estudantes da es- cola (9º anos) e estudantes que tenham concluído no ano anterior, replicando o conceito de corresponsabilidade e exercitando diversas competências importantíssimas como planejamento, capacidade de execução, resolução de problemas etc. A seleção, tanto dos atuais estudan- tes como dos egressos (ainda estu- dantes), deve considerar aqueles que, ao longo de sua experiência esco- lar, desenvolveram algumas competên- cias cognitivas, pessoais e sociais que os colocam na posição de protagonis- tas na experiência escolar como, por exemplo, bom relacionamento com os colegas e equipe escolar, efetiva participação nas atividades propostas e executadas pela escola, bons resulta- dos tanto acadêmicos como comporta- mentais, entre outros. Uma questão de máxima importân- cia para o Acolhimento é identificar se nas turmas haverá estudantes com alguma deficiência. Nesse caso, as especificidades e necessidades des- ses estudantes devem ser levadas em conta durante o planejamento do Aco- lhimento para que, verdadeiramente, todos participem da ação. Presença de intérprete de libras para o dia e horário em que um estudante com deficiência auditiva estiver participando da ação, material em braille para estudantes com deficiência visual, consideração da presença do cuidador durante o Acolhimento são exemplos de atitudes que garantirão a plena participação e protagonismo de todos os educandos. Para tanto, os profissionais da esco- la que conhecem o tema da deficiência (professores de sala de recursos, pro- fessores de atendimento educacional especializado, professores itinerantes ou outros profissionais da própria equi- pe escolar ou de apoio da Secretaria de Educação, por exemplo) devem orientar os Jovens Protagonistas, ofe- recendo informações básicas de como proceder junto a esses estudantes e se colocando à disposição, caso seja ne- cessário algum apoio durante a ação de Acolhimento. “É preciso apostar nos jovens! Orientá-los adequadamente e investir na sua ação protagonista. Porém, sabe-se que algumas pessoas com deficiência podem, durante a ação, necessitar de apoios para os quais os jovens que realizam o Acolhimento não dispõem de repertório. Por isso, recomendamos que esses profissionais estejam de sobreaviso para apoiar os Jovens Protagonistas caso necessário.” MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 11. 9 (...) Educar é criar espaços. Essa afir- mação nos remete à visão do educador como criador de condições para que a educação aconteça. Criar espaços, nesse sentido, não é apenas a atuação do educador na escolha e estruturação do lugar em que o processo educati- vo vai se desenvolver. Criar espaços é criar acontecimentos. É articular espaço, tempo, coisas e pessoas para produzir momentos que possibilitem ao educando ir, cada vez mais, assu- mindo-se como sujeito, ou seja, como fonte de iniciativa, responsabilidade e compromisso (...). – Antônio Carlos Gomes da Costa. Durante o Acolhimento, a participa- ção da equipe escolar consiste exclu- sivamente em fornecer apoio relativo aos espaços, materiais, condições de acessibilidade física e atitudinal, se for necessário, além de recursos físicos. Não atua, portanto, na execução e nem na definição dos trabalhos. O Acolhimento é encerrado com as apresentações dos estudantes, atra- vés das estratégias definidas por eles próprios (dramatizações, coreografias etc), comunicam suas mensagens para toda a equipe escolar como declaração de confiança de que contam com todos para realizarem os seus sonhos. O QUE É • Estudantes e jovens protagonistas integrados em todas as atividades propostas, contribuindo para a instalação de um clima escolar harmonioso e de trocas de experiências. • Sentimento de pertencimento dos estudantes em relação à escola desde os primeiros dias do ano letivo e confiança no apoio oferecido pela equipe escolar na construção de seus Projetos de Vida. • Apoio da equipe escolar em todas as direções para assegurar o sucesso das atividades. • Incentivo à participação dos estu- dantes nas atividades desenvolvidas, respeitando suas possibilidades de engajamento. • Ter como foco de todas as ações do Acolhimento os estudantes e seus Projetos de Vida. • Valorização e respeito a todas as formas de expressão dos estudantes sobre seus sonhos. O QUE NÃO É • Atividade recreativa para entreteni- mento dos estudantes. • Interferência da equipe escolar no desenvolvimento das atividades dos Jovens Protagonistas durante o Acolhimento. • O impedimento dos espaços e recursos necessários para a realização das atividades. • A desvalorização da experiência e capacidade dos Jovens Protagonistas na liderança dos estudantes. • A ausência de estímulo e motivação para a idealização do futuro e das perspectivas positivas a respeito dele. • A imposição da participação de todos os estudantes nas apresentações de Culminância do Acolhimento. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 12. 10 ACOLHIMENTO DIÁRIO DOS ESTUDANTES Os conceitos subjacentes ao Acolhi- mento se estendem do início do ano letivo para o cotidiano escolar. O Acolhimento Diário deve ser realizado de forma planejada, intencional e fundamentado nos princípios da Peda- gogia da Presença. O Acolhimento Diário deve ser en- tendido como algo além do ato de re- ceber os estudantes. É, para muitos, a primeira oportunidade da escola come- çar a fazer sentido e de ser o lugar onde finalmente ele é reconhecido, visto, ouvido, respeitado e acolhido. Trata-se daquele momento em que a equipe escolar, responsabiliza-se pelo acompanhamento da chegada dos estudantes. É o momento da primei- ra troca do dia, de pequenos, porém fundamentais gestos: o sorriso que acolhe, o bom dia verdadeiro, a busca pela compreensão de possíveis embo- tamentos, a percepção de que algum estudante chegou de forma diferente do trivial para a jornada escolar. O compartilhamento desse olhar sobre o estudante, de modo que ele possa real- mente ser visto em sua interdimensio- nalidade, fará com que essa informa- ção circule de forma ética pela equipe escolar de modo que seu tutor possa se aproximar, acolher o estudante e exer- cer a esperada e necessária presença pedagógica, capaz de proporcionar um dia de aula mais tranquilo e produtivo ou a tomada de novos encaminhamen- tos, se for o caso. Essa primeira hora do dia servirá para afinar a comunicação entre todos da equipe escolar, sendo que o foco é esse “bem vindo”, comunicado por palavras e gestos. O Acolhimento Diário também é momento de “recados” da gestão escolar ou dos educadores, em geral. Nele, ocorrem as celebrações das con- quistas dos estudantes ou da equipe de educadores por algum resultado alcan- çado. Também é momento para refle- xão coletiva sobre algum episódio que necessite da consideração por parte de todos. O ambiente escolar é alimentado pelo envolvimento dos estudantes, que podem ser responsáveis pela “sono- rização do dia” por meio das músicas, da leitura de mensagens, cantos, ou seja, aqueles devem ser envolvidos no plane- jamento e execução da acolhida diária. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 13. 11 ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR O Acolhimento da equipe escolar é uma metodologia executada pelos pró- prios estudantes e/ou Jovens Protagonistas com o objetivo de sensibili- zá-la frente aos novos desafios de ver, sentir e cuidar do estudante, a partir de novas perspectivas conceituais e práticas trazidas pelo Modelo da Escola da Escolha. É realizado durante um dia, na própria escola, e deve ter a presença de toda a equipe escolar: professores e demais profissionais. Por que realizar o Acolhimento da Equipe Escolar? O Acolhimento cria espaços para a reflexão da equipe escolar sobre a ne- cessidade e as oportunidades educa- tivas que atendam às expectativas de desenvolvimento dos estudantes. É no Acolhimento que todos os in- tegrantes da equipe escolar falam so- bre suas experiências profissionais e expectativas diante dos desafios do Modelo Escola da Escolha, refletindo sobre a necessidade de não apenas compreenderem do que se trata o Mo- delo, mas efetivamente refletindo so- bre aceitá-lo, assumindo a correspon- sabilidade pela sua execução. O Acolhimento da equipe escolar é, portanto, um espaço para refletir e ex- plicitar a imprescindibilidade de novas O Acolhimento estabelece um “elo” en- tre os educadores, os estudantes e a es- cola. É por ele que toda a equipe escolar pactua, junto aos Jovens Protagonistas, o compromisso com a formação e cons- trução dos Projetos de Vida dos estu- dantes. Assim como no Acolhimento dos Estudantes, a partir do segundo ano de funcionamento da escola, o Acolhi- mento dos Educadores é realizado por uma equipe composta pelos estudantes da escola (9º ano) e estudantes que o tenham concluído o ano anterior. E como o Acolhimento da equi- pe escolar acontece na escola? posturas de seus educadores no exer- cício de suas funções, sempre na pers- pectiva de serem influências constru- tivas na vida dos seus estudantes. O QUE É • Momento de integração da equipe escolar a favor do novo projeto escolar. • Momento de reflexão sobre a impor- tância de estarem ali, envolvidos e comprometidos com a realização dos Projetos de Vida dos estudantes e sobre os mecanismos necessários para sua contribuição, no plano coletivo e individual. O QUE NÃO É • Reunião para informes gerais sobre a escola. • Momento para discussão sobre as dificuldades de trabalho ou problemas da educação em geral. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 14. 12 ACOLHIMENTO DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS É uma metodologia que tem como obje- tivo orientar as famílias e sensibilizá-las em torno dos mecanismos de apoio e acompanhamento do Projeto de Vida dos estudantes. A ação de acolher os pais tem dois objetivos principais: apresentar o pro- jeto escolar e refletir, por meio da experiência de Jovens Protagonis- tas, sobre a importância de apoiar os estudantes na construção dos seus Projetos de Vida, provendo as condi- ções necessárias para isso. Ou seja, o acolhimento permite que os pais e responsáveis desenvolvam ações/ estratégias que contribuam para a formação dos estudantes em todas as suas dimensões. Partimos do pressuposto que é impor- tante que pais e responsáveis conhe- çam o projeto escolar para que possam oferecer apoio necessário ao pleno desenvolvimentodoestudante.Afamília viabiliza e potencializa a aprendizagem dos estudantes quando entende os objetivos educativos da escola e se tor- na sua parceira. É fundamental orientar os pais e res- ponsáveis sobre como podem prover meios, estimular e orientar estudantes no estabelecimento de sua rotina e con- dições de estudos. Ter apoio da família é imprecindível e isso não significa trans- ferir para os pais e/ou responsáveis as tarefas inerentes à escola. Há muitas maneiras de apoiá-los e não são neces- sários recursos para isso se conside- rarmos, por exemplo, que os filhos não faltem às aulas nem cheguem atrasados por que dormiram em horário inadequa- do; que não deixem de realizar seus es- tudos por que priorizaram as brincadei- ras ou porque foram mobilizados para executar as tarefas domésticas. Por que fazer o Acolhimento dos pais ou responsáveis na escola? Assim como a escola, a família pos- sui um contexto de conhecimentos, atividades, regras e valores apren- didos pelos estudantes. Por isso, é importante que cada uma das partes tenha clareza sobre as suas funções no processo de desenvolvimento dos estudantes. O pais não realizam as tarefas e nem os estudos dos seus filhos, mas criam condições para que eles os façam, os estimulam e demonstram interesse pelas suas rea- lizações e conquistas, bem como pre- ocupações pelas suas dificuldades. Além do Acolhimento, há outras formas de interação da escola junto aos pais/responsáveis, por exemplo, Culminância das Disciplinas Eletivas, festasculturais,datascomemorativas, reuniões bimestrais, associação de pais, estudantes e mestres etc. Cabe à escola oportunizar espaços para a participação das famílias e criar as condições para o seu engajamento, estabelecendo relações de qualidade nessa convivência. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 15. 13 O Acolhimento dos pais e responsáveis acontece, geralmente, no turno da noi- te e tem duração máxima de 2 horas. Por meio de slides e vídeos, os Jovens Protagonistas apresentam às famílias, aos professores e aos funcionários da escola suas experiências de vida como jovens egressos de escolas que ope- ram do Modelo da Escola da Escolha e a forma como foram apoiados pelos seus pais e famílias em geral. Muitos relatam que encontraram em casa o estímulo necessário para continuar os estudos e construir seus projetos ou descrevem um pouco do que precisaram vencer para não deixar que seus sonhos e estudos fossem interrompidos. O Acolhimento é encerrado com a distribuição de uma cartilha intitulada: Pais, escola e filhos, dez atitudes que favorecem o sucesso dos filhos na sala de aula e na vida, elaborada por Antônio Carlos Gomes da Costa. E como o Acolhimento dos pais ou responsáveis acontece na escola? É preciso, também, avaliar a presença de pais de estudantes com deficiência na escola e buscar adaptar/ acessibilizar a atividade da mesma forma pro- posta para os estudantes sem deficiência. Tal atitude revela zelo, cuidado e empatia no que se refere à presença desses pais na escola. O QUE É • Momento de compartilhamento da visão e missão da escola. Estratégia para estimular o engajamento dos pais e responsáveis no seu desenvolvimento. • Oportunidade para os pais e respon- sáveis conhecerem outras maneiras de apoiar os seus filhos. O QUE NÃO É • Momento para questionamentos acerca dos problemas dos pais no processo educacional dos filhos ou da própria organização familiar. • Oportunidade para os pais criarem situações de ingerência sobre o projeto escolar. Da mesma forma que no Acolhi- mento dos Estudantes e das Equipes Escolares, a partir do segundo ano de funcionamento da escola, o Aco- lhimento dos Pais ou Responsáveis é realizado por uma equipe (Equipe de Jovens Protagonistas) composta pelos próprios estudantes da esco- la (9º ano) e estudantes que tenham concluído o ano anterior. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 16. 14 De acordo com a literatura, usa-se a palavra tutoria para intervenções tão diversas quanto exercer tutela, ampa- rar, proteger, monitorar, supervisionar, dirigir, representar, governar, orientar, incentivar, educar, ensinar, dar aulas particulares... Um ponto, porém, é co- mum a todas essas acepções: a palavra tutoria se refere a uma situação de in- teração, em que uma pessoa dá apoio a outra para tornar possível que ela desenvolva e/ou ponha em ação algum direito, dever, conhecimento, compe- tência ou habilidade. Segundo Antônio Carlos Gomes da Costa, a capacidade de se fazer presen- te na realidade do educando de forma construtiva não é, como muitos pre- TUTORIA Afinal de contas, o que é Tutoria? ferem pensar, um dom, uma caracte- rística pessoal intransferível, algo pro- fundo e incomunicável. Ao contrário, é uma aptidão possível de ser aprendida desde que haja, da parte de quem se propõe a aprender, disposição interior, abertura, sensibilidade e compromisso. Tutoria e Pedagogia da Presença são pares indissociáveis no Modelo Escola da Escolha. Tutoria é um método para realizar uma interação pedagógica em que o educador (tutor) acompanha e se comunica com os estu- dantes de forma sistemática, planejan- do seu desenvolvimento e avaliando a eficiência de suas orientações de modo a resolver problemas que possam ocor- rer durante o processo educativo. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 17. 15 Intuição e Tutoria: o que isso tem a ver? As palavras “intuição” e “tutoria” nas- ceram da mesma semente (ou raiz, como diz a gramática): a palavra latina tueri, que significa olhar, vigiar. Intueri, de onde vem o verbo intuir, é “olhar para, considerar, avaliar”. Tutore, que originou tutor, é “guarda defensor, protetor”. Também é “aquele que ampara e protege”, assim como os “tutores” usados em agricultura – estacas ou varas cravadas no chão para dar apoio, amparo e orientação a plan- tas com caules muito frágeis e flexíveis. Os tipos de Tutoria Tutoria individual: o educador/ tutor procura conhecer a situação de cada estudante/tutorado e ajudá-lo pessoalmente. Essa ajuda envolve orientação no planejamento e na exe- cução de tarefas, na escolha de estudos e profissões, segundo suas capacida- des e interesses. A tutoria individual tem forte potencial de impacto positivo sobre a autoestima do estudante e sua percepção de si mesmo. Consequente- mente, o educando tenderá a respon- der com mais independência, autono- mia, responsabilidade, disposição para enfrentar desafios, maior tolerância a frustrações e segurança. A Tutoria indi- vidual favorece e reforça o Protagonismo. Tutoria de grupo: o educador/ tutor trabalha com um grupo de edu- candos (em geral, a classe), ajudá-os na orientação do currículo e na partici- pação ativa na vida escolar. Faz parte de suas atribuições interagir com outros educadores que trabalham com o gru- po, fornecendo-lhes as informações necessárias sobre cada estudante, assim como com as famílias. Numa situação ideal, o tutor é chamado a par- ticipar e a se manifestar em tudo o que diz respeito a esse grupo. Com relação ao contato com os pais/responsáveis, tem um papel de mediação na troca de informações entre eles e a escola e de incentivar e favorecer a participa- ção familiar nos processos de decisão do educando. Tutorias técnicas: a equipe ges- tora atribui a um docente, que não é tutor de um grupo, responsabilidades como coordenação de experiências pedagógicas, atividades de formação permanente, reforço de planos de ação de Tutoria, organização e manutenção de laboratórios, bibliotecas, recursos audiovisuais e outros. Tutoria da diversidade: esse é um dos maiores desafios da educação atual, em razão da pluralidade presente no ambiente educativo. A ênfase está nos dispositivos de comunicação e métodos pedagógicos, ajudas e méto- dos de aprofundamento. Na Tutoria da diversidade, é preciso levar em consi- deração que não existe uma pedago- gia do estudante médio ou “padrão”: é indispensável considerar cada educando emseuritmo,estilosdeaprendizageme em suas potencialidades, necessida- des e capacidades. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 18. 16 Quando falamos de diversidade é necessário recortarmos a presença dos estudantes com deficiência nas escolas. Esses meninos e meninas ainda são invisíveis nos sistemas edu- cacionais. Para esse grupo, a Tutoria deve considerar estratégias e ações a serem feitas “com” os estudantes e não “para” os estudantes. Essa pos- tura do tutor (e de todos na escola) contribuirá para que os estudantes com deficiência também sejam pro- tagonistas de suas histórias. Seus estudantes conhecem o tema da diversidade? Recomenda-se trabalhar em sala de aula com histórias infantis, usar músicas e brincadeiras da região, encenar peças teatrais com seus estudantes e assistir a filmes que dis- cutamotemadadiversidade.Aincor- poração desse tema ao currículo es- colar pode contribuir para o apren- dizado dos estudantes e também para construção de sua cidadania. Ao discutir temas como o da acessi- bilidade física nas cidades (melhoria das calçadas, necessidade de ram- pas, respeito às vagas de estaciona- mento reservadas etc.), o professor contribui para uma maior consciên- cia sobre o tema, quebra preconcei- tos e traz informações sobre a defi- ciência. A diversidade é um assunto muitoamploeabrangeadeficiência, a pobreza, as questões raciais e ou- tras. É preciso trabalhar todos es- ses aspectos com os estudantes. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 19. 17 Tutoria empresarial: este tipo de Tutoriaocorredentrodadinâmicaorgani- zacional, na qual, em geral, é chamada mentoring. Quando funciona da ma- neira esperada, permite reconhecer, prestigiar, potencializar e disponibilizar a sabedoria que um profissional acu- mulou ao longo do tempo, com base numa relação de confiança mútua. Os efeitos podem ser muito positivos para o desenvolvimento do profissional que é tutorado e também para o clima da organização. Tutoria intercultural: o incremento das migrações e dos deslocamentos favorecidos pela globalização ou pro- vocados por conflitos e catástrofes na- turais resultou em um aumento signi- ficativo de grupos sociais minoritários em muitos países e regiões. No âmbi- to da educação, essa modalidade de Tutoria se mostrou uma das iniciativas mais adequadas para facilitar a integra- ção social e cultural, favorecer relações entre diferentes etnias, evitar conflitos entre maiorias e minorias, combater a segregação e tornar o ensino universi- tário mais igualitário. Tutoria em EAD: na educação a distância (EAD), que, graças à Internet e ao desenvolvimento de novas ferra- mentas de informação e comunicação, hoje abarca todos os níveis de forma- ção e se desenvolve cada vez mais no Brasil e no mundo todo, um tutor pode acompanhar o desenvolvimento e a aprendizagem de cada estudante e lhe dar um retorno pertinente em termos de orientação, estímulo e percepção a partir do que dele recebe. Tutoria de resiliência: a escola pode proporcionar uma barreira de proteção para os estudantes em contextos vulneráveis. Na visão de Barudy (psiquiatrachilenoespecializado emresiliência),oseducadorespodemas- sumiropapelde“tutores de resiliência” e atuar como pessoas capazes de inte- grar e otimizar o desenvolvimento dos estudantes, apesar dos eventuais trau- mas ou condições de vida difíceis por eles enfrentados. A Tutoria é adequada a qualquer nível de ensino, pois o tutor é quem assu- me a sua condução como articulador do trabalho pedagógico. Todo profes- sor tem ou deveria ter algo de tutor. O próprio estudante pode exercer uma função tutorial, com acompanhamento esupervisãodoprofessor.Éoqueocorre, por exemplo, quando o professor con- ta com a ajuda de estudantes-tutores para apoiar o ensino formal. Nas universidades e em aulas de comple- mentação de atividades ou em labora- tórios, a presença do tutor-estudante é comum. O estudante que se encontra em nível mais avançado auxilia os nova- tos, esclarecendo dúvidas e reforçando a aprendizagem. No Modelo da Escola da Escolha, a tutoria acadêmica, com características de monitoria, tanto ocorre nos Anos Finais do Ensino Fundamenal quan- to no Ensino Médio. É um exercício de protagonismo juvenil, no qual o estu- dante é parte da solução do problema do seu colega, porque naquele mo- mento domina um conhecimento que o outro ainda não domina e se coloca à sua disposição para ajudá-lo. Por que desenvolver Tutoria na escola? MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 20. 18 Segundo o Relatório Warnock, publi- cado em Londres em 1978, 20% dos jovens em algum momento de sua vida escolar têm necessidade de educação especial. O conceito de necessidade de educação especial foi adotado pela Unesco em 1994 e é bastante amplo. Seu grande mérito é se afastar das noções exclusivamente centradas em deficiência e recuperação, passando a englobar todas as crianças e jovens cujas necessidades envolvem deficiência ou dificuldades de aprendizagem de qualquer natureza (os menores em si- tuação de desvantagem, os chamados superdotados, os moradores de rua ou em situação de risco, os menores que trabalham, os que pertencem a grupos nômades ou populações remotas, as Os pontos nos iii sobre “educação especial” e “necessidades especiais” Mas o trabalho de Tutoria é muito mais amplo do que a busca de melho- res resultados escolares e o apoio para alcançá-los. Como autêntico apoio na construção do Projeto de Vida do estu- dante, cabe ao professor/tutor auxiliá-lo a descobrir as direções que quer tomar e a fazer o necessário para concreti- zar suas intenções em cada etapa de seu desenvolvimento. A Tutoria torna possível ao estudante ampliar a visão que tem de si mesmo, do mundo, das oportunidades, das estratégias e pos- sibilidades para tomar em suas mãos sua própria vida. No Modelo Escola da Escolha, o estudante dos Anos Finais do Ensino Fundamental registra essas descobertas no Diário de Vivências. “Entretanto, o avanço da luta das pessoas com deficiência no mundo todo evidenciaram que essa não é a melhor forma de se referir a esse grupo populacional, a maior minoria do mundo. O Brasil, signatário da Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, passou a adotar o termo ‘pessoa com deficiência’ ao se referir a esse contingente da população. ‘Necessidades especiais’ todos e qualquer um de nós tem/ teve ou mesmo poderá vir a ter em algum momento da vida, porém, características singulares que advindas da presença de uma deficiência e constitutivas da identidade do sujeito é algo bem diferente disso. É exatamente isso que deve ser levado em conta ao se trabalhar com essas singularidades em qualquer ação educacional, inclusive na ação tutorial.” minorias culturais ou étnicas, os des- favorecidos ou marginais, os que apre- sentam problemas de conduta ou de ordem emocional). Essa abrangência mostra que as dificuldades decorrentes do desen- volvimento na adolescência também justificam um trabalho “especial”. É nesse contexto que a Tutoria se revela especialmente adequada e coerente. E. Erikson, em seu livro Identidade, juventude e crise (1968), destaca como as duas principais tarefas evolutivas MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 21. 19 da adolescência na busca de integra- ção do eu: a formulação de perguntas sobre si mesmo e sua relação com os outros e o desenvolvimento de relações satisfatórias com seus pares, temas fundamentais que atravessam todo o processo de construção do Projeto de Vida do estudante. A estratégia de Tutoria adotada no Modelo Escola da Escolha é um método para efetivar uma interação pedagógi- ca. Tutores acompanham e se comu- nicam com seus estudantes de forma sistemática, planejando o seu desen- volvimento e avaliando a eficiência de suas orientações com vistas ao desen- volvimento do Projeto de Vida, nos âm- bitos pessoal, acadêmico e produtivo. A depender da estrutura adotada pela Secretaria de Educação, a Tutoria será adequada para o modelo que me- lhor responder às suas condições. Operacionalmente, a Tutoria não demanda tempo específico definido na matriz curricular da escola e pode ser realizada em diversos momentos em que haja disponibilidade do tutor e necessidade do tutorado. Isso signi- fica que a ação tutorial pode ser ajus- tada em virtude dos horários possíveis e das demandas existentes, podendo ocorrer, por exemplo, mediante con- cordância das partes antes do início das aulas, no horário do intervalo, após o almoço (e mesmo durante) e após o final das aulas. O especialista em Recursos Humanos, Jair Moggi, considera que a Tutoria, pode ser descrita como uma ativida- de próxima à do professor: um bom professor é alguém reconhecido pela comunidade como uma pessoa com conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes e diferenciadas numa deter- minada área. Logo em seguida, o tutor/ mentor que é quase um professor, é comparado a um mestre: quando uma pessoa tem necessidade de aprender ou se desenvolver, procura um mestre, procura alguém com um passado irrefu- tável, apaixonado pelo que faz, que sou- be transformar seus conhecimentos e experiências em sabedoria e que esteja disposto a compartilhar tudo isso. E o que caracteriza, então, um tutor ou mentor? Para Moggi, é: • alguém que tem disponibilidade para servir; • alguém desprendido, que tem genuíno interesse em ver o próximo atingir seus objetivos. São pessoas que conseguem co- locar os outros à vontade, a partir de E como desenvolver Tutoria? Perfil do tutor O modelo adotado deverá ser objeto de discussão e definição em virtude das condições existentes, ou seja, se será adotado o modelo de um Tutor para determinado número de es- tudantes, de um Tutor para cada turma ou ainda se a Tutoria ocorrerá entre aqueles que desejarem ser tutorados e os que desejarem ser tutores. Para qual quer que seja a defini- ção, é fundamental assegurar que os estudantes tenham a liberdade de fa- zer a escolha sobre aquele que será o seu tutor. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 22. 20 Arnaiz sintetiza em três tipos as quali- dades que um tutor deve ter: Qualidades humanas (o ser do tutor): empatia, maturidade intelectual e afe- tiva, sociabilidade, responsabilidade e capacidade de aceitação. Qualidades científicas (o saber do tu- tor): conhecimento da maneira de ser do estudante e dos elementos pedagó- gicos que tornam possível conhecê-lo e ajudá-lo. Qualidades técnicas (o saber fazer do tutor): capacidade de trabalhar com eficácia e em equipe, participando de projetos e programas estabelecidos de comum acordo para a formação dos estudantes. Esse conjunto de qualidades parece suficientemente abrangente e aberto para que se perceba que não se trata de algo irrealizável. A oferta de Tutoria junto ao estudante o apoiará nas seguintes dimensões: Orientação pessoal: para propor- cionar ao educando uma formação integral e facilitar seu autoconheci- mento, sua adaptação e a tomada de decisões, apoiando e orientando as mudanças advindas da evolução do seu Projeto de Vida. Orientação escolar ou acadêmica: para ajudar o educando a superar suas dificuldades quanto a hábitos e méto- dos de estudo, integração com o grupo, mediação junto aos professores etc. Orientação profissional: para aju- dar o educando a conhecer melhor a si mesmo e as opções de estudos e oportunidades existentes no âmbito profissional; para favorecer escolhas acadêmicas e profissionais coerentes com sua personalidade, suas aptidões e seus interesses. Entre as inúmeras definições do papel do Tutor e da Tutoria encontradas na literatura especializada nos parece especialmente clara e suficientemente abrangente para ser usada como refe- rência a que nos inspira Arnaiz: “Tutor é um orientador da aprendi- zagem, dinamizador da vida socioafe- tiva do grupo-classe e orientador pes- soal, escolar e profissional dos alunos.” Elementos fundamentais para o exer- cício do Tutor, segundo Polly Lowe, com estudantes adolescentes da faixa etária que corresponde aos Anos Finais do Ensino Fundamental e ao Ensino Médio: • criação de um ambiente tutorial orga- nizado, que possibilite que a aprendiza- gem aconteça; • uso de várias estratégias de observa- ção para acompanhamento e monito- ração dos estudantes; • identificação de necessidades; • registro de realizações e progressos; • registro e comparação de informações As qualidades de um Tutor Finalidades da Tutoria junto ao estudante e ao seu Projeto de Vida O papel de tutor O exercício do Tutor uma relação de confiança mútua e de afinidade com foco na ampliação da consciência das pessoas com as quais interage, numa relação caracterizada pelo ‘mestre que caminha ao lado do aprendiz’ e não pelo ‘mestre que fica no alto da cátedra’.” MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 23. 21 relevantes sobre os estudantes; • tradução das solicitações externas feitas aos estudantes, tais como uma escolha entre opções, a interpretação das normas escolares e o esclareci- mento de situações negativas envol- vendo um estudante; • participação no assessoramento indi- vidual e de grupo; • estímulo à resolução de problemas; • ampliação da experiência tutorial mediante o emprego de destrezas de Tutoria no contexto educativo. Uma das consequências mais interes- santes da Tutoria é a existência de um efeito-tutor. Ao praticá-la, o tutor também aprende e se desenvolve. Ajudando alguém a melhorar sua prá- tica, o tutor melhora a sua própria. O tipo de interação tutorial e seu nível de estruturação determinam o efei- to-tutor: quanto mais estruturada a • o estado “adolescente” e as muitas “juventudes”; • o mundo em permanente estado de mudanças; • a velocidade do mundo do trabalho e suas rápidas e profundas transfor- mações; • a identidade na sua singularidade; • os muitos paradoxos da juventude; • os tempos internos e próprios de cada um (biológico, psíquico, cognitivo e emocional) X o mundo em movimento; • os naturais conflitos intergeracionais; • a permanente crença na potencialida- de do tutorado. O Efeito Tutor Na Tutoria, considerar: Tutoria, mais possibilidades há de que o efeito-tutor se manifeste. Já o efeito sobre o tutorado funciona segundo o princípio oposto: quanto mais espon- tâneo o modo de funcionamento da Tutoria, mais a aprendizagem do tuto- rado é facilitada. O QUE É • Oferta de apoio para reflexão e orien- tação das múltiplas aprendizagens do estudante. • Atuação generosa com claros limites de atuação pautada pela ética profissional. O QUE NÃO É • Estabelecimento de uma relação familiar entre tutor e tutorado. • Julgamento das escolhas, dos valores e das decisões do tutorado, nem da sua família. • Sessão psicoterápica. • Convivência confusa e desordenada em que não há respeito à territorialida- de do tutor e do tutorado. MODELO PEDAGÓGICO Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas
  • 24.
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  • 30. REALIZAÇÃO Instituto de Corresponsabilidade pela Educação PRESIDENTE Marcos Antônio Magalhães EQUIPE DE DIREÇÃO Alberto Chinen Juliana Zimmerman Thereza Barreto CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO Organização: Juliana Zimmerman Coordenação: Liane Muniz Assessoria e Consultoria Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto Redação: José Gayoso, Juliana Zimmerman, Maria Betânia Ferreira, Maria Helena Braga, Regina Lima, Reni Adriano, Romilda Santana, Thereza Barreto Leitura crítica: Alberto Chinen, Elizane Mecena, Reni Adriano, Maria Helena Braga Edição de texto: Leandro Nomura Revisão ortográfica: Dulce Maria Fernandes Carvalho, Álvaro Vinícius Duarte e Danielle Nascimento Projeto Gráfico: Axis Idea Diagramação: Axis Idea e Kora Design Fotógrafa: Kriz Knack Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto; Ginásio Pernambucano; Escola Estadual Prefeito Nestor de Camargo; Centro de Ensino Experimental de Arcoverde. APOIO Instituto Natura EXPEDIENTE Instituto de Corresponsabilidade pela Educação JCPM Trade Center Av. Engenheiro Antônio de Góes, 60 - Pina | Sala 1702 CEP: 51010-000 | Recife, PE Tel: 55 81 3327 8582 www.icebrasil.org.br icebrasil@icebrasil.org.br 1ª Edição | 2015 © Copyright 2015 - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. “Todos os direitos reservados”