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Este trabalho tem por objetivo analisar como um grupo de professoras, dos anos iniciais, (re)significa os conceitos matemáticos após perceberem que, muitas vezes, ensinavam uma Matemática que não tinham aprendido, no sentido da construção do conhecimento. NOSSO OBJETIVO
SITUANDO A PESQUISA No segundo semestre de 2008 fomos  procuradas por uma acadêmica de uma escola  da rede municipal de ensino, que trazia uma solicitação  da escola para a realização de um trabalho voltado às aprendizagens matemáticas, devido a insatisfação das professoras com o trabalho que realizavam com  os alunos dos anos iniciais em relação ao  ensinar e aprender da Matemática.
Em uma reunião para a organização do  trabalho  as professoras foram esclarecidas da natureza da proposta e da importância de registrarmos o estudo no sentido de contribuir com o desenvolvimento da pesquisa que originou esta dissertação de mestrado.
AS OBSERVADORAS IMPLICADAS   Esta pesquisa não provém de um observador  que se coloca diante de uma realidade da qual não faz parte, mas  sim de um observador implicado que  participa do fenômeno que busca explicar. Participaram do estudo treze observadores, três professoras  pesquisadoras e uma acadêmica do Curso de Licenciatura em Matemática da FURG e nove professoras da rede municipal de ensino.
Conversando sobre as inquietações  em relação ao ensino da Matemática e as  perspectivas do grupo, as professoras evidenciavam  o desejo de aprender de forma significativa uma Matemática que pudesse ser ensinada aos seus alunos. Tenho dificuldades em trabalhar a tabuada. (Flavia) A maior dificuldade esta na construção do número. Por que não realizar as contas da esquerda para a direita? (Anne) A tabuada e a divisão são os pontos que mais tenho dificuldade para trabalhar em matemática. (Bete)
O PERCURSO DAS APRENDIZAGENS O trabalho foi construído, coletivamente,  ao longo do processo.  Foram  cinco  oficinas pedagógicas , permeadas  por  discussões e reflexões  que mostravam as lacunas de aprendizagens do grupo, as quais serviam  de subsídios para a escolha das bases teóricas e do cronograma de atividades  para a próxima oficina.
 
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A dissertação foi estruturada  na forma de artigos nos quais foram  apresentados os resultados produzidos visando  proporcionar a divulgação em eventos e revistas,  permitindo que um maior número de pessoas  tenha acesso aos resultados deste estudo. Essa forma  de apresentação possibilitou outros modos de olhar, entender e significar como as  aprendizagens matemáticas  foram construídas.
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Neste capitulo apresento como me constituí professora e pesquisadora, imbricada  em uma rede de conversações com  os professores da rede pública de ensino e da universidade. Fui guiada pelas emoções e pelos desafios encontrados na experiência escolar, nas trocas com o meio, não ficando aprisionada ao passado, nem aos problemas vivenciados, mas a emoção sob a qual podemos fazer qualquer coisa se respeitarmos  as coerências estruturais do domínio  no qual operamos.
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A conversa teórica tecida com os  distintos autores me auxiliaram a discutir e  analisar as aprendizagens matemáticas no contexto da formação de professores.
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Defino a metodologia utilizada na produção  desta dissertação apontando o caminho percorrido pelos sujeitos da pesquisa. Apresento o grupo de professoras, suas expectativas e como foram configurados os objetivos da investigação a partir  das proposições das professoras.
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Neste artigo abordo as  dificuldades para lidar com alguns  conceitos atrelados ao ensino de Ciências,  especialmente a Matemática, relatado por um grupo de professoras dos anos iniciais. Relato a experiência com oficinas pedagógicas que tiveram por objetivo suprir as lacunas conceituais existentes processo  de aprendizagem de alguns conceitos  matemáticos.
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O artigo apresenta as narrativas de um grupo de professora dos anos iniciais no processo de aprender a aprender a problematizar significados e (re)construir conceitos matemáticos tendo em vista que perceberam que não há metodologia de ensino que sustente a falta de compreensão de conceitos.
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Neste trabalho, como adotamos o  conversar no sentido de “dar voltas com”  proposto por Maturana (2001), mais uma volta  significa chegar a etapa de fechamento e retomar o  percurso, fazendo uma reflexão sobre as explicações cientificas que foram geradas. No percurso, lidamos com explicações e compreensões que refletiram  a experiência vivida. Por estar muito envolvida  com  a pesquisa, ao explicar a experiência não me coloco fora dela.
E as aprendizagens das professoras, pesquisadoras e acadêmica envolvidas na  ação de (re)significar conceitos matemáticos? Este foi o verdadeiro desafio do trabalho no qual as inquietações iniciais não se terminam, ao contrario, a elas somam-se muitas outras, o que me impulsiona à continuidade do estudo,  no doutorado.
O grupo de professoras tinha, como inquietação inicial, aprender a Matemática para “ensiná-la ensinando”. Não queriam mais ensinar o que não sabiam. Para isto, foi necessário que desconstruíssem suas próprias aprendizagens  e saberes, percebendo que o processo de  aprender não ocorre por cópia ou  acumulação, mas pelos significados que  são dados à ação.
Suas narrativas indicam  aprendizagens que extrapolam o  senso comum. Quando exclamam “Se tivessem  me ensinado isso antes”, deixam claro as  aprendizagens transcorridas. A percepção das lacunas permite-lhes ver que, se soubessem os conceitos que deveriam ensinar, teriam  trabalhado com seus alunos em sala de aula  de outra forma, evitando reprovações  e evasões.
Há uma moralidade intrínseca ao  conhecimento e, principalmente, ao conhecimento matemático. Por isto, precisamos insistir na educação matemática e no próprio fazer matemático, percebendo-os como instrumentos para atingir uma nova organização da sociedade. Esta pode ser uma utopia, mas, como educadora, sinto a necessidade de direcionar minhas ações nesta direção, para manter-me em  constante motivação.
Pois, como ser educadora se não  tivermos uma utopia?  Para Maturana (2005), nós, seres humanos, sempre fazemos o que queremos, porque nossos desejos, conscientes ou não, determinam o curso de nossas vidas e o curso de nossa história humana.
REFERÊNCIAS: ARNAY, J.  1998.  Reflexões para um debate sobre  a  construção  do  conhecimento  na  escola:  rumo  a  uma cultura  científica escolar .  In: BRASIL, Secretária de Educação  Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: MEC, 1998. BALTAZAR. M. C.  As concepções de aprendizagem como alicerces do fazer psicopedagógico . IN: Revista Ciências e Letras. Número: 30. Porto Alegre, Jul./dez 2001.    BOGDAN, R.; BIKLEN, S.  Investigação qualitativa em educação : uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.    COLL, C. et al.  Os conteúdos na reforma . Porto Alegre: Artmed, 2000.   GATTI, Bernadete.  Formação de professores e carreira : problemas e movimentos de renovação. São Paulo: Autores Associados, 1997.   KAMII, C.  A criança e o número . Implicações educacionais da Teoria de Piaget. São Paulo: Papirus, 1991.    LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.  Pesquisa em Educação : abordagens qualitativas. São Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária, 1986.   MATURANA, H.  Cognição, ciência e vida cotidiana . Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.   MATURANA, H.; ZÖLLER, G. V.  Amar e brincar : fundamentos esquecidos do humano. São Paulo: Palas Athena, 2004.   MATURANA, H.; VARELA, F.  A árvore do conhecimento . São Paulo: Palas Athena, 2002.   MORAES, Roque. Análise de conteúdo : limites e possibilidades. In: ENGERS, Maria Emilia (org.).  Paradigmas e metodologias de pesquisa em educação.  Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.    POZO, J. I.  A solução de problemas . Porto Alegre: Artmed, 1998.    

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  • 2. Este trabalho tem por objetivo analisar como um grupo de professoras, dos anos iniciais, (re)significa os conceitos matemáticos após perceberem que, muitas vezes, ensinavam uma Matemática que não tinham aprendido, no sentido da construção do conhecimento. NOSSO OBJETIVO
  • 3. SITUANDO A PESQUISA No segundo semestre de 2008 fomos procuradas por uma acadêmica de uma escola da rede municipal de ensino, que trazia uma solicitação da escola para a realização de um trabalho voltado às aprendizagens matemáticas, devido a insatisfação das professoras com o trabalho que realizavam com os alunos dos anos iniciais em relação ao ensinar e aprender da Matemática.
  • 4. Em uma reunião para a organização do trabalho as professoras foram esclarecidas da natureza da proposta e da importância de registrarmos o estudo no sentido de contribuir com o desenvolvimento da pesquisa que originou esta dissertação de mestrado.
  • 5. AS OBSERVADORAS IMPLICADAS Esta pesquisa não provém de um observador que se coloca diante de uma realidade da qual não faz parte, mas sim de um observador implicado que participa do fenômeno que busca explicar. Participaram do estudo treze observadores, três professoras pesquisadoras e uma acadêmica do Curso de Licenciatura em Matemática da FURG e nove professoras da rede municipal de ensino.
  • 6. Conversando sobre as inquietações em relação ao ensino da Matemática e as perspectivas do grupo, as professoras evidenciavam o desejo de aprender de forma significativa uma Matemática que pudesse ser ensinada aos seus alunos. Tenho dificuldades em trabalhar a tabuada. (Flavia) A maior dificuldade esta na construção do número. Por que não realizar as contas da esquerda para a direita? (Anne) A tabuada e a divisão são os pontos que mais tenho dificuldade para trabalhar em matemática. (Bete)
  • 7. O PERCURSO DAS APRENDIZAGENS O trabalho foi construído, coletivamente, ao longo do processo. Foram cinco oficinas pedagógicas , permeadas por discussões e reflexões que mostravam as lacunas de aprendizagens do grupo, as quais serviam de subsídios para a escolha das bases teóricas e do cronograma de atividades para a próxima oficina.
  • 8.  
  • 9.
  • 10. A dissertação foi estruturada na forma de artigos nos quais foram apresentados os resultados produzidos visando proporcionar a divulgação em eventos e revistas, permitindo que um maior número de pessoas tenha acesso aos resultados deste estudo. Essa forma de apresentação possibilitou outros modos de olhar, entender e significar como as aprendizagens matemáticas foram construídas.
  • 11.
  • 12. Neste capitulo apresento como me constituí professora e pesquisadora, imbricada em uma rede de conversações com os professores da rede pública de ensino e da universidade. Fui guiada pelas emoções e pelos desafios encontrados na experiência escolar, nas trocas com o meio, não ficando aprisionada ao passado, nem aos problemas vivenciados, mas a emoção sob a qual podemos fazer qualquer coisa se respeitarmos as coerências estruturais do domínio no qual operamos.
  • 13.
  • 14. A conversa teórica tecida com os distintos autores me auxiliaram a discutir e analisar as aprendizagens matemáticas no contexto da formação de professores.
  • 15.
  • 16. Defino a metodologia utilizada na produção desta dissertação apontando o caminho percorrido pelos sujeitos da pesquisa. Apresento o grupo de professoras, suas expectativas e como foram configurados os objetivos da investigação a partir das proposições das professoras.
  • 17.
  • 18. Neste artigo abordo as dificuldades para lidar com alguns conceitos atrelados ao ensino de Ciências, especialmente a Matemática, relatado por um grupo de professoras dos anos iniciais. Relato a experiência com oficinas pedagógicas que tiveram por objetivo suprir as lacunas conceituais existentes processo de aprendizagem de alguns conceitos matemáticos.
  • 19.
  • 20. O artigo apresenta as narrativas de um grupo de professora dos anos iniciais no processo de aprender a aprender a problematizar significados e (re)construir conceitos matemáticos tendo em vista que perceberam que não há metodologia de ensino que sustente a falta de compreensão de conceitos.
  • 21.
  • 22. Neste trabalho, como adotamos o conversar no sentido de “dar voltas com” proposto por Maturana (2001), mais uma volta significa chegar a etapa de fechamento e retomar o percurso, fazendo uma reflexão sobre as explicações cientificas que foram geradas. No percurso, lidamos com explicações e compreensões que refletiram a experiência vivida. Por estar muito envolvida com a pesquisa, ao explicar a experiência não me coloco fora dela.
  • 23. E as aprendizagens das professoras, pesquisadoras e acadêmica envolvidas na ação de (re)significar conceitos matemáticos? Este foi o verdadeiro desafio do trabalho no qual as inquietações iniciais não se terminam, ao contrario, a elas somam-se muitas outras, o que me impulsiona à continuidade do estudo, no doutorado.
  • 24. O grupo de professoras tinha, como inquietação inicial, aprender a Matemática para “ensiná-la ensinando”. Não queriam mais ensinar o que não sabiam. Para isto, foi necessário que desconstruíssem suas próprias aprendizagens e saberes, percebendo que o processo de aprender não ocorre por cópia ou acumulação, mas pelos significados que são dados à ação.
  • 25. Suas narrativas indicam aprendizagens que extrapolam o senso comum. Quando exclamam “Se tivessem me ensinado isso antes”, deixam claro as aprendizagens transcorridas. A percepção das lacunas permite-lhes ver que, se soubessem os conceitos que deveriam ensinar, teriam trabalhado com seus alunos em sala de aula de outra forma, evitando reprovações e evasões.
  • 26. Há uma moralidade intrínseca ao conhecimento e, principalmente, ao conhecimento matemático. Por isto, precisamos insistir na educação matemática e no próprio fazer matemático, percebendo-os como instrumentos para atingir uma nova organização da sociedade. Esta pode ser uma utopia, mas, como educadora, sinto a necessidade de direcionar minhas ações nesta direção, para manter-me em constante motivação.
  • 27. Pois, como ser educadora se não tivermos uma utopia? Para Maturana (2005), nós, seres humanos, sempre fazemos o que queremos, porque nossos desejos, conscientes ou não, determinam o curso de nossas vidas e o curso de nossa história humana.
  • 28. REFERÊNCIAS: ARNAY, J. 1998. Reflexões para um debate sobre a construção do conhecimento na escola: rumo a uma cultura científica escolar . In: BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática. Brasília: MEC, 1998. BALTAZAR. M. C. As concepções de aprendizagem como alicerces do fazer psicopedagógico . IN: Revista Ciências e Letras. Número: 30. Porto Alegre, Jul./dez 2001.   BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação : uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.   COLL, C. et al. Os conteúdos na reforma . Porto Alegre: Artmed, 2000.   GATTI, Bernadete. Formação de professores e carreira : problemas e movimentos de renovação. São Paulo: Autores Associados, 1997.   KAMII, C. A criança e o número . Implicações educacionais da Teoria de Piaget. São Paulo: Papirus, 1991.   LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação : abordagens qualitativas. São Paulo: Ed. Pedagógica e Universitária, 1986.   MATURANA, H. Cognição, ciência e vida cotidiana . Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001.   MATURANA, H.; ZÖLLER, G. V. Amar e brincar : fundamentos esquecidos do humano. São Paulo: Palas Athena, 2004.   MATURANA, H.; VARELA, F. A árvore do conhecimento . São Paulo: Palas Athena, 2002.   MORAES, Roque. Análise de conteúdo : limites e possibilidades. In: ENGERS, Maria Emilia (org.). Paradigmas e metodologias de pesquisa em educação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.   POZO, J. I. A solução de problemas . Porto Alegre: Artmed, 1998.