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Breve História da Música Erudita


Pré História – A música surge ligada aos rituais religiosos. Apenas alguns restos de instrumentos são conhecidos,
como as flautas de falanges, datados do Paleolítico médio (10200 a.C). No Neolítico (3000 a.C), a prática musical
envolve instrumentos feitos de argila e pele de animais.

2000 a.C. -331 a.C. – No Oriente Médio há maior sofisticação na construção de instrumentos como lira, harpa,
alaúde, flauta e trombeta. O conhecimento sobre a música da época resume-se ao que se pode deduzir da afinação
e das escalas dos instrumentos encontrados, das figuras de tocadores e de rituais. Algumas manifestações poético-
musicais são encontradas na Bíblia, como a descrição da orquestra de Nabucodonosor II feita por Daniel.

Século VI a.C. – Referências à música aparecem nos escritos dos filósofos gregos. Há uma vasta produção musical
ligada às festividades e ao teatro, e a notação musical é feita com a utilização de letras do alfabeto grego, o que
possibilita a recuperação de algumas composições. Pitágoras demonstra proporções numéricas na formação das
escalas musicais, na mais antiga menção a uma teoria da música na Grécia.

Séculos V a.C.-IV a.C. – No período da Antiguidade clássica, na Grécia, são cantados os ditirambos – coros em
honra ao deus Dionísios. Aristogenos de Tarento funda uma nova teoria musical grega, para a qual a base deixa de
ser numérica, como o era para os pitagóricos, e passa a levar em conta a experiência auditiva.

Séculos IV a.C.-I a.C. – A teoria e a música grega são compiladas pelos romanos. A tradição musical grega é
difundida por escravos vindos da Grécia, que tomam parte em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.

Séculos I-VI – A base da música da Idade Média começa com a proliferação das comunidades cristãs. Suas fontes
são a música judaica (os salmos) e a música helênica sobrevivente na Roma antiga. As principais formas musicais
são as salmodias e himnodias, cantadas numa única linha melódica, sem acompanhamento. A música não dispõe,
então, de uma notação precisa. São utilizados signos fonéticos acompanhados de sinais que indicam a
movimentação melódica (neumas).

Século VI – A rápida expansão do cristianismo exige maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana.
O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza o canto gregoriano, que se torna modelo para a Europa
católica.

Século XI – Guido D’Arezzo identifica a repetição regular das notas em oitavas, anotando-as sobre uma pauta de
quatro linhas na qual as ordenava de baixo para cima como graves, acutae, superacutae. É desse mesmo período
o surgimento do minnersangers germânicos, menestréis membros da nobreza que cantam canções de conteúdo
amoroso. No sul da França aparecem os primeiros trovadores.

Século XII – A prática polifônica dá um salto com a música escrita por compositores que atuam na Catedral de
Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação musical evoluída, em que não só as notas vêm grafadas mas também
os ritmos. Destacam-se compositores como Léonin e Pérotin.

Séculos XIII-XIV – Surgem a Ars Antiqua, entre 1240 e 1325, e a Ars Nova, de 1320 a 1380. Ambas têm como
principal forma de composição o motete, moldado a partir de textos cristãos não litúrgicos, que logo são traduzidos
para o francês. Na Ars Antiqua, textos de origens diferentes aparecem cantados em contraponto, enquanto na Ars
Nova tais sobreposições são mais restritas. Uma distinção importante entre elas é a presença, na Ars Nova, de uma
polifonia resultante da notação musical mais precisa, surgida a partir de 1300. Os meistersanger germânicos,
mestres cantores da burguesia, substituem os minnersanger. No norte da França surgem os troveiros. Tanto os
meistersanger quanto os troveiros exercem forte influência na música e poesia medieval européia.

Século XV – Em Roma, um grupo de compositores faz música predominantemente religiosa, fundindo elementos da
escola franco-flamenga com a riqueza das melodias italianas. A escola romana retoma o canto gregoriano na
composição polifônica, atendendo às exigências da Contra-Reforma. Seu principal representante é Giovanni
Pierluigi da Palestrina, cuja obra é modelo para as escolas posteriores. A independência e o equilíbrio entre as
vozes melódicas e a melodia agradável são ressaltados nos tratados de contraponto polifônico de Berardi, no
século XVII, e de Fux, já no século XVIII.

Séculos XVI-XVII – Desenvolve-se o madrigal italiano, conjunção perfeita entre música e texto. O madrigal é
herdeiro direto das chansons francesas, que já possuíam caráter descritivo e usavam cantos de pássaros, gritos de
pregão nas ruas e a narração de batalhas como temática. Baseia-se na prática polifônica e na homofonia nascente.
A música, inspirada pelo texto, utiliza-se de recursos sonoros para descrever as cenas que o texto narra. Por seu
caráter dramático, o madrigal é o elo entre a música modal medieval e renascentista e a música tonal do barroco,
classicismo e romantismo. Seus principais compositores são Luca Marenzio, Andrea Gabrieli, Carlo Gesualdo di
Venosa e Claudio Monteverdi. Refletindo a preocupação dos membros da Camerata de Florença em recriar o
drama grego antigo com música, Jacopo Peri compõe a primeira ópera –Dafne (1598, partitura extraviada).

1660-1750 – Período de auge do barroco. Predomina a música vocal-instrumental voltada ao texto a ser cantado. É
a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A
polifonia, com as vozes melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. As melodias são simples,
acompanhadas, facilitando a compreensão do texto. A música instrumental, além de pontuar as óperas com
passagens instrumentais, surge como linguagem independente, favorecendo o virtuosismo técnico. Floresce a
música para órgão, cravo e espineta: O Cravo Bem Temperado e Prelúdios e Fugas para Órgão, de Johann
Sebastian Bach; as Sonatas de Domenico Scarlatti. A música modal medieval e suas variantes dão espaço aos dois
modos tonais: o maior e o menor. As alturas – notas – são organizadas em um desses dois modos, a partir de uma
das 12 alturas cromáticas (as sete notas mais suas alterações, sustenido ou bemol), as quais dão nome às
tonalidades: dó menor, dó maior, ré maior etc.

Século XVIII (início) – A ópera torna-se a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o
classicismo. Seu principal compositor é Alessandro Scarlatti, pai de Domenico Scarlatti, e a cidade de Nápoles é o
centro da atividade operística, difundindo esse estilo musical que predominará nesse século. Entre seus
compositores se destacam também o alemão Georg Friedrich Haendel (que, além das óperas, fez grande sucesso
em Londres com oratórios como O Messias), Niccolò Jommelli, compositor napolitano que serviu à corte de Lisboa,
e Joseph Haydn.

ÓPERA – A linguagem da ópera é renovada no início do século XIX por Gioacchino Rossini e Vincenzo Bellini com
o uso de temas vindos da vida cotidiana. Na segunda metade do século há um retorno ao drama, em obras de
caráter heróico ou mitológico, nas óperas de Giuseppe Verdi, criador das conhecidas Aida e La Traviata, e de
Richard Wagner, de Tristão e Isolda. Seguindo ainda a linguagem da música tonal surgem as óperas de Giacomo
Puccini, como La Bohème, Tosca, Madame Butterfly e a inacabada Turandot. Richard Strauss mantém a tradição
do poema sinfônico em óperas como Salomé e Electra.

Século XVIII (final) – A sonata clássica torna-se a forma musical mais importante. Nela, os momentos de tensão e
relaxamento são a base de obras para instrumento solo e posteriormente para quartetos de cordas, trios e
orquestra. Os compositores que mais contribuem para o auge da sonata são Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph
Haydn. Já com Ludwig van Beethoven a sonata deixa de ser um jogo de variações sobre as melodias principais e
se transforma numa profunda rede de inter-relações entre ritmos, melodias e timbres. Junto com Franz Schubert,
Beethoven realiza a transição do classicismo para o romantismo.

Século XIX – Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o derradeiro momento da música tonal. Formas
livres, prelúdios, rapsódias, sinfonismo, virtuosismo instrumental e movimentos nacionais incorporam elementos
alheios à tonalidade estrita do classicismo. Franz Schubert compõe seu Quinteto em Lá Menor, Op. 114, mais
conhecido como quinteto A Truta, por referir-se a sua canção Die Forelle (a truta). Com as últimas obras de
Beethoven, esse será um dos primeiros passos rumo ao romantismo que predominará por quase todo o século XIX.
É o período do lied (canção para voz e instrumento), das grandes sinfonias e das grandes óperas. Frédéric Chopin
inicia seus Estudos para Piano, Op. 10, em 1829, enriquecendo o repertório para o instrumento predominante no
século XIX. Destacam-se também suas mazurcas, polonaises, impromptus baladas. Franz Liszt abre um novo
caminho para a composição musical inaugurando o gênero poema sinfônico com sua obra para orquestra Les
Preludes, de 1848-1852. Continuando o projeto de Liszt e do alemão Robert Schumann (que, além de ampliar as
possibilidades do lied e da música para piano, atua como crítico no jornal Neue Zeitschrift für Musik), Richard
Wagner leva o sistema tonal até o limiar, abrindo caminho para a música atonal (música sem tonalidade) que
predominará no século XX. Em contrapartida, Johannes Brahms, com sua música sinfônica, representa a reiteração
da tonalidade e a retomada dos ideais clássicos. A tonalidade também sobrevive na tradição operística francesa
(Gounod, Massenet, Bizet) e italiana (com o belcanto de Rossini, Donizetti e Bellini e as óperas de Verdi); na
segunda metade do século, Puccini leva adiante a popularidade da ópera italiana.

1890 – O francês Claude Debussy dá o primeiro passo para o impressionismo musical com seu Quarteto de Cordas
em Sol Maior e Prelúdio à Tarde de um Fauno (1894), este último baseado em um poema simbolista de Stéphane
Mallarmé. Suas obras, influenciadas pela música oriental, valorizam a sonoridade dos instrumentos musicais para
transmitir emoções e estados de espírito. Ao lado de Debussy atuarão compositores como Erik Satie, autor de
Gymnopédies, e Maurice Ravel, que cria Bolero. Com seu ciclo de nove sinfonias, caracterizadas pela ironia,
monumentalidade e ampla exploração dos recursos orquestrais, o autor austríaco Gustav Mahler supera e esgota a
escrita tradicional no gênero. Ao lado das sinfonias de Mahler, a produção tardia do compositor alemão Richard
Strauss (como a ópera O Cavaleiro da Rosa e o poema sinfônico Assim Falava Zaratustra) é considerada uma das
últimas expressões do romantismo.

1912-1913 – Às vésperas da I Guerra Mundial, a Europa assiste à estréia de três obras que marcarão as mudanças
na música no século XX. De um lado A Sagração da Primavera, do russo radicado em Paris Igor Stravinski, o
trabalho mais marcante do atonalismo. Fazendo uso de elementos do folclore, ela influenciará fortemente a música
de tendência nacionalista do início do século. De outro, o Pierrot Lunaire, de Arnold Schoenberg (mentor do grupo
que ficou conhecido como Segunda Escola de Viena), e As Seis Bagatelas, Op. 9, para quarteto de cordas, de seu
aluno Anton von Webern, obras que abrirão caminho ao dodecafonismo e ao serialismo. Outro aluno de
Schoenberg, Alban Berg, será o responsável pelas mais bem-sucedidas óperas da estética dodecafônica: Wozzeck
e Lulu.

PRIMEIROS SERIALISTAS – A primeira versão de música atonal do início do século XX é o serialismo
dodecafônico de Arnold Schoenberg. Ele apresenta as doze notas da escala cromática (escala que contém todas
as notas compreendidas em uma oitava, de dó a dó), sem repeti-las. As notas só voltavam a aparecer após a
apresentação de todas as doze notas da série. Esse modo de composição passa a ser adotado por outros músicos,
como Anton von Webern e Alban Berg, alunos de Schoenberg. Na década de 50, o princípio desse serialismo será
estendido a outros parâmetros musicais – as durações, os timbres e as intensidades –, chamado de serialismo
integral.

Década de 20 – A obra de Edgard Varèse, compositor francês radicado nos Estados Unidos (EUA), começa a ser
conhecida. Com um trabalho anticonvencional, ele tem como temática o próprio som e é um precursor da música
eletrônica. Antes de Varèse, o norte-americano Charles Ives já havia criado novos caminhos para a música de
concerto, introduzindo uma linguagem particular que sobrepunha melodias em tonalidades diferentes.

Década de 50 – Surge o serialismo integral. Seu desenvolvimento se deve aos músicos Karel Goeyvaerts, Pierre
Boulez, Karlheinz Stockhausen e Henri Pousseur. Também nesse período, compositores franceses liderados por
Pierre Schaeffer, ligado à rádio e à televisão francesa (ORTF), criam a música concreta (1948), compondo a partir
de fitas de sons cotidianos pré-gravadas. Já a música eletrônica surge no estúdio da rádio de Colônia, na
Alemanha, inventada por um grupo liderado por Herbert Eimert, que terá como destaque o compositor Karlheinz
Stockhausen. A fusão da música concreta e eletrônica recebe o nome de música eletroacústica. Seguindo um
caminho pessoal, Olivier Messiaen, mestre de Pierre Boulez, após escrever várias obras de inspiração religiosa,
passa a pesquisar os cantos dos pássaros, adaptando-os em composições como o Catalogue d´Oiseaux, para
piano solo.

Década de 60 – O termo teatro musical começa a ser empregado para obras que integram o elemento dramático
em suas apresentações. Entre os músicos que se destacam estão o argentino radicado na Alemanha Maurício
Kagel e o alemão Hans Werner Henze. Ambos usam elementos não convencionais em suas composições. Surge o
minimalismo, com o uso de ritmos e repetições padronizados, que reduzem os elementos utilizados na composição.
Entre os músicos que se voltam à música tonal e modal estão os minimalistas norte-americanos Philip Glass, Terry
Riley e Steve Reich.

1961 – O compositor norte-americano John Cage é convidado a dar palestras e apresentar suas obras nos cursos
de verão da escola de Darmstadt, Alemanha, palco da música serial integral. Cage apresenta suas inovações no
campo da música aleatória, surgida na década de 50, em que a melodia é feita pelo acaso. Em Paisagem
Imaginária (1951)le coloca cada um dos elementos da composição (o tempo, as durações, os sons, as
intensidades) em cartelas que devem ser combinadas pelo intérprete segundo um hexagrama sorteado do I Ching,
o Livro das Mutações.

1965 – O polonês Krzysztof Penderecki causa impacto com sua Paixão Segundo São Lucas e com a ópera Os
Demônios de Loudun, que estréia quatro anos depois. Clusters (grupos de notas adjacentes que soam
simultaneamente), novos efeitos nas cordas e variados efeitos de percussão: Penderecki cria um estilo que será
imitado à exaustão no mundo todo.

1969 – Luciano Berio compõe sua Sinfonia, obra que utiliza o processo de colagem, sobrepondo diversos trechos
de composições datadas da história da música, textos de panfletos estudantis, tendo como pano de fundo um
movimento de sinfonia de Gustav Mahler. Dessa forma, Berio abre caminho para uma música que funde elementos
do passado aos contemporâneos.
Década de 70 – As conquistas da música do século XX, como o serialismo, a música eletrônica, a aleatória, o teatro
musical e o concretismo, desgastam-se, levando compositores europeus a incorporar elementos de culturas não
ocidentais, como a hindu, a chinesa ou a africana.

1975 – O compositor Pierre Boulez funda o Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música (Ircam), em Paris,
para desenvolver pesquisas em música com suporte tecnológico. O projeto de criação de novas ferramentas para a
prática musical envolve compositores, técnicos em eletrônica e informática, pedagogos e instrumentistas.

Década de 80 – O músico György Ligeti, um dos principais compositores da escola de Darmstadt (Alemanha),
escreve em 1984 seu Trio para Violino, Trompa e Piano e sua primeira série de Estudos para Piano, reintroduzindo
em seu trabalho elementos que remetem à música atonal do início do século, como a de Béla Bartók. Diversos
movimentos de revival imperam no panorama musical. A nova simplicidade do alemão Wolfgang Rihm propõe uma
melodia com ausência de dificuldades para o ouvinte, resgatando elementos da harmonia de Debussy e da música
expressionista do final do século XIX. Já Brian Ferneyhough resgata o serialismo integral no movimento nova
complexidade, com uma composição que expressa a complexidade e multiplicidade do homem atual. Na música
espectral francesa, Tristan Murail e Gérard Grisey compõem a partir do estudo da estrutura espectral dos sons com
o auxílio de recursos da eletrônica e da informática. Nos Estados Unidos (EUA), a multimusic é o caminho seguido
por Meredith Monk e Joan La Barbara, que trabalham misturando recursos audiovisuais, como vídeo, teatro, dança
etc. Há também a computer-music, que utiliza elementos da informática na síntese sonora, nos cálculos de
estruturas musicais e nas transformações de informação numérica em sonora.

1985-1986 – Surgem o protocolo Midi (Musical Instrument Digital Interface) e o chip DSP (Digital Sound Processor),
tecnologias que permitem o aumento na produção da música eletroacústica com suporte digital. O Midi facilita a
conexão entre instrumentos eletrônicos, enquanto o DSP permite a transformação e a síntese de sons por
computador. Implantados em computadores pessoais (os PCs), eles dão liberdade ao compositor de músicas
eletroacústicas para desenvolver suas obras em casa.

1989 – Com o processo de abertura política e a posterior dissolução da União Soviética, o mundo passa a conhecer
obras de compositores soviéticos isolados pelo antigo regime. Tem destaque as composições para cinema de Sofia
Gubaidulina, as obras para piano de Galina Ustvolskaia e a poliestilística (fusão de vários estilos musicais, do tango
ao dodecafonismo) de Alfred Schnittke.

1990 – O compositor norte-americano John Corigliano retoma a forma sinfônica tradicional do século XIX com sua
Sinfonia n. ° 1, dedicada às vítimas da Aids, encomendada e gravada pela Sinfônica de Chicago. Devido ao grande
sucesso, o Metropolitan de Nova York encarrega-o, dois anos depois, de compor uma ópera (The Ghost of
Versailles) para a celebração de seu centenário.

1992 – A gravação da Sinfonia n. ° 3, do compositor polonês Henryk Górecki, chega a vender 14 mil cópias por dia.
O sucesso comercial de Górecki aponta para o renascimento do interesse do público pela música sacra, presente
na obra de autores como o estoniano Arvo Pärt, o britânico John Taverner, o polonês Zbigniew Preisner e o
georgiano Giya Kancheli.

1994 – O finlandês Einojuhani Rautavaara estréia sua Sinfonia n. ° 7, denominada Anjo de Luz. Rautavaara tem
uma trajetória que reflete a de muitos compositores de seu tempo: serialista na juventude, ganha popularidade ao
adotar um estilo mais acessível.

1998 – Conhecido como regente e pianista de jazz, o francês André Previn compõe sua primeira ópera: A Streetcar
Named Desire, baseada em texto homônimo de Tennessee Williams.


Fonte: Publicado originalmente em http://br.geocities.com/vinicrashbr/artes/musica/musicaeruditanomundo.htm,
mas aparentemente esta página foi desativada.

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Breve história da música erudita

  • 1. Breve História da Música Erudita Pré História – A música surge ligada aos rituais religiosos. Apenas alguns restos de instrumentos são conhecidos, como as flautas de falanges, datados do Paleolítico médio (10200 a.C). No Neolítico (3000 a.C), a prática musical envolve instrumentos feitos de argila e pele de animais. 2000 a.C. -331 a.C. – No Oriente Médio há maior sofisticação na construção de instrumentos como lira, harpa, alaúde, flauta e trombeta. O conhecimento sobre a música da época resume-se ao que se pode deduzir da afinação e das escalas dos instrumentos encontrados, das figuras de tocadores e de rituais. Algumas manifestações poético- musicais são encontradas na Bíblia, como a descrição da orquestra de Nabucodonosor II feita por Daniel. Século VI a.C. – Referências à música aparecem nos escritos dos filósofos gregos. Há uma vasta produção musical ligada às festividades e ao teatro, e a notação musical é feita com a utilização de letras do alfabeto grego, o que possibilita a recuperação de algumas composições. Pitágoras demonstra proporções numéricas na formação das escalas musicais, na mais antiga menção a uma teoria da música na Grécia. Séculos V a.C.-IV a.C. – No período da Antiguidade clássica, na Grécia, são cantados os ditirambos – coros em honra ao deus Dionísios. Aristogenos de Tarento funda uma nova teoria musical grega, para a qual a base deixa de ser numérica, como o era para os pitagóricos, e passa a levar em conta a experiência auditiva. Séculos IV a.C.-I a.C. – A teoria e a música grega são compiladas pelos romanos. A tradição musical grega é difundida por escravos vindos da Grécia, que tomam parte em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros. Séculos I-VI – A base da música da Idade Média começa com a proliferação das comunidades cristãs. Suas fontes são a música judaica (os salmos) e a música helênica sobrevivente na Roma antiga. As principais formas musicais são as salmodias e himnodias, cantadas numa única linha melódica, sem acompanhamento. A música não dispõe, então, de uma notação precisa. São utilizados signos fonéticos acompanhados de sinais que indicam a movimentação melódica (neumas). Século VI – A rápida expansão do cristianismo exige maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza o canto gregoriano, que se torna modelo para a Europa católica. Século XI – Guido D’Arezzo identifica a repetição regular das notas em oitavas, anotando-as sobre uma pauta de quatro linhas na qual as ordenava de baixo para cima como graves, acutae, superacutae. É desse mesmo período o surgimento do minnersangers germânicos, menestréis membros da nobreza que cantam canções de conteúdo amoroso. No sul da França aparecem os primeiros trovadores. Século XII – A prática polifônica dá um salto com a música escrita por compositores que atuam na Catedral de Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação musical evoluída, em que não só as notas vêm grafadas mas também os ritmos. Destacam-se compositores como Léonin e Pérotin. Séculos XIII-XIV – Surgem a Ars Antiqua, entre 1240 e 1325, e a Ars Nova, de 1320 a 1380. Ambas têm como principal forma de composição o motete, moldado a partir de textos cristãos não litúrgicos, que logo são traduzidos para o francês. Na Ars Antiqua, textos de origens diferentes aparecem cantados em contraponto, enquanto na Ars Nova tais sobreposições são mais restritas. Uma distinção importante entre elas é a presença, na Ars Nova, de uma polifonia resultante da notação musical mais precisa, surgida a partir de 1300. Os meistersanger germânicos, mestres cantores da burguesia, substituem os minnersanger. No norte da França surgem os troveiros. Tanto os meistersanger quanto os troveiros exercem forte influência na música e poesia medieval européia. Século XV – Em Roma, um grupo de compositores faz música predominantemente religiosa, fundindo elementos da escola franco-flamenga com a riqueza das melodias italianas. A escola romana retoma o canto gregoriano na composição polifônica, atendendo às exigências da Contra-Reforma. Seu principal representante é Giovanni Pierluigi da Palestrina, cuja obra é modelo para as escolas posteriores. A independência e o equilíbrio entre as vozes melódicas e a melodia agradável são ressaltados nos tratados de contraponto polifônico de Berardi, no século XVII, e de Fux, já no século XVIII. Séculos XVI-XVII – Desenvolve-se o madrigal italiano, conjunção perfeita entre música e texto. O madrigal é herdeiro direto das chansons francesas, que já possuíam caráter descritivo e usavam cantos de pássaros, gritos de pregão nas ruas e a narração de batalhas como temática. Baseia-se na prática polifônica e na homofonia nascente. A música, inspirada pelo texto, utiliza-se de recursos sonoros para descrever as cenas que o texto narra. Por seu
  • 2. caráter dramático, o madrigal é o elo entre a música modal medieval e renascentista e a música tonal do barroco, classicismo e romantismo. Seus principais compositores são Luca Marenzio, Andrea Gabrieli, Carlo Gesualdo di Venosa e Claudio Monteverdi. Refletindo a preocupação dos membros da Camerata de Florença em recriar o drama grego antigo com música, Jacopo Peri compõe a primeira ópera –Dafne (1598, partitura extraviada). 1660-1750 – Período de auge do barroco. Predomina a música vocal-instrumental voltada ao texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A polifonia, com as vozes melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. As melodias são simples, acompanhadas, facilitando a compreensão do texto. A música instrumental, além de pontuar as óperas com passagens instrumentais, surge como linguagem independente, favorecendo o virtuosismo técnico. Floresce a música para órgão, cravo e espineta: O Cravo Bem Temperado e Prelúdios e Fugas para Órgão, de Johann Sebastian Bach; as Sonatas de Domenico Scarlatti. A música modal medieval e suas variantes dão espaço aos dois modos tonais: o maior e o menor. As alturas – notas – são organizadas em um desses dois modos, a partir de uma das 12 alturas cromáticas (as sete notas mais suas alterações, sustenido ou bemol), as quais dão nome às tonalidades: dó menor, dó maior, ré maior etc. Século XVIII (início) – A ópera torna-se a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo. Seu principal compositor é Alessandro Scarlatti, pai de Domenico Scarlatti, e a cidade de Nápoles é o centro da atividade operística, difundindo esse estilo musical que predominará nesse século. Entre seus compositores se destacam também o alemão Georg Friedrich Haendel (que, além das óperas, fez grande sucesso em Londres com oratórios como O Messias), Niccolò Jommelli, compositor napolitano que serviu à corte de Lisboa, e Joseph Haydn. ÓPERA – A linguagem da ópera é renovada no início do século XIX por Gioacchino Rossini e Vincenzo Bellini com o uso de temas vindos da vida cotidiana. Na segunda metade do século há um retorno ao drama, em obras de caráter heróico ou mitológico, nas óperas de Giuseppe Verdi, criador das conhecidas Aida e La Traviata, e de Richard Wagner, de Tristão e Isolda. Seguindo ainda a linguagem da música tonal surgem as óperas de Giacomo Puccini, como La Bohème, Tosca, Madame Butterfly e a inacabada Turandot. Richard Strauss mantém a tradição do poema sinfônico em óperas como Salomé e Electra. Século XVIII (final) – A sonata clássica torna-se a forma musical mais importante. Nela, os momentos de tensão e relaxamento são a base de obras para instrumento solo e posteriormente para quartetos de cordas, trios e orquestra. Os compositores que mais contribuem para o auge da sonata são Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph Haydn. Já com Ludwig van Beethoven a sonata deixa de ser um jogo de variações sobre as melodias principais e se transforma numa profunda rede de inter-relações entre ritmos, melodias e timbres. Junto com Franz Schubert, Beethoven realiza a transição do classicismo para o romantismo. Século XIX – Sobre bases tonais sólidas, o período romântico é o derradeiro momento da música tonal. Formas livres, prelúdios, rapsódias, sinfonismo, virtuosismo instrumental e movimentos nacionais incorporam elementos alheios à tonalidade estrita do classicismo. Franz Schubert compõe seu Quinteto em Lá Menor, Op. 114, mais conhecido como quinteto A Truta, por referir-se a sua canção Die Forelle (a truta). Com as últimas obras de Beethoven, esse será um dos primeiros passos rumo ao romantismo que predominará por quase todo o século XIX. É o período do lied (canção para voz e instrumento), das grandes sinfonias e das grandes óperas. Frédéric Chopin inicia seus Estudos para Piano, Op. 10, em 1829, enriquecendo o repertório para o instrumento predominante no século XIX. Destacam-se também suas mazurcas, polonaises, impromptus baladas. Franz Liszt abre um novo caminho para a composição musical inaugurando o gênero poema sinfônico com sua obra para orquestra Les Preludes, de 1848-1852. Continuando o projeto de Liszt e do alemão Robert Schumann (que, além de ampliar as possibilidades do lied e da música para piano, atua como crítico no jornal Neue Zeitschrift für Musik), Richard Wagner leva o sistema tonal até o limiar, abrindo caminho para a música atonal (música sem tonalidade) que predominará no século XX. Em contrapartida, Johannes Brahms, com sua música sinfônica, representa a reiteração da tonalidade e a retomada dos ideais clássicos. A tonalidade também sobrevive na tradição operística francesa (Gounod, Massenet, Bizet) e italiana (com o belcanto de Rossini, Donizetti e Bellini e as óperas de Verdi); na segunda metade do século, Puccini leva adiante a popularidade da ópera italiana. 1890 – O francês Claude Debussy dá o primeiro passo para o impressionismo musical com seu Quarteto de Cordas em Sol Maior e Prelúdio à Tarde de um Fauno (1894), este último baseado em um poema simbolista de Stéphane Mallarmé. Suas obras, influenciadas pela música oriental, valorizam a sonoridade dos instrumentos musicais para transmitir emoções e estados de espírito. Ao lado de Debussy atuarão compositores como Erik Satie, autor de Gymnopédies, e Maurice Ravel, que cria Bolero. Com seu ciclo de nove sinfonias, caracterizadas pela ironia, monumentalidade e ampla exploração dos recursos orquestrais, o autor austríaco Gustav Mahler supera e esgota a
  • 3. escrita tradicional no gênero. Ao lado das sinfonias de Mahler, a produção tardia do compositor alemão Richard Strauss (como a ópera O Cavaleiro da Rosa e o poema sinfônico Assim Falava Zaratustra) é considerada uma das últimas expressões do romantismo. 1912-1913 – Às vésperas da I Guerra Mundial, a Europa assiste à estréia de três obras que marcarão as mudanças na música no século XX. De um lado A Sagração da Primavera, do russo radicado em Paris Igor Stravinski, o trabalho mais marcante do atonalismo. Fazendo uso de elementos do folclore, ela influenciará fortemente a música de tendência nacionalista do início do século. De outro, o Pierrot Lunaire, de Arnold Schoenberg (mentor do grupo que ficou conhecido como Segunda Escola de Viena), e As Seis Bagatelas, Op. 9, para quarteto de cordas, de seu aluno Anton von Webern, obras que abrirão caminho ao dodecafonismo e ao serialismo. Outro aluno de Schoenberg, Alban Berg, será o responsável pelas mais bem-sucedidas óperas da estética dodecafônica: Wozzeck e Lulu. PRIMEIROS SERIALISTAS – A primeira versão de música atonal do início do século XX é o serialismo dodecafônico de Arnold Schoenberg. Ele apresenta as doze notas da escala cromática (escala que contém todas as notas compreendidas em uma oitava, de dó a dó), sem repeti-las. As notas só voltavam a aparecer após a apresentação de todas as doze notas da série. Esse modo de composição passa a ser adotado por outros músicos, como Anton von Webern e Alban Berg, alunos de Schoenberg. Na década de 50, o princípio desse serialismo será estendido a outros parâmetros musicais – as durações, os timbres e as intensidades –, chamado de serialismo integral. Década de 20 – A obra de Edgard Varèse, compositor francês radicado nos Estados Unidos (EUA), começa a ser conhecida. Com um trabalho anticonvencional, ele tem como temática o próprio som e é um precursor da música eletrônica. Antes de Varèse, o norte-americano Charles Ives já havia criado novos caminhos para a música de concerto, introduzindo uma linguagem particular que sobrepunha melodias em tonalidades diferentes. Década de 50 – Surge o serialismo integral. Seu desenvolvimento se deve aos músicos Karel Goeyvaerts, Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen e Henri Pousseur. Também nesse período, compositores franceses liderados por Pierre Schaeffer, ligado à rádio e à televisão francesa (ORTF), criam a música concreta (1948), compondo a partir de fitas de sons cotidianos pré-gravadas. Já a música eletrônica surge no estúdio da rádio de Colônia, na Alemanha, inventada por um grupo liderado por Herbert Eimert, que terá como destaque o compositor Karlheinz Stockhausen. A fusão da música concreta e eletrônica recebe o nome de música eletroacústica. Seguindo um caminho pessoal, Olivier Messiaen, mestre de Pierre Boulez, após escrever várias obras de inspiração religiosa, passa a pesquisar os cantos dos pássaros, adaptando-os em composições como o Catalogue d´Oiseaux, para piano solo. Década de 60 – O termo teatro musical começa a ser empregado para obras que integram o elemento dramático em suas apresentações. Entre os músicos que se destacam estão o argentino radicado na Alemanha Maurício Kagel e o alemão Hans Werner Henze. Ambos usam elementos não convencionais em suas composições. Surge o minimalismo, com o uso de ritmos e repetições padronizados, que reduzem os elementos utilizados na composição. Entre os músicos que se voltam à música tonal e modal estão os minimalistas norte-americanos Philip Glass, Terry Riley e Steve Reich. 1961 – O compositor norte-americano John Cage é convidado a dar palestras e apresentar suas obras nos cursos de verão da escola de Darmstadt, Alemanha, palco da música serial integral. Cage apresenta suas inovações no campo da música aleatória, surgida na década de 50, em que a melodia é feita pelo acaso. Em Paisagem Imaginária (1951)le coloca cada um dos elementos da composição (o tempo, as durações, os sons, as intensidades) em cartelas que devem ser combinadas pelo intérprete segundo um hexagrama sorteado do I Ching, o Livro das Mutações. 1965 – O polonês Krzysztof Penderecki causa impacto com sua Paixão Segundo São Lucas e com a ópera Os Demônios de Loudun, que estréia quatro anos depois. Clusters (grupos de notas adjacentes que soam simultaneamente), novos efeitos nas cordas e variados efeitos de percussão: Penderecki cria um estilo que será imitado à exaustão no mundo todo. 1969 – Luciano Berio compõe sua Sinfonia, obra que utiliza o processo de colagem, sobrepondo diversos trechos de composições datadas da história da música, textos de panfletos estudantis, tendo como pano de fundo um movimento de sinfonia de Gustav Mahler. Dessa forma, Berio abre caminho para uma música que funde elementos do passado aos contemporâneos.
  • 4. Década de 70 – As conquistas da música do século XX, como o serialismo, a música eletrônica, a aleatória, o teatro musical e o concretismo, desgastam-se, levando compositores europeus a incorporar elementos de culturas não ocidentais, como a hindu, a chinesa ou a africana. 1975 – O compositor Pierre Boulez funda o Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica/Música (Ircam), em Paris, para desenvolver pesquisas em música com suporte tecnológico. O projeto de criação de novas ferramentas para a prática musical envolve compositores, técnicos em eletrônica e informática, pedagogos e instrumentistas. Década de 80 – O músico György Ligeti, um dos principais compositores da escola de Darmstadt (Alemanha), escreve em 1984 seu Trio para Violino, Trompa e Piano e sua primeira série de Estudos para Piano, reintroduzindo em seu trabalho elementos que remetem à música atonal do início do século, como a de Béla Bartók. Diversos movimentos de revival imperam no panorama musical. A nova simplicidade do alemão Wolfgang Rihm propõe uma melodia com ausência de dificuldades para o ouvinte, resgatando elementos da harmonia de Debussy e da música expressionista do final do século XIX. Já Brian Ferneyhough resgata o serialismo integral no movimento nova complexidade, com uma composição que expressa a complexidade e multiplicidade do homem atual. Na música espectral francesa, Tristan Murail e Gérard Grisey compõem a partir do estudo da estrutura espectral dos sons com o auxílio de recursos da eletrônica e da informática. Nos Estados Unidos (EUA), a multimusic é o caminho seguido por Meredith Monk e Joan La Barbara, que trabalham misturando recursos audiovisuais, como vídeo, teatro, dança etc. Há também a computer-music, que utiliza elementos da informática na síntese sonora, nos cálculos de estruturas musicais e nas transformações de informação numérica em sonora. 1985-1986 – Surgem o protocolo Midi (Musical Instrument Digital Interface) e o chip DSP (Digital Sound Processor), tecnologias que permitem o aumento na produção da música eletroacústica com suporte digital. O Midi facilita a conexão entre instrumentos eletrônicos, enquanto o DSP permite a transformação e a síntese de sons por computador. Implantados em computadores pessoais (os PCs), eles dão liberdade ao compositor de músicas eletroacústicas para desenvolver suas obras em casa. 1989 – Com o processo de abertura política e a posterior dissolução da União Soviética, o mundo passa a conhecer obras de compositores soviéticos isolados pelo antigo regime. Tem destaque as composições para cinema de Sofia Gubaidulina, as obras para piano de Galina Ustvolskaia e a poliestilística (fusão de vários estilos musicais, do tango ao dodecafonismo) de Alfred Schnittke. 1990 – O compositor norte-americano John Corigliano retoma a forma sinfônica tradicional do século XIX com sua Sinfonia n. ° 1, dedicada às vítimas da Aids, encomendada e gravada pela Sinfônica de Chicago. Devido ao grande sucesso, o Metropolitan de Nova York encarrega-o, dois anos depois, de compor uma ópera (The Ghost of Versailles) para a celebração de seu centenário. 1992 – A gravação da Sinfonia n. ° 3, do compositor polonês Henryk Górecki, chega a vender 14 mil cópias por dia. O sucesso comercial de Górecki aponta para o renascimento do interesse do público pela música sacra, presente na obra de autores como o estoniano Arvo Pärt, o britânico John Taverner, o polonês Zbigniew Preisner e o georgiano Giya Kancheli. 1994 – O finlandês Einojuhani Rautavaara estréia sua Sinfonia n. ° 7, denominada Anjo de Luz. Rautavaara tem uma trajetória que reflete a de muitos compositores de seu tempo: serialista na juventude, ganha popularidade ao adotar um estilo mais acessível. 1998 – Conhecido como regente e pianista de jazz, o francês André Previn compõe sua primeira ópera: A Streetcar Named Desire, baseada em texto homônimo de Tennessee Williams. Fonte: Publicado originalmente em http://br.geocities.com/vinicrashbr/artes/musica/musicaeruditanomundo.htm, mas aparentemente esta página foi desativada.