Este documento descreve a arte portuguesa até aos anos 1960, começando com o surgimento do modernismo no início do século XX liderado por artistas como Souza-Cardoso, Santa-Rita e Almada Negreiros. Após a implantação do Estado Novo em 1926, a arte passou a ser controlada e censurada, surgindo uma arte oficial nacionalista. Nos anos seguintes, movimentos como o expressionismo, neorrealismo e surrealismo desenvolveram-se na oposição à ditadura, liderados por artistas como Sara Afonso,
1. A arte portuguesa
até aos anos 60
Apresentação concebida para o
Curso Profissional de Turismo
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2. As artes foram prejudicadas pela situação político-
económica de Portugal na segunda metade do século XIX:
ditadura de João Franco,
a contestação republicana,
o Regicídio,
a implantação da República,
a participação na Primeira Guerra Mundial,
a instauração do Estado Novo (1926);
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3. A contestação a esta situação partiu de um grupo de
jovens artistas que organizaram:
I Salão dos Humoristas (1912);
I Exposição dos Humoristas e Modernistas (1915), onde foi
utilizada pela 1ª vez a palavra Modernismo;
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4. Publicação da revista Orpheu (1915), fundada por Mário de
Sá-Carneiro (1890-1916) e Fernando Pessoa (1888-1935)
ao quais se juntaram Almada Negreiros (1893-1970) e
Santa-Rita (1889-1918);
Foram os principais responsáveis pela introdução do
Modernismo em Portugal;
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5. Primeiro número da Orpheu, 1915,
Frontispício
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6. Outros contributos:
Exposição Livre (1911);
A criação do Museu Nacional de Arte Contemporânea de
Lisboa (1911);
A presença dos Delaunay em Portugal (a partir de 1915) e
a sua influência sobre os nossos artistas;
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7. A partir de 1933 o governo criou o Secretariado de
Propaganda Nacional, mais tarde Secretariado Nacional de
Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI) e o Estado
passou a controlar toda a produção intelectual (censura);
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8. Surge a arte oficial do Estado sob o slogan “Deus, Pátria e
Família”;
Todas as outras correntes artísticas são censuradas;
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9. O Modernismo nasce em Portugal em 1915 (artes plásticas) e
1925/30 para a arquitetura;
Terá de conviver com a arte de propaganda do regime;
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12. Em Portugal o Naturalismo persiste, as primeiras
expressões modernistas manifestaram-se com António
Carneiro (1872-1930) e depois com a Primeira Geração
Modernista;
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14. Foi um pintor influenciado pelo simbolismo e
expressionismo;
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15. Primeira Geração Modernista:
Eduardo Viana (1881-1967);
Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918);
Guilherme Santa-Rita, Pintor (1889-1918);
Almada Negreiros (1893-1970);
José Pacheko (1885-1934);
Cristiano Cruz (1892-1951);
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16. Agitaram o meio artístico português e contribuíram para a
renovação da pintura;
Acentuam-se as tendências para simplificar a linha, libertar
a composição da narrativa, desvalorizar a perspetiva;
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17. Eduardo Viana, inicialmente foi um pintor naturalista de
cenas de costumes, mas enveredou pelo protocubismo
cezanniano em termos de forma;
Conheceu os Delaunay e inspirou-se no orfismo;
Em quadros como “O Homem das louças” e o nu parece
juntar os volumes cubistas com as cores fauve e a
influência do orfismo;
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18. Viana, O Homem das
louças, 1919
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20. Amadeo de Souza-Cardoso caracterizou-se pela
experimentação de várias correntes do Naturalismo ao
Expressionismo e ao Cubo-Futurismo;
É uma pintura que é uma reflexão plástica entre o Cubismo
e o Abstracionismo;
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22. Souza-Cardoso, Cozinha de Manhufe, 1913
Viveu no estrangeiro, conheceu Modigliani. Picasso, Braque
e o casal Delaunay;
Participou em exposições em Paris, Berlim e Nova Iorque;
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23. Souza-Cardoso, Coty
Uma pintura caracterizada por:
Geometrização das formas;
Planos multifacetados de cores
intensas;
Distorção da perspectiva;
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24. Souza-Cardoso, Máscara de Olho
Verde, Quadro G
Temáticas:
Máscaras;
Naturezas-mortas;
Paisagens;
A mistura do Cubismo, Futurismo,
Expressionismo, Abstraccionismo
torna difícil a classificação das suas
obras;
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25. Souza-Cardosos, A Ascensão do
Quadrado Verde, 1917, inacabada
Foi também um inovador pelo uso dos materiais (pasta de
óleo, areias), pelo recurso à colagem (fósforos, ganchos de
cabelo, estilhaços de espelhos , pela simulação cubista da
introdução de letras na pintura;.
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26. Sem raízes, sem corrente única, ele mesmo se
considerava de tudo um pouco, impressionista, cubista,
futurista e abstracionista. Era essencialmente autêntico e
apaixonado pelo movimento, pela velocidade, pela febre
da vida moderna, como se constata pelo seu percurso
artístico.
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27. Guilherme de Santa-Rita (Santa-Rita Pintor) já em 1912 se
dizia pintor futurista considerado um tipo fantástico e
insuportavelmente vaidoso, reflexo da sua complexa
personalidade;
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28. Santa-Rita Pintor, A cabeça
É difícil analisar a sua obra pois,
antes de morrer, mandou-a destruir,
havendo poucas excepções, como
a Cabeça;
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29. Foi um agitador de ideias, um inovador no campo estético
e o organizador da revista Portugal Futurista, em 1917;
Declarava: “futurista declarado há só um, que sou eu
Santa-Rita”;
Procurou a originalidade e uma linguagem pictórica que
exprimisse a simultaneidade dos estados de alma;
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30. Fotografia de Santa-Rita Pintor e a revista Portugal
Futurista
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31. Almada Negreiros, mais novo que os anteriores, exerceu
importante papel na cena pública do nosso primeiro
modernismo, possuiu uma personalidade excêntrica,
original;
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32. Foi pintor, poeta, cenógrafo, bailarino, caricaturista,
dinamizador das revistas Orpheu e Portugal Futurista;
A sua pintura balança entre a Arte Nova e a Abstração a
Modernidade Futurista e as raízes portuguesas;
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34. Teve uma ação preponderante no movimento futurista em
Portugal;
Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX;
Em 1925, com outros pintores (Eduardo Viana, José
Pacheko (1885-1934), Stuart Carvalhais (1887-1961)
participa na decoração de espaços modernos: Café A
Brasileira, Bristol Club;
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36. Nos anos 30 esteve em Madrid;
A partir de 1935, em Portugal, é cada vez mais
conservador e nacionalista;
Participa em várias obras como os vitrais da Igreja de
Nossa Senhora de Fátima, os frescos das gares marítimas
de Alcântara, etc.;
Participa na Exposição do Mundo Português;
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38. Este Primeiro Modernismo, corporizado por estes autores,
pelas revistas Presença e Seara Nova, e algumas
exposições com a participação de pintores como:
Carlos Botelho (1899-1982), Dórdio Gomes (!890-1976);
Mário Eloy, José Tagarro (1902-1931);
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40. Estagnou, o Secretariado da Propaganda Nacional impôs
um pensamento conservador e todos os que procuravam
expressar a liberdade eram perseguidos como foi o caso
de Abel Salazar (1889-1946), artista, professor e cientista;
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42. Seguiu-se o Segundo Modernismo, que foi uma arte
suportada e tutelada pelo Estado;
As temáticas eram de carácter nacionalista e sentimental;
Esta situação agudizou-se a partir dos finais dos anos 30;
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43. Muitos artistas emigraram, caso de Vieira da Silva, outros
foram lutando contra a ditadura;
Os movimentos de vanguarda desenvolvem-se com
grandes dificuldades e desconhecidos para a maioria da
população;
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44. Surgiram grupos ligados ao Expressionismo, Neorrealismo,
Surrealismo, Abstracionismo, etc.;
Foram oposição à ditadura, e procuraram desenvolver a
vida cultural portuguesa;
Vanguardistas nem sempre foram compreendidos pelo
público;
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45. O Expressionismo português caracterizou-se pela sátira
contra a burguesia;
Apresenta esquematismo de figuras, contrastes de cor;
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46. Principais autores do Expressionismo:
Sara Afonso (1899-1983);
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48. Mário Eloy (1900-1951), viveu no estrangeiro, Paris e
Berlim, expôs ao lado de Picasso, Braque, Chagal, etc.;
A sua pintura realça a luz, a expressividade das cores,
utiliza os tons frios (azul, verde);
Foi a figura mais importante do expressionismo, nos
últimos anos aproximou-se do Surrealismo;
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49. Mário Eloy, Autorretrato, 1932
Autorretrato, 1939
O poeta e os Anjos, 1948
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50. Dominguez Alvarez (1906-1942) considerava a arte como
transformadora das sociedades;
Expressividade das formas, quase sem volumes, cores
baças;
Muitas vezes usou figuras alongadas, à El Greco;
Perspetivas estranhas, simplificação das figuras,
importância da luz;
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52. O Neorrealismo, surgiu nos finais dos anos 30, o seu
precursor foi Abel Salazar;
Defendia a denúncia social;
“A arte deve exprimir a realidade viva e humana de uma
época”, Álvaro Cunhal (1913-2005);
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54. Inspirados na pintura mexicana e brasileira o neorrealismo
foi-se organizando em Portugal;
Foram criadas as Exposições Gerais de Artes Plásticas, na
tentativa de reunir todas as tendências que aproximassem
a arte do povo;
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55. Representavam o mundo do trabalho num sentido
completamente oposto à arte oficial portuguesa;
Era uma arte politizada, didática;
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56. Principais autores:
Júlio Pomar (1926);
Marcelino Vespeira (1925-2002);
Moniz Pereira (1920-1988);
Fernando Azevedo (1923-2002);
Júlio Resende (1917), experimentou o neorrealismo mas
sempre se considerou expressionista;
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59. Em 1940 organizou-se o Surrealismo que atraiu muitos
artistas;
Enquanto o regime organizava a Exposição do Mundo
Português, em 1940, era organizada a 1ª Manifestação
Surrealista;
Em 1947 era criado o Grupo Surrealista de Lisboa com a
participação de alguns neorrealistas como Vespeira;
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60. Principais autores:
António Pedro (1909-1966), introdutor do Surrealismo em
Portugal;
Esteve em Paris e Londres;
Representação figurativa, pretendia revelar os espaços
ambíguos do sonho, os fantasmas do subconsciente, e
descrever por metáforas o horror da guerra;
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62. António Dacosta (1914-1990), começou no
Expressionismo, foi o criador de temáticas ligadas à
metafísica, o questionar do ser, solidão, Guerra Civil
Espanhola,
Abandonou a pintura recomeçando nos anos 80;
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64. Mário Cesariny (1923), poeta e pintor, é artista original;
Utiliza várias técnicas de pintura como as frottages,
colagens, etc.;
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66. Outros artistas que se aproximaram do Surrealismo, sem
realmente terem pertencido ao movimento:
Calvet 1928);
Jorge Oliveira (1924-2012);
Nadir Afonso (1920-2013);
Jorge Vieira (1922-1998);
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68. As origens do Abstracionismo português encontram-se em
Amadeo de Souza Cardoso, Santa-Rita, Almada e
sobretudo em Helena Vieira da Silva (1908-1992) que
emigrou e adquiriu a nacionalidade francesa;
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69. O seu abstracionismo tem profundidade, foi a síntese de
sensibilidades e estilos artísticos diversos: do pós-
impressionismo ao cubismo;
Foi uma pintora de metáforas;
Afirmava: “pinto lugares, mas vistos de muito longe”;
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70. Vieira da Silva, O atelier,
Jardins suspensos, Paris à noite
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71. Fernando Lanhas (1927-2012) apresenta um percurso
ligado ao abstracionismo geométrico;
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73. A partir dos anos 50 deve-se salientar a ação da Fundação
Calouste Gulbenkian (política cultural, bolsas de estudo);
A Sociedade de Belas-Artes que criou os salões de Arte
Moderna (1958-63);
O que vai levar a um salto qualitativo da arte portuguesa
nos anos 60;
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75. A aproximação às correntes modernistas faz-se a partir
dos finais dos anos 50 com o Surrealismo, Neorrealismo e
o Abstracionismo;
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82. Leopoldo de Almeida (1898-1975), a sua obra mais
marcante, histórica e nacionalista foi o “Padrão dos
Descobrimentos”;
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90. A arquitetura portuguesa, entre 1905-60, viveu várias
tendências;
Uma delas foi a da formulação da casa portuguesa,
recuperando valores tradicionais e rurais;
Esta ideia foi defendida por Raul Lino (1879-1974);
Lino não criou propriamente uma estética mas uma
filosofia da casa portuguesa;
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92. Outra das tendências foi a que seguiu os esquemas
académicos da arquitetura e da decoração do século XIX;
São exemplo a construção de prédios de arrendamento
para a classe média no Porto e Lisboa;
Muitas vezes construías por engenheiros sem grandes
preocupações estéticas;
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93. Esta arquitetura também edificou bairros sociais e
operários;
São de referir as “ilhas” do Porto e os “pátios” de Lisboa;
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94. Ilha do Porto, na rua de S. Vítor
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95. Foi nas escolas, bancos, hospitais, teatros, hotéis e
fábricas que a arquitetura melhor aplicou os seus ideais,
sempre com mais preocupações técnicas do que estéticas;
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99. Marques da Silva, Serralves, Liceu
Alexandre Herculano
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100. Outra das tendências foi a do Modernismo, a partir de
1925/30;
Procura de originalidade;
Libertação da gramática decorativa clássica e académica;
Aplicação do racionalismo e funcionalismo de Le
Corbusier;
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101. Utilização do betão e novos materiais;
Uso de elementos estandardizados, para embaratecer os
custos;
Um dos arquitetos mais representativos desta tendência é
Cassiano Branco (1898-1970);
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102. Fez inúmeros projetos (alguns não concretizados, como
uma ponte sobre o Tejo ou a urbanização da Costa da
Caparica) Portugal dos Pequeninos, Cinema Éden, Coliseu
do Porto, etc;
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104. Paralelamente existe uma arquitetura “nacional”,
patrocinada pelo regime do Estado Novo e defendida por
António Ferro que organizou várias campanhas e
concursos para a “Aldeia mais portuguesa”;
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105. Esta arquitetura utilizou as técnicas e materiais modernos
e submeteu-se à doutrina do regime salazarista;
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106. Características desta arquitetura:
Imposição de um estilo único, com tipologias próprias e
modelos oficiais;
Realização de projetos de equipamento social, com o
sentido de propaganda: escolas, estradas, pontes,
hospitais, bairros económicos, estações de correio, etc;
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107. Formas monumentais e simétricas, com um vocabulário
neoclássico (colunas na fachada, escadarias monumentais,
etc.;), a ideia era demonstrar a força do regime;
Por vezes aparecem marcas de revivalismos historicistas;
Pouca atenção à organização do espaço interno;
Este dirigismo impedia a inovação e a originalidade;
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108. Principais arquitetos:
Cristino da Silva (1896-1976);
Pardal Monteiro (1897-1957);
Carlos Ramos (1897-1969);
Jorge Segurado (1898-1990)
Rogério de Azevedo (1898-1983);
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109. Cristino da Silva, Praça do Areeiro
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110. Pardal Monteiro, Edifício do Diário de Notícias,
Escadaria da Universidade de Coimbra
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111. Pardal Monteiro, Igreja de Nossa Senhora de
Fátima, Instituto Superior Técnico, Prédio em Lisboa
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114. Rogério de Azevedo, garagem do Comércio do
Porto
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115. Com o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1948, realizou-se o 1º
Congresso Nacional dos Arquitetos;
A partir daí começou uma contestação ao regime;
Keil do Amaral (1910-1975), encabeça esta luta, foi o autor
do Aeroporto de Lisboa, do Pavilhão da Feira Internacional
de Lisboa (FIL), etc.;
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116. Nos anos 50, a arquitetura portuguesa é dominada pela
construção de novos bairros que revelam inovação, como
o Bairro de Alvalade;
No Porto destacam-se Viana de Lima (1913-1991),
Arménio Losa (1908-1988), Cassiano Barbosa (1911) e
Agostinho Ricca (1915);
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117. A partir do anos 60 Keil do Amaral, Teotónio Pereira e
Fernando Távora foram as grandes referências da
arquitectura moderna portuguesa;
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118. Faria da Costa, Bairro de alvalade
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da Cultura e
das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
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