5. HANSENÍASE (LEPRA)
Doença infecto-contagiosa, crônica, curável, causada pelo
bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grande
número de pessoas (alta infectividade), mas poucos
adoecem, (baixa patogenicidade). O poder imunogênico do
bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da
hanseníase.
O comprometimento dos nervos periféricos é a
característica principal da doença, dando-lhe um grande
potencial para provocar incapacidades físicas que podem,
inclusive, evoluir para deformidades.
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
6. DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE
• Um caso de hanseníase é uma
pessoa que apresenta uma ou mais
de uma das seguintes características
e que requer quimioterapia:
• lesão(ões) de pele com alteração de
sensibilidade;
• espessamento de nervo(s)
periférico(s), acompanhado de
alteração de sensibilidade;
• baciloscopia positiva para bacilo de
Hansen.
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
7. AGENTE ETIOLÓGICO
• A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae,
ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular
obrigatório, com afinidade por células cutâneas e
por células dos nervos periféricos, que se instala no
organismo da pessoa infectada, podendo se
multiplicar.
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
8. MODO DE TRANSMISSÃO
A principal via de eliminação do bacilo, pelo
indivíduo doente de hanseníase, e a mais
provável porta de entrada no organismo
passível de ser infectado são as vias aéreas
superiores, o trato respiratório. No
entanto, para que a transmissão do bacilo
ocorra, é necessário um contato direto
com a pessoa doente não tratada.
O aparecimento da doença na pessoa
infectada pelo bacilo, e suas diferentes
manifestações clínicas dependem dentre
outros fatores, da relação parasita /
hospedeiro e pode ocorrer após um longo
período de incubação, de 2 a 5 anos. A
hanseníase pode atingir pessoas de todas
as idades, de ambos os sexos, no entanto,
raramente ocorre em crianças.
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
9. Epidemiologia
• Além das condições individuais, outros fatores relacionados aos níveis de
endemia e às condições socioeconômicas desfavoráveis, assim como
condições precárias de vida e de saúde e o elevado número de pessoas
convivendo em um mesmo ambiente, influem no risco de adoecer.
• Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo,
constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno número
de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. Os casos
Paucibacilares, portanto, não são considerados importantes fontes de
transmissão da doença devido à sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas
podem até curar-se espontaneamente.
• Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se
multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior,
podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos
Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção da cadeia
epidemiológica da doença.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
10. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou
avermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa sente
formigamentos, choques e câimbras que evoluem para
dormência – se queima ou machuca sem perceber);
• Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem
sintomas ;
• Diminuição ou queda de pêlos, localizada ou difusa,
especialmente sobrancelhas;
• Falta ou ausência de sudorese no local - pele seca.
• As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia -
sensação de queimação, formigamento e/ou coceira - no local,
que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, não
coçam e o paciente refere dormência - diminuição ou perda de
sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato - em qualquer parte
do corpo.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 10
11. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Outros sintomas e sinais que têm sido também observados:
• Dor e/ou espessamento de nervos periféricos;
• Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados,
principalmente nos olhos, mãos e pés;
• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos,
principalmente nos membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras;
• Edema de mãos e pés;
• Febre e artralgia;
• Entupimento, feridas e ressecamento do nariz;
• Nódulos eritematosos dolorosos;
• Mal estar geral;
• Ressecamento dos olhos.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 11
12. Diagnóstico Diferencial
• As principais doenças dermatológicas são:
• Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante)
• Pitiríase Versicolor (“pano branco”)
• Vitiligo
• Dermatofitoses (Tinea corporis):
• • Doenças neurológicas: as principais são a:
• síndrome do túnel do carpo; meralgia
parestésica;
• neuropatia alcoólica,
• neuropatia diabética ,
• lesões por esforços repetitivos (LER/DORT).
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
13. Classificação operacional para fins de
tratamento quimioterápico.
Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele.
Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não
contagiosa
Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de
pele.
Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
• ATENÇÃO (ANOTAR!) : CASOS COM BAAR + , MESMO COM
MENOS DE 5 LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES!
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
15. tuberculóide
dimorfa
indeterminada
virchowiana
By Ismael Costa 15
16. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
A avaliação neurológica deve ser realizada
no momento do diagnóstico,
semestralmente e na alta do tratamento,
na ocorrência de neurites e reações ou
quando houver suspeita das mesmas,
durante ou após o tratamento PQT e
sempre que houver queixas.
Os principais nervos periféricos
acometidos na hanseníase são os que
passam:
pela face - trigêmeo e facial, que podem
causar alterações na face, nos olhos e no
nariz;
pelos braços - radial, ulnar e mediano,
que podem causar alterações nos braços e
mãos;
pelas pernas - fibular comum e tibial
posterior, que podem causar alterações
nas pernas e pés.
by Ismael Costa
16
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
17. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A baciloscopia é o exame microscópico onde se
observa o Mycobacterium leprae, diretamente
nos esfregaços de raspados intradérmicos das
lesões hansênicas ou de outros locais de coleta
selecionados: lóbulos auriculares e/ou
cotovelos, e lesão quando houver.
A baciloscopia negativa não afasta o
diagnóstico da hanseníase. Mesmo sendo a
baciloscopia um dos parâmetros integrantes da
definição de caso, ratifica-se que o diagnóstico
da hanseníase é clínico.
by Ismael Costa
17
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
18. SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Hanseníase e gravidez
• As alterações hormonais da gravidez causam
diminuição da imunidade celular, fundamental
na defesa contra o Mycobacterium leprae.
Portanto, é comum que os primeiros sinais de
hanseníase, em uma pessoa já infectada,
apareçam durante a gravidez e puerpério,
quando também podem ocorrer os estados
reacionais e os episódios de recidivas.
• A gravidez e o aleitamento materno não
contra-indicam a administração dos esquemas
de tratamento poliquimioterápico da
hanseníase que são seguros tanto para a mãe
como para a criança.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
19. SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Hanseníase e tuberculose
• Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por isso
recomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma, antes
e durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas de
Mycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na vigência de
tuberculose e hanseníase, a rifampicina deve ser administrada na
dose requerida para tratar tuberculose, ou seja, 600 mg/dia.
• Hanseníase e aids
• A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase (600
mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado no
tratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT padrão
não deve ser alterado nesses doentes.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
20. TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT
A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo
conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,
dapsona e clofazimina, com administração
associada.
Para crianças com hanseníase, a dose dos
medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de
acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
intolerância a um dos medicamentos do esquema-
padrão, são indicados esquemas alternativos.
A alta por cura é dada após a administração do
número de doses preconizadas pelo esquema
terapêutico.
by Ismael Costa
20
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
21. Esquemas
Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB)
Mais de 5 lesões de pele, ou com
Até 5 lesões de pele
baciloscopia positiva.
Tratamento Tratamento
Rifampicina mensal supervisionada Rifampicina mensal supervisionada
(600mg) (600mg)
Dapsona* - 1 dose mensal,
Dapsona - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100
diárias auto-administradas de 100 mg
mg
Clofazimina - 1 dose mensal
***
superviso nada de 300mg, doses
diárias auto-administradas de 50 mg.
Critério de alta Critério de alta
6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses
* Também conhecida como Sulfona by Ismael Costa
21
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
22.
23.
24. Esquema alternativo
by Ismael Costa
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
25. EFEITOS COLATERAIS -
RIFAMPICINA
- cutâneos: rubor de face e pescoço, prurido e
rash cutâneo generalizado;
- gastrointestinais: diminuição do apetite e
náuseas. Ocasionalmente, podem ocorrer
vômitos, diarréias e dor abdominal leve;
- hepáticos: mal-estar, perda do apetite, náuseas,
podendo ocorrer também icterícia. São descritos
dois tipos de icterícias: a leve ou transitória e a
grave, com danos hepáticos importantes.
A medicação deve ser suspensa e o paciente
encaminhado à unidade de referência se as
transaminases e/ou as bilirrubinas aumentarem
mais de duas vezes o valor normal;
A coloração avermelhada da urina não deve ser
confundida com hematúria. A secreção
pulmonar avermelhada não deve ser confundida
com escarros hemoptóicos. A pigmentação
conjuntival não deve ser confundida com
icterícia.
by Ismael Costa
25
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
26. Efeitos colaterais da Clofazimina
• cutâneos: ressecamento da pele, que
pode evoluir para ictiose, alteração na
coloração da pele e suor. Nas pessoas
de pele escura a cor pode se acentuar, e
em pessoas claras a pele pode ficar com
uma coloração avermelhada ou adquirir
um tom acinzentado, devido à
impregnação e ao ressecamento.
• Estes efeitos ocorrem mais
acentuadamente nas lesões hansênicas
e regridem, muito lentamente, após a
suspensão do medicamento;
by Ismael Costa
26
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
27. Efeitos colaterais da Dapsona:
• - cutâneos: síndrome de Stevens-
Johnson, dermatite esfoliativa ou
eritrodermia;
• - hepáticos: icterícias, náuseas e
vômitos;
• - hemolíticos: tremores, febre, náuseas,
cefaléia, às vezes choque, podendo
também ocorrer icterícia leve,
metahemoglobinemia, cianose, dispnéia,
taquicardia, cefaléia, fadiga, desmaios,
náuseas, anorexia e vômitos;
• - outros efeitos colaterais raros podem
ocorrer, tais como insônia e neuropatia
motora periférica.
by Ismael Costa
27
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
28. Efeitos colaterais - outros
• efeitos colaterais da talidomida:
- teratogenicidade;
- sonolência, edema unilateral de membros inferiores,
constipação intestinal, secura de mucosas e, mais
raramente, linfopenia;
- neuropatia periférica, não é comum entre nós, podem
ocorrer em doses acumuladas acima de 40 g, sendo mais
freqüente em pacientes acima de 65 anos de idade.
• efeitos colaterais dos corticosteróides:
- hipertensão arterial;
- disseminação de infestação por Strongiloides
stercoralis;
- disseminação de tuberculose pulmonar;
- distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de
potássio, aumento das taxas de glicose no sangue,
alteração no metabolismo do cálcio, levando à
osteoporose e à síndrome de Cushing;
- gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica;
- outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne
cortisônica e psicoses.
by Ismael Costa
28
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
29. ACOMPANHAMENTO DAS
INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA
• É importante diferenciar um quadro de estado reacional de
um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa
deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar,
porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento
PQT deve ser reiniciado.
• Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
hospitalização.
• É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venha
eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da
doença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQT
inadequado ou incorreto.
by Ismael Costa
29
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
30. ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES
HANSÊNICAS
Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações
do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium
leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios
agudos e sub-agudos.
Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante
os primeiros meses do tratamento quimioterápico da
hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depois
do mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quando
ocorrem antes do tratamento, podem induzir ao
diagnóstico da doença.
Os estados reacionais são a principal causa de lesões
dos nervos e de incapacidades provocadas pela
hanseníase.
by Ismael Costa
30
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
31. Reações Hansênicas
Tipo 2 (Eritema nodoso
Tipo 1 (reação reversa)
hansênico)
Dor e Espessamento de
Dor e Espessamento de
nervos periféricos
nervos periféricos (neurites)
(neurites)
Eritema Nodoso Hansênico
(ENH) que se caracteriza por
Novas lesões
apresentar nódulos
dermatológicas, alterações
vermelhos e dolorosos, febre,
das lesões antigas.
dores articulares e mal estar
generalizado.
by Ismael Costa
31
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
33. Tipos de desenlace
• Cura: paciente com avaliação médica, após 6 doses tomadas em até 9 meses
para os pacientes PB ou 12 doses tomadas em até 18 meses para os MB.
• Completou tratamento: paciente com 6 doses tomadas em 9 meses para PB ou
12 doses em 18 meses para MB, sem avaliação clínica.
• Óbito.
• Transferência: saída do paciente da esfera de responsabilidade da base
geográfica que definiu a coorte.
• Em tratamento: paciente que, por irregularidade, reiniciou o esquema
terapêutico e está ainda em tratamento no momento da avaliação da coorte.
• Abandono: paciente que não completou o número de doses no prazo previsto,
e que não compareceu ao serviço de saúde nos últimos 12 meses.
• OBS: casos que retornam ao mesmo ou a outro serviço de saúde após
abandono do tratamento devem ser notificados como outros reingressos.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 33
34. Referência e contra-referência
• Na presença de intercorrências clínicas,
reações adversas ao tratamento, estados
reacionais e dúvida no diagnóstico, o caso
deverá ser encaminhado ao serviço de
referência, conforme o sistema de referência
e de contra-referência estabelecido pelo
município.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 34
35. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em
todo o Território Nacional.
• Considera-se como contato intradomiciliar toda e
qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o
doente, nos últimos cinco anos.
by Ismael Costa
35
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
36. Investigação de contato
• A investigação consiste no exame dermatoneurológico
de todos os contatos intradomiciliares dos casos
detectados.
• Deve-se ter especial atenção na investigação dos
contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de
adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa
que deve ser controlada.
• Após a avaliação, se o contato for considerado indene
(não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG e seguir a
recomendação às novas condutas preconizadas, que não
mais deve fazer aprazamento do contato para a
segunda dose
by Ismael Costa
36
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
37. Vacinação BCG
Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG
1 cicatriz 1 dose de BCG
2 cicatrizes nenhuma dose de BCG
by Ismael Costa 37
39. 1 Uma mulher, grávida no 4º mês, compareceu ao setor de pré-natal de uma
unidade de saúde, referindo uma lesão esbranquiçada no rosto e outra no
tórax posterior, com perda de sensibilidade e com baciloscopia positiva; o que,
então, foi definido caso de hanseníase. Diante do caso e seguindo as
recomendações do Ministério da Saúde com relação ao tratamento, a conduta
adequada do profissional de saúde seria
(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.
(B) tratar a cliente com o esquema PQT para multibacilar.
(C) contraindicar o tratamento com a PQT para a cliente.
(D) encaminhar a cliente a uma unidade de referência para avaliação.
(E) tratar a cliente com esquema alternativo.
By Ismael Costa 39
40. 1 Uma mulher, grávida no 4º mês, compareceu ao setor de pré-natal de uma
unidade de saúde, referindo uma lesão esbranquiçada no rosto e outra no
tórax posterior, com perda de sensibilidade e com baciloscopia positiva; o que,
então, foi definido caso de hanseníase. Diante do caso e seguindo as
recomendações do Ministério da Saúde com relação ao tratamento, a conduta
adequada do profissional de saúde seria
(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.
(B) tratar a cliente com o esquema PQT para multibacilar.
(C) contraindicar o tratamento com a PQT para a cliente.
(D) encaminhar a cliente a uma unidade de referência para avaliação.
(E) tratar a cliente com esquema alternativo.
By Ismael Costa 40
41. Conceição 2012
2) Hanseníase é uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e a
pele. A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecto contagiosa causada
por um microorganismo (bactéria) denominado Mycobacterium leprae. Assinale a(s) alternativa(s)
CORRETA (s):
I. Sua transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes,
eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio as secreções nasais e
gotículas da fala, tosse e espirro.
II. Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas
extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,
frio, dor e ao toque.
III. A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Esta
doença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito.
IV. Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois,
quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Uma outra medida preventiva,
é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivem
com os portadores desta doença.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas;
B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas;
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas;
D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas;
E) Todas as afirmativas estão corretas.
By Ismael Costa 41
42. Conceição 2012
2) Hanseníase é uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e a
pele. A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecto contagiosa causada
por um microorganismo (bactéria) denominado Mycobacterium leprae. Assinale a(s) alternativa(s)
CORRETA (s):
I. Sua transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes,
eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio as secreções nasais e
gotículas da fala, tosse e espirro.
II. Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas
extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,
frio, dor e ao toque.
III. A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Esta
doença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito.
IV. Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois,
quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Uma outra medida preventiva,
é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivem
com os portadores desta doença.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas;
B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas;
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas;
D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas;
E) Todas as afirmativas estão corretas.
By Ismael Costa 42
43. 3-Uma enfermeira, na consulta de enfermagem em hanseníase, observou que
a cliente apresentava dor neural aguda. O procedimento que a enfermeira
deve adotar em relação a essa incapacidade física é:
a) orientação para imobilização do membro até a remissão do sintoma e
encaminhamento imediato para consulta médica
b)acompanhamento da alteração da sensibilidade e exercícios, após remissão
dos sinais e sintomas.
c) encaminhamento imediato ao ortopedista e acompanhamento da alteração
de sensibilidade
d) encaminhamento para imobilização do membro afetado e retorno para
consulta em 15 dias
By Ismael Costa 43
44. 3-Uma enfermeira, na consulta de enfermagem em hanseníase, observou que
a cliente apresentava dor neural aguda. O procedimento que a enfermeira
deve adotar em relação a essa incapacidade física é:
a) orientação para imobilização do membro até a remissão do sintoma e
encaminhamento imediato para consulta médica
b)acompanhamento da alteração da sensibilidade e exercícios, após remissão
dos sinais e sintomas.
c) encaminhamento imediato ao ortopedista e acompanhamento da alteração
de sensibilidade
d) encaminhamento para imobilização do membro afetado e retorno para
consulta em 15 dias
By Ismael Costa 44
45. Cambé 2012
Questão 4) A hanseníase pode apresentar- se sob quatro formas diferentes, com
duas subdivisões: paucibacilares (poucos bacilos) ou multibacilares (muitos
bacilos). Assinale a única alternativa que melhor caracteriza a forma
tuberculoide.
A) É a forma mais branda da hanseníase. O doente pode apresentar manchas
planas, esbranquiçadas e com alterações de sensibilidade pelo corpo.
B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podem ser
acastanhadas com bordos bem definidos, podendo apresentar alopécia. Pode
afetar apenas os nervos, sendo chamada então de forma neural pura.
C) O doente pode apresentar manchas avermelhadas ou arroxeadas pelo corpo,
sem bordos definidos, com edema, algumas vezes semelhantes à forma
tuberculoide ou a virchowiana.
D) É considerada a forma mais grave de hanseníase. O doente apresenta
deformações no nariz e orelhas, podendo haver queda dos pelos das
sobrancelhas. Há espessamento e formações de granulomas em várias partes
do corpo, aparentando “caroços” na pele.
E) Sempre aparece com manchas avermelhadas e deformações no corpo todo.
By Ismael Costa 45
46. Cambé 2012
Questão 4) A hanseníase pode apresentar- se sob quatro formas diferentes, com
duas subdivisões: paucibacilares (poucos bacilos) ou multibacilares (muitos
bacilos). Assinale a única alternativa que melhor caracteriza a forma
tuberculoide.
A) É a forma mais branda da hanseníase. O doente pode apresentar manchas
planas, esbranquiçadas e com alterações de sensibilidade pelo corpo.
B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podem
ser acastanhadas com bordos bem definidos, podendo apresentar
alopécia. Pode afetar apenas os nervos, sendo chamada então de forma
neural pura.
C) O doente pode apresentar manchas avermelhadas ou arroxeadas pelo corpo,
sem bordos definidos, com edema, algumas vezes semelhantes à forma
tuberculoide ou a virchowiana.
D) É considerada a forma mais grave de hanseníase. O doente apresenta
deformações no nariz e orelhas, podendo haver queda dos pelos das
sobrancelhas. Há espessamento e formações de granulomas em várias partes
do corpo, aparentando “caroços” na pele.
E) Sempre aparece com manchas avermelhadas e deformações no corpo todo.
By Ismael Costa 46
47. 5-A hanseníase pode ser confundida com outras doenças de pele e com
outras doenças neurológicas que apresentam sinais e sintomas semelhantes
aos seus. As principais doenças de pele, que fazem diagnóstico diferencial
com hanseníase, são:
A) vitiligo, pitiríase alba, tinha do corpo; doença de Lyme
B) pitiríase versicolor; eczematide; tinha do corpo; vitiligo
C) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíase
D) lúpus eritematoso; pitiríase versicolor; impetigo; doença de Lyme
By Ismael Costa 47
48. 5-A hanseníase pode ser confundida com outras doenças de pele e com
outras doenças neurológicas que apresentam sinais e sintomas semelhantes
aos seus. As principais doenças de pele, que fazem diagnóstico diferencial
com hanseníase, são:
A) vitiligo, pitiríase alba, tinha do corpo; doença de Lyme
B) pitiríase versicolor; eczematide; tinha do corpo; vitiligo
C) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíase
D) lúpus eritematoso; pitiríase versicolor; impetigo; doença de Lyme
By Ismael Costa 48
50. Introdução
• A tuberculose é um problema de saúde prioritário no
Brasil, que juntamente com outros 21 países em
desenvolvimento, albergam 80% dos casos mundiais
da doença.
• No Brasil, estima-se que ocorram 129.000 casos por
ano, dos quais são notificados cerca de 90.000. Em
1998, o coeficiente de mortalidade foi de 3,5 por
100.000 habitantes. Esses números, entretanto, não
representam a realidade do País, pois parte dos
doentes não são diagnosticados nem registrados
oficialmente.
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis,
também conhecido como bacilo de Koch.
O reservatório principal é o homem. Em algumas
regiões, o gado bovino doente.
Em geral, a fonte de infecção é o indivíduo com a
forma pulmonar da doença, que elimina bacilos para
o exterior (bacilífero). Calcula-se que durante um
ano, numa comunidade, um indivíduo bacilífero
poderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.
by Ismael Costa
50
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
51. Modo de transmissão
A tuberculose é transmitida de pessoa a
pessoa, principalmente através do ar. A
fala, o espirro e, principalmente, a tosse de
um doente de tuberculose pulmonar
bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos
variados, contendo no seu interior o bacilo.
Período de incubação: Após a infecção pelo
M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a
12 semanas para a detecção das lesões
primárias. A maioria dos novos casos de
doença pulmonar ocorre em torno de 12
meses após a infecção inicial.
by Ismael Costa
51
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
52. • A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que
essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas
causas, destacando-se, dentre estas, as condições
socioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes
mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ou
outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas e
infecção pelo HIV).
• A evolução do quadro clínico dependerá de o indivíduo
estar sendo infectado pela primeira vez (primo-infecção)
ou reinfectado (reinfecção exógena). A primo-infecção
pode causar a doença dependendo da virulência do bacilo,
da fonte infectante e das características genéticas dos
indivíduos infectados. Em novo contato, após uma infecção
natural ou induzida pela BCG, a resistência dependerá da
resposta imunológica.
by Ismael Costa
52
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
54. Período de transmissibilidade
• A transmissão é plena enquanto o doente com a
forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera
eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.
• Com o esquema terapêutico recomendado, a
transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis
insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.
As crianças com tuberculose pulmonar geralmente
não são infectantes.
by Ismael Costa
54
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
55. Susceptibilidade e imunidade
• A infecção pelo bacilo da tuberculose pode
ocorrer em qualquer idade, mas no Brasil
geralmente acontece na infância.
• Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da
tuberculose se tornam infectadas. A infecção
tuberculosa, sem doença, significa que os
bacilos estão presentes no organismo, mas o
sistema imune está mantendo-os sob
controle.
by Ismael Costa
55
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
56. Manifestações clínicas
comprometimento do estado geral,
febre baixa vespertina com sudorese,
inapetência e emagrecimento.
Quando a doença atinge os pulmões:
dor torácica e tosse produtiva,
acompanhada ou não de escarros
hemoptóicos. A tosse produtiva é o sintoma
mais freqüente da forma pulmonar.
Nas crianças, também é comum o
comprometimento ganglionar mediastínico
e cervical (forma primária).
Remissão – apesar de ocorrer a cura
espontânea, em alguns casos, a remissão dos
sintomas e a respectiva cura do paciente só
ocorre após o tratamento apropriado.
Devido à remissão dos sintomas, alguns
pacientes abandonam o tratamento no início.
by Ismael Costa
56
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
57. DEFINIÇÃO DE CASO
• Suspeito
• • Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de
tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas,
febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame
radiológico.
• • Paciente com imagem compatível com tuberculose.
• Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose
pulmonar bacilífera:
• duas baciloscopias positivas ou
• uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou
• uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica
sugestiva de tuberculose.
by Ismael Costa
57
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
58. • Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente
com duas baciloscopias negativas, com imagem
radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames
complementares que permitam ao médico efetuar um
diagnóstico de tuberculose.
• Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências
clínicas e achados laboratoriais, inclusive
histopatológicos, compatíveis com tuberculose
extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma
cultura positiva para M.tuberculosis, de material
proveniente de uma localização extrapulmonar.
by Ismael Costa
58
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
59. PROCURA DE CASOS DE TUBERCULOSE
• Busca ativa:
• os sintomáticos respiratórios (das pessoas
maiores de 15 anos)
• contatos de casos de tuberculose
• Atenção especial deve ser dada às populações de
maior risco de adoecimento:
• como os residentes em comunidades fechadas ,os
indivíduos etilistas, usuários de drogas, mendigos,
imunodeprimidos e ainda os trabalhadores em
situações especiais que mantêm contato próximo
com doente com TB pulmonar bacilífera.
• os suspeitos radiológicos (pacientes com imagens
suspeitas de TB que chegam ao serviço de saúde).
by Ismael Costa
59
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
60. DIAGNÓSTICO DE TB
PULMONAR
• A história clínica
• Exame bacteriológico (baciloscopia direta
e Cultura de escarro ou de outras
secreções )
• Exame radiológico
• Prova tuberculínica
• O EXAME SOROLÓGICO ANTI-HIV: A todo
doente com diagnóstico de tuberculose
confirmado, deve ser oferecido o teste
sorológico anti-HIV.
by Ismael Costa
60
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
61. Prova tuberculínica
A prova tuberculínica cutânea está indicada como método auxiliar,
no diagnóstico da tuberculose, em pessoas não vacinadas com BCG.
A técnica de aplicação (a mais empregada é a de Mantoux) . A
leitura da prova tuberculínica é realizada de 48 a 72 horas após a
aplicação, podendo este prazo ser estendido para 96 horas, caso o
paciente falte à consulta de leitura na data agendada.
No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT23, aplicado por via
intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço
esquerdo, na dose de 0,1 ml, equivalente a 2UT (unidades de
tuberculina).
Quando conservada em temperatura entre 4ºC e 8°C, a tuberculina
mantém-se ativa por seis meses. Não deve, entretanto, ser
congelada nem exposta à luz solar direta.
by Ismael Costa
61
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
62.
63.
64. • O maior diâmetro transverso da área de endurecimento
palpável deve ser medido com régua milimetrada, e o
resultado, registrado em milímetros. (Não será mais utilizada
a classificação de forte ou fraco reator).
• Obs: todos os indivíduos infectados pelo HIV devem ser
submetidos ao teste tuberculínico. Nesses casos, considera-se
reator aquele que apresenta endurecimento de 5 mm ou mais
e não reator aquele com endurecimento entre 0 e 4 mm.
• Para pacientes não reatores e em uso de terapia antiretroviral,
recomenda-se fazer o teste seis meses após o início da terapia,
devido a possibilidade de restauração da resposta
tuberculínica;
by Ismael Costa
64
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
65. Tratamento
• A tuberculose é uma doença grave, porém curável, em
praticamente 100% dos casos novos, desde que os princípios
da quimioterapia sejam seguidos.
• O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária de
controle da tuberculose, uma vez que permite anular
rapidamente as maiores fontes de infecção. Poucos dias após
o início da quimioterapia correta, os bacilos da tuberculose
praticamente perdem seu poder infectante. Assim, os doentes
“pulmonares positivos” não precisam, nem devem, ser
segregados do convívio familiar e da comunidade.
by Ismael Costa
65
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
66. Tratamento
Principal estratégia do novo modelo de atenção ao paciente
com tuberculose, o DOTS, Estratégia de Tratamento
Diretamente Observado, é fator essencial para se promover o
real e efetivo controle da tuberculose. A estratégia DOTS visa o
aumento da adesão dos pacientes, maior descoberta das
fontes de infecção (pacientes pulmonares bacilíferos), e o
aumento da cura, reduzindo-se o risco de transmissão da
doença na comunidade. Tem como elemento central o
Tratamento Supervisionado.
by Ismael Costa
66
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
67. • A hospitalização só está indicada nas seguintes situações: meningite
tuberculosa; indicações cirúrgicas em decorrência da doença; complicações
graves; intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório;
intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas graves; estado geral que não permita
tratamento em ambulatório; em casos sociais, como ausência de residência
fixa, ou grupos especiais, com maior possibilidade de abandono,
especialmente se for caso de retratamento ou de falência. O período de
internação deve ser reduzido ao mínimo necessário, independentemente do
resultado do exame bacteriológico.
• As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes:
• Isoniazida – H;
• Rifampicina – R;
• Pirazinamida – Z;
• Etambutol – E.
by Ismael Costa 67
68. • Considera-se “caso novo” ou sem tratamento anterior os pacientes que
nunca se submeteram à quimioterapia antituberculosa, fizeram por
menos de 30 dias. Verificar insistentemente com o paciente e seus
familiares, se não houve tratamento antituberculoso prévio, superior a 30
dias.
• Define-se como retratamento a prescrição de um esquema de drogas para
o doente já tratado por mais de 30 dias, que venha a necessitar de nova
terapia por recidiva após cura (RC), retorno após abandono (RA) ou por
falência dos esquema I ou esquema IR. Considera-se caso de abandono, o
doente que depois de iniciado o tratamento para tuberculose, deixou de
comparecer à unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos, após a
data aprazada para seu retorno.
• Considera-se caso de recidiva, o doente com tuberculose em atividade
que já se tratou anteriormente e recebeu alta por cura.
by Ismael Costa 68
69. • Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e
retratamentos – Pacientes Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol
• – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/4RH
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e
Retratamentos – Crianças Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/4RH
by Ismael Costa 69
70. • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes
Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/7RH
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças
Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/7RH
• Estão abolidos os esquemas IR e III
by Ismael Costa 70
71. • Tuberculose Meníngea (observações)
• A internação é mandatória, sempre que se suspeitar do
diagnóstico de tuberculose meningoencefálica.
• Nos casos de tuberculose meningoencefálica, em qualquer
idade, recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona,
dexametasona ou outros), por um período de 1 a 4 meses, no
início do tratamento. Na criança, a prednisona é administrada
na dose de 1 a 2mg/kg de peso corporal, até a dose máxima de
30mg/dia. No caso de se utilizar outro corticosteróide, aplicar a
tabela de equivalência entre eles.
by Ismael Costa 71
73. Reações adversas
• A maioria dos pacientes submetidos ao tratamento de
Tuberculose, consegue completar o tempo recomendado, sem
sentir qualquer efeito colateral relevante.
• Os fatores relacionados às reações são diversos. Todavia, os
maiores determinantes dessas reações se referem à dose,
horários de administração da medicação, idade do doente,
seu estado nutricional, alcoolismo, condições da função
hepática e renal e co-infecção pelo HIV.
by Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 73
76. Unidade de referência
• Além dos suspeitos de falência aos tuberculostáticos, os
pacientes que apresentam as seguintes condições também
deverão ser encaminhados para uma unidade de referência:
• evidências clínicas de hepatopatia aguda (hepatite
medicamentosa ou menos comumente viral), ou crônica
(cirrose, hepatopatia alcoólica, hepatite viral B ou C);
• evidências clínicas de nefropatias (insuficiência renal crônica,
pacientes em regime de diálise);
• infecção pelo HIV ou aids (para esta situação a referência será
o SAE;
• manifestação clínica de efeitos adversos maiores ou
Intolerância medicamentosa de difícil manejo.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 76
77. Tratamento preventivo da tuberculose
(antiga quimiprofilaxia)
• Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa
em recém-nascidos co-habitantes de caso índice
bacilífero. Nestes casos, o recém-nascido não deverá
ser vacinado ao nascer.
• A Isoniazida (H) é administrada por três meses e, após
esse período, faz-se a prova tuberculínica. Se a criança
tiver PT ≥5mm, a quimioprofilaxia deve ser mantida
por mais três meses; caso contrário, interrompe-se o
uso da Isoniazida e vacina-se com BCG.
• O tratamento da infecção latente com isoniazida
reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento. Esta
variação se deve à duração e à adesão ao tratamento.
by Ismael Costa
77
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
78. Tratamento preventivo da tuberculose
(antiga quimiprofilaxia)
• O número de doses tomadas tem se revelado mais
importante do que o uso diário do medicamento.
• Portanto, mesmo que o indivíduo não use a H todos os
dias, é importante insistir para que complete o número
de doses do tratamento, mesmo depois de decorrido o
tempo pré-estabelecido pelo médico.
• O número mínimo de doses preconizadas é de 180
(podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses).
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
79. Fármaco utilizado
• Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose máxima de 300
mg/dia.
• Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de
três fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco de
adoecimento.
• Em adultos e adolescentes - Em adultos e adolescentes (>10 anos) com
infecção latente por M. tuberculosis, a relação risco-benefício do
tratamento com H deve ser avaliada. A idade é um dos fatores de risco para
hepatoxicidade pela isoniazida. Pelo elevado risco de hepatoxicidade e
reduzido risco acumulado de adoecimento, recomenda-se:
• Mais de 65 anos apenas em caso de alto risco de adoecimento.
• Idade entre 50 e 65 anos devem ser tratados em caso de risco moderado
ou alto
• Menos de 50 anos devem ser tratados em caso de risco leve, moderado ou
alto.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
80. Risco Relativo
Alto Risco
Estimado
AIDS* 110-170
HIV* 50-110
Transplantados em terapia imunossupressora 20-74
Silicose 30
Insuficiência Renal em Diálise 10-25
Neoplasia de Cabeça e Pescoço 16
Contatos 15
Infecção Latente Adquirida Recentemente (há 6-19
menos de 2 anos)
Uso de Inibidores do TNF-α 1,7-9
Indígenas 5,8-22
81. Risco Moderado Risco Relativo Estimado
Uso de Corticosteróides (>15mg prednisona por 4,9
>1 mês)
Diabetes Mellitus 2-3, 6
Crianças que adquiram Infecção Latente Até os 4 2,2-5
anos
Risco Leve Risco Relativo Estimado
Baixo peso (<85% do Peso Ideal) 2-3
Tabagistas (1 maço/dia) 2-3
Calcificação Isolada (sem fibrose) na radiografia 2
Referência (risco muito baixo) Risco relativo estimado
Indivíduo com ILTB sem fatores de risco e 1
radiografia de tórax normal
By Ismael Costa 81
82. • Radiografia normal e:
• - PT maior ou igual a 5mm;
• - contatos intradomiciliares ou institucionais de
pacientes bacilíferos independentemente da PT;
• - PT < 5mm com registro documental de ter tido PT
maior ou igual a 5mm e não submetido a tratamento
ou quimiprofilaxia na ocasião.
• Radiografia de tórax anormal e:
• -presença de cicatriz radiológica de TB sem
tratamento anterior (afastada a possibilidade de TB
ativa através de exames de escarro, radiografias
anteriores e se necessário TC de tórax),
independentemente da PT
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
83. Acompanhamento do caso
• Alta por cura
• Alta por completar o tratamento
• Alta por abandono de tratamento
• Alta por mudança de diagnóstico
• Alta por óbito
• Alta por falência
• Alta por transferência
by Ismael Costa 83
84. Medidas para reduzir a transmissão
do M tuberculosis (extra)
• A TB pulmonar e laríngea são classificadas como doenças de
transmissão aérea e requerem medidas administrativas e
ambientais que diminuam o risco de transmissão da doença.
• Pressupostos:
• A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela
inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um
doente com tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas
exceções;
• Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no
ambiente e, quanto menor a ventilação do mesmo ambiente, maior
será a probabilidade de infectar os circunstantes;
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 84
85. • Com o início do tratamento adequado e uso correto de
medicamentos anti-TB em pacientes infectados com cepas
sensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a
três semanas - portanto, a prioridade na instituição das ações
preventivas deve ser dada para os pacientes com maior risco
de transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados
(sintomático respiratório) ou nos primeiros dias de
tratamento;
• Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoas
com maior risco de adoecer são aquelas com a imunidade
comprometida.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 85
86. Medidas de controle em instituições de
saúde.
• A magnitude do risco de transmissão da tuberculose difere de
uma instituição para outra e, numa mesma instituição, de
um ambiente para outro.
• As medidas de controle de transmissão dividem-se em três
categorias: administrativas, também chamadas gerenciais;
de controle ambiental (ou de engenharia) e proteção
respiratória.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 86
87. Medidas administrativas
• É consenso que as medidas administrativas isoladamente são as mais
efetivas na prevenção da transmissão da TB. Analisando-se o percurso do
bacilífero e o seu tempo de permanência nos diferentes locais da unidade
deve-se propor mudanças na organização do serviço, treinamento dos
profissionais e reorganização do atendimento.
• Essas providências, além de serem pouco onerosas, têm grande efeito na
redução do risco de transmissão da doença.
• As medidas administrativas visam:
• Desenvolver e implementar políticas escritas e protocolos para assegurar a
rápida identificação, isolamento respiratório, diagnóstico e tratamento de
indivíduos com provável TB pulmonar.
• Educação permanente dos profissionais de saúde para diminuir o retardo
no diagnóstico de TB pulmonar e promover o adequado tratamento
antiTB.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 87
88. Medidas de controle ambiental
• Escolher ambiente de permanência de possíveis sintomáticos respiratórios
o mais ventilado possível.
• Posicionar exaustores ou ventiladores de forma que o ar dos ambientes
potencialmente contaminados se dirija ao exterior e não aos demais
cômodos da instituição.
• Em unidades hospitalares e de emergência é considerada de elevada
prioridade a definição de locais de isolamento respiratório em número
suficiente para atender a demanda da unidade.
• Estes locais devem dispor de renovação do ar de pelo menos seis vezes
por hora e pressão negativa em relação aos ambientes contíguos.
• Uma alternativa é a utilização de filtros de alta eficiência para ar
particulado (filtros HEPA- High Efficiency Particulate Air), que eliminam os
bacilos suspensos no ar, permitindo que o ar seja descarregado em
ambientes onde circulem pessoas.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 88
89. Medidas de proteção individual
• O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes com
TB deve ser feito de forma criteriosa.
• O uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União Européia ou
N95, padrão dos EUA é recomendado para profissionais de saúde ou
visitantes (acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de
transmissão (quartos de isolamento respiratório, ambulatório para
atendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB com
suspeita de ou resistência comprovada aos fármacos antiTB).
• O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com TB
pulmonar ou SR em situação de potencial risco de transmissão como por
exemplo: falta de estrutura de ventilação adequada em salas de espera e
emergências enquanto aguarda definição do caso (atendimento,
resultado de exames, internação em isolamento) ou no deslocamento de
pacientes do isolamento para exames ou procedimentos (neste caso o
paciente deve ter seu atendimento no outro setor priorizado).
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 89
90. Controle de infecção na AB
• Não há necessidade de ambientes especiais para atendimento do paciente
de TB diagnosticados nestas unidades.
• Atendimento em horários diferenciados e com o oferecimento de
máscara cirúrgica após identificação do SR ou do paciente com TB
pulmonar, são medidas administrativas que diminuirão ainda mais o risco
de contaminação na unidade de saúde.
• Lembrar que paciente com boa evolução clínica e baciloscopias de
controle negativas já não contaminam em geral após 2 a 3 semanas, e que
as medidas de biossegurança são prioritárias antes do diagnóstico
(qualquer SR – portanto mesmo em unidades que não tratam TB, o risco já
está instituído e deve ser conduzido com medidas administrativas).
• O TDO, em acordo com o paciente, deverá ser realizado preferencialmente
no domicílio nas primeiras semanas de tratamento.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 90
92. IFCE 2012
6. Em relacao a biosseguranca da tuberculose em instituicoes de saude, e
incorreto afirmar-se que:
A) a magnitude do risco de transmissao da tuberculose difere de uma instituicao
para outra e, numa mesma instituicao, de um ambiente para outro.
B) as medidas de controle ambiental visam desenvolver e implementar politicas
escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao, isolamento
respiratorio, diagnostico e tratamento de individuos com provavel TB pulmonar.
C) os nucleos das particulas infectantes possuem um diametro de
aproximadamente um a cinco micrometros, podendo se manter em suspensao
durante horas.
D) as medidas de controle de transmissao dividem-se em tres categorias:
administrativas, de controle ambiental e protecao respiratoria.
E) os aerossois infectantes sao produzidos pela fala, pelo espirro ou pela tosse
do enfermo, como tambem pelos aerossois produzidos durante os procedimentos
laboratoriais com os seus materiais biologicos, principalmente o escarro.
.
By Ismael Costa 92
93. IFCE 2012
6. Em relacao a biosseguranca da tuberculose em instituicoes de saude, e
incorreto afirmar-se que:
A) a magnitude do risco de transmissao da tuberculose difere de uma instituicao
para outra e, numa mesma instituicao, de um ambiente para outro.
B) as medidas de controle ambiental visam desenvolver e implementar
politicas escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao,
isolamento respiratorio, diagnostico e tratamento de individuos com
provavel TB pulmonar.
C) os nucleos das particulas infectantes possuem um diametro de
aproximadamente um a cinco micrometros, podendo se manter em suspensao
durante horas.
D) as medidas de controle de transmissao dividem-se em tres categorias:
administrativas, de controle ambiental e protecao respiratoria.
E) os aerossois infectantes sao produzidos pela fala, pelo espirro ou pela tosse
do enfermo, como tambem pelos aerossois produzidos durante os procedimentos
laboratoriais com os seus materiais biologicos, principalmente o escarro.
. By Ismael Costa 93
94. IFCE 2012
7. Sobre o novo esquema de tratamento para a tuberculose, e verdadeiro dizer-
se que
A) nao sera mais necessaria a supervisao do tratamento do paciente.
B) houve a introducao de Estreptomicina como quarto farmaco nos dois primeiros
meses do esquema basico.
C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos
sao formulados com doses aumentadas de Isoniazida e Pirazinamida em relacao
as atualmente utilizadas no Brasil.
D) essas mudancas se aplicam para individuos com menos de 10 anos de idade.
E) ainda para a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses), os
comprimidos se apresentam com dose fixa combinada dos 4 farmacos (4 em 1).
By Ismael Costa 94
95. IFCE 2012
7. Sobre o novo esquema de tratamento para a tuberculose, e verdadeiro dizer-
se que
A) nao sera mais necessaria a supervisao do tratamento do paciente.
B) houve a introducao de Estreptomicina como quarto farmaco nos dois primeiros
meses do esquema basico.
C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos
sao formulados com doses aumentadas de Isoniazida e Pirazinamida em relacao
as atualmente utilizadas no Brasil.
D) essas mudancas se aplicam para individuos com menos de 10 anos de idade.
E) ainda para a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses), os
comprimidos se apresentam com dose fixa combinada dos 4 farmacos (4
em 1).
By Ismael Costa 95
96. 8-O fármaco utilizado para tratamento de tuberculose que pode ser
causa de hiperuricemia é:
A) etambutol
B) isoniazida
C) pirazinamida
D) estreptomicina
By Ismael Costa 96
97. 8-O fármaco utilizado para tratamento de tuberculose que pode ser
causa de hiperuricemia é:
A) etambutol
B) isoniazida
C) pirazinamida
D) estreptomicina
By Ismael Costa 97
98. FHEMIG -2009
9-Segundo a Organização Mundial de Saúde a tuberculose (TB) persiste como uma preocupação
sanitária internacional. E o Brasil, juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, retrata
80% dos casos mundiais da doença. Dessa forma, o controle da TB é fundamental para se
alcançar um nível de excelência em saúde pública no nosso País. Considerando a situação acima
descrita e baseando-se nas orientações do Ministério da Saúde, analise as seguintes afirmativas e
assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A transmissão da TB ocorre quando gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente com
TB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta são inaladas por pessoas sadias.
( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende a
proliferar em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura
urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria.
( ) A hospitalização para o tratamento de TB não é recomendada como protocolo a não ser em
casos especiais como, por exemplo, complicações graves ou intolerância medicamentosa.
( ) A vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de zero a 10 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de um ano.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.
A) (V) (V) (F) (F)
B) (F) (F) (F) (V)
C) (V) (V) (V) (F)
D) (F) (F) (V) (V)
By Ismael Costa 98
99. FHEMIG -2009
9-Segundo a Organização Mundial de Saúde a tuberculose (TB) persiste como uma preocupação
sanitária internacional. E o Brasil, juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, retrata
80% dos casos mundiais da doença. Dessa forma, o controle da TB é fundamental para se
alcançar um nível de excelência em saúde pública no nosso País. Considerando a situação acima
descrita e baseando-se nas orientações do Ministério da Saúde, analise as seguintes afirmativas e
assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A transmissão da TB ocorre quando gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente com
TB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta são inaladas por pessoas sadias.
( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende a
proliferar em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura
urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria.
( ) A hospitalização para o tratamento de TB não é recomendada como protocolo a não ser em
casos especiais como, por exemplo, complicações graves ou intolerância medicamentosa.
( ) A vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de zero a 10 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de um ano.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.
A) (V) (V) (F) (F)
B) (F) (F) (F) (V)
C) (V) (V) (V) (F)
D) (F) (F) (V) (V)
By Ismael Costa 99
100. São Mateus do sul 2012
10. A prova-padrão utilizada para identificar indivíduo infectado com o bacilo da
tuberculose é o teste:
A ( ) Cutâneo de histoplasmina;
B ( ) Mantoux;
C ( ) VDRL;
D ( ) De soroaglutinação;
E ( ) Intradérmico BCG.
By Ismael Costa 100
101. São Mateus do sul 2012
10. A prova-padrão utilizada para identificar indivíduo infectado com o bacilo da
tuberculose é o teste:
A ( ) Cutâneo de histoplasmina;
B ( ) Mantoux;
C ( ) VDRL;
D ( ) De soroaglutinação;
E ( ) Intradérmico BCG.
By Ismael Costa 101
103. • Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso
benigno ou grave, a depender de sua forma de apresentação:
• formas inaparentes, dengue clássico (DC), febre
hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque da
dengue (SCD), podendo evoluir para o óbito.
• Considera-se a dengue um dos maiores problemas de saúde
pública do mundo, especialmente nos países tropicais, cujas
condições sócio-ambientais favorecem o desenvolvimento e a
proliferação de seu principal vetor o Aedes aegypti.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
104. Vetores
• No Brasil, a principal espécie vetora é o Aedes aegypti,
havendo também o Aedes albopictus, o qual não se tem até o
momento comprovação de sua importância como transmissor
dessa doença no Brasil. A transmissão ocorre pela picada da
fêmea do mosquito vetor.
• No seu ciclo de vida, o Aedes apresenta quatro fases: ovo,
larva, pupa e adulto. O mosquito adulto vive, em média, de
30 a 35 dias.. Um ovo do Aedes aegypti pode sobreviver por
até 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses), mesmo
que o local onde ele foi depositado fique seco. Se esse
recipiente receber água novamente, o ovo volta a ficar ativo
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
105. Agente etiológico
• Agente etiológico: É um vírus RNA.
Arbovírus do gênero Flavivirus,
pertencente à família Flaviviridae.
São conhecidos quatro sorotipos: 1,
2, 3 e 4.
• Reservatório: A fonte da infecção e
reservatório vertebrado é o ser
humano. Foi descrito na Ásia e na
África um ciclo selvagem envolvendo
macacos.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 105
106. Modo de transmissão
• Período de incubação
• Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.
• Período de transmissibilidade
• O período de transmissibilidade da doença
compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no
ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.
A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre
enquanto houver presença de vírus no sangue do ser
humano, chamado período de viremia.
• O homem está apto a infectar o mosquito a partir de
1º dia antes do aparecimento dos sintomas até o 6º
dia da doença.
By Ismael Costa ismac@globo.com
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 106
107.
108. Manifestações da doença
• Dengue clássico (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta
(39º a 40°C), com início abrupto, associada à cefaléia, prostação, mialgia,
artralgia, dor retroorbitária, exantema maculo papular e acompanhado
ou não de prurido. Também pode haver quadros diarréicos, vômitos,
náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7 dias; o período
de convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,
dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.
• Febre hemorrágica da dengue (FHD): os sintomas iniciais da FHD são
semelhantes aos do DC, até o momento em que ocorre a defervescência
da febre, o que ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de evolução da
doença, com posterior agravamento do quadro, aparecimento de
manifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas,
trombocitopenia (plaquetas <100.000/mm3) e perda de plasma.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
109. • Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de FHD, o
choque ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença,
freqüentemente precedido por dor abdominal. O choque ocorre
devido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida de
hemoconcentração e falência circulatória.
• A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e
apropriada. Caracteriza-se essa síndrome por pulso rápido e fraco,
com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades frias,
pele pegajosa e agitação.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
110.
111. • Os casos que não se enquadram nos critérios de FHD e
quando a classificação de dengue clássica é insatisfatória,
dado à gravidade do quadro apresentado, devem ser
considerados para fins de vigilância, como dengue com
complicações.
• Nessa situação, a presença de um dos itens a seguir
caracteriza o quadro: alterações neurológicas; disfunção
cardiorespiratórias; insuficiência hepática; plaquetopenia
igual ou inferior a 50.000/mm3; hemorragia digestiva;
derrames cavitários; leucometria < 1.000/mm3 e/ou óbito.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
112. Aspectos clínicos na criança
• A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se
como uma síndrome febril com sinais e sintomas
inespecíficos: apatia ou sonolência, recusa da
alimentação, vômitos, diarréia ou fezes amolecidas. Nos
menores de dois anos de idade, os sintomas cefaléia,
mialgia e artralgia, podem manifestar-se por choro
persistente, adinamia e irritabilidade, geralmente com
ausência de manifestações respiratórias.
• As formas graves sobrevêm geralmente após o terceiro
dia de doença, quando a febre começa a ceder. Na
criança, o início da doença pode passar despercebido e o
quadro grave ser identificado como a primeira
manifestação clínica.
• Observa-se inclusive a recusa de líquidos, podendo
agravar seu estado clínico subitamente, diferente do
adulto no qual a piora é gradual. O exantema, quando
presente, é maculo-papular, podendo apresentar-se sob
todas as formas (pleomorfismo), com ou sem prurido,
precoce ou tardiamente.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
113. Caso suspeito da doença
• Todo paciente que apresente doença febril aguda
com duração máxima de até 7 dias, acompanhada
de, pelo menos, dois dos seguintes sintomas:
cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia,
prostação ou exantema, associados ou não à
presença de hemorragias.
• Além desses sintomas, o paciente deve ter estado,
nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo
transmissão de dengue ou tenha a presença do
Aedes aegypti.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
114. Sinais de alarme
• dor abdominal intensa e continua;
• vômito persistente;
• hipotensão postural ou hipotímia;
• pressão diferenciada <20mmHg (PA convergente);
• hepatomegalia dolorosa;
• hemorragia importantes (hematêmese e/ou melena);
• agitação e/ou letargia;
• diminuição da diurese;
• diminuição repentina da temperatura corpórea ou
hipotermia;
• aumento repentino do hematócrito;
• desconforto respiratório.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
115. Sinais de choque
• hipotensão arterial;
• pressão arterial convergente (PA diferencial <
20 mmhg);
• extremidades frias, cianose;
• pulso rápido e fino;
• enchimento capilar lento ( > 2 segundos).
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
116. Diagnóstico
• É importante que as pessoas com suspeita da doença sejam
atendidas nas Unidades Básica de Saúde (UBS). A confirmação
da suspeita de DC pode ser realizada através de critérios
laboratoriais (sorologia ou isolamento viral) ou clínico-
epidemiológico, em períodos de epidemia.
• A dengue possui um amplo espectro clínico, sendo importante
considerar no seu diagnóstico diferencial, algumas doenças
principais: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais,
bacterianas e exantemáticas. Além dessas doenças, deve-se
observar o perfil epidemiológico local.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
117. Prova do laço
• A prova do laço deve ser realizada obrigatoriamente em todos os casos
suspeitos de dengue, durante o exame físico. Ela é de vital importância para
triagem de pacientes suspeitos de dengue, pois pode ser a única manifestação
hemorrágica de casos complicados ou FHD, podendo representar a presença
de plaquetopenia ou de fragilidade capilar. A sua realização se dá da seguinte
forma:
• desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área ao redor do polegar) no
antebraço da pessoa e verificar a pressão arterial (deitada ou sentada);
• calcular o valor médio (PAS+PAD/2);
• insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por cinco minutos
(em crianças, 3 minutos) ou até o aparecimento de petéquias;
• contar o número de petéquias no quadrado;
• a prova será positiva se houver mais de 20 petéquias em adultos e mais de 10
petéquias em crianças.
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS
120. DENGUE - TRATAMENTO
• Não há tratamento especifico para a dengue, o que o torna
eminentemente sintomático ou preventivo das possíveis complicações. As
medicações utilizadas são analgésicos e antitérmicos, que controlam os
sintomas, como a dor e a febre. As drogas antivirais, o interferon alfa e a
gamaglobulina, testada até o momento, não apresentaram resultados
satisfatórios que subsidiem sua indicação terapêutica. Até o momento, não
há uma vacina eficaz contra a dengue.
• O doente não pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, uma
vez que essa substância aumenta o risco de hemorragia.
By Ismael Costa ismac@globo.com
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 120
121. FHD – CLASSIFICAÇÃO DA OMS
Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em
que a única manifestação hemorrágica é a prova do laço
positiva;
Grau II – além das manifestações constantes do Grau I,
somam-se hemorragias espontâneas (sangramentos de pele,
petéquias, epistaxe, gengivorragia e outras);
Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido,
diminuição da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa
e fria e inquietação;
Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulso
imperceptíveis (síndrome do choque da dengue).
By Ismael Costa ismac@globo.com
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 121
122. Observações
• Períodos Epidêmicos – Notificar, de acordo com o fluxo
estabelecido para o estado. Recomenda-se a realização da
sorologia em apenas uma amostra dos pacientes com
dengue clássico, pois a confirmação da maioria dos casos
será feita pelo critério clínico-epidemiológico após a
confirmação laboratorial da circulação viral na área.
• Em geral, tem-se estabelecido que se colha um a cada dez
pacientes com suspeita de dengue. A coleta é obrigatória
para 100% dos casos suspeitos de FHD e para os casos de
dengue grave. Realizar monitoramento viral, conforme rotina
estabelecida pela vigilância epidemiológica estadual/Lacen, e
investigar imediatamente os óbitos notificados para a
identificação e correção dos seus fatores determinantes.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 122
123. Coleta de dados
• Casos de Dengue Clássico – no período não-epidêmico, preencher todos
os campos dos itens da ficha de investigação epidemiológica do Sinan,
relativos aos dados gerais, notificação individual e dados de residência,
exames laboratoriais e conclusão do caso. Durante epidemias, o município
pode adotar o preenchimento apenas da notificação, não preenchendo a
ficha de investigação.
• Casos de Dengue com Complicações e FHD – sempre preencher a ficha de
investigação, com especial atenção para os campos referentes aos exames
laboratoriais e conclusão do caso. Consultar o prontuário dos casos e o
médico assistente para completar as informações sobre exames
laboratoriais inespecíficos realizados (principalmente plaquetas e
hematócrito).
• Busca Ativa de Casos Graves – deve ser realizada busca ativa de casos
suspeitos de FHD nas unidades de saúde, não devendo se aguardar
apenas a notificação passiva.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 123
124. Medidas de controle
• Vigilância Entomológica – as atividades de rotina têm como principal
função reduzir os criadouros do mosquito, empregando-se
preferencialmente métodos mecânicos.
• Os larvicidas, quando indicados, devem ser empregados somente nos
recipientes que não possam ser removidos, destruídos, descartados,
cobertos ou manipulados de forma que se tornem incapazes de
permitir a reprodução do vetor. As ações de rotina, além de contribuir
para a redução da infestação por Aedes aegypti, podem evitar a sua
reintrodução em outras áreas. Atividades: Determinação e/ou
acompanhamento dos níveis de infestação vetorial, intensificação do
combate ao vetor.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 124
125. Vigilância epidemiológica
• Risco de urbanização de febre amarela – A atual situação de dispersão
e a elevada densidade do Aedes aegypti aumentam o risco de
reurbanização da febre amarela. Atualmente, um dos principais
objetivos da VE do país é o de impedir esta ocorrência, a partir da
detecção oportuna de casos suspeitos. A conduta a ser adotada frente
a casos suspeitos deve seguir as orientações detalhadas no capítulo
sobre febre amarela.
• Encerramento de Casos – Os dados de notificação, junto com os
resultados dos exames laboratoriais e, nos casos em que foram
indicadas, as investigações epidemiológicas, trarão os subsídios para o
diagnóstico final, considerando as alternativas constantes da definição
de caso.
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SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 125
126. Ações de enfermagem
• Ações de Enfermagem – Atendimento de
enfermagem ao paciente com suspeita de dengue:
• Cabe ao profissional de enfermagem coletar e
registrar dados da forma mais detalhada possível no
prontuário do paciente. Esses dados são necessários
para o planejamento e a execução dos serviços de
assistência de enfermagem.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 126
127. Roteiro
• Histórico de enfermagem (entrevista e exame físico):
• a) Data do início dos sintomas.
• b) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, freqüência respiratória,
temperatura.
• c) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal (IMC).
• d) Pesquisar sinais de alarme.
• e) Realizar prova do laço na ausência de manifestações hemorrágicas.
• f) Segmento da pele: pesquisar pele fria ou quente, sinais de desidratação,
exantema, petéquias, hematomas, sufusões e outros.
• g) Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz, edema subcutâneo palpebral,
hemorragia conjuntival, petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.
• h) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório, de derrame
pleural e pericárdico.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 127
128. Roteiro
• i) Segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite, timpanismo,
macicez e outros.
• j) Segmento neurológico: pesquisar cefaléia, convulsão, sonolência, delírio,
insônia, inquietação, irritabilidade e depressão.
• k) Sistema músculo-esquelético: pesquisar mialgias, artragias e edemas.
• l) Realizar a notificação e investigação do caso.
• m) Registrar no prontuário as condutas prestadas de enfermagem.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 128
129. Estadiamento
• O manejo adequado do paciente com dengue depende do
reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuo
monitoramento, re-estadiamento dos casos e da pronta
reposição hídrica.
• Com isso, torna-se necessário a revisão da história clínica,
acompanhado do exame físico completo a cada reavaliação do
paciente, com o devido registro em instrumentos pertinentes
(prontuários, ficha de atendimento, cartão de
acompanhamento).
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 129
130. Estadiamento
• Grupo A
• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois
sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor
retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história
epidemiológica compatível.
• b) Prova do laço negativa e ausência de manifestações
hemorrágicas espontâneas.
• c) Ausência de sinais de alarme.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 130
131. • Grupo B
• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois
sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor
retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história
epidemiológica compatível.
• b) Prova do laço positiva ou manifestações hemorrágicas
espontâneas, sem repercussão hemodinâmica.
• c) Ausência de sinais de alarme.
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 131
132. • Grupos C e D
• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois
sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor
retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história
epidemiológica compatível.
• b) Presença de algum sinal de alarme (que caracteriza o
Grupo C) e/ou manifestações hemorrágicas presentes ou
ausentes.
• c) Presença de sinais de choque (o que caracteriza o Grupo D).
By Ismael Costa
SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS 132
133. Sinais de Choque
a) Hipotensão arterial.
b) Pressão arterial convergente ( PA diferencial < 20mmHg).
c) Extremidades frias, cianose.
d) Pulso rápido e fino.
e) Enchimento capilar lento (> 2 segundos).
By Ismael Costa 133
135. Cambé 2012
Questão 11) A dengue, atualmente, é considerada um sério problema de saúde
pública, principalmente, nos países tropicais, pois as condições do meio
ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do vetor. A doença
pode apresentar-se sob duas formas: dengue clássica e hemorrágica. Assinale
a única alternativa em que são expressos sinais clássicos de hemorragia, que
devem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.
A) Hipertensão arterial, lipotimia e prurido.
B) Dor abdominal, vômito, hepatomegalia, hipotensão arterial, oligúria e letargia.
C) Hesplenomegalia, poliúria e cefaleia.
D) Palidez, sudorese, vertigem e hipoglicemia.
E) Depressão, vertigem e inchaço nos membros inferiores.
By Ismael Costa 135
136. Cambé 2012
Questão 11) A dengue, atualmente, é considerada um sério problema de saúde
pública, principalmente, nos países tropicais, pois as condições do meio
ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do vetor. A doença
pode apresentar-se sob duas formas: dengue clássica e hemorrágica. Assinale
a única alternativa em que são expressos sinais clássicos de hemorragia, que
devem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.
A) Hipertensão arterial, lipotimia e prurido.
B) Dor abdominal, vômito, hepatomegalia, hipotensão arterial, oligúria e
letargia.
C) Hesplenomegalia, poliúria e cefaleia.
D) Palidez, sudorese, vertigem e hipoglicemia.
E) Depressão, vertigem e inchaço nos membros inferiores.
By Ismael Costa 136