SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Faculdades Integradas Camões
Al. Dr. Muricy, 707; Fone: (41 ) 3233-8805
PESQUISA SOBRE ERGOESPIROMETRIA
CURITIBA-PR
11/06/2013
Faculdades Integradas Camões
Al. Dr. Muricy, 707; Fone: (41 ) 3233-8805
Neiva da Penha Prieto
Valdirene Barão
Valéria Coppe Nalin
Pesquisa sobre Ergoesprirometria do
curso de graduação em Radiologia,
apresentado a Faculdades Integradas
Camões Disciplina Anatomia dos
Sistemas.
CURITIBA – PR
11/06/2013
1 INTRODUÇÃO
Ergoespirometria ou Teste Cardiopulmonar
O teste Ergoespirométrico ou cardiopulmonar é a combinação de um
teste ergométrico convencional com a análise do ar espirado pelo paciente, que
serve para especificar medidas diretas de parâmetros respiratórios, como
consumo de oxigênio, produção de gás carbônico, frequência respiratória e
ventilação pulmonar.
OBJETIVO
O exame tem côo objetivo analisar a resposta ventilatória, a troca
gasosa, dinâmica cardiovascular e fornecimento de energia. Registra o
eletrocardiograma durante o exercício físico e serve para avaliar a capacidade
funcional ou o desempenho físico.
É útil no diagnóstico onde permite estabelecer a intensidade de
treinamento que deve ser prescrito acardiopatas ou indivíduos sadios. Tal
análise é útil, principalmente, na orientação para treinamento de atletas.
METODOLOGIA
É necessário levar em consideração o comportamento do individuo no
momento do exame, pois a ansiedade pode causar alterações nas variáveis
ventilatorias.
A ansiedade gerada na expectativa do exame, bem como a utilização de bucal
próprio e o uso de clip nasal pelo indivíduo antes do início do teste, poderá
eventualmente alterar o comportamento das variáveis ventilatórias. Portanto, é
necessário um esclarecimento prévio da prova a ser feita e, em
alguns casos, um treino com o sistema sem preocupação com
o registro. Em nossa experiência, uma quantidade mínima de
água deverá ser fornecida ao examinando antes do esforço a
ser realizado, para ser evitado sensação desagradável de
ressecamento com o uso do bucal.
Os registros eletrocardiográficos com as derivações selecionadas são
feitas previamente e as manobras ventilatórias, salvo estudo
específico, não deverão ser utilizadas.
Pede-se ao paciente uma inspiração e expiração profunda com
discretos movimentos de marcha estacionária por alguns segundos,
observando o relaxamento muscular dos ombros e do tórax, evitando
a respiração superficial. O início do teste deverá ser realizado, em
geral, de 3 a 5min após a introdução do bucal e clip nasal. Aguarda-
se, para isto, VE, QR e consumo de oxigênio (VO2) adequados. A VE
de repouso ideal para início do exercício situa-se entre 8 e 15L/min, o
QR entre 0,75 e 0,85 e o VO2 de repouso próximo a 3,5mL/kg/min,
correspondente a 1 MET.
As condições de temperatura ambiente (próximo a 22ºC±2),
e umidade relativa do arem torno de 60%, seriam ideais no
momento da prova.
No local, equipamentos de emergência (desfibrilador e
medicamentos) necessários para uma eventual parada cardíaca ou
arritmia grave.
A calibração do equipamento, prévia ao exame, é necessária pois
algumas variáveis são analisadas em presença de vapor d'água em
condições denominadas de BTPS (body temperature pressure
saturated), ex.: a VE que inclui a freqüência respiratória (FR) e o
volume corrente (VC).
Outros parâmetros como o consumo de oxigênio (VO2) e a produção
de dióxido de carbono (VCO2) são analisados em condições
denominadas de STPD (standard temperature pressure and dry), que
corresponde a situação de OºC de temperatura, pressão de
760mmHg ao nível do mar e em condições de ausência de vapor de
água, ou seja, seco.
Nas relações que incluem a VE, o VO2 ou VCO2, como o equivalente
ventilatório de VO2(VE/VO2), lê-se o numerador em condições de
BTPS e o denominador em STPD, sendo da mesma maneira avaliada
a relação VE/VCO2.
É polêmica a discussão dos protocolos a serem empregados. Não
existindo uma concordância, devemos empregar aquele que se
adapte melhor ao caso. O protocolo de rampa tem sido muito
utilizado, porém não podemos descartar o uso de avaliações que
forneçam o que chamamos de steady-state ou equilíbrio de carga
durante algum intervalo de tempo. Muito útil, quando queremos
realmente saber se o paciente ou atleta encontra-se em condições
aeróbias. É estipulado o tempo em torno de 12min como necessário
para uma boa eficácia de prova, caso não haja limitações por
cardiopatia grave 6
.
Tabela para quantificar o esforço, como a de Borg (quadro I), é
de fundamental importância pois complementa com dados objetivos a
subjetividade declarada do esforço, bem como para orientar o
examinador na indicação de exercícios adequados.
http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/exames-e-testes-diagnosticos/Paginas/teste-
cardiopulmonar-ou-ergoespirometria.aspx
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X1998001100014

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Trabalho passinho
Trabalho passinhoTrabalho passinho
Trabalho passinhoLuis Silva
 
Massa especifica e volume especifico
Massa especifica e volume especificoMassa especifica e volume especifico
Massa especifica e volume especificoAline Gilberto Alves
 
Exercícios Equação Manométrica
Exercícios  Equação ManométricaExercícios  Equação Manométrica
Exercícios Equação ManométricaSâmara Pinto Souza
 
Lista 16 estudo dos gases
Lista 16   estudo dos gasesLista 16   estudo dos gases
Lista 16 estudo dos gasesColegio CMC
 
Posfisiocardiorresp sabmanha
Posfisiocardiorresp sabmanhaPosfisiocardiorresp sabmanha
Posfisiocardiorresp sabmanhaRodrigo Monteiro
 
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
Adaptações agudas e crônicas do exercício físicoAdaptações agudas e crônicas do exercício físico
Adaptações agudas e crônicas do exercício físicoalbuquerque1000
 
Gasometria arterial artigo
Gasometria arterial artigoGasometria arterial artigo
Gasometria arterial artigoedcarla1601
 
Mecânica de fluídos ge (2)
Mecânica de fluídos ge (2)Mecânica de fluídos ge (2)
Mecânica de fluídos ge (2)Gilson Jose
 
Monitorização da função pulmonar
Monitorização da função pulmonarMonitorização da função pulmonar
Monitorização da função pulmonarAnestesiador
 
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAHidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAdanf97
 

Mais procurados (20)

Trabalho passinho
Trabalho passinhoTrabalho passinho
Trabalho passinho
 
Sistema cardiovascular
Sistema cardiovascularSistema cardiovascular
Sistema cardiovascular
 
Massa especifica e volume especifico
Massa especifica e volume especificoMassa especifica e volume especifico
Massa especifica e volume especifico
 
Exercícios Equação Manométrica
Exercícios  Equação ManométricaExercícios  Equação Manométrica
Exercícios Equação Manométrica
 
Lista 16 estudo dos gases
Lista 16   estudo dos gasesLista 16   estudo dos gases
Lista 16 estudo dos gases
 
Revista Paulista de Educação Física, v. 10, n. 1, 1996
Revista Paulista de Educação Física, v. 10, n. 1, 1996Revista Paulista de Educação Física, v. 10, n. 1, 1996
Revista Paulista de Educação Física, v. 10, n. 1, 1996
 
Fluidos
FluidosFluidos
Fluidos
 
Posfisiocardiorresp sabmanha
Posfisiocardiorresp sabmanhaPosfisiocardiorresp sabmanha
Posfisiocardiorresp sabmanha
 
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
Adaptações agudas e crônicas do exercício físicoAdaptações agudas e crônicas do exercício físico
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico
 
Trocadores de calor
Trocadores de calorTrocadores de calor
Trocadores de calor
 
Respiracao durante exercicio2
Respiracao durante exercicio2Respiracao durante exercicio2
Respiracao durante exercicio2
 
Gasometria arterial artigo
Gasometria arterial artigoGasometria arterial artigo
Gasometria arterial artigo
 
Mecânica de fluídos ge (2)
Mecânica de fluídos ge (2)Mecânica de fluídos ge (2)
Mecânica de fluídos ge (2)
 
Física Hidrostática
Física HidrostáticaFísica Hidrostática
Física Hidrostática
 
Hidrostática
HidrostáticaHidrostática
Hidrostática
 
Hidrostática
HidrostáticaHidrostática
Hidrostática
 
Monitorização da função pulmonar
Monitorização da função pulmonarMonitorização da função pulmonar
Monitorização da função pulmonar
 
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICAHidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
Hidrostática e Hidrodinâmica - FÍSICA
 
Hidrostática (versão 2018)
Hidrostática (versão 2018)Hidrostática (versão 2018)
Hidrostática (versão 2018)
 
Hidrostática hidrodinâmica
Hidrostática hidrodinâmicaHidrostática hidrodinâmica
Hidrostática hidrodinâmica
 

Destaque

Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatías
Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatíasErgoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatías
Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatíasSociedad Española de Cardiología
 
VolúMenes Y Capacidades.
VolúMenes Y Capacidades.VolúMenes Y Capacidades.
VolúMenes Y Capacidades.ALONSO UCHIHA
 
Sistema Circulatorio y Sistema Respiratorio
Sistema Circulatorio y Sistema RespiratorioSistema Circulatorio y Sistema Respiratorio
Sistema Circulatorio y Sistema RespiratorioYanitza Escalona
 

Destaque (8)

Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatías
Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatíasErgoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatías
Ergoespirometría en deportistas y en sospecha de cardiopatías
 
VolúMenes Y Capacidades.
VolúMenes Y Capacidades.VolúMenes Y Capacidades.
VolúMenes Y Capacidades.
 
Prueba Esfuerzo
Prueba EsfuerzoPrueba Esfuerzo
Prueba Esfuerzo
 
Las Células Sanguíneas
Las Células SanguíneasLas Células Sanguíneas
Las Células Sanguíneas
 
Sistema Circulatorio y Sistema Respiratorio
Sistema Circulatorio y Sistema RespiratorioSistema Circulatorio y Sistema Respiratorio
Sistema Circulatorio y Sistema Respiratorio
 
Prueba de esfuerzo
Prueba de esfuerzoPrueba de esfuerzo
Prueba de esfuerzo
 
Frecuencia respiratoria
Frecuencia respiratoriaFrecuencia respiratoria
Frecuencia respiratoria
 
Diapositivas del sistema Respiratorio
Diapositivas del sistema RespiratorioDiapositivas del sistema Respiratorio
Diapositivas del sistema Respiratorio
 

Semelhante a Ergoespirometria: análise da resposta ventilatória e capacidade funcional

Monitorização Ventilatória
Monitorização VentilatóriaMonitorização Ventilatória
Monitorização Ventilatórialabap
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)Renan Malaquias
 
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentes
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentesProvas de função pulmonar em crianças e adolescentes
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentesgisa_legal
 
Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva
Monitorização Hemodinâmica Não-InvasivaMonitorização Hemodinâmica Não-Invasiva
Monitorização Hemodinâmica Não-Invasivaresenfe2013
 
Fisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFlávia Salame
 
ventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilSandra Regina
 
Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Renato Bastos
 
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adrianaSMS - Petrópolis
 
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)Nathália Leite
 
consumo-de-oxigenio-no-exercicio
 consumo-de-oxigenio-no-exercicio consumo-de-oxigenio-no-exercicio
consumo-de-oxigenio-no-exercicioHelder Fernando Hfm
 
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAVENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAYuri Assis
 
doenças respiratorias e aviacao aerea
doenças respiratorias e aviacao aereadoenças respiratorias e aviacao aerea
doenças respiratorias e aviacao aereaFlávia Salame
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaFlávia Salame
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânicaresenfe2013
 

Semelhante a Ergoespirometria: análise da resposta ventilatória e capacidade funcional (20)

Arouca espiro
Arouca espiroArouca espiro
Arouca espiro
 
Monitorização Ventilatória
Monitorização VentilatóriaMonitorização Ventilatória
Monitorização Ventilatória
 
1 VM AULA.pdf
1 VM AULA.pdf1 VM AULA.pdf
1 VM AULA.pdf
 
Avaliação vo2
Avaliação vo2Avaliação vo2
Avaliação vo2
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
 
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentes
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentesProvas de função pulmonar em crianças e adolescentes
Provas de função pulmonar em crianças e adolescentes
 
Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva
Monitorização Hemodinâmica Não-InvasivaMonitorização Hemodinâmica Não-Invasiva
Monitorização Hemodinâmica Não-Invasiva
 
Medidas do Sistema Respiratório
Medidas do Sistema RespiratórioMedidas do Sistema Respiratório
Medidas do Sistema Respiratório
 
Fisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: DifusãoFisiologia Pulmonar: Difusão
Fisiologia Pulmonar: Difusão
 
ventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácilventilação mecanica fácil
ventilação mecanica fácil
 
Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm Desmame ventilatório em vm
Desmame ventilatório em vm
 
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adrianaAula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais   adriana
Aula de Cuidados de enfermagem em vias aéreas artificiais adriana
 
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)
Fórmula de Sorbini (Terapia Intensiva)
 
consumo-de-oxigenio-no-exercicio
 consumo-de-oxigenio-no-exercicio consumo-de-oxigenio-no-exercicio
consumo-de-oxigenio-no-exercicio
 
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICAVENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA DOS FUNDAMENTOS A PRÁTICA
 
Sara
SaraSara
Sara
 
doenças respiratorias e aviacao aerea
doenças respiratorias e aviacao aereadoenças respiratorias e aviacao aerea
doenças respiratorias e aviacao aerea
 
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologiaAula de espirometria e revisão de fisiologia
Aula de espirometria e revisão de fisiologia
 
Ventilação mecânica
Ventilação mecânicaVentilação mecânica
Ventilação mecânica
 
Processo de Desmame Ventilatório e Extubação
Processo de Desmame Ventilatório e ExtubaçãoProcesso de Desmame Ventilatório e Extubação
Processo de Desmame Ventilatório e Extubação
 

Ergoespirometria: análise da resposta ventilatória e capacidade funcional

  • 1. Faculdades Integradas Camões Al. Dr. Muricy, 707; Fone: (41 ) 3233-8805 PESQUISA SOBRE ERGOESPIROMETRIA CURITIBA-PR 11/06/2013
  • 2. Faculdades Integradas Camões Al. Dr. Muricy, 707; Fone: (41 ) 3233-8805 Neiva da Penha Prieto Valdirene Barão Valéria Coppe Nalin Pesquisa sobre Ergoesprirometria do curso de graduação em Radiologia, apresentado a Faculdades Integradas Camões Disciplina Anatomia dos Sistemas. CURITIBA – PR 11/06/2013
  • 3.
  • 4. 1 INTRODUÇÃO Ergoespirometria ou Teste Cardiopulmonar O teste Ergoespirométrico ou cardiopulmonar é a combinação de um teste ergométrico convencional com a análise do ar espirado pelo paciente, que serve para especificar medidas diretas de parâmetros respiratórios, como consumo de oxigênio, produção de gás carbônico, frequência respiratória e ventilação pulmonar.
  • 5. OBJETIVO O exame tem côo objetivo analisar a resposta ventilatória, a troca gasosa, dinâmica cardiovascular e fornecimento de energia. Registra o eletrocardiograma durante o exercício físico e serve para avaliar a capacidade funcional ou o desempenho físico. É útil no diagnóstico onde permite estabelecer a intensidade de treinamento que deve ser prescrito acardiopatas ou indivíduos sadios. Tal análise é útil, principalmente, na orientação para treinamento de atletas.
  • 6. METODOLOGIA É necessário levar em consideração o comportamento do individuo no momento do exame, pois a ansiedade pode causar alterações nas variáveis ventilatorias. A ansiedade gerada na expectativa do exame, bem como a utilização de bucal próprio e o uso de clip nasal pelo indivíduo antes do início do teste, poderá eventualmente alterar o comportamento das variáveis ventilatórias. Portanto, é necessário um esclarecimento prévio da prova a ser feita e, em alguns casos, um treino com o sistema sem preocupação com o registro. Em nossa experiência, uma quantidade mínima de água deverá ser fornecida ao examinando antes do esforço a ser realizado, para ser evitado sensação desagradável de ressecamento com o uso do bucal. Os registros eletrocardiográficos com as derivações selecionadas são feitas previamente e as manobras ventilatórias, salvo estudo específico, não deverão ser utilizadas. Pede-se ao paciente uma inspiração e expiração profunda com discretos movimentos de marcha estacionária por alguns segundos, observando o relaxamento muscular dos ombros e do tórax, evitando a respiração superficial. O início do teste deverá ser realizado, em geral, de 3 a 5min após a introdução do bucal e clip nasal. Aguarda- se, para isto, VE, QR e consumo de oxigênio (VO2) adequados. A VE de repouso ideal para início do exercício situa-se entre 8 e 15L/min, o QR entre 0,75 e 0,85 e o VO2 de repouso próximo a 3,5mL/kg/min, correspondente a 1 MET. As condições de temperatura ambiente (próximo a 22ºC±2), e umidade relativa do arem torno de 60%, seriam ideais no momento da prova. No local, equipamentos de emergência (desfibrilador e medicamentos) necessários para uma eventual parada cardíaca ou arritmia grave. A calibração do equipamento, prévia ao exame, é necessária pois algumas variáveis são analisadas em presença de vapor d'água em condições denominadas de BTPS (body temperature pressure saturated), ex.: a VE que inclui a freqüência respiratória (FR) e o volume corrente (VC). Outros parâmetros como o consumo de oxigênio (VO2) e a produção de dióxido de carbono (VCO2) são analisados em condições denominadas de STPD (standard temperature pressure and dry), que
  • 7. corresponde a situação de OºC de temperatura, pressão de 760mmHg ao nível do mar e em condições de ausência de vapor de água, ou seja, seco. Nas relações que incluem a VE, o VO2 ou VCO2, como o equivalente ventilatório de VO2(VE/VO2), lê-se o numerador em condições de BTPS e o denominador em STPD, sendo da mesma maneira avaliada a relação VE/VCO2. É polêmica a discussão dos protocolos a serem empregados. Não existindo uma concordância, devemos empregar aquele que se adapte melhor ao caso. O protocolo de rampa tem sido muito utilizado, porém não podemos descartar o uso de avaliações que forneçam o que chamamos de steady-state ou equilíbrio de carga durante algum intervalo de tempo. Muito útil, quando queremos realmente saber se o paciente ou atleta encontra-se em condições aeróbias. É estipulado o tempo em torno de 12min como necessário para uma boa eficácia de prova, caso não haja limitações por cardiopatia grave 6 . Tabela para quantificar o esforço, como a de Borg (quadro I), é de fundamental importância pois complementa com dados objetivos a subjetividade declarada do esforço, bem como para orientar o examinador na indicação de exercícios adequados. http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/exames-e-testes-diagnosticos/Paginas/teste- cardiopulmonar-ou-ergoespirometria.aspx