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                         i mento
                    nvolv gica
             , Dese cnoló o
       ologia ção Te Carvalh
   Tecn duca
       E a Gomes dR  e
      e ríli      FP
       Ma      UT
(Pág. 02)

A partir do final do século XXVIII e início do século XIX,
configura-se na história da humanidade um novo modo de
produção – o capitalismo, e junto com ele um novo tipo de
sociedade – a “sociedade da tecnologia”. Conhecido
como Revolução Industrial, este processo é marcado pelo
acelerado desenvolvimento tecnológico (...)

O aumento da produtividade passa a ser ponto crucial da
produção. (...) quanto mais se produz mais se consegue
vender (...) quanto menos força de trabalho se utiliza, co o
uso de mais avançados instrumentos de produção, maior
tende a ser a taxa de lucro e, conseqüentemente maior a
acumulação. Esta é a lógica do capitalismo (Marx, 1975ª).
Marcante nesta nova sociedade, a tecnologia passa a ser
vista dissociada das necessidades do modo de produção
capitalista e a ser considerada um fenômeno isolado das
relações sociais como se tivesse movimento próprio,
independente dos motivos e dos agentes que a criam,
utilizam e transformam.

(...) O desenvolvimento tecnológico é visto pelos que dele
participam como um fenômeno que por si só é positivo, pois
significa progresso e este é sempre bom. Na sociedade
ocidental moderna, progresso quer dizer a utilização de
tecnologias cada vez mais avançadas que supostamente
melhoram a qualidade de vida de todos. Assim, através das
inovações tecnológicas, a vida do homem sobre a face da
terra torna-se cada vez mais fácil, mais confortável e mais
agradável.
(...) não se pode falar em tecnologia sem considerar as
transformações sociais que estão ao mesmo tempo
provocando e favorecendo seu desenvolvimento,
também não se pode analisar a sociedade sem que se
leve em consideração as transformações tecnológicas
que estão ocorrendo dentro dela. (...) sociedade e
tecnologia são fenômenos indissociáveis, e as
transformações que ocorrem num deles altera,
reciprocamente, o outro.

(...) sociedade não é um entidade abstrata que determina
o comportamento dos indivíduos. É um entidade
composta por seres humanos (...) têm a capacidade de
transformá-las através de comportamentos.

(...) A tecnologia depende da sociedade para a sua
existência e o seu desenvolvimento.
(Pág 03)

Após a revolução Industrial, há cerca de 200 anos, este
movimento (de especialização do trabalho e
transformações das estruturas sociais) se acelera. Porém
foi na segunda metade deste século (XX), há 50 anos, que
a humanidade mais acumulou conhecimentos e mais
acelerou o processo de transformações sociais.

(...)

apesar de grande parte da população que vive nestas
sociedades não ter acesso aos benefícios de seu
desenvolvimento, não se pode deixar de considerar que o
progresso tecnológico tem amplas possibilidades para
tornar a vida humana mais fácil e mais confortável.
Esta é uma das razões do sucesso do capitalismo que vem
transformando definitivamente a vida humana sobre a
face da Terra, criando novas relações sociais e culturais
(...)
Associado a essas transformações sociais no berço do
capitalismo, está o processo de expansão deste tipo de
sociedade para outras artes do mundo. (...) o capitalismo
expande suas relações econômicas e sociais e , junto
com elas, um modo de vida com as características
básicas do modelo das modernas sociedades ocidentais.


(...) isto significou a introdução destes povos ao mundo
capitalista na condição de dominados e dependentes. A
ocidentalização do mundo que, na verdade, neste
momento histórico é a “europeização” do mundo, passa a
ser uma realidade.


Após a Segunda Guerra Mundial este processo se
acelera (...) Os estados Unidos, cuja história foi
construída sob o modelo da Inglaterra, busca
hegemonia, passa a ser a nova potência mundial.
Naturalmente o modo de vida americano, com suas
manifestações culturais, passa também a se difundir pelo
mundo (...)

As dimensões Sócio-Culturais do Desenvolvimento
tecnológico:

Uma nova divisão social se configura: a sociedade passa
a ser dividida entre quem detém a informação ou não.
(Pág 04)

A interprenetação e a internacionalização das culturas
trazem novos elementos à dinâmica cultural nunca
vividos anteriormente na história humana. Ao mesmo
tempo que há uma verdadeira imposição da cultura dos
países desenvolvidos sobre os outros países, seja
através dos meios de comunicação, seja através de
pressões sociais e econômicas (...)

(...)
Instrumentalidade e identidade: globalização
A globalização é, na verdade a “ocidentalização” do
mundo. (...) também a imposição de produtos
industrializados e, junto com eles a imposição de um
estilo de vida, maneira de pensar, padrões de
comportamento, valores, gosto estético, a imposição
enfim, de uma cultura no sentido antropológico do termo
(Ortiz, 1994)
(Pág 05)

O uso de computador, avião (...) celular, calça jeans, fast-
food. Música pop, cd, o uso enfim dos bens que
simbolizam o mundo globalizado significa que as
pessoas que os utilizam têm necessariamente a mesma
maneira de pensar, os mesmos valores, a mesma forma
de organizar a família, de educar os filhos, a mesma
cultura? (Geertz, 1978)

(...) Um brasileiro que utiliza um telefone celular por
exemplo, não o faz com o mesmo significado que o faz
um inglês, ou japonês.

(...) Heterogeneidade cultural num mundo globalizado.
(Pág 09)

O conflito entre a lógica da instrumentalidade e a lógica da
identidade persistirá na medida em que há sempre uma
margem de resistência. Em que pesem as transformações
sociais e culturais, as nações dependentes lutam para
manter sua identidade e afirmação perante o domínio da
economia global.

Ciência, tecnologia e informação são portanto dados
fundamentais da vida humana na sociedade global e
levam a uma reorganização do espaço habitado. Sabe-se
que este é um pouco irreversível, “é a realizada com a qual
nos defrontamos, por isso é preciso estudá-la com todos
os recursos do conhecimento e tentar dominá-la e
humanizá-la” (Friedman apud Santos, 1996:25)

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  • 1. LEITURA ORIENTADA: i mento nvolv gica , Dese cnoló o ologia ção Te Carvalh Tecn duca E a Gomes dR e e ríli FP Ma UT
  • 2. (Pág. 02) A partir do final do século XXVIII e início do século XIX, configura-se na história da humanidade um novo modo de produção – o capitalismo, e junto com ele um novo tipo de sociedade – a “sociedade da tecnologia”. Conhecido como Revolução Industrial, este processo é marcado pelo acelerado desenvolvimento tecnológico (...) O aumento da produtividade passa a ser ponto crucial da produção. (...) quanto mais se produz mais se consegue vender (...) quanto menos força de trabalho se utiliza, co o uso de mais avançados instrumentos de produção, maior tende a ser a taxa de lucro e, conseqüentemente maior a acumulação. Esta é a lógica do capitalismo (Marx, 1975ª).
  • 3. Marcante nesta nova sociedade, a tecnologia passa a ser vista dissociada das necessidades do modo de produção capitalista e a ser considerada um fenômeno isolado das relações sociais como se tivesse movimento próprio, independente dos motivos e dos agentes que a criam, utilizam e transformam. (...) O desenvolvimento tecnológico é visto pelos que dele participam como um fenômeno que por si só é positivo, pois significa progresso e este é sempre bom. Na sociedade ocidental moderna, progresso quer dizer a utilização de tecnologias cada vez mais avançadas que supostamente melhoram a qualidade de vida de todos. Assim, através das inovações tecnológicas, a vida do homem sobre a face da terra torna-se cada vez mais fácil, mais confortável e mais agradável.
  • 4. (...) não se pode falar em tecnologia sem considerar as transformações sociais que estão ao mesmo tempo provocando e favorecendo seu desenvolvimento, também não se pode analisar a sociedade sem que se leve em consideração as transformações tecnológicas que estão ocorrendo dentro dela. (...) sociedade e tecnologia são fenômenos indissociáveis, e as transformações que ocorrem num deles altera, reciprocamente, o outro. (...) sociedade não é um entidade abstrata que determina o comportamento dos indivíduos. É um entidade composta por seres humanos (...) têm a capacidade de transformá-las através de comportamentos. (...) A tecnologia depende da sociedade para a sua existência e o seu desenvolvimento.
  • 5. (Pág 03) Após a revolução Industrial, há cerca de 200 anos, este movimento (de especialização do trabalho e transformações das estruturas sociais) se acelera. Porém foi na segunda metade deste século (XX), há 50 anos, que a humanidade mais acumulou conhecimentos e mais acelerou o processo de transformações sociais. (...) apesar de grande parte da população que vive nestas sociedades não ter acesso aos benefícios de seu desenvolvimento, não se pode deixar de considerar que o progresso tecnológico tem amplas possibilidades para tornar a vida humana mais fácil e mais confortável. Esta é uma das razões do sucesso do capitalismo que vem transformando definitivamente a vida humana sobre a face da Terra, criando novas relações sociais e culturais (...)
  • 6. Associado a essas transformações sociais no berço do capitalismo, está o processo de expansão deste tipo de sociedade para outras artes do mundo. (...) o capitalismo expande suas relações econômicas e sociais e , junto com elas, um modo de vida com as características básicas do modelo das modernas sociedades ocidentais. (...) isto significou a introdução destes povos ao mundo capitalista na condição de dominados e dependentes. A ocidentalização do mundo que, na verdade, neste momento histórico é a “europeização” do mundo, passa a ser uma realidade. Após a Segunda Guerra Mundial este processo se acelera (...) Os estados Unidos, cuja história foi construída sob o modelo da Inglaterra, busca hegemonia, passa a ser a nova potência mundial.
  • 7. Naturalmente o modo de vida americano, com suas manifestações culturais, passa também a se difundir pelo mundo (...) As dimensões Sócio-Culturais do Desenvolvimento tecnológico: Uma nova divisão social se configura: a sociedade passa a ser dividida entre quem detém a informação ou não.
  • 8. (Pág 04) A interprenetação e a internacionalização das culturas trazem novos elementos à dinâmica cultural nunca vividos anteriormente na história humana. Ao mesmo tempo que há uma verdadeira imposição da cultura dos países desenvolvidos sobre os outros países, seja através dos meios de comunicação, seja através de pressões sociais e econômicas (...) (...) Instrumentalidade e identidade: globalização A globalização é, na verdade a “ocidentalização” do mundo. (...) também a imposição de produtos industrializados e, junto com eles a imposição de um estilo de vida, maneira de pensar, padrões de comportamento, valores, gosto estético, a imposição enfim, de uma cultura no sentido antropológico do termo (Ortiz, 1994)
  • 9. (Pág 05) O uso de computador, avião (...) celular, calça jeans, fast- food. Música pop, cd, o uso enfim dos bens que simbolizam o mundo globalizado significa que as pessoas que os utilizam têm necessariamente a mesma maneira de pensar, os mesmos valores, a mesma forma de organizar a família, de educar os filhos, a mesma cultura? (Geertz, 1978) (...) Um brasileiro que utiliza um telefone celular por exemplo, não o faz com o mesmo significado que o faz um inglês, ou japonês. (...) Heterogeneidade cultural num mundo globalizado.
  • 10. (Pág 09) O conflito entre a lógica da instrumentalidade e a lógica da identidade persistirá na medida em que há sempre uma margem de resistência. Em que pesem as transformações sociais e culturais, as nações dependentes lutam para manter sua identidade e afirmação perante o domínio da economia global. Ciência, tecnologia e informação são portanto dados fundamentais da vida humana na sociedade global e levam a uma reorganização do espaço habitado. Sabe-se que este é um pouco irreversível, “é a realizada com a qual nos defrontamos, por isso é preciso estudá-la com todos os recursos do conhecimento e tentar dominá-la e humanizá-la” (Friedman apud Santos, 1996:25)