2. O ECG pode ser alterado por uma ampla variedade
de outros distúrbios cardíacos e não-cardíacos:
a) Distúrbios Eletrolíticos (distúrbios de potássio, distúrbios de
cálcio)
b) Hipotermia
c) Drogas (digitálicos, medicamentos que prolongam o intervalo
QT)
d) Outros Distúrbios Cardíacos (pericardite, cardiomiopatia,
miocardite)
e) Distúrbios Pulmonares (DPOC,TEP)
f) Injúrias Agudas do Sistema Nervoso Central
3. Hipercalemia: critérios
a. Evolução de acordo com o aumento dos níveis
sérios:
I. Pico da ondaT;
II. Prolongamento PR;
III. Achatamento na onda P;
IV. Alargamento de QRS.
• Pode evoluir para fibrilação ventricular
Qualquer alteração no ECG devido a
hipercalemia justifica imediata atenção
clínica!
5. Hipocalemia: critérios
a. Depressão do segmento ST;
b. Achatamento da ondaT;
c. Aparecimento da onda U (achado característico,
mas não diagnóstico).
6. Distúrbios de Cálcio: critérios
1. Hipocalcemia: prolongamento no intervalo QT
(Torsades de pointes);
2. Hipercalcemia: encurtamento no intervalo QT.
7. Critérios
a. Tudo se lentifica:
1. Bradicardia Sinusal
2. intervalo PR, QRS e QT prolongados
b. Onda J ou onda de Osborne;
c. Arritmias (FA lenta);
9. Digitálicos
a. Níveis terapêuticos:
I. Depressão do segmento ST;
II. Achatamento ou inversão da ondaT.
O efeito digitálico é normal e previsível, não
necessitando suspensão da droga.
10. Digitálicos
b. NíveisTóxicos:
I. Supressão do nó sinusal;
II. Bloqueios de condução (Bloqueio AV 2º 2:1);
III. Taquiarritmias (Taquicardia Atrial Paroxística).
Requer intervenção.
11. Antiarrítmicos (sotalol, quinidine,
procainamide, disopyramide, amiodarone,
dofetilide e dronedarone)
O intervalo QT precisa ser rigorosamente
monitorado nos pacientes devido ao risco
aumentado de taquicardias ventriculares!
12. Medicações que prolongam o intervalo QT:
a) Antibióticos: macrolídeos (eritromicina,
claritromicina, azitromicina), fluoroquinolonas
(levofloxacino, ciprofloxacino);
b) Antifúngicos: cetoconazol;
c) Anti-histamínicos: astemizole, terfenadine
d) Psicotrópicos: Antipsicóticos (haloperidol,
phenothiazines), AntidepressivosTricíclicos
(amitriptyline), Inibidores seleltivos da recaptação da
serotonina (citalopram, fluoxetine) e methadone;
e) Medicação gastrointestinal, antineoplásicos e
diuréticos.
13. Pericardite: critérios
a. Alterações difusas em segmento ST (elevação) e ondaT
(inversão);
b. Inversão de ondaT ocorre após os segmentos ST terem
retornado à linha basal;
c. Não há formação de ondas Q;
d. Intervalo PR pode estar deprimido.
14.
15. Pericardite
a. Derrame pericárdico;
b. Derrames copiosos. Fenômeno de
alternância elétrica devido a rotação livre do
coração.
Complexos QRS
16. Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva
a. HVE;
b. Desvio de eixo para a esquerda;
c. Ondas Q significativas lateralmente e, às vezes,
inferiormente.
18. DPOC: critérios
a. Orientação da onda P próxima de +90º (P
pulmonale);
b. diminuição da amplitude dos complexos no ECG
(efeito dielétrico);
c. desvio do eixo do complexo QRS para direita;
d. desvio da zona de transição precordial do QRS
para a esquerda.
19.
20. Embolismo Pulmonar Agudo: critérios
a. Desvio agudo do eixo QRS para a direita;
b. Bloqueio de ramo direito;
c. Padrão S1Q3 (onda S em DI e Q em DIII);
d. Arritmias (Taquicardia sinusal e FA).
21. Hemorragias e infartos do SNC
a. OndasT difusamente invertidas, amplas e
profundas;
b. Bradicardia sinusal
c. Aumento do inverval QTc
d. Reversibilidade das alterações
22. Bradicardia sinusal em repouso;
Alterações inespecíficas do segmento ST e ondaT;
Critérios de HVE, às vezes HVD;
Bloqueio incompleto do ramo direito;
Arritmias variadas;
Boqueio AV de 1º grau ou deWeckenbach.
28. Ausência de onda P
OndaT apiculada
QRS amplo
Hipercalemia.TratamentoAgressivo!
29. Conheça seu paciente: É verdade que ECGs
podem ser lidos com certa acurácia
isoladamente, porém seu máximo proveito
é obtido apenas a partir de uma avaliação
clínica completa.
Pratique. Leia os ECGs com atenção sem
pular etapas.