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PLANEJAMENTO DE PRÉ-CAMPANHA
Agora você tem uma das coisas mais importantes em toda campanha eleitoral: você tem tempo. Tempo
para se preparar. Tempo de fazer pesquisa, de organizar sua equipe, de conhecer os problemas da sua
cidade, do seu bairro, de pensar propostas para resolvê-los, de procurar apoios, de fortalecer sua relação
com o eleitor, de melhorar e fazer a comunicação sobre a sua gestão se você estiver no governo. Enfim,
tempo para construir a sua vitória.
Na medida em que a democracia vai se consolidando, as disputas eleitorais são cada vez mais complexas
e competitivas. Eleição após eleição, os partidos políticos procuram profissionalizar suas campanhas
incorporando novas ferramentas que melhorem seu desempenho eleitoral. Assim, a “intuição”, o
“improviso”, o “voluntarismo” ou “faro político” que caracterizavam a organização das campanhas
políticas tradicionais estão sendo complementados por técnicas mais modernas de Planejamento e Gestão.
Os benefícios de trabalhar de forma planejada são muitos.
O Planejamento permite:
Aproveitar melhor os recursos disponíveis – dinheiro, pessoas, tempo, apoios, etc. - que, geralmente, são
escassos. Quando os recursos são poucos, então o segredo é saber usá-los da forma mais eficiente
possível.
Ter um maior controle do desenvolvimento da campanha. Por exemplo, avaliar se os objetivos estão
sendo atingidos ou não, saber se as tarefas estão sendo cumpridas em tempo e forma, etc.
Melhorar o trabalho em equipe, promovendo uma visão compartilhada das metas que se pretende
alcançar em cada momento da campanha. Conhecendo os objetivos procurados, os militantes,
simpatizantes e colaboradores compreenderão melhor a importância da sua tarefa na estratégia geral.
Distribuir as responsabilidades e descentralizar as tarefas, evitando a concentração e a sobrecarga de
trabalho em umas poucas pessoas.
Além de promover um maior envolvimento da equipe com a campanha, a experiência de trabalhar com
método, de forma sistemática, serve também para incorporar e formar as futuras equipes de governo.
Especialmente nos pequenos municípios, onde o PT está em fase de estruturação e a necessidade de téc-
nicos, dirigentes e lideranças é maior.
Para facilitar a organização e o planejamento, sugerimos dividir a campanha em seis fases ou momentos:
1 Pré-campanha: até 5 de julho (3 meses).
2 Lançamento da Campanha: 6 a 20 de julho (2 semanas).
3 Desenvolvimento da Campanha: 21 de julho a 20 de setembro (8 semanas).
4 Reta de chegada: 21 de setembro ao dia da eleição (15 dias).
5 Campanhas com 2° Turno: 7 a 31 de outubro (3 semanas).
PREPARANDO A PRÉ-CAMPANHA
Na fase de pré campanha, três tarefas se apresentam como prioritárias:
1 A construção de alianças eleitorais;
2 A criação de um Programa de Governo;
3 A elaboração de plataformas de comunicação envolvendo assessores, coordenadores de área, lideranças
comunitárias, políticas, simpatizantes e colaboradores.
Um dos momentos fundamentais dessa fase de pré-campanha é a realização, assim que seja possível, de
um Seminário de Planejamento com a participação das pessoas-chave da campanha. Os conteúdos a
trabalhar neste primeiro momento podem ser:
Planejar um esquema de trabalho político-eleitoral organizado e eficaz.
Definir com clareza os objetivos, limites e possibilidades da candidatura.
Caso não seja possível contar com apoio externo, aí vão algumas dicas sobre a organização do seminário
de planejamento de campanha sobre os principais pontos a serem tratados nesta etapa de pré-campanha.
DICAS PARA ORGANIZAÇÃO DE UM SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO
ELEITORAL
Elabore uma lista das pessoas que devem participar do Seminário e faça o convite;
Reserve 2 dias para o evento, preferencialmente em local afastado;
É ideal que o local tenha uma sala espaçosa para a reunião e, se for possível, salas menores para trabalho
em grupos;
Não esqueça de prever um esquema de alimentação e deslocamento dos participantes;
Elabore um Roteiro Básico com os itens a serem discutidos (ver dicas a seguir);
Procure e organize toda a informação que possa ser necessária para as discussões (relatórios de
desempenho eleitoral, resultados de pesquisa, etc.).
CANDIDATURA PARA VEREADOR(A), IDENTIFICAR:
Os principais aspectos positivos da imagem do(a) candidato(a) que devem ser reforçados, e como;
Os principais aspectos negativos da imagem do(a) candidato(a) que necessitam ser neutralizados, e
como;
Qual a principal área temática e/ou geográfica e/ou social de atuação da campanha e do mandato
(principais bandeiras);
Qual o público-alvo da campanha (onde vou fazer a campanha?);
Quem e quais são os apoiadores da candidatura (recomenda-se organizar uma lista de apoiadores e
formas de apoio, bem como grupos que formarão comitês de apoio local);
As principais realizações do governo federal que poderão ser importantes na campanha;
Os principais problemas do governo federal e como poderemos rebater as críticas que venham a ser feitas
por nossos adversários;
Definição de uma orientação estratégica para o discurso político eleitoral do(a) candidato(a);
Os principais atores relevantes (lideranças, setores, áreas) para essa candidatura e as ações necessárias
para mobilizá-los ou neutralizá-los;
As principais necessidades de estrutura (mídia, propaganda, infra-estrutura).
Em todos os casos, identificar prazos e responsáveis para a execução de cada uma das ações levantadas (o
“como fazer”...) e também montar um orçamento preliminar de tudo o que foi definido.
AÇÕES INDISPENSÁVEIS NESSA FASE
Integração dos participantes e apoiadores do PT/aliados nos municípios;
Montagem de uma coordenação municipal para a campanha eleitoral;
Estimular as coordenações municipais a fazer planejamento estratégico de campanha;
Montar chapa de vereadores;
Incentivar os pré-candidatos a vereador a fazer planejamento de suas campanhas;
A partir do planejamento:
Montar um calendário de eventos e momentos-chave até o dia da eleição: conferência eleitoral do PT,
convenções, confirmação de candidaturas, festas locais e regionais importantes, datas e prazos legais
definidos pelo TSE, previsão de datas para lançamento de candidaturas, comícios, etc.;
Analisar as composições prováveis de alianças e realizar contatos visando a construção de uma frente de
partidos para a disputa eleitoral;
Montagem de diagnóstico de situação da prefeitura/indicadores de políticas públicas do governo;
Identificar temas relevantes para construir o Programa de Governo, eixos nacionais, regionais e locais;
Levantamento de temas e programas de governo federal e estaduais que podem gerar impacto local;
Discussão e realização de Pesquisa de Opinião com vistas a levantar informação qualificada ainda na
fase de pré-campanha;
Iniciar levantamento de informações jurídicas e obter apoio especializado;
Iniciar organização de assessoria de imprensa e construção de relacionamento com as mídias locais;
Articulação de segmentos públicos da campanha, com definição de segmentos sociais e econômicos
estratégicos e de públicos por áreas geográficas;
Consolidar contatos e apoio com o PT no Estado, governo federal e cidades governadas pelo PT;
Identificar áreas, locais e meios para viabilizar a propaganda eleitoral a partir de julho de 2004: terrenos
e locais para placas e faixas, muros para pintura - buscar definir compromissos de cessão futura;
Levantar um orçamento preliminar para toda a campanha eleitoral;
Iniciar a montagem de uma Estrutura de Campanha, regionalização de comitês, apoios nos bairros,
discussão e implementação preliminar de infra-estrutura.
COORDENAÇÃO DE CAMPANHA
Um passo fundamental para a campanha é a escolha de uma coordenação para os trabalhos. Para que uma
campanha seja vitoriosa, sua coordenação deve ter unidade em sua linha política, em todas as decisões,
desde as mais simples até as mais delicadas e complexas.
A coordenação deverá ter:
Um nível de organização e disciplina capaz de dar conta do objetivo principal que é vencer as eleições;
Deve ser enxuta para ter dinamismo, corresponder à realidade partidária e ser organizada de forma a
cumprir todas as responsabilidades que a ela serão delegadas, incluindo o relacionamento com os partidos
aliados e coligados;
As primeiras tarefas da fase de pré-campanha a serem realizadas pela coordenação são:
debater as diretrizes estratégicas e fazer um planejamento para a campanha;
preparar a militância e apoiadores;
articular as alianças;
organizar as equipes de trabalho e definir responsáveis pelas ações, prazos e como será feito o
acompanhamento dos trabalhos;
conduzir a escolha das chapas majoritária e proporcional;
organizar os procedimentos para a definição e acompanhamento da agenda do(a) candidato(a);
elaborar um primeiro orçamento para a campanha;
deflagrar o debate sobre o Programa de Governo.
AAGENDA DO(A) CANDIDATO(A)
A melhor utilização do tempo do(a) candidato(a) é um requisito fundamental ao longo da campanha.
Já desde a fase de pré-campanha, cada dia ou atividade mal programada implica em tempo desperdiçado
que não poderá ser recuperado. Cada fase da campanha tem uma duração limitada e, especialmente para o
candidato, muito curta. A cada dia que passa todo candidato ficará mais e mais dependente de uma boa
orientação política, que se revelará em sua agenda diária de trabalho.
A agenda de campanha deve combinar orientação estratégica com flexibilidade. Na disputa eleitoral, a
todo momento, e desde a fase de pré-campanha, surgem fatos novos, ocorrem surpresas que tomarão uma
parcela de tempo. A agenda do candidato e a programação das ações devem ser vistas como elementos
estratégicos que estruturam e potencializam a campanha.
A agenda tem que representar as ações mais importantes definidas no planejamento de campanha. É
preciso evitar agendar atividades que beneficiam exclusivamente a campanhas de vereadores. Importante
também é garantir tempo para que o(a) candidato(a) possa estudar temas relevantes, locais e nacionais,
que estejam relacionados com a campanha. Prever também pequenas folgas entre as atividades para que
o(a) candidato(a) tenha melhores condições de se sair bem em todas as atividades agendadas (condições
físicas e emocionais).
Planejamento%20de%20 pr%c3%a9 campanha

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  • 1. PLANEJAMENTO DE PRÉ-CAMPANHA Agora você tem uma das coisas mais importantes em toda campanha eleitoral: você tem tempo. Tempo para se preparar. Tempo de fazer pesquisa, de organizar sua equipe, de conhecer os problemas da sua cidade, do seu bairro, de pensar propostas para resolvê-los, de procurar apoios, de fortalecer sua relação com o eleitor, de melhorar e fazer a comunicação sobre a sua gestão se você estiver no governo. Enfim, tempo para construir a sua vitória. Na medida em que a democracia vai se consolidando, as disputas eleitorais são cada vez mais complexas e competitivas. Eleição após eleição, os partidos políticos procuram profissionalizar suas campanhas incorporando novas ferramentas que melhorem seu desempenho eleitoral. Assim, a “intuição”, o “improviso”, o “voluntarismo” ou “faro político” que caracterizavam a organização das campanhas políticas tradicionais estão sendo complementados por técnicas mais modernas de Planejamento e Gestão. Os benefícios de trabalhar de forma planejada são muitos. O Planejamento permite: Aproveitar melhor os recursos disponíveis – dinheiro, pessoas, tempo, apoios, etc. - que, geralmente, são escassos. Quando os recursos são poucos, então o segredo é saber usá-los da forma mais eficiente possível. Ter um maior controle do desenvolvimento da campanha. Por exemplo, avaliar se os objetivos estão sendo atingidos ou não, saber se as tarefas estão sendo cumpridas em tempo e forma, etc. Melhorar o trabalho em equipe, promovendo uma visão compartilhada das metas que se pretende alcançar em cada momento da campanha. Conhecendo os objetivos procurados, os militantes, simpatizantes e colaboradores compreenderão melhor a importância da sua tarefa na estratégia geral. Distribuir as responsabilidades e descentralizar as tarefas, evitando a concentração e a sobrecarga de trabalho em umas poucas pessoas. Além de promover um maior envolvimento da equipe com a campanha, a experiência de trabalhar com método, de forma sistemática, serve também para incorporar e formar as futuras equipes de governo. Especialmente nos pequenos municípios, onde o PT está em fase de estruturação e a necessidade de téc- nicos, dirigentes e lideranças é maior. Para facilitar a organização e o planejamento, sugerimos dividir a campanha em seis fases ou momentos: 1 Pré-campanha: até 5 de julho (3 meses). 2 Lançamento da Campanha: 6 a 20 de julho (2 semanas). 3 Desenvolvimento da Campanha: 21 de julho a 20 de setembro (8 semanas). 4 Reta de chegada: 21 de setembro ao dia da eleição (15 dias). 5 Campanhas com 2° Turno: 7 a 31 de outubro (3 semanas). PREPARANDO A PRÉ-CAMPANHA Na fase de pré campanha, três tarefas se apresentam como prioritárias: 1 A construção de alianças eleitorais; 2 A criação de um Programa de Governo; 3 A elaboração de plataformas de comunicação envolvendo assessores, coordenadores de área, lideranças comunitárias, políticas, simpatizantes e colaboradores. Um dos momentos fundamentais dessa fase de pré-campanha é a realização, assim que seja possível, de um Seminário de Planejamento com a participação das pessoas-chave da campanha. Os conteúdos a trabalhar neste primeiro momento podem ser: Planejar um esquema de trabalho político-eleitoral organizado e eficaz. Definir com clareza os objetivos, limites e possibilidades da candidatura.
  • 2. Caso não seja possível contar com apoio externo, aí vão algumas dicas sobre a organização do seminário de planejamento de campanha sobre os principais pontos a serem tratados nesta etapa de pré-campanha. DICAS PARA ORGANIZAÇÃO DE UM SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO ELEITORAL Elabore uma lista das pessoas que devem participar do Seminário e faça o convite; Reserve 2 dias para o evento, preferencialmente em local afastado; É ideal que o local tenha uma sala espaçosa para a reunião e, se for possível, salas menores para trabalho em grupos; Não esqueça de prever um esquema de alimentação e deslocamento dos participantes; Elabore um Roteiro Básico com os itens a serem discutidos (ver dicas a seguir); Procure e organize toda a informação que possa ser necessária para as discussões (relatórios de desempenho eleitoral, resultados de pesquisa, etc.). CANDIDATURA PARA VEREADOR(A), IDENTIFICAR: Os principais aspectos positivos da imagem do(a) candidato(a) que devem ser reforçados, e como; Os principais aspectos negativos da imagem do(a) candidato(a) que necessitam ser neutralizados, e como; Qual a principal área temática e/ou geográfica e/ou social de atuação da campanha e do mandato (principais bandeiras); Qual o público-alvo da campanha (onde vou fazer a campanha?); Quem e quais são os apoiadores da candidatura (recomenda-se organizar uma lista de apoiadores e formas de apoio, bem como grupos que formarão comitês de apoio local); As principais realizações do governo federal que poderão ser importantes na campanha; Os principais problemas do governo federal e como poderemos rebater as críticas que venham a ser feitas por nossos adversários; Definição de uma orientação estratégica para o discurso político eleitoral do(a) candidato(a); Os principais atores relevantes (lideranças, setores, áreas) para essa candidatura e as ações necessárias para mobilizá-los ou neutralizá-los; As principais necessidades de estrutura (mídia, propaganda, infra-estrutura). Em todos os casos, identificar prazos e responsáveis para a execução de cada uma das ações levantadas (o “como fazer”...) e também montar um orçamento preliminar de tudo o que foi definido. AÇÕES INDISPENSÁVEIS NESSA FASE Integração dos participantes e apoiadores do PT/aliados nos municípios; Montagem de uma coordenação municipal para a campanha eleitoral; Estimular as coordenações municipais a fazer planejamento estratégico de campanha; Montar chapa de vereadores; Incentivar os pré-candidatos a vereador a fazer planejamento de suas campanhas; A partir do planejamento: Montar um calendário de eventos e momentos-chave até o dia da eleição: conferência eleitoral do PT, convenções, confirmação de candidaturas, festas locais e regionais importantes, datas e prazos legais definidos pelo TSE, previsão de datas para lançamento de candidaturas, comícios, etc.; Analisar as composições prováveis de alianças e realizar contatos visando a construção de uma frente de partidos para a disputa eleitoral; Montagem de diagnóstico de situação da prefeitura/indicadores de políticas públicas do governo; Identificar temas relevantes para construir o Programa de Governo, eixos nacionais, regionais e locais; Levantamento de temas e programas de governo federal e estaduais que podem gerar impacto local; Discussão e realização de Pesquisa de Opinião com vistas a levantar informação qualificada ainda na
  • 3. fase de pré-campanha; Iniciar levantamento de informações jurídicas e obter apoio especializado; Iniciar organização de assessoria de imprensa e construção de relacionamento com as mídias locais; Articulação de segmentos públicos da campanha, com definição de segmentos sociais e econômicos estratégicos e de públicos por áreas geográficas; Consolidar contatos e apoio com o PT no Estado, governo federal e cidades governadas pelo PT; Identificar áreas, locais e meios para viabilizar a propaganda eleitoral a partir de julho de 2004: terrenos e locais para placas e faixas, muros para pintura - buscar definir compromissos de cessão futura; Levantar um orçamento preliminar para toda a campanha eleitoral; Iniciar a montagem de uma Estrutura de Campanha, regionalização de comitês, apoios nos bairros, discussão e implementação preliminar de infra-estrutura. COORDENAÇÃO DE CAMPANHA Um passo fundamental para a campanha é a escolha de uma coordenação para os trabalhos. Para que uma campanha seja vitoriosa, sua coordenação deve ter unidade em sua linha política, em todas as decisões, desde as mais simples até as mais delicadas e complexas. A coordenação deverá ter: Um nível de organização e disciplina capaz de dar conta do objetivo principal que é vencer as eleições; Deve ser enxuta para ter dinamismo, corresponder à realidade partidária e ser organizada de forma a cumprir todas as responsabilidades que a ela serão delegadas, incluindo o relacionamento com os partidos aliados e coligados; As primeiras tarefas da fase de pré-campanha a serem realizadas pela coordenação são: debater as diretrizes estratégicas e fazer um planejamento para a campanha; preparar a militância e apoiadores; articular as alianças; organizar as equipes de trabalho e definir responsáveis pelas ações, prazos e como será feito o acompanhamento dos trabalhos; conduzir a escolha das chapas majoritária e proporcional; organizar os procedimentos para a definição e acompanhamento da agenda do(a) candidato(a); elaborar um primeiro orçamento para a campanha; deflagrar o debate sobre o Programa de Governo. AAGENDA DO(A) CANDIDATO(A) A melhor utilização do tempo do(a) candidato(a) é um requisito fundamental ao longo da campanha. Já desde a fase de pré-campanha, cada dia ou atividade mal programada implica em tempo desperdiçado que não poderá ser recuperado. Cada fase da campanha tem uma duração limitada e, especialmente para o candidato, muito curta. A cada dia que passa todo candidato ficará mais e mais dependente de uma boa orientação política, que se revelará em sua agenda diária de trabalho. A agenda de campanha deve combinar orientação estratégica com flexibilidade. Na disputa eleitoral, a todo momento, e desde a fase de pré-campanha, surgem fatos novos, ocorrem surpresas que tomarão uma parcela de tempo. A agenda do candidato e a programação das ações devem ser vistas como elementos estratégicos que estruturam e potencializam a campanha. A agenda tem que representar as ações mais importantes definidas no planejamento de campanha. É preciso evitar agendar atividades que beneficiam exclusivamente a campanhas de vereadores. Importante também é garantir tempo para que o(a) candidato(a) possa estudar temas relevantes, locais e nacionais, que estejam relacionados com a campanha. Prever também pequenas folgas entre as atividades para que o(a) candidato(a) tenha melhores condições de se sair bem em todas as atividades agendadas (condições físicas e emocionais).