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Modelo probabilístico de cálculo de
risco na relação entre UG e fornecedor
Secretaria de Gestão de Informações para o Controle Externo – Seginf
TCU
Setembro/2015
Remis Balaniuk,PhD
Especialista Sênior
Analytics no contexto do Controle
– Modelos prescritivos ou descritivos?
• Modelos prescritivos
– Auditor vai no objeto indicado pela mineração
» Requerem precisão
» “Chegar perto” não é um bom resultado
» Falsos positivos quebram a confiança no processo
– Modelos “caixa preta” não explicam resultados obtidos
– Auditor pode não se sentir confortável em ser “pautado”
• Modelos descritivos
– Apresentar um recorte qualitativo dos dados enriquecidos
com indicadores
– Auditor utiliza seu conhecimento de negócio e sua intuição
para selecionar dentro do recorte objetos de forma orientada
pelo modelo
Analytics no contexto do Controle
– Poucas bases de exemplos
• Dada a multitude de critérios e variáveis a considerar
• Dada a necessidade de grande número de exemplos
positivos e negativos
– Muitos dados estruturados
• Grandes bases de dados da administração pública (AP)
– Conhecimento de negócio abundante
• Conhecimento tácito dos auditores sobre práticas e
riscos na AP
– Tipologias de práticas ilícitas
– Perfil e comportamento típico dos atores
• Normas, legado de processos e decisões
Analytics no contexto do Controle
– Contexto favorável para a aplicação de técnicas
híbridas
• Dados + conhecimento a priori = construção de modelos
preditivos
• Modelos + descoberta de conhecimento = ambiente de
análise e planejamento de auditorias
Analytics no contexto do Controle
– Problema típico do auditor:
• Dado um grande conjunto de instâncias dentro de um
tema
– Objetos de controle
» Contratos, fornecedores, pessoas, órgãos, etc
• Escolher o que auditar
• Duas grandes classes:
– A: Objeto vale a pena auditar
– B: Objeto não vale a pena auditar
• Multitude de critérios a considerar:
– Materialidade, oportunidade, viabilidade, indícios
Analytics no contexto do Controle
– Problema típico do auditor:
• Classe A muito menor que classe B
– Por limitações de recursos
– Por suposição de que comportamentos irregulares sejam
exceção
• Problema de classificação?
• Problema de ranqueamento?
Analytics no contexto do Controle
• Meta-problema:
– Dado um conjunto de objetos de controle, calcular
um indicador principal que permita ranquea-lo
segundo a significância de audita-lo
• Chamaremos esse indicador de Risco
– Por falta de um nome melhor...
Analytics no contexto do Controle
• Risco:
– condição que aumenta ou diminui o potencial de perdas
• A análise de riscos estruturada possui dois parâmetros claros
a serem estudados:
– PRIMEIRO: saber qual a chance, a probabilidade, dos problemas virem
a acontecer, frente à condição existente – risco
– SEGUNDO: calcular o impacto seja ele operacional como financeiro
• Perda Esperada:
– Multiplicação direta entre a probabilidade do risco vir a acontecer
versus seu impacto financeiro.
Analytics no contexto do Controle
• Avaliação de riscos quantitativa
– Objetiva
– Tenta calcular valores numéricos objetivos para
cada uma das instâncias do conjunto alvo
Analytics no contexto do Controle
• Transformando a análise de risco num
problema de mineração de dados:
– Deseja-se um modelo preditivo
– Inferência indutiva ou dedutiva?
• Modelos a partir de dados?
– Bases abundantes
– Não é possível contar com bases de exemplos significativas
• Modelos a partir de premissas?
– Conhecimento de negócio abundante
– Poucas premissas absolutamente certas
Raciocínio Bayesiano
• Um framework para explicar a cognição.
– Como aprender a partir de dados limitados e com erros
– Modelos qualitativos robustos a partir de mínimos
pressupostos ad hoc
• Um framework para entender como
conhecimento estruturado interage com
inferência estatística
Teorema de Bayes
• Exemplo:
– H=paciente tem meningite
– D=paciente tem rigidez cervical
– Meningite causa rigidez cervical em 50% dos casos
• P(D|H)=0,5
– Probabilidade de alguém ter meningite é 1/50000
• P(H)=1/50000
– Probabilidade de rigidez cervical é 1/20
• P(D)=1/20
– Se um paciente tem rigidez cervical qual a probabilidade de ter meningite:
• P(H|D)=(0,5*1/50000)/(1/20)=0,0002
• Para uma hipótese H e um dado D :
)(
)|()(
)|(
DP
HDPHP
DHP 
Classificador Bayesiano
• Na prática:
– A hipótese H pode ser interpretada como uma classe (C)
• Variável aleatória cujos valores correspondem às classes possíveis
– O dado D pode ser interpretado como um vetor de
atributos, sendo cada um uma variável aleatória
• (D1, D2,..., Dn)
– O objetivo é poder calcular a probabilidade posterior de
cada classe para cada instância de D
• P(C|D1, D2,..., Dn)
– Mas para isso é preciso antes calcular P(D1, D2,..., Dn|C)
– O que pode ser inviável para um n elevado ou se C e Dn
podem assumir muitos valores diferentes
Naïve Bayes
• Simplifica enormemente o problema ao
assumir que os atributos Dn são
INDEPENDENTES
• Nesse caso:
– P(D1, D2,..., Dn|C)= P(D1|C) P(D2|C)... P(Dn|C)
– Basta calcular P(Di|Ck) para todos Di e Ck
Voltando ao problema do auditor
• Consideraremos nossas classes como:
– Objetos a serem auditados = CA
– Objetos que não serão auditados = CB
– P(CA)+P(CB)=1
– Permite ordenar objetos de controle por risco (P(CA))
• Os atributos Di podem ser escolhidos pelo auditor
segundo seu conhecimento de negócio e o tipo de
objeto de controle a ser classificado
• Mas cálculo de P(Di|Ck) ainda requer uma base de
exemplos...
Voltando ao problema do auditor
• Assumiremos mais uma hipótese
simplificadora:
– Dado que os conjunto de objetos a serem
auditados é muito menor do que os que não o
serão
• | CA |<<| CB |
– Assumiremos que as distribuição de probabilidade
dos atributos é bastante próxima da probabilidade
condicional da classe maior:
• P(Di|CB) ≈ P(Di)
Voltando ao problema do auditor
• E como definir P(Di|CA) ?
– Para cada atributo Di a probabilidade condicional
P(Di|CA) será definida por regra de negócio
– Ou seja, será papel do auditor definir qual o
comportamento típico dos objetos de controle
que devem ser auditados
– Essa definição será feita na forma de uma
distribuição de frequência definida de forma ad
hoc para cada atributo valor de cada atributo
considerado
Exemplo
• Classificando contratos:
– CA : contrato deve ser auditado
– CB : contrato não precisa ser auditado
– Di: número de renegociações com aumento de valor
– P(Di|CB)=P(Di)
– P(Di|CA):
• Regra de negócio
Probability table
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 1 2 3 4 5 6 7
value
P(NREFOR)
Probability table
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0 1 2 3 4 5 6 7
value
P(NREFOR)
Abordagem
Levantar
variáveis
relevantes
Identificar
comportamento
normal
(população)
Modelar
comportamento
suspeito
(experiência)
• O método pode ser usado para diferentes problemas
• Permite combinar dados e suposições de negócio
• Especialista precisa escolher bem as variáveis
– Precisa ser capaz de calcular seu valor para todas as instâncias a serem classificadas
– Precisa ter suposições de como é a distribuição de frequência da classe alvo
– Cada variável avalia um dos aspectos da análise
• Independentes
• Nem todos as instâncias da classe alvo precisam se encaixar em todas as suposições de
risco
• Funciona melhor em ciclos
– Tentativa e erro leva ao aprimoramento da escolha de variáveis e das suposições de
negócio
Aplicando a metodologia
• Relação AP versus Fornecedor
– Quantitativamente a relação entre a administração pública
(AP) e seus fornecedores é caracterizada por um conjunto
de aquisições, que geram despesas
– Perdas diretas podem ocorrer se:
• Houver sobrepreço
• A aquisição não atingir seus objetivos
• Calcular um fator de risco associado a cada par UG
+ Fornecedor
– Par comum: segue o comportamento geral médio
– Par de risco: indícios de favorecimento (outlier)
Objetivo da mineração
Bases de dados
• SIASG – ComprasNet
– 2010 a 08/2015
Item de
Contrato
Empenho Termo
Aditivo
Item de
Empenho
Liquidação de
Empenho
Contrato
Documento de
Liquidação
Representante Sócio
Compra FornecedorUnidade
Item de
Compra
Item de
Compra x
Unidade
Item de
Compra x
Fornecedor
Item de Compra x
Fornecedor x
Unidade
Escopo
– Aquisições entre 2010 e 2015
– Valor envolvido: R$345 bilhões
– Total de fornecedores: 223.915
– Total de Ugs: 3272
– Total de pares a ranquear: 897.303
Dados
• E ainda:
– Receita: detalhes dos fornecedores
– Sanções:
– Doações eleitorais
– RAIS
– SIAPE
Conluio
• Associação ilícita entre unidade e fornecedor
onde uma unidade privilegia um fornecedor
específico
• Indícios selecionados:
– Três grupos:
• Problemas de governança da UG
• Perfil atípico do fornecedor
• Relacionamento atípico entre UG e fornecedor
Indícios de problemas de governança
da UG
• Proporção de compras da UG justificadas
nos incisos 3, 4, 5 e 7
– Ditas “emergenciais”
– Indica falta de planejamento da UG nas
aquisições
– Indicadores:
• Proporção do número de compras da UG: EMERG
• Proporção do valor gasto pela UG: VEMERG
Indícios de problemas de governança
da UG
• Discretização de EMERG:
– 0: 0 a 2%
– 1: 2 a 5%
– 2: 5 a 20%
– 3: 20 a 45%
– 4: >45%
P(EMERG|CA)
P(EMERG|CB)
• Proporção de compras da UG que não utilizam
pregão eletrônico
– Indica opção da UG por métodos de aquisição
pouco transparentes
– Indicadores:
• Proporção do número de compras da UG
• Proporção do valor gasto pela UG
Indícios de problemas de governança
da UG
• Proporção de compras da UG por adesão a
registros de preço de outros órgãos
– Indica baixa capacidade ou interesse da UG em
preparar seus próprios processos licitatórios
– Indicadores:
• Proporção do número de compras da UG
• Proporção do valor gasto pela UG
Indícios de problemas de governança
da UG
• Proporção de compras por registro de preço
da UG nas quais ela emitiu só um empenho
– Indica uso suspeito da modalidade registro de
preço
– Abre brechas desnecessárias para permitir que
um fornecedor venda para diversos órgãos
Indícios de problemas de governança
da UG
Perfil atípico do fornecedor
• Dispersão
– Número de UGs onde fornecedor participou de
certames (tentou vender)
– Fornecedor com baixa dispersão (próximo de 1)
indica que não é representativo no seu nicho de
mercado ou não esta disposto ou apto a competir
em diversos contextos
Perfil atípico do fornecedor
• Doações de campanha
– Valor de doações registradas no TSE
– Fornecedor doador de campanha tem
relacionamento com políticos
Perfil atípico do fornecedor
• Inidoneidade
– Número de condenações da empresa ou de seus
sócios
– Fornecedor já condenado por inidoneidade é de
risco
Relacionamento atípico entre UG e
fornecedor
• Compras por modalidades de baixa
competitividade
– Compras que não foram feitas por pregão
eletrônico
– Número de ocorrências e totais de compras
ganhas pelo fornecedor naquela UG
– Não usa proporção para privilegiar a
materialidade
– Usa escala logarítmica na discretização
Relacionamento atípico entre UG e
fornecedor
• Reforços e aditivos
– Calcula para cada compra a variação entre valor inicial
(do empenho e/ou do contrato) e o valor final pago
– Considera só variações acima de 25%
– Conta número de ocorrências
– Soma total dos reforços
– valor final - inicial
– Novamente não é proporção para privilegiar a
materialidade
– Usa escala logarítmica na discretização
Relacionamento atípico entre UG e
fornecedor
• Existência de servidor do órgão ao qual
pertence a UG que é ou já foi sócio,
funcionário ou representante da empresa
– Quantidade de pessoas identificadas
– Ponderado pelo perfil da pessoa:
• Funcionário: peso 1
• Sócio ou representante: peso 10
• Sócio administrador: peso 15
Relacionamento atípico entre UG e
fornecedor
• Sucesso
– Proporção entre número de certames onde
fornecedor venceu e número de certames dos
quais participou
– Fornecedor com alto índice de sucesso (próximo
de 1) indica que só vai em certames onde sabe
que vai ganhar ou tem privilégios
Relacionamento atípico entre UG e
fornecedor
• Média da competitividade nos certames vencidos
– Índice de competitividade de certames licitatórios
– Pregão eletrônico:
• Competividade proporcional ao número de participantes e
número de lances dados
– Pregão presencial:
• Competividade proporcional ao número de participantes
• Ponderado de forma a indicar menos competividade que no
pregão eletrônico
– Outras modalidades:
• Não pregão baseado em técnica: competividade 0
• Não pregão baseado em preço: competividade positiva porem
baixa
Preparação dos dados
• Foram retirados:
– Fornecedores estatais
– Telefonia
– Bancos
– Eletricidade
– Água
Modelos específicos
• Alguns atributos mostram grandes variações
entre subconjuntos de aquisições
• Exemplo:
- Aquisições sem pregão
no caso geral:
- Aquisições sem pregão
para serviços
OBS: discretizado como
0: 0 a 10%
1: 10 a 20%
2: 20 a 45%
3: 45 a 80%
4: >80%
Modelos específicos
• Por isso foram processados quatro modelos
distintos:
– Obras
– Serviços
– Bens e materiais
– Geral
Valores em risco
• O modelo probabilístico calcula um fator de risco
para cada par UG+Fornecedor
• A materialidade do risco foi obtida multiplicando
esse fator pelo total dos valores pagos pela UG ao
fornecedor
• É possível totalizar a materialidade do risco por UG
somente ou por fornecedor somente
• Dessa forma é possível ordenar pares, UGs e/ou
fornecedores por risco e por materialidade
Resultados
• Dos 897.303 pares iniciais 5.338 foram
considerados de risco
– Risco acima de 50% em pelo menos um dos
modelos
• Valores em risco
– Totalizando mais de R$66 bilhões
• Elaborado painel de visualização (Qlikview)
• Permite que o auditor explore o modelo
Resultados
• FOC em andamento usando o modelo
• Coordenação: Selog
• RS, SC, PR, SP, RJ, BA, CE, PA, MT e GO
Aplicação
Publicação
International Journal of Reasoning-
based Intelligent Systems
Print ISSN: 1755-0556 Online ISSN:
1755-0564
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Painel 05 02 - Remis Balaniuk - modelo bayesiano de analise de risco de conluio ug fornecedor

  • 1. Modelo probabilístico de cálculo de risco na relação entre UG e fornecedor Secretaria de Gestão de Informações para o Controle Externo – Seginf TCU Setembro/2015 Remis Balaniuk,PhD Especialista Sênior
  • 2. Analytics no contexto do Controle – Modelos prescritivos ou descritivos? • Modelos prescritivos – Auditor vai no objeto indicado pela mineração » Requerem precisão » “Chegar perto” não é um bom resultado » Falsos positivos quebram a confiança no processo – Modelos “caixa preta” não explicam resultados obtidos – Auditor pode não se sentir confortável em ser “pautado” • Modelos descritivos – Apresentar um recorte qualitativo dos dados enriquecidos com indicadores – Auditor utiliza seu conhecimento de negócio e sua intuição para selecionar dentro do recorte objetos de forma orientada pelo modelo
  • 3. Analytics no contexto do Controle – Poucas bases de exemplos • Dada a multitude de critérios e variáveis a considerar • Dada a necessidade de grande número de exemplos positivos e negativos – Muitos dados estruturados • Grandes bases de dados da administração pública (AP) – Conhecimento de negócio abundante • Conhecimento tácito dos auditores sobre práticas e riscos na AP – Tipologias de práticas ilícitas – Perfil e comportamento típico dos atores • Normas, legado de processos e decisões
  • 4. Analytics no contexto do Controle – Contexto favorável para a aplicação de técnicas híbridas • Dados + conhecimento a priori = construção de modelos preditivos • Modelos + descoberta de conhecimento = ambiente de análise e planejamento de auditorias
  • 5. Analytics no contexto do Controle – Problema típico do auditor: • Dado um grande conjunto de instâncias dentro de um tema – Objetos de controle » Contratos, fornecedores, pessoas, órgãos, etc • Escolher o que auditar • Duas grandes classes: – A: Objeto vale a pena auditar – B: Objeto não vale a pena auditar • Multitude de critérios a considerar: – Materialidade, oportunidade, viabilidade, indícios
  • 6. Analytics no contexto do Controle – Problema típico do auditor: • Classe A muito menor que classe B – Por limitações de recursos – Por suposição de que comportamentos irregulares sejam exceção • Problema de classificação? • Problema de ranqueamento?
  • 7. Analytics no contexto do Controle • Meta-problema: – Dado um conjunto de objetos de controle, calcular um indicador principal que permita ranquea-lo segundo a significância de audita-lo • Chamaremos esse indicador de Risco – Por falta de um nome melhor...
  • 8. Analytics no contexto do Controle • Risco: – condição que aumenta ou diminui o potencial de perdas • A análise de riscos estruturada possui dois parâmetros claros a serem estudados: – PRIMEIRO: saber qual a chance, a probabilidade, dos problemas virem a acontecer, frente à condição existente – risco – SEGUNDO: calcular o impacto seja ele operacional como financeiro • Perda Esperada: – Multiplicação direta entre a probabilidade do risco vir a acontecer versus seu impacto financeiro.
  • 9. Analytics no contexto do Controle • Avaliação de riscos quantitativa – Objetiva – Tenta calcular valores numéricos objetivos para cada uma das instâncias do conjunto alvo
  • 10. Analytics no contexto do Controle • Transformando a análise de risco num problema de mineração de dados: – Deseja-se um modelo preditivo – Inferência indutiva ou dedutiva? • Modelos a partir de dados? – Bases abundantes – Não é possível contar com bases de exemplos significativas • Modelos a partir de premissas? – Conhecimento de negócio abundante – Poucas premissas absolutamente certas
  • 11. Raciocínio Bayesiano • Um framework para explicar a cognição. – Como aprender a partir de dados limitados e com erros – Modelos qualitativos robustos a partir de mínimos pressupostos ad hoc • Um framework para entender como conhecimento estruturado interage com inferência estatística
  • 12. Teorema de Bayes • Exemplo: – H=paciente tem meningite – D=paciente tem rigidez cervical – Meningite causa rigidez cervical em 50% dos casos • P(D|H)=0,5 – Probabilidade de alguém ter meningite é 1/50000 • P(H)=1/50000 – Probabilidade de rigidez cervical é 1/20 • P(D)=1/20 – Se um paciente tem rigidez cervical qual a probabilidade de ter meningite: • P(H|D)=(0,5*1/50000)/(1/20)=0,0002 • Para uma hipótese H e um dado D : )( )|()( )|( DP HDPHP DHP 
  • 13. Classificador Bayesiano • Na prática: – A hipótese H pode ser interpretada como uma classe (C) • Variável aleatória cujos valores correspondem às classes possíveis – O dado D pode ser interpretado como um vetor de atributos, sendo cada um uma variável aleatória • (D1, D2,..., Dn) – O objetivo é poder calcular a probabilidade posterior de cada classe para cada instância de D • P(C|D1, D2,..., Dn) – Mas para isso é preciso antes calcular P(D1, D2,..., Dn|C) – O que pode ser inviável para um n elevado ou se C e Dn podem assumir muitos valores diferentes
  • 14. Naïve Bayes • Simplifica enormemente o problema ao assumir que os atributos Dn são INDEPENDENTES • Nesse caso: – P(D1, D2,..., Dn|C)= P(D1|C) P(D2|C)... P(Dn|C) – Basta calcular P(Di|Ck) para todos Di e Ck
  • 15. Voltando ao problema do auditor • Consideraremos nossas classes como: – Objetos a serem auditados = CA – Objetos que não serão auditados = CB – P(CA)+P(CB)=1 – Permite ordenar objetos de controle por risco (P(CA)) • Os atributos Di podem ser escolhidos pelo auditor segundo seu conhecimento de negócio e o tipo de objeto de controle a ser classificado • Mas cálculo de P(Di|Ck) ainda requer uma base de exemplos...
  • 16. Voltando ao problema do auditor • Assumiremos mais uma hipótese simplificadora: – Dado que os conjunto de objetos a serem auditados é muito menor do que os que não o serão • | CA |<<| CB | – Assumiremos que as distribuição de probabilidade dos atributos é bastante próxima da probabilidade condicional da classe maior: • P(Di|CB) ≈ P(Di)
  • 17. Voltando ao problema do auditor • E como definir P(Di|CA) ? – Para cada atributo Di a probabilidade condicional P(Di|CA) será definida por regra de negócio – Ou seja, será papel do auditor definir qual o comportamento típico dos objetos de controle que devem ser auditados – Essa definição será feita na forma de uma distribuição de frequência definida de forma ad hoc para cada atributo valor de cada atributo considerado
  • 18. Exemplo • Classificando contratos: – CA : contrato deve ser auditado – CB : contrato não precisa ser auditado – Di: número de renegociações com aumento de valor – P(Di|CB)=P(Di) – P(Di|CA): • Regra de negócio Probability table 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 1 2 3 4 5 6 7 value P(NREFOR) Probability table 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0 1 2 3 4 5 6 7 value P(NREFOR)
  • 19. Abordagem Levantar variáveis relevantes Identificar comportamento normal (população) Modelar comportamento suspeito (experiência) • O método pode ser usado para diferentes problemas • Permite combinar dados e suposições de negócio • Especialista precisa escolher bem as variáveis – Precisa ser capaz de calcular seu valor para todas as instâncias a serem classificadas – Precisa ter suposições de como é a distribuição de frequência da classe alvo – Cada variável avalia um dos aspectos da análise • Independentes • Nem todos as instâncias da classe alvo precisam se encaixar em todas as suposições de risco • Funciona melhor em ciclos – Tentativa e erro leva ao aprimoramento da escolha de variáveis e das suposições de negócio
  • 20. Aplicando a metodologia • Relação AP versus Fornecedor – Quantitativamente a relação entre a administração pública (AP) e seus fornecedores é caracterizada por um conjunto de aquisições, que geram despesas – Perdas diretas podem ocorrer se: • Houver sobrepreço • A aquisição não atingir seus objetivos
  • 21. • Calcular um fator de risco associado a cada par UG + Fornecedor – Par comum: segue o comportamento geral médio – Par de risco: indícios de favorecimento (outlier) Objetivo da mineração
  • 22. Bases de dados • SIASG – ComprasNet – 2010 a 08/2015 Item de Contrato Empenho Termo Aditivo Item de Empenho Liquidação de Empenho Contrato Documento de Liquidação Representante Sócio Compra FornecedorUnidade Item de Compra Item de Compra x Unidade Item de Compra x Fornecedor Item de Compra x Fornecedor x Unidade
  • 23. Escopo – Aquisições entre 2010 e 2015 – Valor envolvido: R$345 bilhões – Total de fornecedores: 223.915 – Total de Ugs: 3272 – Total de pares a ranquear: 897.303
  • 24. Dados • E ainda: – Receita: detalhes dos fornecedores – Sanções: – Doações eleitorais – RAIS – SIAPE
  • 25. Conluio • Associação ilícita entre unidade e fornecedor onde uma unidade privilegia um fornecedor específico • Indícios selecionados: – Três grupos: • Problemas de governança da UG • Perfil atípico do fornecedor • Relacionamento atípico entre UG e fornecedor
  • 26. Indícios de problemas de governança da UG • Proporção de compras da UG justificadas nos incisos 3, 4, 5 e 7 – Ditas “emergenciais” – Indica falta de planejamento da UG nas aquisições – Indicadores: • Proporção do número de compras da UG: EMERG • Proporção do valor gasto pela UG: VEMERG
  • 27. Indícios de problemas de governança da UG • Discretização de EMERG: – 0: 0 a 2% – 1: 2 a 5% – 2: 5 a 20% – 3: 20 a 45% – 4: >45% P(EMERG|CA) P(EMERG|CB)
  • 28. • Proporção de compras da UG que não utilizam pregão eletrônico – Indica opção da UG por métodos de aquisição pouco transparentes – Indicadores: • Proporção do número de compras da UG • Proporção do valor gasto pela UG Indícios de problemas de governança da UG
  • 29. • Proporção de compras da UG por adesão a registros de preço de outros órgãos – Indica baixa capacidade ou interesse da UG em preparar seus próprios processos licitatórios – Indicadores: • Proporção do número de compras da UG • Proporção do valor gasto pela UG Indícios de problemas de governança da UG
  • 30. • Proporção de compras por registro de preço da UG nas quais ela emitiu só um empenho – Indica uso suspeito da modalidade registro de preço – Abre brechas desnecessárias para permitir que um fornecedor venda para diversos órgãos Indícios de problemas de governança da UG
  • 31. Perfil atípico do fornecedor • Dispersão – Número de UGs onde fornecedor participou de certames (tentou vender) – Fornecedor com baixa dispersão (próximo de 1) indica que não é representativo no seu nicho de mercado ou não esta disposto ou apto a competir em diversos contextos
  • 32. Perfil atípico do fornecedor • Doações de campanha – Valor de doações registradas no TSE – Fornecedor doador de campanha tem relacionamento com políticos
  • 33. Perfil atípico do fornecedor • Inidoneidade – Número de condenações da empresa ou de seus sócios – Fornecedor já condenado por inidoneidade é de risco
  • 34. Relacionamento atípico entre UG e fornecedor • Compras por modalidades de baixa competitividade – Compras que não foram feitas por pregão eletrônico – Número de ocorrências e totais de compras ganhas pelo fornecedor naquela UG – Não usa proporção para privilegiar a materialidade – Usa escala logarítmica na discretização
  • 35. Relacionamento atípico entre UG e fornecedor • Reforços e aditivos – Calcula para cada compra a variação entre valor inicial (do empenho e/ou do contrato) e o valor final pago – Considera só variações acima de 25% – Conta número de ocorrências – Soma total dos reforços – valor final - inicial – Novamente não é proporção para privilegiar a materialidade – Usa escala logarítmica na discretização
  • 36. Relacionamento atípico entre UG e fornecedor • Existência de servidor do órgão ao qual pertence a UG que é ou já foi sócio, funcionário ou representante da empresa – Quantidade de pessoas identificadas – Ponderado pelo perfil da pessoa: • Funcionário: peso 1 • Sócio ou representante: peso 10 • Sócio administrador: peso 15
  • 37. Relacionamento atípico entre UG e fornecedor • Sucesso – Proporção entre número de certames onde fornecedor venceu e número de certames dos quais participou – Fornecedor com alto índice de sucesso (próximo de 1) indica que só vai em certames onde sabe que vai ganhar ou tem privilégios
  • 38. Relacionamento atípico entre UG e fornecedor • Média da competitividade nos certames vencidos – Índice de competitividade de certames licitatórios – Pregão eletrônico: • Competividade proporcional ao número de participantes e número de lances dados – Pregão presencial: • Competividade proporcional ao número de participantes • Ponderado de forma a indicar menos competividade que no pregão eletrônico – Outras modalidades: • Não pregão baseado em técnica: competividade 0 • Não pregão baseado em preço: competividade positiva porem baixa
  • 39. Preparação dos dados • Foram retirados: – Fornecedores estatais – Telefonia – Bancos – Eletricidade – Água
  • 40. Modelos específicos • Alguns atributos mostram grandes variações entre subconjuntos de aquisições • Exemplo: - Aquisições sem pregão no caso geral: - Aquisições sem pregão para serviços OBS: discretizado como 0: 0 a 10% 1: 10 a 20% 2: 20 a 45% 3: 45 a 80% 4: >80%
  • 41. Modelos específicos • Por isso foram processados quatro modelos distintos: – Obras – Serviços – Bens e materiais – Geral
  • 42. Valores em risco • O modelo probabilístico calcula um fator de risco para cada par UG+Fornecedor • A materialidade do risco foi obtida multiplicando esse fator pelo total dos valores pagos pela UG ao fornecedor • É possível totalizar a materialidade do risco por UG somente ou por fornecedor somente • Dessa forma é possível ordenar pares, UGs e/ou fornecedores por risco e por materialidade
  • 43. Resultados • Dos 897.303 pares iniciais 5.338 foram considerados de risco – Risco acima de 50% em pelo menos um dos modelos • Valores em risco – Totalizando mais de R$66 bilhões
  • 44. • Elaborado painel de visualização (Qlikview) • Permite que o auditor explore o modelo Resultados
  • 45. • FOC em andamento usando o modelo • Coordenação: Selog • RS, SC, PR, SP, RJ, BA, CE, PA, MT e GO Aplicação
  • 46. Publicação International Journal of Reasoning- based Intelligent Systems Print ISSN: 1755-0556 Online ISSN: 1755-0564