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Insituto Propósitos de Ensino

Cultura da Igreja da cidade

CUL
TURA
DA  

Discipulado
Igreja
da
Cidade
CIRCUITO
VIDA
CUL
TURA
DA  

Discipulado
Igreja
da
Cidade
CIRCUITO
VIDA
Curso Cultura da Igreja
© 2019 Editora Inspire
1ª Edição: Janeiro de 2019
4ª Reimpressão: Janeiro de 2020
Todos os direitos reservados. Todas as citações bíblicas foram extraídas
da Nova Versão Internacional (NVI), salvo indicação em contrário. Ne-
nhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, distribuída ou
transmitida sob qualquer forma ou meio, ou armazenada em base de
dados ou sistema de recuperação sem a autorização prévia por escrito
da Editora Inspire.
Coordenação editorial: Mariana C. Madaleno
Supervisão editorial: Viviane L. Rabello
Organizador: Yan Lima
Capa: BZL Studio
Projeto Gráfico e Diagramação: Felipe Cavalcanti
Impressão: Vita Gráfica
Rua Euclides Miragaia, 548,
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CEP 12245-820
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CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 15
1. CULTURA
DO REINO
Por onde forem, preguem esta mensagem:
O Reino dos céus está próximo.
Mateus 10.7
Somos parte do Reino de Deus! É necessário que abracemos esta ver-
dade, antes mesmo de considerarmos a cultura de nossa igreja local.
Acima de tudo, estamos dentro da cultura do Reino. O Reino de Deus
pode ser entendido como aquilo sobre o que Deus tem o domínio. O
tema esteve no centro da pregação de Jesus em Seu ministério na Terra.
Certa vez, Jesus afirmou: “O Reino de Deus não vem de modo visível”
(Lucas 17.20). De fato, o Reino de Deus não é similar a reinos humanos,
falhos e perecíveis. Somos desafiados a viver dentro da realidade deste
Reino que não é conhecido com olhos naturais, mas que é eterno e ina-
balável. Nosso alvo é trazer o Reino de Deus para nossas vidas na Terra.
Em Cristo, pertencemos a este Reino, como lemos em Apocalipse 5.10:
“Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão
sobre a terra.” Se somos parte deste Reino, então nossos valores, cos-
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
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movisão, hábitos e comportamentos – enfim, nossa cultura – precisam
ser coerentes com ele. A verdade é que somos o povo do Reino de
Deus, o que atribui a nós realeza e responsabilidades espirituais. Este
entendimento deve ter um lugar de primazia em nossas vidas, deve
ocupar o primeiro lugar: “Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas
lhes serão acrescentadas” (Lucas 12.31).
O CÉU É O MODELO
Como é a cultura deste Reino? Se o Reino é dos Céus, então é o modo
de pensar e viver do Céu que determina a nossa cultura como discípulos
de Cristo. Neste mundo, somos como Ele, como lemos em 1 João 4.17.
Assim como Jesus, somos “gente”, com nossos desafios e limitações;
porém, vivemos com a mente voltada para o Céu, para o que o Pai de-
seja de nós. Temos um chamado a cumprir, sempre capacitados pelo
Espírito Santo.
Os valores da Terra nos levam para baixo: consumismo, egoísmo, hedo-
nismo e ganância são alguns deles. Porém, quando o Céu é a nossa fonte
e modelo, somos levados para cima! Viver com a cultura do Céu é estar
em constante crescimento, sendo aperfeiçoados no amor e focados em
nossa missão na Terra.
UMA IDENTIDADE REAL
Entender nossa nova identidade como filhos de Deus é o primeiro pas-
so para vivermos a cultura dos Céus. Lembre-se: você foi criado para
ser real. De fato, deixamos de ser miseráveis e pedintes, vazios por
dentro, para nos tornarmos príncipes. Como lemos: “Vocês, porém, são
geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus,
para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a
sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).
Somos filhos de Deus e herdeiros de um Reino: “Se somos filhos, então
somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de
fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos
da sua glória” (Romanos 8.17). A igreja, portanto, é um ambiente para
vencer a orfandade e para, definitivamente, entender a paternidade que
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 17
Deus estende sobre nossas vidas.
Por isso, cremos que a igreja, uma comunidade dos filhos do Reino, é
um ambiente de graça e honra. Um lugar que eleva, inspira e impulsio-
na pessoas.
Cremos que a cultura do Reino é sobre encontrar esta identidade e aju-
dar os outros a fazerem o mesmo. Você nunca poderá ajudar aos outros
se não souber quem de fato você é. Dentro da perspectiva do Reino,
somos chamados a, como o profeta Samuel, encontrarmos a realeza
na vida de outros. A graça na cultura do Reino, não só cura o nosso
passado, como também nos lança em nosso destino divino.
A cultura dos céus é uma cultura de honra. Ela traz cura, restauração,
alegria, paz, esperança e santidade. Viver o Céu na Terra tem a ver com
viver esta cultura em nosso dia-a-dia, a partir de nossa família de fé.
O que a cultura do Reino promove? Quando Jesus ensina Seus discípu-
los a orar, como relatado no evangelho de Mateus, Ele traz ensinamentos
profundos sobre a cultura do Reino. Veremos alguns deles a seguir.
Para viver a cultura do Reino…
1. ACESSE A __________________________ DIVINA.
Jesus orou em Mateus 6.9: “Pai nosso, que estás nos céus!”.
Há algo poderoso nesta afirmação. Nosso Deus, por meio do Seu Filho,
coloca diante de nós algo completamente diferente do que qualquer re-
ligião pagã jamais havia proposto. A relação entre o divino e o humano
retratada pelas religiões desde os tempos antigos é marcada por medo,
hostilidade e distanciamento. No entanto, Jesus estabelece um novo pa-
radigma: a relação entre Pai e filho.
É o que lemos no evangelho de João: “Contudo, aos que o receberam,
aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos
de Deus” (João 1.12).
A cultura do Reino está embasada no fato de que Deus é o nosso Pai. Ele
é bom em todo o tempo e tem as melhores intenções para nós. Não é
um Deus rabugento e julgador, mas amoroso e compassivo. Deus é bom,
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
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e está de bom humor!
O Reino é sobre viver a paternidade divina plenamente, entendendo
nossa identidade como filhos. Esta verdade impacta cada aspecto de
nossa vida.
Para viver a cultura do Reino…
2. ______________ O NOME DO SENHOR COM A SUA VIDA.
Em Sua famosa oração, Jesus afirmou sobre Seu Pai: “Santificado seja o teu
nome” (Mateus 6.9b). Esta foi uma declaração de exaltação e honra a Ele.
Quem vive a cultura do Reino constantemente honra o nome do Senhor.
Infelizmente, foram muitas as vezes em que o nome do Senhor foi des-
prezado, difamado, desonrado e escarnecido no mundo, desde o prin-
cípio dos tempos, até hoje. Os discípulos de Cristo, contudo, honram o
nome do Senhor com suas palavras e ações.
Santificar o nome do Senhor sobre a Terra é algo muito prático, porque
tem a ver com nossas decisões, relacionamentos e palavras. A honra ao
nome de Deus produz um estilo de vida honrado! Pessoas que vivem a
cultura do Reino, santificando o nome do Senhor, não vivem em murmu-
ração. Não vivem focados naquilo que falta. Pelo contrário, vivem com
uma perspectiva de abundância. Os adoradores – aqueles que honram
o nome do Pai – estão sempre de tanque cheio, mas os murmuradores
andam de tanque vazio.
Para viver a cultura do Reino…
3. ESTABELEÇA O _________________________ COMO PRIORIDADE.
Quando Jesus ensinou a oração conhecida como Pai Nosso, Ele disse cla-
ramente quais são as prioridades do Reino. Como lemos: “Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10).
Quem vive a cultura do Reino coloca a vontade do Pai acima de suas
próprias vontades pessoais. A vontade do Pai prevalece sobre a von-
tade do mundo, e sob esta perspectiva, as prioridades de vida vão
sendo restabelecidas.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 19
Sabemos que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos
12.2), ao passo que nossas vontades, não. Irremediavelmente, erraremos
quando tomarmos decisões baseadas inteiramente em nosso ponto de
vista, emoções e julgamentos. Jesus afirmou sobre a prioridade do Rei-
no de Deus:
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça,
e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se
preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo
mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal.
Mateus 6.33-34
Ao priorizarmos o Reino de Deus, todas as demais coisas nos serão acres-
centadas. Essa promessa nos enche de paz e nos dá direcionamento. Po-
demos andar em oração, confiança e descanso. Não precisamos priorizar
nossas preocupações, mas a vontade de Deus para a nossas vidas.
Para viver a cultura do Reino…
4. TENHA UMA VIDA DE __________________________.
Quando Jesus ensina a orar, “dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Ma-
teus 6.11), há um princípio importante do Reino dos Céus. Podemos e
devemos orar a Deus diariamente, incluindo nessas orações pedidos por
nossas necessidades básicas e também pelas especiais. A cultura do
Reino é sobre conexões, e esta conexão é estabelecida e alimentada por
meio da oração.
Ao desenvolvermos uma vida de oração diária, escolhemos entregar o
controle a quem realmente pode controlar tudo. O Reino não é sobre
manipulação, mas sobre entregas e confiança sólida no caráter do Pai.
Homens de Deus como Daniel viveram esta cultura de forma muito sig-
nificativa. Lemos que Daniel, em terra estrangeira, escolheu dedicar a
Deus períodos de oração três vezes ao dia: “E ali fez o que costumava
fazer: três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu
Deus” (Daniel 6.10).
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
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Nossa vida de oração inclui:
1. Orar no Espírito (Efésios 6.18 e Judas 1.20)
2. Orar continuamente (1 Tessalonicenses 5.17)
3. Orar em todos os lugares (1 Timóteo 2.8)
Jesus também trouxe ensinamentos fundamentais sobre a vida cristã e
a oração, antes mesmo de ensinar a oração conhecida como Pai Nosso:
a. Não usar a oração para manter a religiosidade: “E quando vocês orarem,
não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sin-
agogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros” (Mateus 6.5).
b. Não orar em vão:“E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a
mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito fala-
rem serão ouvidos” (Mateus 6.7).
c. Direcionar a oração à pessoa certa:“Pai nosso, que estás nos céus!”
(Mateus 6.9).
d. Buscar um relacionamento pessoal com Deus pela oração: “Mas quan-
do você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no
secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6.6).
Para viver a cultura do Reino…
5. __________________EM TODO TEMPO.
Jesus ensinou-nos a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como per-
doamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12). Deus é perdoador, e a
cultura do Reino está profundamente enraizada no perdão. Enquanto
estivermos na Terra, devemos sempre estar prontos para perdoar.
O fato é que pessoas podem dever a você, e não necessariamente
dinheiro. Elas podem dever gratidão, reconhecimento, justiça, honra ou
respeito. Elas podem nos ferir grandemente. Independentemente da
situação, somos chamados a perdoar, ainda que isso inclua renúncias
pessoais e entregas.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 21
O evangelho de Lucas, que também registra a oração do Pai Nosso, traz
o texto da seguinte forma: “Perdoa-nos os nossos pecados, pois tam-
bém perdoamos a todos os que nos devem” (Lucas 11.4). Isso porque
a dívida é um pecado, assim como o pecado é uma dívida. Ou seja, se
você deve a alguém, você está em pecado. E se você está em pecado,
certamente está devendo algo a alguém.
Somos chamados a reparar nossas dívidas, bem como aceitar a repara-
ção de outros. Devemos nos esforçar para viver em paz com todas as
pessoas (Hebreus 12.14). Faremos isso quantas vezes forem necessárias
(Mateus 18.21-22), pois o perdão é sobre andarmos livres de amarras
com outros. O Reino é sobre verdadeira liberdade e, por isso, é também
um Reino de perdão.
Para viver a cultura do Reino…
6. FAÇA DA __________________________UM ESTILO DE VIDA.
A oração de Jesus traz ainda: “E não nos deixes cair em tentação” (Ma-
teus 6.13a). Enquanto estivermos na Terra, estaremos suscetíveis à ten-
tação. Nossa carne não melhorará enquanto estivermos nesta existência
terrena, e é certo que nosso inimigo não desistirá de nos atacar.
Precisamos desta consciência. Como Jesus afirmou no Getsêmani: “Vi-
giem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto,
mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
Não importa há quantos anos você é um crente em Jesus ou o quão
forte é a sua força de vontade. Precisamos estar vigilantes, pois a única
coisa que precisamos para cair é estarmos em pé (1 Coríntios 10.12).
Cuide de sua saúde física e de suas emoções. Cuide de si mesmo e da
sua família, cuide de seus caminhos e combata o pecado.
Talvez uma das armas mais poderosas para nos mantermos desta forma
é a satisfação que temos em Jesus. A verdadeira santidade nos satisfaz
e fortalece. Quando estamos esfomeados em nossa alma, no entanto,
seremos muito mais propensos a pecar em troca de qualquer coisa.
Somente os satisfeitos são seletivos.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
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Para viver a cultura do Reino…
7. TENHA UMA ATITUDE _______________________.
Jesus afirmou: “... mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13a). É fato que o mal
está presente no mundo em que estamos. No entanto, aqueles que são
do Reino não são passivos diante desta realidade. Sabemos que somos
embaixadores do Pai nesta Terra: “Somos embaixadores de Cristo, como
se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor
a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus” (2 Coríntios 5.20).
Não vivemos neste mundo tomados pelo medo do mal que nos cerca,
mas com um senso de missão e uma certeza do cuidado de Deus. So-
mos, assim, cheios de ousadia. Como o escritor inglês William Shakes-
peare escreveu: “os covardes morrem várias vezes antes da sua morte,
mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.”
O mal do mundo crescerá, mas nós persistiremos em nosso chamado e
identidade, sabendo que nossos nomes estão escritos no livro da vida
(Apocalipse 13.8). Sabemos que o Reino será plenamente estabelecido
em seu devido tempo – e nesta perspectiva avançaremos.
Para viver a cultura do Reino…
8. DESENVOLVA UMA CULTURA __________________________.
Jesus conclui Sua oração fazendo uma declaração poderosa acerca da
natureza do Reino de Deus, de acordo com quem a Ele pertence: “Por-
que teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mateus 6.13b).
O Reino dos Céus não é deste mundo. Ele pertence a Deus, é sobrenatural
e estabelece uma cultura sobrenatural. Como cidadãos do Reino, nossas
prioridades são as prioridades dos Céus e nosso foco é a presença de
Deus na Terra. Cremos que este é o desejo do Pai para nós.
Um estilo de vida sobrenatural vive além das impossibilidades terrenas. Cre-
mos que o Espírito Santo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele deseja aben-
çoar pessoas por meio de seu agir, sinais e maravilhas, revelando a glória de
Deus. Como lemos no evangelho de Marcos: “Então, os discípulos saíram
e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-
lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam” (Marcos 16.20).
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 23
A cultura sobrenatural do Reino de Deus traz chaves para a conquista
de cidades e direciona pessoas para os braços do Pai. Um estilo de vida
sobrenatural é aquele que expõe o pecado e leva à nova vida, gera san-
tidade e temor. Estes sinais validam nossa identidade de filhos de Deus.
Vivenciar esta realidade passa por crer, aplicar fé e buscar na Palavra a
autoridade no Senhor. Temos diante de nós o convite para uma vida de
consagração e oração, vivendo naturalmente o sobrenatural. Como le-
mos: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja
glorificado no Filho” (João 14.13).
EXPANDINDO A CULTURA DO REINO!
Deus deseja que você cresça na forma como você vê e valoriza o Reino,
de forma que esta cultura divina passe a influenciar cada aspecto de
sua vida. As implicações são eternas, mas seus frutos já estarão bem
presentes do seu dia-a-dia. Quando os cristãos vivem a cultura do Reino,
tudo o que está à sua volta é transformado.
Tudo o que procuramos viver como igreja local está inserido dentro
da cultura do Reino dos Céus, que está acima de limites geográficos,
de tradição ou denominações. Nossa oração é que nossos olhos sejam
iluminados para que cresçamos nesta realidade. Como lemos em Efésios:
Oro também para que os olhos do coração de vocês
sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança
para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele
nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco,
os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.
Efésios 1.18-19
Lembre-se: O Reino de Deus não é para os indiferentes, mas para os
apaixonados. Vamos viver plenamente nossa identidade como filhos de
Deus, trazendo a expansão do Reino dos Céus para a Terra, por meio de
nossa família de fé.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 25
2. PRINCÍPIOS
DA PATERNIDADE
Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos;
eles anunciarão os teus atos poderosos.
Salmo 145.4
Um dos pilares de nossa cultura como igreja é o conceito de paterni-
dade. Isso porque este foi o parâmetro que o próprio Deus estabeleceu
conosco ao decidir se apresentar como Pai, por meio de Jesus.
O livro Paternidade Bem Resolvida (Ed. Inspire, 2014), pontua a grande
importância deste tema:
“A verdade é que muitas pessoas, em diferentes graus e
maneiras, não têm a questão da paternidade bem resol-
vida em suas vidas. Tenho descoberto que quando cer-
tos problemas na vida de uma pessoa são constantes e
recorrentes, isto é uma evidência clara de que, naquela
questão, algo não está bem resolvido dentro dela. Estar
bem resolvido, neste sentido, não significa estar livre de
CULTURA DA IGREJA

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ter que lidar com certos assuntos ou circunstâncias pelo
resto dos seus dias, mas estar em paz com aquilo e enten-
der a vontade de Deus para a sua vida. Assim, se eu sofro
ou me vejo paralisado quando o assunto toca a paternida-
de – tanto a humana, quanto à divina – só posso concluir
que preciso sair deste estado e encontrar o caminho para
ser uma pessoa bem resolvida nesta área”.
A relação de paternidade está muito ligada ao conceito de honra e de
valorização do outro, por ser quem ele é. É sobre uma relação de con-
fiança, edificação e envio. Efésios 5.21 afirma: “sujeitem-se uns aos ou-
tros, por temor a Cristo.” Assim, o temor a Cristo e o Seu padrão são o
parâmetro para nós. É muito interessante pensar como a estrutura base
de uma família é muito similar à Trindade. Temos um Deus Pai, temos o
Espírito Santo, que muitas vezes tem um papel referente à figura mater-
na, e temos Jesus, o Filho.
Como pessoas, temos três componentes em nosso ser, cada um deles
com necessidades específicas. Em termos muito gerais, podemos dizer
que o corpo está relacionado às necessidades de: identidade, valor, pro-
teção e provisão. A alma está ligada à necessidade de comunicação e
companheirismo. E o nosso espírito refere-se principalmente às necessi-
dades de conforto e ensino.
Do mesmo modo, a família tem três partes, cada uma com um papel em
ajudar no desenvolvimento saudável.
Pai: Transfere identidade e valor aos filhos. O filho homem estabelece
sua masculinidade e aprende sobre suas habilidades pela maneira como
o pai as transfere e se relaciona com ele, também pelo que diz para
e sobre ele. A filha, aprende como ser mulher pela maneira como seu
pai se relaciona com ela, a trata, e pelo que ele diz para e sobre ela. A
ausência física e emocional do pai no lar, pode gerar lacunas nos filhos
sobre o entendimento que têm sobre destino e valor. Pais também dão
proteção e provisão. Se o pai não é seguro, ou não cria um ambiente de
segurança, as crianças enfrentam problemas.
Quando as pessoas buscam suas identidades em Deus, podem ter difi-
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CULTURA DA IGREJA 27
culdade se o pai não participou do desenvolvimento de sua identidade
quando criança. Quando adultas, muitos transferem esse sentimento
de desproteção ao Pai celeste, pois não aprenderam o verdadeiro con-
ceito de segurança.
Irmãos e amigos: São os que suprem nossas necessidades de comuni-
cação e companheirismo. Para eles contamos nossos maiores segredos.
Mesmo assim, quando tentam nos controlar ou nos desvalorizar, trazem
uma compreensão enganosa sobre seu papel em nossa vida.
A Bíblia diz que Jesus é nosso melhor amigo e companheiro. Assim, as
reações de nossos amigos e irmãos podem ser transferidas para Jesus.
Um irmão mais velho forçado a cuidar dos mais novos pode ter a impres-
são de que Jesus força a coisas. Podemos pensar que Ele pedirá para
fazermos algo que somos incapazes de fazer. Um irmão mais novo que
pensa ser controlado pelo mais velho pode acreditar que Jesus vai querer
controlá-lo. A lacuna que faz com que as pessoas não se sintam incluídas,
pode levá-las a pensar que, na verdade, Jesus não as quer incluir.
Mãe: Supre a necessidade de conforto. É para ela que corremos com o
joelho ralado. Sobre o ensino, é ela que responde nossos “porquês”. Se
a mãe é controladora ou nos mostra que não está feliz com nossas de-
cisões e opiniões, aprendemos que precisamos ser perfeitos para agra-
dar. Podemos decidir não ficar por perto para não nos sentir mal. Sua
ausência é sentida em níveis profundos. Pessoas podem replicar estas
distorções em relação ao Espírito Santo. Podem vir a se sentir culpadas
por nunca conseguir agradar ao Espírito Santo e ser obedientes a Ele e
tentarão ficar longe dele para não se machucarem.
Por essa e outras razões, somos convidados por Deus a vivenciarmos
uma cura profunda em nossos relacionamentos mais íntimos, para que
possamos viver plenamente nosso propósito com o Pai, o Filho e o Es-
pírito Santo.
TRÊS ESFERAS DA PATERNIDADE
Quando falamos em paternidade, temos basicamente três esferas principais.
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CULTURA DA IGREJA
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• Paternidade _________________
• Paternidade _________________
• Paternidade _________________
1. Paternidade ____________________
...Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande
e terrível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais
se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais;
do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição.
Malaquias 4.5-6
Precisamos entender que há uma relação direta entre nossa paternidade
biológica e nossa paternidade divina. Quando um coração está reconci-
liado aos pais biológicos, ele estará completamente pronto para viven-
ciar a paternidade divina plenamente. Mas o contrário também é verda-
de. O autor Coty coloca da seguinte forma: “Só podemos ver a glória
de Deus através de um coração reconciliado com os pais. Disso flui uma
adoração em espírito e em verdade e uma vida ministerial frutífera. A
revelação do Pai nos introduz no nível da adoração.”
Para viver uma paternidade biológica bem resolvida:
• Reconheça os reais motivos da ___________________com seus pais
O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte
da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.
Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o
que tinha, e foi para uma região distante.
Lucas 15.12-13
• Reaja contra as ___________________emocionais adquiridas
...e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 29
aquela região, e ele começou a passar necessidade. [...]
Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira
que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
Lucas 15.13b-14,16
Disfunções emocionais adquiridas por causa dos conflitos com os pais
podem ser:
QUANDO OS PAIS SÃO... OS FILHOS PODEM SE TORNAR...
- Inexistentes - Solitários
- Separados - Frágeis (lacuna de gênero)
- Rígidos - Insensíveis
- Isolados - Superficiais
- Superprotetores - Medrosos
- “Frios” (insensíveis) - Carentes (distorções sexuais)
- Liberais - Inconsequentes
- Consumistas - Materialistas
- Desleais - Rebeldes
- Disfuncionais - Codependentes
A boa notícia é que Deus pode nos levar a aprender a viver no contrário
do que seria o caminho natural. Sabemos que não somos perfeitos, nem
nossos pais o são, mas temos um Deus perfeito que coloca um novo ca-
minho diante de nós.
• Decida acertar as pendências
Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm
comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho
e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos
teus empregados’. A seguir, levantou-se e foi para seu pai.
Lucas 15.17-20
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
30
O ressentimento é algo muito perigoso e não podemos nos dar permis-
são de viver com ele em nosso coração. A Palavra diz:
Não deixem que a erva daninha da amargura se espalhe.
Uns poucos espinhos podem arruinar um jardim em pouco tempo.
Hebreus 12.15 - A Mensagem
Qual o remédio, então? Uma palavra muito poderosa: o perdão! Perdoar
não é esquecer, mas permitir que alguém renasça em sua vida!
Examine-se: Como está o seu coração em relação aos seus pais? Existe
ressentimento (atitude interna de remoer o passado e perpetuar senti-
mentos hostis), indiferença (atitude de ignorar o outro), retaliação (ati-
tude de revidar por diversas posturas um sentimento de dor), ódio (es-
tágio mais grave na esfera dos relacionamentos)?
Alguns passos para o perdão:
• Identificar os danos;
• Perdoar o ofensor ou ofensores;
• Renunciar a mentira e o engano;
• Receber a verdade.
Ore assim:
Senhor Jesus, agradeço ao Senhor pelas coisas boas que recebi dos
meus pais. A partir de hoje abro o meu coração para perdoar meus
pais daquilo que feriu o meu coração. Peço perdão por qualquer
sentimento e comportamento em relação a eles que são contrários
a Sua palavra. Cura o meu coração e me liberta de todas as prisões
relacionadas ao meu relacionamento com os meus pais. Naquilo que
for possível me ajude na reparação e aquilo que eu não posso fazer
entrego nas Tuas mãos. Recebo a Sua cura para todos os outros níveis
de relacionamentos na minha vida. Em Seu nome Jesus, amém!
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 31
• Recomece seu _______________________com seus pais
A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe,
seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho,
e o abraçou e beijou. O filho lhe disse: “Pai, pequei contra o céu
e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho”.
Lucas 15.20-21
2. PATERNIDADE _______________
Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser batizado por João.
João, porém, tentou impedi-lo, dizendo: “Eu preciso ser batizado
por ti, e tu vens a mim?” Respondeu Jesus: “Deixe assim por
enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça”.
E João concordou. Assim que Jesus foi batizado, saiu da água.
Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos
céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado”.
Mateus 3.13-17
A. As dez marcas de Deus Pai
• Amor (João 3.16)
• Abrigo (1 Pedro 2.9)
• Aceitação (João 10.10 e 11)
• Afeto (Mateus 23.37)
• Alegria (João 15.11)
• Alimento (Lucas 11.10-13)
• Aliança (2 Pedro 1.3-4)
• Admiração (Salmo 139.13-16)
• Abundância (João 10.10)
• Amizade (João 15.15)
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
32
B. Orfandade e suas consequências
...porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus
são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que
os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que
os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”.
O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos
de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de
Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus
sofrimentos, para que também participemos da sua glória.
Romanos 8.14-17
• Lúcifer (Isaías 14 e Ezequiel 32)
• Adão  Eva (Gênesis 3)
• Filhos da Parábola do “Pai Amoroso” (Lucas 15)
• Nós (Romanos 1,3; Efésios 2)
C. A postura de Jesus contra o espírito de orfandade
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser
tentado pelo diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta
noites, teve fome. O tentador aproximou-se dele e disse: ‘Se você
é o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães’
Jesus respondeu: ‘Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de Deus’. Então o diabo o levou à
cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse:
‘Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui para baixo. Pois está escrito:
Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o
segurarão, para que você não tropece em alguma pedra’. Jesus lhe
respondeu: ‘Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o seu
Deus’. Depois, o diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe
todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: ‘Tudo isto lhe
darei, se você se prostrar e me adorar’. Jesus lhe disse: ‘Retire-se,
Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele
preste culto’. Então o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram.
Mateus 4.1-11
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 33
• Jesus foi tentado a gerenciar sua dor (v. 3)
• Jesus foi tentado a gerenciar sua missão (vs. 5,6)
• Jesus foi tentado a gerenciar os outros (vs. 8,9)
D. Resolvendo os conflitos em relação a Deus
Quase que inevitavelmente transferimos o conceito que temos dos nos-
sos pais para Deus! Leia o texto de Lucas 15.11-32.
Para resolver os conflitos em relação a Deus:
• Supere seus limitadores: v. 25-26
- A insensibilidade espiritual;
- A religiosidade;
- A decepção em relação a Deus;
- A incompreensão da graça e o amor de Deus.
• Admita sua ____________________ espiritual: v. 28-31
Qual nível de orfandade espiritual representa você?
- Você nunca se sentiu filho?
- Você é um filho rebelde?
- Você é um filho religioso?
Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por
meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade.
Efésios 1.5
• Vença seus pecados _______________________: v. 30
A história não revelou que o filho mais novo gastou seus recursos com
prostitutas. Qual o problema da acusação do filho mais velho? Ele tinha
uma mente maliciosa presa ao pecado.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
34
A nuança do texto é mostrar que quando não temos intimidade com
Deus e buscamos segui-Lo de alguma forma, sempre seremos presos a
alguns pecados. São pecados que tentam compensar um vazio que não
é mais existencial, mas relacional.
• Assuma sua condição de filho _____________________: v. 22
- Roupas: Mentalidade Nova
- Anel: Promessas
- Sandálias: Libertação
• Renove diariamente o seu _________________________ com o Deus-Pai
- Chame Deus de Pai
- Cultive intimidade
- Sinta-se protegido por Deus
- Confie na provisão de Deus
- Reforce sua identidade de filho
- Desfrute dos seus direitos
- Nunca se sinta só!
- Siga o exemplo de Jesus
- Contagie os outros com a visão da filiação divina
- Seja sensível a ação do Espírito Santo
A paternidade é o cerne da revelação de Deus para o homem!
Nossa cura e libertação sempre chegará no ápice quando
alcançamos este entendimento e vivência.
3. PATERNIDADE _______________________
Então Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate.
Ele estava arando com doze parelhas de bois, e estava conduzindo
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 35
a décima-segunda parelha. Elias o alcançou e lançou a sua capa
sobre ele. Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias. ‘Deixa-me
dar um beijo de despedida em meu pai e minha mãe”, disse,
“e então irei contigo.’ ‘Vá e volte’, respondeu Elias, ‘pelo que lhe fiz.’
E Eliseu voltou, apanhou a sua parelha de bois e os matou. Queimou
o equipamento de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles
comeram. Depois partiu com Elias, e se tornou o seu auxiliar.
1 Reis 19.19-21
A. Para construir uma cultura de paternidade na igreja:
- Valorize seus filhos espirituais. v. 19a
- Potencialize seus filhos espirituais v. 19b
- Impulsione a profundidade espiritual deles. v. 19c
- Incentive as renúncias. v. 20b
- Estabeleça alianças profundas. v. 20c
- Confie na provisão dos Céus. v. 21
B. Sinais de filiação espiritual:
- O filho se parece com o Pai
- O filho é para sempre
- O filho confia em seus pais
- O filho honra os seus pais
- O filho obedece a seus pais
- O filho imita seus pais
- O filho acredita em seus pais
C. Sinais de paternidade espiritual:
- O pai também é filho
- O pai tem capacidade de reproduzir
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
36
- O pai tem capacidade de perdoar
- O pai ensina seus filhos
- O pai provê para seus filhos
- O pai envia seus filhos
- O pai promove seus filhos
ÁREAS DE DIFERENÇA IDENTIDADE DE SERVO IDENTIDADE DE FILHO
1. Seu valor
Baseia-se em seu
serviço/ministério (no
fazer). Tem valor enquanto
serve. Seu valor depende
do que faz.
Baseia-se na segurança de
ser filho, valorizado pelo que
é, não apenas pelo que faz.
2. Base para
sentir-se bem
Serútil;
agradaràspessoas.
Seramado;sentiro
prazer do pai em si.
3. Conhecimento
Precisa saber o que
fazer; não precisa
entenderospropósitos por
trás de suas ações.
O pai revela seus
propósitos; o filho entende
o coração do pai.
4. Motivação
Obrigação, cumpre o que
deveria fazer.
Às vezes, compulsão
de produzir, ou de
agradar às pessoas.
Alegria, participa com
o pai em seu trabalho e
propósitos.
5. Propósito de
sua existência
Trabalhar, ser produtivo,
obter resultados.
Ser companheiro de seu pai
e crescer para ser como ele.
6. Tipo de
relacionamento
Contratual: cumpre
serviçoem troca de
benefícios.
Aliança, relação de
família: intimidade,
carinho, afeto, amor,
alegria e celebração.
7. Aproximação
emocional
Emocionalmente
distantedeseuchefe.
Compartilha o espírito,
herança e sofrimentos
do pai.
8. Consequências
da desobediência ou
de não agradar
Punido, rejeitado,
afastado, mandado
embora (Mt 24.48-51).
Disciplinado para
ser restaurado
(Hb 12.5-11).
9. Relação de seu
trabalho com o de
seu superior
Fazer o que seu chefe lhe
mandar fazer, muitas vezes
fazendo aquilo de que não
gosta. Subordinado, sem
voz, sem poder de decisão.
Fazer o que o pai está
fazendo;parceria;
odireitodeexpressarseus
sentimentos e
perspectivas.
10. Fonte de energia, força
ou poder
Esforço próprio,
na esfera do
reconhecimento.
Graça, amor e aceitação
como fonte para todo
esforço (1 Co 15.10).
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 37
3. DONS
DE GOVERNO
Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes
tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de
atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos.
1 Coríntios 12.4-6
Quando a Bíblia fala sobre a Igreja, com frequência ela contrasta sua
unidade com sua diversidade. As duas características são obra do Es-
pírito Santo. A Igreja é uma, porque o Espírito habita em todos os cren-
tes. A Igreja é diversificada, porque o Espírito distribui diferentes dons
aos crentes. De forma que o dom do Espírito (que Deus nos dá) cria a
unidade da Igreja, e os dons do Espírito (que o Espírito dá) diversifica o
ministério da Igreja.
O ministério do Espírito Santo na igreja:
• Regenera o homem justificado (Jo 3.3-6; Tt 3.5; 1Pe 1.23);
• Batiza no Corpo de Cristo (Jo 1.32-34; 1Co 12.12-13);
• Habita no crente (1Co 6.15-19; Rm 8.9);
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
38
• Enche o crente (Ef 5.18-20; Jo 7.38-39);
• Liberta do pecado (Rm 8.2);
• Guia o crente (Rm 8.14);
• Equipa para o trabalho (1Co 12.12-14);
• Produz o fruto (Gl 5.22-23);
• Possibilita a comunhão com Deus (Jd 20; Ef 6.18; Rm 8.16);
• Vivifica o corpo do crente (Rm 8.11-23).
Os dons do Espírito são presentes dados por Deus aos salvos para a edi-
ficação da igreja, são diferentes dos talentos naturais comuns a todos
os homens, como o apóstolo Paulo fala em 1 Coríntios 12.4-11. Estes dons
capacitam os crentes a realizar a sua missão até o retorno de Jesus Cris-
to “de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês
aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado” (1 Coríntios 1.7).
Tudo o que Deus pede ao homem é impossível
que ele realize sem o Espírito Santo!
Os dons do Espírito Santo são distribuídos de acordo com a Sua sobe-
rana vontade, o que não impede que o crente busque e peça a Deus
determinadas capacitações.
Há basicamente três textos bíblicos que falam sobre os tipos de dons e
cada um deles revela um aspecto diferente da nossa identidade espiritual.
• Romanos 12: Dons Motivacionais.
• 1 Coríntios 12: Dons de manifestação de poder.
• Efésios 4: Dons de Governo.
Recebemos os dons de Deus para dar continuidade à obra de Cristo.
Veja o que Jesus diz para Pedro: “E eu digo que você é Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 39
vencê-la” (Mateus 16.18).
Deus é a fonte divina de todos os dons. Não é a igreja que indica ou
determina que dom uma pessoa tem. No entanto, estes dons são viven-
ciados na igreja e servem para a sua edificação. Deus deu dons para Sua
Igreja, a fim de ajudar a trazer a perspectiva do Céu à Terra.
As três dimensões que devem governar a igreja:
• Apostólica: expansão do Reino
• Profética: atrai os céus à terra
• Pastoral: cuida das pessoas
Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens
doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito
aos santos apóstolos e profetas de Deus.
Efésios 3.5
Estamos vivendo uma nova estação em nossa igreja. O Espírito Santo
tem nos mostrado há alguns anos essa realidade de maneira mais clara
e evidente. Devemos governar a igreja a partir dos dons que Deus
concedeu para cada um. É tempo de sermos ministrados e com-
preendermos essa nova dimensão.
OS DONS DE GOVERNO
Eles se aplicam a cada um dos cristãos. Esses dons são aspectos dos
ministérios de Jesus. Tem a ver com função e fruto. Vamos aprender os
princípios sobre os quais o Reino de Deus se manifesta sobre a terra
através da Igreja de Cristo.
Para revelar o Reino de Deus...
1. FAÇA PARTE DA ________________________________________.
A igreja não é um lugar para frequentar e sim uma família para pertencer!
(Carlito Paes). Viemos de uma comunidade, estamos em comunidade e
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
40
viveremos eternamente em comunidade. Sem a percepção de pertenci-
mento, os dons se tornarão uma questão de orgulho e posição. Os dons
de governo devem ser entendidos a partir da revelação de Cristo.
• Pertencer à família de Deus revela que somos a mensagem de Deus.
Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam
de maneira digna da vocação que receberam.
Efésios 4.1
Neste texto aprendemos que estamos entrelaçado com Deus.
a. Em Cristo, nossa identidade não é mais a mesma: “Já não sou eu
quem vivo, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20).
b. Percorremos um novo caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). A Bíblia apre-
senta uma relação definida entre a vida e o caminho. Não há vida sem
Cristo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no
filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20).
c. Somos convocados por Cristo. Precisamos entender que somos chama-
dos para representar o Reino de Deus. A palavra Reino se refere ao domínio
do Rei. Jesus veio oferecer os benefícios de Seu mundo a todos os que se
rendem a Seu governo. Os benefícios de Seu governo foram ilustrados por
intermédio de suas obras de perdão, libertação e cura.
• Pertencer a família de Deus revela o nosso destino
Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança
para a qual vocês foram chamados é uma só.
Efésios 4.4
Tudo está interligado. Todas as histórias estão unidas. O nosso futuro deve
determinar o nosso presente! O nosso destino nos convida. Há um vento
que o conduz para o seu destino. Não somos um navio a motor, mas uma
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 41
embarcação à velas. O que nos conduz ao nosso futuro é o Espírito.
• Pertencer à família de Deus revela o caráter e a presença de Deus
Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e
Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos.
Efésios 4.5-6
Todos os animais da terra foram feitos conforme a sua espécie. Mas, o
homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Não fomos criados
apenas por um Deus eterno, grande e perfeito, mas fomos criados para
fazer coisas grandes, eternas e perfeitas. A nossa origem é a mesma.
Fomos gerados em Deus. Nossos dons não revelam apenas nosso minis-
tério ou serviço, mas a nossa origem.
Para revelar o Reino de Deus...
2. ENTENDA E ASSUMA A ________________________________________.
Após a compreensão da importância de pertencer à família de Deus , eu
consigo então perceber quem eu sou. Em Efésios 4.7-16, Paulo irá mos-
trar que a identidade é que prepara os santos para os dons de governo
da igreja. A nossa identidade só pode ser revelada na coletividade. Nun-
ca saberemos quem somos, se formos isolados de onde vivemos. A sua
identidade está intimamente relacionada com a sua família. Quanto mais
conscientes nós formos sobre quem somos, mais autoridade teremos.
Pessoas inseguras utilizam do cargo, pessoas equilibradas influenciam.
• A sua nova identidade evidencia o caráter de Cristo
E a cada um de nós foi concedida a graça,
conforme a medida repartida por Cristo.
Efésios 4.7
Um discípulo não é reconhecido pelo que ele faz para o seu discipulador,
mas o quanto ele se parece com ele. O nosso caráter, mais do que tudo
o que realizamos para a igreja, revela a nossa identidade.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
42
• A sua nova identidade certifica o dom que recebemos pelo Espírito
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.
Efésios 4.11
Você não é o seu dom, mas Deus está forjando você para entregar-lhe
um dom específico. Tudo na sua história está relacionado com isso.
Os dons de governo se relacionam com o princípios da igreja:
• Acreditar: evangelismo
• Tornar-se: mestre
• Pertencer: pastor
• Ser cheio: profeta
• Ser forte: apóstolo
Os dons de governo não se referem a posição ou título, mas ao governo
de Cristo através da unidade da Igreja.
Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês,
individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja,
Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar,
profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres,
os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda,
os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.
1 Coríntios 12.27,28
O apóstolo Paulo estabelece claramente uma ordem de prioridade nes-
sa passagem, a qual está relacionada às esferas do sobrenatural que
corresponde, a cada ofício específico. A unção que está sobre o apósto-
lo e o profeta cria uma perspectiva focada principalmente em perceber
o que está acontecendo no Céu e trazer isso à Terra. O mestre está fo-
cado em ser capaz de descrever tudo o que aconteceu com exatidão, e
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 43
o evangelista e o pastor estão focados em pessoas.
Quando Paulo coloca os apóstolos em primeiro, os profetas em segundo
e os mestres em terceiro, ele está descrevendo um fluxo. O fluxo passa
por intermédio do mestre, é liberado em milagres e cura, e em seguida
continua por meio de socorros, governos e línguas.
Características dos dons de governos:
a. Apóstolo: significa delegado, um mensageiro, alguém enviado com
ordens. O apóstolo é o construtor. Ele conhece e vê a planta. Ele identi-
fica o potencial de cada indivíduo. Ele é um desenvolvedor. O apóstolo
toca todos os demais dons.
Marcas distintivas:
• O comissionamento do apóstolo está em Cristo, diretamente ou por
revelação (Gálatas 1.1; Números 12.6-8)
• Operação de milagres (2 Coríntios 12.12)
• Preocupação com as igrejas em toda terra (2 Coríntios 11.28)
b. Profeta: O profeta busca sempre uma conexão com o Céu. Jesus,
que foi o modelo do ofício de profeta, andava por toda a parte dando
uma visão sobrenatural às pessoas. Ele costumava perguntar aos Seus
discípulos e aos que o cercavam: “Ainda não compreendem nem perce-
bem” (Marcos 8.17). A resposta era sempre “não”, porque Jesus estava
apresentando a esses homens uma visão inteiramente diferente da vida.
Marcas distintivas:
• Sensíveis às questões espirituais (2 Rs 6.17)
• Coisas materiais e eventos se tornam uma mensagem (Os 1.2; Is 8.3; Jr 13.1)
• Desejo profundo por conexões com Deus (Is 6.1; Dn 10.7)
• Revelações, visões e sonhos (Nm 12.6)
c. Mestre: significa alguém que é qualificado para ensinar ou que pensa
desta maneira, aquele que conversa com os outros a fim de instruí-los. O
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
44
pensamento do mestre está em aprender os princípios da Palavra e en-
siná-los. Para ele não é possível viver o Reino sem entendimento. Deve
buscar o discipulado no nível um a um.
Marcas distintivas:
• Desejo por conhecer mais de Deus
• É apegado à Palavra de Deus
• Possui dúvidas constantes e que precisam ser respondidas
• Está sempre dispostos a explicar e ensinar
d. Evangelista: significa aquele que traz boas novas, os mensageiros da
salvação através de Cristo. O pensamento do evangelista é ganhar mais
uma pessoa para Jesus Cristo. O Evangelista representa a igreja para o
mundo lá fora.
Marcas distintivas:
• Capacidade de multiplicação
• Sensível à realidade dos não convertidos
• Capacidade de flexibilização
• Coloca as pessoas em primeiro lugar, depois o ensino
e. Pastor: significa aquele que cuida do rebanho. O pensamento do pas-
tor está em promover o cuidado intencional das pessoas que se ache-
garam ao Corpo de Cristo. Ele tem enorme simpatia com o sofrimento
dos outros. Há dois tipos de pastores: o presbítero pensa nas pessoas e
o diácono está focado nos projetos e serviço da igreja.
Marcas distintivas:
• Sensibilidade para com os salvos em Cristo
• É carismático e se conecta facilmente ao coração das pessoas
• Altruísta e proativo, sempre pensa em servir
• Busca a todo custo a proteção espiritual das ovelhas
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 45
A identidade habilita o nosso processo de crescimento espiritual. Com
o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo
de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo
a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais
como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados
para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza
de homens que induzem ao erro (Efésios 4.12-14). O foco do nosso cres-
cimento espiritual é a edificação do Corpo de Cristo.
No dia que você descobrir quem você é,
você nunca mais vai querer ser outra pessoa.
Para revelar o Reino de Deus...
3. VIVA EM ________________________
Uma vida de santidade e comunhão com Deus o capacita a exercer com
autoridade os dons do Espírito. É necessário que você tenha uma cons-
ciência clara sobre quem você se tornou em Deus.
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados
a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos
enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a
revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a
Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.
Efésios 4.22-24
a. Em santidade vivemos relacionamentos poderosos: “Portanto, cada
um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo,
pois todos somos membros de um mesmo corpo” (Efésios 4.25).
b. Em santidade lute vitoriosamente suas batalhas espirituais: “Quan-
do vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o
sol se ponha, e não deem lugar ao diabo” (Efésios 4.26-27).
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
46
c. Em santidade sirva as pessoas com amor: “O que furtava não furte
mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o
que repartir com quem estiver em necessidade” (Efésios 4.28).
d. Em santidade use as suas palavras para abençoar: “Nenhuma palavra
torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os
outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ou-
vem” (Efésios 4.29).
e. Em santidade governe as suas emoções: “Livrem-se de toda amar-
gura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade”
(Efésios 4.31).
CONCLUSÃO
Pertencemos a uma família que vive no domínio do Espírito, algo es-
sencial para o ministério dos últimos dias. Deus jamais quis que os
dons espirituais ficassem confinados às quatro paredes da igreja. O
Espírito Santo equipou a Igreja de Cristo com armas sobrenaturais de
guerra que destruirão as obras das trevas e impulsionarão você para o
seu destino profético.
Curem os enfermos, ressuscitem os mortos,
purifiquem os leprosos, expulsem os demônios.
Vocês receberam de graça; deem também de graça.
Mateus 10.8
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 47
4. Cultura
DA HONRA
Temos entendido que o padrão de Deus relacionar-Se conosco, é o mes-
mo que devemos demonstrar em nossos relacionamentos com nossos
irmãos de fé. Ser parte de uma família é compartilhar os mesmos valo-
res, de uma forma muito natural e orgânica, o que por sua vez, gera uma
cultura. Uma cultura é algo tão forte dentro de uma família e sociedade,
que leva muito tempo a ser formada, e muitas vezes é tão interioriza-
da, que aquela família não percebe. Mas, não se engane: uma cultura é
capaz de se colocar acima de regras, de ordens, de recursos. A cultura
molda nossa visão de mundo. Por isso mesmo, temos abordado neste
curso tanto sobre a cultura do Reino e, em nossa realidade local, a cul-
tura de nossa igreja, nossa família de fé.
Quando falamos sobre a nossa cultura como Reino e igreja, não estamos
falando sobre termos regras para todas as situações, mas termos uma
cultura. Desejamos ter uma cultura de graça tão arraigada em nós, que
ela será o norte para todas as situações, sejam elas felizes ou difíceis,
que viveremos como comunidade.
Por isso, nesta aula, focaremos na Cultura da Honra.
O pastor e autor Bill Johnson afirma “Dar honra realmente libera a vida
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
48
de Deus em uma situação”, e isso é uma verdade poderosa. Dar honra é
o exemplo que Deus nos dá, e Ele é um Deus de vida. Quando desejos
humanos da carne tentam fazer com que nos relacionemos com base
no controle, na manipulação, na competição ou na vingança, a honra é a
cultura que mina o crescimento destas ervas daninhas. Ela confere vida,
reconciliação e fé.
Podemos começar afirmando que a honra não é sobre o que “eu neces-
sito”, ou “eu mereço”, mas sobre o que o outro necessita e o que você
pode dar a ele. Não é assim que o Pai age conosco? Ele tanto ama, que
dá. Então, se somos Seus filhos, temos em nosso DNA a honra. Paulo
escreve aos Romanos:
Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal.
Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.
Romanos 12.10
Mas o que significa dar honra? Em nossa sociedade, talvez o significado
desta palavra esteja muito distante e confuso. Novamente, precisamos
recorrer ao exemplo perfeito: Jesus. Ele nos enxerga segundo o nosso
potencial, não exatamente como somos hoje. E isso parte do coração do
que significa a palavra honra.
O OLHAR DE __________________
Poderíamos definir honra como: ver o outro como Jesus o vê. Como
seres humanos, podemos facilmente julgar outras pessoas com base na-
quilo que ela exterioriza hoje ou no que ela exteriorizou no passado. Po-
demos enxergar alguém como uma pessoa difícil, não confiável ou cheia
de erros. A lista que poderíamos fazer é quase infinita não é mesmo?
Murmuradores, preguiçosos, tolos, fracos na fé, violentos, impetuosos,
passivos... E a verdade é que pessoas de fato podem ter demonstrado
estas características como fruto do pecado em suas vidas, mas, de uma
coisa podemos ter certeza: Jesus não as vê desta forma.
Haverá uma liberdade incrível e uma atmosfera de amor inigualável
quando decidirmos ver outras pessoas – e até nós mesmos – como Je-
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 49
sus viu. A cultura da honra mata pela raiz a cultura do julgamento. Jesus
foi muito enfático em relação a isso, quando ensinou:
Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a
medida que usarem, também será usada para medir vocês.
Mateus 7.1-2
Lembre-se: honra é ver a outra pessoa como Jesus a vê. E como Ele tem
visto Seus amados filhos e filhas?
• Somos adotados como filhos de Deus (João 1.12)
• Estamos eternamente ligados a Ele, e Nele podemos frutificar (João
15.1-2)
• Estamos limpos (João 15.3)
• Somos livres de qualquer condenação (Romanos 8.1-2)
• Somos novas criaturas, nascidas de novo (2 Coríntios 5.17)
• Estamos sentados em lugares celestiais (Efésios 2.6)
• Fomos criados de maneira especial por Ele e somos conhecidos des-
de o ventre nossa mãe (Salmo 139.14)
• Deus preparou obras para que nós as realizássemos (Efésios 2.10)
• Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros em Cristo (Romanos 8.17)
• Recebemos dons do Espírito Santo para edificar a igreja (1 Coríntios 12.7)
Teríamos ainda muitas coisas para escrever sobre quem somos em Je-
sus. A maior pergunta é: temos enxergado nossos irmãos da fé desta
forma? E, ainda, temos agido em relação a eles conforme esta visão?
Há algo extraordinário que acontece dentro de nós quando alguém nos
vê como Deus vê, quando alguém acredita em nós e fala o melhor de
nós. É como quando uma criança órfã, com medo e assustada, chega à
uma família. Ela é amada e reafirmada por seus pais, ela recebe atenção,
mas também credibilidade e pertencimento. A forma como ela vê a si
mesma no mundo é transformada. Ela passa a acreditar em si mesma
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
50
também, e passa a viver dentro desta nova identidade que, na verdade,
já era a dela. Em nossa família igreja, somos chamados a agir desta for-
ma uns com os outros: amando-nos com amor verdadeiro, reiterando e
demonstrando sempre quem somos em Cristo. Vivendo em honra.
O _______________________ DE JESUS
Quando olhamos com mais atenção para o ministério público de Jesus
e o Seu relacionamento com Seus discípulos, logo percebemos que a
honra foi a premissa pela qual Jesus viveu e liderou.
Vamos pensar em dois exemplos: Pedro e Judas. Num primeiro momen-
to, podemos pensar que são dois extremos, não é mesmo? O primeiro,
um dos três discípulos mais próximos de Jesus, sobre quem os evan-
gelhos trazem tantos detalhes. Aquele a quem Jesus profetizou sobre
a igreja. Cidades, igrejas, capelas, praças e avenidas em todo o mundo
homenagearam este simples pescador, que veio a se tornar um dos pais
da igreja. Isso para não falar em todos os bebês que receberam o seu
nome! Por outro lado, há pouquíssimos Judas, não é mesmo? Seu nome
ficou conhecido como um sinônimo de traidor. Seu fim foi trágico e ter-
rível, tomado por remorso e culpa.
Mas precisamos ler a Bíblia como se não soubéssemos o fim da história.
E quando lemos os Evangelhos, percebemos que, na verdade, não havia
muitas diferenças entre estes dois homens. Na verdade, talvez Judas
deveria ser considerado um dos mais maduros e responsáveis do grupo.
Afinal, ele era o responsável por cuidar do dinheiro. Provavelmente, ele
tinha até uma ascendência sobre os outros discípulos. Por outro lado,
não vemos quase nenhum episódio em que Jesus teve que repreender
ou corrigir a conduta de Judas. Parece até que ele estava livre de erros,
pelo menos até bem próximo ao período da morte de Jesus. Ele era um
discípulo exemplar.
E o que falar de Pedro? Conhecemos bem seu temperamento forte e im-
pulsivo. Suas palavras duras e até o seu jeito precipitado em falar. Pedro
era um apaixonado em tudo que fazia, e não foram poucas as vezes em
que ele falou demais ou na hora errada, em que questionou o Mestre Je-
sus quando não deveria, quando respondeu como não precisava. Se isso
não bastasse, foi a Pedro que Jesus repreendeu de forma muito enfática:
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 51
Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu
Pedro, dizendo: ‘Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas
de Deus, mas nas dos homens.’
Mateus 8.33
Talvez a pessoa a quem Jesus tivesse chamado de Satanás não fosse a
sua primeira opção de um futuro líder, não é verdade? Mas Jesus jamais
nos olha segundo aquilo que nos limita, mas no que o Pai plantou em
nós e deseja frutificar em nós.
Precisamos entender que Jesus acreditou nestes dois homens da mes-
ma forma e investiu na vida deles crendo em tudo o que eles poderiam
se tornar. Lembre-se de que Jesus não somente repreendeu Pedro, mas
também o incentivou e deu palavras de envio e afirmação. Há uma fala
marcante de Jesus para Pedro:
Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo.
Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você
se converter, fortaleça os seus irmãos.
Lucas 22.31,32
Note que Jesus não desmentiu que eles seriam tentados e quais eram
os planos de Satanás. Ele não fingiu que estava tudo bem, ou deixou de
mencionar algo importante para Pedro. No entanto, Jesus aponta para
o futuro (“quando você se converter”) e para o chamado (“fortaleça os
seus irmãos”). Jesus realmente acreditou no que Deus faria por meio da
vida de Pedro.
CUIDADO E _______________________
Honrar pessoas é relembrarmos sempre sobre a identidade delas em
Jesus e agir de acordo com ela. Essas atitudes não são apenas nos mo-
mentos em que tudo está bem, ou quando pessoas fazem o que é cor-
reto. A cultura da honra é realmente testada quando escolhas erradas
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
52
acontecem. É quando Satanás tenta trazer sobre nós o julgamento. É
quando o medo de sermos decepcionados, ou contrariados, ou atingi-
dos de alguma forma, faz com que respondamos com controle e ma-
nipulação. Infelizmente, em muitos casos dentro da igreja em todo o
mundo, a questão do pastoreio e até mesmo da disciplina passou por
esses aspectos, e muitos danos foram causados. Muitas vezes, focamos
tanto no comportamento exterior, que nos esquecemos daquilo que é
mais importante: quem a pessoa é em Jesus.
A cultura da honra não combina com a palavra punição. Se em Cristo já
estamos livres de condenação, não podemos colocar sobre uma pessoa
algo pelo qual o sangue de Jesus na Cruz já pagou o preço! A cultura da
honra jamais pune. Ao mesmo tempo, ela também não é omissa. Sabe-
mos que o pecado machuca a nós como Corpo, e àquela pessoa como
indivíduo. Precisamos de cura, cuidado e restauração. E o primeiro pas-
so para isso não é a exclusão e o afastamento, mas a responsabilidade e
a inclusão na resolução dos problemas. A cultura da honra leva pessoas
a entenderem quem são em Cristo e, em um ambiente de perdão, acei-
tação e fé, fazerem as reparações necessárias.
É como quando uma criança suja a parede com tinta. A reação dos pais
pode ser a de falar uma palavra dura com a criança e mandar que ela
fique no quarto, pensando no que fez. Ela é retirada da bagunça e é
excluída da situação. Então, os pais pegam uma esponja com tinta e
começam a limpar a parede. Essa resposta foi focada no comportamento
e na punição. No entanto, estes pais poderiam conversar com a criança
e até repreendê-la, mas poderiam explicar que, como ela é parte da
família, também ajudará a limpar a parede. Ela é incluída na reparação
do problema.
Mais importante que isso, a cultura da honra não funciona com base na
vergonha e na culpa. Ela age por meio do amor. Como afirma o autor
Danny Silk, autor do livro Cultura da Honra, “a vergonha é removida por
meio do amor.”
A cultura da honra, sobretudo, acredita nas pessoas. Acredita que elas
podem fazer novas e melhores decisões. Crê que o Espírito Santo pode
ajuda-las nisto. Ela parte do pressuposto que uma pessoa pode até er-
rar, mas ela não é o seu erro. O fato de que ela é filha de Deus e parte
daquela família de fé é ainda mais importante.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 53
PESSOAS _____________________
Um dos aspectos mais fundamentais de sermos filhos de Deus é que
Nele somos livres. Como lemos em Gálatas:
Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam
firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.
Gálatas 5.1
O Céu é um lugar de liberdade. Isso significa que, uma cultura que traz
o Céu à Terra tem como premissa a liberdade das pessoas. Isso não sig-
nifica que não hajam limites, porque eles existem e são saudáveis para
nós. Mas significa que temos ambientes absolutamente seguros para
que pessoas sejam quem são e expressem o que está no seu coração.
A mentalidade de liberdade é totalmente contrária à escravidão. Na es-
cravidão, o valor pessoal não existe, há apenas medo, punição e corren-
tes. Essa não é mais nossa realidade, somos pessoas livres.
Isso significa que, dentro do contexto de igreja, se lideramos alguém,
estamos liderando alguém livre. Esta pessoa é livre em seus pensamen-
tos, em suas decisões e posturas. É verdade que liderar uma pessoa livre
pode ser bem mais difícil do que controlá-la, mas este foi o exemplo
que Cristo nos deixou. Juntos, apontamos para Cristo e incentivamos
uns aos outros ao crescimento, mas, em última instância, a decisão é de
cada um. Isso levará a um discipulado focado em discípulos conscientes
de sua missão, maduros e capazes de tomar boas decisões.
O autor Danny Silk afirma, sobre isso:
As pessoas livres não podem viver juntas sem a honra; em contraparti-
da, a honra só pode ser usada com êxito entre pessoas poderosas que
tenham um verdadeiro senso de responsabilidade pessoal em preservar
a liberdade ao redor dela. Precisamos ser capazes de ser nós mesmos
nesta vida e comunidade, juntos.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
54
VIVENDO A CULTURA DA _________________
Cremos que entender o que significa a honra como um valor do Reino
de Deus transforma por completo todas as esferas de nossas vidas. A
honra edifica casamentos, orienta a criação de filhos, constrói amizades
verdadeiras e duráveis, estabelece relacionamentos entre líderes e lide-
rados que são frutíferos, impacta cidades e ganha pessoas para Jesus.
Relacionarmo-nos com honra reflete a natureza de nosso Rei Jesus.
O mundo precisa urgentemente que o povo de Deus ame uns aos ou-
tros verdadeiramente, com honra e liberdade. Jesus afirmou: “Com isso
todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns
aos outros” (João 13.35).
Algo poderoso acontece quando colocamos isso em prática, pela fé e
obediência. Tornamo-nos mais parecidos com o Pai quando decidimos
viver a honra como uma prática, uma visão de mundo e uma cultura.
Lembre-se: a vida flui através da honra.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 55
5. PRINCÍPIO
DA GENEROSIDADE
A medida da vida não é a sua duração, mas a sua doação.
Peter Drucker
Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso,
muito paciente, rico em amor e em fidelidade. Tu és bondoso e
perdoador, Senhor, rico em graça para com todos os que te invocam.
Salmo 86.15 e 5
Deus é amor! Nele está toda essência da generosidade divina; tudo é
motivado por amor ágape. Por isso Deus não desiste de nós! Ele é um
doador obstinado e apaixonado. Ninguém consegue ganhar Dele, mas
Deus espera que todos nós busquemos imitá-Lo.
Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação...
1 Timóteo 6.17
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
56
Todo ato de amor e generosidade vêm de Deus. Satanás não dá nada a
ninguém, enquanto Deus deu e sempre dará tudo. Como Pai, Ele deseja
que Seus filhos sejam parecidos com Ele. Assim, toda vez que você doa
algo, torna-se mais parecido com Deus e menos com o inimigo.
DOAÇÃO É A ESSÊNCIA DA LINGUAGEM DE DEUS
Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e egoísmo, na
qual a generosidade parece ter cada vez menos espaço. De fato, esse é
um valor que vai na contramão da lógica e dos sistemas deste mundo e
caído no pecado. Contudo, a generosidade nasce do coração de Deus e
é isso que prevalecerá ao final de todas as coisas.
Todo cristão deveria ser conhecido e reconhecido mais por sua genero-
sidade do que por sua prosperidade. Pois a generosidade é uma virtude
dada por Deus, na qual alguém se dispõe a sacrificar seus próprios inte-
resses em benefício de outros.
Quando você dá, você se parece mais com Deus.
Rick Warren
Uma das maiores provas na vida de um cristão é a relação com o dinhei-
ro. O dinheiro é um teste de Deus para nós.
A forma como você lida com o dinheiro revela com destaque
quais são suas prioridades, suas lealdades e sua afeição.
Na verdade, isso está diretamente relacionado com muitas
das bênçãos de que você desfrutará (ou não) na vida.
Robert Morris (Livro Uma Vida Abençoada)
Foi Deus quem inventou os dízimos, as ofertas e as primícias. Por quê?
Porque dinheiro é o maior teste da nossa fé! Você não pode dar sua vida,
sem dar dos seus recursos! Isso não tem nada a ver com nossa condição
financeira, mas com nosso entendimento, nosso coração, nossa fé, nossa
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 57
obediência e nosso amor a Deus e Sua Palavra.
Na igreja primitiva era assim. Veja o testemunho de Paulo sobre os cris-
tãos da Macedônia:
No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a
extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade.
Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e
até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram
insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos.
2 Coríntios 8.2-4
Se você der das sobra, isso não é adoração, não é oferta, é esmola! E nunca
se esqueça, prosperidade vem de Deus para os seus filhos, não é pecado!
Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes
dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que
jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê.
Deuteronômio 8.18
Há uma passagem muito interessante em João 12.3-8 que nos ajuda a
entender mais sobre generosidade:
Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro,
derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E
a casa encheu-se com a fragrância do perfume. Mas um dos seus discí-
pulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: ‘Por
que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam
trezentos denários’. Ele não falou isso por se interessar pelos pobres,
mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costu-
mava tirar o que nela era colocado. Respondeu Jesus: ‘Deixe-a em paz;
que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês
sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão.’
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
58
Nesta história de Jesus em Betânia vemos duas questões importantes:
• Por que Maria deu um presente tão ________________________?
• Por que isso ______________________ tanto a Judas?
Existem dois corações citados aqui, o coração ________________________
e o coração _____________________.
O que revela a intenção de cada coração aqui é uma coisa, dar. E é
muito importante que você se pergunte nesse momento: sou uma pes-
soa generosa?
Três princípios a respeito da generosidade:
1. O INIMIGO DA GENEROSIDADE É O _______________________
Pois onde há inveja e ambição egoísta,
aí há confusão e toda espécie de males.
Tiago 3.16
Todos nós nascemos egoístas, mas ao renascermos em Cristo, renascemos
generosos, pela renovação da nossa mente. Antes de Jesus escolhemos
a mágoa e a vingança, mas com Jesus, escolhemos o arrependimento e
o perdão! Sempre pense nos outros, e na dúvida dê o maior e o melhor!
É interessante que Jesus, como líder dos discípulos, escolheu Judas
para cuidar das ofertas. E Ele não o fez para que Judas fracassasse,
mas sim, para lhe dar uma chance de ser aprovado.
DEUS NOS ______________, ELE NUNCA NOS ______________!
Mas Ele testa nosso coração na área das finanças! Em Malaquias Deus
diz que aqueles que não entregam o dízimo roubam de Dele.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 59
Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão
me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’
Nos dízimos e nas ofertas.
Malaquias 3.8
Judas roubava da bolsa de ofertas, mas qual a diferença entre o que
Judas fazia, e o dinheiro que está em nossa conta bancária e deveria
estar sendo entregue?
Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com
pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.
2 Coríntios 9.7
O dizimo, como ato de adoração, para ser aceito em oferta sacrifical no
altar de Deus, pressupõe duas premissas básicas:
• Precisa ser o ___________________ a ser entregue
• Precisa ser dado com _________________
2. A REAL GENEROSIDADE É ___________________________
Os ímpios tomam emprestado e não devolvem,
mas os justos dão com generosidade.
Salmo 37.21
Nós sabemos disso, pois Deus é um Deus generoso e nos deu um pre-
sente extravagante, Seu Filho. E existem outros vários doadores extra-
vagantes nas escrituras. Segundo Robert Morris, autor do livro Uma Vida
Abençoada, a oferta de Davi ao templo seria o equivalente a 21 bilhões
de dólares na economia de hoje. E a viúva que deu duas moedas? Jesus
disse que foi uma oferta extravagante, então não se trata apenas do va-
lor, mas da atitude e do coração por trás do valor.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
60
Maria deu o equivalente a 300 denários. Cada denário é equivalente a
um dia de trabalho, e se trabalhasse 300 dias ao ano, a oferta de Maria
seria o equivalente a um ano inteiro de trabalho. Essa é uma oferta ex-
travagante para todos nós!
Agora uma pergunta, você seria capaz de ofertar a Deus uma quantida-
de que O impressionaria?
E não somente fizeram o que esperávamos,
mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao
Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.
2 Coríntios 8.5
O Antigo Testamento nos diz que Deus se alegra em você. Não é a quan-
tidade, é a atitude. É entrega do próprio coração! E não diga que Ele tem
seu coração se Ele não tem seu dinheiro, pois a Bíblia diz que onde está
o nosso tesouro, ali está nosso coração!
Existem 3 níveis de doações:
a) Dízimos
b) Ofertas
c) Oferta extravagante
Muitos cristãos não têm vivido nenhum desses níveis. As pessoas ten-
tam designar os 10%, mas não se pode fazer isso, pois não as pertence.
Apenas 5% a 7% dos cristãos dão os dízimos como deveriam nos Esta-
dos Unidos.
Mas assim que atingimos o primeiro nível, os outros são liberados, pois
ao entregar o dízimo com fidelidade, as portas dos Céus são abertas em
nossa vida e atingir os outros dois fica muito mais natural.
3. EXISTE RECOMPENSA NA ____________________________
Quem recebe um profeta, porque ele é profeta, receberá
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 61
a recompensa de profeta, e quem recebe um justo, porque
ele é justo, receberá a recompensa de justo.
Mateus 10.41
Por elas o teu servo é advertido;
há grande recompensa em obedecer-lhes.
Salmo 19.11
A história que lemos em João 12 também está em Mateus e Marcos, va-
mos ver um versículo:
Eu asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo
o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória.
Marcos 14.9
A memória do generoso é lembrada e honrada, a memória dos avaren-
tos é esquecida e ignorada. A mulher dessa passagem foi recompensa-
da, Jesus disse que ela seria lembrada onde quer que o evangelho che-
gasse, ela não recebeu sua recompensa ali na hora, pelo contrário, ela só
foi generosa em doar.
Voltando a pergunta inicial, por que Judas ficou tão chateado?
Resposta: Ele era egoísta, roubava de Deus!
A generosidade dos doadores, ofende e
irrita a avareza dos que roubam ao senhor!
Quanto a segunda pergunta, porque Maria deu um presente tão generoso?
Reposta: Porque ela era grata! Porque dois meses antes disso, seu irmão
Lázaro foi ressuscitado.
Pessoas com o coração grato são _______________________!
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
62
E indo um pouco além de um parente ressuscitado, todos vocês que
aqui estão, foram ressuscitados por Jesus. Efésios diz que estávamos
mortos em nossas transgressões e pecados e Ele nos trouxe à vida.
Mas entenda que Maria não veio com a intenção de ser recompensada,
mas Deus a recompensou, pois Deus sempre recompensa a generosidade.
E uma das definições de generosidade é: Dar sem esperar nada em troca.
Egoísmo é quando se dá algo e pensa que Deus lhe deve alguma coisa.
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima preci-
sa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Hebreu 11.6
A origem da palavra grega para recompensa no verso acima aparece uma
única vez na Bíblia e é no Novo Testamento. Ela é a única que possui uma
variação na última sílaba, que transforma o sentido da palavra de “pagar
o que se deve” para “recompensar com extravagância.”
Deus não recompensa a _____________________,
mas recompensa a ___________________ do coração.
Guarde algo para sempre:
Deus o recompensá, porque Ele decidiu o recompensar,
é da natureza Dele recompensar as pessoas.
Existe um fator mais profundo do que esse. Deus cuida de nossas fi-
nanças, mas Ele diz em Gênesis que Ele seria nossa recompensa, então
é algo que se expande para todos os níveis da sua vida. Deus é um
Deus de favor e graça.
Quem não honra a ______________________, premia o _________________!
O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pou-
co; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’
Mateus 25.23
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 63
6. CULTURA DA
IGREJA DA CIDADE
Esses homens que têm causado alvoroço
por todo o mundo, agora chegaram aqui.
1 Coríntios 12.4-6
Uma igreja não deve ser reconhecida, somente
pelo número de pessoas sentadas em suas celebrações,
mas pelo número de discípulos enviados para a missão.
Rick Warren
A Igreja tem uma origem divina e um propósito sobrenatural. Aos nos
posicionarmos no mundo, servimos e amamos pessoas de uma forma
como nenhuma outra instituição na Terra faz. As palavras de Jesus fo-
ram claras a Pedro: “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la”
(Mateus 16.18).
Jesus não estabeleceu tamanha dimensão de poder e influência em ne-
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
64
nhuma outra organização. Não mencionou qualquer autoridade pareci-
da sobre uma cidade, partido político, instituição ou grupo de pessoas
– apenas sobre a Sua Igreja. Sua promessa persiste, mais de dois mil
anos após ter dito essas palavras, somos esta Igreja e, de fato, as portas
do inferno não prevalecem sobre ela. Somos o movimento de um Deus
vivo e verdadeiro.
Temos um propósito divino de “soprar ao mundo” a atmosfera dos Céus:
nas famílias, na fé, na educação, na política, na mídia, nas artes e na eco-
nomia. Como afirmou G.K. Chesterton, “não queremos, como dizem os
jornais, uma igreja que se moverá com o mundo. Queremos uma igreja
que moverá o mundo.”
A Igreja está no mundo por uma questão funcional e temporária. Em
essência, ela pertence ao Céu. Aqui, ela é uma força em movimento e
ultrapassa estrutura, prédio, nome ou denominação. A igreja não é sobre
isso – tais aspectos são apenas meios para seu fim maior.
Não somos salvos apenas para ir para o Céu,
mas para trazer a cultura do Céu e transformar a Terra.
NOSSA HISTÓRIA
A Igreja da Cidade em São José dos Campos nasceu em 1942, como
Igreja Evangélica Batista de São José dos Campos. Um tempo depois
mudou para Igreja Batista da Praça Kennedy e, em 1982, passou a cha-
mar-se Primeira Igreja Batista em São José dos Campos. Assim como
mudou de nome também mudou algumas vezes de endereço. Ao todo
foram cinco vezes. Hoje, temos vários pontos de presença da igreja em
diferentes lugares de São José dos Campos, em várias outras cidades da
região e outros estados do Brasil. Preparamo-nos para expandir ainda
mais, e, em breve, estaremos em mais cidades.
O Campus Colina é a nossa plataforma de preparo e envio para estas
novas igrejas. Mais do que nunca, é muito perceptível que vivemos um
novo tempo de Deus que nos encaminha a uma nova realidade e para
continuarmos sendo uma igreja saudável, balizada pelos propósitos bí-
blicos, crescente, multiplicadora, perseverante em Jesus, renovada em
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 65
sua estrutura, contextualizada em sua comunicação, pastoreada por
uma Rede de Células e guiada pelo Espírito Santo.
Quando adquirimos a área em que hoje está o Campus Colina, em 2004,
não havia nada além de um campo vazio, em um local afastado da cida-
de, sem acesso próprio, estrada, água ou luz. Em milagres caminhamos
e edificamos nosso campus, com fidelidade e doação de discípulos ex-
traordinários. Em 2012 mudamos para Colina. Nesse movimento reali-
zamos a “Marcha da Conquista”, milhares de pessoas saíram da antiga
sede e marcharam pela cidade até o Campus Colina onde a igreja cele-
brou mais uma grande vitória.
Nossa mudança e crescimento refletem nosso movimento, nossa evolu-
ção e nosso dinamismo. Como os romanos diziam: “Tempora mutantur
et nos, mutamur in illis”, ou seja, “Os tempos mudam e nós mudamos
com eles.” Não mudamos nossa visão, missão, valores e princípios, mas
constantemente mudamos técnicas, estratégias, processos, nomes e
lugares, revelando assim o nosso diálogo com o momento da história.
Somos chamados para ser a história. O que nunca mudará é a Palavra
de Deus. “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais pas-
sarão” (Lucas 21.33). E também a nossa fé em Jesus Cristo, pois cremos
no que está escrito, em Hebreus 13.8: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem,
hoje e para sempre”.
Seguimos também uma tendência global. Em especial na Europa e Es-
tados Unidos, as igrejas históricas, muitas delas batistas, estão vivendo
um novo momento. Estas igrejas estão mudando de nome e expandindo
sua influência com a abertura de novos campi e igrejas.
Como nosso nome anterior era PIB (Primeira Igreja Batista) e outras
igrejas em diferentes cidades usam este nome, precisávamos de um
nome que refletisse a visão da nossa igreja e assim em 2015, nasceu a
Igreja da Cidade. Há alguns anos temos usado este nome para nossas
outras igrejas e vimos que era o tempo de unificar esta informação para
nosso povo e para a sociedade em geral.
De fato, nosso nome traz consigo o que enxergamos como missão apos-
tólica; desejamos ganhar todas as pessoas para Jesus e fazer de pessoas
comuns, extraordinários discípulos de Cristo, promovendo transforma-
ção da cidade e abençoá-las, a partir de nosso contexto de igreja local,
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
66
seguindo até as nações da Terra e alcançando todos os povos.
Permanecemos ligados à Convenção Batista Brasileira e aliados com as
igrejas coirmãs. Contudo, entendemos que nosso maior compromisso
é com a direção do Espírito Santo. Nosso orgulho não é ser uma Igreja
Batista ou ser da Igreja da Cidade em São José dos Campos.
Nosso maior orgulho é ser Igreja de Jesus Cristo, o Senhor!
Seguimos na direção mais importante, que é cumprir a Grande Comis-
são (Mateus 28.19-20) e viver o Grande Mandamento (Marcos 12.30-31)
de nosso Senhor Jesus Cristo até a Sua volta.
Assim sabemos que todas as demais questões são apenas meios e, por
isso, periodicamente, passamos por processos de ajustes e reajustes.
Contudo, seguimos prioritariamente cumprido o chamado e obedecen-
do ao Espírito e à Palavra de Deus, sabendo que Jesus nunca disse que
seria fácil, mas Ele disse “… eu estarei sempre com vocês, até o fim dos
tempos” (Mateus 28.20).
VISÃO, MISSÃO E VALORES DA IGREJA DA CIDADE
• Visão: Ganhar todas as pessoas para Jesus.
• Missão: Transformar pessoas comuns em extraordinários discípulos
de Jesus.
• Valores: Somos uma igreja que crê e vive a Palavra de Deus em amor, in-
cluindo pessoas na família do Céu e trazendo o sobrenatural à Terra em to-
das as áreas do viver, de modo, contextualizado, excelente e transparente.
CULTURA E PROPÓSITOS DA IGREJA DA CIDADE
• Cultura: Ser uma igreja família, pastoreada por uma rede de células sob
os princípios dos cinco dons de governo.
• Propósitos: Ser uma igreja bíblica dirigida pelos propósitos de Jesus:
Missões, Adoração, Serviço, Comunhão e Discipulado.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 67
AÇÃO TRIDIMENSIONAL DA IGREJA
• Dimensão __________________________
Paulo orientando ao seu discípulo, filho na fé, Tito:
A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que
você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse
presbíteros em cada cidade, como eu o instruí.
Tito 1.5
A igreja se manifesta apostólica, quando:
• Abre caminhos;
• Envia novos discípulos;
• Ensina;
• Prega;
• Batiza;
• Abre novas igrejas, até os confins da terra!
Nesta esfera acontece:
• A expansão missionária;
• Evangelismo;
• Plantação de novas igrejas.
Na dimensão apostólica a igreja RECEBE + PREPARA = ______________!
• Dimensão ______________________
Pedro pregando em Jerusalém: Arrependam-se, pois, e
voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados.
Atos 3.19
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
68
A igreja se manifesta profética, para:
• Proclamar o Reino;
• Trazer a consciência do juízo sobre o pecado em ambiente de graça;
• Levar o povo ao arrependimento;
• Promover mudança de vida!
Nesta esfera acontece:
• A ativação do sobrenatural como estilo de vida!
Na dimensão profética a igreja RECEBE + REFINA = EMPODERA!
• Dimensão Pastoral
Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencréia.
Romanos 16.1
A Igreja se manifesta pastoral para:
• Cuidar das pessoas;
• Cuidar das famílias;
• Cuidar da sociedade;
• Gerar saúde e equilíbrio;
• Gerar dons de serviço disponibilizados pelo Espírito Santo para saúde
do Corpo!
Nesta esfera acontece:
• O ministério e cuidado pastoral;
• O ambiente de transformação;
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 69
• O desenvolvimento das pessoas;
• Células;
• Discipulado;
• Alcance de casa em casa.
Na dimensão pastoral RECEBE + DESENVOLVE = __________________!
Nosso modelo, nossa inspiração é Jesus!
Aquele que afirma que permanece nele,
deve andar como ele andou.
1 João 2.6
NOSSO JEITO DE SER IGREJA
Toda igreja saudável e crescente possui princípios que são fundamentos
para sua ação. Para nós como igreja, tais princípios são conseqüência
da visão que Deus nos deu. Vejamos alguns princípios da Igreja da Cida-
de, em sua maioria, descritos mais detalhadamente no livro “Igrejas que
Prevalecem” do nosso pastor Carlito Paes.
1. __________________ a instrução dada por Deus: “Somente seja forte e
muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu ser-
vo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para
a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar”
(Josué 1.7).
2. Ter uma __________________vibrante e positiva no ministério: “Vocês
sairão em júbilo e serão conduzidos em paz; os montes e colinas irrom-
perão em canto diante de vocês, e todas as árvores do campo baterão
palmas” (Isaías 55.12).
3. Preparar líderes ______________ para liderar com excelência: “se é
exercer liderança, que a exerça com zelo” (Romanos 12.8).
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
70
4. _________________________ ainda mais ações pelo Reino de Deus: “So-
mente temam o Senhor e o sirvam fielmente de todo o coração; e con-
siderem as grandes coisas que ele tem feito por vocês” (1 Samuel 12.24).
5. Ser _________________ pelo Espírito Santo: “A igreja passava por um
período de paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela se edificava e,
encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número, vivendo no temor do
Senhor” (Atos 9.31).
6. Viver a __________________ de uma comunidade viva e autônoma: “à
igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e
chamados para serem santos” (1 Coríntios 1.2).
7. ___________________ em novas gerações para o ministério: ”Com o fim
de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de
Cristo seja edificado” (Efésios 4.12).
8. __________________ nossa rede de pastoreio em células: “Partiam o
pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e
sinceridade de coração” (Atos 2.46).
9. Investir e tirar grande proveito da ______________: “Escreva claramen-
te a visão em tabuinhas, para que se leia facilmente” (Habacuque 2.2).
10. _____________novas igrejas pelo Brasil e pelo mundo: “Portanto, vão e fa-
çam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei.
E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.19,20).
CONCLUSÃO
Somos flechas inflamadas, rumo ao nosso destino profético. Até que
existam pessoas sem Jesus, a Igreja da Cidade continuará atuando para
trazer filhos e filhas a real identidade e à família de fé. Este é o chama-
do apostólico, profético e pastoral da igreja-família que nos inspira a
prosseguir. Deus nos chamou e comissionou para impactar o mundo
com a realidade dos Céus e nada pode nos deter. Já vencemos!
Carlito Paes
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 71
7. 30 semanas
Existem três dimensões nas quais o ser humano se relaciona, um tri-
pé que sustenta sua saúde emocional e revela sua condição espiritual.
São eles: o seu relacionamento com Deus, o seu relacionamento consigo
mesmo e o seu relacionamento com outras pessoas.
O QUE É O PROGRAMA?
O 30 Semanas é um programa de princípios terapêuticos de tratamen-
tos emocionais e crescimento espiritual fundamentado em verdades bí-
blicas e ensinamentos de Jesus.
O programa é voltado à restauração desses relacionamentos por meio
de um processo baseado em princípios terapêuticos de grupo com apli-
cações de ensinos bíblicos, buscando em Jesus os caminhos possíveis
e decisões necessárias para plena restauração dos relacionamentos.
Como ministério, o programa teve início em nossa Igreja em 2005.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
72
QUAL O OBJETIVO DO PROGRAMA?
Restaurar seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com o pró-
ximo, superando todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos.
Se comparássemos nossos problemas emocionais com uma árvore, ve-
ríamos que a orfandade é a raiz de todos os males emocionais. O tronco
dessa árvore seria a rejeição e os grandes galhos seriam as compensa-
ções, tais como codependência, religiosidade, desvios de sexualidade
e vícios. Destes galhos maiores, surgem outros menores, com outras
proporções de compensação: compulsão, ira, perfeccionismo, procrasti-
nação entre outros. Cada uma dessas compensações serve de válvulas
de escape e substituição para as dores e traumas emocionais.
Isso tudo acontece por conta dos bloqueadores que impedem a pa-
ternidade de Deus de fluir sobre nossa vida. Podem ser eles: abusos,
traumas, nossas escolhas erradas e/ou escolhas erradas de outros que
recaíram sobre nós.
A ferramenta 30 Semanas nos guia, através do Espírito Santo a identifi-
car e remover esses bloqueadores para que a paternidade de Deus pos-
sa fluir em nossa vida, assim, viveremos a aceitação como filhos amados
de Deus, e isso gerará em nós os frutos do Espírito: amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio pró-
prio! (Gálatas 5.22-23).
VISÃO: Ver todas as pessoas vivendo de forma saudável e equilibrada
em seus relacionamentos, com Deus, consigo mesmas e com os outros.
MISSÃO: Sensibilizar e encorajar as pessoas para o crescimento espiri-
tual e emocional, oferecendo um ambiente seguro em que as mesmas
possam experimentar da graça curadora de Jesus, livrando-se assim de
todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos.
VALORES:
• Dependência de Deus;
• Autenticidade nos relacionamentos;
• Responsabilidade pessoal;
• Encorajamento diário;
• Auto avaliação continua;
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 73
Desde muito cedo, somos apresentados a figuras imponentes e imbatí-
veis: os super-heróis. Mesmo sem se dar conta, muitas pessoas desejam
ou fingem ser uma espécie de Super-homem ou Mulher Maravilha, com
força e recursos suficientes para vencer problemas de diversos tipos...
Isso acontece, sobretudo com as questões de ordem emocional, que
revelam quanto somos frágeis e vulneráveis. Para muitas pessoas, é di-
fícil sustentar sua própria humanidade, pois carregam consigo traumas,
medos, insatisfações e sentimentos de inutilidade, uma sensação ter-
rível de que não conseguirão ir muito longe na vida... E muitos desses
problemas foram causados por pessoas bem próximas: pais, amigos,
professores, cônjuge entre outros, que teceram uma corrente de inse-
gurança e de incerteza quanto à vida, conduzindo-as a atitudes auto-
destrutivas. A boa notícia: tudo isso tem cura!
Stormie Omartian - Livro O segredo da vida abundante
A mesma força que você tem aplicado em sua ________,
pode ser aplicada em sua ___________.
QUEM DEVE PARTICIPAR?
O 30 Semanas destina-se a ____________________________________________
restaurar seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com o pró-
ximo, superando todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos. A
Partir dos 4 anos de idade, o programa conta com versões contextua-
lizadas para diferentes faixas etárias: jovens, adolescentes, juniores e
crianças, seguindo o mesmo calendário de 30 Semanas.
Tudo sobre o que você não pode falar
já está fora de controle em sua vida!
COMO ELE ACONTECE?
O programa é estruturado em quatro grandes pilares:
O primeiro deles é a __________________________ por meio de um encon-
tro chamado de grande celebração ou grande grupo. Neste encontro, o
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA
74
participante absorve conteúdo de forma reflexiva por meio de momen-
tos, como canções, testemunho e mensagem, escolhidos e preparados
especialmente para cada tema tratado.
O segundo pilar é o _____________________________, separado por tema e
com até 15 pessoas. Cada grupo tem um líder que dará as orientações
sobre a dinâmica do encontro. Cada participante, a começar pelo líder
do grupo, partilhará por 3 a 5 minutos sobre emoções vividas. Ele po-
derá falar sobre qualquer época de sua vida, do tema tratado ou outro
assunto que o tem incomodado, inclusive experiências vividas naquele
mesmo dia. Com isso, cada participante usará este momento para desa-
bafar, e isso se tornará uma válvula de alívio e autoconhecimento. Quer
seja através de sua partilha ou da partilha de outros participantes, cada
participante é levado a aprender a controlar suas emoções.
O terceiro pilar é a ____________________________________________. Durante
o programa, o participante é direcionado a se recordar de fatos, pessoas e
sentimentos com os quais possivelmente identificará a origem de traumas
e desvios de caráter. Durante cada mensagem, o participante responderá
algumas perguntas elaboradas especialmente para direcioná-lo a registrar
lembranças de sua história de vida. Com este registro, o participante é dire-
cionado a identificar fatos, pessoas e sentimentos para trabalhar o perdão.
O quarto pilar, trata do ________________________________ dos erros, pe-
didos e liberações de perdão, reparações e compartilhamento de suas
conquistas. Cada participante fará um “passeio” por sua vida, uma linda
viagem de restauração de relacionamentos com Deus, consigo mesmo
e com as pessoas à sua volta.
A cada decisão, o programa mostrará que cada um de nós tem a pos-
sibilidade de viver uma nova e melhor versão de si mesmo. Somos en-
corajados a ver que não podemos mudar o mundo ou as pessoas, mas
podemos mudar muito em nós mesmos. Somos também direcionados
a aceitar que coisas ruins acontecem com pessoas boas e que, se en-
tregarmos nossa vida ao senhorio de Jesus, Ele nos ajudará a cada dia
sermos mais felizes e prósperos em todas as áreas de nossas vidas.
ÁREAS DE RECUPERAÇÃO: Compulsão, Sexualidade, Codependência, Ira,
Baixa autoestima, Dependência química, Procrastinação, Rejeição, Religio-
sidade, Luto/Perdas, Pânico/Medo/Depressão, Ansiedade entre outros.
CULTURA DA IGREJA

CULTURA DA IGREJA 75
APOIO E ENGAJAMENTO DA IGREJA:
Quase toda nossa equipe pastoral e ministerial já participou ou está par-
ticipando do Ministério 30 Semanas.
Isto torna a igreja um local seguro e adequado para tratar feridas, trau-
mas, abusos, maus hábitos e vícios.
Muitos de nossos pastores e ministros lideram grupos de apoio no Minis-
tério 30 Semanas.
OITO DECISÕES PARA MUDAR A SUA VIDA:
1ª decisão - Admitir: “_______________________________”
Enquanto escondi os meus pecados,
o meu corpo definhava de tanto gemer.
Salmo 32.3
Quem esconde os seus pecados não prospera,
mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.
Provérbios 28.13
Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos
de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
1 João 1.10
1ª decisão: ADMITIR
● Admito que preciso restaurar meus relacionamentos;
● Admito que preciso de um confidente;
● Admito que já passei pelos três estágios da negação;
● Admito as minhas compensações.
2ª decisão – Confiar: “_____________________________”
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e
confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que
permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
1 João 4.16
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  • 3. Curso Cultura da Igreja © 2019 Editora Inspire 1ª Edição: Janeiro de 2019 4ª Reimpressão: Janeiro de 2020 Todos os direitos reservados. Todas as citações bíblicas foram extraídas da Nova Versão Internacional (NVI), salvo indicação em contrário. Ne- nhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, distribuída ou transmitida sob qualquer forma ou meio, ou armazenada em base de dados ou sistema de recuperação sem a autorização prévia por escrito da Editora Inspire. Coordenação editorial: Mariana C. Madaleno Supervisão editorial: Viviane L. Rabello Organizador: Yan Lima Capa: BZL Studio Projeto Gráfico e Diagramação: Felipe Cavalcanti Impressão: Vita Gráfica Rua Euclides Miragaia, 548, São José dos Campos – SP. CEP 12245-820 www.editorainspire.com.br
  • 4. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 15 1. CULTURA DO REINO Por onde forem, preguem esta mensagem: O Reino dos céus está próximo. Mateus 10.7 Somos parte do Reino de Deus! É necessário que abracemos esta ver- dade, antes mesmo de considerarmos a cultura de nossa igreja local. Acima de tudo, estamos dentro da cultura do Reino. O Reino de Deus pode ser entendido como aquilo sobre o que Deus tem o domínio. O tema esteve no centro da pregação de Jesus em Seu ministério na Terra. Certa vez, Jesus afirmou: “O Reino de Deus não vem de modo visível” (Lucas 17.20). De fato, o Reino de Deus não é similar a reinos humanos, falhos e perecíveis. Somos desafiados a viver dentro da realidade deste Reino que não é conhecido com olhos naturais, mas que é eterno e ina- balável. Nosso alvo é trazer o Reino de Deus para nossas vidas na Terra. Em Cristo, pertencemos a este Reino, como lemos em Apocalipse 5.10: “Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra.” Se somos parte deste Reino, então nossos valores, cos-
  • 5. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 16 movisão, hábitos e comportamentos – enfim, nossa cultura – precisam ser coerentes com ele. A verdade é que somos o povo do Reino de Deus, o que atribui a nós realeza e responsabilidades espirituais. Este entendimento deve ter um lugar de primazia em nossas vidas, deve ocupar o primeiro lugar: “Busquem, pois, o Reino de Deus, e essas coisas lhes serão acrescentadas” (Lucas 12.31). O CÉU É O MODELO Como é a cultura deste Reino? Se o Reino é dos Céus, então é o modo de pensar e viver do Céu que determina a nossa cultura como discípulos de Cristo. Neste mundo, somos como Ele, como lemos em 1 João 4.17. Assim como Jesus, somos “gente”, com nossos desafios e limitações; porém, vivemos com a mente voltada para o Céu, para o que o Pai de- seja de nós. Temos um chamado a cumprir, sempre capacitados pelo Espírito Santo. Os valores da Terra nos levam para baixo: consumismo, egoísmo, hedo- nismo e ganância são alguns deles. Porém, quando o Céu é a nossa fonte e modelo, somos levados para cima! Viver com a cultura do Céu é estar em constante crescimento, sendo aperfeiçoados no amor e focados em nossa missão na Terra. UMA IDENTIDADE REAL Entender nossa nova identidade como filhos de Deus é o primeiro pas- so para vivermos a cultura dos Céus. Lembre-se: você foi criado para ser real. De fato, deixamos de ser miseráveis e pedintes, vazios por dentro, para nos tornarmos príncipes. Como lemos: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9). Somos filhos de Deus e herdeiros de um Reino: “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória” (Romanos 8.17). A igreja, portanto, é um ambiente para vencer a orfandade e para, definitivamente, entender a paternidade que
  • 6. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 17 Deus estende sobre nossas vidas. Por isso, cremos que a igreja, uma comunidade dos filhos do Reino, é um ambiente de graça e honra. Um lugar que eleva, inspira e impulsio- na pessoas. Cremos que a cultura do Reino é sobre encontrar esta identidade e aju- dar os outros a fazerem o mesmo. Você nunca poderá ajudar aos outros se não souber quem de fato você é. Dentro da perspectiva do Reino, somos chamados a, como o profeta Samuel, encontrarmos a realeza na vida de outros. A graça na cultura do Reino, não só cura o nosso passado, como também nos lança em nosso destino divino. A cultura dos céus é uma cultura de honra. Ela traz cura, restauração, alegria, paz, esperança e santidade. Viver o Céu na Terra tem a ver com viver esta cultura em nosso dia-a-dia, a partir de nossa família de fé. O que a cultura do Reino promove? Quando Jesus ensina Seus discípu- los a orar, como relatado no evangelho de Mateus, Ele traz ensinamentos profundos sobre a cultura do Reino. Veremos alguns deles a seguir. Para viver a cultura do Reino… 1. ACESSE A __________________________ DIVINA. Jesus orou em Mateus 6.9: “Pai nosso, que estás nos céus!”. Há algo poderoso nesta afirmação. Nosso Deus, por meio do Seu Filho, coloca diante de nós algo completamente diferente do que qualquer re- ligião pagã jamais havia proposto. A relação entre o divino e o humano retratada pelas religiões desde os tempos antigos é marcada por medo, hostilidade e distanciamento. No entanto, Jesus estabelece um novo pa- radigma: a relação entre Pai e filho. É o que lemos no evangelho de João: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.12). A cultura do Reino está embasada no fato de que Deus é o nosso Pai. Ele é bom em todo o tempo e tem as melhores intenções para nós. Não é um Deus rabugento e julgador, mas amoroso e compassivo. Deus é bom,
  • 7. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 18 e está de bom humor! O Reino é sobre viver a paternidade divina plenamente, entendendo nossa identidade como filhos. Esta verdade impacta cada aspecto de nossa vida. Para viver a cultura do Reino… 2. ______________ O NOME DO SENHOR COM A SUA VIDA. Em Sua famosa oração, Jesus afirmou sobre Seu Pai: “Santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9b). Esta foi uma declaração de exaltação e honra a Ele. Quem vive a cultura do Reino constantemente honra o nome do Senhor. Infelizmente, foram muitas as vezes em que o nome do Senhor foi des- prezado, difamado, desonrado e escarnecido no mundo, desde o prin- cípio dos tempos, até hoje. Os discípulos de Cristo, contudo, honram o nome do Senhor com suas palavras e ações. Santificar o nome do Senhor sobre a Terra é algo muito prático, porque tem a ver com nossas decisões, relacionamentos e palavras. A honra ao nome de Deus produz um estilo de vida honrado! Pessoas que vivem a cultura do Reino, santificando o nome do Senhor, não vivem em murmu- ração. Não vivem focados naquilo que falta. Pelo contrário, vivem com uma perspectiva de abundância. Os adoradores – aqueles que honram o nome do Pai – estão sempre de tanque cheio, mas os murmuradores andam de tanque vazio. Para viver a cultura do Reino… 3. ESTABELEÇA O _________________________ COMO PRIORIDADE. Quando Jesus ensinou a oração conhecida como Pai Nosso, Ele disse cla- ramente quais são as prioridades do Reino. Como lemos: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10). Quem vive a cultura do Reino coloca a vontade do Pai acima de suas próprias vontades pessoais. A vontade do Pai prevalece sobre a von- tade do mundo, e sob esta perspectiva, as prioridades de vida vão sendo restabelecidas.
  • 8. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 19 Sabemos que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Romanos 12.2), ao passo que nossas vontades, não. Irremediavelmente, erraremos quando tomarmos decisões baseadas inteiramente em nosso ponto de vista, emoções e julgamentos. Jesus afirmou sobre a prioridade do Rei- no de Deus: Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal. Mateus 6.33-34 Ao priorizarmos o Reino de Deus, todas as demais coisas nos serão acres- centadas. Essa promessa nos enche de paz e nos dá direcionamento. Po- demos andar em oração, confiança e descanso. Não precisamos priorizar nossas preocupações, mas a vontade de Deus para a nossas vidas. Para viver a cultura do Reino… 4. TENHA UMA VIDA DE __________________________. Quando Jesus ensina a orar, “dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Ma- teus 6.11), há um princípio importante do Reino dos Céus. Podemos e devemos orar a Deus diariamente, incluindo nessas orações pedidos por nossas necessidades básicas e também pelas especiais. A cultura do Reino é sobre conexões, e esta conexão é estabelecida e alimentada por meio da oração. Ao desenvolvermos uma vida de oração diária, escolhemos entregar o controle a quem realmente pode controlar tudo. O Reino não é sobre manipulação, mas sobre entregas e confiança sólida no caráter do Pai. Homens de Deus como Daniel viveram esta cultura de forma muito sig- nificativa. Lemos que Daniel, em terra estrangeira, escolheu dedicar a Deus períodos de oração três vezes ao dia: “E ali fez o que costumava fazer: três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus” (Daniel 6.10).
  • 9. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 20 Nossa vida de oração inclui: 1. Orar no Espírito (Efésios 6.18 e Judas 1.20) 2. Orar continuamente (1 Tessalonicenses 5.17) 3. Orar em todos os lugares (1 Timóteo 2.8) Jesus também trouxe ensinamentos fundamentais sobre a vida cristã e a oração, antes mesmo de ensinar a oração conhecida como Pai Nosso: a. Não usar a oração para manter a religiosidade: “E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sin- agogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros” (Mateus 6.5). b. Não orar em vão:“E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito fala- rem serão ouvidos” (Mateus 6.7). c. Direcionar a oração à pessoa certa:“Pai nosso, que estás nos céus!” (Mateus 6.9). d. Buscar um relacionamento pessoal com Deus pela oração: “Mas quan- do você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6.6). Para viver a cultura do Reino… 5. __________________EM TODO TEMPO. Jesus ensinou-nos a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como per- doamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12). Deus é perdoador, e a cultura do Reino está profundamente enraizada no perdão. Enquanto estivermos na Terra, devemos sempre estar prontos para perdoar. O fato é que pessoas podem dever a você, e não necessariamente dinheiro. Elas podem dever gratidão, reconhecimento, justiça, honra ou respeito. Elas podem nos ferir grandemente. Independentemente da situação, somos chamados a perdoar, ainda que isso inclua renúncias pessoais e entregas.
  • 10. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 21 O evangelho de Lucas, que também registra a oração do Pai Nosso, traz o texto da seguinte forma: “Perdoa-nos os nossos pecados, pois tam- bém perdoamos a todos os que nos devem” (Lucas 11.4). Isso porque a dívida é um pecado, assim como o pecado é uma dívida. Ou seja, se você deve a alguém, você está em pecado. E se você está em pecado, certamente está devendo algo a alguém. Somos chamados a reparar nossas dívidas, bem como aceitar a repara- ção de outros. Devemos nos esforçar para viver em paz com todas as pessoas (Hebreus 12.14). Faremos isso quantas vezes forem necessárias (Mateus 18.21-22), pois o perdão é sobre andarmos livres de amarras com outros. O Reino é sobre verdadeira liberdade e, por isso, é também um Reino de perdão. Para viver a cultura do Reino… 6. FAÇA DA __________________________UM ESTILO DE VIDA. A oração de Jesus traz ainda: “E não nos deixes cair em tentação” (Ma- teus 6.13a). Enquanto estivermos na Terra, estaremos suscetíveis à ten- tação. Nossa carne não melhorará enquanto estivermos nesta existência terrena, e é certo que nosso inimigo não desistirá de nos atacar. Precisamos desta consciência. Como Jesus afirmou no Getsêmani: “Vi- giem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41). Não importa há quantos anos você é um crente em Jesus ou o quão forte é a sua força de vontade. Precisamos estar vigilantes, pois a única coisa que precisamos para cair é estarmos em pé (1 Coríntios 10.12). Cuide de sua saúde física e de suas emoções. Cuide de si mesmo e da sua família, cuide de seus caminhos e combata o pecado. Talvez uma das armas mais poderosas para nos mantermos desta forma é a satisfação que temos em Jesus. A verdadeira santidade nos satisfaz e fortalece. Quando estamos esfomeados em nossa alma, no entanto, seremos muito mais propensos a pecar em troca de qualquer coisa. Somente os satisfeitos são seletivos.
  • 11. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 22 Para viver a cultura do Reino… 7. TENHA UMA ATITUDE _______________________. Jesus afirmou: “... mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13a). É fato que o mal está presente no mundo em que estamos. No entanto, aqueles que são do Reino não são passivos diante desta realidade. Sabemos que somos embaixadores do Pai nesta Terra: “Somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus” (2 Coríntios 5.20). Não vivemos neste mundo tomados pelo medo do mal que nos cerca, mas com um senso de missão e uma certeza do cuidado de Deus. So- mos, assim, cheios de ousadia. Como o escritor inglês William Shakes- peare escreveu: “os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.” O mal do mundo crescerá, mas nós persistiremos em nosso chamado e identidade, sabendo que nossos nomes estão escritos no livro da vida (Apocalipse 13.8). Sabemos que o Reino será plenamente estabelecido em seu devido tempo – e nesta perspectiva avançaremos. Para viver a cultura do Reino… 8. DESENVOLVA UMA CULTURA __________________________. Jesus conclui Sua oração fazendo uma declaração poderosa acerca da natureza do Reino de Deus, de acordo com quem a Ele pertence: “Por- que teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mateus 6.13b). O Reino dos Céus não é deste mundo. Ele pertence a Deus, é sobrenatural e estabelece uma cultura sobrenatural. Como cidadãos do Reino, nossas prioridades são as prioridades dos Céus e nosso foco é a presença de Deus na Terra. Cremos que este é o desejo do Pai para nós. Um estilo de vida sobrenatural vive além das impossibilidades terrenas. Cre- mos que o Espírito Santo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele deseja aben- çoar pessoas por meio de seu agir, sinais e maravilhas, revelando a glória de Deus. Como lemos no evangelho de Marcos: “Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando- lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam” (Marcos 16.20).
  • 12. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 23 A cultura sobrenatural do Reino de Deus traz chaves para a conquista de cidades e direciona pessoas para os braços do Pai. Um estilo de vida sobrenatural é aquele que expõe o pecado e leva à nova vida, gera san- tidade e temor. Estes sinais validam nossa identidade de filhos de Deus. Vivenciar esta realidade passa por crer, aplicar fé e buscar na Palavra a autoridade no Senhor. Temos diante de nós o convite para uma vida de consagração e oração, vivendo naturalmente o sobrenatural. Como le- mos: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14.13). EXPANDINDO A CULTURA DO REINO! Deus deseja que você cresça na forma como você vê e valoriza o Reino, de forma que esta cultura divina passe a influenciar cada aspecto de sua vida. As implicações são eternas, mas seus frutos já estarão bem presentes do seu dia-a-dia. Quando os cristãos vivem a cultura do Reino, tudo o que está à sua volta é transformado. Tudo o que procuramos viver como igreja local está inserido dentro da cultura do Reino dos Céus, que está acima de limites geográficos, de tradição ou denominações. Nossa oração é que nossos olhos sejam iluminados para que cresçamos nesta realidade. Como lemos em Efésios: Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força. Efésios 1.18-19 Lembre-se: O Reino de Deus não é para os indiferentes, mas para os apaixonados. Vamos viver plenamente nossa identidade como filhos de Deus, trazendo a expansão do Reino dos Céus para a Terra, por meio de nossa família de fé.
  • 13. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 25 2. PRINCÍPIOS DA PATERNIDADE Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos. Salmo 145.4 Um dos pilares de nossa cultura como igreja é o conceito de paterni- dade. Isso porque este foi o parâmetro que o próprio Deus estabeleceu conosco ao decidir se apresentar como Pai, por meio de Jesus. O livro Paternidade Bem Resolvida (Ed. Inspire, 2014), pontua a grande importância deste tema: “A verdade é que muitas pessoas, em diferentes graus e maneiras, não têm a questão da paternidade bem resol- vida em suas vidas. Tenho descoberto que quando cer- tos problemas na vida de uma pessoa são constantes e recorrentes, isto é uma evidência clara de que, naquela questão, algo não está bem resolvido dentro dela. Estar bem resolvido, neste sentido, não significa estar livre de
  • 14. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 26 ter que lidar com certos assuntos ou circunstâncias pelo resto dos seus dias, mas estar em paz com aquilo e enten- der a vontade de Deus para a sua vida. Assim, se eu sofro ou me vejo paralisado quando o assunto toca a paternida- de – tanto a humana, quanto à divina – só posso concluir que preciso sair deste estado e encontrar o caminho para ser uma pessoa bem resolvida nesta área”. A relação de paternidade está muito ligada ao conceito de honra e de valorização do outro, por ser quem ele é. É sobre uma relação de con- fiança, edificação e envio. Efésios 5.21 afirma: “sujeitem-se uns aos ou- tros, por temor a Cristo.” Assim, o temor a Cristo e o Seu padrão são o parâmetro para nós. É muito interessante pensar como a estrutura base de uma família é muito similar à Trindade. Temos um Deus Pai, temos o Espírito Santo, que muitas vezes tem um papel referente à figura mater- na, e temos Jesus, o Filho. Como pessoas, temos três componentes em nosso ser, cada um deles com necessidades específicas. Em termos muito gerais, podemos dizer que o corpo está relacionado às necessidades de: identidade, valor, pro- teção e provisão. A alma está ligada à necessidade de comunicação e companheirismo. E o nosso espírito refere-se principalmente às necessi- dades de conforto e ensino. Do mesmo modo, a família tem três partes, cada uma com um papel em ajudar no desenvolvimento saudável. Pai: Transfere identidade e valor aos filhos. O filho homem estabelece sua masculinidade e aprende sobre suas habilidades pela maneira como o pai as transfere e se relaciona com ele, também pelo que diz para e sobre ele. A filha, aprende como ser mulher pela maneira como seu pai se relaciona com ela, a trata, e pelo que ele diz para e sobre ela. A ausência física e emocional do pai no lar, pode gerar lacunas nos filhos sobre o entendimento que têm sobre destino e valor. Pais também dão proteção e provisão. Se o pai não é seguro, ou não cria um ambiente de segurança, as crianças enfrentam problemas. Quando as pessoas buscam suas identidades em Deus, podem ter difi-
  • 15. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 27 culdade se o pai não participou do desenvolvimento de sua identidade quando criança. Quando adultas, muitos transferem esse sentimento de desproteção ao Pai celeste, pois não aprenderam o verdadeiro con- ceito de segurança. Irmãos e amigos: São os que suprem nossas necessidades de comuni- cação e companheirismo. Para eles contamos nossos maiores segredos. Mesmo assim, quando tentam nos controlar ou nos desvalorizar, trazem uma compreensão enganosa sobre seu papel em nossa vida. A Bíblia diz que Jesus é nosso melhor amigo e companheiro. Assim, as reações de nossos amigos e irmãos podem ser transferidas para Jesus. Um irmão mais velho forçado a cuidar dos mais novos pode ter a impres- são de que Jesus força a coisas. Podemos pensar que Ele pedirá para fazermos algo que somos incapazes de fazer. Um irmão mais novo que pensa ser controlado pelo mais velho pode acreditar que Jesus vai querer controlá-lo. A lacuna que faz com que as pessoas não se sintam incluídas, pode levá-las a pensar que, na verdade, Jesus não as quer incluir. Mãe: Supre a necessidade de conforto. É para ela que corremos com o joelho ralado. Sobre o ensino, é ela que responde nossos “porquês”. Se a mãe é controladora ou nos mostra que não está feliz com nossas de- cisões e opiniões, aprendemos que precisamos ser perfeitos para agra- dar. Podemos decidir não ficar por perto para não nos sentir mal. Sua ausência é sentida em níveis profundos. Pessoas podem replicar estas distorções em relação ao Espírito Santo. Podem vir a se sentir culpadas por nunca conseguir agradar ao Espírito Santo e ser obedientes a Ele e tentarão ficar longe dele para não se machucarem. Por essa e outras razões, somos convidados por Deus a vivenciarmos uma cura profunda em nossos relacionamentos mais íntimos, para que possamos viver plenamente nosso propósito com o Pai, o Filho e o Es- pírito Santo. TRÊS ESFERAS DA PATERNIDADE Quando falamos em paternidade, temos basicamente três esferas principais.
  • 16. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 28 • Paternidade _________________ • Paternidade _________________ • Paternidade _________________ 1. Paternidade ____________________ ...Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e terrível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição. Malaquias 4.5-6 Precisamos entender que há uma relação direta entre nossa paternidade biológica e nossa paternidade divina. Quando um coração está reconci- liado aos pais biológicos, ele estará completamente pronto para viven- ciar a paternidade divina plenamente. Mas o contrário também é verda- de. O autor Coty coloca da seguinte forma: “Só podemos ver a glória de Deus através de um coração reconciliado com os pais. Disso flui uma adoração em espírito e em verdade e uma vida ministerial frutífera. A revelação do Pai nos introduz no nível da adoração.” Para viver uma paternidade biológica bem resolvida: • Reconheça os reais motivos da ___________________com seus pais O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante. Lucas 15.12-13 • Reaja contra as ___________________emocionais adquiridas ...e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda
  • 17. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 29 aquela região, e ele começou a passar necessidade. [...] Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Lucas 15.13b-14,16 Disfunções emocionais adquiridas por causa dos conflitos com os pais podem ser: QUANDO OS PAIS SÃO... OS FILHOS PODEM SE TORNAR... - Inexistentes - Solitários - Separados - Frágeis (lacuna de gênero) - Rígidos - Insensíveis - Isolados - Superficiais - Superprotetores - Medrosos - “Frios” (insensíveis) - Carentes (distorções sexuais) - Liberais - Inconsequentes - Consumistas - Materialistas - Desleais - Rebeldes - Disfuncionais - Codependentes A boa notícia é que Deus pode nos levar a aprender a viver no contrário do que seria o caminho natural. Sabemos que não somos perfeitos, nem nossos pais o são, mas temos um Deus perfeito que coloca um novo ca- minho diante de nós. • Decida acertar as pendências Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Lucas 15.17-20
  • 18. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 30 O ressentimento é algo muito perigoso e não podemos nos dar permis- são de viver com ele em nosso coração. A Palavra diz: Não deixem que a erva daninha da amargura se espalhe. Uns poucos espinhos podem arruinar um jardim em pouco tempo. Hebreus 12.15 - A Mensagem Qual o remédio, então? Uma palavra muito poderosa: o perdão! Perdoar não é esquecer, mas permitir que alguém renasça em sua vida! Examine-se: Como está o seu coração em relação aos seus pais? Existe ressentimento (atitude interna de remoer o passado e perpetuar senti- mentos hostis), indiferença (atitude de ignorar o outro), retaliação (ati- tude de revidar por diversas posturas um sentimento de dor), ódio (es- tágio mais grave na esfera dos relacionamentos)? Alguns passos para o perdão: • Identificar os danos; • Perdoar o ofensor ou ofensores; • Renunciar a mentira e o engano; • Receber a verdade. Ore assim: Senhor Jesus, agradeço ao Senhor pelas coisas boas que recebi dos meus pais. A partir de hoje abro o meu coração para perdoar meus pais daquilo que feriu o meu coração. Peço perdão por qualquer sentimento e comportamento em relação a eles que são contrários a Sua palavra. Cura o meu coração e me liberta de todas as prisões relacionadas ao meu relacionamento com os meus pais. Naquilo que for possível me ajude na reparação e aquilo que eu não posso fazer entrego nas Tuas mãos. Recebo a Sua cura para todos os outros níveis de relacionamentos na minha vida. Em Seu nome Jesus, amém!
  • 19. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 31 • Recomece seu _______________________com seus pais A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. O filho lhe disse: “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho”. Lucas 15.20-21 2. PATERNIDADE _______________ Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser batizado por João. João, porém, tentou impedi-lo, dizendo: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Respondeu Jesus: “Deixe assim por enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça”. E João concordou. Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado”. Mateus 3.13-17 A. As dez marcas de Deus Pai • Amor (João 3.16) • Abrigo (1 Pedro 2.9) • Aceitação (João 10.10 e 11) • Afeto (Mateus 23.37) • Alegria (João 15.11) • Alimento (Lucas 11.10-13) • Aliança (2 Pedro 1.3-4) • Admiração (Salmo 139.13-16) • Abundância (João 10.10) • Amizade (João 15.15)
  • 20. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 32 B. Orfandade e suas consequências ...porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Romanos 8.14-17 • Lúcifer (Isaías 14 e Ezequiel 32) • Adão Eva (Gênesis 3) • Filhos da Parábola do “Pai Amoroso” (Lucas 15) • Nós (Romanos 1,3; Efésios 2) C. A postura de Jesus contra o espírito de orfandade Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. O tentador aproximou-se dele e disse: ‘Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães’ Jesus respondeu: ‘Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’. Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: ‘Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra’. Jesus lhe respondeu: ‘Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus’. Depois, o diabo o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: ‘Tudo isto lhe darei, se você se prostrar e me adorar’. Jesus lhe disse: ‘Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto’. Então o diabo o deixou, e anjos vieram e o serviram. Mateus 4.1-11
  • 21. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 33 • Jesus foi tentado a gerenciar sua dor (v. 3) • Jesus foi tentado a gerenciar sua missão (vs. 5,6) • Jesus foi tentado a gerenciar os outros (vs. 8,9) D. Resolvendo os conflitos em relação a Deus Quase que inevitavelmente transferimos o conceito que temos dos nos- sos pais para Deus! Leia o texto de Lucas 15.11-32. Para resolver os conflitos em relação a Deus: • Supere seus limitadores: v. 25-26 - A insensibilidade espiritual; - A religiosidade; - A decepção em relação a Deus; - A incompreensão da graça e o amor de Deus. • Admita sua ____________________ espiritual: v. 28-31 Qual nível de orfandade espiritual representa você? - Você nunca se sentiu filho? - Você é um filho rebelde? - Você é um filho religioso? Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade. Efésios 1.5 • Vença seus pecados _______________________: v. 30 A história não revelou que o filho mais novo gastou seus recursos com prostitutas. Qual o problema da acusação do filho mais velho? Ele tinha uma mente maliciosa presa ao pecado.
  • 22. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 34 A nuança do texto é mostrar que quando não temos intimidade com Deus e buscamos segui-Lo de alguma forma, sempre seremos presos a alguns pecados. São pecados que tentam compensar um vazio que não é mais existencial, mas relacional. • Assuma sua condição de filho _____________________: v. 22 - Roupas: Mentalidade Nova - Anel: Promessas - Sandálias: Libertação • Renove diariamente o seu _________________________ com o Deus-Pai - Chame Deus de Pai - Cultive intimidade - Sinta-se protegido por Deus - Confie na provisão de Deus - Reforce sua identidade de filho - Desfrute dos seus direitos - Nunca se sinta só! - Siga o exemplo de Jesus - Contagie os outros com a visão da filiação divina - Seja sensível a ação do Espírito Santo A paternidade é o cerne da revelação de Deus para o homem! Nossa cura e libertação sempre chegará no ápice quando alcançamos este entendimento e vivência. 3. PATERNIDADE _______________________ Então Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate. Ele estava arando com doze parelhas de bois, e estava conduzindo
  • 23. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 35 a décima-segunda parelha. Elias o alcançou e lançou a sua capa sobre ele. Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias. ‘Deixa-me dar um beijo de despedida em meu pai e minha mãe”, disse, “e então irei contigo.’ ‘Vá e volte’, respondeu Elias, ‘pelo que lhe fiz.’ E Eliseu voltou, apanhou a sua parelha de bois e os matou. Queimou o equipamento de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles comeram. Depois partiu com Elias, e se tornou o seu auxiliar. 1 Reis 19.19-21 A. Para construir uma cultura de paternidade na igreja: - Valorize seus filhos espirituais. v. 19a - Potencialize seus filhos espirituais v. 19b - Impulsione a profundidade espiritual deles. v. 19c - Incentive as renúncias. v. 20b - Estabeleça alianças profundas. v. 20c - Confie na provisão dos Céus. v. 21 B. Sinais de filiação espiritual: - O filho se parece com o Pai - O filho é para sempre - O filho confia em seus pais - O filho honra os seus pais - O filho obedece a seus pais - O filho imita seus pais - O filho acredita em seus pais C. Sinais de paternidade espiritual: - O pai também é filho - O pai tem capacidade de reproduzir
  • 24. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 36 - O pai tem capacidade de perdoar - O pai ensina seus filhos - O pai provê para seus filhos - O pai envia seus filhos - O pai promove seus filhos ÁREAS DE DIFERENÇA IDENTIDADE DE SERVO IDENTIDADE DE FILHO 1. Seu valor Baseia-se em seu serviço/ministério (no fazer). Tem valor enquanto serve. Seu valor depende do que faz. Baseia-se na segurança de ser filho, valorizado pelo que é, não apenas pelo que faz. 2. Base para sentir-se bem Serútil; agradaràspessoas. Seramado;sentiro prazer do pai em si. 3. Conhecimento Precisa saber o que fazer; não precisa entenderospropósitos por trás de suas ações. O pai revela seus propósitos; o filho entende o coração do pai. 4. Motivação Obrigação, cumpre o que deveria fazer. Às vezes, compulsão de produzir, ou de agradar às pessoas. Alegria, participa com o pai em seu trabalho e propósitos. 5. Propósito de sua existência Trabalhar, ser produtivo, obter resultados. Ser companheiro de seu pai e crescer para ser como ele. 6. Tipo de relacionamento Contratual: cumpre serviçoem troca de benefícios. Aliança, relação de família: intimidade, carinho, afeto, amor, alegria e celebração. 7. Aproximação emocional Emocionalmente distantedeseuchefe. Compartilha o espírito, herança e sofrimentos do pai. 8. Consequências da desobediência ou de não agradar Punido, rejeitado, afastado, mandado embora (Mt 24.48-51). Disciplinado para ser restaurado (Hb 12.5-11). 9. Relação de seu trabalho com o de seu superior Fazer o que seu chefe lhe mandar fazer, muitas vezes fazendo aquilo de que não gosta. Subordinado, sem voz, sem poder de decisão. Fazer o que o pai está fazendo;parceria; odireitodeexpressarseus sentimentos e perspectivas. 10. Fonte de energia, força ou poder Esforço próprio, na esfera do reconhecimento. Graça, amor e aceitação como fonte para todo esforço (1 Co 15.10).
  • 25. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 37 3. DONS DE GOVERNO Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. 1 Coríntios 12.4-6 Quando a Bíblia fala sobre a Igreja, com frequência ela contrasta sua unidade com sua diversidade. As duas características são obra do Es- pírito Santo. A Igreja é uma, porque o Espírito habita em todos os cren- tes. A Igreja é diversificada, porque o Espírito distribui diferentes dons aos crentes. De forma que o dom do Espírito (que Deus nos dá) cria a unidade da Igreja, e os dons do Espírito (que o Espírito dá) diversifica o ministério da Igreja. O ministério do Espírito Santo na igreja: • Regenera o homem justificado (Jo 3.3-6; Tt 3.5; 1Pe 1.23); • Batiza no Corpo de Cristo (Jo 1.32-34; 1Co 12.12-13); • Habita no crente (1Co 6.15-19; Rm 8.9);
  • 26. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 38 • Enche o crente (Ef 5.18-20; Jo 7.38-39); • Liberta do pecado (Rm 8.2); • Guia o crente (Rm 8.14); • Equipa para o trabalho (1Co 12.12-14); • Produz o fruto (Gl 5.22-23); • Possibilita a comunhão com Deus (Jd 20; Ef 6.18; Rm 8.16); • Vivifica o corpo do crente (Rm 8.11-23). Os dons do Espírito são presentes dados por Deus aos salvos para a edi- ficação da igreja, são diferentes dos talentos naturais comuns a todos os homens, como o apóstolo Paulo fala em 1 Coríntios 12.4-11. Estes dons capacitam os crentes a realizar a sua missão até o retorno de Jesus Cris- to “de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado” (1 Coríntios 1.7). Tudo o que Deus pede ao homem é impossível que ele realize sem o Espírito Santo! Os dons do Espírito Santo são distribuídos de acordo com a Sua sobe- rana vontade, o que não impede que o crente busque e peça a Deus determinadas capacitações. Há basicamente três textos bíblicos que falam sobre os tipos de dons e cada um deles revela um aspecto diferente da nossa identidade espiritual. • Romanos 12: Dons Motivacionais. • 1 Coríntios 12: Dons de manifestação de poder. • Efésios 4: Dons de Governo. Recebemos os dons de Deus para dar continuidade à obra de Cristo. Veja o que Jesus diz para Pedro: “E eu digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão
  • 27. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 39 vencê-la” (Mateus 16.18). Deus é a fonte divina de todos os dons. Não é a igreja que indica ou determina que dom uma pessoa tem. No entanto, estes dons são viven- ciados na igreja e servem para a sua edificação. Deus deu dons para Sua Igreja, a fim de ajudar a trazer a perspectiva do Céu à Terra. As três dimensões que devem governar a igreja: • Apostólica: expansão do Reino • Profética: atrai os céus à terra • Pastoral: cuida das pessoas Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus. Efésios 3.5 Estamos vivendo uma nova estação em nossa igreja. O Espírito Santo tem nos mostrado há alguns anos essa realidade de maneira mais clara e evidente. Devemos governar a igreja a partir dos dons que Deus concedeu para cada um. É tempo de sermos ministrados e com- preendermos essa nova dimensão. OS DONS DE GOVERNO Eles se aplicam a cada um dos cristãos. Esses dons são aspectos dos ministérios de Jesus. Tem a ver com função e fruto. Vamos aprender os princípios sobre os quais o Reino de Deus se manifesta sobre a terra através da Igreja de Cristo. Para revelar o Reino de Deus... 1. FAÇA PARTE DA ________________________________________. A igreja não é um lugar para frequentar e sim uma família para pertencer! (Carlito Paes). Viemos de uma comunidade, estamos em comunidade e
  • 28. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 40 viveremos eternamente em comunidade. Sem a percepção de pertenci- mento, os dons se tornarão uma questão de orgulho e posição. Os dons de governo devem ser entendidos a partir da revelação de Cristo. • Pertencer à família de Deus revela que somos a mensagem de Deus. Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. Efésios 4.1 Neste texto aprendemos que estamos entrelaçado com Deus. a. Em Cristo, nossa identidade não é mais a mesma: “Já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20). b. Percorremos um novo caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). A Bíblia apre- senta uma relação definida entre a vida e o caminho. Não há vida sem Cristo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20). c. Somos convocados por Cristo. Precisamos entender que somos chama- dos para representar o Reino de Deus. A palavra Reino se refere ao domínio do Rei. Jesus veio oferecer os benefícios de Seu mundo a todos os que se rendem a Seu governo. Os benefícios de Seu governo foram ilustrados por intermédio de suas obras de perdão, libertação e cura. • Pertencer a família de Deus revela o nosso destino Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só. Efésios 4.4 Tudo está interligado. Todas as histórias estão unidas. O nosso futuro deve determinar o nosso presente! O nosso destino nos convida. Há um vento que o conduz para o seu destino. Não somos um navio a motor, mas uma
  • 29. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 41 embarcação à velas. O que nos conduz ao nosso futuro é o Espírito. • Pertencer à família de Deus revela o caráter e a presença de Deus Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. Efésios 4.5-6 Todos os animais da terra foram feitos conforme a sua espécie. Mas, o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Não fomos criados apenas por um Deus eterno, grande e perfeito, mas fomos criados para fazer coisas grandes, eternas e perfeitas. A nossa origem é a mesma. Fomos gerados em Deus. Nossos dons não revelam apenas nosso minis- tério ou serviço, mas a nossa origem. Para revelar o Reino de Deus... 2. ENTENDA E ASSUMA A ________________________________________. Após a compreensão da importância de pertencer à família de Deus , eu consigo então perceber quem eu sou. Em Efésios 4.7-16, Paulo irá mos- trar que a identidade é que prepara os santos para os dons de governo da igreja. A nossa identidade só pode ser revelada na coletividade. Nun- ca saberemos quem somos, se formos isolados de onde vivemos. A sua identidade está intimamente relacionada com a sua família. Quanto mais conscientes nós formos sobre quem somos, mais autoridade teremos. Pessoas inseguras utilizam do cargo, pessoas equilibradas influenciam. • A sua nova identidade evidencia o caráter de Cristo E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Efésios 4.7 Um discípulo não é reconhecido pelo que ele faz para o seu discipulador, mas o quanto ele se parece com ele. O nosso caráter, mais do que tudo o que realizamos para a igreja, revela a nossa identidade.
  • 30. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 42 • A sua nova identidade certifica o dom que recebemos pelo Espírito E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres. Efésios 4.11 Você não é o seu dom, mas Deus está forjando você para entregar-lhe um dom específico. Tudo na sua história está relacionado com isso. Os dons de governo se relacionam com o princípios da igreja: • Acreditar: evangelismo • Tornar-se: mestre • Pertencer: pastor • Ser cheio: profeta • Ser forte: apóstolo Os dons de governo não se referem a posição ou título, mas ao governo de Cristo através da unidade da Igreja. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. 1 Coríntios 12.27,28 O apóstolo Paulo estabelece claramente uma ordem de prioridade nes- sa passagem, a qual está relacionada às esferas do sobrenatural que corresponde, a cada ofício específico. A unção que está sobre o apósto- lo e o profeta cria uma perspectiva focada principalmente em perceber o que está acontecendo no Céu e trazer isso à Terra. O mestre está fo- cado em ser capaz de descrever tudo o que aconteceu com exatidão, e
  • 31. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 43 o evangelista e o pastor estão focados em pessoas. Quando Paulo coloca os apóstolos em primeiro, os profetas em segundo e os mestres em terceiro, ele está descrevendo um fluxo. O fluxo passa por intermédio do mestre, é liberado em milagres e cura, e em seguida continua por meio de socorros, governos e línguas. Características dos dons de governos: a. Apóstolo: significa delegado, um mensageiro, alguém enviado com ordens. O apóstolo é o construtor. Ele conhece e vê a planta. Ele identi- fica o potencial de cada indivíduo. Ele é um desenvolvedor. O apóstolo toca todos os demais dons. Marcas distintivas: • O comissionamento do apóstolo está em Cristo, diretamente ou por revelação (Gálatas 1.1; Números 12.6-8) • Operação de milagres (2 Coríntios 12.12) • Preocupação com as igrejas em toda terra (2 Coríntios 11.28) b. Profeta: O profeta busca sempre uma conexão com o Céu. Jesus, que foi o modelo do ofício de profeta, andava por toda a parte dando uma visão sobrenatural às pessoas. Ele costumava perguntar aos Seus discípulos e aos que o cercavam: “Ainda não compreendem nem perce- bem” (Marcos 8.17). A resposta era sempre “não”, porque Jesus estava apresentando a esses homens uma visão inteiramente diferente da vida. Marcas distintivas: • Sensíveis às questões espirituais (2 Rs 6.17) • Coisas materiais e eventos se tornam uma mensagem (Os 1.2; Is 8.3; Jr 13.1) • Desejo profundo por conexões com Deus (Is 6.1; Dn 10.7) • Revelações, visões e sonhos (Nm 12.6) c. Mestre: significa alguém que é qualificado para ensinar ou que pensa desta maneira, aquele que conversa com os outros a fim de instruí-los. O
  • 32. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 44 pensamento do mestre está em aprender os princípios da Palavra e en- siná-los. Para ele não é possível viver o Reino sem entendimento. Deve buscar o discipulado no nível um a um. Marcas distintivas: • Desejo por conhecer mais de Deus • É apegado à Palavra de Deus • Possui dúvidas constantes e que precisam ser respondidas • Está sempre dispostos a explicar e ensinar d. Evangelista: significa aquele que traz boas novas, os mensageiros da salvação através de Cristo. O pensamento do evangelista é ganhar mais uma pessoa para Jesus Cristo. O Evangelista representa a igreja para o mundo lá fora. Marcas distintivas: • Capacidade de multiplicação • Sensível à realidade dos não convertidos • Capacidade de flexibilização • Coloca as pessoas em primeiro lugar, depois o ensino e. Pastor: significa aquele que cuida do rebanho. O pensamento do pas- tor está em promover o cuidado intencional das pessoas que se ache- garam ao Corpo de Cristo. Ele tem enorme simpatia com o sofrimento dos outros. Há dois tipos de pastores: o presbítero pensa nas pessoas e o diácono está focado nos projetos e serviço da igreja. Marcas distintivas: • Sensibilidade para com os salvos em Cristo • É carismático e se conecta facilmente ao coração das pessoas • Altruísta e proativo, sempre pensa em servir • Busca a todo custo a proteção espiritual das ovelhas
  • 33. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 45 A identidade habilita o nosso processo de crescimento espiritual. Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro (Efésios 4.12-14). O foco do nosso cres- cimento espiritual é a edificação do Corpo de Cristo. No dia que você descobrir quem você é, você nunca mais vai querer ser outra pessoa. Para revelar o Reino de Deus... 3. VIVA EM ________________________ Uma vida de santidade e comunhão com Deus o capacita a exercer com autoridade os dons do Espírito. É necessário que você tenha uma cons- ciência clara sobre quem você se tornou em Deus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Efésios 4.22-24 a. Em santidade vivemos relacionamentos poderosos: “Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo” (Efésios 4.25). b. Em santidade lute vitoriosamente suas batalhas espirituais: “Quan- do vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao diabo” (Efésios 4.26-27).
  • 34. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 46 c. Em santidade sirva as pessoas com amor: “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade” (Efésios 4.28). d. Em santidade use as suas palavras para abençoar: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ou- vem” (Efésios 4.29). e. Em santidade governe as suas emoções: “Livrem-se de toda amar- gura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade” (Efésios 4.31). CONCLUSÃO Pertencemos a uma família que vive no domínio do Espírito, algo es- sencial para o ministério dos últimos dias. Deus jamais quis que os dons espirituais ficassem confinados às quatro paredes da igreja. O Espírito Santo equipou a Igreja de Cristo com armas sobrenaturais de guerra que destruirão as obras das trevas e impulsionarão você para o seu destino profético. Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; deem também de graça. Mateus 10.8
  • 35. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 47 4. Cultura DA HONRA Temos entendido que o padrão de Deus relacionar-Se conosco, é o mes- mo que devemos demonstrar em nossos relacionamentos com nossos irmãos de fé. Ser parte de uma família é compartilhar os mesmos valo- res, de uma forma muito natural e orgânica, o que por sua vez, gera uma cultura. Uma cultura é algo tão forte dentro de uma família e sociedade, que leva muito tempo a ser formada, e muitas vezes é tão interioriza- da, que aquela família não percebe. Mas, não se engane: uma cultura é capaz de se colocar acima de regras, de ordens, de recursos. A cultura molda nossa visão de mundo. Por isso mesmo, temos abordado neste curso tanto sobre a cultura do Reino e, em nossa realidade local, a cul- tura de nossa igreja, nossa família de fé. Quando falamos sobre a nossa cultura como Reino e igreja, não estamos falando sobre termos regras para todas as situações, mas termos uma cultura. Desejamos ter uma cultura de graça tão arraigada em nós, que ela será o norte para todas as situações, sejam elas felizes ou difíceis, que viveremos como comunidade. Por isso, nesta aula, focaremos na Cultura da Honra. O pastor e autor Bill Johnson afirma “Dar honra realmente libera a vida
  • 36. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 48 de Deus em uma situação”, e isso é uma verdade poderosa. Dar honra é o exemplo que Deus nos dá, e Ele é um Deus de vida. Quando desejos humanos da carne tentam fazer com que nos relacionemos com base no controle, na manipulação, na competição ou na vingança, a honra é a cultura que mina o crescimento destas ervas daninhas. Ela confere vida, reconciliação e fé. Podemos começar afirmando que a honra não é sobre o que “eu neces- sito”, ou “eu mereço”, mas sobre o que o outro necessita e o que você pode dar a ele. Não é assim que o Pai age conosco? Ele tanto ama, que dá. Então, se somos Seus filhos, temos em nosso DNA a honra. Paulo escreve aos Romanos: Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. Romanos 12.10 Mas o que significa dar honra? Em nossa sociedade, talvez o significado desta palavra esteja muito distante e confuso. Novamente, precisamos recorrer ao exemplo perfeito: Jesus. Ele nos enxerga segundo o nosso potencial, não exatamente como somos hoje. E isso parte do coração do que significa a palavra honra. O OLHAR DE __________________ Poderíamos definir honra como: ver o outro como Jesus o vê. Como seres humanos, podemos facilmente julgar outras pessoas com base na- quilo que ela exterioriza hoje ou no que ela exteriorizou no passado. Po- demos enxergar alguém como uma pessoa difícil, não confiável ou cheia de erros. A lista que poderíamos fazer é quase infinita não é mesmo? Murmuradores, preguiçosos, tolos, fracos na fé, violentos, impetuosos, passivos... E a verdade é que pessoas de fato podem ter demonstrado estas características como fruto do pecado em suas vidas, mas, de uma coisa podemos ter certeza: Jesus não as vê desta forma. Haverá uma liberdade incrível e uma atmosfera de amor inigualável quando decidirmos ver outras pessoas – e até nós mesmos – como Je-
  • 37. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 49 sus viu. A cultura da honra mata pela raiz a cultura do julgamento. Jesus foi muito enfático em relação a isso, quando ensinou: Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Mateus 7.1-2 Lembre-se: honra é ver a outra pessoa como Jesus a vê. E como Ele tem visto Seus amados filhos e filhas? • Somos adotados como filhos de Deus (João 1.12) • Estamos eternamente ligados a Ele, e Nele podemos frutificar (João 15.1-2) • Estamos limpos (João 15.3) • Somos livres de qualquer condenação (Romanos 8.1-2) • Somos novas criaturas, nascidas de novo (2 Coríntios 5.17) • Estamos sentados em lugares celestiais (Efésios 2.6) • Fomos criados de maneira especial por Ele e somos conhecidos des- de o ventre nossa mãe (Salmo 139.14) • Deus preparou obras para que nós as realizássemos (Efésios 2.10) • Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros em Cristo (Romanos 8.17) • Recebemos dons do Espírito Santo para edificar a igreja (1 Coríntios 12.7) Teríamos ainda muitas coisas para escrever sobre quem somos em Je- sus. A maior pergunta é: temos enxergado nossos irmãos da fé desta forma? E, ainda, temos agido em relação a eles conforme esta visão? Há algo extraordinário que acontece dentro de nós quando alguém nos vê como Deus vê, quando alguém acredita em nós e fala o melhor de nós. É como quando uma criança órfã, com medo e assustada, chega à uma família. Ela é amada e reafirmada por seus pais, ela recebe atenção, mas também credibilidade e pertencimento. A forma como ela vê a si mesma no mundo é transformada. Ela passa a acreditar em si mesma
  • 38. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 50 também, e passa a viver dentro desta nova identidade que, na verdade, já era a dela. Em nossa família igreja, somos chamados a agir desta for- ma uns com os outros: amando-nos com amor verdadeiro, reiterando e demonstrando sempre quem somos em Cristo. Vivendo em honra. O _______________________ DE JESUS Quando olhamos com mais atenção para o ministério público de Jesus e o Seu relacionamento com Seus discípulos, logo percebemos que a honra foi a premissa pela qual Jesus viveu e liderou. Vamos pensar em dois exemplos: Pedro e Judas. Num primeiro momen- to, podemos pensar que são dois extremos, não é mesmo? O primeiro, um dos três discípulos mais próximos de Jesus, sobre quem os evan- gelhos trazem tantos detalhes. Aquele a quem Jesus profetizou sobre a igreja. Cidades, igrejas, capelas, praças e avenidas em todo o mundo homenagearam este simples pescador, que veio a se tornar um dos pais da igreja. Isso para não falar em todos os bebês que receberam o seu nome! Por outro lado, há pouquíssimos Judas, não é mesmo? Seu nome ficou conhecido como um sinônimo de traidor. Seu fim foi trágico e ter- rível, tomado por remorso e culpa. Mas precisamos ler a Bíblia como se não soubéssemos o fim da história. E quando lemos os Evangelhos, percebemos que, na verdade, não havia muitas diferenças entre estes dois homens. Na verdade, talvez Judas deveria ser considerado um dos mais maduros e responsáveis do grupo. Afinal, ele era o responsável por cuidar do dinheiro. Provavelmente, ele tinha até uma ascendência sobre os outros discípulos. Por outro lado, não vemos quase nenhum episódio em que Jesus teve que repreender ou corrigir a conduta de Judas. Parece até que ele estava livre de erros, pelo menos até bem próximo ao período da morte de Jesus. Ele era um discípulo exemplar. E o que falar de Pedro? Conhecemos bem seu temperamento forte e im- pulsivo. Suas palavras duras e até o seu jeito precipitado em falar. Pedro era um apaixonado em tudo que fazia, e não foram poucas as vezes em que ele falou demais ou na hora errada, em que questionou o Mestre Je- sus quando não deveria, quando respondeu como não precisava. Se isso não bastasse, foi a Pedro que Jesus repreendeu de forma muito enfática:
  • 39. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 51 Jesus, porém, voltou-se, olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro, dizendo: ‘Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens.’ Mateus 8.33 Talvez a pessoa a quem Jesus tivesse chamado de Satanás não fosse a sua primeira opção de um futuro líder, não é verdade? Mas Jesus jamais nos olha segundo aquilo que nos limita, mas no que o Pai plantou em nós e deseja frutificar em nós. Precisamos entender que Jesus acreditou nestes dois homens da mes- ma forma e investiu na vida deles crendo em tudo o que eles poderiam se tornar. Lembre-se de que Jesus não somente repreendeu Pedro, mas também o incentivou e deu palavras de envio e afirmação. Há uma fala marcante de Jesus para Pedro: Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos. Lucas 22.31,32 Note que Jesus não desmentiu que eles seriam tentados e quais eram os planos de Satanás. Ele não fingiu que estava tudo bem, ou deixou de mencionar algo importante para Pedro. No entanto, Jesus aponta para o futuro (“quando você se converter”) e para o chamado (“fortaleça os seus irmãos”). Jesus realmente acreditou no que Deus faria por meio da vida de Pedro. CUIDADO E _______________________ Honrar pessoas é relembrarmos sempre sobre a identidade delas em Jesus e agir de acordo com ela. Essas atitudes não são apenas nos mo- mentos em que tudo está bem, ou quando pessoas fazem o que é cor- reto. A cultura da honra é realmente testada quando escolhas erradas
  • 40. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 52 acontecem. É quando Satanás tenta trazer sobre nós o julgamento. É quando o medo de sermos decepcionados, ou contrariados, ou atingi- dos de alguma forma, faz com que respondamos com controle e ma- nipulação. Infelizmente, em muitos casos dentro da igreja em todo o mundo, a questão do pastoreio e até mesmo da disciplina passou por esses aspectos, e muitos danos foram causados. Muitas vezes, focamos tanto no comportamento exterior, que nos esquecemos daquilo que é mais importante: quem a pessoa é em Jesus. A cultura da honra não combina com a palavra punição. Se em Cristo já estamos livres de condenação, não podemos colocar sobre uma pessoa algo pelo qual o sangue de Jesus na Cruz já pagou o preço! A cultura da honra jamais pune. Ao mesmo tempo, ela também não é omissa. Sabe- mos que o pecado machuca a nós como Corpo, e àquela pessoa como indivíduo. Precisamos de cura, cuidado e restauração. E o primeiro pas- so para isso não é a exclusão e o afastamento, mas a responsabilidade e a inclusão na resolução dos problemas. A cultura da honra leva pessoas a entenderem quem são em Cristo e, em um ambiente de perdão, acei- tação e fé, fazerem as reparações necessárias. É como quando uma criança suja a parede com tinta. A reação dos pais pode ser a de falar uma palavra dura com a criança e mandar que ela fique no quarto, pensando no que fez. Ela é retirada da bagunça e é excluída da situação. Então, os pais pegam uma esponja com tinta e começam a limpar a parede. Essa resposta foi focada no comportamento e na punição. No entanto, estes pais poderiam conversar com a criança e até repreendê-la, mas poderiam explicar que, como ela é parte da família, também ajudará a limpar a parede. Ela é incluída na reparação do problema. Mais importante que isso, a cultura da honra não funciona com base na vergonha e na culpa. Ela age por meio do amor. Como afirma o autor Danny Silk, autor do livro Cultura da Honra, “a vergonha é removida por meio do amor.” A cultura da honra, sobretudo, acredita nas pessoas. Acredita que elas podem fazer novas e melhores decisões. Crê que o Espírito Santo pode ajuda-las nisto. Ela parte do pressuposto que uma pessoa pode até er- rar, mas ela não é o seu erro. O fato de que ela é filha de Deus e parte daquela família de fé é ainda mais importante.
  • 41. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 53 PESSOAS _____________________ Um dos aspectos mais fundamentais de sermos filhos de Deus é que Nele somos livres. Como lemos em Gálatas: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão. Gálatas 5.1 O Céu é um lugar de liberdade. Isso significa que, uma cultura que traz o Céu à Terra tem como premissa a liberdade das pessoas. Isso não sig- nifica que não hajam limites, porque eles existem e são saudáveis para nós. Mas significa que temos ambientes absolutamente seguros para que pessoas sejam quem são e expressem o que está no seu coração. A mentalidade de liberdade é totalmente contrária à escravidão. Na es- cravidão, o valor pessoal não existe, há apenas medo, punição e corren- tes. Essa não é mais nossa realidade, somos pessoas livres. Isso significa que, dentro do contexto de igreja, se lideramos alguém, estamos liderando alguém livre. Esta pessoa é livre em seus pensamen- tos, em suas decisões e posturas. É verdade que liderar uma pessoa livre pode ser bem mais difícil do que controlá-la, mas este foi o exemplo que Cristo nos deixou. Juntos, apontamos para Cristo e incentivamos uns aos outros ao crescimento, mas, em última instância, a decisão é de cada um. Isso levará a um discipulado focado em discípulos conscientes de sua missão, maduros e capazes de tomar boas decisões. O autor Danny Silk afirma, sobre isso: As pessoas livres não podem viver juntas sem a honra; em contraparti- da, a honra só pode ser usada com êxito entre pessoas poderosas que tenham um verdadeiro senso de responsabilidade pessoal em preservar a liberdade ao redor dela. Precisamos ser capazes de ser nós mesmos nesta vida e comunidade, juntos.
  • 42. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 54 VIVENDO A CULTURA DA _________________ Cremos que entender o que significa a honra como um valor do Reino de Deus transforma por completo todas as esferas de nossas vidas. A honra edifica casamentos, orienta a criação de filhos, constrói amizades verdadeiras e duráveis, estabelece relacionamentos entre líderes e lide- rados que são frutíferos, impacta cidades e ganha pessoas para Jesus. Relacionarmo-nos com honra reflete a natureza de nosso Rei Jesus. O mundo precisa urgentemente que o povo de Deus ame uns aos ou- tros verdadeiramente, com honra e liberdade. Jesus afirmou: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (João 13.35). Algo poderoso acontece quando colocamos isso em prática, pela fé e obediência. Tornamo-nos mais parecidos com o Pai quando decidimos viver a honra como uma prática, uma visão de mundo e uma cultura. Lembre-se: a vida flui através da honra.
  • 43. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 55 5. PRINCÍPIO DA GENEROSIDADE A medida da vida não é a sua duração, mas a sua doação. Peter Drucker Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, muito paciente, rico em amor e em fidelidade. Tu és bondoso e perdoador, Senhor, rico em graça para com todos os que te invocam. Salmo 86.15 e 5 Deus é amor! Nele está toda essência da generosidade divina; tudo é motivado por amor ágape. Por isso Deus não desiste de nós! Ele é um doador obstinado e apaixonado. Ninguém consegue ganhar Dele, mas Deus espera que todos nós busquemos imitá-Lo. Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação... 1 Timóteo 6.17
  • 44. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 56 Todo ato de amor e generosidade vêm de Deus. Satanás não dá nada a ninguém, enquanto Deus deu e sempre dará tudo. Como Pai, Ele deseja que Seus filhos sejam parecidos com Ele. Assim, toda vez que você doa algo, torna-se mais parecido com Deus e menos com o inimigo. DOAÇÃO É A ESSÊNCIA DA LINGUAGEM DE DEUS Vivemos em uma sociedade marcada pelo individualismo e egoísmo, na qual a generosidade parece ter cada vez menos espaço. De fato, esse é um valor que vai na contramão da lógica e dos sistemas deste mundo e caído no pecado. Contudo, a generosidade nasce do coração de Deus e é isso que prevalecerá ao final de todas as coisas. Todo cristão deveria ser conhecido e reconhecido mais por sua genero- sidade do que por sua prosperidade. Pois a generosidade é uma virtude dada por Deus, na qual alguém se dispõe a sacrificar seus próprios inte- resses em benefício de outros. Quando você dá, você se parece mais com Deus. Rick Warren Uma das maiores provas na vida de um cristão é a relação com o dinhei- ro. O dinheiro é um teste de Deus para nós. A forma como você lida com o dinheiro revela com destaque quais são suas prioridades, suas lealdades e sua afeição. Na verdade, isso está diretamente relacionado com muitas das bênçãos de que você desfrutará (ou não) na vida. Robert Morris (Livro Uma Vida Abençoada) Foi Deus quem inventou os dízimos, as ofertas e as primícias. Por quê? Porque dinheiro é o maior teste da nossa fé! Você não pode dar sua vida, sem dar dos seus recursos! Isso não tem nada a ver com nossa condição financeira, mas com nosso entendimento, nosso coração, nossa fé, nossa
  • 45. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 57 obediência e nosso amor a Deus e Sua Palavra. Na igreja primitiva era assim. Veja o testemunho de Paulo sobre os cris- tãos da Macedônia: No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. 2 Coríntios 8.2-4 Se você der das sobra, isso não é adoração, não é oferta, é esmola! E nunca se esqueça, prosperidade vem de Deus para os seus filhos, não é pecado! Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê. Deuteronômio 8.18 Há uma passagem muito interessante em João 12.3-8 que nos ajuda a entender mais sobre generosidade: Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume. Mas um dos seus discí- pulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: ‘Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários’. Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costu- mava tirar o que nela era colocado. Respondeu Jesus: ‘Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão.’
  • 46. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 58 Nesta história de Jesus em Betânia vemos duas questões importantes: • Por que Maria deu um presente tão ________________________? • Por que isso ______________________ tanto a Judas? Existem dois corações citados aqui, o coração ________________________ e o coração _____________________. O que revela a intenção de cada coração aqui é uma coisa, dar. E é muito importante que você se pergunte nesse momento: sou uma pes- soa generosa? Três princípios a respeito da generosidade: 1. O INIMIGO DA GENEROSIDADE É O _______________________ Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males. Tiago 3.16 Todos nós nascemos egoístas, mas ao renascermos em Cristo, renascemos generosos, pela renovação da nossa mente. Antes de Jesus escolhemos a mágoa e a vingança, mas com Jesus, escolhemos o arrependimento e o perdão! Sempre pense nos outros, e na dúvida dê o maior e o melhor! É interessante que Jesus, como líder dos discípulos, escolheu Judas para cuidar das ofertas. E Ele não o fez para que Judas fracassasse, mas sim, para lhe dar uma chance de ser aprovado. DEUS NOS ______________, ELE NUNCA NOS ______________! Mas Ele testa nosso coração na área das finanças! Em Malaquias Deus diz que aqueles que não entregam o dízimo roubam de Dele.
  • 47. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 59 Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’ Nos dízimos e nas ofertas. Malaquias 3.8 Judas roubava da bolsa de ofertas, mas qual a diferença entre o que Judas fazia, e o dinheiro que está em nossa conta bancária e deveria estar sendo entregue? Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. 2 Coríntios 9.7 O dizimo, como ato de adoração, para ser aceito em oferta sacrifical no altar de Deus, pressupõe duas premissas básicas: • Precisa ser o ___________________ a ser entregue • Precisa ser dado com _________________ 2. A REAL GENEROSIDADE É ___________________________ Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade. Salmo 37.21 Nós sabemos disso, pois Deus é um Deus generoso e nos deu um pre- sente extravagante, Seu Filho. E existem outros vários doadores extra- vagantes nas escrituras. Segundo Robert Morris, autor do livro Uma Vida Abençoada, a oferta de Davi ao templo seria o equivalente a 21 bilhões de dólares na economia de hoje. E a viúva que deu duas moedas? Jesus disse que foi uma oferta extravagante, então não se trata apenas do va- lor, mas da atitude e do coração por trás do valor.
  • 48. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 60 Maria deu o equivalente a 300 denários. Cada denário é equivalente a um dia de trabalho, e se trabalhasse 300 dias ao ano, a oferta de Maria seria o equivalente a um ano inteiro de trabalho. Essa é uma oferta ex- travagante para todos nós! Agora uma pergunta, você seria capaz de ofertar a Deus uma quantida- de que O impressionaria? E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. 2 Coríntios 8.5 O Antigo Testamento nos diz que Deus se alegra em você. Não é a quan- tidade, é a atitude. É entrega do próprio coração! E não diga que Ele tem seu coração se Ele não tem seu dinheiro, pois a Bíblia diz que onde está o nosso tesouro, ali está nosso coração! Existem 3 níveis de doações: a) Dízimos b) Ofertas c) Oferta extravagante Muitos cristãos não têm vivido nenhum desses níveis. As pessoas ten- tam designar os 10%, mas não se pode fazer isso, pois não as pertence. Apenas 5% a 7% dos cristãos dão os dízimos como deveriam nos Esta- dos Unidos. Mas assim que atingimos o primeiro nível, os outros são liberados, pois ao entregar o dízimo com fidelidade, as portas dos Céus são abertas em nossa vida e atingir os outros dois fica muito mais natural. 3. EXISTE RECOMPENSA NA ____________________________ Quem recebe um profeta, porque ele é profeta, receberá
  • 49. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 61 a recompensa de profeta, e quem recebe um justo, porque ele é justo, receberá a recompensa de justo. Mateus 10.41 Por elas o teu servo é advertido; há grande recompensa em obedecer-lhes. Salmo 19.11 A história que lemos em João 12 também está em Mateus e Marcos, va- mos ver um versículo: Eu asseguro que onde quer que o evangelho for anunciado, em todo o mundo, também o que ela fez será contado em sua memória. Marcos 14.9 A memória do generoso é lembrada e honrada, a memória dos avaren- tos é esquecida e ignorada. A mulher dessa passagem foi recompensa- da, Jesus disse que ela seria lembrada onde quer que o evangelho che- gasse, ela não recebeu sua recompensa ali na hora, pelo contrário, ela só foi generosa em doar. Voltando a pergunta inicial, por que Judas ficou tão chateado? Resposta: Ele era egoísta, roubava de Deus! A generosidade dos doadores, ofende e irrita a avareza dos que roubam ao senhor! Quanto a segunda pergunta, porque Maria deu um presente tão generoso? Reposta: Porque ela era grata! Porque dois meses antes disso, seu irmão Lázaro foi ressuscitado. Pessoas com o coração grato são _______________________!
  • 50. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 62 E indo um pouco além de um parente ressuscitado, todos vocês que aqui estão, foram ressuscitados por Jesus. Efésios diz que estávamos mortos em nossas transgressões e pecados e Ele nos trouxe à vida. Mas entenda que Maria não veio com a intenção de ser recompensada, mas Deus a recompensou, pois Deus sempre recompensa a generosidade. E uma das definições de generosidade é: Dar sem esperar nada em troca. Egoísmo é quando se dá algo e pensa que Deus lhe deve alguma coisa. Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima preci- sa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam. Hebreu 11.6 A origem da palavra grega para recompensa no verso acima aparece uma única vez na Bíblia e é no Novo Testamento. Ela é a única que possui uma variação na última sílaba, que transforma o sentido da palavra de “pagar o que se deve” para “recompensar com extravagância.” Deus não recompensa a _____________________, mas recompensa a ___________________ do coração. Guarde algo para sempre: Deus o recompensá, porque Ele decidiu o recompensar, é da natureza Dele recompensar as pessoas. Existe um fator mais profundo do que esse. Deus cuida de nossas fi- nanças, mas Ele diz em Gênesis que Ele seria nossa recompensa, então é algo que se expande para todos os níveis da sua vida. Deus é um Deus de favor e graça. Quem não honra a ______________________, premia o _________________! O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pou- co; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’ Mateus 25.23
  • 51. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 63 6. CULTURA DA IGREJA DA CIDADE Esses homens que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui. 1 Coríntios 12.4-6 Uma igreja não deve ser reconhecida, somente pelo número de pessoas sentadas em suas celebrações, mas pelo número de discípulos enviados para a missão. Rick Warren A Igreja tem uma origem divina e um propósito sobrenatural. Aos nos posicionarmos no mundo, servimos e amamos pessoas de uma forma como nenhuma outra instituição na Terra faz. As palavras de Jesus fo- ram claras a Pedro: “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la” (Mateus 16.18). Jesus não estabeleceu tamanha dimensão de poder e influência em ne-
  • 52. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 64 nhuma outra organização. Não mencionou qualquer autoridade pareci- da sobre uma cidade, partido político, instituição ou grupo de pessoas – apenas sobre a Sua Igreja. Sua promessa persiste, mais de dois mil anos após ter dito essas palavras, somos esta Igreja e, de fato, as portas do inferno não prevalecem sobre ela. Somos o movimento de um Deus vivo e verdadeiro. Temos um propósito divino de “soprar ao mundo” a atmosfera dos Céus: nas famílias, na fé, na educação, na política, na mídia, nas artes e na eco- nomia. Como afirmou G.K. Chesterton, “não queremos, como dizem os jornais, uma igreja que se moverá com o mundo. Queremos uma igreja que moverá o mundo.” A Igreja está no mundo por uma questão funcional e temporária. Em essência, ela pertence ao Céu. Aqui, ela é uma força em movimento e ultrapassa estrutura, prédio, nome ou denominação. A igreja não é sobre isso – tais aspectos são apenas meios para seu fim maior. Não somos salvos apenas para ir para o Céu, mas para trazer a cultura do Céu e transformar a Terra. NOSSA HISTÓRIA A Igreja da Cidade em São José dos Campos nasceu em 1942, como Igreja Evangélica Batista de São José dos Campos. Um tempo depois mudou para Igreja Batista da Praça Kennedy e, em 1982, passou a cha- mar-se Primeira Igreja Batista em São José dos Campos. Assim como mudou de nome também mudou algumas vezes de endereço. Ao todo foram cinco vezes. Hoje, temos vários pontos de presença da igreja em diferentes lugares de São José dos Campos, em várias outras cidades da região e outros estados do Brasil. Preparamo-nos para expandir ainda mais, e, em breve, estaremos em mais cidades. O Campus Colina é a nossa plataforma de preparo e envio para estas novas igrejas. Mais do que nunca, é muito perceptível que vivemos um novo tempo de Deus que nos encaminha a uma nova realidade e para continuarmos sendo uma igreja saudável, balizada pelos propósitos bí- blicos, crescente, multiplicadora, perseverante em Jesus, renovada em
  • 53. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 65 sua estrutura, contextualizada em sua comunicação, pastoreada por uma Rede de Células e guiada pelo Espírito Santo. Quando adquirimos a área em que hoje está o Campus Colina, em 2004, não havia nada além de um campo vazio, em um local afastado da cida- de, sem acesso próprio, estrada, água ou luz. Em milagres caminhamos e edificamos nosso campus, com fidelidade e doação de discípulos ex- traordinários. Em 2012 mudamos para Colina. Nesse movimento reali- zamos a “Marcha da Conquista”, milhares de pessoas saíram da antiga sede e marcharam pela cidade até o Campus Colina onde a igreja cele- brou mais uma grande vitória. Nossa mudança e crescimento refletem nosso movimento, nossa evolu- ção e nosso dinamismo. Como os romanos diziam: “Tempora mutantur et nos, mutamur in illis”, ou seja, “Os tempos mudam e nós mudamos com eles.” Não mudamos nossa visão, missão, valores e princípios, mas constantemente mudamos técnicas, estratégias, processos, nomes e lugares, revelando assim o nosso diálogo com o momento da história. Somos chamados para ser a história. O que nunca mudará é a Palavra de Deus. “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais pas- sarão” (Lucas 21.33). E também a nossa fé em Jesus Cristo, pois cremos no que está escrito, em Hebreus 13.8: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre”. Seguimos também uma tendência global. Em especial na Europa e Es- tados Unidos, as igrejas históricas, muitas delas batistas, estão vivendo um novo momento. Estas igrejas estão mudando de nome e expandindo sua influência com a abertura de novos campi e igrejas. Como nosso nome anterior era PIB (Primeira Igreja Batista) e outras igrejas em diferentes cidades usam este nome, precisávamos de um nome que refletisse a visão da nossa igreja e assim em 2015, nasceu a Igreja da Cidade. Há alguns anos temos usado este nome para nossas outras igrejas e vimos que era o tempo de unificar esta informação para nosso povo e para a sociedade em geral. De fato, nosso nome traz consigo o que enxergamos como missão apos- tólica; desejamos ganhar todas as pessoas para Jesus e fazer de pessoas comuns, extraordinários discípulos de Cristo, promovendo transforma- ção da cidade e abençoá-las, a partir de nosso contexto de igreja local,
  • 54. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 66 seguindo até as nações da Terra e alcançando todos os povos. Permanecemos ligados à Convenção Batista Brasileira e aliados com as igrejas coirmãs. Contudo, entendemos que nosso maior compromisso é com a direção do Espírito Santo. Nosso orgulho não é ser uma Igreja Batista ou ser da Igreja da Cidade em São José dos Campos. Nosso maior orgulho é ser Igreja de Jesus Cristo, o Senhor! Seguimos na direção mais importante, que é cumprir a Grande Comis- são (Mateus 28.19-20) e viver o Grande Mandamento (Marcos 12.30-31) de nosso Senhor Jesus Cristo até a Sua volta. Assim sabemos que todas as demais questões são apenas meios e, por isso, periodicamente, passamos por processos de ajustes e reajustes. Contudo, seguimos prioritariamente cumprido o chamado e obedecen- do ao Espírito e à Palavra de Deus, sabendo que Jesus nunca disse que seria fácil, mas Ele disse “… eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.20). VISÃO, MISSÃO E VALORES DA IGREJA DA CIDADE • Visão: Ganhar todas as pessoas para Jesus. • Missão: Transformar pessoas comuns em extraordinários discípulos de Jesus. • Valores: Somos uma igreja que crê e vive a Palavra de Deus em amor, in- cluindo pessoas na família do Céu e trazendo o sobrenatural à Terra em to- das as áreas do viver, de modo, contextualizado, excelente e transparente. CULTURA E PROPÓSITOS DA IGREJA DA CIDADE • Cultura: Ser uma igreja família, pastoreada por uma rede de células sob os princípios dos cinco dons de governo. • Propósitos: Ser uma igreja bíblica dirigida pelos propósitos de Jesus: Missões, Adoração, Serviço, Comunhão e Discipulado.
  • 55. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 67 AÇÃO TRIDIMENSIONAL DA IGREJA • Dimensão __________________________ Paulo orientando ao seu discípulo, filho na fé, Tito: A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. Tito 1.5 A igreja se manifesta apostólica, quando: • Abre caminhos; • Envia novos discípulos; • Ensina; • Prega; • Batiza; • Abre novas igrejas, até os confins da terra! Nesta esfera acontece: • A expansão missionária; • Evangelismo; • Plantação de novas igrejas. Na dimensão apostólica a igreja RECEBE + PREPARA = ______________! • Dimensão ______________________ Pedro pregando em Jerusalém: Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados. Atos 3.19
  • 56. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 68 A igreja se manifesta profética, para: • Proclamar o Reino; • Trazer a consciência do juízo sobre o pecado em ambiente de graça; • Levar o povo ao arrependimento; • Promover mudança de vida! Nesta esfera acontece: • A ativação do sobrenatural como estilo de vida! Na dimensão profética a igreja RECEBE + REFINA = EMPODERA! • Dimensão Pastoral Recomendo-lhes nossa irmã Febe, serva da igreja em Cencréia. Romanos 16.1 A Igreja se manifesta pastoral para: • Cuidar das pessoas; • Cuidar das famílias; • Cuidar da sociedade; • Gerar saúde e equilíbrio; • Gerar dons de serviço disponibilizados pelo Espírito Santo para saúde do Corpo! Nesta esfera acontece: • O ministério e cuidado pastoral; • O ambiente de transformação;
  • 57. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 69 • O desenvolvimento das pessoas; • Células; • Discipulado; • Alcance de casa em casa. Na dimensão pastoral RECEBE + DESENVOLVE = __________________! Nosso modelo, nossa inspiração é Jesus! Aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou. 1 João 2.6 NOSSO JEITO DE SER IGREJA Toda igreja saudável e crescente possui princípios que são fundamentos para sua ação. Para nós como igreja, tais princípios são conseqüência da visão que Deus nos deu. Vejamos alguns princípios da Igreja da Cida- de, em sua maioria, descritos mais detalhadamente no livro “Igrejas que Prevalecem” do nosso pastor Carlito Paes. 1. __________________ a instrução dada por Deus: “Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu ser- vo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar” (Josué 1.7). 2. Ter uma __________________vibrante e positiva no ministério: “Vocês sairão em júbilo e serão conduzidos em paz; os montes e colinas irrom- perão em canto diante de vocês, e todas as árvores do campo baterão palmas” (Isaías 55.12). 3. Preparar líderes ______________ para liderar com excelência: “se é exercer liderança, que a exerça com zelo” (Romanos 12.8).
  • 58. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 70 4. _________________________ ainda mais ações pelo Reino de Deus: “So- mente temam o Senhor e o sirvam fielmente de todo o coração; e con- siderem as grandes coisas que ele tem feito por vocês” (1 Samuel 12.24). 5. Ser _________________ pelo Espírito Santo: “A igreja passava por um período de paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela se edificava e, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número, vivendo no temor do Senhor” (Atos 9.31). 6. Viver a __________________ de uma comunidade viva e autônoma: “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos” (1 Coríntios 1.2). 7. ___________________ em novas gerações para o ministério: ”Com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Efésios 4.12). 8. __________________ nossa rede de pastoreio em células: “Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração” (Atos 2.46). 9. Investir e tirar grande proveito da ______________: “Escreva claramen- te a visão em tabuinhas, para que se leia facilmente” (Habacuque 2.2). 10. _____________novas igrejas pelo Brasil e pelo mundo: “Portanto, vão e fa- çam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28.19,20). CONCLUSÃO Somos flechas inflamadas, rumo ao nosso destino profético. Até que existam pessoas sem Jesus, a Igreja da Cidade continuará atuando para trazer filhos e filhas a real identidade e à família de fé. Este é o chama- do apostólico, profético e pastoral da igreja-família que nos inspira a prosseguir. Deus nos chamou e comissionou para impactar o mundo com a realidade dos Céus e nada pode nos deter. Já vencemos! Carlito Paes
  • 59. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 71 7. 30 semanas Existem três dimensões nas quais o ser humano se relaciona, um tri- pé que sustenta sua saúde emocional e revela sua condição espiritual. São eles: o seu relacionamento com Deus, o seu relacionamento consigo mesmo e o seu relacionamento com outras pessoas. O QUE É O PROGRAMA? O 30 Semanas é um programa de princípios terapêuticos de tratamen- tos emocionais e crescimento espiritual fundamentado em verdades bí- blicas e ensinamentos de Jesus. O programa é voltado à restauração desses relacionamentos por meio de um processo baseado em princípios terapêuticos de grupo com apli- cações de ensinos bíblicos, buscando em Jesus os caminhos possíveis e decisões necessárias para plena restauração dos relacionamentos. Como ministério, o programa teve início em nossa Igreja em 2005.
  • 60. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 72 QUAL O OBJETIVO DO PROGRAMA? Restaurar seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com o pró- ximo, superando todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos. Se comparássemos nossos problemas emocionais com uma árvore, ve- ríamos que a orfandade é a raiz de todos os males emocionais. O tronco dessa árvore seria a rejeição e os grandes galhos seriam as compensa- ções, tais como codependência, religiosidade, desvios de sexualidade e vícios. Destes galhos maiores, surgem outros menores, com outras proporções de compensação: compulsão, ira, perfeccionismo, procrasti- nação entre outros. Cada uma dessas compensações serve de válvulas de escape e substituição para as dores e traumas emocionais. Isso tudo acontece por conta dos bloqueadores que impedem a pa- ternidade de Deus de fluir sobre nossa vida. Podem ser eles: abusos, traumas, nossas escolhas erradas e/ou escolhas erradas de outros que recaíram sobre nós. A ferramenta 30 Semanas nos guia, através do Espírito Santo a identifi- car e remover esses bloqueadores para que a paternidade de Deus pos- sa fluir em nossa vida, assim, viveremos a aceitação como filhos amados de Deus, e isso gerará em nós os frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio pró- prio! (Gálatas 5.22-23). VISÃO: Ver todas as pessoas vivendo de forma saudável e equilibrada em seus relacionamentos, com Deus, consigo mesmas e com os outros. MISSÃO: Sensibilizar e encorajar as pessoas para o crescimento espiri- tual e emocional, oferecendo um ambiente seguro em que as mesmas possam experimentar da graça curadora de Jesus, livrando-se assim de todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos. VALORES: • Dependência de Deus; • Autenticidade nos relacionamentos; • Responsabilidade pessoal; • Encorajamento diário; • Auto avaliação continua;
  • 61. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 73 Desde muito cedo, somos apresentados a figuras imponentes e imbatí- veis: os super-heróis. Mesmo sem se dar conta, muitas pessoas desejam ou fingem ser uma espécie de Super-homem ou Mulher Maravilha, com força e recursos suficientes para vencer problemas de diversos tipos... Isso acontece, sobretudo com as questões de ordem emocional, que revelam quanto somos frágeis e vulneráveis. Para muitas pessoas, é di- fícil sustentar sua própria humanidade, pois carregam consigo traumas, medos, insatisfações e sentimentos de inutilidade, uma sensação ter- rível de que não conseguirão ir muito longe na vida... E muitos desses problemas foram causados por pessoas bem próximas: pais, amigos, professores, cônjuge entre outros, que teceram uma corrente de inse- gurança e de incerteza quanto à vida, conduzindo-as a atitudes auto- destrutivas. A boa notícia: tudo isso tem cura! Stormie Omartian - Livro O segredo da vida abundante A mesma força que você tem aplicado em sua ________, pode ser aplicada em sua ___________. QUEM DEVE PARTICIPAR? O 30 Semanas destina-se a ____________________________________________ restaurar seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com o pró- ximo, superando todos os tipos de traumas, vícios e maus hábitos. A Partir dos 4 anos de idade, o programa conta com versões contextua- lizadas para diferentes faixas etárias: jovens, adolescentes, juniores e crianças, seguindo o mesmo calendário de 30 Semanas. Tudo sobre o que você não pode falar já está fora de controle em sua vida! COMO ELE ACONTECE? O programa é estruturado em quatro grandes pilares: O primeiro deles é a __________________________ por meio de um encon- tro chamado de grande celebração ou grande grupo. Neste encontro, o
  • 62. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 74 participante absorve conteúdo de forma reflexiva por meio de momen- tos, como canções, testemunho e mensagem, escolhidos e preparados especialmente para cada tema tratado. O segundo pilar é o _____________________________, separado por tema e com até 15 pessoas. Cada grupo tem um líder que dará as orientações sobre a dinâmica do encontro. Cada participante, a começar pelo líder do grupo, partilhará por 3 a 5 minutos sobre emoções vividas. Ele po- derá falar sobre qualquer época de sua vida, do tema tratado ou outro assunto que o tem incomodado, inclusive experiências vividas naquele mesmo dia. Com isso, cada participante usará este momento para desa- bafar, e isso se tornará uma válvula de alívio e autoconhecimento. Quer seja através de sua partilha ou da partilha de outros participantes, cada participante é levado a aprender a controlar suas emoções. O terceiro pilar é a ____________________________________________. Durante o programa, o participante é direcionado a se recordar de fatos, pessoas e sentimentos com os quais possivelmente identificará a origem de traumas e desvios de caráter. Durante cada mensagem, o participante responderá algumas perguntas elaboradas especialmente para direcioná-lo a registrar lembranças de sua história de vida. Com este registro, o participante é dire- cionado a identificar fatos, pessoas e sentimentos para trabalhar o perdão. O quarto pilar, trata do ________________________________ dos erros, pe- didos e liberações de perdão, reparações e compartilhamento de suas conquistas. Cada participante fará um “passeio” por sua vida, uma linda viagem de restauração de relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com as pessoas à sua volta. A cada decisão, o programa mostrará que cada um de nós tem a pos- sibilidade de viver uma nova e melhor versão de si mesmo. Somos en- corajados a ver que não podemos mudar o mundo ou as pessoas, mas podemos mudar muito em nós mesmos. Somos também direcionados a aceitar que coisas ruins acontecem com pessoas boas e que, se en- tregarmos nossa vida ao senhorio de Jesus, Ele nos ajudará a cada dia sermos mais felizes e prósperos em todas as áreas de nossas vidas. ÁREAS DE RECUPERAÇÃO: Compulsão, Sexualidade, Codependência, Ira, Baixa autoestima, Dependência química, Procrastinação, Rejeição, Religio- sidade, Luto/Perdas, Pânico/Medo/Depressão, Ansiedade entre outros.
  • 63. CULTURA DA IGREJA CULTURA DA IGREJA 75 APOIO E ENGAJAMENTO DA IGREJA: Quase toda nossa equipe pastoral e ministerial já participou ou está par- ticipando do Ministério 30 Semanas. Isto torna a igreja um local seguro e adequado para tratar feridas, trau- mas, abusos, maus hábitos e vícios. Muitos de nossos pastores e ministros lideram grupos de apoio no Minis- tério 30 Semanas. OITO DECISÕES PARA MUDAR A SUA VIDA: 1ª decisão - Admitir: “_______________________________” Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Salmo 32.3 Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Provérbios 28.13 Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 1 João 1.10 1ª decisão: ADMITIR ● Admito que preciso restaurar meus relacionamentos; ● Admito que preciso de um confidente; ● Admito que já passei pelos três estágios da negação; ● Admito as minhas compensações. 2ª decisão – Confiar: “_____________________________” Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. 1 João 4.16