Estudo sobre violência online e impactos na saúde mental
1. This doctoral investigation is financed by POPH – QREN – Type 4.1 – Advanced
Training, European Social Fund and Portuguese national funding from the Ministry of
Education and Science, through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, under a
research grant with the reference SFRH/BD/68288/2010.
Teresa Castro, António Osório
Instituto de Educação, Universidade do Minho
teresa.sofia.castro@gmail.com
Violência Online:
Perspetivas sobre o stress e desordens emocionais resultantes de
contactos iniciados na Internet
2. Geração conectada
às tecnologias móveis
Elegem as TIC para se
divertirem e para
conviverem…
+ utilizadores +
conteúdos = acesso
Oportunidades/riscos
3. Tipo de riscos
> De acordo com a classificação de riscos (EU KIDS ONLINE)
Conteúdo: A criança Contacto: A criança Conduta:
como receptor como participante A criança como actor
Agressividade Conteúdo Ser Intimidar ou molestar
violento/discriminató intimidado, molestad outros
rio o ou perseguido
Sexuais Conteúdo Contacto com Criar/inserir material
pornográfico/sexual desconhecidos, ser pornográfico
mente malicioso aliciado
Valores negativos Informação/aconselh Auto-mutilação, Difundir conselhos,
amento racista, persuasão indesejada por ex. Suicídio/pro-
tendenciosa (por ex. anorexia
drogas)
4. Ingenuidade
Descuido
Excesso de segurança
Testar limites
Transgredir
http://espin086.wordpress.com/tag/risk/
5. O Mundo virtual é
um mundo real…
Alteração do
código moral e de
conduta
Coisificar o outro e
desvalorizar os
seus sentimentos
http://cyberbullying411.wordpress.com/2012/05/06/cyberbullying-basics/
8. Contacto com estranhos
*Meet and talk to new people.
*Then got called stunning, beautiful, perfect, etc...
*Then wanted me to flash...
*So I did....
9. A chantagem
*I got a msg on facebook
*From him... Don't know how he knew me..
*It said... If you don't put on a show for me I will send ur boobs
*He knew my adress, school, relavives, friends family names.
10. 1ºs distúrbios
*I then got really sick and got...
*Anxiety, major deppresion and panic disorder
*I then moved and got into Drugs + Alcohol....
*My anxiety got worse... couldn't go out
11. Efeito de escalada
*Cried every night, lost all my friends and respect
*Then nobody liked me
*name calling, judged...
*I Started cutting...
12. Bullying na escola
*So I moved Schools again....
*After a month later I started talking to an old guy
friend.
*I thought he liked me....
13. 1ª tentativa de suicídio
*I wanted to die so bad... When he brought me home I drank
bleach...
*It killed me inside and I thought I was gonna actully die.
14. Caráter permanente
*6 months has gone by... people are posting pics of bleach, clorex, and ditches.
*tagging me... I was doing a lot better too... They said...
*She should try a different bleach, I hope she dies this time and isn't so stupid.
*They said I hope she sees this and kills herself..
*Why do I get this? I messed up but why follow me..
15. 2ª tentativa de suicídio
*My anxiety is horrible now.. never went out this summer
*meet or be with people... constantly cutting. I'm really depressed
*Im on anti deppresants now and councelling and a month ago this summer
*I overdosed... In hospital for 2 days..
*I have nobody... I need someone :(
16. Início: 7º ano 1 ano depois
1º Contacto com estranhos [adulto] Contacto através do Facebook
Foto A chantagem
1 ano mais tarde Férias de Natal
Nova perseguição Concretização da ameaça
Foto disseminada pela escola
Ansiedade
Depressão
Mudança de escola Ataques de pânico
1 mês mais tarde Drogas
Isolamento
2º contacto (jovem do sexo masculino) Alcóol
Comportamento promíscuo
Auto-mutilação
Incidente à porta da escola
Agressão física, verbal, psicológica 1ª tentativa de suicídio
Ameaças pelo Facebbok
Anti-depressivos
Orientação psicológica
Mudança de escola
2ª tentativa de suicídio
6 meses depois
Continua a perseguição pelo FB
Suicídio
17. Sintetizando…
Com as Tic a proteção das crianças e jovens tornou-se mais
complexa. As crianças estão expostas a uma maior
diversidade de ameaças.
Um problema emergente que interfere no bem-estar das
crianças e jovens e suas famílias
Possíveis repercussões na saúde da vítima (e sua família) no
contexto psicológico; social; emocional; comportamental;
académico
18. This doctoral investigation is financed by POPH – QREN – Type 4.1 – Advanced Training,
European Social Fund and Portuguese national funding from the Ministry of Education and
Science, through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, under a research grant
with the reference SFRH/BD/68288/2010.
OBRIGADA!
Teresa Castro, António Osório
Instituto de Educação, Universidade do Minho
teresa.sofia.castro@gmail.com
Violência Online:
Perspetivas sobre o stress e desordens emocionais resultantes de
contactos iniciados na Internet
Notas do Editor
AgradeceràDrª CláudiaMoura o conviteparaparticipar no II SimpósioNacional com o tema “Stress, Burnout e DesordensEmocionais”Cumprimentar a mesa e osparticipantesTemáticaqueestou a aprofundar no meuDoutoramentonaUniversidade do Minho
A Geraçãoconectadaquenasceu e cresceuemcontactodirecto com as tecnologiasmóveis (laptop, ipad, iphoneetc)Elegemestastecnologiasessencialmenteparajogarem (diversão) e paraconviverem com os amigos.Como mostra a imagemapesar de aparentementeisolados no seumundoestãoemcontacto o mundo (informão, pares, conhecidos e desconhecidos, etc).Diz-nos a literaturaquena Internet nemtudoébom e nemtudoémau. As tecnologiasestãomaisacessíveis e porissohámaisutilizadores e conteúdos.Osutilizadoreschegam a maisconteúdos e maisrapidamenteosconteúdosestãoaoalcance dos utilizadores.Se por um lado, hábenefícios e oportunidadesque as criançasconquistaram com as tecnologias (e em particular a Internet), comoé o caso de acesso a recursoseducativos, informação, cultura, etc. Hátambémpotenciaisperigosqueestãoacessíveis.Assim, se por um lado, poucos duvidam que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) trouxeram oportunidades muito positivas e benéficas para as crianças e jovens no domínio da educação, comunicação, socialização, informação e entretenimento. Por outro lado, o poder transformador e influente que as TIC imprimiram às interações sociais das crianças e dos jovens, no seu desenvolvimento e bem-estar emocional, bem como na sua segurança tem atraído a atenção e preocupação da comunidade científica, dos media e do público em geral para o lado mais obscuro da utilização das tecnologias com acesso à Internet. Assim, a par do acesso democratizado das crianças e jovens às TIC e dos benefícios que delas tiram, crescem as preocupações em torno dos riscos, perigos e vulnerabilidades que lhe estão associadas. Embora, o uso de recursos tecnológicos nas escolas e nas bibliotecas públicas tenha sido fundamental para ajudar a equilibrar as desigualdade de acesso para as crianças (Rideout, Foehr, Roberts & Brody, 1999, citados em Berson, Berson, Ferron, 2002). Esse maior acesso, por sua vez, contribuiu para um aumento no número de jovens conectados e de conteúdos que passam a estar acessíveis a mais crianças e jovens (Agatston, Kowalsi, Limber, 2007). E as consequências encadeiam-se criando um efeito de bola de neve. Havendo um maior número de crianças e jovens online que se conecta à tecnologia, cresce inevitavelmente o risco de as crianças usarem as TIC para fins menos saudáveis, quer como agressoras, quer como vítimas (Hinduja, Patchin, 2011), isto é, i) aumenta o risco de se envolverem em interações sociais online agressivas (Ybarra Mitchell, 2004), ii) de usarem as TIC para ridicularizar, perseguir e denegrir (Willard, 2007) iii) e de mais crianças e jovens participarem e testemunharem problemas sociais no mundo cibernético (Berson, Berson, Ferron, 2002).
a classificação dos riscos associados ao uso da internet considera diferentes posições das crianças na internet: receptores de conteúdos distribuídos em massa; participantes em contactos iniciados por outros, da mesma idade ou mais velhos; e agentes de condutas”.
De acordo com a literatura, sãovárias as razõespelasquais as crianças se colocamemriscopormeio das TIC (quenãodiferem das do mundo offline):Ingenuidade; descuido;Poracharemquesabem o quefazem (excesso de segurança);Desejo de testarlimites, transgredir, desafiaroslimitesimpostospelosadultos (o fascíniopeloproibido)As TIC transformaram a paisagem da vida social das crianças, as interações sociais passaram do contato pessoal na sala de escola para contato virtual na sala de chat (Williams, Guerra, 2007). Apesar de, aparentemente dotadas de uma fluência tecnológica precoce, a forma como esta geração digital se apropria e reapropria das ferramentas digitais no quotidiano comunicacional e relacional é, ainda, pouco documentada cientificamente (Findahl, 2009; Byron, 2008; Livingstone, 2007; Ponte e Candeias, 2006). As crianças absorvem as novidades tecnológicas e reelaboram a sua cultura de pares, transformando o modo de ser criança e desafiando a investigação a uma permanente reciclagem paradigmática. O carácter inovador, dinâmico e atrativo das tecnologias com ligação à Internet prende-se com as possibilidades de entretenimento e interação social que oferecem aos mais jovens a oportunidade de encontrar amigos, estar com os amigos, conhecer novos amigos. Mas nem tudo são boas notícias, já que a par com esta (r)evolução tecnológica, cresce exponencialmente o número de utilizadores que passaram a estar acessíveis a outros utilizadores e a ter acesso a conteúdos potencialmente ameaçadores que, por sua vez também, passam a estar facilmente disponíveis a um número cada vez maior de utilizadores(Agatston, Kowalsi, Limber, 2007).
Talcomoacontece no mundodesconectadohácuidadosquedevemoster, riscosquedevemosevitar e normas de cidadaniaquedevemosseguir de modo a viver de uma forma saudávelemsociedade (comoporexemplo, olhar antes de atravessar, respeitarosmaisvelhos, etc) No quetocaaociberespaço, nemsempre as crianças e osjovensseguemessasregras, porqueesquecem-se de umacoisamuitoimportante, o mundo virtual é um mundo real.Diz a literaturaque o código moral e de condutatende a, porvezes, alterar-se na Internet porquecomonãovêmosefeitosimediatos das suasações e comportamentos, tendem a desvalorizar o outro e o seusofrimento, osseussentimentos. Assim, podemosdizerque no mundo virtual como no mundofísico, háaquiloquechamamosmáscompanhias e bairrosperigososondenãoqueremosque as crianças e osnossosjovensentrem.Aocontrário do queacontece no mundo offline, emque a nossaidentidadetrazconsigo o peso ético de assumirmos a responsabilidadepelosnossosatos, nesta espécie de recreio digital, aparentemente sem dono nem lei, o código moral e de conduta das crianças e os jovens é mais flexível. Nem sempre as crianças e os jovens têm noção de que o comportamento que têm online tem consequências reais. E, por isso, protegidos por uma aparente capa de anonimato que a Internet confere que convida à experimentação, transgressão e à desinibição (Muir, 2005: Williams, Guerra, 2007), longe da supervisão dos adultos (Williams, Guerra, 2007), fazem e dizem coisas que normalmente não fariam ou diriam num contexto face-a-face (Muir, 2005). Este anonimato pode levar a comportamentos agressivos e inadequados (Postmes & Spears, 1998; Postmes, Spears, & Lea, 1998). Provavelmente muitos destes conflitos resultam de mal-entendidos, já que muitos dos sinais não-verbais - como a linguagem corporal e as flutuações de voz que as pessoas usam para entender o que lhes é transmitido – estão excluídos de uma grande parte da comunicação veiculada pelas TIC. O agressor parece não ter empatia por um sofrimento que não testemunha. Esta ausência de linguagem não-verbal entre interlocutores, segundo alguns autores, também é facilitador da agressão online (Kowalski, Limber, 2007; Tânia Brown, 200?). A verdade é que através das TIC, e em particular a Internet, cada um pode mostrar o seu melhor e o seu pior. A Internet oferece muitas tentações que põem as crianças e os jovens em confronto com dilemas éticos que põem em causa o código moral de cada um. As crianças estão vulneráveis online e correm o risco de se tornarem agressores (Berson, 2000) ou vítimas. Favorecidos por um grau relativo de anonimato online, os agressores usam estas ferramentas com um certo à vontade para atormentar potenciais vítimas (Muir, 2005). A má utilização das TIC expõe as crianças e jovens a potenciais perigos e danos. A sua segurança é comprometida não só quando expostos a conteúdos maliciosos ou quando revelam informação sensível sobre si próprios e sobre os outros. Também ocorre através de mensagens de texto, imagem ou vídeo por telemóvel, iPad, iPod, nas salas de chat, ou seja, em todos os espaços digitais em que ocorra interação social.
A literatura também refere que, apesar de tudo, no ciberespaço são mais as experiências positivas do que as negativas. Que nem sempre o risco significa dano e que não podemos criar uma redoma de vidro para proteger demasiado as crianças e os jovens. Até porque as experiências de risco ajudam a criar crianças resilientes (exemplo crianças de cristal e crianças de espuma de Javier Urra). Devemos proteger dentro dos limites do saudável (como na analogia da piscina: podemos ensinar a nadar, dar recursos, mas depois ficam por sua conta). Aliás só assim, poderá usufruir em pleno das oportunidades/benefícios proporcionados pelas TIC e só poderá desenvolver competências de cidadania, saúde, responsabilidade na Internet.Mas é importante lembrar que, apesar de se acharem uns peritos na tecnologia (estudos indicam que na sua opiniao sabem até mais sobre o assunto que os restantes membros da família), por ingenuidade, por descuido, por acharem que sabem tudo ou por vontade de transgredir e pelo gosto da aventura, os jovens correm riscos que, por vezes, os colocam em risco... Com pessoas que conhecem na Internet, com fotos e informações que partilham... E de repente, dão-se conta que o ecrã do computador apenas confere uma segurança aparente que, afinal, não os protege das más intenções dos outros. E que nem tudo o que parece é... Como aconteceu com Amanda Todd.
Errodelanão podia serapagadoporqueestavana Internet e seguiu-a paratodo o lado (mãe)
*Hello!*I've decided to tell you about my never ending story*In 7th grade I would go with friends on webcam*Meet and talk to new people.*Then got called stunning, beautiful, perfect, etc...*Then wanted me to flash...*So I did.... 1 year later.....
*So I did.... 1 year later.....*I got a msg on facebook*From him... Don't know how he knew me..*It said... If you don't put on a show for me I will send ur boobs*He knew my adress, school, relavives, friends family names.
*Christmas break....*Knock at my door at 4am...*It was the police... my photo was sent to everyone*I then got really sick and got...*Anxiety, major deppersion and panic disorder*I then moved and got into Drugs + Alcohol....
*A year past and the guy came back with my new*list of friends and school. But made a facebook page*My boobs were his profile pic...*Cried every night, lost all my friends and respect*people had for me... again...*Then nobody liked me*name calling, judged...*I can never get that Photo back*It's out there forever...*I Started cutting...
*I promised myself never again...*Didn't have any friends and I sat at lunch alone*So I moved Schools again....*Everything was better even though I sat still alone*At lunch in the library everyday.*After a month later I started talking to an old guy friend.*We back and fourth texted and he started to say he..*Liked me... Led me on.. He had a girlfriend...*Then he said come over my gf's on vacation*So I did... huge mistake....*He hooked up with me....*I thought he liked me....
*1 week later I get a text get out of your school...*His girlfriend and 15 others come including Hiself...*The girl and 2 others just said look around nobody likes you.*In front of my new school (50) people...*A guy than yelled just punch her already*So she did... She threw me to the ground a punched me several times*Kids filmed it. I was all alone and left on the ground.*I felt like a joke in this world... I thought nobody deserves this :/*I was alone.. I lied and said it was my fault and my idea*I didn't want him getting hurt, I thought he really liked me.*but he just wanted the sex... Someone yelled punch her already.*Teachers ran over but I just went and layed in a ditch and my dad found me.*I wanted to die so bad... When he brought me home I drank bleach...*It killed me inside and I thought I was gonnaactully die.*Ambulence came and brought me to the hospital and flushed me.
*After I got home all i saw was on facebook - she deserved it did you wash the mud out of your hair? - I hope shes dead.*Nobody cared... I moved away to another city to my moms.*another school... I didn't wanna press charges because I wanted to move on.*6 months has gone by... people are posting pics of bleach, clorex, and ditches.*tagging me... I was doing a lot better too... They said...*She should try a different bleach, I hope she dies this time and isn't so stupid.*They said I hope she sees this and kills herself..*Why do I get this? I messed up but why follow me..*I left your guys city... Im constantly crying now..
*Everyday I think why am I still here?*My anxiety is horrible now.. never went out this summer*All from my past.. lifes never getting better.. cant go to school*meet or be with people... constantly cutting. I'm really depressed*Im on anti deppresants now and councelling and a month ago this summer*I overdosed... In hospital for 2 days..*Im stuck... whats left of me now... nothing stops*I have nobody... I need someone :(*My name is Amanda Todd....
Embora, o risco de violência online seja um fenómeno ainda recente, cujos contornos ainda se estão a desembainhar, são vários os estudos que alertam para a possibilidade este ser um problema de saúde pública em crescimento. Estes contornos mais preocupantes e desafiantes das tecnologias lançam um novo e complexo repto à família, escola e à sociedade em geral. Segundo Huesmann (2007), não podemos dizer que estes meios electrónicos de comunicação global introduziram novas ameaças psicológicas para as crianças e jovens. Mas é-nos sugerido pelo autor que estas ferramentas dificultam a proteção das crianças e dos jovens face às ameaças, na medida em que expuseram muitos mais às ameaças que só alguns poderiam ter experimentado antes. Em que a agressão pode ocorrer e os jovens podem ser vítimas em novos locais que quebram os limites da família, comunidade do bairro, que, em certa medida, protegeram os jovens no passado. Ou seja, em vez de lidarmos com más companhias e maus ambientes a que as crianças e jovens estavam expostos quando saíam à rua, reconfiguramos os espaços e trouxemos esses perigos para dentro de casa, ou mais especificamente do quarto. De acordo com Muir (2005), as tecnologias facilitaram a entrada de pessoas estranhas na vida e privacidade das crianças (mesmo quando estão em casa com os pais por perto), porque passou a haver um maior acesso às crianças em configurações mais íntimas e privadas. Assim, a par do carácter socializador da popularizada ‘web 2.0’ (Valkenburg, Peter, 2007), surge um fenómeno ainda recente, mas preocupante que pretendemos estudar: a violência perpetrada por, com e entre crianças por meio das tecnologias de informação e comunicação e, em particular, a Internet. No entanto, a nossa resposta não deve ser entrar em pânico e manter as crianças dentro de casa porque as "ruas" lá fora são perigosas. Até porque as ruas também proporcionam experiências maravilhosas e ajudam os jovens a tornarem-se em adultos responsáveis e resilientes (Livingstone…). O reconhecimento das ameaças no ciberespaço é um primeiro passo importante na construção de um plano de ação assente em soluções construtivas que fomentem experiências produtivas de aprendizagem e proteção (Berson, Berson, Ferron, 2002). Assim, tendo em conta que as suas experiências online podem influenciar o bem-estar emocional e a segurança (Berson, 2000) das crianças e dos jovens, a nossa postura face aos perigos deve ir no sentido de i) compreender os perigos dessas ruas, bairros e maus amigos virtuais; ii) ajudar as crianças e os jovens a perceber os perigos e evitá-los (Huesmann, 2007); iii) orientar de modo a tomarem decisões informadas, que lhes permita aplicar competências de pensamento crítico e de cidadania produtiva online (Berson, 2000) e iv) tentar controlar a sua exposição na medida do possível (Huesmann, 2007).
AgradeceràDrª CláudiaMoura o conviteparaparticipar no II SimpósioNacional com o tema “Stress, Burnout e DesordensEmocionais”Cumprimentar a mesa e osparticipantesTemáticaqueestou a aprofundar no meuDoutoramentonaUniversidade do Minho