SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 25
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ESTUDO DO PROCESSO DE REBITAGEM EM UMA PRENSA
MECÂNICA COM A METODOLOGIA SEIS SIGMA - MÉTODO
DMAIC.
GEAN CARLOS PANTOJA BENTES
JOSÉ CAMPOS MARQUES NETO
Orientadora: Prof.ª Dra. Marlene Araújo de Faria
Manaus - 2015
INTRODUÇÃO
2
No mundo globalizado as empresas estão enfrentando um grande desafio
para se manter competitiva no mercado. Desta forma, a organização que
conseguir aplicar um gerenciamento de forma eficaz, com aumento da
produtividade, melhor qualidade de produto terá seu espaço garantido.
Programa de Qualidade Seis Sigma
Método DMAIC
Processo montagem industrial
Redução de perdas
3
PROBLEMATIZAÇÃO
A empresa ALFA trabalha na fabricação de peças para o sistema automotivo e o
setor de produção, mais especificamente o de rebitagem e travamento do
chicote no flange do medidor de combustível na operação 60, vem sendo
estudado pela engenharia, devido estar apresentando resultados insatisfatórios
decorrente do grande número de rejeitos no isolador interno e externo com folga
fora do especificado.
JUSTIFICATIVA
As exigências do mercado a cada dia que passa estão mais intensas devido o
grande avanço da tecnologia com equipamentos mais diversificados e
sofisticados. Isso faz com que a indústria moderna se desenvolva com muita
rapidez. Nesse contexto a metodologia Seis Sigma e o método DMAIC
direciona-se como, uma ferramenta estratégica, para análise e solução de
problemas na indústria.
4
OBJETIVO GERAL
Analisar o processo de montagem do medidor de combustível automotivo
fabricado pela empresa ALFA, com aplicação da metodologia do Programa de
Qualidade Seis Sigma.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Identificar as principais variáveis que interferem no processo produtivo;
Mensurar as variáveis controláveis e as não controláveis do projeto de produto
dos isoladores interno e externo;
Analisar as soluções obtidas através da aplicação das ferramentas de qualidade
selecionadas para os isoladores com folga fora do especificado;
Realizar experimentos no processo produtivo com as soluções analisadas;
Propor as melhores soluções da metalmecânica apresentando no projeto da
base idealizada para a solução do problema em estudo.
5
REFERENCIAL TEÓRICO
Programa de Qualidade Seis Sigma
Principais Autores: Wekema (2000); Rotondaro (2014).
Ferramentas da Qualidade.
Principais Autores: Paladini (2010); Barros (2014).
Sistema de Produção.
Principais Autores: Capelli (2012); Groover (2011).
Projeto de Produto.
Principal Autor: Collins (2014).
6
Para o desenvolvimento do presente estudo foi aplicado os quatro métodos:
teóricos, computacionais, experimentais e dedutivos tendo uma abordagem do tema
em cada método.
Método Teórico
Foi proposto o estudo com a fase definir do DMAIC para identificar a causa raiz, pois
estava afetando nos resultados internos da produção BTS (build to schedule) e no
FTT (first time trough) medidor percentual do processo.
Método Computacional
Foi aplicado a fase medir do método DMAIC, com auxilios dos softaware
MINNITAB14, softaware Invertor professional ano 2013. Comparando dados e
desenhos da primeira base e a base projetada.
Método Experimental
Aplicação da fase analisar e implementar do DMAIC, onde apresenta fotos
ilustrativas dos resultados da montagem do medidor de combustível com a primeira
base e a base projetada
Método Dedutivo
Foi aplicada a fase controlar do DMAIC, comparando resultados dos processos com
a primeira base e a base projetada.
METODOLOGIA
7
RESULTADOS TEÓRICO COM A PRIMEIRA BASE
A primeira base do processo de montagem do medidor de combustível como mostra
a figura 7. Suas características mecânicas não atendiam as especificações do
produto, gerando assim erro de paralelismo ocasionando isoladores internos e
externos com espaçamento fora do especificado.
Figura 8. medidor montador sobre a base.
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
Figura 7 - Primeira Base de Rebitagem.
Fonte: Acervo dos autores – Software Invertor ano 2013.
ERRO DE PARALELISMO
8
RESULTADOS TEÓRICO BASE PROJETADA
 FASE DEFINIR
Na fase definir foram levantadas todas as características do produto e montagem
para reconhecer a verdadeira causa do problema do alto índice de isoladores
internos e externo com espaçamento. Desenvolvendo o diagrama de Ishikawa
levantando todas as sub causas que poderia afetar diretamente e indiretamente
na montagem. Classificando em verde as etapas que não interferem na
montagem, amarelas ações definidas como potenciais e em vermelho a causa
raiz que afetava diretamente a montagem.
Amarelo ações definidas com potenciais
Verde não interferem na montagem
Vermelho causa raiz afeta diretamente a montagem
9
Figura 10. Diagrama de causa e efeito.
Fonte: Relatório da empresa ALFA, desenvolvido pelos autores.
10
RESULTADO COM O DIAGRAMA DE ISHIKAWA DAS CAUSAS EM VERMELHO
 Método: A prensa passou a ser operação critica com as fotos do operadores
 Matéria Prima: Rebites e resistor Card fora do especificado
Figura 12. Rebite fora do especificado no corte
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
Figura 13. Cabo do Resistor Card. com rebarba
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
11
 Máquina: A base não apresentava característica mecânica para atender as
especificações do produto
Figura 17. Primeira base - medidor de combustível
Fonte: Acervo dos autores. Software INVENTOR – 2013
12
MEMORIAL DE CÁLCULO
Cálculo da força do cilindro avanço e retorno
Transformação de mm para m
Ø 38.1mm ÷ 1000 = 0,381m
Ø 25 mm ÷ 1000 = 0,025m
Transformação de Pascal para Bar
Sendo 1 atm= 101305 Pascal
P= 7 x 101305 = 709,135 Pa.
Cálculo da Área de avanço
Ae= π x D²
4
= 3.14 x 0,381² = 1,1395 m²
4
Força de avanço do cilindro
Fa= Ae x P Fa= 1,1395x709,135 = 808,05 N
Cálculo da Área de retorno
Ai = π x d² = 3,14 x (D² - d²) = 6,4921 m²
4 4
Força de retorno do cilindro
Fr = Ai x P Fr = 6,4921 x 709,135= 460,37N
Figura 16 - Detalhe do diâmetro do cilindro e pistão
Fonte: Acervo dos autores
Especificações do Cilindro
Diâmetro externo 38.1 mm
Diâmetro interno 25 mm
Pressão fornecida é 7 bar
13
RESULTADOS METODOS COMPUTACIONAIS PRIMEIRA BASE
Além do desenho da base não ter as características mecânicas para atender a montagem o valor
da altura da rebitagem do espaçamento dos isoladores internos e externos estavam fora do
especificado pelo cliente. Especificado 12.15mm± 0.1mm.
Limite superior 12.25mm / Limite inferior 12.05 mm
CPK 0.17 abaixo
de 1.33, processo
considerado
relativamente
incapaz.
conforme indica
a seta.
Figura 18 - Histograma da altura da rebitagem da primeira base
Fonte: Tratamento de dados - MINITAB 2014 – acervo dos autores.
14
RESULTADOS COMPUTACIONAIS BASE PROJETADA SOFTWARE
INVENTOR E MINNITAB14
Os resultados computacionais
foram realizados com os
software inventor professional
2013 e MINNITAB14. Onde no
inventor foi desenhado uma
base com todas as
característica da
metalmecânica para atender a
montagem. E aplicação da
fase medir com software
MINNITAB14 para os valores
encontrados.
Figura 19 - Base projetada do medidor de combustível
Fonte: Acervo digital dos autores - Software INVENTOR - 2013.
15
O valores encontrados com software MINNITAB14 estavam sempre dentro do especificado
12.15±0.1mm.
RESULTADOS COMPUTACIONAS BASE PROJETADA COM SOFTWARE
MINNITAB14
Limite superior 12.25mm / Limite inferior 12.05 mm
CPK de 1.83 acima
de 1.33, processo
capaz e
relativamente
confiável. Indicado
pela seta.
Figura 20 - Histograma da altura da rebitagem da base projetada
Fonte: Tratamento de dados - MINITAB 2014 – acervo dos autores.
RESULTADOS EXPERIMENTAIS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA
As imagens abaixo demostram as etapas de montagem com o flange sobre o
isolador interno. Nos resultados com a base projetada foi aplicado a fase analisar e
implementar da método DMAIC.
PRIMEIRA BASE BASE PROJETADA
Figura 8 - Medidor montado sobre a base
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
Figura 30 - Flange na base projetada
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
16
17
RESULTADOS EXPERIMENTAIS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA
Figura 26 – Imagem isolador interno e externo com espaçamento
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
Figura 33 - Medidor sem espaçamento nos isoladores
Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
ISOLADOR INTERNO PRIMEIRA BASE ISOLADOR EXTERNO PRIMEIRA BASE
ISOLADOR INTERNO BASE PROJETADA ISOLADOR EXTERNO BASE PROJETADA
18
RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE
Os gráficos abaixo mostram o total de falhas na semana, e o FTT (First Time Trough) semanal com
percentual abaixo dos 97,60% estabelecido pela empresa.
Gráfico 1 - Isoladores com espaçamento ano 2013 Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores.
Gráfico 2 - Percentual do FTT da primeira base Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores.
19
RESULTADOS DEDUTIVOS BASE PROJETADA
Para os resultados dedutivos foi aplicado a fase controlar do DMAIC mostrado através de gráficos.
Gráfico 5 - Isoladores com espaçamento ano 2014 Fonte: tratamento de dados – acervo dos autores.
Gráfico 6 - Percentual do FTT da base projetada Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores.
20
RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE
A Tabela mostra os
valores mensal do
ano de 2013 dos
isoladores com
espaçamento. Além
do FTT(First Time
Trough ) abaixo de
97,60%.
Tabela 3 - Tabela do FTT mensal
Fonte: Acervo dos autores.
21
RESULTADOS DEDUTIVOS BASE PROJETADA
A Tabela mostra os
valores mensal do
ano de 2014 dos
isoladores com
espaçamento abaixo
dos valores de 2013.
E o FTT(First Time
Trough ) acima de
97,60%.
Tabela 4 - Tabela do FTT mensal
Fonte: Acervo dos autores.
22
RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA
O gráfico abaixo mostra a comparação de scrap(perda) de isoladores com
espaçamento do ano de 2013 e 2014. Onde em 2014 houve uma redução
significativa no scrap.
Gráfico 8 - Scrap de isolador ano 2013 e 2014
Fonte: Acervo dos autores.
23
O objetivo geral e todos os objetivos específicos foram atendidos, através dos
resultados teóricos, computacionais e experimentais apresentados e as fases
do método DMAIC definir, medir, analisar e implementar, chegou se à
conclusão com o resultado dedutivo e a fase controlar, o desempenho entre a
primeira base e base projetada em uma melhoria satisfatória com o FTT (First
Time Trough) sempre acima de 97,6% e um número de rejeitos bem abaixo da
primeira base com um resultado significativo de recursos em perdas de
material.
CONCLUSÃO
24
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Estratégia para aumentar a lucratividade. Banas
Qualidade, ano X, n. 103, p. 138-143, 2000. Disponível em:
http://www.werkemaeditora.com.br/arquivos/ccss.pdf. Acesso em: 27 mar. 2015.
BARROS, Elsimar; BONAFINI, Fernanda (Org.). Ferramentas da qualidade. São Paulo:
Pearson, 2014. (Série Bibliografia Universitária Pearson).
CAPELLI, Alexandre. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos. 2.
ed. São Paulo: Érica, 2012.
COLLINS, Jack A. Projeto mecânico de elementos de máquinas: uma perspectiva de
prevenção da falha. Tradução Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco et al.. Rio de Janeiro:
LTC, 2014.
GROOVER, Mikell. Automação industrial e sistemas de manufatura. Tradução Jorge Ritter,
Luciana do Amaral Teixeira, Marcos Vieira; revisão técnica José Hamilton Chaves Gorgulho
Junior. 3.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
ROTONDARO, Roberto Gilioli (Coord.). Seis Sigmas: estratégia gerencial para a melhoria de
processos, produtos e serviços. 1. ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas, 2014.
AGRADECIMENTO
Agradecemos aos professores do UNINORTE do curso de engenharia mecânica
que contribuíram para nossa formação profissional, em especial ao coordenador
Prof. MSc. Daniel Dias Filho pelo empenho e dedicação com o curso, ajudando nos
momentos que precisamos.
Agradecemos a Profa
. MSc. Gizele Melo Uchoa nos esclarecimento e observações
feitas no decorrer do trabalho.
Agradecemos em particular a nossa orientadora Profa
. Dra. Marlene Araújo de Faria
pelo seu incentivo, dedicação e orientação nesse trabalho.
25

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie Apres. tcc new 24.06

DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVO
DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVODESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVO
DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVODanilo Goulart Silva
 
Ferramentas da qualidade_semana10_revisado
Ferramentas da qualidade_semana10_revisadoFerramentas da qualidade_semana10_revisado
Ferramentas da qualidade_semana10_revisadoDaebul University
 
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black Belt
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black BeltTemplate de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black Belt
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black BeltAndrCarvalho807919
 
OEE Apresentação TCC
OEE Apresentação TCCOEE Apresentação TCC
OEE Apresentação TCCMarcos Valle
 
Manual -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidade
Manual  -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidadeManual  -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidade
Manual -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidadevictorltex
 
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Diego Tamanini
 
Casemelhoria
CasemelhoriaCasemelhoria
Casemelhorialgspezia
 
162 organização da manutenção
162   organização da manutenção162   organização da manutenção
162 organização da manutençãoAndré Rodrigues
 
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...TIAGO SAMPOGNA DE MORAES
 
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-ditgfiles
 
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-ditgfiles
 
Ferramentas computacionais
Ferramentas computacionaisFerramentas computacionais
Ferramentas computacionaisLabCEO UFF
 
Ferramentas computacionais
Ferramentas computacionaisFerramentas computacionais
Ferramentas computacionaisLabCEO UFF
 
Viabilidade economica fabio.koga
Viabilidade economica fabio.kogaViabilidade economica fabio.koga
Viabilidade economica fabio.kogaIvana da Silveira
 
Ferramentas Lean na Optimização da Linha de Prensagem
Ferramentas  Lean na Optimização da Linha de PrensagemFerramentas  Lean na Optimização da Linha de Prensagem
Ferramentas Lean na Optimização da Linha de PrensagemCLT Valuebased Services
 
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrialPAULO LUCIANO VIEIRA
 

Ähnlich wie Apres. tcc new 24.06 (20)

DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVO
DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVODESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVO
DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES NO SETOR AUTOMOTIVO
 
Ferramentas da qualidade_semana10_revisado
Ferramentas da qualidade_semana10_revisadoFerramentas da qualidade_semana10_revisado
Ferramentas da qualidade_semana10_revisado
 
Projeto de Melhoria
Projeto de MelhoriaProjeto de Melhoria
Projeto de Melhoria
 
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black Belt
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black BeltTemplate de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black Belt
Template de Apresentação Certificação Lean Seis Sigma Black Belt
 
OEE Apresentação TCC
OEE Apresentação TCCOEE Apresentação TCC
OEE Apresentação TCC
 
Confiabilidade na manutenção automotiva
Confiabilidade na manutenção automotivaConfiabilidade na manutenção automotiva
Confiabilidade na manutenção automotiva
 
Confiabilidade na manutenção automotiva
Confiabilidade na manutenção automotivaConfiabilidade na manutenção automotiva
Confiabilidade na manutenção automotiva
 
Manual -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidade
Manual  -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidadeManual  -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidade
Manual -exercicios_de_aplicacao_gestao_qualidade
 
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
Aplicação do Método PDCA/MASP para Identificação de Gargalo no Processo de Re...
 
Casemelhoria
CasemelhoriaCasemelhoria
Casemelhoria
 
162 organização da manutenção
162   organização da manutenção162   organização da manutenção
162 organização da manutenção
 
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...
Melhoria contínua de processo e qualidade nas operações utilização do ciclo d...
 
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
 
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
17.ago topázio 12.05_231_cemig-d
 
Ferramentas computacionais
Ferramentas computacionaisFerramentas computacionais
Ferramentas computacionais
 
Ferramentas computacionais
Ferramentas computacionaisFerramentas computacionais
Ferramentas computacionais
 
Viabilidade economica fabio.koga
Viabilidade economica fabio.kogaViabilidade economica fabio.koga
Viabilidade economica fabio.koga
 
Ferramentas Lean na Optimização da Linha de Prensagem
Ferramentas  Lean na Optimização da Linha de PrensagemFerramentas  Lean na Optimização da Linha de Prensagem
Ferramentas Lean na Optimização da Linha de Prensagem
 
Fundição
FundiçãoFundição
Fundição
 
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial
542 uma aplicacao da metodologia seis sigma em um processo industrial
 

Apres. tcc new 24.06

  • 1. CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ESTUDO DO PROCESSO DE REBITAGEM EM UMA PRENSA MECÂNICA COM A METODOLOGIA SEIS SIGMA - MÉTODO DMAIC. GEAN CARLOS PANTOJA BENTES JOSÉ CAMPOS MARQUES NETO Orientadora: Prof.ª Dra. Marlene Araújo de Faria Manaus - 2015
  • 2. INTRODUÇÃO 2 No mundo globalizado as empresas estão enfrentando um grande desafio para se manter competitiva no mercado. Desta forma, a organização que conseguir aplicar um gerenciamento de forma eficaz, com aumento da produtividade, melhor qualidade de produto terá seu espaço garantido. Programa de Qualidade Seis Sigma Método DMAIC Processo montagem industrial Redução de perdas
  • 3. 3 PROBLEMATIZAÇÃO A empresa ALFA trabalha na fabricação de peças para o sistema automotivo e o setor de produção, mais especificamente o de rebitagem e travamento do chicote no flange do medidor de combustível na operação 60, vem sendo estudado pela engenharia, devido estar apresentando resultados insatisfatórios decorrente do grande número de rejeitos no isolador interno e externo com folga fora do especificado. JUSTIFICATIVA As exigências do mercado a cada dia que passa estão mais intensas devido o grande avanço da tecnologia com equipamentos mais diversificados e sofisticados. Isso faz com que a indústria moderna se desenvolva com muita rapidez. Nesse contexto a metodologia Seis Sigma e o método DMAIC direciona-se como, uma ferramenta estratégica, para análise e solução de problemas na indústria.
  • 4. 4 OBJETIVO GERAL Analisar o processo de montagem do medidor de combustível automotivo fabricado pela empresa ALFA, com aplicação da metodologia do Programa de Qualidade Seis Sigma. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Identificar as principais variáveis que interferem no processo produtivo; Mensurar as variáveis controláveis e as não controláveis do projeto de produto dos isoladores interno e externo; Analisar as soluções obtidas através da aplicação das ferramentas de qualidade selecionadas para os isoladores com folga fora do especificado; Realizar experimentos no processo produtivo com as soluções analisadas; Propor as melhores soluções da metalmecânica apresentando no projeto da base idealizada para a solução do problema em estudo.
  • 5. 5 REFERENCIAL TEÓRICO Programa de Qualidade Seis Sigma Principais Autores: Wekema (2000); Rotondaro (2014). Ferramentas da Qualidade. Principais Autores: Paladini (2010); Barros (2014). Sistema de Produção. Principais Autores: Capelli (2012); Groover (2011). Projeto de Produto. Principal Autor: Collins (2014).
  • 6. 6 Para o desenvolvimento do presente estudo foi aplicado os quatro métodos: teóricos, computacionais, experimentais e dedutivos tendo uma abordagem do tema em cada método. Método Teórico Foi proposto o estudo com a fase definir do DMAIC para identificar a causa raiz, pois estava afetando nos resultados internos da produção BTS (build to schedule) e no FTT (first time trough) medidor percentual do processo. Método Computacional Foi aplicado a fase medir do método DMAIC, com auxilios dos softaware MINNITAB14, softaware Invertor professional ano 2013. Comparando dados e desenhos da primeira base e a base projetada. Método Experimental Aplicação da fase analisar e implementar do DMAIC, onde apresenta fotos ilustrativas dos resultados da montagem do medidor de combustível com a primeira base e a base projetada Método Dedutivo Foi aplicada a fase controlar do DMAIC, comparando resultados dos processos com a primeira base e a base projetada. METODOLOGIA
  • 7. 7 RESULTADOS TEÓRICO COM A PRIMEIRA BASE A primeira base do processo de montagem do medidor de combustível como mostra a figura 7. Suas características mecânicas não atendiam as especificações do produto, gerando assim erro de paralelismo ocasionando isoladores internos e externos com espaçamento fora do especificado. Figura 8. medidor montador sobre a base. Fonte: Acervo fotográfico dos autores. Figura 7 - Primeira Base de Rebitagem. Fonte: Acervo dos autores – Software Invertor ano 2013. ERRO DE PARALELISMO
  • 8. 8 RESULTADOS TEÓRICO BASE PROJETADA  FASE DEFINIR Na fase definir foram levantadas todas as características do produto e montagem para reconhecer a verdadeira causa do problema do alto índice de isoladores internos e externo com espaçamento. Desenvolvendo o diagrama de Ishikawa levantando todas as sub causas que poderia afetar diretamente e indiretamente na montagem. Classificando em verde as etapas que não interferem na montagem, amarelas ações definidas como potenciais e em vermelho a causa raiz que afetava diretamente a montagem. Amarelo ações definidas com potenciais Verde não interferem na montagem Vermelho causa raiz afeta diretamente a montagem
  • 9. 9 Figura 10. Diagrama de causa e efeito. Fonte: Relatório da empresa ALFA, desenvolvido pelos autores.
  • 10. 10 RESULTADO COM O DIAGRAMA DE ISHIKAWA DAS CAUSAS EM VERMELHO  Método: A prensa passou a ser operação critica com as fotos do operadores  Matéria Prima: Rebites e resistor Card fora do especificado Figura 12. Rebite fora do especificado no corte Fonte: Acervo fotográfico dos autores. Figura 13. Cabo do Resistor Card. com rebarba Fonte: Acervo fotográfico dos autores.
  • 11. 11  Máquina: A base não apresentava característica mecânica para atender as especificações do produto Figura 17. Primeira base - medidor de combustível Fonte: Acervo dos autores. Software INVENTOR – 2013
  • 12. 12 MEMORIAL DE CÁLCULO Cálculo da força do cilindro avanço e retorno Transformação de mm para m Ø 38.1mm ÷ 1000 = 0,381m Ø 25 mm ÷ 1000 = 0,025m Transformação de Pascal para Bar Sendo 1 atm= 101305 Pascal P= 7 x 101305 = 709,135 Pa. Cálculo da Área de avanço Ae= π x D² 4 = 3.14 x 0,381² = 1,1395 m² 4 Força de avanço do cilindro Fa= Ae x P Fa= 1,1395x709,135 = 808,05 N Cálculo da Área de retorno Ai = π x d² = 3,14 x (D² - d²) = 6,4921 m² 4 4 Força de retorno do cilindro Fr = Ai x P Fr = 6,4921 x 709,135= 460,37N Figura 16 - Detalhe do diâmetro do cilindro e pistão Fonte: Acervo dos autores Especificações do Cilindro Diâmetro externo 38.1 mm Diâmetro interno 25 mm Pressão fornecida é 7 bar
  • 13. 13 RESULTADOS METODOS COMPUTACIONAIS PRIMEIRA BASE Além do desenho da base não ter as características mecânicas para atender a montagem o valor da altura da rebitagem do espaçamento dos isoladores internos e externos estavam fora do especificado pelo cliente. Especificado 12.15mm± 0.1mm. Limite superior 12.25mm / Limite inferior 12.05 mm CPK 0.17 abaixo de 1.33, processo considerado relativamente incapaz. conforme indica a seta. Figura 18 - Histograma da altura da rebitagem da primeira base Fonte: Tratamento de dados - MINITAB 2014 – acervo dos autores.
  • 14. 14 RESULTADOS COMPUTACIONAIS BASE PROJETADA SOFTWARE INVENTOR E MINNITAB14 Os resultados computacionais foram realizados com os software inventor professional 2013 e MINNITAB14. Onde no inventor foi desenhado uma base com todas as característica da metalmecânica para atender a montagem. E aplicação da fase medir com software MINNITAB14 para os valores encontrados. Figura 19 - Base projetada do medidor de combustível Fonte: Acervo digital dos autores - Software INVENTOR - 2013.
  • 15. 15 O valores encontrados com software MINNITAB14 estavam sempre dentro do especificado 12.15±0.1mm. RESULTADOS COMPUTACIONAS BASE PROJETADA COM SOFTWARE MINNITAB14 Limite superior 12.25mm / Limite inferior 12.05 mm CPK de 1.83 acima de 1.33, processo capaz e relativamente confiável. Indicado pela seta. Figura 20 - Histograma da altura da rebitagem da base projetada Fonte: Tratamento de dados - MINITAB 2014 – acervo dos autores.
  • 16. RESULTADOS EXPERIMENTAIS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA As imagens abaixo demostram as etapas de montagem com o flange sobre o isolador interno. Nos resultados com a base projetada foi aplicado a fase analisar e implementar da método DMAIC. PRIMEIRA BASE BASE PROJETADA Figura 8 - Medidor montado sobre a base Fonte: Acervo fotográfico dos autores. Figura 30 - Flange na base projetada Fonte: Acervo fotográfico dos autores. 16
  • 17. 17 RESULTADOS EXPERIMENTAIS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA Figura 26 – Imagem isolador interno e externo com espaçamento Fonte: Acervo fotográfico dos autores. Figura 33 - Medidor sem espaçamento nos isoladores Fonte: Acervo fotográfico dos autores. ISOLADOR INTERNO PRIMEIRA BASE ISOLADOR EXTERNO PRIMEIRA BASE ISOLADOR INTERNO BASE PROJETADA ISOLADOR EXTERNO BASE PROJETADA
  • 18. 18 RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE Os gráficos abaixo mostram o total de falhas na semana, e o FTT (First Time Trough) semanal com percentual abaixo dos 97,60% estabelecido pela empresa. Gráfico 1 - Isoladores com espaçamento ano 2013 Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores. Gráfico 2 - Percentual do FTT da primeira base Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores.
  • 19. 19 RESULTADOS DEDUTIVOS BASE PROJETADA Para os resultados dedutivos foi aplicado a fase controlar do DMAIC mostrado através de gráficos. Gráfico 5 - Isoladores com espaçamento ano 2014 Fonte: tratamento de dados – acervo dos autores. Gráfico 6 - Percentual do FTT da base projetada Fonte: Tratamento de dados – acervo dos autores.
  • 20. 20 RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE A Tabela mostra os valores mensal do ano de 2013 dos isoladores com espaçamento. Além do FTT(First Time Trough ) abaixo de 97,60%. Tabela 3 - Tabela do FTT mensal Fonte: Acervo dos autores.
  • 21. 21 RESULTADOS DEDUTIVOS BASE PROJETADA A Tabela mostra os valores mensal do ano de 2014 dos isoladores com espaçamento abaixo dos valores de 2013. E o FTT(First Time Trough ) acima de 97,60%. Tabela 4 - Tabela do FTT mensal Fonte: Acervo dos autores.
  • 22. 22 RESULTADOS DEDUTIVOS PRIMEIRA BASE E BASE PROJETADA O gráfico abaixo mostra a comparação de scrap(perda) de isoladores com espaçamento do ano de 2013 e 2014. Onde em 2014 houve uma redução significativa no scrap. Gráfico 8 - Scrap de isolador ano 2013 e 2014 Fonte: Acervo dos autores.
  • 23. 23 O objetivo geral e todos os objetivos específicos foram atendidos, através dos resultados teóricos, computacionais e experimentais apresentados e as fases do método DMAIC definir, medir, analisar e implementar, chegou se à conclusão com o resultado dedutivo e a fase controlar, o desempenho entre a primeira base e base projetada em uma melhoria satisfatória com o FTT (First Time Trough) sempre acima de 97,6% e um número de rejeitos bem abaixo da primeira base com um resultado significativo de recursos em perdas de material. CONCLUSÃO
  • 24. 24 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Estratégia para aumentar a lucratividade. Banas Qualidade, ano X, n. 103, p. 138-143, 2000. Disponível em: http://www.werkemaeditora.com.br/arquivos/ccss.pdf. Acesso em: 27 mar. 2015. BARROS, Elsimar; BONAFINI, Fernanda (Org.). Ferramentas da qualidade. São Paulo: Pearson, 2014. (Série Bibliografia Universitária Pearson). CAPELLI, Alexandre. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2012. COLLINS, Jack A. Projeto mecânico de elementos de máquinas: uma perspectiva de prevenção da falha. Tradução Pedro Manuel Calas Lopes Pacheco et al.. Rio de Janeiro: LTC, 2014. GROOVER, Mikell. Automação industrial e sistemas de manufatura. Tradução Jorge Ritter, Luciana do Amaral Teixeira, Marcos Vieira; revisão técnica José Hamilton Chaves Gorgulho Junior. 3.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. ROTONDARO, Roberto Gilioli (Coord.). Seis Sigmas: estratégia gerencial para a melhoria de processos, produtos e serviços. 1. ed. – 11. Reimpr. São Paulo: Atlas, 2014.
  • 25. AGRADECIMENTO Agradecemos aos professores do UNINORTE do curso de engenharia mecânica que contribuíram para nossa formação profissional, em especial ao coordenador Prof. MSc. Daniel Dias Filho pelo empenho e dedicação com o curso, ajudando nos momentos que precisamos. Agradecemos a Profa . MSc. Gizele Melo Uchoa nos esclarecimento e observações feitas no decorrer do trabalho. Agradecemos em particular a nossa orientadora Profa . Dra. Marlene Araújo de Faria pelo seu incentivo, dedicação e orientação nesse trabalho. 25