O documento descreve o caso de uma paciente de 27 anos com dor abdominal e vômitos que foi diagnosticada com abscesso periapendicular e peritonite difusa grave. A paciente apresentava sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita e teve parada cardiorrespiratória após evoluir com hipotensão e sonolência enquanto aguardava tomografia computadorizada.
2. Ana Paula dos Reis Maia
Ana Paula Peres Martins
Arabella Barros de Melo
Kamilla Nayara da Silva Miranda
Larissa Alves Bezerra Borges
Lise Anne Guimarães Moreira
Maylee Beatriz Rego Chaves
Morgana Gurgel de O. Cerqueira
Wylia Gurgel de Medeiros
UNIVERSIDADE POTIGUAR - MEDICINA 2010.2
Abdome Agudo
3. “Paciente de 27 anos, feminina, relata que há 2 dias começou
com falta de apetite associada á dor abdominal, tipo aperto,
localizada na região do epigástrio. Teve com 24 horas dos
sintomas, vômitos, o que a fizeram procurar o P.S..
Na avaliação inicial apresentava TC 37.9c, pulso: 100bpm, TA:
100x60mmHg, hipocorada(+/+4), postura antálgica devido á
dor abdominal. Anictérica. ausculta cárdio-pulmonar normais.
Abdome encontrava-se sensível à palpação, tenso, com dor
mais intensa na fossa ilíaca direita( ponto de Mc Burney) e
descompressão brusca positiva. Sentia também dor ao palpar
o flanco esquerdo referida na fossa ilíaca direita. Os ruídos
hidroaéreos eram diminuídos. Toque retal e vaginal sem
anormalidades.
Caso ClínicoAnaPauladosReisMaia
Abdome Agudo
4. “Diante da suspeita de abdome agudo, o médico atendente
decide por solicitar exames complementares e avaliação do
cirurgião de sobreaviso.
exames:
hb: 12 g/dl
ht: 34%
Leucograma: 12800/mm3 80% segmentados, 0 eosinófilos,
4 bastões
EAS: piúria ( 6/campo)
bHCG negativo
USG de abdome: difícil visualização por excesso de gases;
Caso ClínicoAnaPauladosReisMaia
Abdome Agudo
5. “Ciente da suspeita clínica, o plantonista questiona com o
cirurgião, por telefone, o diagnóstico e a conduta cirúrgica. Este
afirma que deve ser feita uma tomografia de abdome.
O clínico descreve a conduta orientada no prontuário.
Como não havia radiologista no horário (sexta-feira noturno),
a paciente aguarda cerca de 48 horas, com medicação
analgésica e antieméticos, vindo a ser reavaliada naquele
momento com sonolência, taquidispnéia e hipotensão
(80x50mmHg). Na palpação do abdome havia sinais difusos de
irritação peritoneal e massa localizada na fossa ilíaca direita.
Encaminhada ao centro cirúrgico evolui com parada
cardiorrespiratória não responsiva às manobras de reanimação.
O médico decide encaminhar o corpo ao SVO cujo laudo
confirma: abscesso periapendicular + peritonite difusa grave. A
família decide processar o hospital e pede cópia do prontuário
médico.
Caso ClínicoAnaPauladosReisMaia
Abdome Agudo
6. VALORES DO CASO CLÍNICO VALORES DE REFERÊNCIA
Hemoglobina: 12g/dl (12 – 16) g/dl
Hematócrito: 34% (37 – 48) %
Leucograma : 12.800 / mm³ (4 – 10) mil/mm³
80% segmentados (55 – 65)% segmentados
0 eosinófilos (0,5 – 4)%
4 bastões (0 – 5) bastões
EAS: piúria (6/campo) até (6/campo)
bHCG: negativo -
USG de abdome: difícil
visualização par excesso de gases
-
Retirado do artigo: “Sociedade gaúcha de aperfeiçoamento
biomédico e ciências da saúde.”
Professor César Luis Reichert
Pós-graduação em geriatria (PUCRS)
Mestrando em Gerontologia Biomédica (PUCRS)
EXAMES
7. “Dor na região abdominal, não traumática, de
aparecimento súbito e de intensidade variável
associada ou não a outros sintomas. Geralmente
com duração de horas até 4 dias.
DefiniçãoAnaPauladosReisMaia
Abdome Agudo
9. WyliaGurgeldeMedeiros
FARIA, Ana Lucia De et al. (Org.). ABDOME AGUDO: SÍNDROMES E CAUSAS DE
CIRURGIAS EM UM. Disponível em:
<http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewArticle/419
>. Acesso em: 25 ago. 2010.
Abdome Agudo
Abdome agudo: epidemiologia
10. “
Abdome agudo: classificação
Abdome Agudo
¹ FLOCH, Martin H. (et al.). Gastroenterologia de Netter. Tradução Alexandre Werneck,
Paulo Césas Ramos Porto Mendes. Artmed, 2007. Porto Alegre.
“Determinar a etiologia de um distúrbio abdominal agudo é
um dos problemas diagnósticos mais difíceis: são muitos
os processos patológicos.”¹
Localização anatômica,
Natureza,
progressão da dor
WyliaGurgeldeMedeiros
13. WyliaGurgeldeMedeiros
FARIA, Ana Lucia De et al. (Org.). ABDOME AGUDO: SÍNDROMES E
CAUSAS DE CIRURGIAS EM UM. Disponível em:
<http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewArtic
le/419>. Acesso em: 25 ago. 2010.
Abdome Agudo
Abdome agudo: classificação
14. WyliaGurgeldeMedeiros
1 - Sinais e sintomas:
Distensão abdominal
Parada da eliminação de gases e fezes
Náuseas e vômitos
Ausência de febre
Ruídos hidroaéreos intensos
DOR abdominal contínua em cólica
2 - Causas:
Obstrução pilórica,hérnia estrangulada, bridas, áscaris,
corpos estranhos, cálculo biliar, volvo, intussuscepção.
Abdome Agudo Obstrutivo
Abdome Agudo
15. WyliaGurgeldeMedeiros
1 - Sinais e sintomas:
Pneumoperitónio
Sinais de irritação peritoneal
Atitude imovel
DOR lancinante intensa,
em "facada”
2 - Causas:
Úlcera péptica, câncer gastrointestinal, febre tifóide,
amebíase, divertículos de cólons, perfuração do
apêndice, perfuração da vesícula biliar.
Abdome Agudo Perfurativo
Abdome Agudo
16. WyliaGurgeldeMedeiros
1 - Sinais e sintomas:
Eliminação de líquido necrótico
DOR abdominal súbita e intensa
História de arteriopatias, IAM, AVC
2 - Causas:
Trombose da artéria mesentérica, torção do grande
omento, torção do pedículo de cisto ovariano,
infarto esplênico.
Abdome Agudo Vascular
Abdome Agudo
18. Abdome Agudo Hemorrágico
“Na palpação do abdome havia sinais difusos
de irritação peritoneal e massa localizada na
fossa ilíaca direita.”
2 - Possíveis causas:
Gravidez Ectópica
Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal
Cisto ou torção do ovário
LiseAnneG.Moreira
19. Gravidez Ectópica
Epidemiologia
Gravidez
Tubária
70,3% a
99,4%
Gravidez
Ovariana
1% a 3%
Gravidez
Abdominal
Muito rara
Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n3/a17v53n3.pdf>
Acesso em: 22 de ago. 2010 Disponível em:
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gestantes/gravidez-
nas-trompas-4.php>
Acesso em : 22 de ago. 2010
LiseAnneG.Moreira Abdome Agudo Hemorrágico
20. Abdome Agudo Hemorrágico
Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal
Epidemiologia
Mais freqüentes em homens em uma
proporção de 4:1
Mais de 50% dos pacientes apresentam
hipertensão
Incidência de 30 a 66 casos por 1000
habitantes
LiseAnneG.Moreira
21. Abdome Agudo Hemorrágico
Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal
<http://www.ehealthconnection.com/adam/doc/graphics/image
s/es/18072.jpg>
LiseAnneG.Moreira
22. Abdome Agudo Inflamatório
1- Sinais e Sintomas:
Dor abdominal repentina
Rigidez muscular
Náuseas e vômitos
Sensibilidade aumentada à dor ou
palpação
LiseAnneG.Moreira
23. Abdome Agudo Inflamatório
“...dor abdominal, tipo aperto, localizada na região do
epigástrio.”
“Abdome encontrava-se sensível à palpação, tenso,
com dor mais intensa na fossa ilíaca direita...”
2 - Possíveis Causas:
Pancreatite Aguda
Colecistite Aguda
Diverticulite
Apendicite
LiseAnneG.Moreira
24. Abdome Agudo InflamatórioLiseAnneG.Moreira
Pancreatite Aguda
Epidemiologia
Cálculos biliares e o alcoolismo são
responsáveis por quase 80 % dos internamentos
hospitalares por pancreatite aguda
Pancreatite de origem alcoólica é seis vezes
mais freqüente nos homens
26. Colecistite Aguda
Epidemiologia
10% dos homens e 15% das mulheres com idades >
a 55 anos, apresentam cálculos biliares.
São diagnosticados anualmente 1 milhão de novos
casos.
Mais de 500.000 cirurgias são realizadas
anualmente.
Abdome Agudo InflamatórioLiseAnneG.Moreira
27. Diverticulite
Epidemiologia
Ocorre com freqüência semelhante em homens e
mulheres, aumentando com a idade.
Um terço das pessoas com mais de 50 anos e
2/3 daquelas com mais de 80 anos tem
divertículos no cólon
Abdome Agudo InflamatórioLiseAnneG.Moreira
30. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Apêndice
vermiforme: é um
órgão, de estrutura
tubular, alongada,
de
aproximadamente 6
a 10 cm de
comprimento;
Origem na parede
póstero – medial do
ceco;
NETTER
1. Anatomia
31. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Mesoapêndice -
confere mobilidade;
É o local onde
encontramos a artéria
e veia apendiculares,
ramos dos vasos
ileocecocólicos.
NETTER
32. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Anterior: pélvico ou pré-
ileal;
Posterior: retrocecal
ascendente e ou suberoso,
ou ainda retroileal;
Variações na localização
da dor ocorrem na
dependência da posição
anatômica da ponta do
apêndice;
• Localizações do apêndice: SABISTON
33. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
2. Fisiopatologia
A patogênese se
correlaciona, primariamente,
com a obstrução do lúmen
apendicular;
Causas mais comuns:
- Hiperplasia dos
folículos linfóides de origem
infecciosa (60% dos casos);
- Obstrução mecânica
a exemplo dos fecalitos (35%
dos casos), ascaris, bário e
outros corpos estranhos e
tumores(carcinóide, o mais
comum);
http://www.medstudents.com.br/cirur/cirur6/cirur6.htm
34. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Evolução da Doença:
Obstrução do lúmen apendicular (proliferação
bacteriana);
Aumento da pressão intraluminal e a distensão do
apêndice (comprometendo não só o retorno venoso, mas
também o suprimento arterial);
Isquemia, podendo evoluir para necrose e perfuração;
A perfuração do apêndice gangrenado pode causar um
abscesso localizado (periapendicular), ou ainda, nos
casos mais graves, peritonite generalizada;
35. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
3- Quadro Clínico
Inicia- se com um quadro de
anorexia;
Dor abdominal (periapendicular);
Inapetência;
Náuseas e vômitos;
Alteração do hábito intestinal
(constipação ou diarréia);
Febre baixa(inicial);
Dor localizada: Ponto de Mc
Burney;(Fossa ilíaca direita- devido
a inervação do peritôneo parietal);
ACSSUGERY
SCHWART’S
36. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Alguns sinais importantes para detectar apendicite:
Sinal de Blumberg :
descompressão
dolorosa da parede
abdominal indicando
irritação peritoneal;
Sinal de Rovsing: dor
na fossa ilíaca direita
quando se comprime a
fossa ilíaca esquerda;
37. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
4- Epidemiologia
A apendicite é uma das
principais causas de
cirurgias abdominais na
urgência;
Apresenta um predomínio
no sexo masculino e pode
ocorrer em qualquer idade,
entretanto encontra- se
mais frequente na
segunda e terceira
décadas de vida;
Nos EUA chegam a
250.000 casos ano;
ACS SURGERY
38. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
5- Diagnóstico
É predominantemente baseado na história e no exame
físico e com auxílio de exames complementares;
Para a Apendicite Aguda , a história somada ao exame
tem uma acurácia de cerca de 95% no diagnóstico;
A Ultra- sonografia (US) tem limitações se houver
grande distensão abdominal ou se o paciente for obeso;
A Tomografia Computadorizada (TC) é um método que,
devido seu alto custo, não é justificado em todos os
pacientes;
39. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins
Nos casos iniciais, o tratamento consiste na intervenção
cirúrgica e ressecção do apêndice, não necessitando de
tratamento adjuvante, respeitando –se o tempo necessário
para realização de exames (hemograma, urina) mínimos
para uma cirurgia segura;
Nos casos avançados, com necrose do apêndice,
peritonites, perfuração e abscessos, é necessário o
tratamento com antibióticos após a ressecção do apêndice;
Apendicite Aguda
6- Tratamento
40. Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Nas cirurgias abertas pode ser empregada a incisão
transversa no quadrante inferior direito (Davis-
Rockey) ou oblíqua(Mc Arthur – Mc Burney);
Cirurgia videolaparoscópica;
ACS SURGERY
ACS SURGERY
41. “
Abdome Agudo
AnaPaulaP.Martins Apendicite Aguda
Voltando ao Caso Clínico:
“Paciente inicia com falta de apetite, associada a
dor abdominal, na região do epigástrio, com 24h
teve vômitos, dor intensa na fossa ilíaca
direita(ponto de Mc Burney) e descompressão
brusca positiva (Sinal de Blumberg), sentia dor ao
palpar o flanco esquerdo( Sinal de Rovsing),
evoluindo, depois de 48 h, para sinais difusos de
irritação peritoneal e massa localizada na fossa
ilíaca direita (plastrão). A paciente vai a óbito e o
seu laudo confirma: Abscesso periapendicular e
peritonite difusa grave”.
42. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1492
Leonardo da Vinci desenha claramente o apêndice
http://www.hschamberlain.net/kant/leonardo.jpg
Fonte: Artigo ANNALS OF SURGERY, Vol. 197,
May 1983, Nº 05 Presidential Address:
A History of Appendicitis
Abdome Agudo
43. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1521
Berengario da Carpi 1º a estudar o apêndice
www.misurata-hospital.com
www.cirlap.com.mx/portal/apendima.htm
Abdome Agudo
44. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1530
Vido Vidios
1º a nomear o
órgão como
apêndice
Vermiforme
Abdome Agudo
45. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1543
Publicou em:
“De Humani Corporis
Fabrica” ilustrações
detalhadas do corpo
humano dissecado
Andreas Versalius
FIG.2.AndreasVesalius"DeHumaniCorporisFabrica"
Abdome Agudo
46. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1717
1ª boa descrição de um
caso de apendicite
aguda.
Lorenz Heister
Fonte:ArtigoANNALSOFSURGERY,Vol.197,May
1983,Nº05PresidentialAddress:
AHistoryofAppendicitis
Abdome Agudo
47. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1735
Realizou e descreveu a
1ª Apendicectomia.
Claudius Amyand
Fonte:ArtigoANNALSOFSURGERY,Vol.197,May
1983,Nº05PresidentialAddress:
AHistoryofAppendicitis
Abdome Agudo
49. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1812
Realizou uma autópsia e
encontrou material
impactado no apêndice,
que se tornou
inflamado, com
obstrução, perfuração, e
peritonite.
John Parkinson
Abdome Agudo
50. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1827
Observou que a infecção
abdominal resultava da
inflamação do apêndice.
Sugeriu a remoção do
apêndice inflamado antes
de estourar e causar
complicações sépticas.
François Melier
: www.artchive.com/
Abdome Agudo
51. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1886
Reginald Fitz
Trocou o termo “tiflite” ou
“peritiflite” por apendicite
aguda
Recomendou seu tratamento
cirúrgico precoce.
Ulrich Krönlein
Em Zurique, publicou um
caso de apendicite
diagnosticada e tratada
com a exérese do
apêndice.
Fonte: Artigo ANNALS OF SURGERY, Vol. 197, May 1983,
Nº 05 Presidential Address:
A History of Appendicitis
www.vis.usz.ch/PublishingImages/kroenlein_u.gif
Abdome Agudo
52. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
1889
Charles McBurney
Descreveu o ponto
de maior
sensibilidade e a
incisão oblíqua com
o afastamento da
musculatura da
parede anterolateral
do abdome,
praticada em larga
escala até os dias
atuais.
www.slrsurgery.org/images/mcburney.jpg
http://info.med.yale.edu/surgery/anatomy/Visibl
eHumanLessonPlans/SurfaceProjectionAppend
ix%20.jpg
Abdome Agudo
53. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
Caso Célebre de Apendicite
• Rei Eduardo VII, da
Inglaterra, em 1901.
• Frederick Treves,
drenou um grande
abscesso periapendicular
http://www.surgical-tutor.org.uk/default-
home.htm?surgeons/treves.htm~right
Abdome Agudo
54. ArabellaBarrosdeMelo História do Apêndice e da Apendicite
Método cirúrgico
1982 à 1990
• 1ª apendicectomia
laparoscópica( realizada
por Semm, na Alemanha)
• 8 anos depois: método
videolaparoscópico
www.santalucia.com.br/robotica/robotica.htmwww.nyhq.org/diw/Content.asp?PageID=DIW001981.
..
Abdome Agudo
56. ““O médico decide encaminhar o corpo ao SVO...”.
MorganaGurgel
Obra do artista plástico Paulo Camargo, criada em 1997 (3x6 metros) que se encontra no saguão
do prédio do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP
SVO
Abdome Agudo
57. MorganaGurgel
Tem por finalidade esclarecer causa mortis em
casos de óbito por moléstia mal definida ou sem
assistência médica. Dessa forma os casos de
morte natural sem que haja definição de causa de
óbito são encaminhados ao SVO para realização
de autópsia. Entre as atividades desenvolvidas
pelo Serviço, essa é a que melhor caracteriza a
prestação de serviço à comunidade
desempenhada pelo SVO.
Serviço de Verificação de Óbitos - SVO
Abdome Agudo
58. MorganaGurgel Serviço de Verificação de Óbitos - SVO
Existem três indicações clássicas previstas em lei
para a necropsia:
Morte violenta;
Morte suspeita;
Morte natural de indivíduo não identificado.
Abdome Agudo
59. MorganaGurgel Serviço de Verificação de Óbitos - SVO
Os corpos são encaminhados para:
SVO: mortes naturais;- quando o médico não dá
o atestado de óbito por desconhecer a causa.
IML: todas as mortes violentas;- todas as mortes
acidentais;- todas as mortes por afogamento e
estrangulamento;- todas as mortes produzidas por
armas de fogo, objetos cortantes, queimaduras,
eletricidade;- todos os homicídios e suicídios;-
todas as mortes de suspeitas de envenenamento
Abdome Agudo
61. O prontuário médico é um conjunto de documentos
padronizados,ordenados e concisos,destinados ao
registro de todas as informações referentes aos
cuidados profissionais prestados ao paciente.
Prontuário MédicoKamillaNayaraS.Miranda
Abdome Agudo
63. “
Prontuário MédicoKamillaNayaraS.Miranda
“
(...) É vedado ao médico:
Artigo 69 do Código de Ética Médica:
Deixar de elaborar prontuário médico para cada
paciente.
Artigo 70 do Código de Ética Médica:
Negar ao paciente acesso a seu prontuário
médico,ficha clínica ou similar,bem como deixar
de dar explicações necessárias à sua
compreensão,salvo quando ocasionar riscos
para o paciente ou para terceiros.”
Abdome Agudo
64. KamillaNayaraS.Miranda
O prontuário médico de paciente falecido não deve
ser liberado diretamente aos parentes. O parecer do
CFM nº6/10 reafirma que o direito do sigilo,
garantido por lei ao paciente vivo, tem efeito
projetado para além da morte.
A liberação do prontuário de paciente falecido só
deve ocorrer :
Por decisão judicial;
Por requisição dos Conselhos de Medicina
(Federal ou Regional).
Prontuário Médico
Abdome Agudo
65. LarissaBorges
- Aprovado na I Conferência de Ética Médica, em novembro
de 1987;
- Posto em vigor pelo Conselho Federal de Medicina, em
janeiro de 1988.
- Revisto e aprovado na IV Conferência Nacional de Ética
Médica,
realizada em São Paulo, em 29 de agosto de 2009;
- Posto em vigor pelo Conselho Federal de Medicina, em 13
de abril de 2010
(Resolução CFM nº. 1.931/2009).
Código de Ética Médica
Abdome Agudo
66. LarissaBorges Código de Ética Médica
-Reafirma a vocação humanista da medicina;
- O paciente não é visto como um doente e sim na sua condição
de ser humano;
- Exaltação ao humanismo participativo. (“o alvo de toda
atenção do médico é a
saúde do ser humano..” – II Princípio)
- Assume como referencial a filosofia dos direitos humanos
Abdome Agudo
67. LarissaBorges Código de Ética Médica
Princípios fundamentais
- Inciso II
“Princípio da atenção à saúde” - O alvo de toda a
atenção do médico é a saúde do ser humano, em
benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o
melhor de sua capacidade profissional.
Abdome Agudo
68. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
“Diante da suspeita de abdome agudo, o médico
atendente decide por solicitar exames
complementares e avaliação do cirurgião de
sobreaviso.”
(Princípio Fundamental II ) O alvo de toda a atenção do médico é a
saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o
máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
(Artigo 32 ) É vedado ao médico deixar de usar todos os meios
disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente
reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente.
Abdome Agudo
69. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
“Ciente da suspeita clínica, o plantonista questiona com o
cirurgião, por telefone, o diagnóstico e a conduta cirúrgica.
Este afirma que deve ser feita uma tomografia de abdome.”
(Artigo 37) É vedado ao médico prescrever tratamento ou
outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo
em casos de urgência ou emergência e impossibilidade
comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo
imediatamente após cessar o impedimento.
Parágrafo único. O atendimento médico a distância,
nos moldes da tele medicina ou de outro método, dar-se-á
sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina.
Abdome Agudo
70. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
(Artigo 58) É vedado ao médico o exercício mercantilista da
Medicina.
(Artigo 59) É vedado ao médico oferecer ou aceitar
remuneração ou vantagens por paciente encaminhado ou
recebido, bem como por atendimentos não prestados.
Abdome Agudo
72. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
“O clínico descreve a conduta orientada no prontuário.”
(Artigo 87) É vedado ao médico deixar de elaborar
prontuário legível para cada paciente.
1º O prontuário deve conter os dados clínicos
necessários para a boa condução do caso, sendo
preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica
com data, hora, assinatura e número de registro do
médico no Conselho Regional de Medicina.
Abdome Agudo
73. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
“Como não havia radiologista no horário ( sexta-feira noturno), a
paciente aguarda cerca de 48 horas, com medicação analgésica
e antieméticos, vindo a ser reavaliada naquele momento com
sonolência, taquidispnéia e hipotensão( 80x50mmHg). Na
palpação do abdome havia sinais difusos de irritação peritoneal e
massa localizada na fossa ilíaca direita.”
(Artigo 1) É vedado ao médico causar dano ao paciente,
por ação ou omissão, caracterizável como imperícia,
imprudência ou negligência.
(Artigo 55) Deixar de informar ao substituto o quadro clínico
dos pacientes sob sua responsabilidade ao ser substituído ao
fim do seu turno de trabalho.
Abdome Agudo
74. MaylleChaves Condução Clínica do Caso
“Encaminhada ao centro cirúrgico evolui com parada
cardiorrespiratória não responsiva às manobras de reanimação.
O médico decide encaminhar o corpo ao SVO cujo laudo confirma:
abscesso periapendicular + peritonite difusa grave. A família decide
processar o hospital e pede cópia do prontuário médico. ”
Código Civil Brasileiro – Artigo186
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Abdome Agudo
75. BRUNETTI, Adriano; SCARPELINI, Sandro. Abdômen Agudo. Medicina, Ribeirão
Preto, Simpósio: CIRURGIA DE URGÊNCIA E TRAUMA. 2007; 40 (3): 348-67,
jul./set. Disponível em:
<httpwww.fmrp.usp.brrevista2007vol40n37_abdomen_agudo.pdf> Acesso em 7 de
ago. de 2010
ESTUDMED.COM® 2001. Síndromes Abdominais Agudas. Disponível em:
<http://estudmed.com.sapo.pt/trabalhos/sindromes_abdominais_agudas_1.htm>.
Acesso em: 8 ago. 2010.
MENEGHELLI, Ulysses G.. ELEMENTOS PARA O DIAGNÓSTICO DO ABDÔMEN
AGUDO. Simpósio: URGÊNCIAS E EMERGENCIAS DIGESTIVAS. 2003; 36: 283-
293, abr./dez, jul./set. Disponível em:
<http://www.reanimacao.com.br/biblioteca/a_20090803_02.pdf>. Acesso em: 18
ago. 2010.
FARIA, Ana Lucia De et al. (Org.). ABDOME AGUDO: SÍNDROMES E CAUSAS
DE CIRURGIAS EM UM. Disponível em:
<http://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewArticle/419>.
Acesso em: 25 ago. 2010.
Referências
Abdome Agudo
76. FLOCH, Martin H. (et al.). Gastroenterologia de Netter. Tradução Alexandre
Werneck, Paulo Césas Ramos Porto Mendes. Artmed, 2007. Porto Alegre.
FRANÇA, Genival Veloso de. Comentários ao Código de Ética Médica 4ª ed. /
Rio de Janeiro – RJ: Editora Guanabara Koogan, 2002.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/index.asp>. Acesso em: 25 ago.
2010.
JORNAL MEDICINA. Recomendado não liberar prontuário de falecido.
Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/JORNAL/Jornais2010/marco/pag7>. Acesso em:
22 ago. 2010
CRMSC. Manual de Orientação Ético e Disciplinar: O prontuário médico.
Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/regional/crmsc/manual/parte3b.htm>. Acesso em:
22 ago. 2010.
AGUIAR FARINA. Prontuário Médico. Disponível em:
<http://www.advsaude.com.br/noticias.php?local=1&nid=726>. Acesso em: 22 ago.
2010.
Referências
Abdome Agudo
77. <http://discovermagazine.com/2008/jan/function-of-appendix-explained> (Evolution Of
The Human Appendix: A Biological 'Remnant' No More Evolução do apêndice
humano: um biológico 'Remnant "No More )
<http://www.innominatesociety.com/Articles/History%20of%20Appendicitis.htm>
(History of Appendicitis Vermiformis Its diseases and treatment. By
Arthur C. McCarty, M.D.
Professor of Medicine
University of Louisville 1927
Presented to the Innominate Society)
http://super.abril.com.br/saude/serve-apendice-447828.shtml
Artigo: Apendicite Aguda, Roberto G. de Freitas, Marcos B. Pitombo,Maria Cristina
A. Maya, Paulo Roberto F. Leal. Junho 2009.
<http://www.lampada.uerj.br/revistahupe/images/revista/Ano8_JanJun2009/artigo
_3.pdf>
www.answersingenesis.org/tj/v3/i1/appendix.asp
Referências
Abdome Agudo
78. Referências
Abdome Agudo
BRUNICARDI, F. Charles (et.al)
Schwartz’s Principles of SURGERY, 8ª edition, 2004.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomía Humana, 2A edición. Editora Masson,
S.A. Canada, 1999.
SOUBA (et.al), ACS SURGERY: Principles e Practice, 6th edition, 2007.
SABISTON, Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical
Practice, 17th edition, Ed. Elsevier Saunders, 2004.
REFERÊNCIA DO RAIOS -X
Disponível em: <http://www.medstudents.com.br/cirur/cirur6/cirur6.htm>
Acesso em 20 de agosto de 2010
Wecker, Jonas Edison. Aula de Anatomia. Disponível em:
<http://www.auladeanatomia.com/generalidades/quadrantes.htm> Acesso
em 26 de agosto de 2010.