1. O autor britânico Matt
Ridley em seu livro “O
Otimista Racional” de-
safia a raça humana a
acolher a mudança, a
ser racionalmente oti-
mista e por meio do
otimismo lutar pela me-
lhoria da humanidade.
Mas como ser uma pes-
soa otimista no Brasil
de hoje, diante do des-
calabro econômico que
estamos vivenciando?
Suponho que Ridley me
diria que não há razão
pela qual não possa-
mos resolver os proble-
mas que estamos en-
frentando, e que seria
perfeitamente possível
resolvê-los. Será? Cla-
ro que sim. Saiba que
no Brasil, em geral, as
pessoas têm poucos
conhecimentos de eco-
nomia e eu quero aju-
da-los a atingir os seus
objetivos de patrimô-
nio.
O momento econômico
brasileiro.
Nós brasileiros, vive-
mos de maneira artifici-
al durante muitos anos.
Falo de um artificialis-
mo econômico que vi-
gorou a partir do segun-
do mandato do ex-
presidente Lula e em
todo o período da Presi-
dente Dilma.
De um lado um aumen-
to espantoso no gasto
social sem melhoria da
educação e saúde, por
exemplo. De outro lado,
a implementação de
uma agenda econômi-
ca chamada de Nova
Matriz Econômica ca-
racterizada por uma
política errada de deso-
nerações, controle do
câmbio, controle de
preços e tantos outros
mecanismos falhos que
aumentaram a despesa
do Governo e diminuí-
ram a Receita em
2015. Resultado? Infla-
ção alta, desemprego,
queda na atividade
econômica (estimativa
do PIB de 2015:
- 1,8%).
E então leitor? De on-
de o Governo tirará di-
nheiro para cobrir este
rombo crescente? Pois
é. Não estamos vendo
um movimento claro
em direção a solução,
mesmo porque o mo-
mento político não con-
tribui para a busca da
solução para a crise
econômica.
A situação econômica
vai piorar
Infelizmente, não há,
por enquanto, nenhu-
ma garantia de recupe-
ração rápida da ativida-
de econômica.
Já é consenso de que
chegaremos a 2018
com um PIB equivalen-
te ao de 2013 e tama-
nha incompetência eco-
nômica nos levará ao
mais preocupante dos
desfechos. Mais infla-
ção e mais desemprego
penalizando especial-
mente os mais pobres.
Mas sejamos otimistas
racionais, como Ridley
propõe. Neste Relatório
escrevo sobre alternati-
vas para conviver com
a crise e prosperar.
(leia meu Relatório an-
terior sobre Investimen-
tos)
A SIT UA Ç Ã O E CO N ÔMI CA VA I
PIORAR. PESSIMISTA EU?
AGOSTO DE 2015
DIETER WEISSENSTEIN
Economista, gestor, consul-
tor e palestrante, ex-
professor de graduação e
pós-graduação, nestas pági-
nas traduzo minha vivência
na gestão, contemplando
informações para pessoas
comuns, saindo do meio dos
jargões técnicos das áreas.
Com mais de vinte anos de
experiência na gestão de
empresas e consultoria,
sonho em ver o Brasil um
país menos confuso e volta-
do para a inovação, na cer-
teza de que ela é tão essen-
cial quanto o oxigênio.
NESTE INFORMATIVO:
As lições que devemos
tirar da crise econômica
2
Inflação. Este dragão que
corrói o poder de compra
2
Como prosperar resolven-
do a crise do bolso vazio?
3
O que faço para preservar
meu emprego em meio a
esta crise?
3
Empresário do varejo e de
serviços. Aproveite a crise
(no bom sentido)
4
Como fica o nosso futuro? 4
INFORMATIVO ESPECIAL:
A CRISE
ECONÔMICA: O
QUE FAZER?
POR DIETER WEISSENSTEIN
2. A inflação acelerou e está
pressionando cada vez mais
o orçamento das famílias.
Muitos não estão prepara-
dos, pois não tem reservas
para suportar as dificulda-
des. Além do aumento do
custo de vida, muitas famí-
lias estão endividadas além
do limite suportável.
Imagine que uma família
tenha renda de R$ 3.000,00
com dívidas de 30%. Ou
seja, R$ 2.100,00 a família
utiliza para pagar as contas
do dia-a-dia. Mas com uma
inflação de 9%, estes R$
2.100,00 depois de 12 me-
ses valem R$ 1.911,00. Seu
dinheiro após 1 ano vale R$
189,00 a menos.
Isso reflete em menos gente
comprando, menos gente
indo a restaurantes, menos
gente comprando carros...
Mas o que você pode fazer?
Que medidas tomar para se
proteger do dragão da infla-
ção?
Controle de gastos
Neste momento de inflação
alta, é necessário controlar
ainda mais os gastos evitan-
do aqueles que não trazem
prazer duradouro como por
exemplo aquela sobremesa
diária depois do almoço.
Controlar o banho demora-
do, diminuir luzes acesas,
afinal a energia elétrica su-
biu demais. Reveja seus
gastos com celular, TV por
assinatura, diminua na com-
pra de roupas, diminua a ida
a Shoppings, reveja as des-
pesas com seu carro.
Rever o conceito sobre mar-
cas
Todos sabem que grande
parte do valor de um produto
está relacionado à marca.
Assim, uma medida para
pagar menos é rever as
compras pelas marcas, pois
muitos produtos tem de dife-
rente apenas a propaganda
aplicada a eles. Assim, vale
a pena reavaliar a mudança
para marcas mais baratas.
Estocar produtos
Prática comum em épocas
de inflação alta, vale a pena
aproveitar promoções e esto-
car produtos em oferta. Este
comportamento é percebido
com o aumento das vendas
dos atacados. Reveja seus
estoques e compre no ataca-
do. Convide a família e fa-
çam compras juntos.
Orçamento doméstico
Controle no papel ou no
smartphone todos os seus
gastos. Existem vários APPs
que podem te ajudar no
controle. Estas medidas
dependem da colaboração
de toda a família. Por isso
reúna-se com todos.
Página 2
DICA PARA
ENDIVIDADOS
As taxas de juros
estão cada vez
mais elevadas, a
inflação e o
desemprego
agravam a
situação. Os altos
juros e multas
cobrados dos
endividados são
facilmente capazes
de transformar
pequenas dívidas
em bolas de neve.
O crédito
consignado é
uma ótima opção
para quem quer
pagar suas dívidas
com taxas de juros
menores.
DIETER WEISSENSTEIN
A S L I Ç Õ E S Q U E D E V E M O S T I R A R D A C R I S E
E C O N Ô M I C A
Em palestra recente, o
economista Eduardo Gia-
netti da Fonseca, um dos
maiores do Brasil, afirmou
que acredita que deve-
mos tirar lições da crise.
Segundo ele, o Brasil já
viveu períodos piores.
Quem viveu o governo
Collor sabe disso.
Gianetti da Fonseca res-
saltou ainda que “é nos
momentos de adversida-
de que a gente vê quem é
competente e quem está
preparado para enfrentar
a crise”.
Inflação elevada, déficit
externo e recessão foram
a combinação gestada
especialmente de 2011
para cá.
Parafraseando Matt Ri-
dley, o autor que mencio-
nei no início do Relatório
e trazendo suas afirma-
ções para o caso brasilei-
ro, embora neste momen-
to o otimismo não esteja
na moda, também não
podemos ficar com um
pessimismo apocalíptico.
Precisamos de progresso
econômico, inovação e
mudança e estes são os
únicos meios de levar os
benefícios de um padrão
de vida em ascensão para
muito mais brasileiros.
Portanto, precisamos per-
severar, ter força de von-
tade e não esperar do
governo as soluções para
nossas vidas.
I N F L A Ç Ã O : E S T E D R A G Ã O Q U E C O R R Ó I O
P O D E R D E C O M P R A .
3. C O M O P R O S P E R A R
R E S O LV E N D O A C R I S E D O
B O L S O VA Z I O ?
os outros, antes de planejar
uma viagem, antes de pen-
sar em colocar dinheiro na
poupança ou em alguma
aplicação, é preferível pagar
a dívida. Dificilmente um
investimento vai render mais
do que o valor do crescimen-
to de sua dívida. De nada
adianta ter dinheiro renden-
do 7% ao ano na poupança
ou 15% em um aplicação se
você tem uma dívida com
custo de mais de 300% ao
ano no cartão de crédito.
Depois de ter liquidado sua
dívida, você poderá aplicar
bem o seu dinheiro e multi-
plicá-lo.
Pare de ser pagador de juros
Não atrase em hipótese
nenhuma o pagamento da
fatura do cartão de crédito.
Juros, multas e IOF altíssi-
mos compõe o custo desse
atraso.
Saia do cheque especial. O
saldo negativo está alto?
Faça um empréstimo e liqui-
de esta dívida. O juro será
menor.
Aprenda cada vez mais so-
bre finanças
Estude finanças pessoais.
Na internet tem muita litera-
tura sobre o assunto. Procu-
re fontes confiáveis e apli-
que o que julgar necessário
no seu dia a dia. É provável
que, em algumas situações,
apenas bom senso ajude.
Em outras, é preciso uma
compreensão mais profunda
sobre finanças, o que irá
resultar em melhores toma-
das de decisão.
Portanto, inicie uma trans-
formação desde já. Se preci-
sar, entre em contato comi-
go. Certamente poderei te
ajudar.
Seu futuro está em suas
mãos.
Os juros do cartão de crédito
alcançaram 372% ao ano
em junho de 2015. A taxa
média de juros do cheque
especial atingiu 241,3% ao
ano. (Fonte: Banco Central)
Fica fácil entender a razão
de sermos estimulados a
todo momento a assumir
novas dívidas.
Siga os seguintes passos
para quitar dívidas :
Encare a realidade. Ignorar o
assunto “dívida” ou fingir
que a situação financeira
não é prioritária só faz o
problema crescer. Olhe para
o assunto com uma perspec-
tiva positiva: como se fosse
um primeiro passo para,
depois, construir um patri-
mônio.
Disciplina é fundamental
Priorize o pagamento da
dívida, todos os meses, as-
sim que sua renda cair na
sua conta. Antes de comprar
presentes para você ou para
Informativo especial: A CRISE ECONÔMICA: O QUE FAZER? Página 3
O Q U E FA ÇO PA R A P R E S E RVA R ME U
EMPREGO E M M EI O A E S TA CR I SE ?
tudes e comportamentos
farão com que você continue
ou se torne relevante para
sua empresa neste momen-
to de crise, ou seja, você
precisa ser ainda mais com-
petente.
A seguir algumas atitudes da
competência que você deve
adotar ou melhorar:
1. Você precisa se tornar
uma pessoa que “queira
fazer determinada tarefa”
diferente daquela que “tem
que fazer determinada tare-
fa”.
2. Tenha iniciativa. Realizar
atividades antes de ser soli-
citado. Este profissional bem
informado aproveita esta
situação de crise para aten-
der novas demandas.
3. Esteja comprometido.
Isto é um valor moral. Uma
pessoa comprometida é
capaz de cumprir metas.
Você deve estar disposto a
lutar pelo que acredita.
Um dos maiores desafios
encontrados pelos profissio-
nais está relacionado ao
nível de motivação de cada
um deles.
É claro que você não é uma
pessoa absolutamente indis-
pensável, mas algumas ati-
A crise econômica
e a crise política
são fatos.
Mas crise é
oportunidade.
Quando há crise,
cresce quem tem
visão.
Quem cria saídas
ao invés de
inventar desculpas.
Quem tira de onde
não tem e coloca
onde não cabe.
Quem identifica
as lacunas e as
preenche.
4. Dieter Weissenstein
Tel: 61-8315-9884
Tel: 77-9115-9884
Email: dieterw@uol.com.br
Brasília—DF
www.blogdodieter.blogspot.com
4. Diante de tantas adversi-
dades que estão aí e as que
ainda virão, você precisa
objetivar a redução de ris-
cos agindo com coragem e
responsabilidade. Seja ou-
sado.
5. É preciso persistir, supe-
rando o desânimo, pelo
objetivo de realizar, de fazer
acontecer.
6. Esteja voltado para o
estabelecimento de metas.
Não confunda meta com
desejo. Desejo é algo subje-
tivo. A meta é carregada de
objetividade. A meta deve
ser redigida e diante dela
mantenha o foco.
7. Agora, se você está insa-
tisfeito na empresa que
trabalha e quer mudar,
então você precisa de rela-
cionamento. Saiba que a
maioria dos cargos que são
preenchidos nas empresas
acontecem com base no QI
(quem indica), portanto,
networking é a palavra de
ordem. Neste mundo sem
fronteiras, o que faz a dife-
rença são pessoas e relaci-
onamentos.
8. É necessário expressar
confiança na própria capa-
cidade de completar tare-
fas, especialmente as difí-
ceis. Pratique a habilidade
de se superar. A isso cha-
mamos de resiliência.
9. Construa uma marca
pessoal, sendo visível
(cartão de visitas), tendo
conteúdo ( formação acadê-
mica), com diferenciação,
tornando-se único, exclusivo
e presente no coração das
pessoas.
CLIQUE AQUI e faça o
exercício para saber em
qual posição de competên-
cia você está.
Página 4 DIETER WEISSENSTEIN
Precisa de Consulto-
ria em Gestão, de
uma Palestra ou Rela-
tórios Setoriais, conte
comigo. Entre em
contato.
Essa história de crise
e corrupção não é
motivo para ficar sen-
tado e esperar que a
economia melhore.
Você precisa focar,
melhorar, mudar o
que você faz.
Inove, saia da caixa
para sair fortalecido
em meio a recessão.
Sucesso e até o próxi-
mo relatório!
EM P R E S Á R I O D O VA R E J O E D E S E RV I Ç O S .
AP R O V E I T E A C R I S E (N O B O M S E N T I D O )
Encontre-me também:
Os bons tempos do varejo
ficaram para trás. Se tiver
ocorrido algum crescimento
no segmento, certamente
foi abaixo da inflação.
O quadro é preocupante e
não estou exagerando se
em dezembro de 2015
houver queda de 10% nas
vendas em relação ao ano
anterior. Segundo o IBGE, os
segmentos mais afetados
foram os de móveis e eletro-
domésticos e o de roupas.
Pois bem. Como consultor,
me perguntam. O que fa-
zer?
Várias medidas podem ser
tomadas, que no geral es-
tão ligadas à criatividade e
liderança, medindo tudo e
sentindo tudo.
Mas antes analisemos o
comportamento do consu-
midor atualmente. A austeri-
dade nas compras é a pala-
vra que está na boca das
famílias. Vou mais além. A
indulgência também está
na moda. Como assim? É
4. Invista nos canais virtu-
ais.
5. Revise o seu conjunto de
fornecedores. Troque se
necessário.
6. Invista em gente. Seu
pessoal precisa aumentar a
taxa de conversão. Utilize a
tecnologia para isso.
7. A tecnologia também
agrega diferenciais impor-
tantes. E a informação deve
ajudar a produzir comunica-
ção relevante e relaciona-
mento personalizado.
Quando você começará a
chamar os melhores clien-
tes pelo nome?
É claro que não é simples,
mas é necessária a reflexão.
Esqueça a melhora do mer-
cado e melhore a sua em-
presa. Pense em gente e
dinheiro (caixa).
Se quiser ajuda para imple-
mentar medidas, conte co-
migo.
que as famílias, em troca da
economia que estão fazen-
do por causa da crise, agem
assim: “posso economizar
em tudo menos...nos cos-
méticos, perfumes, pelo
menos uma vez no restau-
rante, o celular tem que ser
o melhor”. Entenderam?
Economizam em produtos
básicos para manter alguns
luxos. Este comportamento
está em todas as classes.
Dicas para avaliar caso a
caso:
1. Evite ao máximo o au-
mento de preços. Seu preço
médio de vendas não deve
aumentar.
2. Diminua seu estoque
especialmente reduzindo a
variedade. Produtos margi-
nais consomem dinheiro e
não tem grande giro.
3. Reduza o tamanho da
loja. Mas cuidado. Estude
bem o mercado. Talvez seja
exatamente a hora de ex-
pandir e conquistar fatias
deste mercado.
CO M O F I C A N O S S O FU T U R O ?
O Brasil que nós conhece-
mos morreu. O País que
não parava de crescer su-
cumbiu à incompetência.
Ressalte-se que o cresci-
mento econômico ocorreu
pelo esforço de sua gente.
Hoje temos 9% de inflação.
Altíssima para os padrões
atuais. Desse jeito a econo-
mia não resiste.
Mas creio que tudo isso é
cíclico. O brasileiro é empre-
endedor e creio no empre-
endimento .
Se pararmos para discutir a
crise, a gente desiste.
Não podemos gerir variá-
veis macroeconômicas,
mas pessoas são geridas.
Existem inúmeras oportuni-
dades de crescimento no
país .
A hora é de coragem.