O documento apresenta uma revista acadêmica produzida por alunos do ensino médio. A revista contém artigos sobre diversos temas como literatura capixaba, dicas de leitura, influência da imigração no Espírito Santo, mudanças ortográficas, meio ambiente e participação feminina no Brasil.
3. Editorial...
Quando falamos em “início”, nos vem à cabeça a ideia de ino-
vação, que é de certa forma um desafio e por ser algo novo e des-
conhecido, requer muitos esforços para se alcançar o objetivo es-
perado.
O projeto “Revista Acadêmica”, um trabalho inédito na esco-
la, proposto inicialmente pelo professor de Língua Portuguesa,
chamou a atenção de todos, tanto é que professores de outras
disciplinas também se interessaram em participar, para assim
formar uma revista interdisciplinar.
Assim decidido, os alunos da 3ª série do ensino médio da
EEEFM “Dylio Penedo” foram organizados em três grupos,
sendo cada grupo responsável por uma área e cada área por re-
tratar temáticas referentes às respectivas disciplinas. Como nos-
sa revista é aberta a opiniões, decidimos nomeá-la como OPI-
NATIVA, a sua revista de opinião sempre ativa.
Foram muitos os dias de pesquisa e criação; cada detalhe foi
elaborado com muito carinho e clareza, para que você, leitor,
possa usufruir da qualidade do material e de tanta dedicação.
E para que fique informado, um dos vários assuntos que se-
rão abordados são os impactos ambientais, sérios problemas en-
contrados em nosso planeta. Você irá adquirir maior conheci-
mento sobre algumas das suas causas e possíveis alternativas pa-
ra diminuição do problema.
Não deixe de conferir esse e outros assuntos e temas, pois só
assim terá a certeza de que tudo foi feito com dedicação total,
especialmente para você.
Boa Leitura!
4. Índice...
A Escola e a Prática da Leitura ... 06
Literatura Capixaba ... 07
Dicas de Leitura ... 08
A influência da Imigração no ES ... 09
A influência do Inglês no Brasil ... 11
O Bilinguismo Emergente ... 11
Onde estão as aulas de Espanhol? ... 13
Mudanças Ortográficas ... 13
ENEM e Dicas ... 16
Poema da Saudade ... 19
O planeta pede Socorro ... 22
Combustíveis Fósseis ... 23
Nosso Corpo e o Ciclo do Carbono ... 24
Saiba Mais ... 25
Uma descoberta Fantástica ... 27
Pense Bem ... 28
Calculadora: Benefício ou Malefício? ... 30
Desafios ... 31
Como você Ama ... 34
Recursos Naturais ... 35
Participação Feminina no Brasil ... 36
Do outro lado do mundo ... 37
Barbárie sem fim ... 37
Lei é Lei ... 37
A influência da Mídia e a Era Dilma ... 38
5. 3º V01
“DYLIO PENEDO”
NESTA
LINGUAGENS
ÁREA:
E X E M P L A R 1 , E D I Ç Ã O 1 2 0 1 1
A ESCOLA E A
PRÁTICA DA 6
LEITURA
FIQUE ATENTO!
LITERATURA
CAPIXABA 7
EXISTE?
DICAS DE
8
LEITURA
A INFLUÊNCIA
DA IMIGRAÇÃO 9
NO ES
FIQUE LIGADO! 11
A INFLUÊNCIA
DO INGLÊS NO 11
BRASIL
O BILINGUISMO
11
EMERGENTE
ONDE ESTÃO AS
AULAS DE 13
ESPANHOL?
MUDANÇAS
13
ORTOGRÁFICAS
ENTREVISTA 15
ENEM E DICAS 16
ENQUETE 17
POEMA DA
SAUDADE
19
MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS...
6. PÁGINA 6
A ESCOLA E A PRÁTICA DA LEITURA
A intensificação das
avaliações educaci-
onais externas em larga
lhos.
Para muitos, a escola
erra por tratar a leitura
gica inovadora no campo
da leitura e, consequente-
mente, o baixo desempe-
escala no Brasil e no Esta- como algo secundário ou nho verificado nas avalia-
do tem revelado, em al- como pretexto para a ções sistêmicas.
guns casos, resultados abordagem de aspectos Neste sentido, enquanto
muito aquém do esperado meramente gramaticais, não conseguirmos fazer
para as séries avaliadas. em vez de criar momentos com que nossos alunos
No tocante ao baixo de- e situações prazerosas de leiam por prazer, acho
sempenho de muitas esco- leitura. Outra prática co- válido que eles sejam sub-
las nos testes de leitura, mumente citada por espe- metidos a leituras obriga-
cabe um questionamento: cialistas no sentido de tórias, atividade que pode
por que muitos alunos, no mostrar a ineficiência da se mostrar bastante positi-
último ano do ensino fun- escola quanto ao incentivo va se consideradas as inú-
damental ou já no ensino da leitura é que na educa- meras possibilidades de
médio apresentam dificul- ção básica, especialmente exploração do texto literá-
dades que incluem até a nas séries finais do ensino rio, dada a diversidade de
identificação de informa- fundamental e no ensino textos e o estabelecimen-
ções explícitas num texto? médio, a leitura geralmen- to de relações intertextu-
As respostas a tal questi- te se limita à disciplina de ais com outras linguagens
onamento certamente Língua Portuguesa, que como a música, o cinema,
devem levar em conta o por sua vez, prioriza mo- a dança e o teatro, por
papel da escola na forma- mentos estanques por exemplo. Em entrevista
"A leitura, como ção do leitor. Estudos indi- meio da leitura obrigatória concedida à última publica-
cam que o hábito de ler é de determinadas obras da ção de Na Ponta do Lápis
a comida, não algo que se estabelece até tradição literária. – Olimpíada de Língua
os 16 anos de idade. Embora reconheçamos Portuguesa - Escrevendo o
alimenta senão Considerando o ingresso que o hábito de ler deva Futuro, o professor Antô-
digerida." da criança no ensino fun- ser estimulado o mais ce- nio Augusto Gomes Batis-
damental por volta dos 6 do possível e de forma ta afirma que “uma pesqui-
anos, o que a escola (não) prazerosa, buscando a sa recente, em regiões
(Marquês de tem feito para desenvolver formação de um leitor metropolitanas, mostrou
Maricá) no aluno o gosto pela lei- autônomo, também não que para boa parte dos
tura? podemos descartar a im- jovens entrevistados, que
Antes de responder a tal portância da atividade de estavam na escola, o pro-
indagação, é preciso desta- leitura, ainda que em cará- fessor não havia indicado a
car que não se deveria ter obrigatório, sob o ris- leitura literária. Isso é um
imputar unicamente à es- co de os alunos não lerem, fenômeno recorrente, que
cola a responsabilidade ou já que não tendo o hábito diminui a chance de apro-
a culpa pela formação ou de ler, dificilmente se ximar os alunos da litera-
não do hábito de ler. Por constituirão leitores. tura”. Batista afirma ainda
outro lado, por uma série Há de se considerar ain- que esse fenômeno tende
de fatores, não se pode da que, apesar de tantas a crescer com a substitui-
esperar muito das famílias discussões quanto ao cur- ção dos vestibulares pelo
quanto ao desenvolvimen- rículo escolar, ainda impe- ENEM, por muitas univer-
to do gosto pela leitura, ra uma visão tradicional de sidades brasileiras, uma
uma vez que, tradicional- currículo, marcada pela vez que a leitura de deter-
mente, o incentivo à leitu- valorização de longas listas minadas obras literárias
ra não é uma prática co- de conteúdos, além de deixa de ser explicitamen-
mum na maioria das famí- uma formação deficiente te cobrada.
lias brasileiras, que geral- dos professores em sua Exemplos de exploração
mente delegam à escola a formação inicial, nos cur- significativa do texto literá-
tarefa de educação e sos de licenciatura, o que rio a partir do contato
“leiturização” de seus fi- dificulta uma ação pedagó- com outras linguagens
OPINATIVA
7. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 7
podem ser observados na prá- Educação, envolve todos os médio desta escola, possibili-
tica de muitas instituições de alunos do ensino fundamental tando-lhes melhores condições
ensino. Na EEEFM Dylio Pene- e médio regular da escola, de estabelecer as primeiras
do, por exemplo, há anos os envolvendo ainda a comunida- ligações entre o período pré-
professores de Língua Portu- de extra escolar. modernista e modernista da
guesa, inicialmente, promove- Por falar em obrigatoriedade literatura brasileira, além de os
ram um maior contato do alu- de leitura, os livros Karina auxiliarem na produção da
no com a literatura por meio (Virgínia Tamanini), Canaã primeira edição desta revista,
da realização de saraus literá- (Graça Aranha), Perto do co- e, o mais importante, sem
rios. A partir de sua receptivi- ração selvagem (Clarice Lis- traumas.
dade positiva junto aos alunos, pector), Cap ão pecado
já foram realizadas 7 edições (Ferréz) e Cidade de Deus
da Semana Literária, um even- (Paulo Lins) foram lidos e Por Jocimar Roberto
to que, indo além do Festival apresentados durante o segun- Rosa
de Leitura, atualmente previsto do trimestre letivo pelos alu-
pela Secretaria de Estado da nos da terceira série do ensino
“É melhor
LITERATURA CAPIXABA EXISTE? ser poça no
deserto do
L iteratura Capixaba exis- me tomavam a atenção. assunto mais descobri obras e que lago no
te? Durante muito tem- Mas aí apareceu Elisa Lucinda autores interessantes.
po da minha vida escolar acre- no cenário nacional, com seus Como professora, acredito Rio”
ditei que não. Que o capixaba poemas; também com aquele ser possível e necessário que
só lia os clássicos da Literatura jeito dócil e singelo de escre- se invista mais neste tipo de
Brasileira e os admirava, assim ver. Então Literatura Capixaba obra em nossas escolas, princi-
como fazem com os times de existe! Era pouco. Mas eis que palmente para que nós, da
futebol do Rio de Janeiro. Mas, surge Viviane Mosé, que me terrinha, possamos acreditar
será que eu estava certa? Será encantou, pois transforma na nossa criatividade e inventi-
que nós somos realmente um Filosofia em poesia – achei vidade.
povo sem literatura? Vivemos lindo – adoro poesia e amo
à sombra dos outros “cultos”? Filosofia. E aí constatei, Litera-
Mas uma obra literária apa- tura Capixaba existe; pelo me- Por Marilene Mai
receu em meu mundo escolar, nos para mim. E a
já como professora, apresenta- meu ver está bem viva
da por um colega, professor e tem um jeito de ser,
de Língua Portuguesa – Karina simples, dócil e cotidi-
de Virgínia Tamanini. Encantei- ano.
me com a forma leve como E resolvi buscar
era retratada a saga do imi- informações na rede –
grante italiano em terras capi- pescar meu peixe
xabas. Aí, pensei! Literatura literário – e me depa-
Capixaba existe? Ou é apenas rei com o grupo Le-
um ponto perdido no emara- tra, criado em 1987, e
nhado mundo das letras brasi- que afirmava que era
leiras? Mas acabei parando possível ter Literatura
nesta indagação, pois nada de Capixaba, pois: “É
novo apareceu no meu cenário melhor ser poça no
literário e também não me deserto do que lago
interessei mais pelo assunto; no Rio”. E quanto
tinha outros interesses, que mais eu lia sobre o
8. PÁGINA 8
DICAS DE LEITURA:
CANAÃ
A obra Canaã, escri-
ta por Graça Ara-
nha, é considerada o mar-
futuro do Brasil e na força
regeneradora do amor
universal. Por outro lado
retrata a influência da imi-
gração alemã no Estado,
tendo como característica
co inicial do pré - Lentz é um adepto das marcante a descrição de
modernismo no Brasil, teorias racistas; para ele, como os imigrantes ale-
tendo como tema central os brasileiros, por serem mães se estabeleceram e
os debates entre dois co- mestiços, estão condena- criaram colônias. Canaã é
lonos alemães que se esta- dos á dominação por parte uma das mais importantes
beleceram no Espírito San- de raças “superiores”. obras da literatura capixa-
to: Milkau e Lentz. O romance se passa em ba.
Milkau representa o oti- Porto do Cachoeiro, atual-
mismo, a confiança no mente Santa Leopoldina,
"A leitura não PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
O
deve ser mais do romance Perto do dela uma pessoa fria e ego- renciava do que era co-
Coração Selvagem, ísta. mum na época, sendo con-
que um de Clarice Lispector, tem Ao escrever esta obra siderado único e pessoal,
como personagem princi- modernista Clarice Lispec- pois dispensava influências
exercício para pal Joana, uma jovem que tor valoriza a introspecção de outros estilos literários
sofreu as consequências de psicológica, dando ênfase á atuando no momento em
nos obrigar a um passado turbulento. A consciência e aos senti- que o livro foi escrito,
morte de sua mãe quando mentos da personagem fugindo das técnicas tradi-
criança e o desprezo de principal, realizando uma cionais e criando um mo-
pensar."
seus tios, que a deixaram analise introspectiva. O delo de escri-
em um internato, fizeram estilo da escritora se dife- ta próprio.
(Edward
Gibbon)
CAPÃO PECADO
C apão Pecado
é uma obra
da literatura margi-
literatura é expor o que
fica à margem da socieda-
de.
A obra possui inúmeros
aspectos que a tornam
similar a obras naturalistas,
nal, de autoria de O livro conta a história pois tem como forte ca-
Reginaldo Ferreira de Rael, um menino que racterística a crítica social
da Silva ou sim- sonhava em ser escritor, e e a exposição de ideias
plesmente Ferréz, sintetiza uma escrita crua com muita verdade, e tam-
que estreou como que caracteriza, através de bém atinge públicos que
escritor retratan- personagens com histórias vão da classe média alta à
do a realidade na bem cotidianas, a morte, a moradores que vivem na
periferia, pois o violência e o consumo de periferia.
papel deste tipo de drogas.
OPINATIVA
9. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 9
KARINA
obra modernista, de Virginia com seus amigos em busca de
G. Tamanini, uma legítima des- ouro, que outrora fora prome-
cendente de italiano, na qual tido por Pietro Tabachi. Po-
ao descrever a obra retrata a rém ao chegarem ao ES depa-
saga dos imigrantes italianos. ram com outra realidade, ten-
A história é narrada por do que trabalhar muito para
Karina, que apesar do medo e garantir a sobrevivência, e lu-
o sofrimento desde sua saída tando para superar perdas
da Itália até a sua estabilidade dolorosas de entes queridos.
no ES, faz de tudo para ultra- Mas, tudo isso não foi em
passar os obstáculos e intem- vão, pois, todos, tanto os imi-
péries, guardando seus sofri- grantes, quanto os seus filhos,
mentos, escondendo suas lá- tornaram-se cidadãos brasilei-
grimas e rindo de si mesma. ros.
O livro Karina é uma
obra da Literatura ca-
pixaba; é considerada uma
Karina é casada com seu
primo Arthuro, e
decidem vir junto
“A leitura
Vista atual da casa onde viveu Virgí-
engrandece
nia Tamanini, Serra do Canaã (julho a alma.”
de 2006) Voltaire
Fonte: www.davincivix.com.br
A INFLUÊNCIA DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ E ITALIANA NO ES
O Espírito Santo sempre
foi uma das mais po-
bres províncias do Império, e
Intendente esta colônia foi
denominada colônia Viana,
resultando então em um muni-
capixaba.
Em 1847 fundaram a colônia
de Santa Isabel, às margens do
apesar de algumas iniciativas cípio, que até os dias de hoje Rio Jucu, com 163 colonos
visando seu desenvolvimento, compõe a grande Vitória. Ape- originários da Prússia. Em 1856
tais como a navegação do Rio sar destas iniciativas, nossa fundaram a colônia de Santa
Doce, construção de estradas Província, com poucos habi- Leopoldina, às margens do Rio
ligando o norte da Província a tantes e pequena produção Santa Maria da Vitória, com
Minas Gerais e outras, ainda agrícola, não perdia a tal con- 140 colonos suíços. No ano
continuava na pobreza. dição. Mas alguns políticos e seguinte ali chegaram mais 222
Aproveitando da experiência autoridades já vinham defen- colonos alemães e luxembur-
satisfatória de outros governa- dendo que o progresso viria guenses. No ano de 1860, es-
dores, o Governador Francis- com a introdução de imigran- sas colônias foram visitadas
co Rubin solicitou ao Inten- tes para colonizar a imensa pelo Imperador D. Pedro II,
dente Geral de Polícia, Sr. Pau- área de seu território, ainda de quando de passagem pelo Espí-
lo Viana, a criação de uma co- propriedade do Império. rito Santo.
lônia de Imigrante, que em Durante o Governo Imperial No ano de 1870 a colônia de
1813, foi instalada às margens e por alguns anos após a Pro- Santa Leopoldina foi subdividi-
do Rio Santo Agostinho com clamação da República, uma da nos núcleos de Porto de
várias famílias de açorianos. série de colônias e núcleos Cachoeiro, Timbuí e Santa
Em homenagem ao referido foram criados no território Cruz. Timbuí deu origem a
10. PÁGINA 10
começaram a chegar a Vitória e então rumavam
partir do ano de 1875, para a colônia de Santa
constituídos de campone- Leopoldina e com a baga-
ses pobres originários de gem às costas e crianças
várias províncias da Lom- no colo- muitas delas
bardia e do Veneto, regi- “borradas”- procuravam
ões densamente povoadas um córrego ou rio para
e pobres do norte da Itá- lavá-las. Sem ter o que
lia. comer e como alimentar
Essas “criaturas” imi- as crianças, seguiam seus
grantes iniciavam suas sa- destinos até chegarem às
gas deixando suas comuni- novas e sonhadas terras.
dades a pé ou em carroças Em 1906, a empresa
até a estação de trem mais Estrada de Ferro Vitória a
próxima carregando suas Minas já havia construído a
bagagens e tão somente o ferrovia de Vitória a Cola-
que podia ser transporta- tina, com as várias esta-
Santa Teresa e Santa Cruz do por eles próprios, pois ções de parada, entre elas
Imigrantes Italianos
a Pau Gigante, hoje Ibiraçu não tinham ajuda para este Ibiraçu, Cavalinhos, Acioli,
no ES.
e João Neiva. A colônia objetivo e daí com destino Baunilha, Barbados (região
de Santa Leopoldina tinha ao Porto de Gênova, em- insalubre, onde muitos
um comércio maior do barcando no navio para italianos perderam a vida
que a da Capital, Vitória, e, nunca mais voltar às suas na construção desta ferro-
o grande responsável por origens. Viajavam de ter- via) e Colatina. Desde en-
este sucesso foi o Rio San- ceira classe, em navios tão, a “italianada” deixou
ta Maria da Vitória, que super lotados, mal cheiro- de fazer esses percursos a
permitia a navegação. sos e pouquíssima higiene, pé ou a cavalo, para fazê-
Com o objetivo de am- ocorrendo partos e mor- los de trem. Porém, outras
pliar a colonização da regi- tes. Os mortos, para de- dificuldades seguiam, ou
ão do Rio Doce, nos anos sespero de seus familiares, seja, a distância entre o
de 1887, 1888, 1889 e eram jogados ao mar, além assentamento e o comér-
1891, foram criados vários de ser comum a escassez cio, o transporte, pois este
núcleos e sub-núcleos tais da alimentação e da água. era feito nas costas ou em
como: Acioli de Vasconce- Estas viagens duravam, muares (burros), a quase
los e sub-núcleo de Rio conforme a capacidade dos inexistência de assistência
Ubás com sede às margens navios, de trinta a sessenta médica, levando-os ao uso
do Rio Pau Gigante, Antô- dias. medicinal de chás; a ali-
nio Prado, com sede na Estes passageiros faziam mentação estava restrita às
confluência do Rio Mutum escala no porto de Santos, suas colheitas. Enfim, as
com Santa Maria do Rio em São Paulo, Rio de Ja- duas ou três décadas após
Doce, atual município de neiro, Benevente o assentamento foram
Colatina, e Demétrio Ri- (Anchieta) onde desem- repletas de sacrifícios, difi-
beiro, nas divisas do Rio barcavam os imigrantes culdades, privações de
Doce com Pira- com destino à Colônia todo os tipos, porém, os
queaçu. Foram Castelo e navegando pelo imigrantes tiveram impor-
criadas ainda as Rio Benevente chegavam tante papel no desenvolvi-
colôn ias de ao seu destino em Pirati- mento de nossa Província,
Afonso Pena, ninga, e Vitória, onde fica- especialmente na região
Afonso Cláudio, va o restante dos passagei- Norte e Centro Norte do
Alfredo Chaves, ros; acomodavam-se no Estado.
Castelo, Nova alojamento dos imigrantes,
Venécia e Águia na ilha da pedra d´água, ali POR
Branca. permanecendo até recebe- A influência da imigração
Os imigrantes rem o destino final. Uns
alemã e italiana no Espíri-
italianos, que embarcavam em vapores
para cá vieram menores para o porto de
to Santo.
subsidiados pele Santa Cruz, outros de ca- José Oswaldo Zuccolotto,
política de bran- noas pela baía de Vitória 74 anos, Metalúrgico apo-
Imigrantes Alemães no queamento daquele país, até o Rio Santa Maria da sentado.
ES.
OPINATIVA
11. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 11
FIQUE LIGADO!
A Escola EEEFM Dylio
Penedo, estará reali-
zando no mês de Outubro o
alunos estarão desenvolvendo
atividades referentes à Litera-
tura.
danças, musicais, poemas, en-
tre outros. Não Perca!
Festival de Leitura, o qual os Serão apresentados teatros,
A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA INGLESA NA CULTURA BRASILEIRA
A Língua Inglesa é de
extrema importância
nos dias de hoje, pois ela é o
do-se através do Rock and
rool, blues, country, jazz, pop,
hip hop. Estes são alguns dos
Star e Element para vender
seus produtos, que de forma
direta interferem na moda “A palavra é
principal idioma do mundo. O famosos estilos musicais inter- brasileira.
inglês exerce uma grande influ- nacionais, que muitas das vezes Assim, entendemos que o o meu
encia na cultura de muitos substituem a boa música brasi- grande responsável pelo pres-
domínio
países, entre eles, o Brasil. leira. tígio da Língua inglesa no Brasil
Diariamente convivemos com Além disso, não podemos é a globalização, que movimen- sobre o
inúmeras palavras em inglês, esquecer o famoso “Fast Fo- ta o mundo dos negócios.
como: Jeans, lan house, pendri- od”, que é a comida rápida dos Todavia, vale ressaltar que a mundo.”
ve, notebook, web site, Win- americanos, que por falta de influencia da língua Inglesa
Clarice
dows, Word, download, fast tempo é adotada por muitos sempre esteve presente em
food, e-mail, Messenger, hot brasileiros que vivem nas gran- nossa cultura, um exemplo Lispector
dog, milkshake, light, show, des cidades. claro disto é o texto: O Bilin-
design, entre outros. A influência americana é tão guismo de Rachel de Queiroz..
No Brasil a influência da cul- grande, que as grandes empre-
tura americana está presente sas brasileiras utilizam as mar-
até mesmo na música, revelan- cas como: Nike, Adidas, All
O BILINGUISMO EMERGENTE
A gente já prevê que o
nosso próximo passo
será oficializar o inglês como
(perdoem o neologismo) não
nos tenha chegado, já não digo
por meio erudito, mas pelo
lojas, de restaurantes, qualquer
boteco de praia; até barraca
de coco verde, arranjam nome
língua do Brasil, com estatuto menos por oralidade conse- com gosto ou cheiro de inglês.
paralelo ao do Português. E quente; o que recebemos é a Engraçado que essa voga
não é rabugice de velha escri- gíria do show business. (é proi- frenética da língua dos ameri-
ba, é constatação fria e basea- bido falar “espetáculo”) da canos (porque o inglês, propri-
da nos fatos. publicidade desenfreada. E, amente dito, não terá nada a
Pena é que essa bilinguidade pior que tudo, os nomes de ver com isso) não nos veio
12. PÁGINA 12
diretamente quando os para o vestibular das uni- de brasileiros. (A expres-
americanos ganha- versidades. Havia, nesse são não é minha, li essa
ram as guerras- a tempo, aliás, muito poucas queixa no colunista de um
quente e a fria-, se universidades no país. No jornaleco de lá.) E pode
fizeram donos do Ceará, me lembro só tí- ser ofensivo, mas é verda-
mundo. Não, a inva- nhamos Faculdades de de a corrida nacional para
são tomou vulto Direito, Farmácia, Agrono- Miami não dá para nos
posteriormente, de mia. Medicina se ia estudar envaidecer. Basta lembrar
alguns anos para cá. na Bahia; Engenharia, no que uma das figuras proe-
Parece até uma epi- Rio. minentes dessa emigração
demia: Você abre A difusão popular do é o ex-presidente Collor,
um jornal, na pagina inglês começou realmente após o impeachment (viu,
que outrora se cha- entre nós no tempo da até eu também já estou
Raquel de Queiroz mava “diversões” ou guerra, com os soldados dizendo impedimento em
“espetáculos”, hoje tudo é americanos estacionados inglês!), e a sua turma mais
incluído na expressão na suas bases em territó- chegada, que lá foram se
“show”. Trate-se de espe- rio brasileiro; e as princi- consolar, lamber as feridas.
táculo de música popular, pais difusoras da língua E se o fenômeno não
de cantor lírico, de dança- estrangeira eram as namo- tem volta, se é irremediá-
rinos, até mesmo de tea- radas dos pracinhas ian- vel, agente poderia ao me-
tro a sério- tudo é ques, as chamadas “coca- nos pedir ao céu que ele
“show”. Os cantores po- colas”. mudasse um pouco de
pulares, até os caipiras, Mas, claro, o maior difu- direção. Em vez de termos
arranjam um jeitinho de se sor não é soldado nem a nossa capital cultural do
"Quem não lê não batizarem no que supõe namorada- é, acima de exterior localizada em
que é o inglês. Não cito tudo, a publicidade. O pior Miami e arredores por que
pensa, e quem
nomes porque não quero é que a publicidade brasi- não em Nova York? Mas
não pensa será ofender ninguém, só quero leira assumiu indiscrimina- os nossos socialites (mais
mesmo reclamar. damente a moda, e você inglês) e os emergentes
para sempre um
Quando eu era menina- pode estar vendendo um em geral detestam Nova
servo." e já faz tempo- a língua brim tecido em São Paulo York (ou Novaiorque,
francesa ainda tinha muito e ele será chamado como eles dizem). Lá, a
( Paulo Francis ) prestigio social; não havia “jeans”, um sorvete é “ice vida é mais cara a cidade é
moça educada, cavalheiro - qualquer coisa”.Quase imensa, as pessoas se per-
de fino de trato, que não todos os produtores do dem na anominidade, não
falasse o seu pouquinho ou mercado, as loterias, os saem em noticiário dos
o seu muito de Francês. projetos imobiliários, tudo jornais brasileiros, e tam-
Inglês era luxo raro, só tem nome em suposto bém lá não tem quem fale
para eruditos. Com o fim inglês. No menu dos res- português, nem ao menos
da primeira grande guerra, taurantes (aliás, ninguém quem entenda o nosso
que os americanos ajuda- diz mais menu) os pratos tipo de “inglês”.
ram a ganhar, o inglês foi são quase todos americani- O mal é sem remédio, ai
aparecendo timidamente. zados, do hot dog ao de nós. Ou “hélas”, como
Mas, não estava no currí- steak. Até os pratos de se dizia no tempo em que
culo obrigatório das nor- massas italianas são servi- o francês era chique. Em
malistas, e não sei se, na dos na versão anglicizada. miamês não sei como é.
época em que os rapazes E a coisa piorou muito
faziam os “preparatórios”, depois que passamos a ser Raquel de
o inglês era obrigatoria- colonizados por Miami; e
mente exigido ou se era ou, antes, depois que Mia- Queiroz
alternativo ao Francês, mi desandou a se infestar
OPINATIVA
13. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 13
ONDE ESTÃO AS AULAS DE ESPANHOL?
Sendo assim, as escolas têm onde a carga horária é menor,
conseguido cumprir a lei? oferecendo aos profissionais
Em muitos casos não! Na graduados em Letras Cursos
rede publica estadual do Espí- complementares em convênio
rito Santo, por exemplo, algu- com as universidades no senti-
mas escolas têm substituído as do de habilitar tais profissio-
aulas de Espanhol por algum nais para ministrarem a língua
tipo de projeto. Todavia a car- espanhola.
D e acordo com a lei n°
11.161, sancionada
em 2005, pelo presidente Luís
ga horária, que é destinado às
aulas de Espanhol, está sendo
cumprida, mas a lei não.
Outra sugestão seria a inclu-
são do espanhol desde as seri-
es finais do ensino fundamen-
Inácio Lula da Silva, o ensino Além disso, o aluno acaba tal, o que atrairia os professo-
da língua espanhola é obrigató- sendo prejudicado no Exame res, em função de uma maior
rio e deve ser implementada Nacional do Ensino Médio carga horária.
na matriz curricular de cada (ENEM), já que na hora de Desta maneira, os alunos
“O ensino da
colégio- público ou particular, escolher o idioma a maioria teriam um bom resultado e
no ensino médio. opta pelo Espanhol, devido à aprenderiam este idioma, o língua
Mas, infelizmente essa não é facilidade de compreensão, se qual ajudaria na hora do
a realidade de muitas escolas, comparado ao Inglês, que por ENEM, além de proporcionar a espanhola é
devido á falta de professores sua vez oferece apenas um oportunidade de comunicação
obrigatório”
de espanhol. O ministério da conhecimento básico. com mais de 450 milhões de
educação alega que o déficit de A secretaria de Estado da pessoas no mundo que falam
profissionais nesta área é mui- Educação deveria auxiliar as Espanhol, podendo assim co-
to grande. escolas de pequeno porte, nhecer outras culturas.
MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS
1. Quais as diferenças plo, a palavra econômico guês auxiliará a in-
básicas da ortografia usada (escrita brasileira) é escrita e serção dos países
no Brasil e em Portugal? lida económico em Portugal. que falam a língua
Existem duas ortografias na comunidade das
oficiais da língua portuguesa: a 2. Quantos e quais países nações desenvolvi-
do Brasil e de Portugal. A nor- falam português? das, pois algumas
ma portuguesa é a que serve A Comunidade dos Países de publicações deixam
de referência para o ensino de Língua Portuguesa (CPLP) é de circular interna-
composta por oito países: Bra-
português em outros países. O cionalmente porque
sil, Portugal, Angola, Moçambi-
vocabulário português contém que, Cabo Verde, Guiné- dependem de
palavras escritas com consoan- Bissau, São Tomé e Príncipe e "versão". Um dos
t es mu das, c o- Timor Leste. principais problemas que as
mo Egipto e objecto. Em outras, novas regras vão acarretar, no
como indemnizar e facto, as 3. A unificação pode tra- entanto, será o custo da reim-
consoantes "a mais" são pro- zer benefícios para a eco- pressão de livros.
nunciadas. Além disso, nas nomia dos países que fa-
sílabas tônicas seguidas de m e lam português? 4. Por que é preciso pa-
n, o som é aberto. Por exem- Uma vez unificado, o portu- dronizar o português?
14. PÁGINA 14
O português, segundo 6. Quais foram as alguns países, como Portu-
estudos, é a quinta língua reformas na língua por- gal, em ratificar o acordo.
mais falada no mundo – tuguesa anteriormen- Até julho de 2004, era
cerca de 210 milhões de te? preciso que todos os paí-
pessoas – e tem duas grafi- Já foram feitos três acor- ses membros da CPLP
as oficiais, o que dificulta o dos oficiais, aprovados ratificassem as novas nor-
estabelecimento da língua pelos países falantes: o de mas. Um acordo feito nes-
como um dos idiomas ofi- 1943, o de 1971 e o que sa data estabeleceu que
ciais da Organização das vai vigorar a partir de bastaria a ratificação por
Nações Unidas (ONU). A 2009. parte de três países. Em
ortografia-padrão facilitará 1995, o Brasil efetivou sua
o intercâmbio cultural 7. O que elas muda- ratificação, seguido de
entre os países que falam ram de essencial na Cabo Verde, em fevereiro
português. Livros, inclusive ortografia? de 2006, e São Tomé e
os científicos, e materiais A mudança mais impor- Príncipe, em dezembro.
didáticos poderão circular tante antes da aprovada Portugal ainda precisa
livremente entre os países, em 1990 (e que vai vigorar adaptar sua legislação às
sem necessidade de revi- a partir de 2009) foi a de novas regras. Enquanto as
são, como já acontece em 1971. Nesse acordo foi mudanças afetarão 0,45%
países que falam estipulada a eliminação do das palavras brasileiras,
Espanhol. Além disso, trema nos hiatos átonos, Portugal sofrerá alterações
haverá padronização do bem como a do acento em 1,6% de seu vocabulá-
ensino de português ao
circunflexo diferencial nas rio. Os portugueses deixa-
redor do mundo.
letras "e" e "o" da sílaba rão, por exemplo, de es-
“As palavras em tônica das palavras homó- crever húmido e escreve-
5. O que é necessário
Língua Portuguesa para que ocorram mu- grafas, de significados dife- rão úmido, como os brasi-
danças na língua portu- rentes, mas com a mesma leiros.
são acentuadas de grafia, além da extinção do
guesa?
acordo com É preciso que o projeto acento circunflexo e do 9. As mudanças serão
com as novas regras seja grave em palavras termina- apenas gráficas ou vão
regras” das com "mente" e "z". alterar a pronúncia?
aprovado pelos oitos paí-
ses da CPLP e que pelo Com a reforma, ele passou As mudanças serão ape-
menos três deles ratifi- a ser escrito ele, sómente, nas na ortografia, perma-
quem as mudanças em seu somente e bebêzinho, bebe- necem as pronúncias típi-
território. Assim que as zinho. cas de cada país.
novas regras forem incor-
poradas ao idioma, inicia- 8. O acordo para uni- FONTE: http://
se o período de transição, ficação foi proposto em veja.abril.com.br/idade/
no qual os materiais didáti- 1990. Por que só foi exclusivo/
cos serão adequados às aprovado agora? perguntas_respostas/
mudanças. A principal causa da de- reforma_ortografica/
mora é a relutância de index.shtml
OPINATIVA
15. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 15
ENTREVISTA
E ntrevista feita ao
professor de Língua
Portuguesa Jocimar Ro-
vados deles, o fim do acento
circunflexo nos hiatos ee e oo
das paroxítonas, etc.
mento de tal mudança. Outras,
como alunos, professores e
profissionais que usem diaria-
berto Rosa mente a língua, sobretudo na
Que mudanças ela trou- modalidade escrita, como ins-
Você acha que foi mes- xe para o seu cotidiano? trumento de estudo e traba-
mo importante a mudança Além de ser usuário da lín- lho, apresentam maior preocu-
ortográfica ? gua, sou professor de Língua pação com as mudanças, espe-
A mudança ortográfica teve Portuguesa, o que significa que cialmente no que diz respeito
pouca repercussão no cotidia- preciso conhecer as mudanças à acentuação gráfica.
no da maioria das pessoas que ocorridas, pois, num primeiro
utilizam a língua portuguesa, momento, cabe a nós profes- As mudanças são apenas
especialmente no Brasil, onde sores, ajudar alunos e outras ortográficas ou vão alterar "A leitura de
apenas 0,5% das palavras sofre- pessoas a entenderem as prin- a pronúncia?
ram alteração. Por outro lado, cipais mudanças. Na prática, A reforma não tem a inten- um bom livro
a unificação da língua facilita a tais mudanças são mais perce- ção de mudar a pronúncia de
elaboração de documentos bidas na questão da acentua- milhões de falantes da língua é um diálogo
oficiais de circulação internaci- ção gráfica e na grafia de algu- em nenhum dos países em que
onal, evitando, por exemplo, mas palavras em função da se fala o português. Isso expli- incessante: o
que um mesmo texto precise ocorrência ou não do hífen. ca, por exemplo, a possibilida-
ser redigido de diferentes ma- de de se grafar fenômeno/ livro fala e a
neiras para se adequar ao por- Você acha que muitas fenômeno, conforme seja a
tuguês do Brasil e ao de Portu- pessoas já se adaptaram às pronúncia fechada ou aberta. alma
gal, como ocorria antes. Em novas regras? Assim, fica evidente que a re-
algumas situações, a mudança Apesar da divulgação da forma respeita as pronúncias responde."
só normatizou o que vinha reforma ortográfica em dife- diferentes, resultado de varia-
(André
ocorrendo, como a extinção rentes meios de comunicação, ções linguísticas regionais.
do trema em palavras que não é certo que muitos usuários da Maurois)
sejam nomes próprios ou deri- língua não tenham conheci-
CHARGE
CONTINUA...
16. PÁGINA 16
“O Enem é
utilizado como
ENEM
critério de seleção
para os
O Que é?
Criado em 1998, o
Exame Nacional do Ensino
O bjetivos
ENEM
do
O principal objetivo do
Além disso, o Enem tem
como meta possibilitar a
participação em programas
Médio (Enem) tem o obje- Enem é avaliar o desempe- governamentais de acesso
estudantes que tivo de avaliar o desempe- nho do aluno ao término ao ensino superior, como
nho do estudante ao fim da escolaridade básica, o PROUNI, por exemplo,
pretendem da escolaridade básica. para aferir desenvolvimen- que utiliza os resultados
concorrer a uma Podem participar do exa- to de competências funda- do Exame como pré-
me alunos que estão con- mentais ao exercício pleno requisito para a distribui-
bolsa no cluindo ou que já concluí- da cidadania. Desde a sua ção de bolsas de ensino
ram o ensino médio em concepção, porém, o Exa- em instituições privadas de
PROUNI.” anos anteriores. O Enem é me foi pensado também ensino superior.
utilizado como critério de como modalidade alterna- O Enem busca, ainda,
seleção para os estudantes tiva ou complementar aos oferecer uma referência
que pretendem concorrer exames de acesso aos cur- para auto-avaliação com
a uma bolsa no Programa sos profissionalizantes pós- vistas a auxiliar nas esco-
Universidade para Todos médio e ao ensino superi- lhas futuras dos cidadãos,
(PROUNI). Além or. tanto com relação à conti-
disso, cerca de Este objetivo vem sendo nuidade dos estudos quan-
500 universida- atingido um pouco mais a to à sua inclusão no mun-
des já usam o cada ano, graças ao esfor- do do trabalho. A avalia-
resultado do ço do Ministério da Educa- ção pode servir como
exame como ção na sensibilização e complemento do currículo
critério de sele- convencimento das insti- para a seleção de empre-
ção para o in- tuições de ensino superior go.
gresso no ensino (IES) para o uso dos resul-
superior, seja tados do Enem como com- Fonte: http://
complementando ponente dos seus proces- www.educa.org.br
ou substituindo o sos seletivos. Muitas IES já Fonte: http://
vestibular. aderiram. portal.mec.gov.br
OPINATIVA
17. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 17
DICAS PARA SE FAZER UMA BOA REDAÇÃO NO ENEM
1. Leia com Atenção opinião mais tarde. modo progressivo, ou seja,
Na prova de redação, vo- dos argumentos mais sim-
cê vai deparar com exposi- 3. Questione ples para os mais comple-
ção de uma coletânea que Antes de procurar respos- xos.
pode incluir textos verbais e tas, é preciso fazer pergun-
textos não verbais tas. Indagar é a melhor ma- 5. Escolha seu caminho
(ilustrações, fotos e gráfi- neira de começar a abordar Decida qual ponto de vista
cos). Tal coletânea se esta- um assunto, pois isso vai você pretende defender.
belece em torno do tema e expor com clareza os pro- Será uma possível solução
muitas vezes conduz, entre blemas que estão ligados a para o problema apresenta-
seus textos, abordagens ele. Afinal, sua dissertação do? Ou uma crítica ao modo
divergentes e até mesmo precisará propor questões como as pessoas encaram
contraditórias. O primeiro para depois poder apresen- a situação descrita? Identifi-
desafio é fazer uma leitura tar respostas. Assim, elabo- que nos textos da coletânea “Atenção a
cuidadosa e dar atenção a re um breve questionamen- e em seu repertório os argu-
todas as informações antes to com base nos próprios mentos favoráveis e contrá- todas as
de tomar qualquer decisão dados apresentados na pro- rios. Então faça um esque-
sobre sua redação. va. Isso vai ajudá-lo, depois, ma do caminho analítico informações
a apresentar seus argumen- que planeja percorrer:
2. Analise tos de forma ordenada. Como introduzir a ques- antes de
Determine quais são os tão? tomar
principais elementos, ou 4. Use seu Conhecimen- Quais aspectos abordar
subdivisões, que compõem to para tornar a questão qualquer
o tema apresentado. Para Anote as ideias que lhe bem clara para o leitor?
não se perder as ideias, vem à cabeça sobre o tema. Em que ordem? decisão”
você pode sublinhar trechos Filmes que você viu, livros, Quais argumentos serão
ou anotar no rascunho. Por conceitos, fatos que apren- necessários para condu-
exemplo, se a proposta tra- deu em aula de geografia, zir o leitor até a conclu-
tar da relação dos adoles- história, filosofia. Relacione são pretendida?
centes com as dogras anote pensamentos, autores e Procure criar um título
em poucas palavras os pon- obras artísticas reconheci- claro, abordando o tema
tos principais expostos, que das.Deixar esse repertório e seu ponto de vista
podem ser: o crescimento pronto será útil quando você sobre ele.
do consumo de drogas nas precisar de exemplos para
escolas; as campanhas de ilustrar a opinião que defen- Fonte: Guia do Estudante,
conscientização; o papel derá na redação. Para uma Curso preparatório do
dos pais e etc. Esse materi- preparação ainda melhor, ENEM 2011.
al o ajudará a sustentar sua organize essas ideias de
ENQUETE
E nquete realizada com
alunos da 1ª serie do
Ensino Médio, da Escola E. E.
de conhecimento que os mes-
mos possuem em relação ao
Exame Nacional do Ensino
1. Qual o significado do ter-
mo ENEM?
2. Qual a importância do
E. F. M. “Dylio Penedo”, com Médio (ENEM). ENEM para você?
o objetivo de verificar o nível
18. PÁGINA 18
LORENA GOMES CUMIN - 16 ANOS
1. Exame Nacional do Ensino Médio.
2. Ele garante uma bolsa de estudos para cursar uma boa faculdade.
KÉSIA DOS SANTOS E SANTOS - 15 ANOS
1. Exame Nacional do Ensino Médio
2. A importância do ENEM, para mim, é valorizada, pois
me dará a oportunidade de cursar uma faculdade, num
custo que não poderia pagar, se eu for aprovada.
WINGRID CUNHA PEREIRA - 16 ANOS
1. Exame Nacional do Ensino Médio
2. É a oportunidade de construir um bom futuro, mostrando o que você é, não
o que você tem !
RAMILA NASCIMENTO DOS SANTOS - 15 ANOS
1. Exame Nacional do Ensino Médio
2. É de extrema importância, pois através deste são dadas
oportunidades, garantia de um futuro profissional brilhan-
te, desde que se tenha comprometimento com o estudo.
OPINATIVA
19. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 19
POEMA DA SAUDADE
Dilma era uma profissional dedicada.
Objetiva, ao cumprir sua obrigação.
Preocupava-se em dar sempre o seu melhor
Em tantos anos de trabalho e dedicação.
Em suas relações pessoais no trabalho
Buscava, constantemente, a melhoria.
Melhorar o ser humano e sua produtividade
Era o que pautava seu dia-a-dia.
Seu jeito austero, às vezes, mal compreendido
Tornava-se motivo de reclamação.
Porém, sabemos que, acima de tudo,
Cultivava o amor em seu coração.
Via a escola Dylio Penedo como família
E dela sentia orgulho em fazer parte.
Frisava o seu contentamento em trabalhar,
Pois, considerava a educação uma arte.
Dilma via a escola como uma instituição
De extrema importância para a sociedade.
Pois, difundir valores e princípios
Em sua vida, tornou-se uma prioridade.
Acreditava no diálogo e na franqueza.
Às vezes, sua positividade era mal compreendida.
Mas, dedicação em melhorar o ser humano
Era tarefa constante em sua vida.
Dilma partiu cedo demais,
Mas, deixou marcas em nosso coração
Com seu jeito simples e sincero,
De se doar para nossa educação.
Sua ausência deixou saudades
De um tempo que não volta mais,
E mesmo não estando conosco,
De Dilma, não esqueceremos jamais.
Esta singela homenagem que fazemos,
Revela um pouco de nossa emoção,
Pois, mesmo não estando mais conosco,
Dilma viverá sempre em nossos corações.
20. LINGUAGENS
Este trabalho foi organizado e desenvolvido pelo grupo
de Linguagens, formado pelos alunos: Adriana, Gabriela, Mai-
con, Maíra, Naara, Rodrigo,Thaís.
O trabalho foi baseado em pesquisas, entrevistas e arti-
gos, retratando temas referentes à Literatura, às mudanças
ortográficas, à influência da Língua Inglesa na cultura brasilei-
ra, entre outros.
ALGUMAS DAS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS
// Alfabeto da língua portu- Exemplo: Rorâima e/ou Rorái- xos terminados em “r” onde a
guesa ma. outra palavra também começa
A língua portuguesa passa a com “r“.
reconhecer o “K“, “W” e o “Y” // Regra das Consoantes Mu- Exemplo: super-racional.
como letras do nosso alfabeto, das
aumentando o número para 26 Todas consoantes que não são - Utiliza-se hífen quando a
letras. Esta regra servirá para pronunciadas, tais como exacto e palavra começa com a mesma
regularizar o uso dessas letras no óptimo, não serão mais usadas. vogal que o prefixo termina, com
nosso idioma. O Brasil já adora esta regra há exceção do prefixo “co“.
Exemplo: km e watt. várias décadas. Exemplo: anti-inflamatório.
Exemplo: óptimo e objectivo.
// Regra das Tremas - O hífen mantem-se em pala-
As saudosas tremas foram abo- // Regra do Hífen vras que não possuem ligação
lidas da língua portuguesa. Você - Não utiliza-se mais hífens em em comum. A mesma regra apli-
nunca mais precisará usá-las, a palavras compostas cujos prefi- ca-se para prefixos “vice“, “ex“,
não ser para casos específicos, xos terminam em vogal seguida “pré“, “pró” e “pós“.
como o uso em nomes próprios. de palavras iniciadas com “r” ou Exemplo: beija-flor.
Exemplo: tranquilo e cinquen- “s“. A mesma regra serve para
ta. prefixos que terminam em vogal - Não utiliza-se mais hífens em
e palavras que começam com palavras compostas por substan-
// Regra das Grafias Duplas vogal. tivos, adjetivos, verbais, prono-
Para palavras onde a fonética é Exemplo: contrassenha e au- mes, etc.
ambígua, como é o caso de Ro- torretrato. Exemplo: sala de jantar.
raima, pode-se usar acentos da
melhor forma que lhe convém. - Mantem-se o hífen para prefi-
21. 3º V01
“DYLIO PENEDO”
CIÊNCIAS DA NATUREZA
E X E M P L A R 1 , E D I Ç Ã O 1 2 0 1 1
Seja a mudança que
NESTA
ÁREA:
você quer ver!
O PLANETA PE-
22
http://1.bp.blogspot.com/_txL1r5sIECA/Se0IFPO1O-I/AAAAAAAAAUs/
DE SOCORRO!
COMBUSTÍVEIS
23
FÓSSEIS
dlvmElCUx_8/s1600-h/planeta.jpg
NOSSO CORPO E
O CICLO DO 24
CARBONO
SAIBA MAIS... 25
ENTREVISTA 25
UMA DESCOBER-
27
TA FANTÁSTICA
PENSE BEM... 28
CALCULADORA:
BENEFÍCIO OU 30
MALEFÍCIO?
O Planeta Terra está em suas mãos!
DESAFIOS 31
22. PÁGINA 22
O PLANETA PEDE SOCORRO!
D e alguns anos para
cá vários assuntos
se tornaram polêmicos em
primavera, a formação de
um grande buraco na ca-
mada de ozônio, logo aci-
diminuiriam suas emissões
em 8% em relação à con-
centração em 1990.
todo o mundo, um deles é ma do pólo sul, do tama- Os Estados Unidos não
a questão climática que nho dos Estados Unidos. participa desse tratado,
inclui o aquecimento glo- Nesta região, havia menos pois traria danos à sua
bal, efeito estufa e polui- de 50% da quantidade nor- economia, sabendo-se que
ção. Há a criação de vários mal de O2. No caso citado é um dos países que mais
órgãos e projetos para acima (liberação de CO2), liberam gás carbônico na
amenizar esses tipos de o gás escapa para a atmos- atmosfera, e com o derre-
problema. Para se ter uma fera e debaixo da ação dos timento das geleiras seriam
ideia, tudo pode ser feito, raios ultravioleta se de- liberados territórios para
mas nada seria válido, ge- compõe e libera átomos investimentos financeiros.
neralizando, para reverter de carbono. Portanto, cada cidadão
o quadro em que o planeta Estes reagem com as contribui na produção de
se encontra, é possível moléculas de ozônio, des- gases poluentes quando
equilibrar e controlar, mas truindo-as e transforman- queimam combustíveis
não reverter. do-as em oxigênio molecu- fósseis: ao usar seu veículo
Um dos principais moti- lar, deteriorando a barreira particular, acionar o aque-
vos causadores desse caos entre o Sol e a Terra. Daí cimento doméstico, cozi-
ambiental é a liberação de o motivo de o sol, geral- nhar, aquecer a água para
“Por que toda essa CO2 na atmosfera, princi- mente no verão, parecer seu uso pessoal, etc. Po-
palmente através da quei- mais quente e causar da- rém, resta saber se cada
supervalorização ma de combustíveis fósseis nos à pele, e, além disso, cidadão contribuirá agora
do amor? Gostaria (petróleo, gás e carvão), facilitar o derretimento das na redução desses gases:
que é um recurso não re- geleiras. diminuindo o consumo de
que tivessem essa novável, ou seja, há esgota- Na tentativa de achar energia; se locomover
mento e não pode ser re- soluções para estes assun- quando possível a pé ou de
valorização com o ciclado. Esses gases que tos, em 1997 foi elaborado bicicleta, se em locais dis-
são liberados no ar estão na cidade de Kyoto (Japão) tantes usar transporte co-
ar que respiramos,
resultando numa elevação um acordo por meio do letivo... E principalmente,
assim quem sabe das temperaturas médias qual os países participantes conscientizar-se de que o
do globo, o chamado Efei- se comprometeriam a re- próprio homem está cau-
viveríamos mais.” to Estufa. duzir (tratando-se de paí- sando a destruição do pla-
Além disso, temos a ca- ses desenvolvidos ou em neta em que vive e conse-
João Eduardo mada de ozônio, que é a desenvolvimento) ou a não quentemente destruindo a
Ferraz região alta da atmosfera aumentar (tratando-se de si mesmo. Afinal, quando
onde grande parte dos países subdesenvolvidos) você muda tudo muda.
raios ultravioleta é filtrada suas emissões de gases
e quebra as moléculas de estufa em
proteínas e determinada
ácidos nucléi- porcenta-
cos que causam gem. Esse
queimaduras e tratado foi
câncer de pele. denominado
O ozônio quan- de Protoco-
do está nestes lo de Kyoto.
lugares protege Posterior-
a vida, no en- mente, em
tanto, é consi- 2002, a Uni-
derado poluen- ão Europeia
te ao nível do firmou com-
chão. promisso de
Em 1984 come- que, até
çou-se a obser- 2012, seus
var, durante o Estados-
inverno e na membros
OPINATIVA
23. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 23
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
O ser humano se tor-
nou, a partir século
passado, extremamente de-
mais a busca por novas fontes
energéticas. Um bom exemplo
que deve ser seguido é o caso
economizar em seu consumo
de eletricidade. Acredito que
com um maior incentivo à
pendente da utilização de com- da Alemanha, país que é consi- busca por inovações tecnológi-
bustíveis fósseis. A maior parte derado o mais focado na busca cas para esta tecnologia, a
da energia consumida pela na geração de eletricidade com energia eólica pode se tornar
humanidade hoje vem desse fontes renováveis, principal- uma excelente forma de se
tipo de combustível, e apesar mente com utilizando a ener- produzir eletricidade sem ne-
de todos saberem os danos gia solar. O governo alemão nhum impacto ambiental, prin-
que sua utilização causa princi- vem fazendo uma grande cam- cipalmente no nordeste do
palmente aos poluentes gera- panha para que os moradores país, onde em períodos de
dos e o excesso de gás carbô- instalem placas fotovoltaicas seca, a principal fonte de ele-
nico emitido em sua queima, para a geração por energia tricidade nacional, que vem de
sua utilização tende a aumen- solar, compensando o consu- hidrelétricas, podem ser preju-
tar nos próximos anos, princi- midor com bônus na conta de dicadas.
palmente em países em acele- luz para cada kWh injetado na
rado crescimento, como a casa através dessas placas.
China e a Índia, onde é espera- Diversos outros países vêm Por Alex Pedroni
do que em 2030 sejam respon- estudando como seguir o
sáveis por 30% da emissão de exemplo da Alemanha, inclusi-
CO2 gerado no planeta, so- ve o Brasil. Um levantamento
mente com a utilização de feito por uma universidade de
carvão mineral. Santa Catarina, mostra que o
Esse consumo exagerado Brasil tem um grande potencial
dificilmente será combatido para a utilização da energia
até lá, principalmente nesses solar, e que, seguindo os mol-
países, que evitam investir em des do projeto alemão, se um
novas alternativas de geração programa de incentivo a utili-
de energia, preferindo utilizar zação das placas fotovoltaicas
seus recursos no aumento de iniciasse esse ano em nosso
sua produtividade. Outra difi- país, poderíamos ter, já em
culdade está no fato de esses 2014, um custo do kWh vindo
países temerem o risco que energia solar igual ao custo do
teriam em trocar suas fontes kWh das fontes que possuí-
usadas atualmente, com tecno- mos hoje.
logias tão bem desenvolvidas e Com relação à substituição
compreendidas para sua utili- da utilização de combustíveis
zação, por alguma outra fonte fósseis por energias renová-
que ainda não foi totalmente veis, o Brasil pode se orgulhar Carvão Mineral
formulada, e que praticamente muito, Hoje, em nosso país, http://gestaosustentaveldaenergia.blogspot.com/
todas estão em fase de estu- 50% da energia utilizada vem p/combustiveis-fosseis.html
dos sobre a sua viabilidade e de energia renovável, como o
confiabilidade para sua utiliza- álcool combustível, que polui
ção. muito menos que a gasolina.
A mudança desse panorama Outra fonte que começa a ser
pode acontecer (e já vem explorada no Brasil, principal-
acontecendo) em países de- mente no nordeste, é a ener-
senvolvidos, onde sua econo- gia eólica. Essa alternativa está
mia se encontra bem estrutu- sendo utilizada principalmente
rada, podendo assim incentivar por empresas, como forma de
“Hoje, em nosso país, 50% da energia utilizada vem de
energia renovável”
24. PÁGINA 24
NOSSO CORPO E O CICLO DO CARBONO
O s átomos de car-
bono estão pre-
sentes em tudo em que
de acordo com a estrutura
de nosso organismo, calcu-
la-se que, em média, a cada
até de uma bactéria de-
compositora.
Se lembrarmos que a
existe; como por exemplo, quatro anos haja uma reci- queima de combustíveis
no corpo humano, nas clagem total da matéria fosseis devolve à atmosfe-
rochas, no ar, etc. Estes que compõe o nosso cor- ra átomos que ficaram
passam por um ciclo que po. distantes dos ciclos duran-
parte desde a sua incorpo- Então, participamos de te milhões de anos, é pos-
ração pelos vegetais até forma absolutamente in- sível que os dinossauros já
sua passagem pelos vários tensa dos ciclos da maté- possuíram os mesmos
níveis nutritivos. ria, sabendo que certos átomos que hoje estão em
Considerando que nossa átomos de carbonos pre- nosso interior. Assim,
matéria viva está sendo sentes em nosso corpo, constata-se que gerações
degradada e substituída o podem ter pertencido se sucedem e átomos con-
tempo todo, molécula por anteriormente a pedaços tinuam os mesmos.
molécula e substância por de madeira, a uma rosa, ao
substância, moldando-se corpo de uma baleia, ou
http://www.coladaweb.com/biologia/bioquimica/ciclo-do-carbono
“Certos átomos
de carbono
presentes em
nosso corpo,
podem ter
pertencido
anteriormente a
pedaços de
madeira, a uma
rosa ou ao corpo
de uma baleia”
Fonte: Enciclopédia do estudante: Ecolo-
gia- 1 ed – São Paulo – Moderna 2008.
OPINATIVA
25. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 25
SAIBA MAIS...
O s poluentes em geral
causam danos à saúde,
os quais podem ser reconheci-
diminui a capacidade de pro-
duzir anticorpos.
Poluentes de Efeito agudo_
que se forma tecido fibroso
no pulmão.
Portanto, tome as iniciativas
dos em três categorias: pode levar a morte se o indi- necessárias para cuidar do ar
Poluentes de Efeito crônico_ viduo já apresentar um qua- que você respira, para que
degradam lentamente as dro de enfermidade respira- daqui a alguns anos não ter
funções de alguns órgãos do tória ou cardíaca e se expor que deparar com situações
corpo. Uma prolongada ex- à poluição. irreversíveis na saúde. Se você
posição ao dióxido de enxo- Poluentes de Efeito cancerí- possuir uma “boa saúde”, refli-
fre causa bronquite; a inala- geno_ são aqueles que pro- ta e comece a fazer sua parte,
ção de ozônio leva a uma vocam câncer. Exemplo: pois a cada dia a poluição al-
fibrose nos pulmões que cada vez que um carro é cança um patamar diferente e
as chances de diminuir esse
“Estamos
altera de modo irreversível a freado, soltam-se fibras de
função respiratória; a exposi- amento, que quando inala- processo se tornam cada vez esquecendo
ção aos óxidos de nitrogênio das, causam a asbestose, em menores.
e de enxofre que fazemos
fique_por_dentro/artigo/3570/poluicao-do-
parte da
http://www.wallstreetfitness.com.br/
ar-causa-mais-infarto-que-cocaina/
natureza.”
Poluição
do ar
ENTREVISTA
O estudante da FAACZ
(Faculdade de Aracruz) Ro-
niérik Pioli Vieira que irá se formar
do em prática visando reduzir os
resíduos e não prejudicar o meio
ambiente.
põe de um programa de bolsas de
iniciação científica e tecnológica,
que é financiada pela Fundação de
em Engenharia Química, realizou o Leia a seguir a entrevista realizada Amparo à pesquisa do Espírito San-
projeto “Fabricação de painéis a com o professor Roniérik. to – FAPES. Para participar, é ne-
partir de madeira particulada” o cessário ser estudante de graduação
qual foi apresentado no congresso CN – Ciências da Natureza em qualquer área e ser aprovado no
brasileiro de Engenharia química na RP – Roniérik Pioli Vieira processo seletivo.
Universidade Estadual De Maringá O objetivo do programa é aplicar
(PR), com a proposta de gerenciar CN - O que o levou a desen- o conhecimento adquirido durante
os resíduos da madeira. volver este trabalho? a graduação no desenvolvimento de
Esse projeto já está sendo coloca- RP - A faculdade de Aracruz dis- soluções para problemas em micro
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e pequenas empresas da tante conceituada e apre- A metodologia elabora-
região. Sendo assim, a par- sentado no Congresso da já está sendo posta em
ticipação foi uma grande Brasileiro de Engenharia prática pela empresa na
oportunidade para expor Química (COBEQ-IC), que qual foi prestada a consul-
meu trabalho como Enge- este ano foi sediado na toria. Sendo assim, o volu-
nheiro Químico, uma vez Universidade Estadual de me de resíduos foi reduzi-
que foi feita uma pesquisa Maringá (PR). do de forma a não prejudi-
científica no período de car o meio ambiente. Além
um ano buscando soluções CN - Se a tese for disso, o produto obtido
para gerenciar o resíduo colocada em prática com os resíduos gera um
de uma empresa movelei- quais as vantagens que lucro extra para a empresa
ra. traria a sociedade? E ao produtora.
meio ambiente?
CN - Quais foram as RP - O trabalho realiza- CN - Qual a reação
maiores dificuldades do apresenta relação dire- de seus ouvintes após o
“Estudante da encontradas? ta com a área ambiental, término da apresenta-
RP - Uma das maiores pois trata-se da elaboração ção de seu trabalho?
FAACZ realiza dificuldades encontradas de uma proposta de ge- RP - Muitos estudantes
foi o desenvolvimento de renciamento de resíduos e professores de universi-
projeto e testes físico-químicos nos particulados de madeira. dades de outros estados
produtos obtidos durante Esses resíduos normal- se interessaram pela pes-
apresenta no a pesquisa. Além disso, é mente são descartados no quisa. Pois ela é bem
congresso difícil para um estudante lixo comum de empresas abrangente e a partir do
de graduação conseguir madeireiras. A proposta princípio utilizado, podem-
brasileiro de expor trabalhos como consiste em reaproveitar se enfatizar outras áreas
esses por meio de publica- esse resíduo sólido para a como a de geração de
Engenharia ções em periódicos cientí- confecção de placas de energia, por exemplo,
ficos. Porém, com esforço isolamento térmico utili- através da combustão dos
química na e colaboração de profes- zando polímeros orgânicos painéis produzidos.
Universidade sores o trabalho foi aceito como fenol-formol e ureia
em uma enciclopédia bas- -formol.
Estadual De
Maringá (PR).”
Fonte: Enciclopédia do estudante: Ecologia- 1 ed – São Paulo – Moderna 2008.
OPINATIVA
27. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 27
Fonte: Enciclopédia do estudante: Ecologia- 1 ed – São Paulo – Moderna 2008.
UMA DESCOBERTA FANTÁSTICA
D escoberto em 2004, o viduais de gases tóxicos.
nasa-acha-indicio-de-grafeno-no-espaco
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/
Grafeno é uma folha Mesmo sendo pouco
de carbono com apenas seis divulgado e estudado, o
átomos em sua espessura. É o Grafeno levou os investiga-
material mais forte que o ho- dores Andre Geim e Kons-
-16082011-9.shl
mem conseguiu medir, cerca tantin Novoselov, da Uni-
de 200 vezes mais forte que o versidade de Manchester,
aço estrutural. Esse composto no Reino Unido, à conquis-
não apresenta volume, apenas ta do Prêmio Nobel de
superfície e em caso de defeito Física, em 2010.
em sua estrutura molecular, o Será que estamos diante
Grafeno funciona como con- de uma descoberta capaz
dutor de corrente elétrica, e de mudar o rumo da tec-
pode ser utilizado para a cria- nologia?
ção de super-sensores, capa-
zes de detectar moléculas indi- Grafeno
28. PÁGINA 28
CHARGE
“Meio ambiente é
onde se vive, e
preservá-lo é uma
obrigação de
todos.”
PENSE BEM...
Uma dieta equilibrada sensação de saciedade, duras ruins estão pre-
deve conter uma quan- então se come menos e sentes em alimentos
tidade ideal de vitami- sente-se menos fome; industrializados e de
nas e minerais, necessá- As gorduras insatura- origem animal, auxiliam
rios para manter o das estão presentes no aumento dos níveis
bom funcionamento do nos alimentos de ori- de colesterol ruim
corpo; gem vegetal e contribu- (LDL) contribuindo
Todos os nutrientes em na manutenção do para o aparecimento de
são importantes para bom funcionamento do diversas doenças, den-
uma vida saudável; corpo, essas gorduras tre as quais: obesidade,
Os alimentos de ori- (boas) são conhecidas diabete, hipertensão,
gem vegetal nos dão como HDL. Já as gor- etc.
OPINATIVA
29. EXEMPLAR 1, EDIÇÃO 1 PÁGINA 29
Fonte: Enciclopédia do estudante: Ecologia- 1 ed – São Paulo – Moderna 2008.
http://www.jorgebastosgarcia.com.br/nutricao.htm
30. PÁGINA 30
CALCULADORA: BENEFÍCIO OU MALEFÍCIO?
A tualmente, muito se
fala em provas,
concursos, vestibulares,
Todavia, esse assunto
traz uma diversidade de
opiniões aos profissionais
a linha de raciocínio foram
apresentados juntamente
com as provas. Nota-se
todos muito concorridos e da área entre concordân- que as provas feitas sem a
que abrem portas para o cias e discordâncias, que calculadora assim como as
mercado de trabalho. levam a uma só expressão: outras haviam cálculos
Algumas das profissões “Por quê?”. Segundo alguns porém, a maioria deles
mais procuradas estão professores, o uso da cal- interminados.
ligadas às Ciências da Natu- culadora em sala de aula, Enfim, hoje a utilização
reza, ou seja, envolvem faria com que os estudan- da calculadora em provas e
raciocínios lógicos, cálculos tes deixassem de aprender em outros tipos de testes
precisos em um período as funções básicas da mate- não é permitida não só no
limitado de tempo, então mática e entrariam em uma Brasil, mas também em
requerem o uso de calcula- “dependência”, impossibili- muitos outros países, po-
dora. tando-os –como já foi fala- rém, alguns países desen-
Entretanto, os órgãos do anteriormente– de re- volvidos adotam medidas
educacionais, que são res- solverem manualmente como mudanças nas se-
ponsáveis pela aplicação questões de resultados quências de aulas, disponi-
dessas provas vetam o uso precisos. bilizando a cada determina-
de tal equipamento e ale- Estudos foram realizados do período, o estudo de
gam que a sua utilização com as turmas de 1ºano uma área diferente. Isso faz
impede, de certa forma, do ensino médio (1ºV01 e com que os estudantes
que o aluno resolva as 1ºV02). Nelas foram aplica- trabalhem melhor a mente,
questões manualmente. das provas que não permi- “desligando-se” da calcula-
"Saber Por outro lado, a deman- tiam e permitiam, respecti- dora.
da de assuntos abordados vamente, o uso da calcula- Espera-se que algumas
Matemática é por essa área exige uma dora e os resultados com- medidas sejam adotadas
importante precisão em provaram que, apesar da também pelo Brasil para
fazer
seus cálculos e, além disso, quantidade de erros causa- que nossos estudantes
Matemática." proporciona facilidade ao dos pela falta de atenção, possam readaptar-se a não
professor em relação à os alunos que utilizaram a utilizar à calculadora e,
correção das provas e no calculadora obtiveram mai- consequentemente, melho-
avanço da matéria aborda- or quantidade de acertos e rar a sua capacidade de
da. mesmo assim os cálculos e resolução das avaliações.
http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-cone-da-
calculadora-pergunta-image5316452
OPINATIVA