Relato de ação educativa no ensino de artes visuais realizada por Vinicius Nepomuceno com jovens estudantes de Florianópolis a partir de visita no Museu de Arte de Santa Catarina, 2006.
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Apresentação_Projeto_Educativo_masc-ceu_html
1. Projeto de Ação de Artes Visuais – Educação emProjeto de Ação de Artes Visuais – Educação em
Museus.Museus.
Exibição “Entre, a obra está aberta”Exibição “Entre, a obra está aberta”
Amélia ToledoAmélia Toledo
Vinícius Nepomuceno de Oliveira Santos.Vinícius Nepomuceno de Oliveira Santos.
Realizado em parceria com o Museu de Arte de Santa Catarina eRealizado em parceria com o Museu de Arte de Santa Catarina e
com o Centro Educacional Universo-Ingleses.com o Centro Educacional Universo-Ingleses.
Florianópolis, maio de 2006.Florianópolis, maio de 2006.
2. ObjetivosObjetivos
Dar a pDar a perceber à jovens de 12 a 13 anos os modos de olhar da artista, em contatoerceber à jovens de 12 a 13 anos os modos de olhar da artista, em contato
com suas obras.com suas obras.
Experiencia através de exercício do desenho, tendo como temática o olhar poéticoExperiencia através de exercício do desenho, tendo como temática o olhar poético
sobre o mundo e as coisas da natureza.sobre o mundo e as coisas da natureza.
3. Reconhecer nas diferentes técnicas e materiais utilizados pela artista Amélia Toledo, asReconhecer nas diferentes técnicas e materiais utilizados pela artista Amélia Toledo, as
suas relações com a natureza e a experiência sensível.suas relações com a natureza e a experiência sensível.
Estabelecer relações entre, arte e cotidiano através de criação de significados peloEstabelecer relações entre, arte e cotidiano através de criação de significados pelo
Jogo de memória.Jogo de memória.
Compreender o museu como espaço ativo na construção de conhecimentos educativosCompreender o museu como espaço ativo na construção de conhecimentos educativos
e o museu de arte como espaço de acontecimento da obra artística.e o museu de arte como espaço de acontecimento da obra artística.
4. A visita do grupo à exposição ocorreu após o contato com o Setor educativo do MuseuA visita do grupo à exposição ocorreu após o contato com o Setor educativo do Museu
de Arte de Santa Catarina que organizou a visita guiada.de Arte de Santa Catarina que organizou a visita guiada.
Como proposta de continuidade com o grupo de jovens – todos estudantes do 7o AnoComo proposta de continuidade com o grupo de jovens – todos estudantes do 7o Ano
do ensino fundamental – foram estabelecidos dois exercícios de registro no própriodo ensino fundamental – foram estabelecidos dois exercícios de registro no próprio
local; desenho e escrita.local; desenho e escrita.
Este momento ocorreu após a atuação da mediadora do MASC e fez parte da atividadeEste momento ocorreu após a atuação da mediadora do MASC e fez parte da atividade
geral da visita.geral da visita.
Os jovens foram instruídos para manterem seus cartões de registro que seriamOs jovens foram instruídos para manterem seus cartões de registro que seriam
utilizados no encontro subsequente do grupo.utilizados no encontro subsequente do grupo.
ProposiçãoProposição
5. ““O jogo é uma função significante, tem função social, encerra um determinadoO jogo é uma função significante, tem função social, encerra um determinado
sentido. No jogosentido. No jogo existeexiste alguma coisaalguma coisa em jogoem jogo que transcende as necessidadesque transcende as necessidades
imediatas da vida e confere sentido à ação.” Joan Huizinga.imediatas da vida e confere sentido à ação.” Joan Huizinga.
6. ““Aprender a entender as idéias e as aspirações de uma civilização e oAprender a entender as idéias e as aspirações de uma civilização e o
reconhecimento das idéias artísticas (...) requer uma ativa (...) atuação em relação àreconhecimento das idéias artísticas (...) requer uma ativa (...) atuação em relação à
artearte.”.” Robert Ott.Robert Ott.
7. O jogoO jogo
O segundo encontro ocorreu dois dias após a visita ao MASC. Cada jovemO segundo encontro ocorreu dois dias após a visita ao MASC. Cada jovem
mantinha um cartão de fundo colorido, contendo o desenho realizado namantinha um cartão de fundo colorido, contendo o desenho realizado na
observação da série de obras feitas a partir de conchas marinhas por Améliaobservação da série de obras feitas a partir de conchas marinhas por Amélia
Toledo. Estes desenhos foram coloridos após a socialização dos registrosToledo. Estes desenhos foram coloridos após a socialização dos registros
escritos e impressões quanto a exposição.escritos e impressões quanto a exposição.
Foi elaborado um Jogo da Memória no qual as regras foram alteradas ouFoi elaborado um Jogo da Memória no qual as regras foram alteradas ou
subvertidas pelo grupo.subvertidas pelo grupo.
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10. Estes desenhos foram transferidos para um cartão para criarmos o jogo da memória, mas queEstes desenhos foram transferidos para um cartão para criarmos o jogo da memória, mas que
trazia a divertida característica de não haverem dois desenhos iguais uma vez que cada par foitrazia a divertida característica de não haverem dois desenhos iguais uma vez que cada par foi
executado por uma dupla que negociou um dos desenhos que cada componente registrou naexecutado por uma dupla que negociou um dos desenhos que cada componente registrou na
exibição.exibição.
Este trabalho criou uma manhã de brincadeiras onde os jovens decidiam quais novas regrasEste trabalho criou uma manhã de brincadeiras onde os jovens decidiam quais novas regras
conduziriam o jogo. Escapamos assim de uma relação que a instituição escolar impõe em suaconduziriam o jogo. Escapamos assim de uma relação que a instituição escolar impõe em sua
rotina. O espaço da arte se instaurou como uma não-disciplina, dado que a produção ali nãorotina. O espaço da arte se instaurou como uma não-disciplina, dado que a produção ali não
respondia ao uso exaustivo do tempo e a exames, mas antes em termos de uma Coletividade.respondia ao uso exaustivo do tempo e a exames, mas antes em termos de uma Coletividade.
Mas também o espaço de contato do sujeito, com o duplo. É deste modo que se podemMas também o espaço de contato do sujeito, com o duplo. É deste modo que se podem
observar o funcionamento dos dispositivos pedagógicos no que estes constroem a experiênciaobservar o funcionamento dos dispositivos pedagógicos no que estes constroem a experiência
de si, como “um conjunto de operações de relação orientadas à construção de um duplo ede si, como “um conjunto de operações de relação orientadas à construção de um duplo e
como um conjunto de operações de relação orientadas à captura desse eu duplicado. Aprendercomo um conjunto de operações de relação orientadas à captura desse eu duplicado. Aprender
a ver, a dizer-se, ou a julgar-se é aprender a fabricar esse próprio duplo. E a 'sujeitar-se' a ele.”a ver, a dizer-se, ou a julgar-se é aprender a fabricar esse próprio duplo. E a 'sujeitar-se' a ele.”
(LARROSA, 1994, p.80).(LARROSA, 1994, p.80).
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15. A experiência subjetiva deixa de ser vista como estado privilegiado de descriçãoA experiência subjetiva deixa de ser vista como estado privilegiado de descrição
pessoal da realidade, mas antes da ação pessoal na realidade partilhada pelospessoal da realidade, mas antes da ação pessoal na realidade partilhada pelos
sujeitos.sujeitos.
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22. O corpo, que é a primeira instância de ação e articulação política, fala de seus desejos eO corpo, que é a primeira instância de ação e articulação política, fala de seus desejos e
frustrações assim como de suas habilidades e das simbolizações marcadas na pele efrustrações assim como de suas habilidades e das simbolizações marcadas na pele e
naoralidade. A estes estados subjetivos que deve o educador manter olhar atento, para que onaoralidade. A estes estados subjetivos que deve o educador manter olhar atento, para que o
processo educativo se torne um espaço de construção de mediações entre estados deprocesso educativo se torne um espaço de construção de mediações entre estados de
subjetivação e de conhecimento. Só assim seus objetivos podem se cumprir.subjetivação e de conhecimento. Só assim seus objetivos podem se cumprir.
As linguagens da arte, nesta perspectiva, atuam como ação em devir já que aoAs linguagens da arte, nesta perspectiva, atuam como ação em devir já que ao
professor-educador-artistaprofessor-educador-artista ficam evidentes as limitações do planejamento prévio. Que isto nãoficam evidentes as limitações do planejamento prévio. Que isto não
seja motivo para a falta de objetivos definidos, deve-se assinalar. Mas a importância em se abrirseja motivo para a falta de objetivos definidos, deve-se assinalar. Mas a importância em se abrir
aos diálogos com os demais interessados, bem como com os demais agentes institucionais e deaos diálogos com os demais interessados, bem como com os demais agentes institucionais e de
ouvir suas percepções é de suma importância, para deste modo, atuar como o mediação rumoouvir suas percepções é de suma importância, para deste modo, atuar como o mediação rumo
às paisagens oferecidas a cada instante. É ai que Arte e Educação complementam-se noàs paisagens oferecidas a cada instante. É ai que Arte e Educação complementam-se no
processo de criação artística que passa necessariamente por percepções e afetividades daprocesso de criação artística que passa necessariamente por percepções e afetividades da
experiência individual com a realidade e seus condicionantes sociais e históricos.experiência individual com a realidade e seus condicionantes sociais e históricos.
23. BibliografiaBibliografia
MARTINS, Mirian Celeste (org).MARTINS, Mirian Celeste (org). Mediações: provocações estéticas.Mediações: provocações estéticas. SãoSão
Paulo: Unesp - Instituto de Artes. Pós Graduação. Núcleo de PesquisaPaulo: Unesp - Instituto de Artes. Pós Graduação. Núcleo de Pesquisa
Mediação Arte Cultura Público, CNPq Unesp, 2005.Mediação Arte Cultura Público, CNPq Unesp, 2005.
HUIZINGA, Johan. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 2007.HUIZINGA, Johan. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 2007.
LARROSA, Jorge. Tecnologias do eu e educação. In SILVA, Tomaz Tadeu daLARROSA, Jorge. Tecnologias do eu e educação. In SILVA, Tomaz Tadeu da
(Org.) O sujeito da educação. Petrópolis (RJ): Vozes, 1994.(Org.) O sujeito da educação. Petrópolis (RJ): Vozes, 1994.
OTT, Robert Willian.OTT, Robert Willian. ““Ensinando crítica nos museus”Ensinando crítica nos museus”. In;BARBOSA, Ana Mãe. In;BARBOSA, Ana Mãe
(org).(org). Arte educação: leitura no subsolo.Arte educação: leitura no subsolo. São Paulo: Cortez, 2001.São Paulo: Cortez, 2001.
TOLEDO, Amélia. “TOLEDO, Amélia. “Entre a obra está aberta” - Catálogo da exposiçãoEntre a obra está aberta” - Catálogo da exposição. São. São
Paulo: SESI, 2006.Paulo: SESI, 2006.
VIGOTSKY, L.S.VIGOTSKY, L.S. Formação social da mente.Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2002.São Paulo: Martins Fontes, 2002.