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Ventilação
Mecânica
Princípios
Básicos
Yuri Moreira Assis
Especialista em Medicina Intensiva
AMIB
2013
Diretrizes Brasileiras 2014
Documento elaborado com a finalidade de reunir
recomendações sobre ventilação mecânica invasiva e não
invasiva na população adulta, classificadas baseado na
metodologia GRADE, divulgado na Revista Brasileira de
Terapia Intensiva (RBTI), no Jornal Brasileiro de
Pneumologia e numa versão de Manual distribuído nas
Unidades de Terapia Intensiva do Brasil, visando melhorar o
entendimento e padronizar o atual conhecimento sobre o
tema, com impacto positivo no atendimento oferecido aos
pacientes.
Indicações de VM
Na insuficiência respiratória aguda ou crônica
agudizada para:
 Melhora das trocas gasosas
 Redução do trabalho respiratório
Pode ser utilizada de forma não-invasiva (máscara
facial) ou invasiva (tubo endotraqueal ou cânula de
traqueostomia)
Indicações de VM
Quando iniciar ventilação não invasiva (VNI):
 Incapacidade de ventilar espontaneamente definida
por:
o Volume minuto < 4 lpm
o PaCO2 > 50 mmHg
o pH < 7,25
 Iniciar VNI para manter ventilação adequada,
impedir a progressão da fadiga e/ou parada
respiratória
ContraindicaçõesáVNI
Descontinuar a VNI
A VNI deve ser monitorada por profissional
capacitado por 0,5 a 2 horas.
Critérios de sucesso:
 da frequência respiratória
 do volume corrente
 Melhora do nível de consciência
 do uso de musculatura acessória
 da PaO2 e/ou SpO2, da PaCO2
 Ausência de distensão abdominal significativa
Descontinuar a VNI
Na ausência de sucesso:
 Proceder a intubação traqueal e iniciar a Ventilação
Invasiva (VMI)
 Expectativa de sucesso na VNI:
o Em hipercarpínicos = 75%
o Em Hipoxêmicos = 50%
Indicações especiais
 Asma: sugere-se VNI conjunta com a terapia
medicamentosa para redução da obstrução na
agudização
 DPOC: VNI no DPOC agudizado para reduzir a
necessidade de intubação, tempo de internação e
mortalidade
 Edema agudo cardiogênico: VNI para reduzir intubação e
redução de mortalidade
 SDRA: sugere-se VNI na SDRA leve, observando-se os
critérios de sucesso em 2 horas. Não usar na sara
moderada ou grave
Indicações especiais
 Pneumonia comunitária (PAC) grave: sugere-se
principalmente nos portadores de DPOC, observando os
critérios de sucesso em 2 horas
 Pós-extubação:
o Ação facilitadora: tempo de VMI, mortalidade, taxas de
pneumonia associada a VM (PAV) e tempo de internação
o Ação profilática: imediatamente após a extubação nos
pacientes de risco para evitar IRpA e reintubação
o NÃO UTILIZAR VNI APÓS INSTALAÇÃO DA IRPA (ação
terapêutica)
Indicações especiais
Indicações especiais
 Pós-operatório imediato de cirurgia abdominal e torácica
eletiva – melhora da troca gasosa, redução de atelectasia
e trabalho ventilatório, de IOT e possivelmente da
mortalidade
o Sugere-se que o uso em cirurgia esofágica pode ser feito,
desde que mantenha-se pressões inspiratórias baixas, a
saber EPAP < 8 e IPAP < 15 cmH2O
 Broncoscopia: sugere-se usar antes, durante e após
broncoscopia, para redução de risco em pacientes com
hipoxemia grave refratária, IRpA pós-operatória ou DPOC
grave
InterfaceparaVNI
InterfaceparaVNI
Intubação traqueal
 Laringoscopia direta para visualizar a laringe ainda é o
método mais rápido e confiável para inserção do TOT
 Após 3 falhas por profissional habilitado e experiente
considerar via aérea difícil
 Intubação eletiva: laringoscopia direta, preparo adequado
do paciente para laringoscopia ótima, preferência para o
laringoscopia de lâmina curva (sugestões)
 Intubação de emergência: sequência rápida de intubação
para minimizar aspiração (opióides, hipnóticos e
bloqueadores neuromusculares). Manobra de Sellick
pode ser usada (sugestões)
Intubaçãoendotraqueal
Sequênciarápida
deintubação
Preparação do equipamento e
materiais
Monitorização e pré-oxigenação
Analgesia – Fentanil
Sedação – midazolan,
ketamina, etomidato, propofol
Expansão volêmica com
cristalóide 500 ml
Paralisia com bloqueador
neuromuscular –rocurônio ou
succinilcolina (fasciculações)
Checar posição do TOT,
adequação da VMI,
monitorização e sedação se
necessário
Tempo para traqueostomia
 TRM e TCE: sugere-se traqueostomia precoce – até 7 dias
 Trauma sem lesão do SNC: sugere-se traqueostomia
precoce se houver estimativa de suporte prolongado
 Causas clínicas: 14 dias – traqueostomia não reduz tempo
de internação, mortalidade ou necessidade de sedação
 Técnica para traqueostomia: percutânea ou convencional, a
depender de recursos disponíveis e expertise da equipe
 Complicações: sangramento, enfisema subcutâneo,
pneumotórax e mortalidade – taxas iguais com ambas as
técnicas
Regulagem inicial do ventilador
 Parâmetros ajustáveis:
o Fração inspirada de O2 – FiO2
o Volume corrente – VC
o Modo – assisto-controlado, controlado, volume, pressão
o Frequência respiratória – FR, e relação I:E
o Tipo de disparo – tempo, fluxo, estimulo neural
o Sensibilidade
o Pressão positiva ao final da expiração – PEEP
o Alarmes do aparelho
o Fluxo
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ajustedoventilador
Modo assisto-controlado, ciclado a
volume (VCV) ou tempo (PCV)
Iniciar com PEEP 3 a 5
cmH2O, ajustar conforme a
patologia
FiO2: suficiente
para SpO2 entre
93 e 97%
Regulagem inicial do ventilador
Outras recomendações:
o Ajustar disparo: a tempo (controlado pelo ventilador), a pressão ou
fluxo (controlados pelo paciente) ou estímulo neural (NAVA)
o Aquecedores/umidificadores passivos. Apenas em pacientes com
secreção espessa usar umidificação/aquecimento ativo, para evitar
obstrução do TOT
o Ajustar alarmes de forma individualizada, considerando o quadro
clínico. Regular back-up de apneia se disponíveis
o Iniciar com os parâmetros já citados, e avaliar curvas e alarmes,
checar se os valores estão dentro do previsto
o Coletar nova gasometria após 30 minutos e checar se as metas foram
atingidas e reajustar os parâmetros se necessário
Regulagem inicial do ventilador
Outras recomendações:
o Avaliar repercussões hemodinâmicas da VMI – hipovolemia, auto-
PEEP, pneumotórax
o Iniciar o modo assistido o mais cedo possível para evitar disfunção
diafragmática e manter o nível de trabalho muscular o maior possível
o Em caso de alta demanda de fluxo inspiratório, utilizar opióides para
reduzir o drive e aumentar o conforto
o Sugere-se em pacientes com alto risco (idosos, uso de corticóides ou
BNM, hipotireoidismo) enfatizar a avaliação da musculatura
respiratória
o Evitar a disfunção diafragmática induzida pelo ventilador que ocorre
geralmente após 18 horas de ventilação
Modos ventilatórios convencionais
VCV – assisto controlado limitado a volume
o Mantém Volume minuto mais estável
o Pressões de pico e platô variáveis e dependentes da mecânica
pulmonar do paciente
o Pode ser disparado a tempo, pressão e fluxo e limita-se ao volume
pré-determinado
o Demanda monitorização das pressões e regulagem dos alarmes
o Permite o cálculo das pressões (Ppico, Pplat, complacência
pulmonar (Cdyn e Cstat) e resistência das vias aéreas (Raw)
Sugere-se uso de VCV quando se almeja
manter o VM mais controlado
Modos ventilatórios convencionais
PCV – assisto controlado limitado a pressão
o Permite melhor controle das pressões (Ppico)
o Pressão limitada durante toda a fase inspiratória
o Ciclado a tempo, fixado em segundos, fluxo livre e desacelerado
o VC variável, depende do delta de pressão / pressão diferencial (Pd)
e da mecânica ventilatória
o Monitorizar volume expirado e regular alarme de volume minuto
o Pode-se modificar o fluxo inspiratório (rampa) para ajustar melhor
VC. Cuidado com overshoot (pico de fluxo excessivo)
Sugere-se uso de PCV quando há
comprometimento da mecânica ventilatória
Modos ventilatórios convencionais
PSV – ventilação a pressão de suporte
o Modo assistido ou espontâneo
o Disparado exclusivamente pelo paciente – pressão ou fluxo
o Pressão limitada durante toda a fase inspiratória, ciclado quando o
fluxo cai a 25% do pico de fluxo inspiratório. Este critério de
ciclagem (% do fluxo) pode ser modificado para reduzir o tempo
inspiratório
o O rise time (rampa) também pode ser ajustado para reduzir o Tins
e aumento do VC
Sugere-se ser iniciada o mais precocemente
possível, para manter autonomia ventilatória
Modos ventilatórios convencionais
Outras recomendações
o O uso de ventiladores ciclados a pressão pode ser feito quando
não houver outros disponíveis. Pode ser disparado a pressão ou
tempo, com fluxo fixo, com VC não conhecido. Recomenda-se
nesse caso o uso de ventilômetro de Wright para avaliar VC.
Avaliar com gasometria após 20 min para checar PCO2
o SIMV – modo sincronizado intermitente mandatório. Associado a
maior tempo de ventilação mecânica.
A recomendação forte é NÃO
USAR SIMV
Assincronias
Buscar e corrigir Assincronias ativamente
Assincronias de disparo:
o Disparo ineficaz: esforço do paciente é insuficiente para iniciar o
disparo – ajuste inadequado da sensibilidade ou fraqueza
excessiva, depressão do drive, auto-PEEP, Tins prolongado
• Ajustar a sensibilidade ao mais sensível possível, mas evitar
auto-disparo. Mudar o disparo para fluxo
• Sugere-se: em vigência de auto-PEEP – ajustar PEEP em 75-80%
da PEEP medida
• Pode-se ajustar o critério de ciclagem ou reduzir o níveis
pressóricos ajustados
Assincronias
Assincronias de disparo:
o Duplo disparo: dois ciclos com o mesmo esforço do paciente – Tins
do respirador menor que o Tins neural.
Sugestões para resolução:
• Em VCV: aumentar o fluxo inspiratório e ou VC respeitando-se os
limites de segurança
• Mudar para modo PCV ou PSV, nos quais o fluxo inspiratório
conforme os esforços do paciente
• Caso ocorra em PCV aumentar o Tins e/ou o valor da PC
• Em PSV tentar aumentar o nível de pressão ou o critério de
ciclagem
Assincronias
Assincronias de disparo:
o Auto-Disparo: o ventilador dispara sem o esforço do paciente, ou
por ajuste excessivamente sensível do ventilador, vazamentos do
sistema, presença de condensações no sistema ou grandes
variações da pressão torácica
Recomendações:
• Corrigir os problemas no circuito e no ventilador
• Reduzir progressivamente a sensibilidade até eliminar os auto
disparos
Assincronias de disparo
Assincronias
Assincronias de fluxo:
o Fluxo inspiratório insuficiente: o fluxo é inferior a demanda,
geralmente em modos onde o fluxo não pode ser aumentado pelo
esforço do paciente – VCV. Pode ocorrer em modos pressóricos se
os ajustes forem insuficientes para o paciente. Há desconforto, uso
de musculatura acessória – fome de ar
Recomendações:
• Corrigir causas de aumento de demanda – febre, dor, ansiedade,
acidose. Aumentar fluxo inspiratório em VCV
• Mudar para PCV ou PSV que tem fluxo livre
• Aumentar o rise time
Assincronias
Assincronias de fluxo:
o Fluxo inspiratório excessivo: em VCV, quando fluxo exagerado, ou
em PCV ou PSV pelo ajuste de pressões elevadas ou rise time muito
rápido. Em VCV, pico de pressão precoce na curva P x t. Em PCV ou
PSV a pressão de vias aéreas ultrapassa o ajustado - overshoot
Recomendações:
• Em VCV reduzir o fluxo
• Em modos pressóricos, reduzir o rise time até resolver o
overshoot
Assincronias de fluxo
Fluxo insuficiente
Assincronias
Assincronias de ciclagem:
o Ciclagem prematura: ventilador interrompe fluxo antes da necessidade
do paciente, ou seja, Tins é menor que o do paciente. Ou volume ou
Tins ajustado a menos, ou em PSV por ajuste de baixo nível de Pins
Recomendações:
• Reduzir fluxo e ou VC, ou mudar modo para PCV ou PSV
o Ciclagem tardia: ventilador ultrapassa o desejado pelo paciente, ou
seja, Tins maior que o do paciente. Ou volume ou Tins ajustados a mais,
ou em PSV por desaceleração de fluxo na via aérea por alta resistência
Recomendações:
• Reduzir Tins ou VC, ou em PSV pode-se elevar o critério de ciclagem
(de 25% para 40% por exemplo)
Assincronias de ciclagem
Modos avançados
 Os modos avançados podem ser usados para minimizar as
Assincronias. Sugere-se o seu uso desde que a equipe tenha
experiência com o modo
o PRVC (Pressure-Regulated Volume-Control): ciclado a tempo e limitado a
pressão – adapta o tempo a cada ciclo até ajustar o VC determinado.
Sugerido para manter VC quando há mudanças da mecânica ventilatória
o APRV (Airway Pressure-Release Ventilation): espontâneo, limitado a pressão
e ciclado a tempo, onde se determina PEEP alta e PEEP baixa, pode-se
associar PSV, e permite manter alvéolos pressurizados em ventilação
espontânea. Sugere-se em pacientes em VM espontânea onde há
necessidade de manter recrutamento – SDRA leve ou moderada
o PAV (Ventilação Assistida Proporcional): modo espontâneo que se ajusta ao
esforço do paciente. Sugere-se no paciente em PSV com muita assincronia
Modos avançados
o ATC (Automatic Tube Compensation): compensa o trabalho imposto pela via
aérea artificial. Sugere-se associar à PSV em tubos muito finos
o NAVA (Neurally Adjusted Ventilatory Assist): capta atividade elétrica do
diafragma e utiliza como critério para iniciar o disparo do ventilador.
Demanda um sensor posicionado no esôfago. Melhora da assincronia em
PSV. Sugere-se como alternativa ao PSV em assincronia significativa
o ASV (Adaptive-Support Ventilation): ajusta ciclos espontâneos e controlados
conforme um algoritmo, para chegar ao VM determinado pelo cuidador, com
as menores pressões possíveis. Utilizar capnografia e oximetria para ajustar
PEEP e FIO2 por pré-definição. Sugere-se em situações onde queira-se
manter VM e ventilação protetora com drive instável, com muita assincronia
ou desconforto
Monitorando a ventilação mecânica
 Mecânica ventilatória a beira leito:
o Monitorizar a mecânica rotineiramente em todos os pacientes sob
VMI
o Parâmetros:
• Volume corrente expirado (VC)
• Pressão de pico (Ppico) e pressão de platô (Pplat)
• PEEP e auto-PEEP
• Sugere-se medir resistência de via aérea (Raw), complacência
estática (Cstat) e monitorar curvas de fluxo, pressão e tempo por
volume em casos selecionados
o Medir Pplat sem esforço muscular e pausa de 2 a 3 segundos
Monitorandoa
ventilaçãomecânica
Monitorando a ventilação mecânica
 Monitorização da troca gasosa:
o Gasometria arterial: coletar gasometria arterial de pacientes em IrPA o mais
rápido possível antes de iniciar a VMI para estabelecer raciocínio clínico.
Repetir após 20 minutos de VMI para reajustar os parâmetros e diariamente
enquanto durar a fase aguda, e a cada mudança no quadro clínico do
paciente
o Registrar no momento da coleta FIO2, VC, FR, PEEP, SpO2 e PETCO2 (se em
capnografia), se em posição prona, se recrutamento alveolar e modo
ventilatório. Interpretar a gasometria arterial a luz dos dados e do quadro
clínico. A gasometria demonstra um momento na evolução do paciente
o Oximetria de pulso: utilizar em todo paciente que recebe suplementação de
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 Monitorização regional:
o Tomografia de bioimpedância elétrica – TIE: utiliza a passagem de
corrente elétrica pelo tórax para avaliar áreas mais ventiladas e
recentemente a perfusão torácica. Sugere-se seu uso principalmente
para avaliar recrutamento e colapso pulmonar e distribuição aérea
regional
o Tomografia computadorizada: utilizar para diagnóstico em IRPA não
evidente, e angio-tomografia para diagnóstico da embolia pulmonar.
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o Ecografia torácica: se disponível, treinamento de equipe para detecção
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Sugere-se o uso para estimar aeração alveolar em PAV, avaliação do
edema pulmonar, atelectasias e estimar recrutamento por PEEP
Tomografiadeimpedância
elétrica
Ecografiatorácica
"Se o vosso médico não
acha bom que durmais,
que useis vinho ou tal
carne, não vos preocupeis:
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apreciador de vinhos, carnes e sono...
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Ventilação mecânica: princípios básicos e diretrizes brasileiras 2014

  • 2.
  • 4. Diretrizes Brasileiras 2014 Documento elaborado com a finalidade de reunir recomendações sobre ventilação mecânica invasiva e não invasiva na população adulta, classificadas baseado na metodologia GRADE, divulgado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva (RBTI), no Jornal Brasileiro de Pneumologia e numa versão de Manual distribuído nas Unidades de Terapia Intensiva do Brasil, visando melhorar o entendimento e padronizar o atual conhecimento sobre o tema, com impacto positivo no atendimento oferecido aos pacientes.
  • 5. Indicações de VM Na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada para:  Melhora das trocas gasosas  Redução do trabalho respiratório Pode ser utilizada de forma não-invasiva (máscara facial) ou invasiva (tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia)
  • 6. Indicações de VM Quando iniciar ventilação não invasiva (VNI):  Incapacidade de ventilar espontaneamente definida por: o Volume minuto < 4 lpm o PaCO2 > 50 mmHg o pH < 7,25  Iniciar VNI para manter ventilação adequada, impedir a progressão da fadiga e/ou parada respiratória
  • 8. Descontinuar a VNI A VNI deve ser monitorada por profissional capacitado por 0,5 a 2 horas. Critérios de sucesso:  da frequência respiratória  do volume corrente  Melhora do nível de consciência  do uso de musculatura acessória  da PaO2 e/ou SpO2, da PaCO2  Ausência de distensão abdominal significativa
  • 9. Descontinuar a VNI Na ausência de sucesso:  Proceder a intubação traqueal e iniciar a Ventilação Invasiva (VMI)  Expectativa de sucesso na VNI: o Em hipercarpínicos = 75% o Em Hipoxêmicos = 50%
  • 10. Indicações especiais  Asma: sugere-se VNI conjunta com a terapia medicamentosa para redução da obstrução na agudização  DPOC: VNI no DPOC agudizado para reduzir a necessidade de intubação, tempo de internação e mortalidade  Edema agudo cardiogênico: VNI para reduzir intubação e redução de mortalidade  SDRA: sugere-se VNI na SDRA leve, observando-se os critérios de sucesso em 2 horas. Não usar na sara moderada ou grave
  • 11. Indicações especiais  Pneumonia comunitária (PAC) grave: sugere-se principalmente nos portadores de DPOC, observando os critérios de sucesso em 2 horas  Pós-extubação: o Ação facilitadora: tempo de VMI, mortalidade, taxas de pneumonia associada a VM (PAV) e tempo de internação o Ação profilática: imediatamente após a extubação nos pacientes de risco para evitar IRpA e reintubação o NÃO UTILIZAR VNI APÓS INSTALAÇÃO DA IRPA (ação terapêutica)
  • 13. Indicações especiais  Pós-operatório imediato de cirurgia abdominal e torácica eletiva – melhora da troca gasosa, redução de atelectasia e trabalho ventilatório, de IOT e possivelmente da mortalidade o Sugere-se que o uso em cirurgia esofágica pode ser feito, desde que mantenha-se pressões inspiratórias baixas, a saber EPAP < 8 e IPAP < 15 cmH2O  Broncoscopia: sugere-se usar antes, durante e após broncoscopia, para redução de risco em pacientes com hipoxemia grave refratária, IRpA pós-operatória ou DPOC grave
  • 16. Intubação traqueal  Laringoscopia direta para visualizar a laringe ainda é o método mais rápido e confiável para inserção do TOT  Após 3 falhas por profissional habilitado e experiente considerar via aérea difícil  Intubação eletiva: laringoscopia direta, preparo adequado do paciente para laringoscopia ótima, preferência para o laringoscopia de lâmina curva (sugestões)  Intubação de emergência: sequência rápida de intubação para minimizar aspiração (opióides, hipnóticos e bloqueadores neuromusculares). Manobra de Sellick pode ser usada (sugestões)
  • 18. Sequênciarápida deintubação Preparação do equipamento e materiais Monitorização e pré-oxigenação Analgesia – Fentanil Sedação – midazolan, ketamina, etomidato, propofol Expansão volêmica com cristalóide 500 ml Paralisia com bloqueador neuromuscular –rocurônio ou succinilcolina (fasciculações) Checar posição do TOT, adequação da VMI, monitorização e sedação se necessário
  • 19. Tempo para traqueostomia  TRM e TCE: sugere-se traqueostomia precoce – até 7 dias  Trauma sem lesão do SNC: sugere-se traqueostomia precoce se houver estimativa de suporte prolongado  Causas clínicas: 14 dias – traqueostomia não reduz tempo de internação, mortalidade ou necessidade de sedação  Técnica para traqueostomia: percutânea ou convencional, a depender de recursos disponíveis e expertise da equipe  Complicações: sangramento, enfisema subcutâneo, pneumotórax e mortalidade – taxas iguais com ambas as técnicas
  • 20. Regulagem inicial do ventilador  Parâmetros ajustáveis: o Fração inspirada de O2 – FiO2 o Volume corrente – VC o Modo – assisto-controlado, controlado, volume, pressão o Frequência respiratória – FR, e relação I:E o Tipo de disparo – tempo, fluxo, estimulo neural o Sensibilidade o Pressão positiva ao final da expiração – PEEP o Alarmes do aparelho o Fluxo
  • 21. Recomendaçõespara ajustedoventilador Modo assisto-controlado, ciclado a volume (VCV) ou tempo (PCV) Iniciar com PEEP 3 a 5 cmH2O, ajustar conforme a patologia FiO2: suficiente para SpO2 entre 93 e 97%
  • 22. Regulagem inicial do ventilador Outras recomendações: o Ajustar disparo: a tempo (controlado pelo ventilador), a pressão ou fluxo (controlados pelo paciente) ou estímulo neural (NAVA) o Aquecedores/umidificadores passivos. Apenas em pacientes com secreção espessa usar umidificação/aquecimento ativo, para evitar obstrução do TOT o Ajustar alarmes de forma individualizada, considerando o quadro clínico. Regular back-up de apneia se disponíveis o Iniciar com os parâmetros já citados, e avaliar curvas e alarmes, checar se os valores estão dentro do previsto o Coletar nova gasometria após 30 minutos e checar se as metas foram atingidas e reajustar os parâmetros se necessário
  • 23. Regulagem inicial do ventilador Outras recomendações: o Avaliar repercussões hemodinâmicas da VMI – hipovolemia, auto- PEEP, pneumotórax o Iniciar o modo assistido o mais cedo possível para evitar disfunção diafragmática e manter o nível de trabalho muscular o maior possível o Em caso de alta demanda de fluxo inspiratório, utilizar opióides para reduzir o drive e aumentar o conforto o Sugere-se em pacientes com alto risco (idosos, uso de corticóides ou BNM, hipotireoidismo) enfatizar a avaliação da musculatura respiratória o Evitar a disfunção diafragmática induzida pelo ventilador que ocorre geralmente após 18 horas de ventilação
  • 24. Modos ventilatórios convencionais VCV – assisto controlado limitado a volume o Mantém Volume minuto mais estável o Pressões de pico e platô variáveis e dependentes da mecânica pulmonar do paciente o Pode ser disparado a tempo, pressão e fluxo e limita-se ao volume pré-determinado o Demanda monitorização das pressões e regulagem dos alarmes o Permite o cálculo das pressões (Ppico, Pplat, complacência pulmonar (Cdyn e Cstat) e resistência das vias aéreas (Raw) Sugere-se uso de VCV quando se almeja manter o VM mais controlado
  • 25. Modos ventilatórios convencionais PCV – assisto controlado limitado a pressão o Permite melhor controle das pressões (Ppico) o Pressão limitada durante toda a fase inspiratória o Ciclado a tempo, fixado em segundos, fluxo livre e desacelerado o VC variável, depende do delta de pressão / pressão diferencial (Pd) e da mecânica ventilatória o Monitorizar volume expirado e regular alarme de volume minuto o Pode-se modificar o fluxo inspiratório (rampa) para ajustar melhor VC. Cuidado com overshoot (pico de fluxo excessivo) Sugere-se uso de PCV quando há comprometimento da mecânica ventilatória
  • 26. Modos ventilatórios convencionais PSV – ventilação a pressão de suporte o Modo assistido ou espontâneo o Disparado exclusivamente pelo paciente – pressão ou fluxo o Pressão limitada durante toda a fase inspiratória, ciclado quando o fluxo cai a 25% do pico de fluxo inspiratório. Este critério de ciclagem (% do fluxo) pode ser modificado para reduzir o tempo inspiratório o O rise time (rampa) também pode ser ajustado para reduzir o Tins e aumento do VC Sugere-se ser iniciada o mais precocemente possível, para manter autonomia ventilatória
  • 27. Modos ventilatórios convencionais Outras recomendações o O uso de ventiladores ciclados a pressão pode ser feito quando não houver outros disponíveis. Pode ser disparado a pressão ou tempo, com fluxo fixo, com VC não conhecido. Recomenda-se nesse caso o uso de ventilômetro de Wright para avaliar VC. Avaliar com gasometria após 20 min para checar PCO2 o SIMV – modo sincronizado intermitente mandatório. Associado a maior tempo de ventilação mecânica. A recomendação forte é NÃO USAR SIMV
  • 28. Assincronias Buscar e corrigir Assincronias ativamente Assincronias de disparo: o Disparo ineficaz: esforço do paciente é insuficiente para iniciar o disparo – ajuste inadequado da sensibilidade ou fraqueza excessiva, depressão do drive, auto-PEEP, Tins prolongado • Ajustar a sensibilidade ao mais sensível possível, mas evitar auto-disparo. Mudar o disparo para fluxo • Sugere-se: em vigência de auto-PEEP – ajustar PEEP em 75-80% da PEEP medida • Pode-se ajustar o critério de ciclagem ou reduzir o níveis pressóricos ajustados
  • 29. Assincronias Assincronias de disparo: o Duplo disparo: dois ciclos com o mesmo esforço do paciente – Tins do respirador menor que o Tins neural. Sugestões para resolução: • Em VCV: aumentar o fluxo inspiratório e ou VC respeitando-se os limites de segurança • Mudar para modo PCV ou PSV, nos quais o fluxo inspiratório conforme os esforços do paciente • Caso ocorra em PCV aumentar o Tins e/ou o valor da PC • Em PSV tentar aumentar o nível de pressão ou o critério de ciclagem
  • 30. Assincronias Assincronias de disparo: o Auto-Disparo: o ventilador dispara sem o esforço do paciente, ou por ajuste excessivamente sensível do ventilador, vazamentos do sistema, presença de condensações no sistema ou grandes variações da pressão torácica Recomendações: • Corrigir os problemas no circuito e no ventilador • Reduzir progressivamente a sensibilidade até eliminar os auto disparos
  • 32. Assincronias Assincronias de fluxo: o Fluxo inspiratório insuficiente: o fluxo é inferior a demanda, geralmente em modos onde o fluxo não pode ser aumentado pelo esforço do paciente – VCV. Pode ocorrer em modos pressóricos se os ajustes forem insuficientes para o paciente. Há desconforto, uso de musculatura acessória – fome de ar Recomendações: • Corrigir causas de aumento de demanda – febre, dor, ansiedade, acidose. Aumentar fluxo inspiratório em VCV • Mudar para PCV ou PSV que tem fluxo livre • Aumentar o rise time
  • 33. Assincronias Assincronias de fluxo: o Fluxo inspiratório excessivo: em VCV, quando fluxo exagerado, ou em PCV ou PSV pelo ajuste de pressões elevadas ou rise time muito rápido. Em VCV, pico de pressão precoce na curva P x t. Em PCV ou PSV a pressão de vias aéreas ultrapassa o ajustado - overshoot Recomendações: • Em VCV reduzir o fluxo • Em modos pressóricos, reduzir o rise time até resolver o overshoot
  • 35. Assincronias Assincronias de ciclagem: o Ciclagem prematura: ventilador interrompe fluxo antes da necessidade do paciente, ou seja, Tins é menor que o do paciente. Ou volume ou Tins ajustado a menos, ou em PSV por ajuste de baixo nível de Pins Recomendações: • Reduzir fluxo e ou VC, ou mudar modo para PCV ou PSV o Ciclagem tardia: ventilador ultrapassa o desejado pelo paciente, ou seja, Tins maior que o do paciente. Ou volume ou Tins ajustados a mais, ou em PSV por desaceleração de fluxo na via aérea por alta resistência Recomendações: • Reduzir Tins ou VC, ou em PSV pode-se elevar o critério de ciclagem (de 25% para 40% por exemplo)
  • 37. Modos avançados  Os modos avançados podem ser usados para minimizar as Assincronias. Sugere-se o seu uso desde que a equipe tenha experiência com o modo o PRVC (Pressure-Regulated Volume-Control): ciclado a tempo e limitado a pressão – adapta o tempo a cada ciclo até ajustar o VC determinado. Sugerido para manter VC quando há mudanças da mecânica ventilatória o APRV (Airway Pressure-Release Ventilation): espontâneo, limitado a pressão e ciclado a tempo, onde se determina PEEP alta e PEEP baixa, pode-se associar PSV, e permite manter alvéolos pressurizados em ventilação espontânea. Sugere-se em pacientes em VM espontânea onde há necessidade de manter recrutamento – SDRA leve ou moderada o PAV (Ventilação Assistida Proporcional): modo espontâneo que se ajusta ao esforço do paciente. Sugere-se no paciente em PSV com muita assincronia
  • 38. Modos avançados o ATC (Automatic Tube Compensation): compensa o trabalho imposto pela via aérea artificial. Sugere-se associar à PSV em tubos muito finos o NAVA (Neurally Adjusted Ventilatory Assist): capta atividade elétrica do diafragma e utiliza como critério para iniciar o disparo do ventilador. Demanda um sensor posicionado no esôfago. Melhora da assincronia em PSV. Sugere-se como alternativa ao PSV em assincronia significativa o ASV (Adaptive-Support Ventilation): ajusta ciclos espontâneos e controlados conforme um algoritmo, para chegar ao VM determinado pelo cuidador, com as menores pressões possíveis. Utilizar capnografia e oximetria para ajustar PEEP e FIO2 por pré-definição. Sugere-se em situações onde queira-se manter VM e ventilação protetora com drive instável, com muita assincronia ou desconforto
  • 39. Monitorando a ventilação mecânica  Mecânica ventilatória a beira leito: o Monitorizar a mecânica rotineiramente em todos os pacientes sob VMI o Parâmetros: • Volume corrente expirado (VC) • Pressão de pico (Ppico) e pressão de platô (Pplat) • PEEP e auto-PEEP • Sugere-se medir resistência de via aérea (Raw), complacência estática (Cstat) e monitorar curvas de fluxo, pressão e tempo por volume em casos selecionados o Medir Pplat sem esforço muscular e pausa de 2 a 3 segundos
  • 41. Monitorando a ventilação mecânica  Monitorização da troca gasosa: o Gasometria arterial: coletar gasometria arterial de pacientes em IrPA o mais rápido possível antes de iniciar a VMI para estabelecer raciocínio clínico. Repetir após 20 minutos de VMI para reajustar os parâmetros e diariamente enquanto durar a fase aguda, e a cada mudança no quadro clínico do paciente o Registrar no momento da coleta FIO2, VC, FR, PEEP, SpO2 e PETCO2 (se em capnografia), se em posição prona, se recrutamento alveolar e modo ventilatório. Interpretar a gasometria arterial a luz dos dados e do quadro clínico. A gasometria demonstra um momento na evolução do paciente o Oximetria de pulso: utilizar em todo paciente que recebe suplementação de O2, VMI, VNI e IRPA o Capnografia: usar em pacientes neurológicos sob VMI, para confirmação de posição de TOT e em todas as situações de retenção de CO2
  • 42. Monitorando a ventilação mecânica  Monitorização regional: o Tomografia de bioimpedância elétrica – TIE: utiliza a passagem de corrente elétrica pelo tórax para avaliar áreas mais ventiladas e recentemente a perfusão torácica. Sugere-se seu uso principalmente para avaliar recrutamento e colapso pulmonar e distribuição aérea regional o Tomografia computadorizada: utilizar para diagnóstico em IRPA não evidente, e angio-tomografia para diagnóstico da embolia pulmonar. Sugere-se utilizar, se disponível, para titulação da PEEP decremental o Ecografia torácica: se disponível, treinamento de equipe para detecção de pneumotórax, derrames pleurais e auxiliar no processo terapêutico. Sugere-se o uso para estimar aeração alveolar em PAV, avaliação do edema pulmonar, atelectasias e estimar recrutamento por PEEP
  • 45. "Se o vosso médico não acha bom que durmais, que useis vinho ou tal carne, não vos preocupeis: encontrar-vos-ei outro que não será da opinião dele.“ Michel de Montaigne, 1533 – 1592, ensaísta francês e apreciador de vinhos, carnes e sono... Obrigado!