4. Capacidade para adquirir,
codificar, conservar e recuperar
informação.
Função dinâmica e interactiva,
ligada a toda a actividade
psíquica no seu conjunto.
4
ESAG -- Nuno Pereira
5. A nossa memória guarda
um sem número de
informações, das mais
triviais às mais vitais.
Reconhecermo-nos --
AUTOCONSCIÊNCIA e
CONHECIMENTO DE SI -
- e ser reconhecido,
linguagem, pensamento,
percepção, aprendizagem,
adaptação ao meio
envolvente, nada disto
seria possível sem a
capacidade de adquirir,
conservar e recuperar
informação.
5
ESAG -- Nuno Pereira
7. A memória está na base de todos os processos
cognitivos. É o pressuposto da cognição!30
Sem a memória, o comportamento inteligente seria
impossível
7
ESAG -- Nuno Pereira
8. Sem memória não há aprendizagem.
São as aprendizagens mantidas na memória
que suportam as novas aprendizagens.
8
ESAG -- Nuno Pereira
9. Processo mnésico
Codificação: 31
Transforma as impressões do meio em representações.
Armazenamento / retenção.
Fase de armazenamento ou conservação dos conteúdos
que podem ser mantidos por diferentes períodos de
tempo.
Recuperação / recordação
Invocar as informações já retidas para que sejam
utilizadas no presente.
9
ESAG -- Nuno Pereira
11. Podemos classificar as memórias quanto à sua
duração.
tipo MS MCP MLP
MENOS DE 1 CERCA DE 30 DIAS, MESES,
DURAÇÃO
SEGUNDO SEGUNDOS ANOS
MUITO LIMITADA A 7
CAPACIDADE ALARGADA
LIMITADA ITENS
11
ESAG -- Nuno Pereira
12. MS
MEMÓRIA SENSORIAL.
1. A Memória Sensorial é um sistema de memória que através
da percepção da realidade pelos sentidos retém por alguns
segundos a imagem detalhada da informação sensorial
recebida por algum dos órgãos de sentido. A Memória Sensorial
é responsável pelo processamento inicial da informação
sensorial e
sua codificação.
2. Permite conservar as características físicas de um estímulo
visual, captado pelos órgãos sensoriais, durante um brevíssimo
instante, isto é, durante alguns décimos de segundo.
12
ESAG -- Nuno Pereira
13. MCP
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO 34
A -- MEMÓRIA IMEDIATA
B – MEMÓRIA DE TRABALHO
A Memória de Curto Prazo recebe as informações já
codificadas pelos mecanismos de reconhecimento de
padrões da Memória Sensorial e retém estas informações
por alguns segundos, talvez alguns minutos, para que
estas sejam utilizadas, descartadas ou mesmo
organizadas para serem armazenadas.
LARAANAALDARUIISAANDREIAIVO
LARA ANA ALDA RUI ISA ANDREIA IVO
1LARA 2ANA 3ALDA 4RUI 5ISA 6ANDREIA 7IVO
13
ESAG -- Nuno Pereira
16. MLP
MEMÓRIA LONGO PRAZO.
A memória a longo prazo é um tipo de memória alimentada
pelos materiais da memória a curto prazo que são
codificados em símbolos. T. 98, 36
• A informação enviada da memória a
curto prazo é transformada à medida que
vai sendo integrada.
• A memória a longo prazo retém os
materiais durante horas, meses ou
durante toda a vida.
• Codifica e retém material verbal em
função da sua pertinência e do seu
significado.
16
ESAG -- Nuno Pereira
17. MLP
Memória Episódica
Memória
não
declarativa
declarativa Semântica
abrange uma colecção Factos ou
heterogénea de proposições.
capacidades de Dizem respeito
memória às coisas que Conhecimentos
inconsciente sabemos e das e informações
processada em quais temos sem localização
múltiplas regiões consciência no espaço e no
neurais distintas. É tempo.
Experiências
uma memória que
autobiográficas,
adquire uma
localizadas no
qualidade automática,
espaço e no
ou reflexa, após uma
tempo
aprendizagem lenta
mas inflexível.
17
ESAG -- Nuno Pereira
20. Cada um enquadra a informação nos conhecimentos que já tem,
enquadra os acontecimentos no contexto das suas experiências
e expectativas. 39
20
ESAG -- Nuno Pereira
22. A memória é um processo que envolve sistemas
interactuantes.
A memória reconstrói os dados que recebe, dando relevo a
uns, distorcendo ou omitindo outros.
A memória é um processo activo e dinâmico.
p. 40, T. 99
22
ESAG -- Nuno Pereira
26. Esquecimento
Florbela Espanca
Esse de quem eu era e que era meu,
E foi um sonho e foi realidade,
Que me vestiu a alma de saudade,
Para sempre de mim desapareceu.
Tudo em redor então escureceu,
E foi longínqua toda a claridade!
Ceguei... tacteio sombras... que ansiedade!
Apalpo cinzas porque tudo ardeu!
Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer...
Veste de roxo e negro os crisântemos...
E desde que era meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos!...
26
ESAG -- Nuno Pereira
27. Esquecimento:
«incapacidade de recordar ou de reconhecer uma
informação vista ou apreendida»
As nossas memórias são indispensáveis para a nossa existência
pois além de comporem um património que nos torna únicos por
constituírem a nossa história pessoal e identidade própria, são
também, e enquanto tal, o suporte para a vivência concreta do nosso
presente.
O esquecimento é condição essencial para a retenção de
novas informações.
27
ESAG -- Nuno Pereira
28. O esquecimento ocorre nos três níveis de memória (MS, MCP e MLP) e
é a sua condição indispensável.
42
1. Esquecimento regressivo: reside no desaparecimento do traço
fisiológico registado no cérebro (engrama) devido à passagem do tempo.
O esquecimento teria origem na perda de retenção provocada pela não
utilização dos materiais armazenados.
A justificação estaria na degenerescência dos tecidos
cerebrais.
2. Esquecimento motivado: segundo Freud, o sujeito esqueceria
acontecimentos traumatizantes que teriam ocorrido, para evitar a
angústia e a ansiedade. As recordações dolorosas eram inibidas,
impedidas de aceder ao “ego”, mantendo-se “recalcadas”, esquecidas
no inconsciente -- o “recalcamento”.
28
ESAG -- Nuno Pereira
29. Processos de interferência nas aprendizagens.
Teoria da degradação: o fragmento original da informação vai, por si
só, desaparecendo.
dados experimentais recentes contestaram a ideia de que a
passagem do tempo seja o único factor explicativo do
esquecimento
29
ESAG -- Nuno Pereira
30. Processos de interferência nas aprendizagens.
Teoria da degradação.
A Teoria da Interferência foi inicialmente formulada, em 1894, por
dois cientistas alemães, Muller e Schumann. Demonstraram
experimentalmente que a aprendizagem de uma informação nova
pode interferir em uma aprendizagem anterior, o que ficou
conhecido como interferência retroactiva. Muller e Schumann
também abordaram os efeitos de uma aprendizagem anterior sobre
uma posterior, processo que foi examinado de maneira
pormenorizada por Underwood (1957) e conhecido
como interferência proactiva.
30
ESAG -- Nuno Pereira
32. Interferência proactiva ou retroactiva – ocorre quando novas
informações se intrometem levando-nos a distorcer ou a
esquecer as anteriores;
Teste de sociologia
Int. proactiva prejudicado pelo
estudo de psicologia
Estudar psicologia
Teste de sociologia
Estudar sociologia
Teste de psicologia
Teste de psicologia
Int. retroactiva prejudicado pelo
estudo de sociologia.
33. MEMÓRIA|||ESQUECIMENTO
A memória humana está longe de ser um registo
fotográfico…
Inclui esquecimentos, distorções, falsas atribuições,
efabulações…
É construída e reconstruída a cada instante…
Sofrendo influências permanentes da educação, da
comunicação com os outros, da interpretação pessoal dos
acontecimentos dos factos, da leitura … da imagem que
temos de nós próprios e do mundo.
Memória e imaginação caminham lado a lado na
construção das nossas lembranças pessoais.
33
ESAG -- Nuno Pereira
34. Embora a memória apresente falhas em alguns momentos, é um sistema
sabiamente voltado para que possamos actuar eficazmente no nosso
meio. As informações que usualmente nos auxiliam são mantidas, e
aquelas que não cumprem essa função tendem a ser descartadas ou, pelo
menos, terem o seu acesso dificultado. Nos casos em que as falhas da
memória parecem prejudicar o nosso funcionamento, como naquelas
situações em que esquecemos o nome de uma pessoa que conhecemos há
pouco, ou quando não recordamos um importante conteúdo de uma
prova, podemos pensar em sub-produtos de um sistema em busca de
adaptação (Schacter, 1999). Não é à toa, portanto, que a função da
memória já foi comparada à dos instintos, no que diz respeito ao seu
carácter adaptativo (Tulving & Lepage, 2000).
34
ESAG -- Nuno Pereira