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1820 e o Triunfo dos Liberais 
A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820 
D. João VI e D. Carlota Joaquina 
O descontentamento da população 
Em 1811, as invasões francesas terminaram, mas o país 
ficou numa situação muito difícil: 
- a família real continuava no Brasil; 
- o Reino ficou mais pobre e desorganizado após as 
invasões; 
- os ingleses controlavam quase todo o comércio com o 
Brasil. 
Era pois necessário expulsar os ingleses e obrigar o rei 
a regressar. 
As ideias liberais, vindas de França, tinham cada vez 
mais adeptos.
Em 1817, em Lisboa, regista-se a primeira conspiração 
liberal, chefiada pelo General Gomes Freire de Andrade. 
Descoberto, foi preso e enforcado. 
Em 1818, forma-se no Porto uma organização secreta, o 
Sinédrio, com o objectivo de preparar uma revolução 
liberal. 
O Sinédrio reunia burgueses do Porto (comerciantes, 
juízes, proprietários), entre os quais se destacava Manuel 
Fernandes Tomás. Também aderiram alguns militares. 
No dia 24 de Agosto de 1820 deu-se a revolução. 
A população do Porto aderiu com entusiasmo. Um mês 
depois, aderia Lisboa. A revolução espalhou-se então a 
todo o país. Os ingleses foram afastados e criou-se a 
Junta Provisional do Governo do Reino. 
Esta Junta passou a governar e preparou as primeiras 
eleições para deputados às Cortes Constituintes, isto é, a 
Assembleia que tinha como função elaborar uma 
Constituição de acordo com as ideias liberais. 
Em Setembro de 1822, as Cortes Constituintes 
aprovaram a 1ª Constituição Portuguesa. 
D. João VI regressa do Brasil, com a família e a corte, 
assina a Constituição e jura respeitá-la.
Esta Constituição estabelecia: 
- a soberania da nação: o poder do rei devia submeter-se 
à vontade dos cidadãos, através do voto; 
- a separação de poderes: legislativo, executivo, judicial; 
- a igualdade e liberdade dos cidadãos face à lei.
Burguesia brasileira 
A independência do Brasil 
Durante os treze anos que D. João VI e a corte 
permaneceram no Brasil, este território registou grandes 
progressos: 
- a cidade do Rio de Janeiro tornou-se sede do Governo; 
- foram criadas repartições de finanças, justiça e da 
polícia; 
- foram construídos hospitais, escolas, teatros e 
bibliotecas; 
- foram criadas indústrias e abertas estradas; 
- os portos brasileiros foram abertos aos comerciantes 
estrangeiros, o que desenvolveu o comércio externo. 
Assim, o Brasil deixou de ser uma colónia para se tornar 
um reino.
Mas quando D. João VI regressou a Portugal, deixando o 
príncipe D. Pedro, seu filho, a governar o Brasil, as Cortes 
Constituintes decretaram: 
- que o Brasil voltasse a ser uma colónia; 
- que o seu comércio externo voltasse a passar por 
Portugal; 
- que D. Pedro regressasse a Portugal. 
A estas imposições, D. Pedro reagiu decidindo 
permanecer no Brasil. Para tal contou com o apoio da 
burguesia brasileira. 
As Cortes Constituintes reagiram, anulando todos os 
poderes do príncipe. 
Ao receber esta notícia, D. Pedro declarou a 
independência do Brasil, a 7 de Setembro de 1822. 
coroação de D. Pedro como imperador do Brasil
O Grito do IPIRANGA 
Em Agosto de 1822, D. Pedro viajou do Rio de Janeiro 
para São Paulo para resolver um problema político. 
Quando as coisas estavam resolvidas e ele seguia para 
Santos, chegaram ordens das Cortes (de Portugal): D. 
Pedro deveria voltar para lá naquele instante (...) 
Mandaram-lhe mensageiros com essas notícias. 
Um deles encontrou-o nas margens do rio Ipiranga, em 
São Paulo. Era a tarde de 7 de Setembro de 1822. D. 
Pedro leu os decretos e decidiu logo proclamar a 
independência do Brasil, senão ficava prisioneiro das 
Cortes. 
Trinta e oito pessoas assistiram: D. Pedro 
desembainhou a espada, ergueu-a alto e gritou: 
INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
A luta entre Liberais e Absolutistas 
Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam 
muitos privilégios. 
Não se conformaram e começaram a organizar 
conspirações contra o regime liberal, apoiados pelo 
príncipe D. Miguel (filho segundo de D. João VI). 
Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho 
mais velho, D. Pedro, imperador do Brasil. Este, não 
querendo abandonar o Brasil, abdica do trono em favor de 
sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a
governar, como regente e de acordo com as ideias liberais. 
Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se 
aclamar rei absoluto. 
Guerra Civil 
D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos 
liberais, refugiados nos Açores. 
Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais 
e absolutistas, que vai durar cerca de dois anos. 
D. Miguel e os absolutistas são derrotados. 
D. Maria II passa a governar. 
A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal 
até 1910 (data da implantação da República.
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  • 1. 1820 e o Triunfo dos Liberais A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820 D. João VI e D. Carlota Joaquina O descontentamento da população Em 1811, as invasões francesas terminaram, mas o país ficou numa situação muito difícil: - a família real continuava no Brasil; - o Reino ficou mais pobre e desorganizado após as invasões; - os ingleses controlavam quase todo o comércio com o Brasil. Era pois necessário expulsar os ingleses e obrigar o rei a regressar. As ideias liberais, vindas de França, tinham cada vez mais adeptos.
  • 2. Em 1817, em Lisboa, regista-se a primeira conspiração liberal, chefiada pelo General Gomes Freire de Andrade. Descoberto, foi preso e enforcado. Em 1818, forma-se no Porto uma organização secreta, o Sinédrio, com o objectivo de preparar uma revolução liberal. O Sinédrio reunia burgueses do Porto (comerciantes, juízes, proprietários), entre os quais se destacava Manuel Fernandes Tomás. Também aderiram alguns militares. No dia 24 de Agosto de 1820 deu-se a revolução. A população do Porto aderiu com entusiasmo. Um mês depois, aderia Lisboa. A revolução espalhou-se então a todo o país. Os ingleses foram afastados e criou-se a Junta Provisional do Governo do Reino. Esta Junta passou a governar e preparou as primeiras eleições para deputados às Cortes Constituintes, isto é, a Assembleia que tinha como função elaborar uma Constituição de acordo com as ideias liberais. Em Setembro de 1822, as Cortes Constituintes aprovaram a 1ª Constituição Portuguesa. D. João VI regressa do Brasil, com a família e a corte, assina a Constituição e jura respeitá-la.
  • 3. Esta Constituição estabelecia: - a soberania da nação: o poder do rei devia submeter-se à vontade dos cidadãos, através do voto; - a separação de poderes: legislativo, executivo, judicial; - a igualdade e liberdade dos cidadãos face à lei.
  • 4. Burguesia brasileira A independência do Brasil Durante os treze anos que D. João VI e a corte permaneceram no Brasil, este território registou grandes progressos: - a cidade do Rio de Janeiro tornou-se sede do Governo; - foram criadas repartições de finanças, justiça e da polícia; - foram construídos hospitais, escolas, teatros e bibliotecas; - foram criadas indústrias e abertas estradas; - os portos brasileiros foram abertos aos comerciantes estrangeiros, o que desenvolveu o comércio externo. Assim, o Brasil deixou de ser uma colónia para se tornar um reino.
  • 5. Mas quando D. João VI regressou a Portugal, deixando o príncipe D. Pedro, seu filho, a governar o Brasil, as Cortes Constituintes decretaram: - que o Brasil voltasse a ser uma colónia; - que o seu comércio externo voltasse a passar por Portugal; - que D. Pedro regressasse a Portugal. A estas imposições, D. Pedro reagiu decidindo permanecer no Brasil. Para tal contou com o apoio da burguesia brasileira. As Cortes Constituintes reagiram, anulando todos os poderes do príncipe. Ao receber esta notícia, D. Pedro declarou a independência do Brasil, a 7 de Setembro de 1822. coroação de D. Pedro como imperador do Brasil
  • 6. O Grito do IPIRANGA Em Agosto de 1822, D. Pedro viajou do Rio de Janeiro para São Paulo para resolver um problema político. Quando as coisas estavam resolvidas e ele seguia para Santos, chegaram ordens das Cortes (de Portugal): D. Pedro deveria voltar para lá naquele instante (...) Mandaram-lhe mensageiros com essas notícias. Um deles encontrou-o nas margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde de 7 de Setembro de 1822. D. Pedro leu os decretos e decidiu logo proclamar a independência do Brasil, senão ficava prisioneiro das Cortes. Trinta e oito pessoas assistiram: D. Pedro desembainhou a espada, ergueu-a alto e gritou: INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
  • 7. A luta entre Liberais e Absolutistas Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios. Não se conformaram e começaram a organizar conspirações contra o regime liberal, apoiados pelo príncipe D. Miguel (filho segundo de D. João VI). Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D. Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil, abdica do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando D. Miguel a
  • 8. governar, como regente e de acordo com as ideias liberais. Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei absoluto. Guerra Civil D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta-se aos liberais, refugiados nos Açores. Inicia-se então um período de guerra civil, entre liberais e absolutistas, que vai durar cerca de dois anos. D. Miguel e os absolutistas são derrotados. D. Maria II passa a governar. A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910 (data da implantação da República.