O documento discute o Conselho de Classe como um espaço para reflexão e ação sobre o processo de ensino-aprendizagem. Ele destaca que o Conselho deve se concentrar na análise do que os alunos aprenderam, o que ainda precisam aprender e como melhorar o processo de ensino, em vez de apenas divulgar notas. Além disso, o documento fornece diretrizes para as fases e indicadores importantes a serem considerados durante o Conselho de Classe.
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Conselho de classe
1. Conselho de Classe:
Um espaço de Reflexão e
Ação
Por:
Vadeilza Castilho de Araújo Bernert
Técnica Pedagógica
Coordenadoria Regional de Educação – CRE/SEDUC
Vilhena - RO
2. Objetivo do Conselho de Classe
O objetivo geral do Conselho de Classe
é a melhoria qualitativa e quantitativa do
processo ensino-aprendizagem, através
de discussões e reflexões pela equipe
da escola com definições satisfatórias
que venham a melhorar o processo
ensino aprendizagem.
3. • O Conselho de Classe é um espaço apropriado para
avaliação do processo de ensino.
• São espaços escolares mais identificados com reflexões sobre
as práticas gestoras e docentes
Segundo Dalben (1994), "é capaz de
dinamizar o coletivo escolar pela via
da gestão do processo de ensino,
foco central do processo de
escolarização. É o espaço prioritário
da discussão pedagógica.”
4. Porém, Lima (2012) , afirma
que reside no Conselho de
Classe o espaço apropriado
para avaliação do processo de
ensino, mas que este é deixado
de lado sob a pressão das
forças tradicionais que cedem
lugar à mera expressão
numérica dos resultados da
avaliação da aprendizagem.
Ou como mostra a imagem acima.
5. Ou ainda em alguns casos o
Conselho de Classe significa
simplesmente, um espaço para
leilões de notas, conceitos e
menções. O desejo exagerado por
anunciar apenas os resultados, tem
ocasionado a fragilização do
processo de avaliação que perde
sua importância pela ênfase nos
resultados descontextualizados da
realidade onde foram originados.
(WERLE, 2010)
6. Nesta mesma linha de raciocínio, Dalben
alerta que o papel do Conselho de
Classe no cotidiano escolar tem sido
mais o de reforçar e legitimar os resultados dos alunos, já fornecidos
pelos professores e registrados em seus diários, e não o de propiciar a
articulação coletiva desses profissionais num processo de análise
dialética, considerando a totalidade. (DALBEN, 1994, p. 114)
7.
8. O que o estudante aprendeu?
O que ele ainda não aprendeu?
O que foi realizado para que ele
aprendesse?
e, finalmente,
O que pode realizar para que ele
ainda aprenda?
(BRASÍLIA-DF, 2014).
9. As análises decorrentes das práticas dos
Conselhos de Classe constituem espaço
propício para fazer o acompanhamento e
avaliação das práticas docentes e
discentes.
10. O que não pode no Conselho de Classe?
Se transformar em um desabafo coletivo e em uma cascata de
queixas, que mais se assemelha a um tribunal onde o aluno é o
réu.
Discussões paralelas a respeito de um aluno e o foco da
análise a respeito da aprendizagem não for atingido.
11. Indicadores importantes para reflexão
• Alto índice de conceitos insatisfatórios em determinadas disciplinas.
• Alunos com conceitos insatisfatórios no(s) bimestre(s).
• Alunos que fazem parte do Projeto de Intervenção Pedagógica
Processual – IPP, Portaria N. 522/14-GAB/SEDUC-RO, Artigo 7º que
ainda continuam com conceitos insatisfatórios.
• Alunos faltosos com conceitos satisfatórios x alunos frequentes com
conceitos insatisfatórios.
• Como foram praticadas as sugestões para a melhoria do desempenho dos
alunos propostas no IPP e na Reunião Pedagógica?
• O IPP? Está ocorrendo? Há registros?
• A avaliação tem caráter diagnóstico? Como está sendo aplicada na sala
de aula?
• O que pensam os alunos que participam do Conselho sobre o
desempenho da sua sala? Têm propostas?
12. Fases importantes para o Conselho (Sugestão)
• Planejamento do Conselho (Coordenação Pedagógica);
• Convocação aos docentes;
• Levantamento de dados da turma (Equipe Pedagógica) Instrumentais;
Quadro Demonstrativos de Notas (impressa), Instrumental dos Líderes de
Classe, se tiver.
• Pauta (Coordenação Pedagógica)
• Ata descritiva, (Secretaria)
• Fala dos Líderes de Classes; (reflexão sobre atuação em sala de aula: clima de
trabalho, reações, qualidade de aproveitamento);
• Análise dos depoimentos apresentados pelos alunos;
• Sugestões de medidas a serem tomadas; (Gestor Escolar)
• Avaliação global da turma e individual;
13. • Apresentação de gráfico do rendimento escolar, por turma e disciplina;
(Coordenação Pedagógica);
• Discussão de medidas para tomada de decisão em relação aos problemas de
cada turma ou aluno;
• Avaliação dos alunos que apresentam dificuldades de qualquer natureza;
• Estabelecimento de plano de ação para a tomada de decisão; O que fazer?
• Debate sobre o Processo pedagógico;
• Auto-avaliação pelos professores;
• Leitura, aprovação e assinatura da ata;
• Encerramento da reunião.
14. Pós-Conselho (Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica e
Orientadores)
Leitura da Ata;
Diagnóstico (Pontos relevantes);
Quais foram os problemas levantados?
Quais os encaminhamentos propostos?
Quais questões de ensino e aprendizagem foram tratadas no
Conselho?
Quais foram as sugestões propostas?
Quais práticas de gestão democrática você identificou no Conselho?
Que mudanças você propõe para a realização do Conselho de Classe?
15. Referências:
• BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Formação de professores
do ensino médio, Etapa II - Caderno I : Organização do Trabalho
Pedagógico no Ensino Médio / Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica; [autores : Erisevelton Silva Lima... et al.]. – Curitiba :
UFPR/Setor de Educação, 2014. 49p. : il. algumas color.
• DALBEN, Â. I. de F. Trabalho escolar e conselho de classe. Coleção
magistério: formação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 1994.
• LIMA, E. S. O Diretor e as avaliações praticadas na escola. Brasília-
DF: Editora Kiron, 2012.
• WERLE, F. O. C. Sistema de Avaliação da Educação Básica no Brasil:
abordagem por níveis de segmentação. In: WERLE, F. O. C. (Org.).
Avaliação em larga escala: foco na escola. São Leopoldo: Oikos;
Brasília-DF: Liber Livro, 2010.