Galeria de fotos do estágio das alunas Eleni Souza (EE Alceu Gomes da Silva) e Suzy Nobre (EE Profª Maria Elisa de Oliveira) cumprido no 6º semestre do curso de Licenciatura em Artes Visuais.
1. Atuação Exposição de trabalhos de estágio de licenciatura em artes visuais por Eleni Souza e Suzy Nobre
2. Introdução Montar uma galeria de trabalhos para essa disciplina de estágio, mais do que o cumprimento de uma tarefa é uma consumação sobre aquilo que escolhemos por profissão. Estagiar é um processo que começa tímido, sem direção e conhecimentos prévios, já que o que nos vem pela frente é apenas um explorar neste ambiente complexo que é a instituição escolar, com suas peculiaridades, planejamento, direção, corpo de professores e alunos. Neste primeiro momento, ainda não se sabe qual será o seu papel dentro desta interligada rede de conhecimentos: logo de cara, percebemos o que é ser arte/educador em escolas públicas e como vencer um currículo ou planejamento de uma atividade, se apenas nos são concedidas duas aulas semanais. Portanto, como licenciandas em Artes Visuais, questionamos sobre como aprofundar conhecimentos nas variadas linguagens da arte sem ter um maior tempo para que isso ocorra. Certamente essas são perguntas que pesquisadores em Arte/Educação buscam responder, mas ainda encontram um espaço delimitado, visto que o seu ensino é sempre colocado em segundo plano.
3. E é essa visão distorcida que presenciamos nas escolas e em sala de aula. Todavia, ser um arte/educador comprometido com seus propósitos hoje, no Brasil, é fazer com o mínino o máximo, já que depende de nós, também, a construção desta mudança no ensino das Artes, suplantando a estática da sala de aula, rumo a outras direções além de paredes e quadros negros, como ocorreu com as atividades propostas em nossas regências e agora apresentadas nessa galeria. Essa galeria que é uma pequena parte dessa vivência. Um retrato reduzido de diversas experiências. Um álbum de recordações de momentos bons e ruins. Um processo duplo, uma construção coletiva entre companheiras para a exposição de experimentações distintas, porém ao mesmo tempo interligadas por momentos partilhados em discussões acerca delas. Suzy na escola Maria Elisa e Eleni na Alceu Gomes, escolas nas quais durante esses meses buscaram o sentido de serem arte/educadoras, portanto, em atuação expomos não somente o nosso desempenho, mas a nossa auto-afirmação, pois só a vivência em sala de aula (e também fora dela) nos é capaz de responder quando e como estaremos preparadas para assumir esse importante papel de atoras na construção de conhecimento que não o nosso próprio.
4. Sobre a Galeria A galeria é um apanhado de imagens colhidas durante os ensaios do projeto Bate Lata, desenvolvido pela estagiária Eleni Souza na EE Alceu Gomes da Silva; da cobertura de um evento cultural coordenado por professores da EE Profª Maria Elisa de Oliveira com a participação da estagiária Suzy Nobre; e do material produzido pelos alunos de duas classes do Ensino Fundamental Ciclo II em oficinas criativas organizadas pela estagiária Suzy Nobre na mesma escola.
5. As Escolas EE Profª Maria Elisa de Oliveira São Miguel Arcanjo EE Prof. Alceu Gomes da Silva Itapetininga
10. Sobre o Projeto Bate Lata O projeto Bate Lata de percussão com material reciclado e o grupo de dança conta com a participação de aproximadamente 80 alunos. Inicialmente o projeto previa os 6º e 7º anos, todavia, despertou a curiosidade das 8ª e 9ªs séries, o que levou à uma expansão. Sua execução exige muita elaboração e, devido ao pouco tempo disponível, dedico ao projeto apenas 03:00H semanais, subdivididas entre a bateria de lata e o grupo de dança. Queria que ele se tornasse algo exeqüível, assim, optei por uma música conhecida por eles, que é Berimbau Metalizado, interpretada por Ivete Sangalo. Segundo os PCNs e a Proposta vigente no Estado de São Paulo para o ensino de arte, busquei unir num só projeto dois elementos estudados por estas séries que são a música e a dança, já que em minha opinião, poucos são os arte/educadores preparados para o trabalho com estas linguagens.
11. Sobre o Projeto Bate Lata É perceptível neste estágio do projeto, como a proposta mexeu e movimentou a vida dos alunos. Ao final de cada oficina, eles não querem parar e reclamam por isso. Cantam berimbau metalizado enquanto ensaiam, e levam a serio os ensaios fora da hora marcada (principalmente o grupo de dança, composto por 68 meninas, que dizem ensaiar durante os intervalos e em casa, o que é perceptível devido à evolução dos movimentos e da sincronia). Trabalhamos as coreografias juntas, numa proposta de construção do conhecimento mutua. A oficina de produção dos instrumentos da bateria de lata também foi um sucesso e os alunos trouxeram os mais diversificados materiais passíveis de tirar som, como tampas de garrafas, pets, latinhas, cabos de vassoura, baldes, tampas de alumínio entre outras coisas. Para contextualizar o trabalho, explanei para eles sobre o grupo STOMP e lhes prometi exibir um vídeo com uma apresentação desse grupo.
12. Sobre o Projeto Bate Lata Saliento que esta experiência está me dando um novo olhar, repleto de possibilidades e que me leva a constatar que a arte ultrapassa os limites da sala de aula, assim, giz e lousa não me bastarão, já que aprecio um ensino de arte criativo e inovador. É muito bom sentir que um projeto de regência escorre do papel e começa a fazer a diferença no ensino/aprendizagem dos alunos, perceptível em seu interesse, em sua interação entre educador/aluno.
19. Sobre o Evento O evento foi o “Festival de Música e Mostra de Artes Alice Galvão”, realizado no dia 12 de novembro na EE Profª Maria Elisa de Oliveira, em São Miguel Arcanjo. O festival abriu espaço para a apresentação de diversas manifestações artísticas de alunos da escola, professores e artistas da comunidade. Foram organizados espaços para a apresentação de bandas, grupos de dança, um sarau de poesias, cuja declamação foi acompanhada por uma pequena orquestra de cordas e uma sala para a exposição de telas e esculturas. O público foi constituído da comunidade escolar e do entorno. Para a realização do evento foram captados recursos com comerciantes locais, venda de ingressos e alimentos e bebidas. Esses recursos serão revertidos para a escola.
27. Sobre as Oficinas Criativas Oficina de Arte Postal – os alunos conheceram um pouco da história dessa modalidade artística, foram auxiliados no processo de criação de cartões postais virtuais e estimulados a criar seus próprios postais a partir da escolha de um entre três temas: televisão, escola ou comunicação. Os postais foram enviados entre o grupo, formando assim uma rede de arte postal, como muitas que já foram criadas pelo mundo afora! Oficina de Fotonovela - aqui os grupos foram assistidos na elaboração de um roteiro de uma história curta, também com a opção de escolha entre 3 temas que fazem parte do universo dos adolescentes: a escola, a tecnologia e a televisão. Foram elaborados storyboards e fotografadas as cenas, depois esse material foi editorado no formato de uma fotonovela.
28. Oficinas de Arte e Tecnologia: Arte Postal Produção de Johny Borges (16 anos) Participantes da oficina na sala do Acessa Escola Produção de Juliana Kerne (12 anos)
29. Oficinas de Arte e Tecnologia: Fotonovela Tema: tecnologia (alunos da 8ª série) Tema: televisão (alunos da 6ª série)
30. GALERIA ATUAÇÃO Trabalho apresentado para a disciplina Estágio Supervisionado em Artes Visuais-3 Professora autora: Lisa MinariHargreaves Tutora: Juliana Maciel Alunas: Eleni J. Souza e Suzy Nobre UAB – Universidade Aberta do Brasil UnB – Universidade de Brasília Polo Itapetininga