ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
Organizações vistas como prisões psíquicas
1. Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Gestão de Tomar
Curso de Pós-Graduação em Ciências Documentais
Unidade Curricular: Planeamento e Gestão de Organizações
Morgan, Gareth, Imagens da Organização, “Explorando a Caverna de
Platão – As Organizações vistas como Prisões Psíquicas”, São Paulo,
Editora Atlas S.A., 1996
Professor: António Cúrdia
Alunas:
16883 – Alexandra Cristina Jesus Santos
16884 – Maria Margarida Sampaio A. Costa Rodrigues
16885 – Adélia Sofia Freire Ribeiro
Segundo o novo acordo ortográfico em vigor 2011/2012
2. AS ORGANIZAÇÕES VISTAS
COMO PRISÕES PSÍQUICAS
(OU)
A ALEGORIA DA CAVERNA
APLICADA ÀS
ORGANIZAÇÕES
http://youtu.be/3tr5hr3MtTI
3. A ARMADILHA DAS FORMAS ASSUMIDAS DE RACIOCÍNIO
Aprisionados pelo sucesso
As organizações que são líderes na sua área durante um
tempo considerável podem ter a tendência de se
acomodarem ao sucesso adquirido (superioridade técnica e
confiança no produto), deixando-se ultrapassar de forma
passiva por outras organizações.
Ex.: indústria automóvel Americana vs Japonesa
Aprisionados pela acomodação organizacional
As organizações adquirem uma falsa segurança pelo facto de possuírem stocks e
trabalho sequencial, apesar dos efeitos positivos em termos de economia de
custos e qualidade do produto. O sistema Just in time surge como alternativa,
evitando o armazenamento desnecessário e fomentando a sincronização e
rentabilização do trabalho.
Ex.: Japoneses e inventário-zero/ defeito-zero
Aprisionados pelos processos grupais
O psicólogo Irving Janis caracterizou o “pensamento de
grupo”, defendendo que o consenso assumido pode
impedir as pessoas de questionar um determinado
procedimento, levando a situações imprevistas.
Ex.: Presidente Kennedy e a invasão em Cuba
4. E A SEXUALIDADE REPRIMIDA
E A FAMÍLIA
MORTE E IMORTALIDADE
PATRIARCAL
A
ORGANIZAÇÃO
EO
BONECAS E URSINHOS INCONSCIENTE
DE PELUCHE E ANSIEDADE
SOMBRA E ARQUÉTIPO
5. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
E A SEXUALIDADE REPRIMIDA
Frederick Taylor, pai da “Administração Científica”, ilustrou claramente como as
preocupações e inquietações inconscientes podem ter efeitos na organização.
No que diz respeito às organizações, conclui que a sexualidade reprimida está relacionada
com a maioria dos problemas organizacionais mais complexos. “Impulsos sexuais e fantasias
influenciam as políticas da organização; comportamentos neuróticos determinam atos
compulsivos e outras formas de representação paranóicas, masoquistas e compulsivas do
ambiente e das relações de trabalho.” (G. Morgan, 1996).
Ex.: Caráter obsessivo e compulsivo de Taylor (anti-heroi)
6. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
E A FAMÍLIA PATRIARCAL
Tal como nas famílias tradicionalmente estruturadas,
nas organizações, o homem domina tendencialmente,
enquanto a mulher é preterida para papeis de
subordinação. Esta liderança também tem uma relação
direta com o facto do líder ser muitas vezes entendido
como uma autoridade.
Ex.: Exercício da autoridade na família vs na organização
7. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
MORTE E IMORTALIDADE
Segundo Ernest Becker os homens vivem
grande parte da sua vida procurando a
imortalidade, encontrando nas organizações
uma forma de a materializar, uma vez que
esta perdura para além da sua própria vida.
Ex.: Definição de objetivos e planeamento
como forma de projetar a imortalidade
8. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
ORGANIZAÇÃO E ANSIEDADE
A ansiedade que o homem experiencia quando se sente
em competição dentro de uma organização pode levá-lo
a bloquear o sucesso dos seus pares, com medo de
nunca atingir esse mesmo sucesso. Esta postura pode
restringir o espírito de cooperação do grupo e
consequentemente inibir a performance da
organização.
Ex.: Dicotomia entre sentimentos amor/ ódio; vida/
morte; seio bom/ seio mau
9. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
BONECAS E URSINHOS DE PELUCHE
O medo de abandonar práticas instituídas,
adquirindo outras mais inovadoras, mas sobre as
quais não se tem um domínio claro, leva muitas
vezes a organização a rejeitar, evitar e adiar a
mudança imprescindível ao acompanhamento da
evolução dos tempos modernos.
Ex.: Ligação a objetos que ajudam a manter a
ligação com o mundo. À medida que a realidade é
alterada, os objetos são substituídos.
10. A ORGANIZAÇÃO E O INCONSCIENTE
SOMBRA E ARQUÉTIPO
Jung define o arquétipo como um modelo a partir
do qual a nossa compreensão do mundo é
organizada. Ao identificar-se com arquétipos, o ser Pensamento
humano posiciona-se na sua própria vida e na
história, entendendo melhor quem é e onde está
no universo das coisas. Por sua vez, Jung utiliza o
termo sombra para se referir a desejos e impulsos
indesejáveis. “Assim, na sombra da organização Sensação
encontram-se todos os opostos reprimidos da Intuição
racionalidade, que lutam para emergir e mudar a
natureza da racionalidade que está sendo
praticada.” (G. Morgan, 1996).
Jung ilustra a interação dos contrários numa
tentativa de explicar a forma como cada indivíduo Sentimento
consegue lidar com o mundo e determinar a
própria realidade: Sensação/ Intuição e
Pensamento/Sentimento. Para que haja sucesso ao
nível da organização deve existir um equilíbrio
entre estas quatro funções. Qualquer
predominância poderá levar a perda de
oportunidades.
11. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA DA PRISÃO PSÍQUICA
FORÇAS LIMITAÇÕES
* Leva-nos a concluir que as questões
•As organizações podem cair numa
problemáticas nas quais o ser humano se
racionalização excessiva;
envolve são, na verdade, criadas por ele
próprio;
•As armadilhas das formas assumidas de
* Leva-nos a questionar tudo o que nos raciocínio são aplicadas apenas ao
rodeia, mesmo o que era assumido como inconsciente e poderiam sê-lo também
pacífico; alargadas ao consciente;
* Permite entender a estreita relação entre o
•A reflexão sobre a organização vista como
consciente e o inconsciente e a necessidade
uma prisão psíquica não basta para levar à
de um equilíbrio entre ambos;
libertação da mesma;
* Conduz-nos a questionar a liderança nas
•Há tendência para despender mais tempo
organizações e as relações interpessoais;
no processo de análise, do que na procura de
soluções;
* É um importante instrumento de reflexão
sobre a vida organizacional. •Pode cair-se na tentação de acreditar que se
pode dominar o inconsciente.
12. AVALIAÇÃO CRÍTICA
* Gareth Morgan foi inovador, ao aplicar a metáfora como forma de entender a organização;
* Na obra Imagens da Organização G. Morgan reúne a visão de vários teóricos como Platão, Freud,
Taylor , Jung, entre outros, enquadrando-a no contexto da organização;
* Concordamos que a aceitação e conhecimento de si próprio são o caminho para a mudança e o
desenvolvimento, quer dentro da organização, quer fora dela;
* A teoria defendida por Freud e Taylor no que diz respeito aos recalcamentos sexuais e seus impactos
na organização parece-nos exagerada;
* O paralelismo entre a organização e a prisão psíquica é bem conseguido, na medida em que ideias
preconcebidas, hábitos e comodismo condicionam o trabalho nas organizações;
* Gareth Morgan fez uma análise lata da organização, incluindo visões das várias áreas como a
Economia, a Psicanálise, a Psicologia, a Sociologia e a Filosofia.