2. TEMPO HISTÓRICO
CRONOLOGIA
Anos Acontecimentos
1434 Cosme de Médicis, senhor de Florença
1456 Impressão da Bíblia por Gutenberg
1478 Lourenço de Médicis, senhor de Florença
1509 Erasmo publica o “Elogio da Loucura”
1516 Maquiavel publica “ O príncipe”.
1517 Lutero publica “As 95 teses contra as indulgências”
1536 Introdução da Inquisição em Portugal
1543 Vesálio escreve o Tratado de Anatomia
1545 Início do Concílio de Trento
1572 Publicação de Os Lusíadas de Luís de Camões
3. AS CONDIÇÕES DA EXPANSÃO CULTURAL
Recuperação demográfica, urbana e mercantil;
Crescimento da burguesia, que enriquece;
Centralização do poder político;
Aumento demográfico;
Descoberta de novas rotas e áreas de comércio:
Revolucionam-se as técnicas e os conhecimentos;
Evolui a cartografia e a náutica;
Ligam-se novos continentes por travessia marítima;
Desenvolvem-se novas formas de armamento (pólvora);
Surge a imprensa (Gutenberg) e a divulgação de textos.
4. Homem Vitruviano
Leonardo da Vinci, 1490 Lápis e tinta sobre papel
34 × 24 cm Gallerie dell'Accademia, Veneza, Itália.
O Homem Vitruviano de Da Vinci é
baseado numa famosa passagem do
arquiteto romano Vitruvius na sua série
de livros intitulados de De Architectura,
um tratado de arquitetura em que, no
terceiro livro, ele descreve as proporções
do corpo humano masculino.
A união dos interesses de Leonardo
pela ciência e pela arte da proporção é
representada neste famoso desenho.
5. A IMPRENSA
A invenção da imprensa, foi atribuída a Gutenberg, que
substituiu as pranchas xilográficas por caracteres móveis de
madeira, depois pelo cobre e, finalmente, pelo aço.
Criou um processo que, gerando uma espécie de molde de
letras, as permitia montar numa base de chumbo, tintadas
e prensadas. Assim, Gutenberg produziu a primeira Bíblia,
impressa em latim, com uma tiragem de cerca de 300
exemplares.
6. A Imprensa permite a reprodução sistemática das obras escritas. A sua
rápida difusão foi possível devido:
• ao progresso das universidades medievais,
• ao crescente gosto pela leitura,
• à divulgação da fórmula de produção do papel.
Gutenberg inventa os caracteres móveis o que possibilita:
-a instalação de tipografias em todas as grandes cidades europeias,
- a multiplicação da circulação das obras clássicas e religiosas,
- a rápida difusão de novas ideias e inovações,
- a criação de bibliotecas particulares...
7. A HERANÇA CULTURAL
Nos inícios do séc. XV, começo de uma nova época, o homem ainda se
encontrava fortemente apegado aos conhecimentos anteriores.
A herança cultural, fortemente dominada pela Igreja, começa aos poucos a
libertar-se da teologia graças a:
Ao impulso do comércio, que rompe barreiras geográficas;
Aos progressos das línguas nacionais, que permitem o desenvolvimento de
uma cultura própria;
Ao desenvolvimento e crescimento da imprensa e das universidades.
Eram os tempos modernos… o Homem afirma-se em pleno e redescobrem-se
os clássicos greco-romanos. Entra-se assim na fase do Renascimento.
8. PRINCIPAIS CENTROS DE DIFUSÃO - ITÁLIA
Itália, herdeira direta do império Romano, foi o berço do Renascimento.
Era um país dividido em numerosos estados independentes e rivais entre si. As
rivalidades políticas passavam muitas vezes para o campo cultural e pessoal.
Destacava-se Florença, principado dos Médicis, zona de grande florescimento
cultural e artístico.
Roma era outro dos grandes centros culturais da Itália renascentista, onde a
contratação de prestigiados artistas permitiu a monumentalidade da capital da
Cristandade.
Veneza gozava também de grande prosperidade económica e política. Distinguiu-se
pela escola de pintura e pelas muitas oficinas tipográficas que aí existiam.
9. PRINCIPAIS CENTROS DE DIFUSÃO NA EUROPA
Tal como na Itália, na Europa do Renascimento os centros culturais foram
impulsionados pelas cortes régias e principescas, círculos aristocráticos e
burgueses, pelas oficinas de imprensa, colégios e universidades renovadas.
Países Baixos: (duques de Borgonha) a pintura atingiu um elevado grau de
aperfeiçoamento técnico. Erasmo de Roterdão foi um notável filósofo e moralista
holandês.
França: Francisco I impulsionou os estudos humanistas e favoreceu a aplicação de
uma decoração clássica.
Alemanha: importante polo de estudos matemáticos, astronómicos e
cartográficos; os pintores conjugavam nos retratos o pormenor descritivo e a
tradição nórdica, com a técnica italiana.
10. UMA NOVA CONJUNTURA
Recuperação demográfica,
Surto urbano,
Reorganização dos campos,
Reanimação das rotas terrestres e incremento das rotas marítimas,
Desenvolvimento das práticas financeiras,
Ascensão da Burguesia,
Renovação cultural,
Tendência de centralização do poder,
Inovações técnicas e científicas…
12. MOTIVOS DA EXPANSÃO EUROPEIA DO
SÉCULO XV
Ultrapassar a crise do século XIV;
Fazer face à falta de mão de obra;
Fazer face à falta de cereais;
Fazer face à falta de metais preciosos.
Acercar diretamente as riquezas orientais (que chegavam à Europa por
intermédio dos muçulmanos pelas rotas caravaneiras).
Os reis procuravam também novas terras para expandir a fé cristã e novas
tecnologias que pudessem utilizar para seu proveito.
13. OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA
Os Portugueses contrapuseram
assim, ao conhecimento livresco, o
saber baseado na observação in loco.
Era a base do experiencialismo.
Todavia, não eram registos
resultantes de experiências científicas,
mas antes de descrições das
observações efetuadas.
• Movimento percursor do espírito crítico e do método científico, Leonardo Da
Vinci segue a inspiração portuguesa de tudo querer observar e questionar.
14. MATEMATIZAÇÃO DO REAL
A abertura do mundo facilitou também a abertura de mentalidades e acentuou
uma atitude quantitativa do homem:
Substitui-se a numeração romana pela indo-árabe,
Publicam-se vários livros de matemática,
Desenvolve-se a estatística e a matemática: descobrem-se as equações de
3º grau, os logaritmos, o uso de incógnitas e o nónio (Pedro Nunes, 1502-
1578),
Determinam-se as leis reguladoras do mundo físico,
As viagens de descobertas contribuíram para o fim da mentalidade crítica
medieval e para o aparecimento do espírito crítico moderno.
15. MENTALIDADE QUANTITATIVA
A enumeração e a quantificação aplicam-se até no tempo: surge o relógio
mecânico.
A quantificação é necessária para o próprio funcionamento do estado: o rei
necessita saber os homens que tem disponíveis para a guerra, para cobrar
impostos..
Dissolve-se o carácter feudal e surge um aparelho burocrático.
Começa-se a agir com base na valorização do número.
Copérnico inicia uma verdadeira revolução, ao defender, com base em cálculos
matemáticos e geométricos, o Heliocentrismo, corte profundo com as teorias
aristotélicas e com a visão da Igreja.
17. DOGMAS: CULTO LUTERANISMO CALVINISMO ANGLICANISMO CATOLICISMO
Salvação da Alma
Fé Fé e predestinação
absoluta
Fé e predestinação Fé e boas ações
Fontes da fé Bíblia Bíblia Bíblia
Bíblia, Tradição,
Decisões dos Concílios
Bíblia
-Versão Interpretação
Tradução para a
língua nacional
-Interpretação livre
Tradução para a
língua nacional
-Interpretação de
Calvino
Tradução para a
língua nacional
-Interpretação dos
bispos
-Versão latina
-Interpretação do
Papa
Sacramento Batismo e Eucaristia Batismo e Eucaristia Batismo e Eucaristia
Batismo, Crisma,
Eucaristia,
Matrimónio,
Penitência, Ordem,
Extrema Unção
Comunhão Presença real sem
transubstanciação
Presença espiritual Presença espiritual Presença real com
transubstanciação
Culto da Virgem e dos
Santos
Abolido Abolido Abolido Mantido
Organização
eclesiástica
-Papa
Negada a sua
autoridade
Negada a sua
autoridade
Negada a sua
autoridade
Chefe da Igreja
Hierarquia sacerdotal Suprimida Suprimida Mantida Mantida
Celibato Suprimido Suprimido Suprimido Mantido
18. REVOLUÇÃO DAS CONCEÇÕES COSMOLÓGICAS
Definição da base do método científico;
Revolução coperniciana – Copérnico
desenvolve o Heliocentrismo;
Descobre-se o movimento de rotação
da Terra,
Giordano Bruno e Galileu Galilei provam
as teorias copernicianas e são presos.
Kepler determina que as órbitas da Terra
são elípticas.