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Método de Análise Interacional
Frederick van Amstel @usabilidoido
Escola de Arquitetura e Design
PUCPR
Origem da Análise Interacional
•Método proposto por
Jordan & Henderson
(1995) com base nas
experiências de vários
pesquisadores ligados ao
centro Xerox Parc
•Influências da
Antropologia Visual,
Análise Conversacional,
Etnometodologia e outras
Objetivo
•Descrever interações entre pessoas e/ou com
objetos nos ambientes em que elas acontecem
•Desenvolver interpretações avançadas sobre
fenômenos corriqueiros que poucos prestam
atenção
•Gerar insights sobre fenômenos emergentes em
situações de incerteza
Como os operadores de tráfego aéreo interagem entre eles,
com pilotos e com sistemas complexos? (Suchman, 1996)
Rigor
•Transformação de experiências vividas em dados
•Delegação do enviesamento para o aparato
técnico (ex: câmeras de vídeo)
•Geração de evidências baseada em múltiplas
visualizações dos dados
•Evidências servem para desafiar a teoria e não
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Análise dos dados
•Anotações durante e após a observação
•Revisão das gravações sozinho(a) ou em grupo
•Transcrição da fala, gestos e estado dos objetos
•Definição de um foco de análise
•Codificação de evidências
Focos de análise
•Estrutura de eventos
•Organização temporal ou espacial da atividade
•Mudanças de turno na conversa
•Estruturas de participação
•Encrenca e recuperação
•Artefatos e documentos
Transcrição detalhada de interações numa oficina de
codesign para um centro de diagnóstico médico
Diagrama de transição entre turnos de fala
(Zerjav et al, 2014)
Gerente de projeto
Médico Matemático
A liderança como uma prática emergente
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Gerente de projeto
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Matemático
Planejando atividades em um centro de diagnóstico
(Van Amstel, 2014)
Visualizando dilemas de um projeto multifuncional para um
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  • 1. Método de Análise Interacional Frederick van Amstel @usabilidoido Escola de Arquitetura e Design PUCPR
  • 2. Origem da Análise Interacional •Método proposto por Jordan & Henderson (1995) com base nas experiências de vários pesquisadores ligados ao centro Xerox Parc •Influências da Antropologia Visual, Análise Conversacional, Etnometodologia e outras
  • 3. Objetivo •Descrever interações entre pessoas e/ou com objetos nos ambientes em que elas acontecem •Desenvolver interpretações avançadas sobre fenômenos corriqueiros que poucos prestam atenção •Gerar insights sobre fenômenos emergentes em situações de incerteza
  • 4. Como os operadores de tráfego aéreo interagem entre eles, com pilotos e com sistemas complexos? (Suchman, 1996)
  • 5. Rigor •Transformação de experiências vividas em dados •Delegação do enviesamento para o aparato técnico (ex: câmeras de vídeo) •Geração de evidências baseada em múltiplas visualizações dos dados •Evidências servem para desafiar a teoria e não somente confirmar
  • 6. Análise dos dados •Anotações durante e após a observação •Revisão das gravações sozinho(a) ou em grupo •Transcrição da fala, gestos e estado dos objetos •Definição de um foco de análise •Codificação de evidências
  • 7. Focos de análise •Estrutura de eventos •Organização temporal ou espacial da atividade •Mudanças de turno na conversa •Estruturas de participação •Encrenca e recuperação •Artefatos e documentos
  • 8. Transcrição detalhada de interações numa oficina de codesign para um centro de diagnóstico médico
  • 9. Diagrama de transição entre turnos de fala (Zerjav et al, 2014) Gerente de projeto Médico Matemático
  • 10. A liderança como uma prática emergente (Zerjav et al, 2014) Gerente de projeto Médico Matemático
  • 11. Planejando atividades em um centro de diagnóstico (Van Amstel, 2014)
  • 12. Visualizando dilemas de um projeto multifuncional para um dique em Gebredijk (Matos Castaño et al, 2016)
  • 13. Obrigado! Frederick van Amstel @usabilidoido www.usabilidoido.com.br