SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 12
Universidade Católica de Pelotas
 Programa de Pós-Graduação em Letras
      Discurso e Relações Sociais
            Eliane Campelo




Interdiscursividade e
  Intertextualidade

                                       Mabel Oliveira Teixeira




      Pelotas, dezembro de 2009
Introdução
Mickhail Bakhtin   Ilustração:
                         Sattu   Segundo       Fiorin    (2006),   o      termo
                                 intertextualidade não está presente na obra
                                 Bakhtiniana. Há uma única ocorrência do
                                 termo que se dá em função de uma tradução
                                 de Julia Kristeva, autora que iniciou os
                                 estudos sobre este teórico na França. Com a
                                 obra de Kristeva o termo intertextualidade
                                 passou a ser associado a Bakhtin e ganhou
                                 prestígio no Ocidente. Em 1967, Kristeva
                                 publica um artigo em que discute as teorias
                                 bakhtinianas. A autora identifica discurso
                                 como sendo um cruzamento de discursos
                                 no qual está presente ao menos um outro
                                 discurso,    substituindo   o   conceito    de
                                 intersubjetividade pelo de intertextualidade.
                                 Dessa forma, tem – se a idéia da construção
                                 do texto através da intertextualidade.
“O discurso (o texto) é um cruzamento de
   discursos (de textos) em que se lê, pelo
      menos, um outro discurso (texto)”
          (KRISTEVA, 1967, p.84).


Desta forma, tem-se a idéia da construção do texto através da
intertextualidade. Mas o texto aqui não é mais entendido como
único, inédito, inquestionável – ligado a metafísica da verdade. No
final do século XIX, a idéia de texto passou a se estabelecer “[...]na
medida em que é prática significante, em que desconstrói e
reconstrói a língua, em que é o lugar da constituição do sujeito,
em que seu modo de funcionamento real é a relação constitutiva
com outros textos, poderia facilmente recobrir aquilo que
entendemos por discurso”(BARTHES; KRISTEVA apud FIORIN,
2006, p. 165).
- Ao observarmos o pensamento bakhtiniano por meio de estudiosos como
Fiorin, notamos que a relação entre discursos aparece, em seus textos, como
dialogismo. Para ele, dialogismo não se resume a “interação face a face”,
pois é bem mais amplo. Ocorre em todos os enunciados da comunicação. E
é sempre entre discursos: do locutor e do interlocutor. Fiorin (2006) mostra
que o dialogismo para Bakhtin é o modo de funcionamento real da
linguagem, já que o homem estabelece uma relação com a realidade a partir
da linguagem, tendo assim relação com os discursos que dão sentido às
coisas. E também é uma forma particular de composição do discurso, porque
todo discurso é construído a partir da relação com outro discurso, mantendo a
sua individualidade.

“[...] Um dos significados da palavra diálogo é o que remete à ‘solução
   de conflitos’, entendimento, promoção de consenso; no entanto, o
 dialogismo é tanto convergência, quanto divergência; é tanto acordo,
        quanto desacordo é tanto adesão, quanto recusa, é tanto
                      complemento, quanto embate”
                  (FARACO apud FIORIN, 2006, p.170)
- Segundo Bakhtin, a incorporação das vozes no enunciado pode ocorrer de
duas maneiras:

1.) Na primeira percebemos claramente o discurso do outro no enunciado
através do discurso direto e indireto, das aspas e da negação.

2.) Na segunda o discurso do outro é interno, também chamado de bivocal,
ocorrendo através de formas como paródia, estilização, polêmica velada ou
clara e discurso indireto livre.

- O que diferencia texto de enunciado, segundo Bakhtin, é o fato do texto ser
uma manifestação do pensamento, emoção, sentido e significado
representando, assim, uma realidade imediata. O texto se torna reproduzível
somente ao que compete a ordem da língua e em todos os outros aspectos
é irreproduzível por ser sempre um novo acontecimento devido a relação
dialógica. O texto considerado isoladamente é uma unidade de signos e, só a
partir do momento em que é usado para a manifestação da intenção do
indivíduo, assume uma postura dialógica - tornado-se um enunciado. Assim, o
texto não é um enunciado em si, ele se torna a partir do momento em que se
tem uma intenção e da sua respectiva execução.
- Bakhtin também faz uma distinção entre enunciado e discurso, mostrando
que o primeiro é constitutivo do segundo. É o que se pode verificar no
seguinte fragmento:


 “O discurso deve ser entendido como uma abstração: uma posição
   social considerada fora das relações dialógicas, vista como uma
   identidade. Poder –se – ia então acusar Bakhtin de considerar as
relações dialógicas como exteriores ao discurso. Não, pelo contrário, o
     enunciado (interdiscurso) não é um conjunto de relações entre
  intradiscursos (discurso, em Bakhtin). O interdiscurso é interior ao
 intradiscurso, é constitutivo dele. Na comunicação verbal real, o que
    existem são enunciados, que são constitutivamente dialógicos. O
   discurso é apenas a realidade aparente (mas realidade) de que os
    falantes concebem seu discurso autonomamente, dão a ele uma
     identidade essencial. Entretanto, no seu funcionamento real, a
                        linguagem é dialógica”
                         (FIORIN, 2006, p.181).
Intertextualidade e Interdiscursividade
- Para Fiorin (2006), a intertextualidade ocorre nas relações dialógicas entre
textos, sendo uma materialização, em textos, da relação discursiva. Essa
relação entre as diferentes vozes e discursos, é o processo de
incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido, seja
para transformá-lo. Dessa forma, o artista confere ao texto construído uma
nova roupagem.
- Segundo o autor (1994), existem três processos de intertextualidade:

1.) Citação: aquele processo capaz de concordar com o sentido do texto
citado ou modificá-lo. Estabelece uma relação de oposição ou concordância.
2.) Alusão: processo pelo qual o artista retoma o texto do outro, repetindo
construções sintáticas. Para isso, há a substituição de algumas dessas
construções por outras, porém são mantidas relações hiperonímicas ou
figurativizações do mesmo tema. Também pode estabelecer uma relação de
oposição ou concordância.
3.) Estilização: é a reprodução do estilo do outro, sendo estilo entendido como
o que mantém a individualidade, a marca pessoal do autor através da forma,
estrutura e do conteúdo do texto. Esse aspecto intertextual pode apresentar
duas funções: polêmica ou contratual.
- Quando, por exemplo, a relação dialógica não se manifesta no texto, temos
interdiscursividade, mas não intertextualidade. No entanto é preciso
observar que nem todas as relações dialógicas mostradas no texto devem ser
consideradas intertextuais.

                                           intertextuais (entre textos)

- Bakhtin fala em relações dialógicas

                                          intratextuais (dentro do texto)

- As relações dialógicas ocorrem dentro do texto quando as duas vozes se
acham no interior de um mesmo texto – quando um texto tem uma
existência fora do texto que o contém.

- A intertextualidade é o processo da relação dialógica não somente entre duas
“posturas de sentido”, mas também entre duas materialidades linguísticas.

- A intertextualidade pode se dar, também, entre diferentes estilos.
- Já a interdiscursividade, para Fiorin (1994, 2006), ocorre na medida em que
há uma relação dialógica, estabelecendo-se uma relação de sentido. Na
interdiscursividade há a incorporação de temas, idéias e figuras do outro,
que podem ser negadas ou aceitas. Existem dois processos de
interdiscursividade:

1.) Citação: quando um discurso repete temas e figuras de outro. Pode ocorrer
de forma contratual ou polêmica.

 2.) Alusão: acontece quando há uma incorporação de percursos temáticos e/
ou figurativos de um discurso que servirá para a contextualização,
possibilitando a compreensão do mesmo.

  “A interdiscursividade não implica a intertextualidade, embora o
 contrário seja verdadeiro, pois ao se referir a um texto, o enunciador
          se refere, também, ao discurso que ele manifesta”
                         (FIORIN, 1994, p.35).

- Ao contrário da intertextualidade, a interdiscursividade é necessária para
a formação de um texto, porque o discurso é social e o texto é construído a
partir da relação que um discurso estabelece com outros.
Conclusão
- SE

                  TEXTO                      ENUNCIADO
        Manifestação do enunciado     Se constitui nas relações
        (a realidade imediata dada    dialógicas.
        ao leitor).


               CIENTES DISSO, PODEMOS DIFERENCIAR

          INTERDISCURSIVIDADE           INTERTEXTUALIDADE
         Qualquer relação dialógica   Tipo particular de interdis-
         entre enunciados.            cursividade, aquela em que
                                      se encontra num texto duas
                                      materialidades textuais
                                      distintas.
- O discurso em Bakhtin é linguístico e histórico.

- É na relação com o discurso do Outro, que se apreende a história que
perpassa o discurso. Essa relação está inscrita na própria interioridade do
discurso, constitutivamente ou mostradamente.

- Com a concepção dialógica da linguagem, a análise histórica de um texto
deixa de ser a descrição da época em que o texto foi produzido e passa a
ser uma fina e sutil análise semântica que leva em conta confrontos
sêmicos, deslizamentos de sentidos, apagamentos de significados, etc.
Universidade Católica de Pelotas
Programa de Pós-Graduação em Letras




               Fim



              Pelotas, 2009




     Pelotas, dezembro de 2009

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literárioFábio Guimarães
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros TextuaisEdna Brito
 
Linguagem, língua e fala
Linguagem, língua e falaLinguagem, língua e fala
Linguagem, língua e falaJirede Abisai
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaismarlospg
 
Formalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoFormalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoDaniele Silva
 
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto) fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)Taty Cruz
 
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidade
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeRESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidade
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeÉrica Camargo
 
Concordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalConcordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalRebeca Kaus
 
Frase, Oração e Periodo.
Frase, Oração e Periodo.Frase, Oração e Periodo.
Frase, Oração e Periodo.Keu Oliveira
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eThiago Soares
 

Was ist angesagt? (20)

Textualidade e a construção dos sentidos
Textualidade e a construção dos sentidosTextualidade e a construção dos sentidos
Textualidade e a construção dos sentidos
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Gêneros Textuais
Gêneros TextuaisGêneros Textuais
Gêneros Textuais
 
Coesão Textual
Coesão TextualCoesão Textual
Coesão Textual
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Linguagem, língua e fala
Linguagem, língua e falaLinguagem, língua e fala
Linguagem, língua e fala
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
 
Teoria da enunciação
Teoria da enunciaçãoTeoria da enunciação
Teoria da enunciação
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Formalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoFormalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismo
 
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto) fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
fundamentos e metodologia da lingua portuguesa (pronto)
 
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidade
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidadeRESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidade
RESUMO - KOCH e ELIAS intertextualidade
 
4. generos textuais aula 3
4. generos textuais   aula 34. generos textuais   aula 3
4. generos textuais aula 3
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 
Concordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominalConcordancia verbal e nominal
Concordancia verbal e nominal
 
Frase, Oração e Periodo.
Frase, Oração e Periodo.Frase, Oração e Periodo.
Frase, Oração e Periodo.
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 

Andere mochten auch

Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeTexto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeA vida
 
Intertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeIntertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeFrancione Brito
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoPré Master
 
Texto e discurso as vozes presentes no texto
Texto e discurso   as vozes presentes no textoTexto e discurso   as vozes presentes no texto
Texto e discurso as vozes presentes no textoRoberta Scheibe
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochmarimidlej
 
Dialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e IntertextualidadeDialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e IntertextualidadeEntreter Ong
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTOMarcelo Cordeiro Souza
 
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literárias
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literáriasIntertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literárias
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literáriasEdilson A. Souza
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoEva Rocha
 
O texto as propriedades de um texto
O texto   as propriedades de um textoO texto   as propriedades de um texto
O texto as propriedades de um textoRoberta Scheibe
 
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso admLinguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso admelizabeth gil
 
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02Edilson A. Souza
 
Concepções de linguagem
Concepções de linguagemConcepções de linguagem
Concepções de linguagemKelly Moraes
 

Andere mochten auch (20)

Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividadeTexto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
Texto, discurso, intertextualidade e interdiscursividade
 
Intertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividadeIntertextualidade interdiscursividade
Intertextualidade interdiscursividade
 
Texto e discurso
Texto e discursoTexto e discurso
Texto e discurso
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E Texto
 
Texto e discurso as vozes presentes no texto
Texto e discurso   as vozes presentes no textoTexto e discurso   as vozes presentes no texto
Texto e discurso as vozes presentes no texto
 
Discurso citado
Discurso citadoDiscurso citado
Discurso citado
 
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_kochIntertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
Intertextualidade e polifonia cap 5 parte 1_apresentar_koch
 
Dialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e IntertextualidadeDialogismo e Intertextualidade
Dialogismo e Intertextualidade
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
AULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTOAULA 02 -  FATORES DE TEXTUALIDADE  - PRONTO
AULA 02 - FATORES DE TEXTUALIDADE - PRONTO
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Intertexto.
Intertexto.Intertexto.
Intertexto.
 
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literárias
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literáriasIntertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literárias
Intertextualidade e interdiscursividade nas linguagens midiáticas e literárias
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentido
 
O texto as propriedades de um texto
O texto   as propriedades de um textoO texto   as propriedades de um texto
O texto as propriedades de um texto
 
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso admLinguagem, lingua, fala, discurso adm
Linguagem, lingua, fala, discurso adm
 
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
 
Concepções de linguagem
Concepções de linguagemConcepções de linguagem
Concepções de linguagem
 
Slide elaborado a construção do texto
Slide elaborado   a construção do textoSlide elaborado   a construção do texto
Slide elaborado a construção do texto
 

Ähnlich wie Interdiscursividade e intertextualidade

Intertextualidade e propaganda
Intertextualidade e propagandaIntertextualidade e propaganda
Intertextualidade e propagandaEdilson A. Souza
 
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtinConcepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtinDouradoalcantara
 
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...planetanet
 
Princípios da intertextualidade
Princípios da intertextualidadePrincípios da intertextualidade
Princípios da intertextualidadeEdilson A. Souza
 
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade -  nº 43 espéculo (ucm),...Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade -  nº 43 espéculo (ucm),...
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
 
Os gêneros do discurso
Os gêneros do discursoOs gêneros do discurso
Os gêneros do discursoNayane Maciel
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
 
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.ppt
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.pptseminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.ppt
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.pptRoseCunha16
 
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemSeminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemdeismachadoo
 
Intertextualidade é metalinguagem
Intertextualidade é metalinguagemIntertextualidade é metalinguagem
Intertextualidade é metalinguagemEdilson A. Souza
 
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefania
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefaniaIntertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefania
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefaniaEdilson A. Souza
 
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptadrianomcosta3
 

Ähnlich wie Interdiscursividade e intertextualidade (20)

95046107 cole-4293
95046107 cole-429395046107 cole-4293
95046107 cole-4293
 
A intertextualidade[1]
A intertextualidade[1]A intertextualidade[1]
A intertextualidade[1]
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Intertextualidade e propaganda
Intertextualidade e propagandaIntertextualidade e propaganda
Intertextualidade e propaganda
 
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtinConcepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
 
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...
 
419-1362-1-PB (1).pdf
419-1362-1-PB (1).pdf419-1362-1-PB (1).pdf
419-1362-1-PB (1).pdf
 
Intertextualidae ..
Intertextualidae ..Intertextualidae ..
Intertextualidae ..
 
Princípios da intertextualidade
Princípios da intertextualidadePrincípios da intertextualidade
Princípios da intertextualidade
 
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade -  nº 43 espéculo (ucm),...Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade -  nº 43 espéculo (ucm),...
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...
 
Os gêneros do discurso
Os gêneros do discursoOs gêneros do discurso
Os gêneros do discurso
 
Análise do discurso
Análise do discursoAnálise do discurso
Análise do discurso
 
Leitor discurso
Leitor discursoLeitor discurso
Leitor discurso
 
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasO banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianas
 
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.ppt
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.pptseminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.ppt
seminriomarxismoefilosofiadalinguagem-130718083414-phpapp02.ppt
 
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagemSeminário marxismo e filosofia da linguagem
Seminário marxismo e filosofia da linguagem
 
Intertextualidade é metalinguagem
Intertextualidade é metalinguagemIntertextualidade é metalinguagem
Intertextualidade é metalinguagem
 
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefania
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefaniaIntertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefania
Intertextualidade a construcao_de_sentido_na_stefania
 
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.pptanlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
anlisededodiscurso-140409123243-phpapp02.ppt
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 

Mehr von Mabel Teixeira

Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado Moderno
Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado ModernoPesquisa e opinião pública - Origem do Estado Moderno
Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado ModernoMabel Teixeira
 
(Apt)português fadisma
(Apt)português fadisma(Apt)português fadisma
(Apt)português fadismaMabel Teixeira
 
Salão universitário 2012 tweet noticioso a forma da notícia no twitter
Salão universitário 2012   tweet noticioso a forma da notícia no twitterSalão universitário 2012   tweet noticioso a forma da notícia no twitter
Salão universitário 2012 tweet noticioso a forma da notícia no twitterMabel Teixeira
 
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)Mabel Teixeira
 
Rede Social (Parte 1 - resumo)
Rede Social (Parte 1 - resumo) Rede Social (Parte 1 - resumo)
Rede Social (Parte 1 - resumo) Mabel Teixeira
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro) Mabel Teixeira
 
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetizaçãoConsciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetizaçãoMabel Teixeira
 
A Construção do Enunciado Jornalístico no Twitter
A Construção do Enunciado Jornalístico no TwitterA Construção do Enunciado Jornalístico no Twitter
A Construção do Enunciado Jornalístico no TwitterMabel Teixeira
 

Mehr von Mabel Teixeira (9)

Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado Moderno
Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado ModernoPesquisa e opinião pública - Origem do Estado Moderno
Pesquisa e opinião pública - Origem do Estado Moderno
 
(Apt)português fadisma
(Apt)português fadisma(Apt)português fadisma
(Apt)português fadisma
 
Salão universitário 2012 tweet noticioso a forma da notícia no twitter
Salão universitário 2012   tweet noticioso a forma da notícia no twitterSalão universitário 2012   tweet noticioso a forma da notícia no twitter
Salão universitário 2012 tweet noticioso a forma da notícia no twitter
 
Etnografia
EtnografiaEtnografia
Etnografia
 
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)
REDE SOCIAL (Parte 1 - resumo)
 
Rede Social (Parte 1 - resumo)
Rede Social (Parte 1 - resumo) Rede Social (Parte 1 - resumo)
Rede Social (Parte 1 - resumo)
 
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)  A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
A fala dos quartéis e as outras vozes (Resumo Livro)
 
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetizaçãoConsciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização
Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização
 
A Construção do Enunciado Jornalístico no Twitter
A Construção do Enunciado Jornalístico no TwitterA Construção do Enunciado Jornalístico no Twitter
A Construção do Enunciado Jornalístico no Twitter
 

Kürzlich hochgeladen

Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfHELENO FAVACHO
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptPedro Luis Moraes
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 

Interdiscursividade e intertextualidade

  • 1. Universidade Católica de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Letras Discurso e Relações Sociais Eliane Campelo Interdiscursividade e Intertextualidade Mabel Oliveira Teixeira Pelotas, dezembro de 2009
  • 2. Introdução Mickhail Bakhtin Ilustração: Sattu Segundo Fiorin (2006), o termo intertextualidade não está presente na obra Bakhtiniana. Há uma única ocorrência do termo que se dá em função de uma tradução de Julia Kristeva, autora que iniciou os estudos sobre este teórico na França. Com a obra de Kristeva o termo intertextualidade passou a ser associado a Bakhtin e ganhou prestígio no Ocidente. Em 1967, Kristeva publica um artigo em que discute as teorias bakhtinianas. A autora identifica discurso como sendo um cruzamento de discursos no qual está presente ao menos um outro discurso, substituindo o conceito de intersubjetividade pelo de intertextualidade. Dessa forma, tem – se a idéia da construção do texto através da intertextualidade.
  • 3. “O discurso (o texto) é um cruzamento de discursos (de textos) em que se lê, pelo menos, um outro discurso (texto)” (KRISTEVA, 1967, p.84). Desta forma, tem-se a idéia da construção do texto através da intertextualidade. Mas o texto aqui não é mais entendido como único, inédito, inquestionável – ligado a metafísica da verdade. No final do século XIX, a idéia de texto passou a se estabelecer “[...]na medida em que é prática significante, em que desconstrói e reconstrói a língua, em que é o lugar da constituição do sujeito, em que seu modo de funcionamento real é a relação constitutiva com outros textos, poderia facilmente recobrir aquilo que entendemos por discurso”(BARTHES; KRISTEVA apud FIORIN, 2006, p. 165).
  • 4. - Ao observarmos o pensamento bakhtiniano por meio de estudiosos como Fiorin, notamos que a relação entre discursos aparece, em seus textos, como dialogismo. Para ele, dialogismo não se resume a “interação face a face”, pois é bem mais amplo. Ocorre em todos os enunciados da comunicação. E é sempre entre discursos: do locutor e do interlocutor. Fiorin (2006) mostra que o dialogismo para Bakhtin é o modo de funcionamento real da linguagem, já que o homem estabelece uma relação com a realidade a partir da linguagem, tendo assim relação com os discursos que dão sentido às coisas. E também é uma forma particular de composição do discurso, porque todo discurso é construído a partir da relação com outro discurso, mantendo a sua individualidade. “[...] Um dos significados da palavra diálogo é o que remete à ‘solução de conflitos’, entendimento, promoção de consenso; no entanto, o dialogismo é tanto convergência, quanto divergência; é tanto acordo, quanto desacordo é tanto adesão, quanto recusa, é tanto complemento, quanto embate” (FARACO apud FIORIN, 2006, p.170)
  • 5. - Segundo Bakhtin, a incorporação das vozes no enunciado pode ocorrer de duas maneiras: 1.) Na primeira percebemos claramente o discurso do outro no enunciado através do discurso direto e indireto, das aspas e da negação. 2.) Na segunda o discurso do outro é interno, também chamado de bivocal, ocorrendo através de formas como paródia, estilização, polêmica velada ou clara e discurso indireto livre. - O que diferencia texto de enunciado, segundo Bakhtin, é o fato do texto ser uma manifestação do pensamento, emoção, sentido e significado representando, assim, uma realidade imediata. O texto se torna reproduzível somente ao que compete a ordem da língua e em todos os outros aspectos é irreproduzível por ser sempre um novo acontecimento devido a relação dialógica. O texto considerado isoladamente é uma unidade de signos e, só a partir do momento em que é usado para a manifestação da intenção do indivíduo, assume uma postura dialógica - tornado-se um enunciado. Assim, o texto não é um enunciado em si, ele se torna a partir do momento em que se tem uma intenção e da sua respectiva execução.
  • 6. - Bakhtin também faz uma distinção entre enunciado e discurso, mostrando que o primeiro é constitutivo do segundo. É o que se pode verificar no seguinte fragmento: “O discurso deve ser entendido como uma abstração: uma posição social considerada fora das relações dialógicas, vista como uma identidade. Poder –se – ia então acusar Bakhtin de considerar as relações dialógicas como exteriores ao discurso. Não, pelo contrário, o enunciado (interdiscurso) não é um conjunto de relações entre intradiscursos (discurso, em Bakhtin). O interdiscurso é interior ao intradiscurso, é constitutivo dele. Na comunicação verbal real, o que existem são enunciados, que são constitutivamente dialógicos. O discurso é apenas a realidade aparente (mas realidade) de que os falantes concebem seu discurso autonomamente, dão a ele uma identidade essencial. Entretanto, no seu funcionamento real, a linguagem é dialógica” (FIORIN, 2006, p.181).
  • 7. Intertextualidade e Interdiscursividade - Para Fiorin (2006), a intertextualidade ocorre nas relações dialógicas entre textos, sendo uma materialização, em textos, da relação discursiva. Essa relação entre as diferentes vozes e discursos, é o processo de incorporação de um texto em outro, seja para reproduzir o sentido, seja para transformá-lo. Dessa forma, o artista confere ao texto construído uma nova roupagem. - Segundo o autor (1994), existem três processos de intertextualidade: 1.) Citação: aquele processo capaz de concordar com o sentido do texto citado ou modificá-lo. Estabelece uma relação de oposição ou concordância. 2.) Alusão: processo pelo qual o artista retoma o texto do outro, repetindo construções sintáticas. Para isso, há a substituição de algumas dessas construções por outras, porém são mantidas relações hiperonímicas ou figurativizações do mesmo tema. Também pode estabelecer uma relação de oposição ou concordância. 3.) Estilização: é a reprodução do estilo do outro, sendo estilo entendido como o que mantém a individualidade, a marca pessoal do autor através da forma, estrutura e do conteúdo do texto. Esse aspecto intertextual pode apresentar duas funções: polêmica ou contratual.
  • 8. - Quando, por exemplo, a relação dialógica não se manifesta no texto, temos interdiscursividade, mas não intertextualidade. No entanto é preciso observar que nem todas as relações dialógicas mostradas no texto devem ser consideradas intertextuais. intertextuais (entre textos) - Bakhtin fala em relações dialógicas intratextuais (dentro do texto) - As relações dialógicas ocorrem dentro do texto quando as duas vozes se acham no interior de um mesmo texto – quando um texto tem uma existência fora do texto que o contém. - A intertextualidade é o processo da relação dialógica não somente entre duas “posturas de sentido”, mas também entre duas materialidades linguísticas. - A intertextualidade pode se dar, também, entre diferentes estilos.
  • 9. - Já a interdiscursividade, para Fiorin (1994, 2006), ocorre na medida em que há uma relação dialógica, estabelecendo-se uma relação de sentido. Na interdiscursividade há a incorporação de temas, idéias e figuras do outro, que podem ser negadas ou aceitas. Existem dois processos de interdiscursividade: 1.) Citação: quando um discurso repete temas e figuras de outro. Pode ocorrer de forma contratual ou polêmica. 2.) Alusão: acontece quando há uma incorporação de percursos temáticos e/ ou figurativos de um discurso que servirá para a contextualização, possibilitando a compreensão do mesmo. “A interdiscursividade não implica a intertextualidade, embora o contrário seja verdadeiro, pois ao se referir a um texto, o enunciador se refere, também, ao discurso que ele manifesta” (FIORIN, 1994, p.35). - Ao contrário da intertextualidade, a interdiscursividade é necessária para a formação de um texto, porque o discurso é social e o texto é construído a partir da relação que um discurso estabelece com outros.
  • 10. Conclusão - SE TEXTO ENUNCIADO Manifestação do enunciado Se constitui nas relações (a realidade imediata dada dialógicas. ao leitor). CIENTES DISSO, PODEMOS DIFERENCIAR INTERDISCURSIVIDADE INTERTEXTUALIDADE Qualquer relação dialógica Tipo particular de interdis- entre enunciados. cursividade, aquela em que se encontra num texto duas materialidades textuais distintas.
  • 11. - O discurso em Bakhtin é linguístico e histórico. - É na relação com o discurso do Outro, que se apreende a história que perpassa o discurso. Essa relação está inscrita na própria interioridade do discurso, constitutivamente ou mostradamente. - Com a concepção dialógica da linguagem, a análise histórica de um texto deixa de ser a descrição da época em que o texto foi produzido e passa a ser uma fina e sutil análise semântica que leva em conta confrontos sêmicos, deslizamentos de sentidos, apagamentos de significados, etc.
  • 12. Universidade Católica de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Letras Fim Pelotas, 2009 Pelotas, dezembro de 2009