As primeiras moedas portuguesas terão sido mandadas cunhar ainda por d
O que é a moeda
1. O que é a moeda?
Moeda é todo o meio que serve para facilitar as trocas. Funciona como um lubrificante
do sistema de trocas.
A forma mais simples de fazer troca é a troca directa. Mas levanta problemas de
redução do bem-estar potencial.
Vários bens serviram como moeda ao longo dos tempos: vacas, trigo, cigarros, pão,
vinho, etc...
MAS.....ESTES BENS TÊM UTILIDADE NÃO MONETÁRIA!!! Rapidamente desapareciam do
circuito das trocas...
Grande contradição – para ser moeda, um bem tinha que ser útil, para que fosse
aceite por todos. Mas, ao mesmo tempo, não podia ter procura não monetária, isto é,
tinha que ser inútil...
Durante séculos, este problema foi defrontado pela teoria monetária.
Os bens de luxo, como conchas, pérolas, etc., vieram ajudar a resolver o problema. O
seu valor não era alterado (degradado) pelo seu consumo não monetário.
Isto significa que nem todos os bens podem preencher as condições para serem
moeda!
Durante muito tempo, usou-se a moeda pesada para transacções – em cada loja
havia uma balança para pesar o ouro e a prata que servia para as trocas.
João Biai
2. Como este método era pouco prático, devido aos erros que gerava, passou-se à
moeda contada – bolinhas de ouro, por exemplo, com peso pré-determinado.
Autoridade de fiscalização era necessária (Rei, imperador, etc...).
Assim se passou à fase da moeda cunhada, praticamente como a conhecemos hoje –
discos metálicos, com o nome do peso correspondente (libra, peso), e com o nome do
soberano que a mandava cunhar.
Mas as moedas tinham pouca validade geral, principalmente em grandes mercados
distantes – CAMBISTA!
João Biai
3. História da moeda
Durante muito tempo, usou-se a moeda pesada para transacções – em cada loja havia
uma balança para pesar o ouro e a prata que servia para as trocas.
Como este método era pouco prático, devido aos erros que gerava, passou-se à
moeda contada – bolinhas de ouro, por exemplo, com peso pré-determinado.
Autoridade de fiscalização era necessária (Rei, imperador, etc...).
Assim se passou à fase da moeda cunhada, praticamente como a conhecemos hoje –
discos metálicos, com o nome do peso correspondente (libra, peso), e com o nome do
soberano que a mandava cunhar.
Mas as moedas tinham pouca validade geral, principalmente em grandes mercados
distantes – CAMBISTA!
Os cambistas tinham como função comparar e trocar as moedas de uma zona por
outra. Faziam também outro negócio – alugavam cofres para guardar em depósito a
moeda dos clientes. Cada cliente ficava com um recibo, como contrapartida, que podia
ser endossado. O papel não era ouro, mas valia ouro...Porque tinha a assinatura do
cambista a garantir!
Quando estes recibos começaram a circular, surgiu a moeda de papel. A partir do final
do séc. XVII, alguns cambistas começaram a emitir recibos com um certo montante
padrão, sempre igual, e a ter a expressão “ao portador”. Apareceram assim as notas
que hoje utilizamos – o papel circulava livremente como moeda.
Cada vez mais o papel circulava, e cada vez menos o ouro era levantado. Daqui surgiu
a ideia de emprestar o ouro parado, cobrando um juro. Era o nascimento dos bancos!
Este era o negócio do crédito. Emitiam-se mais recibos do que o ouro existente. Era
uma forma milagrosa de fazer dinheiro. Mas...surgia também a possibilidade de
bancarrota!
As autoridades tiveram que intervir, declarando a inconvertibilidade dos papéis em
ouro, para além de terem tomado o monopólio de emissão de moeda. A moeda
passou a ser fiduciária, e passou-se da moeda de papel para o papel-moeda.
João Biai