SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
A CRÔNICAA crônica é o gênero mais confessional do mundo,
pois o cronista tira os seus temas do próprio cotidiano
e fala de tudo, de política a sentimentos pessoais,
aberta ou disfarçadamente, deixando ao leitor o
prazer do desvendar. Talvez por isso seja um texto
dos mais agradáveis de ler e uma forma
extremamente eficaz de seduzir o aluno para a
leitura.
A crônica nem sempre apresenta uma narrativa.
Como neste caso, ela pode comentar, analisar,
descrever, sugerir, exemplificar, de maneira leve e
curta, o cotidiano.
 Conhecer as crônicas
e suas características
é importante porque
se trata de um tipo de
texto que circula
todos os dias em
revistas e jornais.
 Ao lado, você
vê a capa de um livro
com várias crônicas:
Vamos ver algumas
características de uma crônica?
1) A subjetividade do narrador é
expressa numa espécie de bate-
papo com o leitor;
2) O tema é proveniente de fato
do dia-a-dia;
3) O fato narrado começa, se
desenvolve e termina num curto
espaço de tempo;
4) O assunto ora é de
conhecimento público, ora de
conhecimento privado.
Crônica Lírica ou Poética
Em uma linguagem poética e metafórica o autor extravasa sua alma lírica diante
de episódios sentimentais, nostálgicos ou de simples beleza da vida urbana,
significativos para ele. Como em Brinquedos Incendiados, de Cecília Meireles.
Crônica de Humor – Crônica Anedota
Apresenta uma visão irônica ou cômica dos fatos em forma de um comentário, ou
de um relato curto. Como em Sessão de Hipnotismo, de Fernando Sabino. É uma
crônica muito próxima do conto. Procura basicamente o riso, com certo registro
irônico dos costumes.
Crônica-Ensaio
Apesar de ser escrita em linguagem literária; ter um espírito humorístico e valer-
se, inclusive, da ficção; este tipo de crônica apresenta uma visão abertamente
crítica da realidade cultural e ideológica de sua época, servindo para mostrar o
que autor quer ou não quer de seu país. Aproxima-se do ensaio, do qual guarda o
aspecto argumentativo. Como exemplo, cito: Reality Show, de Marcelo Coelho.
Crônica Descritiva
Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e
inanimados, num espaço vivo, como numa pintura.
Crônica Narrativa
Tem por base uma história - às vezes, constituída só de diálogos - que pode ser
narrada tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Por essas características, a
crônica narrativa se aproxima do conto; por vezes até confundida com ele. É uma
crônica comprometida com fatos do cotidiano, isto é, fatos banais, comuns. Não
raro, a crônica narrativa explora a caracterização de seres. Quando isso acontece
temos a crônica narrativa-descritiva.
Crônica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" - em
vez de "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais
uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo". Exposto tanto
na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.
Crônica Reflexiva
Reflexões filosóficas sobre vários assuntos. Apresenta uma reflexão de alcance
mais geral a partir de um fato particular.
Crônica Metafísica
Constitui-se de reflexos filosóficos sobre a vida humana.
A CRÔNICA HUMORÍSTICA
 A crônica humorística é uma das
categorias do gênero crônica.
 Assim como outros textos de
humor (piadas, tirinhas, charges),
ao mesmo tempo que diverte, pode
criticar aspectos do cotidiano.
 É necessário reconhecer os
recursos que são responsáveis por
produzir o humor para aperfeiçoar
habilidades de leitura, interpretação
e produção de textos.
 Os temas das crônicas
humorísticas se baseiam em fatos
do cotidiano: características
humanas, sentimentos,
relacionamentos sociais, medos e
angústias, etc.
 A quebra de expectativa é um
recurso de produção de sentido de
humor.
 A ironia consiste em dizer o contrário
do que se pensa. Através dela pode-
se construir humor.
 A seleção de palavras, o duplo
sentido, a pontuação e outros
mecanismos linguísticos produzem
efeitos de humor.
 A percepção do humor às vezes
depende da compreensão do
intertexto (texto com o qual se faz
diálogo) ou do contexto (situação).
 Tendo em vista as características
comuns, é possível produzir uma
crônica humorística com base em
uma piada.
A CRÔNICA POÉTICA
 Precisaremos identificar
uma linguagem poética,
metafórica no texto;
 Compreender os aspectos
do tempo psicológico na
crônica poética;
 Distinguir entre as
descrições subjetivas e
objetivas, reconhecendo
seus efeitos de sentido;
 Compreender os traços de
subjetividade no texto;
 Identificar o tema do
texto.
 Identificar os recursos da
prosa poética na crônica;
 Relacionar as
características gerais da
crônica às especificidades
da crônica poética;
 Compreender o sentido
denotativo e conotativo de
palavras ou expressões;
 Distinguir os recursos
poéticos, comuns em
poemas, usados na crônica
poética;
RESUMINDO
 A crônica é um texto
narrativo em prosa que
aborda questões da vida
ocorridas em nosso
cotidiano;
 A crônica é habitualmente
publicada em jornais;
 O autor da crônica
imprime marcas pessoais
em seu texto.
 A crônica é um gênero que
transita entre o texto o
jornalismo e a literatura;
 A crônica geralmente
apresenta linguagem
simples e informal;
 A escolha da linguagem é
muito importante, pois
dessa forma o autor afasta
e aproxima o leitor da sua
obra;
 Os autores utilizam a
crônica como uma
ferramenta muito eficaz
para criticarem situações do
nosso dia a dia.
 O conto é uma modalidade
do gênero narrativo. O ato de
contar histórias remonta a
épocas antigas na história da
humanidade. Sabemos que
toda história se perfaz de um
encadeamento de fatos que
vão conferindo sentido ao
enredo e envolvendo o
interlocutor mediante os
acontecimentos.
* “A narrativa de ficção é construída, elaborada de modo a
emocionar, impressionar as pessoas como se fosse real.
Quando você lê um romance, novela ou conto, por
exemplo, sabe que aquela história foi inventada por alguém
e está sendo vivida de “mentira” por personagens fictícios.
No entanto, você chora ou ri, torce pelo herói, prende a
respiração no momento de suspense, fica satisfeito quando
tudo acaba bem. A história foi narrada de modo a ser vivida
por você. Suas emoções não deixam de existir só porque
aquilo é ficção, é invenção. No "mundo da ficção" a
realidade interna é mais ampla que a realidade externa,
concreta, que conhecemos. Através da ficção podemos, por
exemplo, nos transportar para um mundo futuro, no qual
certas situações que hoje podem nos parecer absurdas,
são perfeitamente aceitas como verdadeiras.”
 O conto é uma obra de ficção que cria um universo de
seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. O conto
é conciso.
 Como todos os textos narrativos, o conto apresenta um
narrador, personagens, enredo, tempo e espaço.
 A narrativa pode ser feita em 1ª (narrador personagem) ou
em 3ª pessoa (narrador observador ou onisciente).
 O narrador onisciente conhece toda a história, até mesmo
o pensamento dos personagens.
O narrador observador se limita a narrar os fatos à medida
que eles acontecem.
• O enredo é o desenrolar dos acontecimentos. Normalmente,
apresenta as seguintes etapas: situação inicial,
complicação, clímax e desfecho.
•
* Os seres que participam do desenrolar dos
acontecimentos, isto é, aqueles que vivem o enredo, são os
personagens.
* Espaço é o cenário por onde circulam personagens e
onde se desenrola o enredo.
•
* Flashback é um recurso de tempo na narrativa na qual a
ação do presente é interrompida e um momento anterior é
mostrado ao leitor.
•
* O discurso na narrativa pode ser: direto (personagens
falam), indireto (narrador retrata fala dos personagens) e
Cabe aqui ressaltar alguns tipos específicos de contos
como a fábula, o apólogo e a parábola.
Fábula - Protagonizada geralmente por animais, pretende
encerrar em sua estrutura dramática alguma "moral"
implícita ou explícita.
Apólogo - Protagonizado geralmente por objetos que
falam, também como a fábula, pretende conter uma
"moral", implícita ou explícita.
Parábola - Narrativa curta, pretendendo conter alguma
lição ética, moral, implícita ou explícita, diferenciando-se
da fábula e do apólogo, por ser protagonizada por
pessoas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOIFMA
 
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratores
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratoresGêneros , tipologia textual, descritores e distratores
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratoresRenato Rodrigues
 
Características das sequências discursivas
Características das sequências discursivasCaracterísticas das sequências discursivas
Características das sequências discursivasVânia Hipólito
 
Oficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoOficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoClaudiaAdrianaSouzaS
 
Aulas gêneros e tipos textuais
Aulas   gêneros e tipos textuaisAulas   gêneros e tipos textuais
Aulas gêneros e tipos textuaisMairus Prete
 
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIOIFMA
 
Ementa Ensino Médio
Ementa Ensino MédioEmenta Ensino Médio
Ementa Ensino MédioCamilaClivati
 
Escolas literarias aula 01
Escolas literarias aula 01Escolas literarias aula 01
Escolas literarias aula 01murilotome
 
Enem competências para a redação
Enem   competências para a redaçãoEnem   competências para a redação
Enem competências para a redaçãoElaine Maia
 

Mais procurados (20)

PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO ENSINO MÉDIO
 
Lendas
LendasLendas
Lendas
 
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratores
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratoresGêneros , tipologia textual, descritores e distratores
Gêneros , tipologia textual, descritores e distratores
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Características das sequências discursivas
Características das sequências discursivasCaracterísticas das sequências discursivas
Características das sequências discursivas
 
Oficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º anoOficina de descritores português 9º ano
Oficina de descritores português 9º ano
 
Gêneros Literários
Gêneros Literários Gêneros Literários
Gêneros Literários
 
Aulas gêneros e tipos textuais
Aulas   gêneros e tipos textuaisAulas   gêneros e tipos textuais
Aulas gêneros e tipos textuais
 
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIOPLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
PLANO DIDÁTICO ANUAL LITERATURA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Conto
ContoConto
Conto
 
Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
 
Gênero épico
Gênero épicoGênero épico
Gênero épico
 
Conto social- Estudo dos gêneros textuais
Conto social- Estudo dos gêneros textuaisConto social- Estudo dos gêneros textuais
Conto social- Estudo dos gêneros textuais
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Ementa Ensino Médio
Ementa Ensino MédioEmenta Ensino Médio
Ementa Ensino Médio
 
Romance
RomanceRomance
Romance
 
Escolas literarias aula 01
Escolas literarias aula 01Escolas literarias aula 01
Escolas literarias aula 01
 
Enem competências para a redação
Enem   competências para a redaçãoEnem   competências para a redação
Enem competências para a redação
 
Infográfico
InfográficoInfográfico
Infográfico
 

Semelhante a O que é uma crônica

Olimpíada
OlimpíadaOlimpíada
Olimpíadakm1motta
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicasProfFernandaBraga
 
Noções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficaNoções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficadesignuna
 
Introdução aos estudos literários
Introdução aos estudos literáriosIntrodução aos estudos literários
Introdução aos estudos literáriosElaine Teixeira
 
Oficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesOficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesMariadasMerces
 
O conto (apresentação)
O conto  (apresentação)O conto  (apresentação)
O conto (apresentação)nildacsouto
 
Gênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º AnoGênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º AnoElizângela Matildes
 
Como abordar o texto narrativo
Como abordar o texto narrativoComo abordar o texto narrativo
Como abordar o texto narrativoDiana Vicente
 
3º ano crônica características
3º ano crônica características3º ano crônica características
3º ano crônica característicasUFC
 
Slide conto e crônica 7ºano.pdf
Slide conto e crônica 7ºano.pdfSlide conto e crônica 7ºano.pdf
Slide conto e crônica 7ºano.pdfthaisayumi2
 

Semelhante a O que é uma crônica (20)

Crônica e conto eemh
Crônica e conto eemhCrônica e conto eemh
Crônica e conto eemh
 
Olimpíada
OlimpíadaOlimpíada
Olimpíada
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas
 
A crônica-2022.pdf
A crônica-2022.pdfA crônica-2022.pdf
A crônica-2022.pdf
 
Cronica
CronicaCronica
Cronica
 
Noções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficaNoções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográfica
 
Introdução aos estudos literários
Introdução aos estudos literáriosIntrodução aos estudos literários
Introdução aos estudos literários
 
Crônicas e contos
Crônicas e contosCrônicas e contos
Crônicas e contos
 
Oficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesOficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês Gomes
 
Oficina cronica olp
Oficina  cronica   olpOficina  cronica   olp
Oficina cronica olp
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Crônicas
CrônicasCrônicas
Crônicas
 
O conto (apresentação)
O conto  (apresentação)O conto  (apresentação)
O conto (apresentação)
 
Gênero narrativo.pptx
Gênero narrativo.pptxGênero narrativo.pptx
Gênero narrativo.pptx
 
generos.pptx
generos.pptxgeneros.pptx
generos.pptx
 
Gênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º AnoGênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
 
Gêneros Literários
Gêneros LiteráriosGêneros Literários
Gêneros Literários
 
Como abordar o texto narrativo
Como abordar o texto narrativoComo abordar o texto narrativo
Como abordar o texto narrativo
 
3º ano crônica características
3º ano crônica características3º ano crônica características
3º ano crônica características
 
Slide conto e crônica 7ºano.pdf
Slide conto e crônica 7ºano.pdfSlide conto e crônica 7ºano.pdf
Slide conto e crônica 7ºano.pdf
 

O que é uma crônica

  • 1.
  • 2. A CRÔNICAA crônica é o gênero mais confessional do mundo, pois o cronista tira os seus temas do próprio cotidiano e fala de tudo, de política a sentimentos pessoais, aberta ou disfarçadamente, deixando ao leitor o prazer do desvendar. Talvez por isso seja um texto dos mais agradáveis de ler e uma forma extremamente eficaz de seduzir o aluno para a leitura. A crônica nem sempre apresenta uma narrativa. Como neste caso, ela pode comentar, analisar, descrever, sugerir, exemplificar, de maneira leve e curta, o cotidiano.
  • 3.  Conhecer as crônicas e suas características é importante porque se trata de um tipo de texto que circula todos os dias em revistas e jornais.  Ao lado, você vê a capa de um livro com várias crônicas:
  • 4. Vamos ver algumas características de uma crônica? 1) A subjetividade do narrador é expressa numa espécie de bate- papo com o leitor; 2) O tema é proveniente de fato do dia-a-dia; 3) O fato narrado começa, se desenvolve e termina num curto espaço de tempo; 4) O assunto ora é de conhecimento público, ora de conhecimento privado.
  • 5. Crônica Lírica ou Poética Em uma linguagem poética e metafórica o autor extravasa sua alma lírica diante de episódios sentimentais, nostálgicos ou de simples beleza da vida urbana, significativos para ele. Como em Brinquedos Incendiados, de Cecília Meireles. Crônica de Humor – Crônica Anedota Apresenta uma visão irônica ou cômica dos fatos em forma de um comentário, ou de um relato curto. Como em Sessão de Hipnotismo, de Fernando Sabino. É uma crônica muito próxima do conto. Procura basicamente o riso, com certo registro irônico dos costumes. Crônica-Ensaio Apesar de ser escrita em linguagem literária; ter um espírito humorístico e valer- se, inclusive, da ficção; este tipo de crônica apresenta uma visão abertamente crítica da realidade cultural e ideológica de sua época, servindo para mostrar o que autor quer ou não quer de seu país. Aproxima-se do ensaio, do qual guarda o aspecto argumentativo. Como exemplo, cito: Reality Show, de Marcelo Coelho.
  • 6. Crônica Descritiva Ocorre quando uma crônica explora a caracterização de seres animados e inanimados, num espaço vivo, como numa pintura. Crônica Narrativa Tem por base uma história - às vezes, constituída só de diálogos - que pode ser narrada tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Por essas características, a crônica narrativa se aproxima do conto; por vezes até confundida com ele. É uma crônica comprometida com fatos do cotidiano, isto é, fatos banais, comuns. Não raro, a crônica narrativa explora a caracterização de seres. Quando isso acontece temos a crônica narrativa-descritiva. Crônica Dissertativa Opinião explícita, com argumentos mais "sentimentalistas" do que "racionais" - em vez de "segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil", seria "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo". Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural. Crônica Reflexiva Reflexões filosóficas sobre vários assuntos. Apresenta uma reflexão de alcance mais geral a partir de um fato particular. Crônica Metafísica Constitui-se de reflexos filosóficos sobre a vida humana.
  • 7. A CRÔNICA HUMORÍSTICA  A crônica humorística é uma das categorias do gênero crônica.  Assim como outros textos de humor (piadas, tirinhas, charges), ao mesmo tempo que diverte, pode criticar aspectos do cotidiano.  É necessário reconhecer os recursos que são responsáveis por produzir o humor para aperfeiçoar habilidades de leitura, interpretação e produção de textos.  Os temas das crônicas humorísticas se baseiam em fatos do cotidiano: características humanas, sentimentos, relacionamentos sociais, medos e angústias, etc.  A quebra de expectativa é um recurso de produção de sentido de humor.  A ironia consiste em dizer o contrário do que se pensa. Através dela pode- se construir humor.  A seleção de palavras, o duplo sentido, a pontuação e outros mecanismos linguísticos produzem efeitos de humor.  A percepção do humor às vezes depende da compreensão do intertexto (texto com o qual se faz diálogo) ou do contexto (situação).  Tendo em vista as características comuns, é possível produzir uma crônica humorística com base em uma piada.
  • 8. A CRÔNICA POÉTICA  Precisaremos identificar uma linguagem poética, metafórica no texto;  Compreender os aspectos do tempo psicológico na crônica poética;  Distinguir entre as descrições subjetivas e objetivas, reconhecendo seus efeitos de sentido;  Compreender os traços de subjetividade no texto;  Identificar o tema do texto.  Identificar os recursos da prosa poética na crônica;  Relacionar as características gerais da crônica às especificidades da crônica poética;  Compreender o sentido denotativo e conotativo de palavras ou expressões;  Distinguir os recursos poéticos, comuns em poemas, usados na crônica poética;
  • 9. RESUMINDO  A crônica é um texto narrativo em prosa que aborda questões da vida ocorridas em nosso cotidiano;  A crônica é habitualmente publicada em jornais;  O autor da crônica imprime marcas pessoais em seu texto.  A crônica é um gênero que transita entre o texto o jornalismo e a literatura;  A crônica geralmente apresenta linguagem simples e informal;  A escolha da linguagem é muito importante, pois dessa forma o autor afasta e aproxima o leitor da sua obra;  Os autores utilizam a crônica como uma ferramenta muito eficaz para criticarem situações do nosso dia a dia.
  • 10.
  • 11.  O conto é uma modalidade do gênero narrativo. O ato de contar histórias remonta a épocas antigas na história da humanidade. Sabemos que toda história se perfaz de um encadeamento de fatos que vão conferindo sentido ao enredo e envolvendo o interlocutor mediante os acontecimentos.
  • 12. * “A narrativa de ficção é construída, elaborada de modo a emocionar, impressionar as pessoas como se fosse real. Quando você lê um romance, novela ou conto, por exemplo, sabe que aquela história foi inventada por alguém e está sendo vivida de “mentira” por personagens fictícios. No entanto, você chora ou ri, torce pelo herói, prende a respiração no momento de suspense, fica satisfeito quando tudo acaba bem. A história foi narrada de modo a ser vivida por você. Suas emoções não deixam de existir só porque aquilo é ficção, é invenção. No "mundo da ficção" a realidade interna é mais ampla que a realidade externa, concreta, que conhecemos. Através da ficção podemos, por exemplo, nos transportar para um mundo futuro, no qual certas situações que hoje podem nos parecer absurdas, são perfeitamente aceitas como verdadeiras.”
  • 13.  O conto é uma obra de ficção que cria um universo de seres e acontecimentos, de fantasia ou imaginação. O conto é conciso.  Como todos os textos narrativos, o conto apresenta um narrador, personagens, enredo, tempo e espaço.  A narrativa pode ser feita em 1ª (narrador personagem) ou em 3ª pessoa (narrador observador ou onisciente).  O narrador onisciente conhece toda a história, até mesmo o pensamento dos personagens. O narrador observador se limita a narrar os fatos à medida que eles acontecem.
  • 14. • O enredo é o desenrolar dos acontecimentos. Normalmente, apresenta as seguintes etapas: situação inicial, complicação, clímax e desfecho. • * Os seres que participam do desenrolar dos acontecimentos, isto é, aqueles que vivem o enredo, são os personagens. * Espaço é o cenário por onde circulam personagens e onde se desenrola o enredo. • * Flashback é um recurso de tempo na narrativa na qual a ação do presente é interrompida e um momento anterior é mostrado ao leitor. • * O discurso na narrativa pode ser: direto (personagens falam), indireto (narrador retrata fala dos personagens) e
  • 15. Cabe aqui ressaltar alguns tipos específicos de contos como a fábula, o apólogo e a parábola. Fábula - Protagonizada geralmente por animais, pretende encerrar em sua estrutura dramática alguma "moral" implícita ou explícita. Apólogo - Protagonizado geralmente por objetos que falam, também como a fábula, pretende conter uma "moral", implícita ou explícita. Parábola - Narrativa curta, pretendendo conter alguma lição ética, moral, implícita ou explícita, diferenciando-se da fábula e do apólogo, por ser protagonizada por pessoas.