SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 16
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Silmei de Sant’Ana Petiz Doutorando (Unisinos) – Bolsista Capes Profa. Orientadora: Dra. Ana Silva Volpi Scott 2009 CAMINHOS CRUZADOS:  FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
DEFINIÇÃO  DO  ESPAÇO/TEMPORAL Planta da Fortaleza Jesus Maria José de Rio Pardo. Fonte: Arquivo Histórico do Itamarati, Rio de Janeiro. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)  ,[object Object],[object Object]
OBJETIVO GERAL CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   Compreender os padrões da família escrava, existentes na fronteira Oeste do Rio Grande entre 1750 e 1835, relacionando-os a estrutura de posse, características demográficas e as estratégias de manutenção dos plantéis, buscando  averiguar possíveis particularidades que possam ter existido em relação as demais áreas do Brasil Colonial e Imperial.
METODOLOGIA Confecção de um programa que possibilitou o armazenamento dos dados, destinado a abrigar todas as informações quantitativas e qualitativas elaboradas a partir dos documentos analisados. Levantamento das fontes em fichas  visando o levantamento completo dos dados fornecidos pelos documentos analisados. Fichamento da produção bibliográfica existente, tanto sobre a temática da família escrava, como sobre a questão da demografia em geral, visando dar consistência teórica às análises das fontes primárias. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
PRIMEIRA PARTE:  CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835   CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   CAPÍTULO 1: FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE: conceituação e sua construção histórica  1.1 Rio Pardo: de Fortaleza a Vila, uma fronteira em construção, 1750-1809  1.2 Vila de Rio Pardo: expansionismo econômico e populacional, 1810-1835  CAPÍTULO 2: PROPRIETÁRIOS: estrutura da posse de escravos e atividade econômica atribuída  2.1 Atividades econômicas entre os proprietários escravistas da Fronteira Oeste  2.2 Estrutura de posse dos escravos entre os senhores da Fronteira Oeste do Rio Grande
CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   PRIMEIRA PARTE:  CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835   CAPÍTULO 3: Características demográficas dos cativos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.1 Existentes, mas invisíveis  3.2 Origens dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.3 A repartição do sexo na população escrava  3.4 Idade dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.5 Origens dos escravos e variáveis demográficas  3.6 As mães e os pais dos que aqui nascem
CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   PRIMEIRA PARTE:  CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835   CAPÍTULO 3: Características demográficas dos cativos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.9 Variáveis demográficas dos escravos e estrutura de posse  3.9.1 Atividades econômicas dos proprietários e características dos escravos  3.10 Ocupações dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.7 Os que aqui chegam: Africanos da Fronteira Oeste do Rio Grande  3.8 Sob o estigma da cor
CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   SEGUNDA PARTE:  VIVÊNCIAS ESCRAVAS: PARENTESCO E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE CATIVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE  CAPÍTULO 4: Definindo as famílias escravas e o cuidado com as fontes  4.1 Definindo famílias escravas e os cuidados com as fontes  4.2  Das frestas deste estudo : as fontes eclesiásticas e os estudos das famílias  4.3 Famílias escravas e historiografia  CAPITULO 5: Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande  5.1 Famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande  5.2 Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande  5.3 Casamentos de escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande, 1755 a 1835
CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   SEGUNDA PARTE:  VIVÊNCIAS ESCRAVAS: PARENTESCO E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE CATIVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE  CAPITULO 5: Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande  5.3.1 O casamento entre cativos e o seu papel normatizador  5.3.2 Origem dos cônjuges  5.4 Tempo de casar  5.4.1 Os dias de casar  5.4.2 As horas de casar  5.5 Testemunhas dos casamentos de escravos  CAPÍTULO 6: Parentesco espiritual e alianças entre escravos  6.1 Nome dos batizados
TERCEIRA PARTE:  FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE  CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   CAPÍTULO 7: As propriedades escravas e os graus de estabilidade das famílias escravas  7.1 Escravos de Antônio de Souza Nunes  7.2 Tamanho dos plantéis e legitimidade da família escrava  CAPÍTULO 8: Trajetórias de famílias escravas no interior de propriedades da Fronteira Oeste do Rio Grande – estudos de casos  8.1 Família Simões Pires e suas relações na Fronteira Oeste do Rio Grande  8.2 As famílias escravas dos Simões Pires  8.2.1 Família de Cândida e Mateus  8.2.2 Família de Antônio Guiné e Josefa Guiné  8.2.3 Família de José preto e Francisca preta  8.2.4 Família de José crioulo e Gertrudes preta da Costa  8.2.5 Outras famílias escravas de Mateus Simões Pires
TERCEIRA PARTE:  FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE  CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   8.3  Momentos decisivos : a partilha dos bens e os destinos das famílias escravas  8.4  Os casais de escravos nas partilhas : Os limites da estabilidade e da propriedade  8.4.1  A segunda geração dos Simões Pires : Antônio Simões Pires  8.4.2 Escravos de Antônio Simões Pires  8.4.3  Maria Esméria : Terceira Geração dos Simões Pires  CAPÍTULO 9: Alforrias e laços de família  9.1 A família como espaço para a Liberdade  9.2  Intrincadas Relações : os meus e os seus
CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)   CONSIDERAÇÕES FINAIS  As fontes que os descrevem para a Fronteira de Oeste do Rio Grande, desenham um quadro de intenso crescimento populacional durante o período analisado, sendo que a representação dos cativos chegou a ser superior ao observado para outras áreas da capitania/província.  Nas estâncias (propriedades maiores) também havia a necessidade de cativos que fossem especializados em ofícios artesanais, tais como carpinteiros, ferreiros, sapateiros, pedreiros, etc. Esse era um setor da economia que empregava menos braços ao trabalho, o que nem por isso diminui sua importância, comparativamente aos campeiros e roceiros.  Nos núcleos urbanos das vilas de Rio Pardo e Cachoeira, que surgiram e cresceram ao longo do período aqui analisado, também viviam e atuavam trabalhadores cativos que possuíam ofícios especializados. Os frutos desse trabalho eram motivos tanto de conflito quanto de negociação, e por certo, o acesso à vida familiar também se inseria, nesse jogo de interesses.
Entre as estratégias de reposição dos plantéis, aparentemente, convivia-se, ao mesmo tempo, com a alternativa da reprodução endógena, além, é claro, do próprio comércio de escravos africanos ou não, vindos de outras regiões brasileiras. A análise dos registros permitiu concluir que, ao contrário do que até então se pensava sobre os enlaces matrimoniais dos cativos, existiu por parte desses indivíduos uma prática de casamentos sancionados perante a Igreja Católica, mesmo que o número das uniões ilegítimas tenha sido maior.  As informações e possíveis explicações obtidas com a nossa pesquisa apontam no sentido de que a família foi sendo uma conquista progressiva do escravo. Se foi verdade que houve uma época em que o senhor dispunha como queria de seus escravos, também é possível que o parentesco possa ter contribuído, de forma decisiva, para forjar laços de afetividade entre escravos.  CONSIDERAÇÕES FINAIS  CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
CONSIDERAÇÕES FINAIS  O exame das fontes mostrou a importância da multiplicidade das organizações familiares entre os escravos, uma vez que incluíam não só casais legitimamente formados, mas, com certeza, aqueles que jamais sacramentaram suas uniões, mesmo que elas fossem estáveis. Os documentos apontam indícios suficientes para determinar sua existência. A sua importância na região foi demonstrada através da análise da estabilidade dessas famílias pelo cruzamento dos dados e da trajetória de suas vidas.  CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
ARQUIVOS E DOCUMENTOS ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
Ao buscarem o conhecimento das características demográficas das populações do passado brasileiro, os estudos empreendidos extrapolaram largamente o elemento demográfico  scricto sensu , tendo encontrado na historiografia terreno fértil onde se imiscuir, alargar, multiplicar. José Flávio Motta

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaGrupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaTheandra Naves
 
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017Roberto Rabat Chame
 
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98Pery Salgado
 
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilDiálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilAscomRenata
 
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilDiálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilAscomRenata
 
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos PinhaisFamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhaisguest5eb864
 
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José PinhaisCompadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhaisguest5eb864
 
C 9ilha 01-invejidade
C 9ilha 01-invejidadeC 9ilha 01-invejidade
C 9ilha 01-invejidademilsumav
 
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 574 an 31 maio 2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS  Nº 574 an 31 maio 2016.okAGRISSÊNIOR NOTÍCIAS  Nº 574 an 31 maio 2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 574 an 31 maio 2016.okRoberto Rabat Chame
 
Historia Social através da Pesquisa Genealógica
Historia Social através da Pesquisa GenealógicaHistoria Social através da Pesquisa Genealógica
Historia Social através da Pesquisa GenealógicaNilza Cantoni
 
Jornal Viva Gente Edição 05
Jornal Viva Gente Edição 05 Jornal Viva Gente Edição 05
Jornal Viva Gente Edição 05 O Vale do Ribeira
 
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015Pery Salgado
 
Economia e modernização no século XIX
Economia e modernização no século XIXEconomia e modernização no século XIX
Economia e modernização no século XIXedsonfgodoy
 
CULTURARTEEN 153 novembro 2015
CULTURARTEEN 153 novembro 2015CULTURARTEEN 153 novembro 2015
CULTURARTEEN 153 novembro 2015Pery Salgado
 

Was ist angesagt? (20)

Grupo 3
Grupo 3Grupo 3
Grupo 3
 
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e RosanaGrupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
Grupo Eliana, Fhabiene, Lorena e Rosana
 
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 630 an 25 julho_2017
 
Grupo 4
Grupo 4Grupo 4
Grupo 4
 
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98
CULTURARTEEN 135 caderno Informação COMPLETA 98
 
Grupo 6
Grupo 6Grupo 6
Grupo 6
 
III Seminário educação no campo - A atuação do Movimento CETA no Assentamento...
III Seminário educação no campo - A atuação do Movimento CETA no Assentamento...III Seminário educação no campo - A atuação do Movimento CETA no Assentamento...
III Seminário educação no campo - A atuação do Movimento CETA no Assentamento...
 
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilDiálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
 
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no BrasilDiálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
Diálogos Sobre Gênero, Raça e Classe no Brasil
 
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos PinhaisFamíLia E Trabalho Escravo    Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhais
 
Afro religiosidade
Afro religiosidadeAfro religiosidade
Afro religiosidade
 
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José PinhaisCompadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
 
Web quest café
Web quest caféWeb quest café
Web quest café
 
C 9ilha 01-invejidade
C 9ilha 01-invejidadeC 9ilha 01-invejidade
C 9ilha 01-invejidade
 
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 574 an 31 maio 2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS  Nº 574 an 31 maio 2016.okAGRISSÊNIOR NOTÍCIAS  Nº 574 an 31 maio 2016.ok
AGRISSÊNIOR NOTÍCIAS Nº 574 an 31 maio 2016.ok
 
Historia Social através da Pesquisa Genealógica
Historia Social através da Pesquisa GenealógicaHistoria Social através da Pesquisa Genealógica
Historia Social através da Pesquisa Genealógica
 
Jornal Viva Gente Edição 05
Jornal Viva Gente Edição 05 Jornal Viva Gente Edição 05
Jornal Viva Gente Edição 05
 
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015
INFORMAÇÃO COMPLETA 106 - fevereiro 2015
 
Economia e modernização no século XIX
Economia e modernização no século XIXEconomia e modernização no século XIX
Economia e modernização no século XIX
 
CULTURARTEEN 153 novembro 2015
CULTURARTEEN 153 novembro 2015CULTURARTEEN 153 novembro 2015
CULTURARTEEN 153 novembro 2015
 

Ähnlich wie Famílias escravas fronteira RS

Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José PinhaisCompadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhaisculturaafro
 
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Pr
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas PrFamilia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Pr
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Prguest5eb864
 
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdf
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdfLimpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdf
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdfAnaiMarinaPereira
 
Inconfidencias
InconfidenciasInconfidencias
InconfidenciasCharles
 
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...hgutierrez20
 
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptsociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptFaustoBartole1
 
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdf
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdfVELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdf
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdfJosé Dantas
 
Escravos E Libertos No Paraná
Escravos E Libertos No ParanáEscravos E Libertos No Paraná
Escravos E Libertos No Paranáguest5eb864
 
Apontamentos para história de sorocaba e região
Apontamentos para história de sorocaba e regiãoApontamentos para história de sorocaba e região
Apontamentos para história de sorocaba e regiãoDagoberto Mebius
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoChristian
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoChristian
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem Donoeneidaberto
 
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdfDirleySantos2
 
OcupaçãO De Mato Grosso
OcupaçãO De Mato GrossoOcupaçãO De Mato Grosso
OcupaçãO De Mato GrossoPaticx
 

Ähnlich wie Famílias escravas fronteira RS (20)

Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José PinhaisCompadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhais
 
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Pr
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas PrFamilia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Pr
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Pr
 
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdf
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdfLimpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdf
Limpos_de_Sangue_Familiares_do_Santo_Ofi.pdf
 
Inconfidencias
InconfidenciasInconfidencias
Inconfidencias
 
Genealogia paulistana vol1
Genealogia paulistana vol1Genealogia paulistana vol1
Genealogia paulistana vol1
 
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...
 
Freitas de limoeiro
Freitas de limoeiro Freitas de limoeiro
Freitas de limoeiro
 
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptsociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
 
Abep2004 134
Abep2004 134Abep2004 134
Abep2004 134
 
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdf
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdfVELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdf
VELHAS FAMILIAS DO SERIDÓ.pdf
 
Escravos E Libertos No Paraná
Escravos E Libertos No ParanáEscravos E Libertos No Paraná
Escravos E Libertos No Paraná
 
Apontamentos para história de sorocaba e região
Apontamentos para história de sorocaba e regiãoApontamentos para história de sorocaba e região
Apontamentos para história de sorocaba e região
 
Cochichos na Cidade
Cochichos na CidadeCochichos na Cidade
Cochichos na Cidade
 
Brasil colônia 2014
Brasil colônia 2014Brasil colônia 2014
Brasil colônia 2014
 
O TUIUTI 225
O TUIUTI 225O TUIUTI 225
O TUIUTI 225
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem Dono
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem Dono
 
Esta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem DonoEsta Terra Tem Dono
Esta Terra Tem Dono
 
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf
43639_32c5dc04bd7eb861d0f72590e66ac8d6.pdf
 
OcupaçãO De Mato Grosso
OcupaçãO De Mato GrossoOcupaçãO De Mato Grosso
OcupaçãO De Mato Grosso
 

Mehr von Claraluz Gris

Livro de receitas pancs
Livro de receitas pancsLivro de receitas pancs
Livro de receitas pancsClaraluz Gris
 
Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
 Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3 Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3Claraluz Gris
 
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POTENCIALIDADES E LIMI...
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:  POTENCIALIDADES E LIMI...A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:  POTENCIALIDADES E LIMI...
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POTENCIALIDADES E LIMI...Claraluz Gris
 
Capa caderno de resumos
Capa caderno de resumos Capa caderno de resumos
Capa caderno de resumos Claraluz Gris
 
Sistematização dos Grupos de Trabalho
Sistematização dos Grupos de TrabalhoSistematização dos Grupos de Trabalho
Sistematização dos Grupos de TrabalhoClaraluz Gris
 
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio Americano
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio AmericanoVisita ao museu Bispo do Aço - Colégio Americano
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio AmericanoClaraluz Gris
 
Rock Progressivo 60-70's
Rock Progressivo 60-70'sRock Progressivo 60-70's
Rock Progressivo 60-70'sClaraluz Gris
 
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa Casa
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa CasaSaida de Campo - Arquivo Histórico Santa Casa
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa CasaClaraluz Gris
 
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulProjeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulClaraluz Gris
 
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulProjeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulClaraluz Gris
 
Educação Escolar Indígena no séc. XX
Educação Escolar Indígena no séc. XXEducação Escolar Indígena no séc. XX
Educação Escolar Indígena no séc. XXClaraluz Gris
 
História da Educação Indígena
História da Educação IndígenaHistória da Educação Indígena
História da Educação IndígenaClaraluz Gris
 

Mehr von Claraluz Gris (20)

Catalogopancs
CatalogopancsCatalogopancs
Catalogopancs
 
Livro de receitas pancs
Livro de receitas pancsLivro de receitas pancs
Livro de receitas pancs
 
Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
 Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3 Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
Fichamento do livro de Carlos Brandão "O Que é Educação Popular" cap. 2 e 3
 
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POTENCIALIDADES E LIMI...
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:  POTENCIALIDADES E LIMI...A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:  POTENCIALIDADES E LIMI...
A PERMACULTURA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POTENCIALIDADES E LIMI...
 
Caderno de Resumos
Caderno de ResumosCaderno de Resumos
Caderno de Resumos
 
Capa caderno de resumos
Capa caderno de resumos Capa caderno de resumos
Capa caderno de resumos
 
Sistematização dos Grupos de Trabalho
Sistematização dos Grupos de TrabalhoSistematização dos Grupos de Trabalho
Sistematização dos Grupos de Trabalho
 
Ivani
IvaniIvani
Ivani
 
Vania
VaniaVania
Vania
 
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio Americano
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio AmericanoVisita ao museu Bispo do Aço - Colégio Americano
Visita ao museu Bispo do Aço - Colégio Americano
 
Rock Progressivo 60-70's
Rock Progressivo 60-70'sRock Progressivo 60-70's
Rock Progressivo 60-70's
 
.
..
.
 
.
..
.
 
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa Casa
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa CasaSaida de Campo - Arquivo Histórico Santa Casa
Saida de Campo - Arquivo Histórico Santa Casa
 
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulProjeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
 
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do SulProjeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
Projeto S.O.S Arte I. E. - Resgate de Arte e Memória do Rio Grande do Sul
 
Educação Escolar Indígena no séc. XX
Educação Escolar Indígena no séc. XXEducação Escolar Indígena no séc. XX
Educação Escolar Indígena no séc. XX
 
História da Educação Indígena
História da Educação IndígenaHistória da Educação Indígena
História da Educação Indígena
 
biografia visual
biografia visualbiografia visual
biografia visual
 
Freud2
Freud2Freud2
Freud2
 

Famílias escravas fronteira RS

  • 1. Silmei de Sant’Ana Petiz Doutorando (Unisinos) – Bolsista Capes Profa. Orientadora: Dra. Ana Silva Volpi Scott 2009 CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
  • 2.
  • 3. OBJETIVO GERAL CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) Compreender os padrões da família escrava, existentes na fronteira Oeste do Rio Grande entre 1750 e 1835, relacionando-os a estrutura de posse, características demográficas e as estratégias de manutenção dos plantéis, buscando averiguar possíveis particularidades que possam ter existido em relação as demais áreas do Brasil Colonial e Imperial.
  • 4. METODOLOGIA Confecção de um programa que possibilitou o armazenamento dos dados, destinado a abrigar todas as informações quantitativas e qualitativas elaboradas a partir dos documentos analisados. Levantamento das fontes em fichas visando o levantamento completo dos dados fornecidos pelos documentos analisados. Fichamento da produção bibliográfica existente, tanto sobre a temática da família escrava, como sobre a questão da demografia em geral, visando dar consistência teórica às análises das fontes primárias. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
  • 5. PRIMEIRA PARTE: CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835 CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) CAPÍTULO 1: FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE: conceituação e sua construção histórica 1.1 Rio Pardo: de Fortaleza a Vila, uma fronteira em construção, 1750-1809 1.2 Vila de Rio Pardo: expansionismo econômico e populacional, 1810-1835 CAPÍTULO 2: PROPRIETÁRIOS: estrutura da posse de escravos e atividade econômica atribuída 2.1 Atividades econômicas entre os proprietários escravistas da Fronteira Oeste 2.2 Estrutura de posse dos escravos entre os senhores da Fronteira Oeste do Rio Grande
  • 6. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) PRIMEIRA PARTE: CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835 CAPÍTULO 3: Características demográficas dos cativos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.1 Existentes, mas invisíveis 3.2 Origens dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.3 A repartição do sexo na população escrava 3.4 Idade dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.5 Origens dos escravos e variáveis demográficas 3.6 As mães e os pais dos que aqui nascem
  • 7. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) PRIMEIRA PARTE: CAMINHOS CRUZADOS: SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE, 1750-1835 CAPÍTULO 3: Características demográficas dos cativos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.9 Variáveis demográficas dos escravos e estrutura de posse 3.9.1 Atividades econômicas dos proprietários e características dos escravos 3.10 Ocupações dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.7 Os que aqui chegam: Africanos da Fronteira Oeste do Rio Grande 3.8 Sob o estigma da cor
  • 8. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) SEGUNDA PARTE: VIVÊNCIAS ESCRAVAS: PARENTESCO E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE CATIVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE CAPÍTULO 4: Definindo as famílias escravas e o cuidado com as fontes 4.1 Definindo famílias escravas e os cuidados com as fontes 4.2 Das frestas deste estudo : as fontes eclesiásticas e os estudos das famílias 4.3 Famílias escravas e historiografia CAPITULO 5: Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande 5.1 Famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande 5.2 Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande 5.3 Casamentos de escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande, 1755 a 1835
  • 9. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) SEGUNDA PARTE: VIVÊNCIAS ESCRAVAS: PARENTESCO E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE CATIVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE CAPITULO 5: Graus de legitimidade das famílias escravas da Fronteira Oeste do Rio Grande 5.3.1 O casamento entre cativos e o seu papel normatizador 5.3.2 Origem dos cônjuges 5.4 Tempo de casar 5.4.1 Os dias de casar 5.4.2 As horas de casar 5.5 Testemunhas dos casamentos de escravos CAPÍTULO 6: Parentesco espiritual e alianças entre escravos 6.1 Nome dos batizados
  • 10. TERCEIRA PARTE: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) CAPÍTULO 7: As propriedades escravas e os graus de estabilidade das famílias escravas 7.1 Escravos de Antônio de Souza Nunes 7.2 Tamanho dos plantéis e legitimidade da família escrava CAPÍTULO 8: Trajetórias de famílias escravas no interior de propriedades da Fronteira Oeste do Rio Grande – estudos de casos 8.1 Família Simões Pires e suas relações na Fronteira Oeste do Rio Grande 8.2 As famílias escravas dos Simões Pires 8.2.1 Família de Cândida e Mateus 8.2.2 Família de Antônio Guiné e Josefa Guiné 8.2.3 Família de José preto e Francisca preta 8.2.4 Família de José crioulo e Gertrudes preta da Costa 8.2.5 Outras famílias escravas de Mateus Simões Pires
  • 11. TERCEIRA PARTE: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS SOCIAIS ENTRE SENHORES E ESCRAVOS DA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) 8.3 Momentos decisivos : a partilha dos bens e os destinos das famílias escravas 8.4 Os casais de escravos nas partilhas : Os limites da estabilidade e da propriedade 8.4.1 A segunda geração dos Simões Pires : Antônio Simões Pires 8.4.2 Escravos de Antônio Simões Pires 8.4.3 Maria Esméria : Terceira Geração dos Simões Pires CAPÍTULO 9: Alforrias e laços de família 9.1 A família como espaço para a Liberdade 9.2 Intrincadas Relações : os meus e os seus
  • 12. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835) CONSIDERAÇÕES FINAIS As fontes que os descrevem para a Fronteira de Oeste do Rio Grande, desenham um quadro de intenso crescimento populacional durante o período analisado, sendo que a representação dos cativos chegou a ser superior ao observado para outras áreas da capitania/província. Nas estâncias (propriedades maiores) também havia a necessidade de cativos que fossem especializados em ofícios artesanais, tais como carpinteiros, ferreiros, sapateiros, pedreiros, etc. Esse era um setor da economia que empregava menos braços ao trabalho, o que nem por isso diminui sua importância, comparativamente aos campeiros e roceiros. Nos núcleos urbanos das vilas de Rio Pardo e Cachoeira, que surgiram e cresceram ao longo do período aqui analisado, também viviam e atuavam trabalhadores cativos que possuíam ofícios especializados. Os frutos desse trabalho eram motivos tanto de conflito quanto de negociação, e por certo, o acesso à vida familiar também se inseria, nesse jogo de interesses.
  • 13. Entre as estratégias de reposição dos plantéis, aparentemente, convivia-se, ao mesmo tempo, com a alternativa da reprodução endógena, além, é claro, do próprio comércio de escravos africanos ou não, vindos de outras regiões brasileiras. A análise dos registros permitiu concluir que, ao contrário do que até então se pensava sobre os enlaces matrimoniais dos cativos, existiu por parte desses indivíduos uma prática de casamentos sancionados perante a Igreja Católica, mesmo que o número das uniões ilegítimas tenha sido maior. As informações e possíveis explicações obtidas com a nossa pesquisa apontam no sentido de que a família foi sendo uma conquista progressiva do escravo. Se foi verdade que houve uma época em que o senhor dispunha como queria de seus escravos, também é possível que o parentesco possa ter contribuído, de forma decisiva, para forjar laços de afetividade entre escravos. CONSIDERAÇÕES FINAIS CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
  • 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS O exame das fontes mostrou a importância da multiplicidade das organizações familiares entre os escravos, uma vez que incluíam não só casais legitimamente formados, mas, com certeza, aqueles que jamais sacramentaram suas uniões, mesmo que elas fossem estáveis. Os documentos apontam indícios suficientes para determinar sua existência. A sua importância na região foi demonstrada através da análise da estabilidade dessas famílias pelo cruzamento dos dados e da trajetória de suas vidas. CAMINHOS CRUZADOS: FAMÍLIAS E ESTRATÉGIAS ESCRAVAS NA FRONTEIRA OESTE DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO (1750-1835)
  • 15.
  • 16. Ao buscarem o conhecimento das características demográficas das populações do passado brasileiro, os estudos empreendidos extrapolaram largamente o elemento demográfico scricto sensu , tendo encontrado na historiografia terreno fértil onde se imiscuir, alargar, multiplicar. José Flávio Motta