SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 50
XIX CONGRESSO MUNDIAL DA REHABILITATION INTERNATIONAL Diálogo Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS CLÉLIA REGINA RAMOS
QUANDO OS SURDOS COMEÇARAM A SE ENCONTRAR? ,[object Object],[object Object]
SURDOS: IGUAIS OU DIFERENTES? ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
NORMALIZAÇÃO DO SURDO ,[object Object],[object Object]
POR QUE ENSINAR O SURDO A FALAR? ,[object Object]
COMO ENSINAR O SURDO A FALAR? ,[object Object]
PRIMEIROS TEXTOS EM INGLÊS SOBRE LÍNGUA DE SINAIS ,[object Object],[object Object]
    Em 1775 uma data marcante: a fundação do  Instituto de Surdos e Mudos de Paris, onde o abade l’Epée (1712-1789) desenvolve a descrição da Língua de Sinais utilizada pelos Surdos de Paris,  produzindo uma espécie de “dicionário” língua francesa/língua de sinais. Seu trabalho educacional com essa língua de sinais, desenvolvido desde 1760 até sua morte,  será conhecido e difundido por todo o mundo  como o  “método manual” ou “francês   ”.
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE L’EPÉE ,[object Object],[object Object]
ALGUNS PROBLEMAS DO TRABALHO DE L’EPÉE ,[object Object]
NASCIMENTO DO ORALISMO ,[object Object],[object Object]
1880:  NO CONGRESSO DE MILÃO DECIDE-SE EXPURGAR A LÍNGUA DE SINAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS EM UM ENCONTRO  ONDE APENAS UM PROFESSOR SURDO PARTICIPOU.
CONSEQÜÊNCIAS DO ORALISMO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
NASCIMENTO DA COMUNICAÇÃO TOTAL ,[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS NO MUNDO
BANQUETES SURDOS: UMA FORMA ALTERNATIVA DE ORGANIZAÇÃO ,[object Object],[object Object]
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS BANQUETES SURDOS   ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A  ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object],[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object],[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object]
NASCIMENTO DA FENEIDA ORIGENS DA FENEIS ,[object Object]
Segundo as atas das reuniões, o encontro que teria dado origem ao desejo de se fundar uma associação a nível nacional aconteceu no INES, em uma reunião do então chamado  Projeto Integração , no dia 23 de junho de 1977, com a presença do professor americano Steve Mathis.
REUNIÃO DO PROJETO INTEGRAÇÃO: 29/08/1977 ,[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object]
Desde sua fundação, em 16 maio de 1987, no mesmo momento em que se encerravam as atividades da FENEIDA, a  FENEIS luta, em primeiro lugar,  pelo direito de autodeterminação dos surdos.
As entidades fundadoras da FENEIS foram: Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audição- APADA/Niterói-RJ, Associação dos Surdos  de Minas Gerais-MG, Associação dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ, Associação Alvorada Congregadora de Surdos-RJ, Associação dos Surdos de Cuiabá-MT, Associação dos Surdos de Mato Grosso do Sul-MS, Instituto Londrinense de Educação de Surdos –PR, Escola Estadual Francisco Salles-MG, Instituto Nossa Senhora de Lourdes-RJ, Associação de Pais e Amigos dos Surdos –APAS-PR, Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audiocomunicação- APADA/ Marília-SP, Centro Educacional de Audição e Fala-DF, Associação do Deficiente Auditivo do Distrito Federal- DF, Centro Verbo-Tonal Suvag/ Recife-PE, Associação Bem Amado dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ e Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo/ APADA- DF.
A FENEIS nasceu com caráter estritamente político.  “Consideramos da maior importância as colaborações que recebemos e queremos continuar recebendo das pessoas que ouvem. Mas consideramos também que devemos assumir a liderança de nossos problemas de forma direta e decisiva à despeito das dificuldades que possam existir relacionadas à comunicação.”
A FENEIS, desde sua fundação, demonstra ter plena consciência do papel que quer desempenhar na sociedade e exige da mesma sua aceitação. Acredito que,  por ter sido originada de uma entidade de ouvintes, a FENEIS já tenha iniciado suas atividades com a experiência obtida com os desacertos e contatos efetivados pela FENEIDA. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o fato de a FENEIS ter sido “fruto” da FENEIDA lhe trouxe mais ganhos que perdas.
OS PRIMEIROS ANOS DA FENEIS ,[object Object],[object Object]
I Encontro Municipal do Deficiente Auditivo ( Cabo  Frio/RJ) I Encontro do Deficiente Auditivo (Resende/RJ) IV Encontro Comunitário de Deficientes (Itaúna/RJ) I Encontro de Pais e Professores de Surdos (Ituiutaba/MG) I Encontro Brasileiro de Surdos (Recife/PE) I Encontro  de  Professores de Língua de Sinais  (Recife/PE) II Encontro de Pais e Professores de Surdos (Curitiba/PR) I Encontro de Entidades de Deficientes do estado de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG) II Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte/MG) I Seminário Estadual de Educação Especial  (Brasília/DF) IV Seminário Estadual de Educação Especial (Rio de Janeiro/RJ)
SEGUNDO ANO DE ATIVIDADES: 1988 ,[object Object],[object Object]
I  Encontro dos Profissionais de Comunicação Total (Rio de Janeiro, 1 e 2 de julho, 148 participantes). I Encontro dos Surdos de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, 28/30 de julho, 64 participantes). I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais (Rio de Janeiro, 5 e 6 de agosto, 68 participantes). I Ciclo Estadual de Palestras na Área dos Surdos (Porto Alegre, 19 de novembro, 57 participantes). III Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte, 25/26 de novembro, 235 participantes). I Encontro dos Surdos do Centro-Oeste (Goiânia, 2/4 de dezembro, 247 participantes).
VISITAS OFICIAIS ,[object Object]
UMA VISÃO DA FENEIS SOBRE A HISTÓRIA DE SUA FUNDAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Surdos são deficientes?  Por Liisa Kauppinen (Presidente da Federação Mundial dos Surdos/World Federation of the Deaf e diretora-executiva da Associação Finlandesa dos Surdos). WFD NEWS, vol.12  n° 2, july 1999.
A perspectiva da Federação Mundial dos Surdos (World Federation of the Deaf) sobre as pessoas surdas está definida nos estatutos da WFD:  “O termo ‘Surdo’  refere-se a qualquer pessoa com perda auditiva, especialmente aquela que faz uso da língua de sinais como sua língua natural.” (Artigo 2, Seção 2); e “Língua de sinais tem sido universalmente aceita com o status de uma língua indígena e a cultura Surda como participante da herança cultural nacional de cada país.”( Artigo 2, Seção 1) (…)

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicos
LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicosLIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicos
LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicosprofamiriamnavarro
 
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplinaLIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplinaprofamiriamnavarro
 
Intérpretes Educacionais de Libras
Intérpretes Educacionais de LibrasIntérpretes Educacionais de Libras
Intérpretes Educacionais de Librasunidadebetinho
 
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo profamiriamnavarro
 
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia profamiriamnavarro
 
Lingua brasileira de sinais libras aula 5
Lingua brasileira de sinais libras aula 5Lingua brasileira de sinais libras aula 5
Lingua brasileira de sinais libras aula 5LiseteLima
 
Comunicação total power point
Comunicação total power pointComunicação total power point
Comunicação total power pointMacedo Macedo Jr
 
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...andrea giovanella
 
Manual de Ciencias e Geografia em Libras
Manual de Ciencias e Geografia em LibrasManual de Ciencias e Geografia em Libras
Manual de Ciencias e Geografia em LibrasValzinha Cruz
 
Oralismo bilinguismo e comunicação
Oralismo bilinguismo e comunicaçãoOralismo bilinguismo e comunicação
Oralismo bilinguismo e comunicaçãoMichelli Assis
 

Was ist angesagt? (20)

Classificadores em Libras
Classificadores em LibrasClassificadores em Libras
Classificadores em Libras
 
LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicos
LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicosLIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicos
LIBRAS AULA 11: Aspectos Linguísticos da língua de sinais - Aspectos fonológicos
 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - Aspectos Linguísticos
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - Aspectos LinguísticosLíngua Brasileira de Sinais - LIBRAS - Aspectos Linguísticos
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - Aspectos Linguísticos
 
Arquivo 1
Arquivo 1Arquivo 1
Arquivo 1
 
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplinaLIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
LIBRAS AULA 1: Apresentação da disciplina
 
Historia da Educação dos Surdos.
Historia da Educação dos Surdos. Historia da Educação dos Surdos.
Historia da Educação dos Surdos.
 
Intérpretes Educacionais de Libras
Intérpretes Educacionais de LibrasIntérpretes Educacionais de Libras
Intérpretes Educacionais de Libras
 
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo
LIBRAS AULA 6: A interação do surdo com o mundo
 
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia
LIBRAS AULA 12: Aspectos Linguísticos da língua de sinais – Morfologia
 
Educação de Surdos
Educação de SurdosEducação de Surdos
Educação de Surdos
 
Lingua brasileira de sinais libras aula 5
Lingua brasileira de sinais libras aula 5Lingua brasileira de sinais libras aula 5
Lingua brasileira de sinais libras aula 5
 
Quem será o modelo da Educação Bilíngue?
Quem será o modelo da Educação Bilíngue? Quem será o modelo da Educação Bilíngue?
Quem será o modelo da Educação Bilíngue?
 
História dos Surdos
História dos SurdosHistória dos Surdos
História dos Surdos
 
LIBRAS AULA 7: Cultura Surda
LIBRAS AULA 7: Cultura SurdaLIBRAS AULA 7: Cultura Surda
LIBRAS AULA 7: Cultura Surda
 
Comunicação total power point
Comunicação total power pointComunicação total power point
Comunicação total power point
 
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...
Oficina - Analise Sintática em LIBRAS e Língua portuguesa para o ensino aos a...
 
Libras
LibrasLibras
Libras
 
Manual de Ciencias e Geografia em Libras
Manual de Ciencias e Geografia em LibrasManual de Ciencias e Geografia em Libras
Manual de Ciencias e Geografia em Libras
 
Slide libras (1)
Slide libras (1)Slide libras (1)
Slide libras (1)
 
Oralismo bilinguismo e comunicação
Oralismo bilinguismo e comunicaçãoOralismo bilinguismo e comunicação
Oralismo bilinguismo e comunicação
 

Andere mochten auch

História do Movimento Surdo no Brasil
História do Movimento Surdo no BrasilHistória do Movimento Surdo no Brasil
História do Movimento Surdo no Brasilasustecnologia
 
Cartilha - Dia Nacional dos surdos
Cartilha - Dia Nacional dos surdos Cartilha - Dia Nacional dos surdos
Cartilha - Dia Nacional dos surdos antonio abreu
 
Apostila pessoas libras
Apostila pessoas librasApostila pessoas libras
Apostila pessoas librasHime Gomes
 
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos
3o slide   linha do tempo na historia da educacao de surdos3o slide   linha do tempo na historia da educacao de surdos
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdosJean Rodrigo
 
Apostila libras
Apostila librasApostila libras
Apostila librasJana Bento
 

Andere mochten auch (10)

Abordagem aurioral
Abordagem aurioralAbordagem aurioral
Abordagem aurioral
 
História do Movimento Surdo no Brasil
História do Movimento Surdo no BrasilHistória do Movimento Surdo no Brasil
História do Movimento Surdo no Brasil
 
Ines & feneis
Ines & feneisInes & feneis
Ines & feneis
 
Book Review
Book ReviewBook Review
Book Review
 
Cartilha - Dia Nacional dos surdos
Cartilha - Dia Nacional dos surdos Cartilha - Dia Nacional dos surdos
Cartilha - Dia Nacional dos surdos
 
Apostila pessoas libras
Apostila pessoas librasApostila pessoas libras
Apostila pessoas libras
 
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos
3o slide   linha do tempo na historia da educacao de surdos3o slide   linha do tempo na historia da educacao de surdos
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdos
 
Apostila: libras básico
Apostila: libras básicoApostila: libras básico
Apostila: libras básico
 
LIBRAS - AULA 1 e 2
LIBRAS - AULA 1 e 2LIBRAS - AULA 1 e 2
LIBRAS - AULA 1 e 2
 
Apostila libras
Apostila librasApostila libras
Apostila libras
 

Ähnlich wie História da organização dos surdos no Brasil

Ähnlich wie História da organização dos surdos no Brasil (20)

Apresentação 1 Linguistica .pdf
Apresentação 1 Linguistica .pdfApresentação 1 Linguistica .pdf
Apresentação 1 Linguistica .pdf
 
História dos surdos e oralismo
História dos surdos e oralismoHistória dos surdos e oralismo
História dos surdos e oralismo
 
Hes2
Hes2Hes2
Hes2
 
Hes2
Hes2Hes2
Hes2
 
Libras 01
Libras 01Libras 01
Libras 01
 
Historia4 trajetoria
Historia4 trajetoriaHistoria4 trajetoria
Historia4 trajetoria
 
A linha do tempo aula 01
A linha do tempo aula 01A linha do tempo aula 01
A linha do tempo aula 01
 
Artigo2
Artigo2Artigo2
Artigo2
 
Por Clélia Regina Ramos
Por Clélia Regina RamosPor Clélia Regina Ramos
Por Clélia Regina Ramos
 
Apostila libras-reformulada- completa
Apostila libras-reformulada- completaApostila libras-reformulada- completa
Apostila libras-reformulada- completa
 
Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2Historia educação surdos 2
Historia educação surdos 2
 
História dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDFHistória dos surdos no Brasil.PDF
História dos surdos no Brasil.PDF
 
A língua de sinais e seu surgimento
A língua de sinais e seu surgimentoA língua de sinais e seu surgimento
A língua de sinais e seu surgimento
 
Libras - Mediação Intercultural
Libras - Mediação InterculturalLibras - Mediação Intercultural
Libras - Mediação Intercultural
 
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964
 
LIBRAS
LIBRAS LIBRAS
LIBRAS
 
Apostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básicoApostila Victor libras 2023 curso básico
Apostila Victor libras 2023 curso básico
 
Educação dos surdos
Educação dos surdosEducação dos surdos
Educação dos surdos
 
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEMEFaculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEME
 
História dos Surdos
História dos SurdosHistória dos Surdos
História dos Surdos
 

História da organização dos surdos no Brasil

  • 1. XIX CONGRESSO MUNDIAL DA REHABILITATION INTERNATIONAL Diálogo Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento
  • 2. FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS CLÉLIA REGINA RAMOS
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Em 1775 uma data marcante: a fundação do Instituto de Surdos e Mudos de Paris, onde o abade l’Epée (1712-1789) desenvolve a descrição da Língua de Sinais utilizada pelos Surdos de Paris, produzindo uma espécie de “dicionário” língua francesa/língua de sinais. Seu trabalho educacional com essa língua de sinais, desenvolvido desde 1760 até sua morte, será conhecido e difundido por todo o mundo como o “método manual” ou “francês ”.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. 1880: NO CONGRESSO DE MILÃO DECIDE-SE EXPURGAR A LÍNGUA DE SINAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS EM UM ENCONTRO ONDE APENAS UM PROFESSOR SURDO PARTICIPOU.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Segundo as atas das reuniões, o encontro que teria dado origem ao desejo de se fundar uma associação a nível nacional aconteceu no INES, em uma reunião do então chamado Projeto Integração , no dia 23 de junho de 1977, com a presença do professor americano Steve Mathis.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Desde sua fundação, em 16 maio de 1987, no mesmo momento em que se encerravam as atividades da FENEIDA, a FENEIS luta, em primeiro lugar, pelo direito de autodeterminação dos surdos.
  • 28. As entidades fundadoras da FENEIS foram: Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audição- APADA/Niterói-RJ, Associação dos Surdos de Minas Gerais-MG, Associação dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ, Associação Alvorada Congregadora de Surdos-RJ, Associação dos Surdos de Cuiabá-MT, Associação dos Surdos de Mato Grosso do Sul-MS, Instituto Londrinense de Educação de Surdos –PR, Escola Estadual Francisco Salles-MG, Instituto Nossa Senhora de Lourdes-RJ, Associação de Pais e Amigos dos Surdos –APAS-PR, Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audiocomunicação- APADA/ Marília-SP, Centro Educacional de Audição e Fala-DF, Associação do Deficiente Auditivo do Distrito Federal- DF, Centro Verbo-Tonal Suvag/ Recife-PE, Associação Bem Amado dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ e Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo/ APADA- DF.
  • 29. A FENEIS nasceu com caráter estritamente político. “Consideramos da maior importância as colaborações que recebemos e queremos continuar recebendo das pessoas que ouvem. Mas consideramos também que devemos assumir a liderança de nossos problemas de forma direta e decisiva à despeito das dificuldades que possam existir relacionadas à comunicação.”
  • 30. A FENEIS, desde sua fundação, demonstra ter plena consciência do papel que quer desempenhar na sociedade e exige da mesma sua aceitação. Acredito que, por ter sido originada de uma entidade de ouvintes, a FENEIS já tenha iniciado suas atividades com a experiência obtida com os desacertos e contatos efetivados pela FENEIDA. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o fato de a FENEIS ter sido “fruto” da FENEIDA lhe trouxe mais ganhos que perdas.
  • 31.
  • 32. I Encontro Municipal do Deficiente Auditivo ( Cabo Frio/RJ) I Encontro do Deficiente Auditivo (Resende/RJ) IV Encontro Comunitário de Deficientes (Itaúna/RJ) I Encontro de Pais e Professores de Surdos (Ituiutaba/MG) I Encontro Brasileiro de Surdos (Recife/PE) I Encontro de Professores de Língua de Sinais (Recife/PE) II Encontro de Pais e Professores de Surdos (Curitiba/PR) I Encontro de Entidades de Deficientes do estado de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG) II Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte/MG) I Seminário Estadual de Educação Especial (Brasília/DF) IV Seminário Estadual de Educação Especial (Rio de Janeiro/RJ)
  • 33.
  • 34. I Encontro dos Profissionais de Comunicação Total (Rio de Janeiro, 1 e 2 de julho, 148 participantes). I Encontro dos Surdos de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, 28/30 de julho, 64 participantes). I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais (Rio de Janeiro, 5 e 6 de agosto, 68 participantes). I Ciclo Estadual de Palestras na Área dos Surdos (Porto Alegre, 19 de novembro, 57 participantes). III Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte, 25/26 de novembro, 235 participantes). I Encontro dos Surdos do Centro-Oeste (Goiânia, 2/4 de dezembro, 247 participantes).
  • 35.
  • 36. UMA VISÃO DA FENEIS SOBRE A HISTÓRIA DE SUA FUNDAÇÃO
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 40.  
  • 41.  
  • 42.  
  • 43.  
  • 44.  
  • 45.  
  • 46.  
  • 47.  
  • 48.  
  • 49. Os Surdos são deficientes? Por Liisa Kauppinen (Presidente da Federação Mundial dos Surdos/World Federation of the Deaf e diretora-executiva da Associação Finlandesa dos Surdos). WFD NEWS, vol.12 n° 2, july 1999.
  • 50. A perspectiva da Federação Mundial dos Surdos (World Federation of the Deaf) sobre as pessoas surdas está definida nos estatutos da WFD: “O termo ‘Surdo’ refere-se a qualquer pessoa com perda auditiva, especialmente aquela que faz uso da língua de sinais como sua língua natural.” (Artigo 2, Seção 2); e “Língua de sinais tem sido universalmente aceita com o status de uma língua indígena e a cultura Surda como participante da herança cultural nacional de cada país.”( Artigo 2, Seção 1) (…)