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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 
Departamento de Tecnologias Mecânicas 
Licenciatura em Engenharia Mecânica e de Transportes 
Gestão de Frotas 
TG1 
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
M41 
Discentes: Abdel Jamal 
Hermenegildo Soares 
Naife Muzila 
Docente: Eng. Mário Jonas 
Maputo, Outubro de 2014
Í ndice 
1. Introdução ............................................................................................................................ 3 
2. Objectivos ............................................................................................................................ 3 
3. Transporte rodoviário........................................................................................................... 4 
3.1. Características ............................................................................................................... 4 
3.2. Transporte rodoviário em Moçambique ....................................................................... 4 
4. Gestão de frota de transporte rodoviário .............................................................................. 4 
5. Dimensionamento de frota de transporte ............................................................................. 5 
5.1. Fonte de madeira ............................................................................................................... 5 
5.2. Condições de trabalho ....................................................................................................... 5 
5.3. Dimensionamento de Frota com base no tempo de ciclo activo ....................................... 6 
5.3.1. Descrição da Empresa ................................................................................................ 7 
5.3.2. Dimensionamento da Frota ........................................................................................ 7 
5.3.3. Custos dos veículos para frota ................................................................................... 8 
5.4. Manutenção da frota .......................................................................................................... 8 
5.4. Plano de manutenção .................................................................................................... 9 
6. Conclusões ......................................................................................................................... 12 
7. Referências bibliográficas .................................................................................................. 13
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
3 
1. Introdução 
Moçambique possui bastantes recursos naturais, alguns explorados, outros não. Das reservas minerais, muitas ainda estão por explorar, mas já há vários projectos em andamento. Na área de hidrocarbonetos, em vista de recentes descobertas. 
Dos recursos em intensa exploração, destaque para as florestas e os pescados. Moçambique é rico em recursos florestais, com uma área de cerca de 40,6 milhões de hectares e 14,7 milhões de hectares de outras áreas arborizadas (macauhub, 2014). 
Moçambique deverá produzir 150 mil metros cúbicos de madeira em toro em 2014, representando um aumento de cerca de 50 mil metros cúbicos em relação a 2013. O aumento da produção deverá resultar da sobrevalorização da madeira e do aumento das taxas de exploração, para além do reforço de mecanismos de controlo da exportação da madeira não processada no país, segundo o Ministério da Agricultura (MINAG). 
Todo esse volume de madeira necessita ser transportado da floresta para os centros consumidores (transporte principal). Este transporte 
2. Objectivos 
Analisando-se o transporte de madeira por via rodoviária em Moçambique, verificasse que o uso de uma frota representa o custo de transportar a madeira a partir de n fontes distintas (farmas), durante um determinado período de tempo, até um único destino (centro de consumo). O presente trabalho visa dimensionar uma frota de transporte, que permita a realização do transporte de madeira ao menor custo possível. 
As variáveis para esse dimensionamento serão: tipo de carga, tipo de veículo utilizado para realizar o transporte a partir de uma determinada fonte de matéria-prima, no caso, a floresta produtora de madeira e o centro de consumo, e por fim a quantidade a transportar.
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
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3. Transporte rodoviário 
3.1. Características 
“Transporte rodoviário é aquelas feitas através ruas, estradas e rodovias, sejam elas pavimentadas ou não, com a intenção de transpor de um ponto ao outro, produtos, animais ou pessoas”. (MUENDANE, 2001) 
As características do transporte rodoviário, segundo Muendane (2001), são: 
 Possui a maior representatividade entre os modais existentes; 
 Adequado para curtas e médias distâncias; 
 Baixo custo inicial de implantação; 
 Alto custo de manutenção; 
 Muito poluente com forte impacto ambiental; 
 Segurança no transporte comprometida devido à existência de roubos de cargas; 
 Serviço de entrega porta a porta; 
 Maior flexibilidade com grande extensão da malha; 
 Transporte com velocidade moderada; 
 Os custos se tornam altos para grandes distâncias; 
 Tempo de entrega confiável; 
 Baixa capacidade de carga com limitação de volume e peso; 
3.2. Transporte rodoviário em Moçambique 
Em Moçambique, o transporte rodoviário de carga é exercido na sua totalidade pelo sector privado e é coordenado pela Direcção Nacional de Transportes Rodoviários. 
O transporte rodoviário movimenta 13% da carga nacional e internacional e constitui também um meio de acesso aos restantes meios de transporte. O transporte rodoviário assegura o transporte de mercadorias desde os locais de produção até aos locais de concentração (aldeias e ao longo da estrada principal) de onde os produtos são posteriormente transportados até as vilas e cidades (MUENDANE, 2001). 
4. Gestão de frota de transporte rodoviário 
A questão do dimensionamento de frota para o transporte de carga fracionada é, de modo geral, tratada de duas maneiras distintas. Seja como resultado de um problema de roteirização de veículos ou baseando-se no princípio do ciclo do ativo. 
O planeamento de transportes deve ser considerado em três níveis hierárquicos: estratégico, tático e operacional. O planeamento estratégico tem como objetivo definir as diretrizes e o dimensionamento do sistema no longo prazo. Questões como a escolha das tecnologias a serem
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
5 
empregadas, o plano de investimentos e as etapas de implantação do sistema são consideradas neste nível (CATALAN, 2006). 
O planeamento tático é feito para um horizonte de médio a curto prazo em que decisões como o dimensionamento e a definição das características da frota de veículos, das vias e dos terminais são tomadas para permitir a operação do sistema (GUERRA, 1991). 
Por fim, o planeamento operacional é feito para o curto prazo e tem como objetivo otimizar as características do sistema de transportes em operação. Logo, busca formas mais eficientes de utilizar os recursos já disponíveis e volta-se para as operações do dia-a-dia.(GUERRA, 1991). 
No dimensionamento da frota de veículos de uma transportadora, por exemplo, o nível de serviço é dado pelo nível máximo de demanda que pode ser imposto ao sistema. Níveis de serviço muito altos pressupõem um alto investimento em veículos, o que pode significar ter ativos ociosos durante a maior parte do tempo. Por outro lado, níveis de serviço muito baixos causariam atrasos nas entregas e, como consequência, clientes insatisfeitos. 
5. Dimensionamento de frota de transporte 
5.1. Fonte de madeira 
Para o dimensionamento da frota foi escolhido como material a madeira, proveniente de Cuamba. Cuamba é uma cidade da província de Niassa, sendo a sede do distrito do mesmo nome. 
Administrativamente, Cuamba é um município, com um governo local eleito, uma área de 131 km² e uma população de 56801 habitantes. Cuamba é um importante centro de transportes. Está situada na Estrada Nacional nº 8 (EN8), que liga Nampula a leste à fronteira com o Malawi (Mandimba) no oeste e na EN248 que termina em Marrupa. 
5.2. Condições de trabalho 
A rede nacional de estradas identificadas é composta por 26.235 Km lineares. Mais de metade das estradas nacionais são terciárias, isto é, em terra batida e com circulação sazonal. As estradas principais, ou seja, em bom estado de circulação, correspondem a somente 16%, equivalentes a 4.310 Km. Os restantes 31% são de estradas consideradas secundárias. Portanto, a comercialização de madeira é feita, em grande parte, em estradas cuja transitabilidade é má ou, quando muito, razoável (MUENDANE, 2001).
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
6 
Ilustração 1.Tipos de estradas existentes. 
No troco da EN8 compreendido entre Cuamba e Nampula, de 340 km contém em mais de 
metade do trajecto terra batida. 
5.3. Dimensionamento de Frota com base no tempo de ciclo activo 
Stringher (2004) em sua dissertação determinou o tamanho ideal de uma frota sem a 
abordagem de roteirização, levando em conta os tempos de ciclo de cada veículo e com esta 
proposta buscou pela minimização dos custos de transportes. O trabalho foi realizado através de 
um estudo de caso e foi classificado como um problema de cobertura de rota, permitindo 
determinar a quantidade ideal de veículos, igual ao presente trabalho. Foi considerada a frota 
como homogênea. O problema da optimização da frota a partir deste método caracteriza-se 
por ser um método aproximativo sem complexidade matemática envolvida. Para determinar o 
dimensionamento da frota, foram identificadas três etapas: tempo de ciclo, produtividade de 
cada rota e quantidade de veículos necessários. 
O cálculo do tempo de ciclo corresponde ao somatório de todos os tempos que compõem a 
viagem, podendo variar em situações específicas, por exemplo, ausência de cargas de retorno. 
Para cada rota o tempo de ciclo foi calculado com base nos tempos que compõe uma viagem 
completa (ida e volta): 
Em seguida, foi calculada a productividade de cada rota da seguinte maneira: 
Por fim, a quantidade de veículos necessários foi determinada com base na demanda de 
viagens por mês (D): 
Onde: 
ciclo T Tempo do ciclo em horas por ciclo; 
carregamento ida T _ Tempo para carregar o caminhão no depósito de saída;
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
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ida viagem T _ Tempo de trânsito entre o depósito de saída e depósito de destino; 
desc a ida T arg _ Tempo para descarregar o caminhão com carga do depósito de saída; 
carregamento volta T _ Tempo para carregar o caminhão no depósito de destino; 
desc a volta T arg _ Tempo para descarregar o caminhão com carga do depósito de destino; 
esperas T Somatória de tempos improdutivos do ciclo, a saber: tempo de espera para 
descarga, tempo de espera para início do carregamento, tempo de espera 
para saída e tempos parados para fiscalização; 
unit P Produtividade unitária; 
disponivel T Tempo disponível para a realização da rota em horas por mês; 
veiculos N Quantidade de veículos necessários de um mesmo tipo para a realização da rota; 
D Quantidade de viagens planejadas/ necessárias em um mês; 
Após o dimensionamento da frota, Stringher (2004) aplicou um modelo do custeio de sua 
operação para identificar as rotas mais financeiramente atrativas. 
5.3.1. Descrição da Empresa 
A MozTrans, Lda, e uma empresa localizada na província do Niassa concretamente no 
município de Cuamba, a sua principal actividade e o transporte de madeira do município de 
Cuamba a província de Nampula. Para realização do transporte da madeira, a empresa conta com 
uma frota de 48 caminhões. A atividade de distribuição não necessita de ajudante, sendo assim, é 
realizada por apenas um funcionário (o motorista). 
As rotas foram montadas geograficamente, de tal maneira que cada veículo faça as entregas 
obedecendo a uma direção, sendo possível a realização da atividade. 
5.3.2. Dimensionamento da Frota 
Foi verificada uma necessidade de dimensionar a frota, devido a dinâmica do crescimento da 
empresa, pois cada ano aumenta o número de cortadores de madeira, necessitando mais 
capacidade de transporte, e considerando que o mau dimensionamento dos veículos pode 
acarretar no aumento dos custos da empresa. A carga transportada é caracterizada por ser de alto 
volume, desta maneira é bastante relevante o espaço. 
Antes de realizar os cálculos de dimensionamento, é preciso levantar os dados necessários. 
Para isto o trabalho seguirá a sequência de passos proposta por Maia (2011). A seguir serão 
demonstradas as etapas do processo: 
 Fixar os dias de trabalho por mês e as horas de trabalho por dia 
Nesta fase serão determinados os dias e as horas trabalhadas por mês, devendo tomar cuidado 
com critérios de atendimento para feriados e fins-de-semana. Outro aspecto a ter cuidado é o 
tempo mensal que os veículos levam para manutenções. 
 Escolha do modelo de veículo 
É preciso analisar as características dos veículos, identificando os modelos que melhor se 
adequam ao transporte desejado, considerando a eficiência do processo durante o carregamento, 
transporte e descarregamento.
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
8 
 Verificar os dados das rotas a serem utilizadas 
Nesta fase serão analisadas as condições de tráfego, aos quais os veículos serão submetidos, assim como tipos de estradas, condições de pavimentação, etc. Estes aspectos serão importantes para determinar a velocidade de cruzeiro e, consequentemente, saber os tempos médios de percurso. 
 Medir os tempos de carga, descarga, espera, refeição e descanso do motorista 
Esta etapa corresponde ao cálculo dos tempos de ciclo, o qual será composto por tempo de Carregamento, tempo de viagem de ida, tempo de descarga, e tempos de esperas. 
5.3.3. Custos dos veículos para frota 
Nesta etapa são levantados os custos fixos e variáveis para todos modelos de caminhões que a empresa dispõe, O objetivo é saber o custo total da frota permitindo também observar quais os modelos que são economicamente mais viáveis. A coleta de dados é feita juntamente com o gerente de frotas da empresa, o qual mantém planilhas individuais por cada caminhão, além de alguns dados serem obtidos pelas concessionárias Mercedes Benz, Volkswagen e Ford. 
5.4. Manutenção da frota 
A partir do momento em que uma empresa tenha um veículo, passa a fazer sentido uma preocupação com a administração racional desse bem (GUERRA, 1992). O mesmo autor, diz que isso se justifica por várias razões: 
 Veículos são bens de produção, de custo elevado; 
 Veículos são bens "que se movem", criando oportunidade para atritos, desgaste decorrente das condições ambientais, danos ao próprio veículo, a outros veículos, a pessoas, como o motorista, o ajudante ou terceiros; 
 Veículos transportam pessoas e também bens materiais, de valor às vezes muito elevado, desempenhando um papel de extrema importância em diferentes sistemas produtivos; 
 A empresa precisa ter um adequado retorno sobre o investimento com seus veículos, para preservar seu poder de reposição e garantir sua competitividade. 
Ressalte-se ainda que a manutenção de frotas de veículos está sujeita a certas condições e fatores ambientais que a tornam particularmente complexa. 
Entre esses fatores podem ser citados: o estado da malha viária, a taxa de ocupação a que estão sujeitos os veículos, em relação à sua capacidade nominal, a atuação de mercado dos fabricantes e encaroçados, além da capacitação da mão-de-obra envolvida na operação e manutenção dos veículos. 
A área de manutenção ainda recebe pouca atenção por parte dos empresários do setor de transportes. Nos últimos anos, com a descapitalização do setor, o arrocho tarifário, o gerenciamento mais rigoroso do sistema e o consequente envelhecimento da frota, os controles preventivos e corretivos assumiram uma posição de maior destaque. Esses fatores passaram a imprimir sérias dificuldades ao processo de tomada de decisões.
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9 
Segundo Catalan (2006), a heterogeneidade dos parques industriais responsável por políticas de contenção de recursos e a falta de reposição de mão-de-obra qualificada, tornam ainda mais árdua a tarefa de gerenciar a atividade de manutenção. 
Os departamentos de manutenção geralmente adotam os planos preventivos recomendados pelos próprios fabricantes dos veículos, ou criam os seus a partir deles. 
Estes planos quase sempre sugerem inspeções, lubrificações e substituições periódicas de determinados componentes mecânicos. A vida útil dos itens dificilmente é fornecida e, quando indicada, situa-se completamente fora da realidade aplicável. 
Segundo Muendane (2001) nas visitas técnicas realizadas em empresas com frotas de veículos, a explicação dada pelos empresários, com relação à origem dos valores de quilometragem entre revisões preventivas, foi única: empirismo. Todas as empresas visitadas trabalham com múltiplos de 10.000 Km para execução dos planos preventivos. Este valor tem forte influência de um fabricante monopolizador do mercado nacional. 
Muendane (2001), afirma ainda que, considerável variação é percebida para os intervalos de troca de óleo lubrificante numa mesma cidade, onde se encontram empresas trabalhando com valores bem distintos para lubrificantes de classes iguais e condições de serviço equivalentes. Isso porque poucas empresas adotam o uso de laboratórios para análise de óleo lubrificante com fins de pesquisa com relação a possível dilatação dos intervalos de substituição do fluido. Quando as análises ocorrem, são feitas apenas para acompanhamento da vida do motor. 
Silva e Ferraz (1991) apud Muendane (2001), destacam que outra grande variação detectada é a que se verifica quanto aos intervalos de substituição das lonas de freio. Naturalmente, o consumo de lonas é influenciado por uma grande variedade de fatores, entre os quais figura a topografia das cidades e estradas, bem como o modo de operar o veículo. 
5.4. Plano de manutenção 
Para Campos (2004), os principais objectivos do plano de manutenção: 
 Avaliação anual do estado mecânico do veículo; 
 Acertos mecânicos nos principais componentes e no chassis objectivando o bom funcionamento geral do veículo para um ano; 
 Coincidir este plano com a vistoria obrigatória anual nas empresas submetidas a esta contingência. 
Para um bom plano de manutenção, Guerra (1992), assumi que tem que se seguir os seguintes passos: 
a. Considerar
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
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RTM 
 Reclamações do motorista 
 Anotação do revistador 
 Defeitos repetidos nos dias anteriores 
 Índice de socorros e retornos 
FRC 
 Consultar avarias anteriores 
 Anotar avarias constatadas 
RAQ 
 Se abastecimento e quilometragem foram registrados 
 Assinalar com X plano B 
FMP 
 Se todos os pneus conferem 
FCC 
 Se todos os componentes conferem 
b. Executar 
Todas as operações e serviços contidos nos planos de manutenção 
 Lubrificação do chassis 
 Trocar os óleos e filtros do motor 
 Trocar os óleos da caixa de velocidade 
c. Lavar o chassis e todos os componentes 
d. Troca de óleo 
 Do sistema de acionamento da direção hidráulica; 
 Do sistema de comando e acionamento dos freios; 
 Do sistema de comando e acionamento da embriaguem 
e. Verificação do estado das correias e mangueiras se não estiverem em condições substituímos 
f. Motor 
 Válvulas: regular as válvulas somente se necessário. 
 Injetores: desmontar e trocar os injectores . 
 Válvulas termostáticas: desmontar e testar. 
 Compressor de ar: reticficar o cilindro; trocar os anéis e verificar o cabeçote. 
 Fixação do motor no chassis: verificar 
 Água do radiador: drenar e substituir e repor a aditivada na água 
g. Embriaguem: substituir disco, mais diafragma, se necessário ou reclamações repetidas; substituir os cilindros em caso de vazamento ou falhas de funcionamento. 
h. Caixa de velocidades
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
11 
 Substituir em caso de reclamações repetidas; 
 Sistema de engate, verificar as folgas, cruzetas, borrachas de vedação. 
i. Transmissão 
 Verificar e substituir (se necessário), os rolamentos, as cruzetas, borracha de vedação, sistema de alimentação. 
j. Suspensão 
 Feixe de molas é necessário retirar, desmontar, limpar, examinar, lubrificar e montar 
 Amortecedores é necessário retirar, testa, montar e substituir se for necessário. 
 Conjunto de estabilizadores e necessário desmontar, verificar e se for necessário substituímos as buchas, pinos e a borracha. 
k. Eixo dianteiro 
 Cubos de roda é necessário desmontar, limpar, verificar os rolamentos, trocar a graxa e montar; 
 Manga de eixo é necessário verificar a folga, embuchar se necessário. 
l. Eixo traseiro 
 Cubo de roda é necessário desmontar, limpar, verificar os rolamentos, verificar as folgas, trocar a graxa e voltar a montar; 
 Conjunto de pinhão e coroa é necessário abrir a tampa traseira, verificar o estado geral, conferir e regular o rolamentos da coroa e se notar qualquer irregularidades, desmontar o conjunto diferencial. 
m. Conjunto freios 
 Desmontar e efectuar a limpeza; 
 Empuxamento de todos os eixos e pinos; 
 Substituição de todas as pecas gastas; 
 Montagem com lubrificação. 
n. Direção 
 Em caso de vazamento é necessário substituir; 
 Verificar a fixação no chassi; 
 Verificar o estado da cruzeta; 
 Verificar o aperto e travamento do braço. 
o. Tanque de combustível 
 Retirar, Inspecionar e Limpar.
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
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6. Conclusões 
O transporte é responsável por toda e qualquer actividade económica, sem ele, não há desenvolvimento em uma cidade, região ou pais. O transporte é o principal responsável pela movimentação de um fluxo material, de forma eficaz e eficiente desde um ponto fornecedor ate um ponto consumidor. 
O presente trabalho focalizou-se no modal do transporte rodoviário de carga em razão de sua importância na matriz de transportes do país, a situação actual da rede. O tamanho do problema de transporte, exige esforços crescentes direcionados ao aumento da participação do sector privado. 
Não há como dissociar o planeamento de transportes do planeamento econômico e social do país, o que envolve questões ligadas a decisões quanto à localização da fonte, ao suprimento de insumos e à distribuição de produtos, ou seja, todas relacionadas ao planeamento logístico. 
A gestão de frotas, em empresas, públicas ou privadas, carece, em geral, do conhecimento e da aplicação de conceitos e técnicas capazes de proporcionar a racionalização de suas atividades e, consequentemente, a atuação dessas empresas de forma a alcançar os objetivos de minimização de custos e de maximização da qualidade dos produtos ou serviços por elas oferecidos.
Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 
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7. Referências bibliográficas 
 http://www.macauhub.com.mo/pt/2014/02/14/mocambique-vai-aumentar-a-producao- de-madeira-em-2014/. Acessado a 29 de Setembro de 2014. 
 MUENDANE, C. T. ANÁLISE DOS CUSTOS DE TRANSPORTE NA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA EM MOÇAMBIQUE: Estudo de Caso dos Custos de Transporte de Milho das Zonas Norte e Centro para a Zona Sul de Moçambique. IESE, Maputo, Junho, 2001. 
 GUERRA, A.R.O. Desenvolvimento de um sistema de informações como apoio às atividades de manutenção de uma empresa de transportes urbanos rodoviários. In: Encontro Nacional da ANPAD, 15., Belo Horizonte - MG, p.79-87, 1991. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v1n2/a04v1n2 acesso 01/102014 2:42. Acessado a 30 de Setembro de 2014. 
 GUERRA, A.RO.: Gerência de manutenção de frota de ônibus - um sistema de apoio à decisão. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 1992. Disponível em: http://www.webonibus.com/assessoria_tecnica/arquivos/treinamento_tecnico_mbb/pmc_mbb_u.pdf. Acessado a 01 de Outubro de 2014. 
 CATALAN, D.: "Desafios do gerenciamento de manutenção". Revista Manutenção, n.40, 2006. 
 CAMPOS, FERNANDO CELSO DE. “GESTÃO DE MANUTENÇÃO DE FROTAS DE VEÍCULOS:UMA REVISÃO”. Lisboa. Lidel, 2004. 
 MAIA R. C. Metodologia e dimensionamento da frota de transferência. disponivel em: www.revistamundologistica.com.br. Acesso a: 30 de Setembro de 2014. 
 STRINGHER, F. G. Designação de Rotas para Frota Dedicada em uma Rede de Distribuição de Linha Branca. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes. São Paulo, Dissertação (Mestrado), 2004 
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Dimensionamento de frota rodoviária de madeira

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Departamento de Tecnologias Mecânicas Licenciatura em Engenharia Mecânica e de Transportes Gestão de Frotas TG1 Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário M41 Discentes: Abdel Jamal Hermenegildo Soares Naife Muzila Docente: Eng. Mário Jonas Maputo, Outubro de 2014
  • 2. Í ndice 1. Introdução ............................................................................................................................ 3 2. Objectivos ............................................................................................................................ 3 3. Transporte rodoviário........................................................................................................... 4 3.1. Características ............................................................................................................... 4 3.2. Transporte rodoviário em Moçambique ....................................................................... 4 4. Gestão de frota de transporte rodoviário .............................................................................. 4 5. Dimensionamento de frota de transporte ............................................................................. 5 5.1. Fonte de madeira ............................................................................................................... 5 5.2. Condições de trabalho ....................................................................................................... 5 5.3. Dimensionamento de Frota com base no tempo de ciclo activo ....................................... 6 5.3.1. Descrição da Empresa ................................................................................................ 7 5.3.2. Dimensionamento da Frota ........................................................................................ 7 5.3.3. Custos dos veículos para frota ................................................................................... 8 5.4. Manutenção da frota .......................................................................................................... 8 5.4. Plano de manutenção .................................................................................................... 9 6. Conclusões ......................................................................................................................... 12 7. Referências bibliográficas .................................................................................................. 13
  • 3. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 3 1. Introdução Moçambique possui bastantes recursos naturais, alguns explorados, outros não. Das reservas minerais, muitas ainda estão por explorar, mas já há vários projectos em andamento. Na área de hidrocarbonetos, em vista de recentes descobertas. Dos recursos em intensa exploração, destaque para as florestas e os pescados. Moçambique é rico em recursos florestais, com uma área de cerca de 40,6 milhões de hectares e 14,7 milhões de hectares de outras áreas arborizadas (macauhub, 2014). Moçambique deverá produzir 150 mil metros cúbicos de madeira em toro em 2014, representando um aumento de cerca de 50 mil metros cúbicos em relação a 2013. O aumento da produção deverá resultar da sobrevalorização da madeira e do aumento das taxas de exploração, para além do reforço de mecanismos de controlo da exportação da madeira não processada no país, segundo o Ministério da Agricultura (MINAG). Todo esse volume de madeira necessita ser transportado da floresta para os centros consumidores (transporte principal). Este transporte 2. Objectivos Analisando-se o transporte de madeira por via rodoviária em Moçambique, verificasse que o uso de uma frota representa o custo de transportar a madeira a partir de n fontes distintas (farmas), durante um determinado período de tempo, até um único destino (centro de consumo). O presente trabalho visa dimensionar uma frota de transporte, que permita a realização do transporte de madeira ao menor custo possível. As variáveis para esse dimensionamento serão: tipo de carga, tipo de veículo utilizado para realizar o transporte a partir de uma determinada fonte de matéria-prima, no caso, a floresta produtora de madeira e o centro de consumo, e por fim a quantidade a transportar.
  • 4. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 4 3. Transporte rodoviário 3.1. Características “Transporte rodoviário é aquelas feitas através ruas, estradas e rodovias, sejam elas pavimentadas ou não, com a intenção de transpor de um ponto ao outro, produtos, animais ou pessoas”. (MUENDANE, 2001) As características do transporte rodoviário, segundo Muendane (2001), são:  Possui a maior representatividade entre os modais existentes;  Adequado para curtas e médias distâncias;  Baixo custo inicial de implantação;  Alto custo de manutenção;  Muito poluente com forte impacto ambiental;  Segurança no transporte comprometida devido à existência de roubos de cargas;  Serviço de entrega porta a porta;  Maior flexibilidade com grande extensão da malha;  Transporte com velocidade moderada;  Os custos se tornam altos para grandes distâncias;  Tempo de entrega confiável;  Baixa capacidade de carga com limitação de volume e peso; 3.2. Transporte rodoviário em Moçambique Em Moçambique, o transporte rodoviário de carga é exercido na sua totalidade pelo sector privado e é coordenado pela Direcção Nacional de Transportes Rodoviários. O transporte rodoviário movimenta 13% da carga nacional e internacional e constitui também um meio de acesso aos restantes meios de transporte. O transporte rodoviário assegura o transporte de mercadorias desde os locais de produção até aos locais de concentração (aldeias e ao longo da estrada principal) de onde os produtos são posteriormente transportados até as vilas e cidades (MUENDANE, 2001). 4. Gestão de frota de transporte rodoviário A questão do dimensionamento de frota para o transporte de carga fracionada é, de modo geral, tratada de duas maneiras distintas. Seja como resultado de um problema de roteirização de veículos ou baseando-se no princípio do ciclo do ativo. O planeamento de transportes deve ser considerado em três níveis hierárquicos: estratégico, tático e operacional. O planeamento estratégico tem como objetivo definir as diretrizes e o dimensionamento do sistema no longo prazo. Questões como a escolha das tecnologias a serem
  • 5. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 5 empregadas, o plano de investimentos e as etapas de implantação do sistema são consideradas neste nível (CATALAN, 2006). O planeamento tático é feito para um horizonte de médio a curto prazo em que decisões como o dimensionamento e a definição das características da frota de veículos, das vias e dos terminais são tomadas para permitir a operação do sistema (GUERRA, 1991). Por fim, o planeamento operacional é feito para o curto prazo e tem como objetivo otimizar as características do sistema de transportes em operação. Logo, busca formas mais eficientes de utilizar os recursos já disponíveis e volta-se para as operações do dia-a-dia.(GUERRA, 1991). No dimensionamento da frota de veículos de uma transportadora, por exemplo, o nível de serviço é dado pelo nível máximo de demanda que pode ser imposto ao sistema. Níveis de serviço muito altos pressupõem um alto investimento em veículos, o que pode significar ter ativos ociosos durante a maior parte do tempo. Por outro lado, níveis de serviço muito baixos causariam atrasos nas entregas e, como consequência, clientes insatisfeitos. 5. Dimensionamento de frota de transporte 5.1. Fonte de madeira Para o dimensionamento da frota foi escolhido como material a madeira, proveniente de Cuamba. Cuamba é uma cidade da província de Niassa, sendo a sede do distrito do mesmo nome. Administrativamente, Cuamba é um município, com um governo local eleito, uma área de 131 km² e uma população de 56801 habitantes. Cuamba é um importante centro de transportes. Está situada na Estrada Nacional nº 8 (EN8), que liga Nampula a leste à fronteira com o Malawi (Mandimba) no oeste e na EN248 que termina em Marrupa. 5.2. Condições de trabalho A rede nacional de estradas identificadas é composta por 26.235 Km lineares. Mais de metade das estradas nacionais são terciárias, isto é, em terra batida e com circulação sazonal. As estradas principais, ou seja, em bom estado de circulação, correspondem a somente 16%, equivalentes a 4.310 Km. Os restantes 31% são de estradas consideradas secundárias. Portanto, a comercialização de madeira é feita, em grande parte, em estradas cuja transitabilidade é má ou, quando muito, razoável (MUENDANE, 2001).
  • 6. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 6 Ilustração 1.Tipos de estradas existentes. No troco da EN8 compreendido entre Cuamba e Nampula, de 340 km contém em mais de metade do trajecto terra batida. 5.3. Dimensionamento de Frota com base no tempo de ciclo activo Stringher (2004) em sua dissertação determinou o tamanho ideal de uma frota sem a abordagem de roteirização, levando em conta os tempos de ciclo de cada veículo e com esta proposta buscou pela minimização dos custos de transportes. O trabalho foi realizado através de um estudo de caso e foi classificado como um problema de cobertura de rota, permitindo determinar a quantidade ideal de veículos, igual ao presente trabalho. Foi considerada a frota como homogênea. O problema da optimização da frota a partir deste método caracteriza-se por ser um método aproximativo sem complexidade matemática envolvida. Para determinar o dimensionamento da frota, foram identificadas três etapas: tempo de ciclo, produtividade de cada rota e quantidade de veículos necessários. O cálculo do tempo de ciclo corresponde ao somatório de todos os tempos que compõem a viagem, podendo variar em situações específicas, por exemplo, ausência de cargas de retorno. Para cada rota o tempo de ciclo foi calculado com base nos tempos que compõe uma viagem completa (ida e volta): Em seguida, foi calculada a productividade de cada rota da seguinte maneira: Por fim, a quantidade de veículos necessários foi determinada com base na demanda de viagens por mês (D): Onde: ciclo T Tempo do ciclo em horas por ciclo; carregamento ida T _ Tempo para carregar o caminhão no depósito de saída;
  • 7. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 7 ida viagem T _ Tempo de trânsito entre o depósito de saída e depósito de destino; desc a ida T arg _ Tempo para descarregar o caminhão com carga do depósito de saída; carregamento volta T _ Tempo para carregar o caminhão no depósito de destino; desc a volta T arg _ Tempo para descarregar o caminhão com carga do depósito de destino; esperas T Somatória de tempos improdutivos do ciclo, a saber: tempo de espera para descarga, tempo de espera para início do carregamento, tempo de espera para saída e tempos parados para fiscalização; unit P Produtividade unitária; disponivel T Tempo disponível para a realização da rota em horas por mês; veiculos N Quantidade de veículos necessários de um mesmo tipo para a realização da rota; D Quantidade de viagens planejadas/ necessárias em um mês; Após o dimensionamento da frota, Stringher (2004) aplicou um modelo do custeio de sua operação para identificar as rotas mais financeiramente atrativas. 5.3.1. Descrição da Empresa A MozTrans, Lda, e uma empresa localizada na província do Niassa concretamente no município de Cuamba, a sua principal actividade e o transporte de madeira do município de Cuamba a província de Nampula. Para realização do transporte da madeira, a empresa conta com uma frota de 48 caminhões. A atividade de distribuição não necessita de ajudante, sendo assim, é realizada por apenas um funcionário (o motorista). As rotas foram montadas geograficamente, de tal maneira que cada veículo faça as entregas obedecendo a uma direção, sendo possível a realização da atividade. 5.3.2. Dimensionamento da Frota Foi verificada uma necessidade de dimensionar a frota, devido a dinâmica do crescimento da empresa, pois cada ano aumenta o número de cortadores de madeira, necessitando mais capacidade de transporte, e considerando que o mau dimensionamento dos veículos pode acarretar no aumento dos custos da empresa. A carga transportada é caracterizada por ser de alto volume, desta maneira é bastante relevante o espaço. Antes de realizar os cálculos de dimensionamento, é preciso levantar os dados necessários. Para isto o trabalho seguirá a sequência de passos proposta por Maia (2011). A seguir serão demonstradas as etapas do processo:  Fixar os dias de trabalho por mês e as horas de trabalho por dia Nesta fase serão determinados os dias e as horas trabalhadas por mês, devendo tomar cuidado com critérios de atendimento para feriados e fins-de-semana. Outro aspecto a ter cuidado é o tempo mensal que os veículos levam para manutenções.  Escolha do modelo de veículo É preciso analisar as características dos veículos, identificando os modelos que melhor se adequam ao transporte desejado, considerando a eficiência do processo durante o carregamento, transporte e descarregamento.
  • 8. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 8  Verificar os dados das rotas a serem utilizadas Nesta fase serão analisadas as condições de tráfego, aos quais os veículos serão submetidos, assim como tipos de estradas, condições de pavimentação, etc. Estes aspectos serão importantes para determinar a velocidade de cruzeiro e, consequentemente, saber os tempos médios de percurso.  Medir os tempos de carga, descarga, espera, refeição e descanso do motorista Esta etapa corresponde ao cálculo dos tempos de ciclo, o qual será composto por tempo de Carregamento, tempo de viagem de ida, tempo de descarga, e tempos de esperas. 5.3.3. Custos dos veículos para frota Nesta etapa são levantados os custos fixos e variáveis para todos modelos de caminhões que a empresa dispõe, O objetivo é saber o custo total da frota permitindo também observar quais os modelos que são economicamente mais viáveis. A coleta de dados é feita juntamente com o gerente de frotas da empresa, o qual mantém planilhas individuais por cada caminhão, além de alguns dados serem obtidos pelas concessionárias Mercedes Benz, Volkswagen e Ford. 5.4. Manutenção da frota A partir do momento em que uma empresa tenha um veículo, passa a fazer sentido uma preocupação com a administração racional desse bem (GUERRA, 1992). O mesmo autor, diz que isso se justifica por várias razões:  Veículos são bens de produção, de custo elevado;  Veículos são bens "que se movem", criando oportunidade para atritos, desgaste decorrente das condições ambientais, danos ao próprio veículo, a outros veículos, a pessoas, como o motorista, o ajudante ou terceiros;  Veículos transportam pessoas e também bens materiais, de valor às vezes muito elevado, desempenhando um papel de extrema importância em diferentes sistemas produtivos;  A empresa precisa ter um adequado retorno sobre o investimento com seus veículos, para preservar seu poder de reposição e garantir sua competitividade. Ressalte-se ainda que a manutenção de frotas de veículos está sujeita a certas condições e fatores ambientais que a tornam particularmente complexa. Entre esses fatores podem ser citados: o estado da malha viária, a taxa de ocupação a que estão sujeitos os veículos, em relação à sua capacidade nominal, a atuação de mercado dos fabricantes e encaroçados, além da capacitação da mão-de-obra envolvida na operação e manutenção dos veículos. A área de manutenção ainda recebe pouca atenção por parte dos empresários do setor de transportes. Nos últimos anos, com a descapitalização do setor, o arrocho tarifário, o gerenciamento mais rigoroso do sistema e o consequente envelhecimento da frota, os controles preventivos e corretivos assumiram uma posição de maior destaque. Esses fatores passaram a imprimir sérias dificuldades ao processo de tomada de decisões.
  • 9. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 9 Segundo Catalan (2006), a heterogeneidade dos parques industriais responsável por políticas de contenção de recursos e a falta de reposição de mão-de-obra qualificada, tornam ainda mais árdua a tarefa de gerenciar a atividade de manutenção. Os departamentos de manutenção geralmente adotam os planos preventivos recomendados pelos próprios fabricantes dos veículos, ou criam os seus a partir deles. Estes planos quase sempre sugerem inspeções, lubrificações e substituições periódicas de determinados componentes mecânicos. A vida útil dos itens dificilmente é fornecida e, quando indicada, situa-se completamente fora da realidade aplicável. Segundo Muendane (2001) nas visitas técnicas realizadas em empresas com frotas de veículos, a explicação dada pelos empresários, com relação à origem dos valores de quilometragem entre revisões preventivas, foi única: empirismo. Todas as empresas visitadas trabalham com múltiplos de 10.000 Km para execução dos planos preventivos. Este valor tem forte influência de um fabricante monopolizador do mercado nacional. Muendane (2001), afirma ainda que, considerável variação é percebida para os intervalos de troca de óleo lubrificante numa mesma cidade, onde se encontram empresas trabalhando com valores bem distintos para lubrificantes de classes iguais e condições de serviço equivalentes. Isso porque poucas empresas adotam o uso de laboratórios para análise de óleo lubrificante com fins de pesquisa com relação a possível dilatação dos intervalos de substituição do fluido. Quando as análises ocorrem, são feitas apenas para acompanhamento da vida do motor. Silva e Ferraz (1991) apud Muendane (2001), destacam que outra grande variação detectada é a que se verifica quanto aos intervalos de substituição das lonas de freio. Naturalmente, o consumo de lonas é influenciado por uma grande variedade de fatores, entre os quais figura a topografia das cidades e estradas, bem como o modo de operar o veículo. 5.4. Plano de manutenção Para Campos (2004), os principais objectivos do plano de manutenção:  Avaliação anual do estado mecânico do veículo;  Acertos mecânicos nos principais componentes e no chassis objectivando o bom funcionamento geral do veículo para um ano;  Coincidir este plano com a vistoria obrigatória anual nas empresas submetidas a esta contingência. Para um bom plano de manutenção, Guerra (1992), assumi que tem que se seguir os seguintes passos: a. Considerar
  • 10. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 10 RTM  Reclamações do motorista  Anotação do revistador  Defeitos repetidos nos dias anteriores  Índice de socorros e retornos FRC  Consultar avarias anteriores  Anotar avarias constatadas RAQ  Se abastecimento e quilometragem foram registrados  Assinalar com X plano B FMP  Se todos os pneus conferem FCC  Se todos os componentes conferem b. Executar Todas as operações e serviços contidos nos planos de manutenção  Lubrificação do chassis  Trocar os óleos e filtros do motor  Trocar os óleos da caixa de velocidade c. Lavar o chassis e todos os componentes d. Troca de óleo  Do sistema de acionamento da direção hidráulica;  Do sistema de comando e acionamento dos freios;  Do sistema de comando e acionamento da embriaguem e. Verificação do estado das correias e mangueiras se não estiverem em condições substituímos f. Motor  Válvulas: regular as válvulas somente se necessário.  Injetores: desmontar e trocar os injectores .  Válvulas termostáticas: desmontar e testar.  Compressor de ar: reticficar o cilindro; trocar os anéis e verificar o cabeçote.  Fixação do motor no chassis: verificar  Água do radiador: drenar e substituir e repor a aditivada na água g. Embriaguem: substituir disco, mais diafragma, se necessário ou reclamações repetidas; substituir os cilindros em caso de vazamento ou falhas de funcionamento. h. Caixa de velocidades
  • 11. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 11  Substituir em caso de reclamações repetidas;  Sistema de engate, verificar as folgas, cruzetas, borrachas de vedação. i. Transmissão  Verificar e substituir (se necessário), os rolamentos, as cruzetas, borracha de vedação, sistema de alimentação. j. Suspensão  Feixe de molas é necessário retirar, desmontar, limpar, examinar, lubrificar e montar  Amortecedores é necessário retirar, testa, montar e substituir se for necessário.  Conjunto de estabilizadores e necessário desmontar, verificar e se for necessário substituímos as buchas, pinos e a borracha. k. Eixo dianteiro  Cubos de roda é necessário desmontar, limpar, verificar os rolamentos, trocar a graxa e montar;  Manga de eixo é necessário verificar a folga, embuchar se necessário. l. Eixo traseiro  Cubo de roda é necessário desmontar, limpar, verificar os rolamentos, verificar as folgas, trocar a graxa e voltar a montar;  Conjunto de pinhão e coroa é necessário abrir a tampa traseira, verificar o estado geral, conferir e regular o rolamentos da coroa e se notar qualquer irregularidades, desmontar o conjunto diferencial. m. Conjunto freios  Desmontar e efectuar a limpeza;  Empuxamento de todos os eixos e pinos;  Substituição de todas as pecas gastas;  Montagem com lubrificação. n. Direção  Em caso de vazamento é necessário substituir;  Verificar a fixação no chassi;  Verificar o estado da cruzeta;  Verificar o aperto e travamento do braço. o. Tanque de combustível  Retirar, Inspecionar e Limpar.
  • 12. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 12 6. Conclusões O transporte é responsável por toda e qualquer actividade económica, sem ele, não há desenvolvimento em uma cidade, região ou pais. O transporte é o principal responsável pela movimentação de um fluxo material, de forma eficaz e eficiente desde um ponto fornecedor ate um ponto consumidor. O presente trabalho focalizou-se no modal do transporte rodoviário de carga em razão de sua importância na matriz de transportes do país, a situação actual da rede. O tamanho do problema de transporte, exige esforços crescentes direcionados ao aumento da participação do sector privado. Não há como dissociar o planeamento de transportes do planeamento econômico e social do país, o que envolve questões ligadas a decisões quanto à localização da fonte, ao suprimento de insumos e à distribuição de produtos, ou seja, todas relacionadas ao planeamento logístico. A gestão de frotas, em empresas, públicas ou privadas, carece, em geral, do conhecimento e da aplicação de conceitos e técnicas capazes de proporcionar a racionalização de suas atividades e, consequentemente, a atuação dessas empresas de forma a alcançar os objetivos de minimização de custos e de maximização da qualidade dos produtos ou serviços por elas oferecidos.
  • 13. Dimensionamento de uma Frota de Transporte Rodoviário 13 7. Referências bibliográficas  http://www.macauhub.com.mo/pt/2014/02/14/mocambique-vai-aumentar-a-producao- de-madeira-em-2014/. Acessado a 29 de Setembro de 2014.  MUENDANE, C. T. ANÁLISE DOS CUSTOS DE TRANSPORTE NA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA EM MOÇAMBIQUE: Estudo de Caso dos Custos de Transporte de Milho das Zonas Norte e Centro para a Zona Sul de Moçambique. IESE, Maputo, Junho, 2001.  GUERRA, A.R.O. Desenvolvimento de um sistema de informações como apoio às atividades de manutenção de uma empresa de transportes urbanos rodoviários. In: Encontro Nacional da ANPAD, 15., Belo Horizonte - MG, p.79-87, 1991. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gp/v1n2/a04v1n2 acesso 01/102014 2:42. Acessado a 30 de Setembro de 2014.  GUERRA, A.RO.: Gerência de manutenção de frota de ônibus - um sistema de apoio à decisão. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 1992. Disponível em: http://www.webonibus.com/assessoria_tecnica/arquivos/treinamento_tecnico_mbb/pmc_mbb_u.pdf. Acessado a 01 de Outubro de 2014.  CATALAN, D.: "Desafios do gerenciamento de manutenção". Revista Manutenção, n.40, 2006.  CAMPOS, FERNANDO CELSO DE. “GESTÃO DE MANUTENÇÃO DE FROTAS DE VEÍCULOS:UMA REVISÃO”. Lisboa. Lidel, 2004.  MAIA R. C. Metodologia e dimensionamento da frota de transferência. disponivel em: www.revistamundologistica.com.br. Acesso a: 30 de Setembro de 2014.  STRINGHER, F. G. Designação de Rotas para Frota Dedicada em uma Rede de Distribuição de Linha Branca. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes. São Paulo, Dissertação (Mestrado), 2004 