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TIPOS
L I T E R Á R I O
 Sentido
conotativo;
 Expressa a
realidade;
 Jogo de palavras.
N Ã O L I T E R Á R I O
 Sentido real das
palavras;
 Objetivo de
informar com
clareza e
exatidão;
 Linguagem
denotativa.
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por meio das
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GÊNEROS
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FEITOS
HEROICO
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NARRADO
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NARRAÇÃO
FEITA PELO
PERSONAG
EM.
POESIA
• EXPRESSÃO DO EU-LÍRICO ;
• É FEITA EM VERSOS;
• TEM MELODIA;
• TEM RITMO.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que
aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para
aqueles que choram.
Para aqueles que se
machucam.
Para aqueles que buscam e
tentam sempre.
E para aqueles que
reconhecem
a importância das pessoas
que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado
intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as
emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Há momentos -
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NARRATIVA LONGA
C O N T O
NARRATIVA CURTA
NARRATIVA ESTRUTURADA EM
FRASES E PARÁGRAFOS
SEGUIDA DE
ENREDO, TEMPO, ESPAÇO, PE
RSONAGEM E FOCO
NARRATIVO,
Bruxas não existem de Moacir Scliar
Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que
passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos
também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito
velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim
de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de
"bruxa".
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era
comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre
falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza
de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num
grande caldeirão.
Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno
pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer
compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando
"bruxa, bruxa!".
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse
animal nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo
na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre
acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a
janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso
líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito
esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os
chifres ficaram presos na cortina.
- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela
apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o
bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um
cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.
E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e
caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive
dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas
não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas
com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela
altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a
mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de
raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou.
Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma
habilidade surpreendente.
- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se
preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em
hospital. Confie em mim.
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu
cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor
diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma
ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou
minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde
então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de
uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que
se chamava Ana Custódio.
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Literatura

  • 1.
  • 2. TIPOS L I T E R Á R I O  Sentido conotativo;  Expressa a realidade;  Jogo de palavras. N Ã O L I T E R Á R I O  Sentido real das palavras;  Objetivo de informar com clareza e exatidão;  Linguagem denotativa.
  • 3. O QUE FAZ? Recria a realidade por meio das palavras
  • 6. POESIA • EXPRESSÃO DO EU-LÍRICO ; • É FEITA EM VERSOS; • TEM MELODIA; • TEM RITMO.
  • 7. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre. Há momentos - Lispector
  • 8. PROSA R O M A N C E NARRATIVA LONGA C O N T O NARRATIVA CURTA NARRATIVA ESTRUTURADA EM FRASES E PARÁGRAFOS SEGUIDA DE ENREDO, TEMPO, ESPAÇO, PE RSONAGEM E FOCO NARRATIVO,
  • 9. Bruxas não existem de Moacir Scliar Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa". Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão.
  • 10. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!". Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina. - Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.
  • 11. E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria. Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente.
  • 12. - Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim. Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu. Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.