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ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
   PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E
       PROCESSOS DE GESTÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA




                TOMAZ DOS SANTOS DUTRA




A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO




                     SÃO LEOPOLDO
                          2010
2

                 TOMAZ DOS SANTOS DUTRA




A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO




                                 Trabalho de Conclusão do Curso de
                                 Especialização em Direitos Humanos,
                                 Cidadania e Processos de Gestão em
                                 Segurança Pública. Para obtenção do
                                 certificado de Especialista em Direitos
                                 Humanos, Cidadania e Processos de
                                 Gestão em Segurança Pública. Escola
                                 Superior de Teologia. Programa de Pós-
                                 Graduação em Teologia.


              Orientador: Prof. Dr. Rudolf Von Sinner




                        SÃO LEOPOLDO
                               2010
A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO




Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos,
Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Para obtenção do
certificado de Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão
em Segurança Pública. Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-Graduação
em Teologia.




Data: 01 de Março de 2011.




____________________________________________

Prof. Dr. Rudolf Von Sinner: Doutor em Teologia – EST
Dedico a minha esposa, Sandra Maria Martim Dutra
           Aos meus filhos, Maicon Martim Dutra e
                           Manuela Martin Dutra.
AGRADECIMENTOS



           Agradeço primeiramente ao pai maior, por me abençoar com saúde e
perseverança, sem as quais não teria conseguido continuar; à minha família, por
sempre acreditar e incentivar os meus projetos, sem eles nada seria possível; ao
meu orientador, Professor Dr. Rudolf Von Sinner, que sempre esteve presente
quando precisei de apoio e orientação no trabalho desenvolvido.


           Aos professores, pela excelente condução do Curso de Direitos Humanos e
Processos de Gestão em Segurança Pública.


           Aos alunos e colegas de aulas, que com debates contribuíram para a
formação do conhecimento no curso, proporcionando-nos chegar ao término deste
projeto.
Os três grandes fundamentos para se
conseguir qualquer coisa são: primeiro,
trabalho árduo; segundo, perseverança;
terceiro, senso comum.
           Thomas A. Edison
SUMÁRIO



AGRADECIMENTOS....................................................................................................5
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO................................................11
2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO......................................................................13
3 OS VALORES..........................................................................................................16
3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE......................................16
3.2 A BASE..................................................................................................................19
4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS................................................................................22
5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR.........................................26
5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES
DIDÁTICAS.................................................................................................................26
5.1.1 Disciplina de Português..................................................................................26
5.1.2 Disciplina de Matemática................................................................................27
5.1.3 Disciplina de Ciências.....................................................................................27
5.1.4 Disciplina de História.......................................................................................29
5.1.5 Disciplina de Geografia...................................................................................29
5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais........................................................................30
6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS..............................................................32
6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE........................................32
6.1.1 Teatro.................................................................................................................32
6.1.2 Jogos na sala de aula......................................................................................33
6.1.3 Música (som)....................................................................................................34
6.1.4 Artes Plásticas..................................................................................................35
6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do
tema trânsito..............................................................................................................36
6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO......................................................................37
6.3 TEMAS ABORDADOS..........................................................................................38
CONCLUSÃO.............................................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................43
INTRODUÇÃO



        A Educação no trânsito é um dos maiores desafios que está sendo
enfrentado pelos governos nacional, estadual e municipal, que trabalham para
garantir as mínimas condições aos usuários das vias. Aqui, no município de Estância
Velha, desenvolvemos um trabalho juntamente com a Secretaria de Educação e
Cultura com alunos das escolas municipal.


        Trabalho este que tem a participação direta do agente de trânsito na sala de
aula, levando os ensinamentos e as experiências vividos no dia-a-dia e, com isto,
fazer com que estes alunos compreendam que a prioridade da sociedade, em
qualquer circunstância, é sempre proteger a vida para viver com qualidade.


        Este problema está sendo comum tanto nos países ricos como nos pobres,
não há exceção, e está pondo em alerta todas as autoridades públicas responsáveis
pela educação do trânsito e também os da saúde, local onde acabam chegando os
cidadãos quando lesionados em acidente de trânsito.


        O objetivo do projeto de Educação no Trânsito é tocar no sentimento dos
alunos e, através destas crianças, chegar aos pais, ou seja, que com estas
informações os alunos possam passar a seus pais a importância de ter
conscientização maior a respeito da educação no trânsito ao acender uma luz de
alerta, poder explorar o potencial que as crianças têm ao assimilar o que está sendo
passado em sala de aula e, na hora de passarem estas informações aos pais,
transmitir o que realmente precisa para ter paz no trânsito, o respeito e a cidadania.


        Este trabalho de Educação no Trânsito é técnico social e irá colaborar na
orientação correta para a população, orientando como devem ser os cuidados a
serem tomados ao utilizar as vias públicas, quanto à questão e à maneira correta,
colaborando, assim, com a preservação da vida dos que utilizam as vias diariamente
ou eventualmente.


        Buscamos mobilizar a sociedade e seus representantes nas ações e nas
campanhas pertinentes à educação no trânsito, para que venham atuar junto com o
órgão público, pois para podermos vencer esta luta somente envolvendo a
sociedade ainda teremos um longo caminho a percorrer e, por esta razão, devemos
apostar na juventude.


       Todos os dias quando abrimos o jornal, grandes manchetes estampadas,
‘mais uma morte’, seres humanos morrendo atropelados nas ruas e rodovias. Não
podemos achar que isto acontece apenas com os outros, já que estes outros, muitas
vezes, poderiam ser nossos familiares. Acreditamos que somente com educação
poderemos diminuir estes índices.


       Com este trabalho de educação para o trânsito, o qual está sendo
desenvolvido nas salas de aula, temos como objetivo principal procurar estimular no
aluno os hábitos e comportamentos de segurança na locomoção no trânsito e, com
isto, transformando o conhecimento em ação, por meio de vivências e situações
encontradas no seu cotidiano, passando para o aluno exemplos simples, como, ao
atravessar a rua, olhar para ambos os lados, verificar se está vindo veiculo e, se
estiver, aguardar sua oportunidade, buscando sempre a faixa de segurança, o sinal
ou a autorização de um guarda para efetuar a travessia.


       Neste projeto realizar-se-ão palestras com a comunidade escolar e nas
associações de bairro, encontros estes com a finalidade de sensibilizar os
moradores sobre a importância da educação e da forma correta de utilizar as vias
públicas existentes no município.


       Os objetivos deste trabalho são os de orientar os estudantes com a
finalidade de transformar novos conhecimentos teóricos em prática e formar novas
atitudes e ações concretas para que, ao despertar a consciência crítica, cada aluno
possa ser um multiplicador da Educação para o Trânsito dentro de suas famílias e
na comunidade. Fazê-los reconhecer, através de debates em grupos, que o ser
humano, seja ele pedestre ou condutor, é o elemento mais importante no trânsito e
esclarecer bem a sua importância e suas obrigações dentro do trânsito.


       Explicar aos alunos qual a importância da faixa de segurança, os cuidados
que devem ser tomados ao atravessar semáforos, o que significam as cores
existentes e para que servem as placas de sinalização, trazer profissionais com
formação, agentes de trânsito ou pessoas que tenham capacitação, a fim de aplicar
os conhecimentos no cotidiano e divulgar as ações a serem desenvolvidas em
associações de bairro, escolas e empresas.


        O problema Acidente de Trânsito1 vem fazendo parte do cotidiano da vida
das pessoas, silenciosa e assustadoramente. Conhecer melhor esta realidade,
criando subsídios para a tomada de decisões e complementando as ações, é o
primeiro passo para uma mudança nessa cruel realidade.


        Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a segurança e a prevenção
de acidentes de trânsito em rodovias federais, estaduais e municipais, são obrigação
das autoridades gestoras e operadoras do trânsito e transporte.


                       O custo anual dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras alcançou a
                       cifra de R$ 22 bilhões, a preços de dezembro de 2005 – 1,2% do PIB
                       brasileiro. A maior parte refere-se à perda de produção, associada à morte
                       das pessoas ou interrupção de suas atividades, seguido dos custos de
                       cuidados em saúde e os associados aos veículos.2




1
   Pesquisa de impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias
brasileiras. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/publicacoes/show_public.asp?cod=1/>.
Acesso em: 9 Dez. 2010.
2
  Idem.
1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO



         Conforme estabelece o Código de Trânsito Brasileiro, no capitulo I, art. 1º, §
2º: 3


                        O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos
                        e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes
                        cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas
                        destinadas a assegurar esse direito.


         A Constituição Federal de 1988 é bem clara, no Art. 37 § 6º 4, ao definir
quais os órgãos respondem, objetivamente, por danos causados ao cidadão em
virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos
e serviços que garantem o exercício do direito no trânsito seguro.


         Neste sentido, é importante ressaltar que promover o trânsito seguro é dever
de todos os componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, assim como a
educação para o trânsito constitui direito de todos e dever prioritário destes órgãos.
A princípio não existe tempo pré-determinado para a educação das pessoas, pois
estamos sempre evoluindo e procurando buscar conhecimento, não somente com
referência ao      trânsito   como também          sobre    saúde, pois       ao termos       um
comportamento seguro nas vias estamos colaborando na prevenção e diminuindo
gastos desnecessários nos hospitais.


         No que se refere à educação para o trânsito, ainda no Art. 24 do CTB,
estabelece como competência municipal, em seu inciso XV, “[...] promover e
participar de projetos e programas de educação e segurança no trânsito de acordo
com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN”.


         Todas as regras e normas no trânsito deveriam ser assimiladas por todos. A
escola como ambiente educador, deveria contribuir neste processo, por que é na

3
  BRASIL. Ministério das Cidades, CNT, Denatran. Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>>. Aceso em: 9 Dez. 2010. A seguir, os artigos do CTB são
citados diretamente no texto, com indicação do artigo e inciso correspondentes.
4
  As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
infância e na adolescência que se têm maior aceitação do ensinamento e
melhoramento da conduta do ser humano.


       Para facilitar o entendimento da legislação pertinente à educação para o
trânsito, o Código de Trânsito Brasileiro destaca e orienta como proceder nesta área
de acordo com a Política Nacional de Trânsito, através das Resoluções e Portarias
do DENATRAN.
2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO



         Podemos verificar que no CTB, compreendido entre os artigos 74 e 79,
juntamente com seus incisos, está determinando o que e como deve ser aplicada a
educação no trânsito para os alunos nas escolas, onde cada município pode definir
a melhor forma de aplicação deste conteúdo, devendo, com isto, atingir todos os
objetivos, cujo principal é a preservação da vida.


         Os órgãos entidades executivos de trânsito têm autonomia para firmar
convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios5, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas na
legislação vigente.


         Ao conhecer a legislação de trânsito do Brasil e tentar compreendê-la,
respeitando os princípios fundamentais que garante a todos os cidadãos, o direito de
ir e vir e ao transitar com segurança pelas vias.


         A legislação é ampla, rica, com leis, portarias, decretos e resoluções,
permitindo com isto a compreensão dos legisladores que têm a necessidade de ser
atualizadas com permanência para que seja feito cumprir da forma correta, não só
pelos condutores como também pelos pedestres6.


         Em 1910 foi criado um decreto7 aprovando e regulamentando o transporte
de passageiros e mercadorias através de automóveis, fazendo ligação entre todos
os estados, tendo grandes transformações políticas, sociais e tecnológicas,
aumentando a economia brasileira. A partir de setembro de 1997 se faz presente a
Lei federal 9.503, que institui o novo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, o qual
trouxe regras atualizadas, como valores a pagar por infrações cometidas.
5
  BRASIL. Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Lei 9.503, Art. 79. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010.
6
 BRASIL Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Legislação complementar, 2008 -
Lei      9.503      de     27     de     Setembro       de    1997       -    Capítulo     IV     -
Dos      pedestres    e    condutores    de   veículos    não    motorizados.     Disponível    em:
<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010.
7
 BRASIL. Decreto n° 8.324, de 27 de outubro de 1910. Disponível em: Ministério das Cidades, CNT,
Denatran, Código de Trânsito Brasileiro, Brasília. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/
transporte-coletivo-pdf-a9229.html>. Acesso em: 9 Dez. 2010.
Como devem ser observados os termos usados na legislação, apresenta
grandes mudanças nas bases da sociedade, como a regulamentação do uso do
“cinto de segurança” (Art. 65, CTB), que estava sendo considerado como algo que
atrapalhava ao ser utilizado, traduzindo qual a função social das leis brasileiras
sobre o tema trânsito e a forma como teve que ser conduzida a redação a fim de
sensibilizar os cidadãos condutores.


         A complementação das leis vem com a convenção de Viena sobre o trânsito
viário, de 1968, aprovado no Brasil em 19808, decretos e resoluções do CONTRAN,
e as portarias do Denatran, através dos manuais de sinalização de Trânsito, e vários
títulos, como o condutor defensivo9, e a responsabilidade civil em acidentes de
trânsito10.


         Toda a sociedade deveria ter conhecimento de toda a legislação sobre
trânsito, principalmente do CTB e suas regulamentações, onde consta o que mudou
nas sinalizações vertical (são placas colocadas em colunas de ferro ao longo das
laterais das vias) e horizontal (faixas feitas com tintas no solo das vias para ser
identificado o que deverá ser feito no deslocamento, indicando se é via dupla ou
não). Nas novas regras para a habilitação (Capítulo XIV, CTB), adquirir
conhecimentos mais concretos sobre o tema trânsito, entender que somente a partir
do conhecimento é que se ativa a luta pela transformação da realidade do dia-a-dia.


         A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que a
educação deverá abranger todos os processos formativos, para que, com isto, possa
desenvolver a vida familiar. A humanidade deve ter uma melhor convivência, tanto
no trabalho como nas instituições de ensino e pesquisa, e através dos movimentos
sociais, manterem a sociedade civil organizada para que possam manifestar-se
através da criação de uma cultura de paz.


         Esta educação que é dever da nossa família e do estado deverá ser
inspirada nos princípios da igualdade, da liberdade, da solidariedade, do respeito, da
8
 BRASIL. Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981. Disponível em: <http://www2.mre.gov.br/
dai/transit.htm>. Acesso em: 4 mar. 2010.
9
  DOTTA, Ático. O condutor defensivo: teoria e pratica. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.
10
   MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade civil em acidente de trânsito. 2.ed. Porto
Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.
gratuidade e da valorização, para que todo o cidadão possa ter a sua qualificação
para o trabalho e as condições para seu bem-estar.


       A Carta Magna, Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 6º, nos
assegura uma educação de qualidade, a qual estamos buscando manter, através da
formação adequada para os profissionais que desempenham a função de educador,
no que diz respeito ao trânsito, para que possam levar este conhecimento aos
alunos das escolas do município.
3 OS VALORES



3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE



        Já paramos para pensar que todos são pedestres? E que poucos são
motoristas ou ciclistas? Por isto deveríamos tratar o trânsito como um espaço em
que deve ser priorizado mais o ser humano e menos o veículo.


        É fundamental que haja respeito ao ser humano, é necessário oferecer
maior espaço para as pessoas em locais públicos, pois em determinadas situações
e lugares, as pessoas dividem o espaço com os veículos.


        Esta situação pode e deve ser resolvida entre a engenharia de tráfego e
especialistas de todas as áreas. O trânsito deve ser percebido como aspecto
público, onde o respeito à vida é vital.


        Todos devem vivenciá-lo com uma visão mais humanizada, não devemos ter
falta de confiança11 nas pessoas que utilizam as escolas, como alunos, pais e mães,
devemos acreditar na capacidade que têm de transformar esta sociedade para
melhor, não podemos ter apenas um olhar técnico, certamente este é um dos
primeiros passos que precisamos dar para tornar o trânsito mais humano e menos
máquina. Com esta atitude muitos de nós deixaremos a paixão pelo automóvel e
passaremos a olhar o ser humano com mais atenção, pois precisamos pensar em
pessoas e não somente em meios de transportes.


        Infelizmente a visão de respeito às pessoas fica em segundo plano, aliada à
falta de planejamento, ao crescimento populacional exagerado e desordenado, ainda
temos os hábitos e costumes baseados na tese de que, primeiro vêm os veículos,
depois as pessoas, em função da enorme quantidade de veículos em circulação e
da tradicional priorização destes nas construções das ruas e rodovias (fazendo com
que acreditemos ser verdade esta tese).

11
  SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo:
Sinodal, 2007, p.11.
É com tristeza que chego à conclusão de que os veículos acabaram se
tornando, para as pessoas, a representação e a expressão de status, poder e da
cultura do ser através do ter, um bem com maior potência, algo que possa chamar a
atenção das outras pessoas.


           As emoções, como raiva e felicidade, são reações e acontecimentos do
nosso dia-a-dia, surgem repentinamente, despertam em situações novas, insólitas e
inesperadas. Têm a função comunicativa e estão ligadas a situações presentes ou
futuras.


           O sentimento é algo com que se anda, andamos tristes ou alegres. Não é
possível observar um sentimento nas outras pessoas, a não ser pelos sinais que
indicam os sentimentos de alguém, estes sinais muitas vezes estão sendo expresso
no trânsito, com xingamentos e gestos feitos pelos condutores. Ao contrário, as
emoções12 são facilmente identificáveis e elas devem estar sempre sob o nosso
controle, somente assim podemos agir com harmonia e equilíbrio.


           A falta de respeito à individualidade e ao direito do outro parece ser a tônica
no ambiente do tráfego. Nestes atos impensados semeamos a tragédia para os que
nos acompanham ou para os que estão nas ruas no momento em que damos vazão
à loucura no volante, até o contexto em que vivemos não favorece o autocontrole,
estimulando comportamentos desvairados.


           Neste sentido, a mídia responde em parte pelo estímulo a essa insanidade,
parecendo sem sentido às campanhas de educação no trânsito, quando as
propagandas de automóveis, muito mais apelativo e com maior qualidade, reforçam
comportamentos que ferem o Código de Trânsito Brasileiro nas regras de circulação.
Devemos questionar e refletir sobre a mensagem transmitida, pois muitas vezes não
nos damos conta do quanto nós mesmos nos deixamos influenciar pelas
propagandas. Esta mensagem muitas vezes trata de carros velozes, pois os
veículos saem das montadoras com a capacidade de mais de cem quilômetros por
hora, mas, ao mesmo tempo, poucas vias brasileiras suportam esta velocidade,

12
  CESAR, Bel. O livro das emoções: reflexões inspiradas na psicologia do budismo Tibetano. São
Paulo: Gaia, 2004. A autora nos convida a acolher irrestritamente todas as nossas emoções sem as
rotular em boas ou ruins.
gerando conflitos entre a realidade e a emoção.


        Percebemos claramente que, em alguns casos, o fato de dirigir não é
percebido nem levado a sério, é quase desconsiderado como algo que requer todo o
cuidado e atenção, mas, na verdade, é uma atividade que requer segurança,
conscientização, autocontrole emocional, calma e sensatez.


        Às vezes a mídia incentiva o comportamento de algumas pessoas com
propagandas que levam as mesmas a pensar e agir como se estivessem em algum
filme de ação ou aventura e que isto não lhes traz conseqüência alguma, mudam
seu comportamento e se direcionam somente àquilo que os interessa.


        O que devemos fazer é filtrar as informações que nos são ofertadas e,
principalmente, refletir sobre a origem de nossas emoções antes que elas surjam no
trânsito, a fim de mantermos o equilíbrio para agir de forma correta no momento do
imprevisto, onde em geral de fato não há tempo.


        Nós, seres humanos, somos movidos pelas emoções e devemos saber a
diferença entre o virtual e a realidade, para podermos, então, controlar as emoções
e lembrar os valores da vida. Somente agindo desta forma e com responsabilidade
será diminuído o número de acidentes, cuja quantidade de mortes é superior, às
vezes, às de guerras terroristas.


        Estudos comprovam que a estrutura complexa de um acidente é
emergencialmente emocional, principalmente a raiva, porque ela é como um ser vivo
que nasce, cresce e se reproduz quando atinge outros condutores.


        Temos certeza, através de estudos mais específicos, que esta falta de
controle emocional vai muito além e são diversos os fatores que induzem a pessoa,
muitas vezes pacata, a agir de forma descontrolada no trânsito, ultrapassando,
assim, a influência da mídia.
3.2 A BASE



       O educador e a família são parceiros na construção de valores e de uma
sociedade humanizada, assim, quando o educando não possui o apoio familiar na
escola, ele acaba perdendo a grande oportunidade de se alfabetizar, ser orientado e
formar-se um cidadão decente e, principalmente, um cidadão consciente de seus
deveres para com a sociedade.


       O sucesso na aprendizagem só é realizado com a colaboração da família,
da escola e da comunidade, garantindo o sucesso na formação do educando.
Também com a ajuda constante, aumentam as expectativas quanto ao percurso
escolar e tornando-os autoconfiantes, melhorando a auto-estima.


       O envolvimento constante dos pais na vida escolar de seus filhos torna-os
mais participantes na vida pública quando adultos. Entrelaçar a relação escola/
família torna possível a reflexão sobre o tipo de sociedade que queremos
futuramente, democrática, mas passível a criticas.


       Por estas e outras razões, todas de extrema importância, é que a família
deve participar integralmente na vida de seus filhos e, principalmente, em sua
formação escolar, observando cada passo de seu desenvolvimento, criando
possibilidades, indicando os caminhos, enfim, auxiliando da melhor forma possível.


       A educação não precisa de tecnologias inexplicáveis, nem de milhões de
reais para formação e desenvolvimento do caráter do aluno, mas sim de um
currículo transformador da realidade, onde o professor, o aluno e os familiares se
compreendam, socializando objetivos equivalentes, enfim todos juntos e com o
mesmo ideal.


       Todos têm educação, e é através dela que se forma o cidadão responsável,
para que possamos viver em sociedade, ou o que podemos chamar de sociedade
hoje, já que este conceito está muito diversificado, sendo que uns acreditam que
sociedade é agir de forma errônea e tratando as outras pessoas mal,
desrespeitando, mas na verdade, para ter uma vida melhor, devemos respeitar os
outros e sermos educados. Esta educação deve ser um processo permanente de
aquisição e construção de conhecimento, e não ficar simplesmente na transmissão
de informação, pois é a partir deste pensamento que chegaremos a uma educação
de melhor qualidade.


        Estamos acostumados a ver apenas números. Quando tratamos sobre
acidentes de trânsito há necessidade de começar a compreender que não são
apenas números, mas sim seres humanos que estão sendo dizimados nas vias
públicas. Já existem estudos catalogando esta violência como uma guerra, guerra
esta no trânsito que estamos começando a perder13.


        Somente através de uma boa educação poderemos chegar a um conceito
melhor de vida, devemos entender que os veículos foram feitos para andar em vias
e locais diferentes, que o mesmo veiculo que circula na auto-estrada, passa também
dentro das cidades, localidade em que é exigida velocidade diferente, mesmo o
condutor sendo o mesmo.


        Para entender o que isto significa, só através da educação, e devemos
começar com a família; ensinar os conceitos do que é uma família, o respeito mútuo
entre pai, mãe, irmão e irmã, entender que não é possível passarmos ao mesmo
tempo em uma porta e, por que, quando estamos nas vias, queremos ser os
primeiros? Onde ficam os direitos do próximo? A cordialidade, o amor, a dignidade?
Isto é essencial, é o mínimo que devemos entender como cidadãos vivendo em
sociedade, a menos que pensemos que sociedade é tratar os seres humanos com
desrespeito, como citado anteriormente.


        Um exemplo desta descordialidade, ou egoísmo é: queremos, como
moradores, ter uma via com pavimentação, então precisamos que nesta via passe
transporte coletivo, mas não aceitamos que o Órgão Público coloque um “abrigo”
(ponto de embarque e desembarque de passageiros) na frente da nossa casa, mas
se este ponto for na calçada do vizinho, pode ser colocado sem problema. Quando
somos beneficiados, tudo pode estar próximo, quando não somos beneficiados não
queremos. Esta atitude é algo que pode atrapalhar o convívio com a sociedade.
13
  ALBUQUERQUE, Beto. Trânsito seguro. Disponível em: <http://www.betoalbuquerque.com.br/
causas/transito-seguro>. Acesso em: 18 Jan. 2011.
Muitas vezes ao deixarmos de dar a preferência a outro condutor, este ato
poderá causar grandes complicações podendo gerar um acidente, causando gastos
reais, em parte humanos, e de tempo, levando-se em conta que geralmente um
acidente com danos apenas materiais envolve em torno de quatro a oito pessoas, e,
quando atinge danos físicos, chega a ser necessário o dobro de pessoas para este
atendimento.


        Não precisamos de muito para perder a calma no trânsito. Um carro que
fecha a nossa passagem, outro que não dá seta antes de virar, alguém que pára em
fila dupla e nos faz esperar, outro que dirige devagar...


        Em maior ou menor grau, com maior ou menor freqüência, todo mundo é
atacado por uma espécie de fúria quando está no trânsito e se depara com uma
situação que o desagrada. Até o condutor mais cordial acaba se irritando e adotando
um comportamento agressivo.

                                                                 14
        Tanto é que o chamado “assassino motorizado”                  é objeto de estudos de
psicólogos especialistas em trânsito. Uma das explicações é que, isolado no carro, o
motorista enfrenta o dilema de estar em um ambiente público (rua) e privado (carro)
ao mesmo tempo.


        Inserido em seu ambiente privado, o motorista se sente protegido, além de
ser um sujeito anônimo, o que lhe confere certa sensação de impunidade,
reforçando assim sua agressividade. Outra explicação é que o stress e a correria a
que as pessoas estão sujeitas no dia-a-dia contribuem para a impaciência e a
irritabilidade do motorista.



        O que estamos desenvolvendo para a educação no trânsito, procurando
manter o respeito entre os alunos e professores, buscando os conceitos do respeito
que devem ser passados dos pais para os filhos.




14
  BIAVATI, Eduardo; MARTINS, Heloisa. São Paulo - Rota de Colisão: a cidade, o trânsito e você.
São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, p.40.
4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS



          Neste projeto de educação para o trânsito serão desenvolvidas atividades
para todos os anos do ensino fundamental, sendo que em cada ano será trabalhado
um tema em sala de aula, aplicado pela professora e com a participação do
profissional com o conhecimento técnico. As atividades serão realizadas durante
todo o ano letivo com formação ao final do mesmo.



1ª aula



          Observar o trânsito na frente das escolas e criar uma estratégia de
implantação. Começar na primeira aula com jogos de quebra-cabeça, onde constam
as regras e dicas de segurança e sanando todas as curiosidades dos alunos.


          Os alunos serão divididos em grupos pequenos para montar os jogos um a
um, cada um dos grupos montará três ou quatro jogos, logo será discutido com os
outros colegas sobre o que se aprendeu e quais as atitudes corretas referente ao
conteúdo abordado.


          O desenvolvimento da aula: Os dez passos para andar com mais segurança
nas vias urbanas.


          • Atravessar a rua sempre na faixa de segurança;


          • Respeitar os sinais de trânsito;


          • Olhar bem para os dois lados e evitar atravessar a rua correndo;


          • Só atravessar a rua quando sinal do semáforo estiver vermelho para os
            veículos;


          • Andar sempre no banco de trás do veiculo utilizando o cinto de
segurança;


          • Andar sempre na calçada;


          • Nunca jogar lixo pela janela do veículo na calçada ou na via;


          • Andar de bicicleta em lugares seguros, como ciclo-vias e parques;


          • Nunca correr atrás da bola que cai na rua, peça ajuda para um adulto;


          • Não andar de skate no meio da rua.



2ª Aula



          Começam, nesta segunda aula, com um jogo da memória sobre as
sinalizações de advertência, proibições e ordens.


          Dividir os alunos em três grupos, debater sobre o conteúdo e o que
aprenderam, quais as placas e para que servem, qual o uso mais comum, sua
importância e onde é utilizada. Logo após, distribuir uma folha com as atividades a
serem desenvolvidas, atividades estas que poderão ser levadas para a residência do
aluno após o término das questões, retornando-a na próxima aula para discussão
das dúvidas.


          Trabalhar na confecção de um jogo de memória juntamente com os alunos,
após a organização começar a desenvolver as brincadeiras, este jogo deverá ter os
símbolos das placas de sinalização.


          Segunda montagem de material, um jogo de passatempo tendo duas
colunas, nas quais fica exposto o conteúdo relacionado com o tema trânsito, onde
deverá ter ligação entre as colunas determinando o uso destes materiais.
3ª Aula



          Jogo onde o aluno irá decifrar o Código de Trânsito Brasileiro; montar os
grupos que deverão formular frases, trocando os símbolos pelas letras e, com isto,
formando um cartaz.


          Debater sobre o que se aprendeu e qual o significado das frases que foram
montadas, verificar se estas regras estão sendo cumpridas, se o que se observa nas
ruas é o correto ou não e, na escola, efetuar um levantamento sobre quais os alunos
que cumprem estas normas.



4ª Aula



          Começar esta aula com jogo de trilhas, onde os alunos, em duplas, montam
os dados e os carrinhos. Em seguida, colocar nesta trilha os principais pontos da
cidade, depois da trilha montada começar a debater sobre quais as placas que
constam na trilha, quais delas são de advertência e de proibição, sanar as
curiosidades dos alunos e as dúvidas sobre o que se discutiu, caso não sejam
cumpridas as regras, o que acarretará como penalidade e quais as fatalidades que
poderiam ocorrer.



5ª Aula



          Montar um jogo de caça-palavras gigante, dividir os alunos em grupos para
jogar no chão, onde deverão ser respondidas as perguntas contidas neste banner
que foi montado, estas letras poderão ser confeccionadas em EVA, para serem
utilizadas mais vezes.
6ª Aula



          Na penúltima aula passar para os alunos, em retro-projetor, desenhos das
placas de sinalização que foram utilizadas em todas as aulas, citar exemplos dos
lugares onde podemos brincar com segurança, como praças, parques, e como se
comportar na escola, no ônibus, etc.



7ª Aula



          Passar duas atividades para os alunos desempenharem individualmente, um
jogo dos sete erros e um de caça-palavras, para com isto poder avaliar como foi o
aproveitamento do aluno nos sete encontros.
5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR



5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES
DIDÁTICAS



        Cada disciplina desenvolve, sob sua ótica e especialidade, o tema proposto.



5.1.1 Disciplina de Português



        Podem-se trabalhar textos de jornais sobre a legislação de trânsito e as
regras de circulação. Produzir e interpretar textos que satisfaçam necessidades
pessoais e coletivas a respeito do trânsito de sua cidade.


        • Solicitar pesquisa de campo sobre as atitudes corretas no trânsito
          (pedestre, motorista, ciclista, carroceiro, condutor do veículo de mão que
          coleta material reciclado ou o vendedor ambulante, motociclista, etc.),
          utilizando uma ficha de observação, para posteriormente solicitar relatório,
          que poderá ser analisado em diversas disciplinas, dependendo do
          conteúdo que se está estudando;


        • Exibir filmes e vídeos educativos ou notícias sobre trânsito e realizar
          debates;


        • Imprimir mensagens sobre segurança no trânsito nas circulares e
          endereçá-las aos pais;


        • Criar concurso para alunos do ensino médio, solicitando a criação de
          projeto sobre educação para o trânsito que mude comportamentos
          inadequados dos jovens no trânsito. Este concurso pode e deve
          extrapolar as salas do colégio e concorrer com os demais colégios;
• Pesquisar sobre os problemas de trânsito na cidade, com apresentação
           de soluções.



5.1.2 Disciplina de Matemática



        Com a matemática o professor estimula os alunos para que organizem
estruturas do pensamento, que favoreçam o raciocínio lógico, realizem diferentes
soluções de problemas da realidade, inclusive no trânsito.


        Apresentar então a inter-relação desta disciplina com velocidade, peso,
limites, distância e quantidade.


        • Confeccionado placas de sinalização para serem utilizadas dentro da
           escola nos horários de entrada e saída dos alunos, utilizando formas
           geométricas e medidas;


        • Criar situações problemas, utilizando os elementos do trânsito;


        • Introduzir noção de distância, velocidade, localizar no mapa rodoviário,
           através das estatísticas de trânsito, os pontos onde ocorre o maior
           número de acidentes, analisando distância entre os pontos ou entre as
           cidades próximas;


        • Compor gráficos com os índices de acidentes nos últimos anos, com
           percentuais de crianças envolvidas em acidentes e horários de
           acontecimento destes acidentes, entre outros dados estatísticos.



5.1.3 Disciplina de Ciências



        O professor precisa pensar e agir de forma a transmitir aos seus alunos que
o trânsito é parte integrante do meio ambiente, fazendo com que eles interajam de
forma crítica com a realidade, analisando o cotidiano, trocando idéias, buscando
soluções.


       • Fazer análise de todos os elementos que compõem o trânsito, incluindo
            os elementos da natureza, leis da física, atmosfera, fenômenos da
            natureza, solo, água, vegetais, animais, inclusive o ser humano e sua
            tecnologia;


       • Comportamento seguro das crianças e idosos e a fragilidade do corpo
            humano frente à velocidade, força, peso, impacto, tamanho, distância;


       • Analisar a importância do uso dos equipamentos de segurança e os
            efeitos dos impactos no corpo humano, incluindo órgãos;


       • Reações que as drogas causam no corpo humano e a interferência na
            condução de veículos;


       • A visão: Importância de ver e ser visto no trânsito para evitar acidentes, o
            que é e quais são os pontos cegos de visão, a poluição visual, reconhecer
            as cores dos sinais de trânsito e do semáforo;


       • A audição: Estar atento aos vários sons, explorar e treinar a audição para
            os diferentes sons e o que significam, buzina, ambulância, apito, barulho
            do rodado, barulho do motor, barulho do escapamento, poluição sonora;


       • O olfato: Fazer referência à emissão de gases tóxicos e demais poluentes
            lançados por veículos automotores e o prejuízo à atmosfera, ao solo, às
            águas oceânicas e potáveis, discutindo a questão dos veículos em mau
            estado de conservação e que permanecem rodando ou dos retirados de
            circulação e descartados sem responsabilidade ambiental;


       • Gincanas nas escolas que incluam a limpeza das ruas vizinhas, focando o
            problema que o lixo doméstico jogado nas vias trás para o trânsito;
• Tratar a interdependência entre os seres humanos e sua tecnologia, os
          animais, a vegetação, os recursos naturais, as leis da física, os
          fenômenos da natureza, as águas oceânicas, as águas potáveis, o solo;


       • Confecção de maquetes do bairro onde se localiza a escola.



5.1.4 Disciplina de História



       Os alunos já trazem um saber decorrente de sua observação e vivência, e a
escola pode fazer com que eles reflitam sobre o que já conhecem, para que não
encarem a realidade como se fosse algo pronto e imutável, mas sim, fruto das
opções das pessoas.


       • Analisar das regras de circulação nas vias públicas, qual a sua
          importância e porque a sociedade as produziu;


       • Estudar a evolução dos meios de transporte – benefícios e prejuízos para
          a sociedade;


       • Analisar o planejamento viário da cidade desde a sua criação;


       • Meios de locomoção – evolução dos meios de locomoção até os dias
          atuais.



5.1.5 Disciplina de Geografia



       • Estudar a configuração do espaço geográfico das vias públicas rurais e
          urbanas e por que ser prudente ao andar a pé, conduzir veículos,
          inclusive os não automotores, e ser cavalheiro nos diferentes tipos de
          configuração geográfica;
• Estudar os espaços rural, urbano, o trajeto escola-casa, meios de
         locomoção;


       • Planejamento dos espaços da cidade;


       • Estudar os aspectos da vida cotidiana de cada região;


       • Fazer pesquisa sobre a correta utilização da bicicleta, skate, patins, etc.;


       • Orientar o trânsito de pedestres na frente da escola.



5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais



       Auxiliar as crianças para que elas compreendam que o trânsito em si não é
perigoso, somos nós quem estamos fazendo as coisas erradas que podem resultar
em acidentes.


       • Analisar os fatores que prejudicam a segurança no trânsito: alta
         velocidade, pedestres imprudentes, desrespeito ao próximo e às leis de
         trânsito, etc.;


       • Policiais de trânsito, quem são e a importância do trabalho deles;


       • Analisar a importância das regras de circulação;


       • Levantar as diversas profissões que são executadas no trânsito;


       • Realizar atividades de expressão plástica e musical para desenvolvimento
         da criatividade, do senso crítico e exploração da vivência da criança no
         trânsito, por meio de desenhos, pinturas, recortes, colagens, modelagens,
         dobraduras, construção com sucatas, dramatização, mímica e fantoches;


       • Dramatizar diferentes situações de acidentes no trânsito, ele é um
sentimento, uma ação e uma construção.


        O cidadão ou a cidadã exerce a cidadania quando se preocupa com o meio
ambiente, com o respeito e a valorização da família, da escola, da comunidade, e
com o trânsito, ele é vida.


        Acreditar que a escola possui um papel fundamental na educação normal,
como ensino fundamental, ensino médio e principalmente para o trânsito,
construindo esse conhecimento com as crianças, transformando-as em pessoas
preventivas e multiplicadoras desses saberes.


        É com atividades relativas ao conteúdo que poderemos construir mais um
espaço de aprendizagem e reflexão sobre o tema trânsito.
6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS



       Ao oferecer subsídios para que os professores desenvolvam as atividades
sobre trânsito, insiste-se na importância da observação e das experiências de vida
dos alunos, acreditando que as suas produções, também na simulação do dia-a-dia
do trânsito trabalhado por meio da arte, seja um dos recursos mais significativos
nesta aprendizagem.



6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE



6.1.1 Teatro



       O teatro pode ser utilizado tanto como representação quanto como jogos
teatrais, como por exemplo, os jogos de expressividade e concentração.


       Outra característica importante do teatro é que, sozinho, ele consegue reunir
várias manifestações artísticas, a própria música na sonoplastia, as artes plásticas
nos cenários, figurinos e adereços, usando a literatura na criação dos textos, ou
seja, ao criar um espetáculo pode-se preencher um ou mais bimestres de trabalho
conjunto de várias matérias do currículo escolar, tornando o ensino cada vez mais
prazeroso, dinâmico e produtivo.



Sugestão de Montagem de um espetáculo, passo a passo, tendo um roteiro
para o espetáculo



       • Dividir a turma em grupos. Em cada grupo estimule a conversa sobre o
          tema trânsito, para que os alunos contem situações vividas no trânsito,
          cenas certas e erradas que eles presenciaram ou fizeram. Em cada grupo
          uma pessoa anota estas situações e, juntos, decidem sobre quais vão
falar. Após selecionar as sugestões o professor vai ajudá-los a criar o
          roteiro do teatro;


       • A definição do papel que cada um vai representar (diretor, ator, etc.) deve
          ser feita após o término do roteiro, assim, todos já sabem o que vai
          acontecer e podem decidir de acordo com as suas afinidades;


       • Com as idéias listadas, os alunos devem organizar as cenas em formato
          de tópicos, assim, uma a uma, as cenas vão desenhando uma peça de
          teatro. Cerca de 5 a 7 cenas, com 5 minutos cada, formam um espetáculo
          com um bom tempo de duração;


       • É importante lembrar que as cenas são independentes, mas não
          recortadas dentro de um contexto, a não ser que isso faça parte de uma
          proposta pré-concebida pelo grupo, caso contrário, deve-se pensar em
          uma forma de ligar as cenas;


       • Um espetáculo é dividido em 4 momentos: introdução, desenvolvimento,
          clímax e desfecho.


       • Definidos o roteiro e os papéis que cada um vai desempenhar é só
          ensaiar e por em prática.


       • A improvisação obriga o ator a tomar decisões rápidas, por isso estimula
          a sua criatividade.



6.1.2 Jogos na sala de aula



Jogos Teatrais



       Os jogos teatrais são atividades feitas como preparação no teatro e servem
para o aquecimento e para exercitar a concentração e a expressividade, fatores
importantes durante a representação e no dia-a-dia.


       Por isso, tão ou mais importante que o jogo é a avaliação da atividade, onde
o professor vai estimular o aluno a verbalizar as sensações e conclusões obtidas
durante o jogo.



Jogo dos olhos vendados



       • Dividir os alunos da turma em duplas;


       • Distribuir uma venda para cada dupla. Uma das crianças fica vendada e a
          outra anda de mãos dadas com ela, levando-a para explorar a escola com
          as mãos;


       • Depois de um período as crianças trocam, quem guiava é guiado e vice-
          versa.


       A avaliação:


       Procurar saber: o que os alunos sentiram quando guiavam? E quando eram
guiados? Confiaram? Passaram confiança? (Estimular o cuidado com as outras
pessoas, principalmente as que têm dificuldade, como por exemplo, as crianças
menores, as pessoas com dificuldades especiais ou os idosos).



6.1.3 Música (som)



Educação infantil e ensino fundamental



       Ouvir músicas que falem sobre trânsito e analisar a sua letra, representando,
por meio de gestos e sons produzidos pelas crianças, o seu conteúdo.
Ensino fundamental e médio



        Deitar os alunos em um espaço aberto com os olhos fechados e pedir para
que elas ouçam todos os sons do ambiente e, aos poucos, que se concentrem nos
sons apenas relacionados ao trânsito (obs.: ótima atividade para trabalhar a
concentração, atenção, utilizando só o sentido da audição).


        Fazer concurso de paródias de músicas famosas e apresentar para a turma
e o colégio.



6.1.4 Artes Plásticas



Educação infantil



        Desenhos, pinturas de cenas com comportamentos corretos no trânsito.



Ensino Fundamental



        Criação de histórias a partir de recortes, modelagens e dobraduras.


        Criação e confecção de jogos educativos.



Ensino Fundamental e no Médio



        Criação de maquetes usando materiais reciclados.
6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do
tema trânsito



       • Questionamentos sobre aspectos positivos e negativos da cidade a partir
         do tema trânsito;


       • História da cidade: imigração, formação populacional, cultura, atividades
         comerciais, industriais e financeiras;


       • Estudo da planta da cidade: malha urbana, vias rápidas, rotatórias,
         viadutos, vias paralelas, vias preferenciais, vias de tráfego lento e tráfego
         rápido, via arterial, via coletora, via local, pontos referenciais e endereços.


       • Confecção de murais sobre os problemas do trânsito;


       • Confecção de faixas, textos em grupo para serem apresentados em
         murais da escola e nas reuniões de pais;


       • Gincanas internas nas escolas;


       • Exposição dos trabalhos realizados;


       • Palestras com Autoridades de trânsito, para os alunos e seus pais;


       • Passeios de ônibus organizados pelas professoras, para que as crianças
         aprendam a se portar adequadamente dentro e fora dele;


       • Como portar-se em diferentes situações de acidentes com carros,
         bicicletas, motocicletas, condutores de carroça, do carro de mão utilizado
         por coletor de material reciclável ou vendedor ambulante, pedestre,
         animais, etc., fazendo com que a criança represente diversos papéis,
         desenvolva    empatia    e    verifique   que   cada    um    deseja   fluidez,
         acessibilidade e segurança;
• Desenvolver jogos educativos sobre o trânsito para que possa ser
        utilizado no horário do recreio, como, por exemplo, tabuleiro com casas
        para serem percorridas, onde algumas situações de trânsito serão
        colocadas, jogo da memória com as placas de sinalização;


      • Os alunos terão oportunidade de pensar e reformular suas atitudes no
        trânsito, participando de atividades que fazem parte do universo de
        interesses da sua faixa etária, como vídeo ou gincana sendo trabalhados
        os conceitos de cidadania, o respeito e a responsabilidade na divisão de
        espaços públicos;


      • Quanto ao destino do lixo e reciclagem, trabalhando comportamentos
        adequados no trânsito por meio da vivência de regras e conceitos de
        segurança de circulação e travessia.



6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO



      • Filmes: material este que possa demonstrar para a criança como deverá
        proceder ao transitar pela rua;


      • Livros de histórias: que contem histórias e relacione o comportamento ao
        fazer travessia nas escolas nas faixas de pedestres, para alunos do
        ensino fundamental;


      • Recortes de jornais e revistas: estes recortes constando alguns acidentes
        para que com isto possamos demonstrar que com descuido poderemos
        ser atingidos, causando sérios danos à vida;


      • CDS: com músicas sobre o comportamento no trânsito;


      • Jogos: interativos, como caça-palavras, palavras cruzadas, jogo naval;
        história da evolução do transporte;
• Conteúdo que demonstre o que foi e o que é hoje o trânsito no Brasil e no
          mundo atual. Ex: lançamento da publicação em homenagem aos 100
          anos de Legislação de Trânsito no Brasil;


        • Gravuras com símbolos de trânsito (que demonstrem o que são placas de
          sinalização, mesmo não tratando estes alunos como condutores, mas que
          demonstrem como deveria ser o comportamento de alguns);


        • Cartilhas sem cores (onde os alunos possam expressar através da pintura
          o que compreendem e entende sobre trânsito).



6.3 TEMAS ABORDADOS



Cinto de segurança



        Crianças com menos de 10 anos não podem sentar no banco da frente.
Sente sempre no banco de trás utilizando o cinto de segurança.



Faixa de segurança



        Use sempre a faixa de pedestres e, onde houver sinaleira, fique atento aos
sinais antes de atravessar.



Celular não combina com direção



        Na Europa o negócio é diferente, as campanhas são agressivas para deixar
os condutores cientes do que podem causar com uma irresponsabilidade.
Evolução no transporte



        A legislação de trânsito brasileira é vasta e rica em leis, decretos,
resoluções, portarias que, publicados no decorrer dos últimos cem anos, nos
permitem compreender o dinamismo do tema e sua necessidade de revisão e de
atualização permanentes. Isso porque, com o passar do tempo, os costumes, as
pessoas e as sociedades mudam e novas demandas devem ser atendidas.



Dicas de trânsito para pedestre



        Garotada! Preste muita atenção: nunca brinque ou ande no meio da rua.
Não corra para atravessar a rua.



Dicas de trânsito para ciclistas



        É muito bom para a fluidez do trânsito e muito melhor para a saúde do
planeta, porém, como em todas as outras condições, deve-se ter muito cuidado e
respeito com as leis de trânsito.



Dicas de trânsito para condutor



        Para a criança é o carro que faz tudo mais depressa, então deve parar mais
depressa também.



Dicas de trânsito para crianças



        Visibilidade em função da baixa estatura da criança e o tamanho dos
veículos.



Dicas de trânsito para condução escolar e ônibus



        Esse é um tema que deve ser muito discutido, por que, especificamente
nesse caso, as questões materiais, como preço da cadeirinha, não devem estar
acima da segurança da criança.



Semáforo para pedestre



        Dispositivos para controle do tráfego de pedestres e prevenção de acidentes
de trânsito.



Os cuidados com o meio ambiente



        Cartão para semana do trânsito, semana do meio ambiente, São João,
semana Farroupilha, Semana da Pátria, dia da criança, todas alusivas ao tema com
dicas de trânsito, Sacolas para o carro (semana do meio ambiente).



Boas maneiras, respeito, paciência, amor e responsabilidade



        Na Alemanha, o emprego dos sinais horizontais indicando ciclo faixa sobre a
calçada é muito comum, pois o trânsito de bicicletas, que é intenso, é feito sobre a
calçada, já que tem largura suficiente.


        Os ciclistas exigem que os pedestres respeitem o espaço a eles destinado.
Se um pedestre transita sobre o ciclo faixa, eles buzinam mesmo. E olham para os
pedestres com cara de poucos amigos.
Adivinhem quem mais desrespeitava o território do ciclista? Nós, os
brasileiros, que não estávamos acostumados a isso.



Temas para não esquecer



        Em uma colisão de automóvel a 50 km/h, uma pessoa que estiver no banco
de trás do veiculo e sem cinto de segurança, será projetada para frente com seu
peso multiplicado 35 vezes. No impacto, uma criança com 30 kg passa a pesar
1.050 kg. Praticamente o peso de um filhote de elefante.



Ao pedalar



        O ciclismo é um ótimo esporte e praticado por muitas pessoas, quem não
gosta de sair pedalando por aí? Só que para andar de bicicleta existem regras que
devem ser seguidas para evitar acidentes, respeitar as leis de trânsito, não fazer
acrobacias nas vias, andar sempre pelas ciclovias, cuidar bem dos freios antes de
sair de casa.
CONCLUSÃO



       Este projeto de Educação para o Trânsito foi elaborado para tentar mudar as
estatísticas. Sabe-se que existe um alto número de mortes por acidentes com
veículos em todo o País e, trabalhando neste contexto relevante, cheguei à
conclusão da necessidade de começar, na infância, a formação de um melhor
motorista e um cauteloso pedestre.


       As ações e projetos de educação para o trânsito desenvolvido aqui no
município seguem as Diretrizes Curriculares Nacionais, que apontam para a
necessidade de desenvolver em paralelo programa que atinja as disciplinas do
ensino fundamental, médio e no ensino superior, sendo temas apenas transversais.


       Este projeto será desenvolvido em todos os níveis de ensino, mas com
ênfase principalmente no ensino fundamental, terceiros e quartos anos, visando à
formação integral destes alunos, para que tenham consciência dos diversos papéis
por eles exercidos no trânsito, resgatando os valores éticos. Na educação infantil
buscará estimular o comprometimento da família; no ensino fundamental
contemplado com conteúdo específico, desenvolver autonomia no convívio social e
atingir a mobilidade segura e; no ensino médio, fazer com que o aluno desenvolva
sua capacidade crítica e, com isto, chegue a uma maior integração da realidade,
objetivando sempre um trânsito mais seguro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ALBUQUERQUE,          Beto.     Trânsito       Seguro.       Disponível   em:
<http://www.betoalbuquerque.com.br/causas/transito-seguro>. Acesso em: 18 Jan.
2011.

BESSA, Marcelo. Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. In: Direito
Internacional              Público.               Disponível           em:
<http://www.marcelobessa.com.br/viena61.pdf>. Acesso em: 9 Dez. 2010.

BIAVATI, Eduardo; MARTINS, Heloisa. São Paulo – Rota de Colisão: a cidade, o
trânsito e você. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, p. 40.

BRASIL Ministério das Cidades. Código de Trânsito Brasileiro. Legislação
complementar, 2008 - Lei 9.503 de 27 de Setembro de 1997 - Capítulo IV - Dos
pedestres e condutores de veículos não motorizados. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010.

BRASIL. Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981. Disponível em:
<http://www2.mre.gov.br/ dai/transit.htm>. Acesso em: 4 Mar. 2010.

______. ______. Decreto n.º 8.324 de 27 de outubro 1910. Disponível em: <http://
www.ebah.com.br/transporte-coletivo-pdf-a9229.html>. Acesso em: 9 Dez. 2010.

______. ______. Lei 9.503. Art. 79. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/
ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010.

CESAR, BEL. O livro das emoções: reflexões inspiradas na psicologia do budismo
Tibetano. São Paulo: Gaia, 2004.

DENATRAN; IPEA. Manual de Impactos sociais e econômicos dos acidentes de
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<http://www.denatran.gov.br/publicacoes/show_public.asp?cod=1>. Acesso em: 9
Dez. 2010.

DOTTA, Ático. O condutor defensivo: teoria e prática. 2.ed. Porto Alegre: Sagra
Luzzatto, 2000.

MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade civil em acidente de trânsito.
2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001. Acesso em: 9 Dez. 2010.

SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas.
São Leopoldo: Sinodal, 2007, p. 11.

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  • 2. 2 TOMAZ DOS SANTOS DUTRA A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Para obtenção do certificado de Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Escola Superior de Teologia. Programa de Pós- Graduação em Teologia. Orientador: Prof. Dr. Rudolf Von Sinner SÃO LEOPOLDO 2010
  • 3. A VALORIZAÇÃO DA VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Para obtenção do certificado de Especialista em Direitos Humanos, Cidadania e Processos de Gestão em Segurança Pública. Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-Graduação em Teologia. Data: 01 de Março de 2011. ____________________________________________ Prof. Dr. Rudolf Von Sinner: Doutor em Teologia – EST
  • 4. Dedico a minha esposa, Sandra Maria Martim Dutra Aos meus filhos, Maicon Martim Dutra e Manuela Martin Dutra.
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao pai maior, por me abençoar com saúde e perseverança, sem as quais não teria conseguido continuar; à minha família, por sempre acreditar e incentivar os meus projetos, sem eles nada seria possível; ao meu orientador, Professor Dr. Rudolf Von Sinner, que sempre esteve presente quando precisei de apoio e orientação no trabalho desenvolvido. Aos professores, pela excelente condução do Curso de Direitos Humanos e Processos de Gestão em Segurança Pública. Aos alunos e colegas de aulas, que com debates contribuíram para a formação do conhecimento no curso, proporcionando-nos chegar ao término deste projeto.
  • 6. Os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são: primeiro, trabalho árduo; segundo, perseverança; terceiro, senso comum. Thomas A. Edison
  • 7. SUMÁRIO AGRADECIMENTOS....................................................................................................5 INTRODUÇÃO..............................................................................................................8 1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO................................................11 2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO......................................................................13 3 OS VALORES..........................................................................................................16 3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE......................................16 3.2 A BASE..................................................................................................................19 4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS................................................................................22 5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR.........................................26 5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES DIDÁTICAS.................................................................................................................26 5.1.1 Disciplina de Português..................................................................................26 5.1.2 Disciplina de Matemática................................................................................27 5.1.3 Disciplina de Ciências.....................................................................................27 5.1.4 Disciplina de História.......................................................................................29 5.1.5 Disciplina de Geografia...................................................................................29 5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais........................................................................30 6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS..............................................................32 6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE........................................32 6.1.1 Teatro.................................................................................................................32 6.1.2 Jogos na sala de aula......................................................................................33 6.1.3 Música (som)....................................................................................................34 6.1.4 Artes Plásticas..................................................................................................35 6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do tema trânsito..............................................................................................................36 6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO......................................................................37 6.3 TEMAS ABORDADOS..........................................................................................38 CONCLUSÃO.............................................................................................................42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................43
  • 8. INTRODUÇÃO A Educação no trânsito é um dos maiores desafios que está sendo enfrentado pelos governos nacional, estadual e municipal, que trabalham para garantir as mínimas condições aos usuários das vias. Aqui, no município de Estância Velha, desenvolvemos um trabalho juntamente com a Secretaria de Educação e Cultura com alunos das escolas municipal. Trabalho este que tem a participação direta do agente de trânsito na sala de aula, levando os ensinamentos e as experiências vividos no dia-a-dia e, com isto, fazer com que estes alunos compreendam que a prioridade da sociedade, em qualquer circunstância, é sempre proteger a vida para viver com qualidade. Este problema está sendo comum tanto nos países ricos como nos pobres, não há exceção, e está pondo em alerta todas as autoridades públicas responsáveis pela educação do trânsito e também os da saúde, local onde acabam chegando os cidadãos quando lesionados em acidente de trânsito. O objetivo do projeto de Educação no Trânsito é tocar no sentimento dos alunos e, através destas crianças, chegar aos pais, ou seja, que com estas informações os alunos possam passar a seus pais a importância de ter conscientização maior a respeito da educação no trânsito ao acender uma luz de alerta, poder explorar o potencial que as crianças têm ao assimilar o que está sendo passado em sala de aula e, na hora de passarem estas informações aos pais, transmitir o que realmente precisa para ter paz no trânsito, o respeito e a cidadania. Este trabalho de Educação no Trânsito é técnico social e irá colaborar na orientação correta para a população, orientando como devem ser os cuidados a serem tomados ao utilizar as vias públicas, quanto à questão e à maneira correta, colaborando, assim, com a preservação da vida dos que utilizam as vias diariamente ou eventualmente. Buscamos mobilizar a sociedade e seus representantes nas ações e nas campanhas pertinentes à educação no trânsito, para que venham atuar junto com o
  • 9. órgão público, pois para podermos vencer esta luta somente envolvendo a sociedade ainda teremos um longo caminho a percorrer e, por esta razão, devemos apostar na juventude. Todos os dias quando abrimos o jornal, grandes manchetes estampadas, ‘mais uma morte’, seres humanos morrendo atropelados nas ruas e rodovias. Não podemos achar que isto acontece apenas com os outros, já que estes outros, muitas vezes, poderiam ser nossos familiares. Acreditamos que somente com educação poderemos diminuir estes índices. Com este trabalho de educação para o trânsito, o qual está sendo desenvolvido nas salas de aula, temos como objetivo principal procurar estimular no aluno os hábitos e comportamentos de segurança na locomoção no trânsito e, com isto, transformando o conhecimento em ação, por meio de vivências e situações encontradas no seu cotidiano, passando para o aluno exemplos simples, como, ao atravessar a rua, olhar para ambos os lados, verificar se está vindo veiculo e, se estiver, aguardar sua oportunidade, buscando sempre a faixa de segurança, o sinal ou a autorização de um guarda para efetuar a travessia. Neste projeto realizar-se-ão palestras com a comunidade escolar e nas associações de bairro, encontros estes com a finalidade de sensibilizar os moradores sobre a importância da educação e da forma correta de utilizar as vias públicas existentes no município. Os objetivos deste trabalho são os de orientar os estudantes com a finalidade de transformar novos conhecimentos teóricos em prática e formar novas atitudes e ações concretas para que, ao despertar a consciência crítica, cada aluno possa ser um multiplicador da Educação para o Trânsito dentro de suas famílias e na comunidade. Fazê-los reconhecer, através de debates em grupos, que o ser humano, seja ele pedestre ou condutor, é o elemento mais importante no trânsito e esclarecer bem a sua importância e suas obrigações dentro do trânsito. Explicar aos alunos qual a importância da faixa de segurança, os cuidados que devem ser tomados ao atravessar semáforos, o que significam as cores
  • 10. existentes e para que servem as placas de sinalização, trazer profissionais com formação, agentes de trânsito ou pessoas que tenham capacitação, a fim de aplicar os conhecimentos no cotidiano e divulgar as ações a serem desenvolvidas em associações de bairro, escolas e empresas. O problema Acidente de Trânsito1 vem fazendo parte do cotidiano da vida das pessoas, silenciosa e assustadoramente. Conhecer melhor esta realidade, criando subsídios para a tomada de decisões e complementando as ações, é o primeiro passo para uma mudança nessa cruel realidade. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a segurança e a prevenção de acidentes de trânsito em rodovias federais, estaduais e municipais, são obrigação das autoridades gestoras e operadoras do trânsito e transporte. O custo anual dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras alcançou a cifra de R$ 22 bilhões, a preços de dezembro de 2005 – 1,2% do PIB brasileiro. A maior parte refere-se à perda de produção, associada à morte das pessoas ou interrupção de suas atividades, seguido dos custos de cuidados em saúde e os associados aos veículos.2 1 Pesquisa de impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/publicacoes/show_public.asp?cod=1/>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 2 Idem.
  • 11. 1 BASES LEGAIS DA EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO Conforme estabelece o Código de Trânsito Brasileiro, no capitulo I, art. 1º, § 2º: 3 O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas destinadas a assegurar esse direito. A Constituição Federal de 1988 é bem clara, no Art. 37 § 6º 4, ao definir quais os órgãos respondem, objetivamente, por danos causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantem o exercício do direito no trânsito seguro. Neste sentido, é importante ressaltar que promover o trânsito seguro é dever de todos os componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, assim como a educação para o trânsito constitui direito de todos e dever prioritário destes órgãos. A princípio não existe tempo pré-determinado para a educação das pessoas, pois estamos sempre evoluindo e procurando buscar conhecimento, não somente com referência ao trânsito como também sobre saúde, pois ao termos um comportamento seguro nas vias estamos colaborando na prevenção e diminuindo gastos desnecessários nos hospitais. No que se refere à educação para o trânsito, ainda no Art. 24 do CTB, estabelece como competência municipal, em seu inciso XV, “[...] promover e participar de projetos e programas de educação e segurança no trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN”. Todas as regras e normas no trânsito deveriam ser assimiladas por todos. A escola como ambiente educador, deveria contribuir neste processo, por que é na 3 BRASIL. Ministério das Cidades, CNT, Denatran. Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>>. Aceso em: 9 Dez. 2010. A seguir, os artigos do CTB são citados diretamente no texto, com indicação do artigo e inciso correspondentes. 4 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
  • 12. infância e na adolescência que se têm maior aceitação do ensinamento e melhoramento da conduta do ser humano. Para facilitar o entendimento da legislação pertinente à educação para o trânsito, o Código de Trânsito Brasileiro destaca e orienta como proceder nesta área de acordo com a Política Nacional de Trânsito, através das Resoluções e Portarias do DENATRAN.
  • 13. 2 A EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO Podemos verificar que no CTB, compreendido entre os artigos 74 e 79, juntamente com seus incisos, está determinando o que e como deve ser aplicada a educação no trânsito para os alunos nas escolas, onde cada município pode definir a melhor forma de aplicação deste conteúdo, devendo, com isto, atingir todos os objetivos, cujo principal é a preservação da vida. Os órgãos entidades executivos de trânsito têm autonomia para firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios5, objetivando o cumprimento das obrigações estabelecidas na legislação vigente. Ao conhecer a legislação de trânsito do Brasil e tentar compreendê-la, respeitando os princípios fundamentais que garante a todos os cidadãos, o direito de ir e vir e ao transitar com segurança pelas vias. A legislação é ampla, rica, com leis, portarias, decretos e resoluções, permitindo com isto a compreensão dos legisladores que têm a necessidade de ser atualizadas com permanência para que seja feito cumprir da forma correta, não só pelos condutores como também pelos pedestres6. Em 1910 foi criado um decreto7 aprovando e regulamentando o transporte de passageiros e mercadorias através de automóveis, fazendo ligação entre todos os estados, tendo grandes transformações políticas, sociais e tecnológicas, aumentando a economia brasileira. A partir de setembro de 1997 se faz presente a Lei federal 9.503, que institui o novo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, o qual trouxe regras atualizadas, como valores a pagar por infrações cometidas. 5 BRASIL. Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Lei 9.503, Art. 79. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 6 BRASIL Ministério das Cidades. Código de Transito Brasileiro. Legislação complementar, 2008 - Lei 9.503 de 27 de Setembro de 1997 - Capítulo IV - Dos pedestres e condutores de veículos não motorizados. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. 7 BRASIL. Decreto n° 8.324, de 27 de outubro de 1910. Disponível em: Ministério das Cidades, CNT, Denatran, Código de Trânsito Brasileiro, Brasília. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/ transporte-coletivo-pdf-a9229.html>. Acesso em: 9 Dez. 2010.
  • 14. Como devem ser observados os termos usados na legislação, apresenta grandes mudanças nas bases da sociedade, como a regulamentação do uso do “cinto de segurança” (Art. 65, CTB), que estava sendo considerado como algo que atrapalhava ao ser utilizado, traduzindo qual a função social das leis brasileiras sobre o tema trânsito e a forma como teve que ser conduzida a redação a fim de sensibilizar os cidadãos condutores. A complementação das leis vem com a convenção de Viena sobre o trânsito viário, de 1968, aprovado no Brasil em 19808, decretos e resoluções do CONTRAN, e as portarias do Denatran, através dos manuais de sinalização de Trânsito, e vários títulos, como o condutor defensivo9, e a responsabilidade civil em acidentes de trânsito10. Toda a sociedade deveria ter conhecimento de toda a legislação sobre trânsito, principalmente do CTB e suas regulamentações, onde consta o que mudou nas sinalizações vertical (são placas colocadas em colunas de ferro ao longo das laterais das vias) e horizontal (faixas feitas com tintas no solo das vias para ser identificado o que deverá ser feito no deslocamento, indicando se é via dupla ou não). Nas novas regras para a habilitação (Capítulo XIV, CTB), adquirir conhecimentos mais concretos sobre o tema trânsito, entender que somente a partir do conhecimento é que se ativa a luta pela transformação da realidade do dia-a-dia. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) prevê que a educação deverá abranger todos os processos formativos, para que, com isto, possa desenvolver a vida familiar. A humanidade deve ter uma melhor convivência, tanto no trabalho como nas instituições de ensino e pesquisa, e através dos movimentos sociais, manterem a sociedade civil organizada para que possam manifestar-se através da criação de uma cultura de paz. Esta educação que é dever da nossa família e do estado deverá ser inspirada nos princípios da igualdade, da liberdade, da solidariedade, do respeito, da 8 BRASIL. Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981. Disponível em: <http://www2.mre.gov.br/ dai/transit.htm>. Acesso em: 4 mar. 2010. 9 DOTTA, Ático. O condutor defensivo: teoria e pratica. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. 10 MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade civil em acidente de trânsito. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.
  • 15. gratuidade e da valorização, para que todo o cidadão possa ter a sua qualificação para o trabalho e as condições para seu bem-estar. A Carta Magna, Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 6º, nos assegura uma educação de qualidade, a qual estamos buscando manter, através da formação adequada para os profissionais que desempenham a função de educador, no que diz respeito ao trânsito, para que possam levar este conhecimento aos alunos das escolas do município.
  • 16. 3 OS VALORES 3.1 A IMPORTÂNCIA DO SER HUMANO NA SOCIEDADE Já paramos para pensar que todos são pedestres? E que poucos são motoristas ou ciclistas? Por isto deveríamos tratar o trânsito como um espaço em que deve ser priorizado mais o ser humano e menos o veículo. É fundamental que haja respeito ao ser humano, é necessário oferecer maior espaço para as pessoas em locais públicos, pois em determinadas situações e lugares, as pessoas dividem o espaço com os veículos. Esta situação pode e deve ser resolvida entre a engenharia de tráfego e especialistas de todas as áreas. O trânsito deve ser percebido como aspecto público, onde o respeito à vida é vital. Todos devem vivenciá-lo com uma visão mais humanizada, não devemos ter falta de confiança11 nas pessoas que utilizam as escolas, como alunos, pais e mães, devemos acreditar na capacidade que têm de transformar esta sociedade para melhor, não podemos ter apenas um olhar técnico, certamente este é um dos primeiros passos que precisamos dar para tornar o trânsito mais humano e menos máquina. Com esta atitude muitos de nós deixaremos a paixão pelo automóvel e passaremos a olhar o ser humano com mais atenção, pois precisamos pensar em pessoas e não somente em meios de transportes. Infelizmente a visão de respeito às pessoas fica em segundo plano, aliada à falta de planejamento, ao crescimento populacional exagerado e desordenado, ainda temos os hábitos e costumes baseados na tese de que, primeiro vêm os veículos, depois as pessoas, em função da enorme quantidade de veículos em circulação e da tradicional priorização destes nas construções das ruas e rodovias (fazendo com que acreditemos ser verdade esta tese). 11 SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo: Sinodal, 2007, p.11.
  • 17. É com tristeza que chego à conclusão de que os veículos acabaram se tornando, para as pessoas, a representação e a expressão de status, poder e da cultura do ser através do ter, um bem com maior potência, algo que possa chamar a atenção das outras pessoas. As emoções, como raiva e felicidade, são reações e acontecimentos do nosso dia-a-dia, surgem repentinamente, despertam em situações novas, insólitas e inesperadas. Têm a função comunicativa e estão ligadas a situações presentes ou futuras. O sentimento é algo com que se anda, andamos tristes ou alegres. Não é possível observar um sentimento nas outras pessoas, a não ser pelos sinais que indicam os sentimentos de alguém, estes sinais muitas vezes estão sendo expresso no trânsito, com xingamentos e gestos feitos pelos condutores. Ao contrário, as emoções12 são facilmente identificáveis e elas devem estar sempre sob o nosso controle, somente assim podemos agir com harmonia e equilíbrio. A falta de respeito à individualidade e ao direito do outro parece ser a tônica no ambiente do tráfego. Nestes atos impensados semeamos a tragédia para os que nos acompanham ou para os que estão nas ruas no momento em que damos vazão à loucura no volante, até o contexto em que vivemos não favorece o autocontrole, estimulando comportamentos desvairados. Neste sentido, a mídia responde em parte pelo estímulo a essa insanidade, parecendo sem sentido às campanhas de educação no trânsito, quando as propagandas de automóveis, muito mais apelativo e com maior qualidade, reforçam comportamentos que ferem o Código de Trânsito Brasileiro nas regras de circulação. Devemos questionar e refletir sobre a mensagem transmitida, pois muitas vezes não nos damos conta do quanto nós mesmos nos deixamos influenciar pelas propagandas. Esta mensagem muitas vezes trata de carros velozes, pois os veículos saem das montadoras com a capacidade de mais de cem quilômetros por hora, mas, ao mesmo tempo, poucas vias brasileiras suportam esta velocidade, 12 CESAR, Bel. O livro das emoções: reflexões inspiradas na psicologia do budismo Tibetano. São Paulo: Gaia, 2004. A autora nos convida a acolher irrestritamente todas as nossas emoções sem as rotular em boas ou ruins.
  • 18. gerando conflitos entre a realidade e a emoção. Percebemos claramente que, em alguns casos, o fato de dirigir não é percebido nem levado a sério, é quase desconsiderado como algo que requer todo o cuidado e atenção, mas, na verdade, é uma atividade que requer segurança, conscientização, autocontrole emocional, calma e sensatez. Às vezes a mídia incentiva o comportamento de algumas pessoas com propagandas que levam as mesmas a pensar e agir como se estivessem em algum filme de ação ou aventura e que isto não lhes traz conseqüência alguma, mudam seu comportamento e se direcionam somente àquilo que os interessa. O que devemos fazer é filtrar as informações que nos são ofertadas e, principalmente, refletir sobre a origem de nossas emoções antes que elas surjam no trânsito, a fim de mantermos o equilíbrio para agir de forma correta no momento do imprevisto, onde em geral de fato não há tempo. Nós, seres humanos, somos movidos pelas emoções e devemos saber a diferença entre o virtual e a realidade, para podermos, então, controlar as emoções e lembrar os valores da vida. Somente agindo desta forma e com responsabilidade será diminuído o número de acidentes, cuja quantidade de mortes é superior, às vezes, às de guerras terroristas. Estudos comprovam que a estrutura complexa de um acidente é emergencialmente emocional, principalmente a raiva, porque ela é como um ser vivo que nasce, cresce e se reproduz quando atinge outros condutores. Temos certeza, através de estudos mais específicos, que esta falta de controle emocional vai muito além e são diversos os fatores que induzem a pessoa, muitas vezes pacata, a agir de forma descontrolada no trânsito, ultrapassando, assim, a influência da mídia.
  • 19. 3.2 A BASE O educador e a família são parceiros na construção de valores e de uma sociedade humanizada, assim, quando o educando não possui o apoio familiar na escola, ele acaba perdendo a grande oportunidade de se alfabetizar, ser orientado e formar-se um cidadão decente e, principalmente, um cidadão consciente de seus deveres para com a sociedade. O sucesso na aprendizagem só é realizado com a colaboração da família, da escola e da comunidade, garantindo o sucesso na formação do educando. Também com a ajuda constante, aumentam as expectativas quanto ao percurso escolar e tornando-os autoconfiantes, melhorando a auto-estima. O envolvimento constante dos pais na vida escolar de seus filhos torna-os mais participantes na vida pública quando adultos. Entrelaçar a relação escola/ família torna possível a reflexão sobre o tipo de sociedade que queremos futuramente, democrática, mas passível a criticas. Por estas e outras razões, todas de extrema importância, é que a família deve participar integralmente na vida de seus filhos e, principalmente, em sua formação escolar, observando cada passo de seu desenvolvimento, criando possibilidades, indicando os caminhos, enfim, auxiliando da melhor forma possível. A educação não precisa de tecnologias inexplicáveis, nem de milhões de reais para formação e desenvolvimento do caráter do aluno, mas sim de um currículo transformador da realidade, onde o professor, o aluno e os familiares se compreendam, socializando objetivos equivalentes, enfim todos juntos e com o mesmo ideal. Todos têm educação, e é através dela que se forma o cidadão responsável, para que possamos viver em sociedade, ou o que podemos chamar de sociedade hoje, já que este conceito está muito diversificado, sendo que uns acreditam que sociedade é agir de forma errônea e tratando as outras pessoas mal, desrespeitando, mas na verdade, para ter uma vida melhor, devemos respeitar os
  • 20. outros e sermos educados. Esta educação deve ser um processo permanente de aquisição e construção de conhecimento, e não ficar simplesmente na transmissão de informação, pois é a partir deste pensamento que chegaremos a uma educação de melhor qualidade. Estamos acostumados a ver apenas números. Quando tratamos sobre acidentes de trânsito há necessidade de começar a compreender que não são apenas números, mas sim seres humanos que estão sendo dizimados nas vias públicas. Já existem estudos catalogando esta violência como uma guerra, guerra esta no trânsito que estamos começando a perder13. Somente através de uma boa educação poderemos chegar a um conceito melhor de vida, devemos entender que os veículos foram feitos para andar em vias e locais diferentes, que o mesmo veiculo que circula na auto-estrada, passa também dentro das cidades, localidade em que é exigida velocidade diferente, mesmo o condutor sendo o mesmo. Para entender o que isto significa, só através da educação, e devemos começar com a família; ensinar os conceitos do que é uma família, o respeito mútuo entre pai, mãe, irmão e irmã, entender que não é possível passarmos ao mesmo tempo em uma porta e, por que, quando estamos nas vias, queremos ser os primeiros? Onde ficam os direitos do próximo? A cordialidade, o amor, a dignidade? Isto é essencial, é o mínimo que devemos entender como cidadãos vivendo em sociedade, a menos que pensemos que sociedade é tratar os seres humanos com desrespeito, como citado anteriormente. Um exemplo desta descordialidade, ou egoísmo é: queremos, como moradores, ter uma via com pavimentação, então precisamos que nesta via passe transporte coletivo, mas não aceitamos que o Órgão Público coloque um “abrigo” (ponto de embarque e desembarque de passageiros) na frente da nossa casa, mas se este ponto for na calçada do vizinho, pode ser colocado sem problema. Quando somos beneficiados, tudo pode estar próximo, quando não somos beneficiados não queremos. Esta atitude é algo que pode atrapalhar o convívio com a sociedade. 13 ALBUQUERQUE, Beto. Trânsito seguro. Disponível em: <http://www.betoalbuquerque.com.br/ causas/transito-seguro>. Acesso em: 18 Jan. 2011.
  • 21. Muitas vezes ao deixarmos de dar a preferência a outro condutor, este ato poderá causar grandes complicações podendo gerar um acidente, causando gastos reais, em parte humanos, e de tempo, levando-se em conta que geralmente um acidente com danos apenas materiais envolve em torno de quatro a oito pessoas, e, quando atinge danos físicos, chega a ser necessário o dobro de pessoas para este atendimento. Não precisamos de muito para perder a calma no trânsito. Um carro que fecha a nossa passagem, outro que não dá seta antes de virar, alguém que pára em fila dupla e nos faz esperar, outro que dirige devagar... Em maior ou menor grau, com maior ou menor freqüência, todo mundo é atacado por uma espécie de fúria quando está no trânsito e se depara com uma situação que o desagrada. Até o condutor mais cordial acaba se irritando e adotando um comportamento agressivo. 14 Tanto é que o chamado “assassino motorizado” é objeto de estudos de psicólogos especialistas em trânsito. Uma das explicações é que, isolado no carro, o motorista enfrenta o dilema de estar em um ambiente público (rua) e privado (carro) ao mesmo tempo. Inserido em seu ambiente privado, o motorista se sente protegido, além de ser um sujeito anônimo, o que lhe confere certa sensação de impunidade, reforçando assim sua agressividade. Outra explicação é que o stress e a correria a que as pessoas estão sujeitas no dia-a-dia contribuem para a impaciência e a irritabilidade do motorista. O que estamos desenvolvendo para a educação no trânsito, procurando manter o respeito entre os alunos e professores, buscando os conceitos do respeito que devem ser passados dos pais para os filhos. 14 BIAVATI, Eduardo; MARTINS, Heloisa. São Paulo - Rota de Colisão: a cidade, o trânsito e você. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, p.40.
  • 22. 4 ATIVIDADES NAS ESCOLAS Neste projeto de educação para o trânsito serão desenvolvidas atividades para todos os anos do ensino fundamental, sendo que em cada ano será trabalhado um tema em sala de aula, aplicado pela professora e com a participação do profissional com o conhecimento técnico. As atividades serão realizadas durante todo o ano letivo com formação ao final do mesmo. 1ª aula Observar o trânsito na frente das escolas e criar uma estratégia de implantação. Começar na primeira aula com jogos de quebra-cabeça, onde constam as regras e dicas de segurança e sanando todas as curiosidades dos alunos. Os alunos serão divididos em grupos pequenos para montar os jogos um a um, cada um dos grupos montará três ou quatro jogos, logo será discutido com os outros colegas sobre o que se aprendeu e quais as atitudes corretas referente ao conteúdo abordado. O desenvolvimento da aula: Os dez passos para andar com mais segurança nas vias urbanas. • Atravessar a rua sempre na faixa de segurança; • Respeitar os sinais de trânsito; • Olhar bem para os dois lados e evitar atravessar a rua correndo; • Só atravessar a rua quando sinal do semáforo estiver vermelho para os veículos; • Andar sempre no banco de trás do veiculo utilizando o cinto de
  • 23. segurança; • Andar sempre na calçada; • Nunca jogar lixo pela janela do veículo na calçada ou na via; • Andar de bicicleta em lugares seguros, como ciclo-vias e parques; • Nunca correr atrás da bola que cai na rua, peça ajuda para um adulto; • Não andar de skate no meio da rua. 2ª Aula Começam, nesta segunda aula, com um jogo da memória sobre as sinalizações de advertência, proibições e ordens. Dividir os alunos em três grupos, debater sobre o conteúdo e o que aprenderam, quais as placas e para que servem, qual o uso mais comum, sua importância e onde é utilizada. Logo após, distribuir uma folha com as atividades a serem desenvolvidas, atividades estas que poderão ser levadas para a residência do aluno após o término das questões, retornando-a na próxima aula para discussão das dúvidas. Trabalhar na confecção de um jogo de memória juntamente com os alunos, após a organização começar a desenvolver as brincadeiras, este jogo deverá ter os símbolos das placas de sinalização. Segunda montagem de material, um jogo de passatempo tendo duas colunas, nas quais fica exposto o conteúdo relacionado com o tema trânsito, onde deverá ter ligação entre as colunas determinando o uso destes materiais.
  • 24. 3ª Aula Jogo onde o aluno irá decifrar o Código de Trânsito Brasileiro; montar os grupos que deverão formular frases, trocando os símbolos pelas letras e, com isto, formando um cartaz. Debater sobre o que se aprendeu e qual o significado das frases que foram montadas, verificar se estas regras estão sendo cumpridas, se o que se observa nas ruas é o correto ou não e, na escola, efetuar um levantamento sobre quais os alunos que cumprem estas normas. 4ª Aula Começar esta aula com jogo de trilhas, onde os alunos, em duplas, montam os dados e os carrinhos. Em seguida, colocar nesta trilha os principais pontos da cidade, depois da trilha montada começar a debater sobre quais as placas que constam na trilha, quais delas são de advertência e de proibição, sanar as curiosidades dos alunos e as dúvidas sobre o que se discutiu, caso não sejam cumpridas as regras, o que acarretará como penalidade e quais as fatalidades que poderiam ocorrer. 5ª Aula Montar um jogo de caça-palavras gigante, dividir os alunos em grupos para jogar no chão, onde deverão ser respondidas as perguntas contidas neste banner que foi montado, estas letras poderão ser confeccionadas em EVA, para serem utilizadas mais vezes.
  • 25. 6ª Aula Na penúltima aula passar para os alunos, em retro-projetor, desenhos das placas de sinalização que foram utilizadas em todas as aulas, citar exemplos dos lugares onde podemos brincar com segurança, como praças, parques, e como se comportar na escola, no ônibus, etc. 7ª Aula Passar duas atividades para os alunos desempenharem individualmente, um jogo dos sete erros e um de caça-palavras, para com isto poder avaliar como foi o aproveitamento do aluno nos sete encontros.
  • 26. 5 O TEMA DO TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR 5.1 INSERINDO O TEMA TRÂNSITO NO CURRÍCULO ESCOLAR: SUGESTÕES DIDÁTICAS Cada disciplina desenvolve, sob sua ótica e especialidade, o tema proposto. 5.1.1 Disciplina de Português Podem-se trabalhar textos de jornais sobre a legislação de trânsito e as regras de circulação. Produzir e interpretar textos que satisfaçam necessidades pessoais e coletivas a respeito do trânsito de sua cidade. • Solicitar pesquisa de campo sobre as atitudes corretas no trânsito (pedestre, motorista, ciclista, carroceiro, condutor do veículo de mão que coleta material reciclado ou o vendedor ambulante, motociclista, etc.), utilizando uma ficha de observação, para posteriormente solicitar relatório, que poderá ser analisado em diversas disciplinas, dependendo do conteúdo que se está estudando; • Exibir filmes e vídeos educativos ou notícias sobre trânsito e realizar debates; • Imprimir mensagens sobre segurança no trânsito nas circulares e endereçá-las aos pais; • Criar concurso para alunos do ensino médio, solicitando a criação de projeto sobre educação para o trânsito que mude comportamentos inadequados dos jovens no trânsito. Este concurso pode e deve extrapolar as salas do colégio e concorrer com os demais colégios;
  • 27. • Pesquisar sobre os problemas de trânsito na cidade, com apresentação de soluções. 5.1.2 Disciplina de Matemática Com a matemática o professor estimula os alunos para que organizem estruturas do pensamento, que favoreçam o raciocínio lógico, realizem diferentes soluções de problemas da realidade, inclusive no trânsito. Apresentar então a inter-relação desta disciplina com velocidade, peso, limites, distância e quantidade. • Confeccionado placas de sinalização para serem utilizadas dentro da escola nos horários de entrada e saída dos alunos, utilizando formas geométricas e medidas; • Criar situações problemas, utilizando os elementos do trânsito; • Introduzir noção de distância, velocidade, localizar no mapa rodoviário, através das estatísticas de trânsito, os pontos onde ocorre o maior número de acidentes, analisando distância entre os pontos ou entre as cidades próximas; • Compor gráficos com os índices de acidentes nos últimos anos, com percentuais de crianças envolvidas em acidentes e horários de acontecimento destes acidentes, entre outros dados estatísticos. 5.1.3 Disciplina de Ciências O professor precisa pensar e agir de forma a transmitir aos seus alunos que o trânsito é parte integrante do meio ambiente, fazendo com que eles interajam de
  • 28. forma crítica com a realidade, analisando o cotidiano, trocando idéias, buscando soluções. • Fazer análise de todos os elementos que compõem o trânsito, incluindo os elementos da natureza, leis da física, atmosfera, fenômenos da natureza, solo, água, vegetais, animais, inclusive o ser humano e sua tecnologia; • Comportamento seguro das crianças e idosos e a fragilidade do corpo humano frente à velocidade, força, peso, impacto, tamanho, distância; • Analisar a importância do uso dos equipamentos de segurança e os efeitos dos impactos no corpo humano, incluindo órgãos; • Reações que as drogas causam no corpo humano e a interferência na condução de veículos; • A visão: Importância de ver e ser visto no trânsito para evitar acidentes, o que é e quais são os pontos cegos de visão, a poluição visual, reconhecer as cores dos sinais de trânsito e do semáforo; • A audição: Estar atento aos vários sons, explorar e treinar a audição para os diferentes sons e o que significam, buzina, ambulância, apito, barulho do rodado, barulho do motor, barulho do escapamento, poluição sonora; • O olfato: Fazer referência à emissão de gases tóxicos e demais poluentes lançados por veículos automotores e o prejuízo à atmosfera, ao solo, às águas oceânicas e potáveis, discutindo a questão dos veículos em mau estado de conservação e que permanecem rodando ou dos retirados de circulação e descartados sem responsabilidade ambiental; • Gincanas nas escolas que incluam a limpeza das ruas vizinhas, focando o problema que o lixo doméstico jogado nas vias trás para o trânsito;
  • 29. • Tratar a interdependência entre os seres humanos e sua tecnologia, os animais, a vegetação, os recursos naturais, as leis da física, os fenômenos da natureza, as águas oceânicas, as águas potáveis, o solo; • Confecção de maquetes do bairro onde se localiza a escola. 5.1.4 Disciplina de História Os alunos já trazem um saber decorrente de sua observação e vivência, e a escola pode fazer com que eles reflitam sobre o que já conhecem, para que não encarem a realidade como se fosse algo pronto e imutável, mas sim, fruto das opções das pessoas. • Analisar das regras de circulação nas vias públicas, qual a sua importância e porque a sociedade as produziu; • Estudar a evolução dos meios de transporte – benefícios e prejuízos para a sociedade; • Analisar o planejamento viário da cidade desde a sua criação; • Meios de locomoção – evolução dos meios de locomoção até os dias atuais. 5.1.5 Disciplina de Geografia • Estudar a configuração do espaço geográfico das vias públicas rurais e urbanas e por que ser prudente ao andar a pé, conduzir veículos, inclusive os não automotores, e ser cavalheiro nos diferentes tipos de configuração geográfica;
  • 30. • Estudar os espaços rural, urbano, o trajeto escola-casa, meios de locomoção; • Planejamento dos espaços da cidade; • Estudar os aspectos da vida cotidiana de cada região; • Fazer pesquisa sobre a correta utilização da bicicleta, skate, patins, etc.; • Orientar o trânsito de pedestres na frente da escola. 5.1.6 Disciplina de Estudos Sociais Auxiliar as crianças para que elas compreendam que o trânsito em si não é perigoso, somos nós quem estamos fazendo as coisas erradas que podem resultar em acidentes. • Analisar os fatores que prejudicam a segurança no trânsito: alta velocidade, pedestres imprudentes, desrespeito ao próximo e às leis de trânsito, etc.; • Policiais de trânsito, quem são e a importância do trabalho deles; • Analisar a importância das regras de circulação; • Levantar as diversas profissões que são executadas no trânsito; • Realizar atividades de expressão plástica e musical para desenvolvimento da criatividade, do senso crítico e exploração da vivência da criança no trânsito, por meio de desenhos, pinturas, recortes, colagens, modelagens, dobraduras, construção com sucatas, dramatização, mímica e fantoches; • Dramatizar diferentes situações de acidentes no trânsito, ele é um
  • 31. sentimento, uma ação e uma construção. O cidadão ou a cidadã exerce a cidadania quando se preocupa com o meio ambiente, com o respeito e a valorização da família, da escola, da comunidade, e com o trânsito, ele é vida. Acreditar que a escola possui um papel fundamental na educação normal, como ensino fundamental, ensino médio e principalmente para o trânsito, construindo esse conhecimento com as crianças, transformando-as em pessoas preventivas e multiplicadoras desses saberes. É com atividades relativas ao conteúdo que poderemos construir mais um espaço de aprendizagem e reflexão sobre o tema trânsito.
  • 32. 6 FORMAS DE TRABALHAR NAS AULAS Ao oferecer subsídios para que os professores desenvolvam as atividades sobre trânsito, insiste-se na importância da observação e das experiências de vida dos alunos, acreditando que as suas produções, também na simulação do dia-a-dia do trânsito trabalhado por meio da arte, seja um dos recursos mais significativos nesta aprendizagem. 6.1 TRABALHANDO O TRÂNSITO POR MEIO DA ARTE 6.1.1 Teatro O teatro pode ser utilizado tanto como representação quanto como jogos teatrais, como por exemplo, os jogos de expressividade e concentração. Outra característica importante do teatro é que, sozinho, ele consegue reunir várias manifestações artísticas, a própria música na sonoplastia, as artes plásticas nos cenários, figurinos e adereços, usando a literatura na criação dos textos, ou seja, ao criar um espetáculo pode-se preencher um ou mais bimestres de trabalho conjunto de várias matérias do currículo escolar, tornando o ensino cada vez mais prazeroso, dinâmico e produtivo. Sugestão de Montagem de um espetáculo, passo a passo, tendo um roteiro para o espetáculo • Dividir a turma em grupos. Em cada grupo estimule a conversa sobre o tema trânsito, para que os alunos contem situações vividas no trânsito, cenas certas e erradas que eles presenciaram ou fizeram. Em cada grupo uma pessoa anota estas situações e, juntos, decidem sobre quais vão
  • 33. falar. Após selecionar as sugestões o professor vai ajudá-los a criar o roteiro do teatro; • A definição do papel que cada um vai representar (diretor, ator, etc.) deve ser feita após o término do roteiro, assim, todos já sabem o que vai acontecer e podem decidir de acordo com as suas afinidades; • Com as idéias listadas, os alunos devem organizar as cenas em formato de tópicos, assim, uma a uma, as cenas vão desenhando uma peça de teatro. Cerca de 5 a 7 cenas, com 5 minutos cada, formam um espetáculo com um bom tempo de duração; • É importante lembrar que as cenas são independentes, mas não recortadas dentro de um contexto, a não ser que isso faça parte de uma proposta pré-concebida pelo grupo, caso contrário, deve-se pensar em uma forma de ligar as cenas; • Um espetáculo é dividido em 4 momentos: introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho. • Definidos o roteiro e os papéis que cada um vai desempenhar é só ensaiar e por em prática. • A improvisação obriga o ator a tomar decisões rápidas, por isso estimula a sua criatividade. 6.1.2 Jogos na sala de aula Jogos Teatrais Os jogos teatrais são atividades feitas como preparação no teatro e servem para o aquecimento e para exercitar a concentração e a expressividade, fatores
  • 34. importantes durante a representação e no dia-a-dia. Por isso, tão ou mais importante que o jogo é a avaliação da atividade, onde o professor vai estimular o aluno a verbalizar as sensações e conclusões obtidas durante o jogo. Jogo dos olhos vendados • Dividir os alunos da turma em duplas; • Distribuir uma venda para cada dupla. Uma das crianças fica vendada e a outra anda de mãos dadas com ela, levando-a para explorar a escola com as mãos; • Depois de um período as crianças trocam, quem guiava é guiado e vice- versa. A avaliação: Procurar saber: o que os alunos sentiram quando guiavam? E quando eram guiados? Confiaram? Passaram confiança? (Estimular o cuidado com as outras pessoas, principalmente as que têm dificuldade, como por exemplo, as crianças menores, as pessoas com dificuldades especiais ou os idosos). 6.1.3 Música (som) Educação infantil e ensino fundamental Ouvir músicas que falem sobre trânsito e analisar a sua letra, representando, por meio de gestos e sons produzidos pelas crianças, o seu conteúdo.
  • 35. Ensino fundamental e médio Deitar os alunos em um espaço aberto com os olhos fechados e pedir para que elas ouçam todos os sons do ambiente e, aos poucos, que se concentrem nos sons apenas relacionados ao trânsito (obs.: ótima atividade para trabalhar a concentração, atenção, utilizando só o sentido da audição). Fazer concurso de paródias de músicas famosas e apresentar para a turma e o colégio. 6.1.4 Artes Plásticas Educação infantil Desenhos, pinturas de cenas com comportamentos corretos no trânsito. Ensino Fundamental Criação de histórias a partir de recortes, modelagens e dobraduras. Criação e confecção de jogos educativos. Ensino Fundamental e no Médio Criação de maquetes usando materiais reciclados.
  • 36. 6.1.5 Outros exemplos de atividades que enriquecerão o desenvolvimento do tema trânsito • Questionamentos sobre aspectos positivos e negativos da cidade a partir do tema trânsito; • História da cidade: imigração, formação populacional, cultura, atividades comerciais, industriais e financeiras; • Estudo da planta da cidade: malha urbana, vias rápidas, rotatórias, viadutos, vias paralelas, vias preferenciais, vias de tráfego lento e tráfego rápido, via arterial, via coletora, via local, pontos referenciais e endereços. • Confecção de murais sobre os problemas do trânsito; • Confecção de faixas, textos em grupo para serem apresentados em murais da escola e nas reuniões de pais; • Gincanas internas nas escolas; • Exposição dos trabalhos realizados; • Palestras com Autoridades de trânsito, para os alunos e seus pais; • Passeios de ônibus organizados pelas professoras, para que as crianças aprendam a se portar adequadamente dentro e fora dele; • Como portar-se em diferentes situações de acidentes com carros, bicicletas, motocicletas, condutores de carroça, do carro de mão utilizado por coletor de material reciclável ou vendedor ambulante, pedestre, animais, etc., fazendo com que a criança represente diversos papéis, desenvolva empatia e verifique que cada um deseja fluidez, acessibilidade e segurança;
  • 37. • Desenvolver jogos educativos sobre o trânsito para que possa ser utilizado no horário do recreio, como, por exemplo, tabuleiro com casas para serem percorridas, onde algumas situações de trânsito serão colocadas, jogo da memória com as placas de sinalização; • Os alunos terão oportunidade de pensar e reformular suas atitudes no trânsito, participando de atividades que fazem parte do universo de interesses da sua faixa etária, como vídeo ou gincana sendo trabalhados os conceitos de cidadania, o respeito e a responsabilidade na divisão de espaços públicos; • Quanto ao destino do lixo e reciclagem, trabalhando comportamentos adequados no trânsito por meio da vivência de regras e conceitos de segurança de circulação e travessia. 6.2 MATERIAL DE APOIO SUGERIDO • Filmes: material este que possa demonstrar para a criança como deverá proceder ao transitar pela rua; • Livros de histórias: que contem histórias e relacione o comportamento ao fazer travessia nas escolas nas faixas de pedestres, para alunos do ensino fundamental; • Recortes de jornais e revistas: estes recortes constando alguns acidentes para que com isto possamos demonstrar que com descuido poderemos ser atingidos, causando sérios danos à vida; • CDS: com músicas sobre o comportamento no trânsito; • Jogos: interativos, como caça-palavras, palavras cruzadas, jogo naval; história da evolução do transporte;
  • 38. • Conteúdo que demonstre o que foi e o que é hoje o trânsito no Brasil e no mundo atual. Ex: lançamento da publicação em homenagem aos 100 anos de Legislação de Trânsito no Brasil; • Gravuras com símbolos de trânsito (que demonstrem o que são placas de sinalização, mesmo não tratando estes alunos como condutores, mas que demonstrem como deveria ser o comportamento de alguns); • Cartilhas sem cores (onde os alunos possam expressar através da pintura o que compreendem e entende sobre trânsito). 6.3 TEMAS ABORDADOS Cinto de segurança Crianças com menos de 10 anos não podem sentar no banco da frente. Sente sempre no banco de trás utilizando o cinto de segurança. Faixa de segurança Use sempre a faixa de pedestres e, onde houver sinaleira, fique atento aos sinais antes de atravessar. Celular não combina com direção Na Europa o negócio é diferente, as campanhas são agressivas para deixar os condutores cientes do que podem causar com uma irresponsabilidade.
  • 39. Evolução no transporte A legislação de trânsito brasileira é vasta e rica em leis, decretos, resoluções, portarias que, publicados no decorrer dos últimos cem anos, nos permitem compreender o dinamismo do tema e sua necessidade de revisão e de atualização permanentes. Isso porque, com o passar do tempo, os costumes, as pessoas e as sociedades mudam e novas demandas devem ser atendidas. Dicas de trânsito para pedestre Garotada! Preste muita atenção: nunca brinque ou ande no meio da rua. Não corra para atravessar a rua. Dicas de trânsito para ciclistas É muito bom para a fluidez do trânsito e muito melhor para a saúde do planeta, porém, como em todas as outras condições, deve-se ter muito cuidado e respeito com as leis de trânsito. Dicas de trânsito para condutor Para a criança é o carro que faz tudo mais depressa, então deve parar mais depressa também. Dicas de trânsito para crianças Visibilidade em função da baixa estatura da criança e o tamanho dos
  • 40. veículos. Dicas de trânsito para condução escolar e ônibus Esse é um tema que deve ser muito discutido, por que, especificamente nesse caso, as questões materiais, como preço da cadeirinha, não devem estar acima da segurança da criança. Semáforo para pedestre Dispositivos para controle do tráfego de pedestres e prevenção de acidentes de trânsito. Os cuidados com o meio ambiente Cartão para semana do trânsito, semana do meio ambiente, São João, semana Farroupilha, Semana da Pátria, dia da criança, todas alusivas ao tema com dicas de trânsito, Sacolas para o carro (semana do meio ambiente). Boas maneiras, respeito, paciência, amor e responsabilidade Na Alemanha, o emprego dos sinais horizontais indicando ciclo faixa sobre a calçada é muito comum, pois o trânsito de bicicletas, que é intenso, é feito sobre a calçada, já que tem largura suficiente. Os ciclistas exigem que os pedestres respeitem o espaço a eles destinado. Se um pedestre transita sobre o ciclo faixa, eles buzinam mesmo. E olham para os pedestres com cara de poucos amigos.
  • 41. Adivinhem quem mais desrespeitava o território do ciclista? Nós, os brasileiros, que não estávamos acostumados a isso. Temas para não esquecer Em uma colisão de automóvel a 50 km/h, uma pessoa que estiver no banco de trás do veiculo e sem cinto de segurança, será projetada para frente com seu peso multiplicado 35 vezes. No impacto, uma criança com 30 kg passa a pesar 1.050 kg. Praticamente o peso de um filhote de elefante. Ao pedalar O ciclismo é um ótimo esporte e praticado por muitas pessoas, quem não gosta de sair pedalando por aí? Só que para andar de bicicleta existem regras que devem ser seguidas para evitar acidentes, respeitar as leis de trânsito, não fazer acrobacias nas vias, andar sempre pelas ciclovias, cuidar bem dos freios antes de sair de casa.
  • 42. CONCLUSÃO Este projeto de Educação para o Trânsito foi elaborado para tentar mudar as estatísticas. Sabe-se que existe um alto número de mortes por acidentes com veículos em todo o País e, trabalhando neste contexto relevante, cheguei à conclusão da necessidade de começar, na infância, a formação de um melhor motorista e um cauteloso pedestre. As ações e projetos de educação para o trânsito desenvolvido aqui no município seguem as Diretrizes Curriculares Nacionais, que apontam para a necessidade de desenvolver em paralelo programa que atinja as disciplinas do ensino fundamental, médio e no ensino superior, sendo temas apenas transversais. Este projeto será desenvolvido em todos os níveis de ensino, mas com ênfase principalmente no ensino fundamental, terceiros e quartos anos, visando à formação integral destes alunos, para que tenham consciência dos diversos papéis por eles exercidos no trânsito, resgatando os valores éticos. Na educação infantil buscará estimular o comprometimento da família; no ensino fundamental contemplado com conteúdo específico, desenvolver autonomia no convívio social e atingir a mobilidade segura e; no ensino médio, fazer com que o aluno desenvolva sua capacidade crítica e, com isto, chegue a uma maior integração da realidade, objetivando sempre um trânsito mais seguro.
  • 43. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, Beto. Trânsito Seguro. Disponível em: <http://www.betoalbuquerque.com.br/causas/transito-seguro>. Acesso em: 18 Jan. 2011. BESSA, Marcelo. Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. In: Direito Internacional Público. Disponível em: <http://www.marcelobessa.com.br/viena61.pdf>. Acesso em: 9 Dez. 2010. BIAVATI, Eduardo; MARTINS, Heloisa. São Paulo – Rota de Colisão: a cidade, o trânsito e você. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2007, p. 40. BRASIL Ministério das Cidades. Código de Trânsito Brasileiro. Legislação complementar, 2008 - Lei 9.503 de 27 de Setembro de 1997 - Capítulo IV - Dos pedestres e condutores de veículos não motorizados. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. BRASIL. Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981. Disponível em: <http://www2.mre.gov.br/ dai/transit.htm>. Acesso em: 4 Mar. 2010. ______. ______. Decreto n.º 8.324 de 27 de outubro 1910. Disponível em: <http:// www.ebah.com.br/transporte-coletivo-pdf-a9229.html>. Acesso em: 9 Dez. 2010. ______. ______. Lei 9.503. Art. 79. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ ctb.htm>. Acesso em: 9 Dez. 2010. CESAR, BEL. O livro das emoções: reflexões inspiradas na psicologia do budismo Tibetano. São Paulo: Gaia, 2004. DENATRAN; IPEA. Manual de Impactos sociais e econômicos dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. 2008. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/publicacoes/show_public.asp?cod=1>. Acesso em: 9 Dez. 2010. DOTTA, Ático. O condutor defensivo: teoria e prática. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000. MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade civil em acidente de trânsito. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001. Acesso em: 9 Dez. 2010. SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência: reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo: Sinodal, 2007, p. 11.